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Aula de 29-09-2021 –

ÉTICA ≠ MORAL (ambiente mais próximo da comunidade)


Moralmente errado: é uma conduta que achamos errada

Bibliografia – Tópicos das ideias políticas – Dr. Manuel Monteiro

CONCEITOS

ÉTICA:
Falamos de modos de ser, carater, costumes, de um sistema de
princípios, de praticas. Tem a ver com o valor majoritário do conteúdo
da moral de uma determinada conduta ou comportamento. Falamos de
valores (qualitativo) e princípios que a sociedade consagra como
essenciais

Ex: A valorização da vida.

É a pratica das boas condutas que realizamos no dia a dia, na nossa


vida, visando o bem-estar social, de modo natural.

Mas também é muito INDIVIDUAL – Tem a ver com o intimo de cada


um de nós.

Kant: “Agimos tão bem e corretamente que se torna Universal”

A ética é individual, mas há um conjunto de valores que são universais.

Dignidade da pessoa humana: Respeito dos direitos fundamentais,


todos têm que ser tratados com respeito.

Hélène Albuezza – H.A.L


De modo geral, a ética é uma área da filosofia, também chamada de

Filosofia Moral. Nela, são estudados os princípios fundamentais das

ações e do comportamento humano.

ANÁLISE:

Ética: É um CONHECIMENTO (CIÊNCIA) da CONDUTA


Faz o julgamento valorativo da MORAL, ou seja, julga a Moral.

Não obstante da perspetiva INDIVIDUAL se for avaliada


UNIVERSAL, pode chocar com os outros (outras sociedades outras
morais)

- É A TEORIA OU CIÊNCIA DO COMPORTAMENTO MORAL


DOS HUMANOS EM SOCIEDADE, analisa o comportamento
humano.

MORAL: é mais social, é mais coletivo, porque defende um conjunto


de valores que numa dada comunidade são respeitados e valorizados.

Tem a ver:

1º - Costumes, Maneira de agir, Abordagem.

2º - Depois tem a ver com a forma como nos comportamos numa


determinada sociedade.

Ex: Em Portugal, uma mulher que incumprisse com as suas


obrigações no âmbito do casamento fosse apedrejada.

Isso é possível em países muçulmanos que são mais


fundamentalistas, mas aqui não.

Hélène Albuezza – H.A.L


- No fundo MORAL, são valores ligados a uma determinada comunidade e aceites
por ela.

EX:. Em 1998 teve lugar o 1º referendo para penalizar o Aborto-

No 2º já foi despenalizado. O que mudou?

- Os valores fundamentais, o valor vida

- Em 1998 a média das pessoas que foram votar foram inquiridas quanto

ao valor “vida” .

Houve uma evolução

Assim estes valores em outros tempos e determinados momentos mudam.

MORAL MÉDIA

A moral é uma construção social formada pelo conjunto dessas ações e

comportamentos através do entendimento sobre quais são bons e quais

são maus, visando criar normas que orientem as ações dos indivíduos

pertencentes a um mesmo grupo.

DEONTOLOGIA: É um Decreto -lei (…) , é o conhecimento dos deveres

Hélène Albuezza – H.A.L


É UM CONJUNTO DE NORMAS JURÍDICAS CUJA FINALIDADE É
REGULAR O EXERCÍCIO DE UMA DETERMINADA PROFISSÃO
(ADVOGADOS, MÉDICOS ETC...)

Pode ser uma ORDEM, uma ASSOCIAÇÃO, que regula esses valores entre os
seus elementos,

Ex: Advogados estão obrigados ao SIGILO – PROIBIÇÃO, tem regras.

Violação destas regras, dá lugar a um PROCEDIMENTO DISCIPLINAR,


após apuradas as culpas vêm as SANÇÕES.

DIREITO:

É um conjunto de normas que regem uma sociedade num determinado momento.

A vida em sociedade implica que hajam regras que regulam esse comportamento
em sociedade

HÁ UMA LIGAÇÃO ENTRE DIREITO DA MORAL E A ÉTICA: Relação de


probidade em algumas temáticas –

Ex: O Direito à vida liga a moral jurídica e religiosa (“não matarás”)

IMPORTANTE: PODE HAVER UMA LIGAÇÃO ENTRE A DEONTOLOGIA,


A MORAL, A ÉTICA E O DIREITO.

VALORES:

Hélène Albuezza – H.A.L


Conjunto de regras consideradas desejadas por um grupo de
indivíduos e que tenham a ver com a cultura de um povo.

FILOSOFIA:

O conhecimento filosófico nasce a partir de matérias subjetivas “Quem sou? Para


onde vou?

AQUI CHEGAM AS DUVIDAS

REFLEXÕES

CONHECIMENTO TEOLÓGICO:

Tem a ver com ciência da religião e das coisas divinas, fé religiosa, verdade de uma
determinada ideia religiosa. Passam a ter resposta para as tais reflexões da
Filosofia – Aqui temos as soluções, ou seja, a FÉ.

A PERSPETIVA NATURAL MARCA A HISTÓRIA DE UMA


POVO, UMA TRADIÇÃO

Hélène Albuezza – H.A.L


CULTURA:

É tudo aquilo que caracteriza um povo, o acompanha durante algum


tempo (grande parte de um tempo) e é permanente, vai é evoluindo,
não acaba.

CÓDIGOS DE ÉTICA:

É o conhecimento estrito do comportamento humano, das regras morais e da


prática dessas regras.

Quando são mais:

CÓDIGOS DE ÉTICA PROFISSIONAL:. Estamos a falar da DEONTOLOGIA


PROFISSIONAL

Quando já não são Códigos de ética Profissionais já estamos a falar de VALORES


UNIVERSAIS.

O termo foi introduzido em 1834, por Jeremy Bentham, para referir-se ao ramo


da ética cujo objeto de estudo são os fundamentos dos deveres e as normas morais. É
conhecida também sob o nome de "Teoria do Dever".[3] É um dos dois ramos principais
da Ética Normativa, juntamente com a axiologia.

Ele dizia que “A ÉTICA AFUNILOU-SE E PASSOU A FALAR DE DEONTOLOGIA COMO


O EXERCICIO DE UMA PROFISSÃO “

Hélène Albuezza – H.A.L


Aula de 06/10/21

RECAPITULANDO:

Objeto da ética NO ÂMBITO MATERIAL: tem a ver com os


comportamentos humanos.

ARISTOTELES: dizia que todas as coisas tendem para o bem, debruçava-


se sobre VALORES.
Há vários constrangimentos para praticar a ética:
- Ignorância: quem somos, para onde vamos
- Depende do Estado do Espirito, que possam ter relações com o Direito,
com a religião etc..

Aristóteles: Virtudes
“é preciso xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Prudência politica:. Temos que agir com perspicácia

VIRTUDES MORAIS:
Tem a ver com as relações sociais do Homem
Liberdade, amabilidade, o respeito.

OS HÁBITOS DIGNOS DE VALORES SÃO VIRTUDES

Hélène Albuezza – H.A.L


A NOSSA ACÇÃO SÓ PODE SER RESPONSABILIZADA QUANDO
TEMOS LIBERDADE PARA AGIR, SE FOR IMPOSTO NÃO DEVE
SER RESPONSABILIZADA
ÉTICA NA ATUALIDADE

ÉTICA :

Se a ética avalia os valores morais, a moral só pode ser o que a ética


aceita
Valorativos

UTILITARISMO: é uma forma de consciencialismo, avalia as ações


“ ajudo de uma determinada maneira porque é vantajoso em princípio

Aristóteles:
Ética :
É um instrumento que permite reger os comportamentos humanos.

PAUL ROUSSEAU:

A ética refere-se ao desígnio de uma vida que se dedica à análise das


ações numa perspetiva individual e universal –

A nossa atuação ética depende da Liberdade

Hélène Albuezza – H.A.L


Só na perspetiva negativa ou positiva é que podemos avaliar se houve
ou não LIBERDADE para aquela decisão. Houve intenção? Houve
liberdade na ação?

ÉTICA (ETHOS ) E MORAL (MORALIS – MORE(?))

COSTUMES E HÁBITOS: São um conjunto de regras/ normas de


convívio num determinado espaço, numa determinada sociedade.

ÉTICA: É identificada como um conjunto de valores e princípios e valores


de natureza singular

MORAL: como um conjunto de valores e princípios de natureza


essencialmente coletiva – PLURAL

ÉTICA:

A moral tem uma tendência inevitável para condicionar e até absorver a


ideia que em cada momento que se faz do que é (o conceito) ou deve ser a
ética, e os comportamentos individuais considerados éticos.

A moral é social, como se mede?

Quando falamos dos referendos ao aborto, falamos de uma alteração aos


valores morais.

A ÉTICA pode também ser vista como esse conjunto de valores e


princípios que têm expressão universal quando efetivamente os tem . é

Hélène Albuezza – H.A.L


a que faz a avaliação das ações morais, esse conceito deveria ser
UNIVERSAL, mas não (ex: Muçulmanos)

A DIMENSÃO SOCIAL DA ÉTICA É IMPORTANTE , porque


estamos a falar de nós e dos outros.

( Ex: Chernobil , afetou todos)

Ex: Cravão nos EUA – Carvão é extremamente poluente mas o Trump


não quis saber , a chamada “ Moral da Esquina”

Quando falamos da Grécia Antiga (ATENAS) e do pensamento


Cristão: A Grécia foi fundamental.

A maioria dos ideais políticos modernos e pelo menos as suas reflexões


começaram com os pensadores.

Com a revolução liberal de 1820, houve a divisão de poderes, mas a


Constituição veio obrigar o próprio Rei a fica “debaixo da asa” dela.
Tinha que pedir autorização para entrar nas cortes.???

GIL HESSEN Dizia que havia uma cultura grega que fazia fluir a
justiça, era a prática dos valores e não a lei só por si, o que obrigava ao
respeito pelos outros.

O CONTRIBUTO DE ATENAS É ASSIM EXTREMAMENTE IMPORTANTE

Hélène Albuezza – H.A.L


ARISTÓTELES: Se a Classe Média estiver estabilizada, as coisas
equilibram-se . se não houver classe média as outras classes ficam
destabilizadas

O primeiro COMUNISTA foi PLATÃO e também foi o PRIMEIRO


IDEALISTA DOS ESTADOS TOTALITÁRIOS

“Tudo o que favorece o Estado é MORAL, tudo o que desfavorece o


Estado é IMORAL”

Justificou a crueldade dos órgãos de poderes, no caso de sere


necessário haver homicídios e exilo para favorecer o ESTADO.

Grécia Antiga

Havia proteção financeira e social de menores para os filhos de soldados


mortos em combate.

Era tão desenvolvida. As ideias da Grécia Antiga foram moldadas para o


moderno, para a realidade atual.

VER: Obra de Platão “A Republica”

DIALÉTICA: é A ARTE DO RACIOCÍNIO

PROVÉRBIO ÁRABE:
Não diga tudo o que sabes
Não faças tudo o que podes
Não acredite em tudo que ouves
Não gaste tudo o que tens

Porque:

Quem diz tudo o que sabe,


Quem faz tudo o que pode,

Hélène Albuezza – H.A.L


Quem acredita em tudo o que ouve,
Quem gasta tudo o que tem;

Muitas vezes diz o que não convém,


Faz o que não deve,
Julga o que não vê,
Gasta o que não pode.
Proverbio Árabe

Dá-nos a ver que tudo o que é muito bom, sublime é muito rápido e
efémero

Entre tudo o que podemos fazer fisicamente ou não, não podemos fazer
tudo.

Nem tudo o que é possível fazermos é ético, alinhando esta ideia com a
razão

Devemos sempre ponderar do que podemos fazer ou devemos fazer,


nem tudo deve ser feito. Isto já foi pensado na Grécia Antiga ou até
antes, que tem a ver com os conceitos de justiça, de liberdade etc...

PLATAO 427 a.c A 347 a.c.: Desse Mundo Ideal é que provem o
Homem e ele para lá voltará.

Ver a Alegoria da Caverna: A realidade dos prisioneiros (viam apenas


sombras refletidas na luz da parede) foi diferente da realidade que um
deles encontrou cá fora.

Hélène Albuezza – H.A.L


Aula de 13/10/2021

A ética e a moral estabelecem relações com outras disciplinas, exemplo


com o Direito:

- O Direito é criado pelos homens e é para ser aplicado aos homens.

No fundo a ética tem a ver com todos nós, exemplo com a psicologia,
com a economia etc…

ARISTÓTELES
É preciso delivrar com muita prudência, prudência económica, politica
– Aristóteles

AOS HÁBITOS DIGNOS DE LOUVORES, CHAMAMOS


VIRTUDES.

O ser deve viver de acordo com o Bem - ciência prática do bem. Todas
as pessoas agem por bem, mesmo que corra mal, elas não tinham
qualquer intenção de agir por mal.

A ética é a condição basilar

Hélène Albuezza – H.A.L


Eu não posso expressar a minha vontade SE EU NÃO TIVER
LIBERDADE.

O PENSAMENTO CRISTÃO PREVALESCE ATÉ AO SEC. XVIII,


PRINCIPALMENTE COM KANT.

DOUTRINA UTALITARISTA: Tem por ideia prescrever um


conjunto ações que visam o bem-estar. É agirmos para atingir um
determinado resultado.

ARISTÓTELES:

Ética, visa garantir a felicidade. Defende o bem social o bem comum.


São Tomás de Aquino aperfeiçoa isso

KANT: Devemos viver de forma a que aas nossas ações são tão boas
que possam ser universais (exceto que Kant diz que deve ser de nós
para nós) .

Paul ________

O desígnio de uma vida só se pode dizer que foi boa, se as nossas ações
possam ser consideradas boas universalmente.

Hélène Albuezza – H.A.L


Para que haja comportamentos morais que possam ser avaliados pela
ética tem que haver liberdade de ação, os comportamentos não podem
ser coagidos.

ÉTICA: tem como objetivo, estabelecer os tais valores que devem


regular as nossas ações enquanto seres humanos e também quando
agimos com valores universais

MORAL: é o mesmo que supra, mas ao nível mais baixo (ex: ali o
lugar da esquina)

Quando falamos da DIMENSÃO SOCIAL em ética é numa perspetiva


Universal, ou seja o “outro” é a humanidade.

Da antiga Grécia há um conjunto de conceitos, noções que vêm ser


defendidas há séculos – EX: O Estado de Direito já vem pelo menos da
Grécia, se não de há mais tempo.

Os ideais políticos modernos que alguns dizem ser seus, não são de
agora são bens mais antigos: Estado de Direito, Justiça, Liberdade-

Todos estes conceitos já vêm sendo estudados há séculos.

NOMOS – LEI

Hélène Albuezza – H.A.L


Segurança social, já vem da Grécia porque já havia uma preocupação
com os órfã

os e as mulheres dos combatentes que faleciam em “serviço”.

POEMA ARÁBE:

sublime – próximo da perfeição

PLATÃO – 427 A 347 ac – PLATÃO É O PRIMEIRO COMUNISTA .

Fala-nos de um mundo sensível, que vivemos numa cópia, o Homem


nasce no mudo ideal e mais tarde ou mais cedo, ele vai voltar a esse
Mundo ideal.

A inteligência bem utilizada leva-nos ao bem e ao primeiro amor.


Devemos sonhar com esse mundo ideal – LOGOS (RAZÃO) –
Devemos sonhar esse mundo.

Platão é um sonhador ao contrário de Aristóteles que é mais real

O autentico sábio é aquele que segue um determinado caminho, mas se


a meio ver que não é o caminho que deve seguir, volta atrás.

Este mundo é aquele em que vivemos, mas não é um mundo


verdadeiro, devemos caminhar de forma a voltarmos ao mundo das
Ideias de onde vimos.

Hélène Albuezza – H.A.L


Não deveria haver família ou amizades. A verdade está acima da
amizade. O Homicídio deveria ser justificado se fosse em favor do
Estado.

ÉTICA: ESTÁ BASEDA NA ASPIRAÇÃO DO HOMEM ATENDER


(DE CHEGAR) A DEUS (Seja Ele qual for, pode não ser o Cristão)

ARISTÓTELES 384 a 322 a.c

A ÉTICA É A CIÊNCIA DA PRÁTICA DO BEM.

O bem é o que todos desejam, todos quando atuamos é por bem e se


agirmos mal é sem vermos, pois, achamos que estamos a praticar o
bem.

Ao falar do bem ele fala da autorrealização, a pessoa deve realizar-se e


tal acontece ao fazer o bem.

O PONTO A ATINGIR É SEMPRE A FELICIDADE

A virtude é o termo médio entre 2 extremos viciosos- muito mau e


muito bom, a virtude é um CUME. tem que estar entre os dois.

Quem é virtuoso não é medíocre -

ÉTICA ESTOICA : 300 a.c

Nessa altura foi dada grande importância. Ao Estoicismo.

Defende que a vida feliz é a vida virtuosa. Deve -se viver de acordo com
ligação à natureza, mas com a razão – Devemos ser retos (RETIDÃO É
IMPORTANTE).

Hélène Albuezza – H.A.L


Devemos controlar as paixões para que não afetem as nossa vidas – Os
Estoicos só se movem se for absolutamente necessário. Somos Cidadãos
do mundo. Doutrina que se identifica com o mundo. O PRINCIPIO DE
IGUALDADE veio até nós desde os Estoicos ´

ÉTICO; é ensinar, austeridade, praticar o bem. Condenam o


mediatismo de quem vive assim, porque vive assim

PANTEÍSMO: Doutrina que Identifica Deus com a Natureza

EPICURISMO – É O INIMIGO DO ESTOICISMO: Fechavam-se,


isolavam-se

HEDONISMO – UTILITARISMO – O que é o que mais nos


agrada é o que mais gostamos. E o que é o que mais gostamos, é o que
mais nos agrada. Temos 2 partes a alma e o corpo, os prazeres da alma
são os mais importantes, o prazer físico é a ausência de dor. Devemos
procurar o prazer, mas temos que ser prudentes, pois temos que viver
de uma forma tranquila. Temos que desejar menos para ter mais. Não
devemos ter dor no corpo para não perturbar a alma.

ÉTICA KANTIANA:

Hélène Albuezza – H.A.L


AULAS DE 20/10/2021

IR AO MOODLE

P.15

VER S- TOMAS DE AQUINO E S. AGOSTINHO

Livro 1 – 21 a 45

Livro V – 117 a 175 ( obrig 117 a 144)

CAPACIDADE . BOM E BELO – ARISTOTELES - JUSTIÇA PG 25


FELICIDADE 24 – FELICIDDAEV 35

ALMA PG SEGUINTES

BEM MAL 41

Hélène Albuezza – H.A.L


LIVRIO V JUSTIÇA E INJUSTICA

Aula de 03/11/2021

São Tomas de Aquino fez ligação ao Deus católico.

Nem sempre o Direito se adequa à Justiça .

Isto tem a ver com privilégios e a criação de leis privadas –

Criação de leis individuais e choca

TEORIA DO DIREITO NATURAL E DO DIREITO POSITIVO.

Aqui fala-nos de EQUIDADE

Todo o direito positivo (direito legal) deriva do direito natural- não se


deve ter um atuação que não seja boa em relação aos outros – temos
que ter uma atuação que não crie danos aos outros.

Roubo Castigo – infringir normas do direito natural,


haverá castigos – determinação de como a pena deve ser aplicada neste
mundo, deve ser aplicada pelo direito positivo.

O problema que aparece:

Hélène Albuezza – H.A.L


Prende-se com a passagem do direito natural para o direito positivo
( este deriva do natural e é este que vai aplicar o castigo/ sanção) .

No entanto quando o Homem vai aplicar esta sanção pode cometer


erros , enganos, uma vez que não é Deus quem aplica a sanção.

Pode haver uma falta de adaptação ao passar do direito natural para o


direito positivo .

Nestes pensamento São Tomás de Aquino e Aristóteles estão de


acordo- há uma dualidade entre estes dois direitos, acham que é uma
filosofia de bom senso esta ideia da falta de adaptação na passagem .

As razões de mudança são permanentes “ Nunca roubar pode deixar


de ser um ato injusto”

- O justo natural não se dobra às situações , não se mexe, não muda

- O justo positivo é mutável pode até haver uma questão cultural que
possa mudar o entendimento.

Ler livro 6 página 563.

EQUIDADE: O equitativo é melhor que o justo natural – ou seja a


equidade está mais próxima da justiça de Deus.

ASSIM EQUIDADE É :um aplicação da justiça ao caso em concreto –


aplica a norma à situação o que leva a uma justiça mais certeira, mais
próxima do caso em concreto , sendo menos fria e menos agreste do

Hélène Albuezza – H.A.L


que a justiça, pois esta última com a sua aplicação genérica torna-se
mais fria .

QUANTO AO PENSAMENTO CRISTÃO

ENCÍCLICA DO PAPA LEÃO XIII - 1891:

Sobre a condição dos operários

Estas preocupações da igreja relativamente à classe trabalhadora


apareceram na sequência da Revolução Industrial

- As pessoas que não eram da cidade, seriam por exemplo do campo, ao


procurarem emprego nas mesmas devido à revolução industrial,
procurando melhores condições de vida e de trabalho eram exploradas
e maltratadas pela classe dos patrões, dos capitalistas.

“ Os progressos da industria levaram a uma relação má entre o


trabalhador e o patrão”

Tudo isto relaciona-se com uma ideia de capitalismo que “ atravessa” a


igreja em finais do Século XIX , gerando uma nova preocupação.

- Conflitos entre trabalhadores e mandantes

- Abrandamento da maioria das defesas das corporações (eram


conjuntos de organismos operários divididos por grupos, profissões – a
ideia dos sindicatos de hoje me dia, da Concertação social de hoje).

Hélène Albuezza – H.A.L


Este abrandamento leva À DESPROTEÇÃO DOS
TRABALHADORES

Estas corporações começam a desparecerem em finais do Século XIX

Alega ainda Leão XIII, que a ganância veio prejudicar as pessoas –


preocupação da igreja começa a parecer como socialismo que andava a
par com o comunismo , situação que vem gerar esta nova preocupação
da igreja

- Defende a propriedade particular e ainda a ideia de que um simples


operário deve ter dinheiro e pode comprar como todos os capitalistas

- Esta preocupação social da Igreja começa a ganhar força a partir do


Papa Leão XIII

Outra preocupação do Papa Leão XIII , é a de que se o comunismo


vencesse a igreja iria desaparecer.

ANSELMO BORGES:

- TENTAÇÃO DO CRISTIANISMO

“ Deus em Cristo ocupa-se de cada um em pessoas / como pessoa e


ocupa-se dele na vida futura ( para lá da morte) – RESSURREIÇÃO

Hélène Albuezza – H.A.L


Ver debate em França em 2008 sobre a tentação do cristianismo

“ que posso fazer, o que me é permitido fazer e o que posso esperar? “

Quanto ao que “posso esperar” , esta pergunta tem a ver com a


finalidade do jogo (como ultrapassamos a finitude da vida?)

REVOLUÇÃO NO PLANO DA TEORIA

LOGOS – DEUS DIVINO – FILHO

Encarna na figura humana de Cristo – personificação de Deus .

Evangelho segundo SÃO JOAO :

“ No principio era LOGOS e o LOGOS fez-se carne 2

ANSELMO BORGES: A lógica é ultrapassada pela Fé ( nesta ideia de


finitude) – ultrapassagem da morte

- VER PARÁBOLA DOS TALENTOS

Hélène Albuezza – H.A.L


TESTE:

ÉTICA NO PENSAMENTO CRISTÃO

Para fazer esta análise temos que seguir o alinhamento da matéria


dada

- Grécia Antiga

- Platão, Aristóteles, São Tomás de Aquino

- S. Agostinho

O trabalho de S. Tomás de Aquino em pegar na doutrina de Aristóteles

Esta fase da igreja é importante

ATENÇÃO:

ÉTICA:

- É um direito que eu tenho – alinho um conjunto de normas e é no


sentido doas mesmas que evo seguir, mas no fundo é mais do que isto.

Hélène Albuezza – H.A.L


- Tem a ver com a questão da ÉTICA e do DIREITO e ainda tem a ver
com a ÉTICA e o RELATIVISMO MORAL E CULTURAL

CULTURA: de um povo reflete-se na sua moral

E a parte jurídica?

É diferente de pais para pais

A questão do DIREITO mexe com a ÉTICA , A MORAL e o


PENSAMENTO que o legislador diferenciar com questões culturais ou
morais .

O Ordenamento jurídico deve muito à ÉTICA – ética esta que se


alimenta da moral –

TESTE:

- OS PRIMEIROS CONCEITOS QUE ESTÃO NA PRIMEIRA


PARTE

- ÉTICA – MORAL – DEONTOLOGIA – DIREITO

A PARTE DAS DOUTRINAS –

- PLATÃO – IDEALISMO PLATÓNICO

- ARISTOTELES – ESTOITICISMO E
EPICURISMO

- ÉTICA KANTIANA

- ADAM SMITH

Hélène Albuezza – H.A.L


-STUART MILL – UTILITARISMO

LIVRO 1 – PG 21 À 85

ARISTOTELES – ETERNO- BEM DO BOM – ETERNO BEM ,


ALMA , FUNÇAÕ HUMANA ,

PG 42 – FELICIDADE, ALMA, SERENIDADE TEMPERANCIA

LIVRO 5 – PG 117 A 144

– JUSTIÇA- INJUSTIÇA - ARISTOTELES

- IGUALDADE – VÁRIOS TEMAS

- JUSTIÇA PARTICULAR

- IODEMA?

Hélène Albuezza – H.A.L


AULA DE 17/11/2021

JOHN RAWLS…. filosofo nasceu em 1922-


Tem duas obras importantes

TEM DUAS IDEIAS DE MORAL:

1º CONCEÇÃO DE PESSOA

Enquanto pessoa moral estamos a falar de cidadãos livres e iguais

Esta ideia- moral que tem a ver com a pessoa baseia-se nas tradições
políticas morais, recusa da aceitação da escravidão. Esta conceção
moral é extremamente forte porque traduz a atribuição da

Hélène Albuezza – H.A.L


personalidade moral aos homens , quando se faz isso é que quer dizer
que a pessoas pessoa livre e tem igualdade igual aos outros todos

AGENTE MORAL: Cada um de nós tem a conceção do BEM e é


capaz de conceber as suas próprias convicções morais, politicas e
religiosas.

Após ter a conceção dessas convicções, também sei reconhecer e


respeitar as convicções dos outros .

Se as pessoas morais atuarem com base no senso de justiça,


reconhecem que os outros também tem convicções morais, politicas e
religiosas e enquanto pessoa livre e em pé de igualdade e de liberdade,
também elas são pessoas morais –

Essa é a conceção do IMPERATIVO CATEGORICO : Devemos tratar


os outros como fins e nunca como meios

- os indivíduos são fontes auto suscitantes de pretensões válidas – Tem


a ver com as tais convicções.

O Escravo é um ser que não tem fins , nem seus nem dos outros , ou
seja não é uma pessoa moral, pois não tem liberdade nem igualdade

2ª SOCIEDADE BEM ORDENADA:

Hélène Albuezza – H.A.L


Crenças na sociedade: vê-as como fundamento para essa tal sociedade
bem ordenada . Segundo esse ideal isto vai além das democracias
liberais, pois estas caracterizam-se pelos MODUS VIVENDI

Essa forma de Modus Vivendi procuram harmonizar os interesses


sociais, na acomodação dos interesse socias e políticos – tentativa de
equilíbrio que tem a ver com esta vida coletiva e também tem um
fundamento ÉTICO QUE :

AS INSTITUIÇÕES BÁSICAS DA SOCIEDADE ---QUE


ORGANIZAM SENTIDOS DE JUSTIÇA

HÁ UMA EXIGÊNCIA DE PUBLICIDADE,

- Fundamento ético tem a ver com o fundamento de justiça , agem


tendo por base estes princípios de justiça que tem –

- Toda a sociedade para além do modus vivendo , tem um fundamento


ético e este tem a ver com o respeito

- Também a ver com uma vida coletiva, publica , e isso define também
esta conceção de justiça-( o contrário de que se for tudo escondido ,
ninguém percebe)

- Define uma noção de ESTABILIDADE trazendo para a sociedade


este participantes que restam estes princípios de justiça

PRIMEIRA CONDIÇÃO É A PUBLICIDADE : há uma


condição necessária de liberdade que corresponde a noção de liberdade
e iluminista , não podemos ficar só com as tradições, temos que as
explicar e saber porque se faz assim

Hélène Albuezza – H.A.L


A legitimidade da sociedade e as bases das condições de liberdade:
liberalismo- questão da liberdade e também na questão de legitimidade

A manutenção da ordem social depende também da perceção que as


pessoas tem da legitimidade.

LIBERALISMO POLITICO:

- CONDIÇÃO DE PUBLICIDADE: A questão do conceito de justiça


tem que passar pela publicidade para não haver dúvidas que a justiça
é efetivamente justa

- QJUESTÃO DO OBJETIVO DA CONCEÇÃO DE JUSTIÇA: O


padrão moral publica, publicamente reconhecidop se constiyi como
um ultimo tribunal para solucionar os problemas das pessoas livres e
iguais, devem resolver conflitos com base no alinhamwnto da justiça

ELE rejeita o utilitarismo para orientar a escolha publica e a mudança


social – Não tem nada contra a boa vida, nem mesmo em termos de
maximizar o bem estrar, o que ele não quer é que para se concretizar o
utilitarismo desde que essa satisfação não viole os princípios de justiça
– só nesses termos é que é contra o utilitarismo

Há um texto sobre o RELATIVISMO CULTURAL que deveríamos


ler .

A valoração da É tica pela MOARLA deve ser sempre feita .

Hélène Albuezza – H.A.L


A ÉTICA começa sempre numa perspetiva individual (é minha).

24/11/2021

O livro V é fundamental, é um eixo

ARISTOTELES

MEIO TERMO: É equilíbrio entre dois extremos , excesso e o


defeito

A atuação justa , o caracter a ação do Homem relativamente aos outros

A LEI- Devemos viver segundo a lei, mesmo que se coloque a questão


se ela é justa ou não

FAZ UMA DIVISÃO ENTRE JUSTIÇA DISTRIBUTIVA E A


JUSTIÇA CORRETIVA

- DISTRIBUITIVA Distribuição da Honra da Riqueza, É A


IDEIA MAIS GERAL

Hélène Albuezza – H.A.L


- CORRETIVA- Será as justiça que se pratica entres os
particulares

ARISTÓTELES: começa a falar da injustiça para chegar à justiça,


tem a ver com a questão da PROPORCIONALIDADE .

Fala igualmente da Justiça Politica e a Convencional – leva-nos a S.


Agostinho

EQUIDADE PARA ELE : É extremamente importante pois é uma


dimensão da justiça

Para ele equidade e justiça são o mesmo fenómeno – a equidade tem


uma função retificadora da justiça

EQUIDADE: É A APLICAÇÃO DA JUSTIÇA AO CASO


CONCRETO, porém Aristóteles acha mesmo que a EQUIDADE está
num patamar superior ao da Justiça

Temos uma solução para uma determinada situação, a equidade


aplica-se melhor ao caso em concreto, tornando-se mais justa , ela
torna a justiça mais justa, pois a justiça aplica-se da mesma forma a
todos os casos, é mais fria. A equidade adequa a situação ao caso
concreto.

ARISTÓTELES: começa a falar da injustiça para chegar à justiça,


tem a ver com a questão da PROPORCIONALIDADE .

Hélène Albuezza – H.A.L


Logo justo é quem cumpre a Lei, não querer mais do que se deve ter ,
não ser iniquo, ser justo para os outros.

JUSTIÇA PARTICULAR: ela tem 2 formas e diz respeito a cada


pessoa:

- JUSTIÇA DISTRIBUTIVA, é a distribuição da riqueza e da


honra de forma igual

- JUSTIÇA CORRETIVA : É a distribuição da riqueza em


conformidade com o merecimento de cada um , do que as pessoas
fazem na comunidade

A JUSTIÇA POLITICA DIVIDE-SE 2:

JUSTIÇA NATURAL: Ela tem a mesma validade em toda a


parte e ninguém está em condições de a afastar – aproximação a S-
Tomas de Aquino – Esá acima dos Homens , tem validade para toda a
gente, não precisa de ser aceite

JUSTIÇA CONVENCIONAL: Feita pelos homens para os


Homens . É criada em cada pais, cada povo faz a sua, e pode ser escrita
ou não escrita

Hélène Albuezza – H.A.L


SOBRE A LEI ARISTÓTELES DIZ O SEGUINTE:

É a razão liberta do desejo e se o que nela estiver disposto.

A lei a justa e caso seja extemporâneo é injusta

Aqui ele está a falar do COSTUME .

Hélène Albuezza – H.A.L


SÃO TÓMAS DE AQUINO

Nasceu em Itália 1225, família Aristocrata .

Vive num tempo diferente, depois de Cristo ao contrário de Aristóteles


Mas há uma ligação enorme entre eles, apesar dos séculos…eles fazem
apelo a um Deus .

Analisa o Direito como um objeto da justiça, baseando-se na retidão,


on conceito de S. Tomas está ligado á sua crença , ele torna Aristóteles
cristão

JUSTIÇA É UMA VIRTUDE

JUSTIÇA É UM HÁBITO EM QUE CADA UM DÁ AO OUTRO


AQUILO QUE LHE PERTENECE , PERMANECENDO NELE
COMO UMA VONTADE CONSTANTE E PERPETUA

No alinhamento com a ideia de Aristóteles diz que a justiça se refere


aos outros . o sentido original da palavra DIREITO é o que +e justo

Hélène Albuezza – H.A.L


Nós fazemos justiça a nós próprios então também temos que o ser com
os outros. Justiça para ele é considerada a virtude geral mais
importante pois gere as outras todas

A justiça particular é desnecessária porque a outra abrange tudo

Ele sofre uma influencia de s. agostinho – as 4 virtudes da alma ….

JUSTIÇA COMOTATIVA

– O testamento vital ou diretiva antecipada da vontade é o documento


onde o cidadão pode inscrever os cuidados de saúde que pretende ou
não receber. Permite também a nomeação de um procurador de
cuidados de saúde.

- SOBRE AS DIRETIVAS ANTECIPADAS DE VONTADE- ARTº 2

DOCUMENTO UNILATERAL E REVOGAVEL PELO PROPRIO

Hélène Albuezza – H.A.L


Aula de 22/12/2021

KELSEN E O POSITIVISMO

Teoria do positivismo jurídico afasta qualquer direito natural, por isso


ele defende que o Direito basta-se a si só próprio

O positivismo crê que o direito está na história , …compreender a


formula SUN QUICK, a cada um o que lhe é devido, compreende-se a
regra: não faças aos outros o que não queres que te faça a ti

KELSEN diz que tanto a 1ª como a 2ª ideia, qualquer uma delas se


pode harmonizar com toda e qualquer ordem

Não importa o que diz o conteúdo da lei, mas sim a sua legalidade , A
norma fundamental verificará isso, ou seja a CR.

O importante para ele não é o conteúdo mas sim a legalidade da lei.

Hélène Albuezza – H.A.L


Se o fundamento da lei, é a criação dessa lei através dos órgãos
competentes para o fazer

Para ele a LEI É JUSTA, não analisa o conteúdo, sou seja se é lei é
justa não interessa a questão do conteúdo.

Fala de KANT, do Imperativo Categórico, ele diz que qualquer uma


desta filosofias deveriam harmonizar-se com o POSTIVISMO.

O que é bom e o que é mau é percetível de per si e não precisa de ser


explicado pela moral nem de direito natural .

Justo é o que a lei prescreve

O direito natural avalia o conteúdo da LEI.

Como poderia o juiz julgar alguém com base numa norma não escrita?

Questão do bem e do mal, é uma questão de justiça? O sun quick ?

Qualquer regra traz a necessidade de discutir os problemas éticas, mas


Kelsen diz que apenas tem a ver com a legislação

Hélène Albuezza – H.A.L


Nós naturalmente não temos um tipo de conduta que possa ser
avaliada por todos , todos alinham de uma determinada maneira , o
que não conduz com o direito natural.

Assim, o que nos resta é o Direito Natural .

SE MORALMENTE NÓS TODOS TEMOS BASES DIFERENTES


(países culturas etc..)

Ele acaba por ser criticado, existem muitas criticas ao seu positivismo .

A validade da lei tem a ver com o seu formalismo e a sua vigência ,


bastam.

Um estado de legalidade (positivismo), um Estado que privilegia a


forma, não será nunca um Estado de Direito.

Nunca podemos dizer que a lei se vale a si própria. Temos que analisar
no âmbito do direito natural o conteúdo da lei, para verificar se
efetivamente é justa .

Este Estado de mera legalidade não chega para qualquer mero jurista .

O direito natural não tem um conteúdo variável,

Hélène Albuezza – H.A.L


O Kelsen diz que a base do direito natural está fundada em conceitos
religiosos.

Ele quer dizer que se o direito natural radica na ideia da natureza


criada por uma Autoridade transcendente, será então o direito natural
fundamental, ou seja seria perigoso

PIRAMIDE .

Hierarquia das leis , feita pelo Kelsen

A teoria do Direito positivo não afasta o direito natural, no entanto só


o Direito positivismo é o que prevalece

Ver textos no moodle

Direito positivo é monista , ou seja é único , só existe ele e mais


nenhum.

A lei deve ser avaliada quanto ao seu fundamento legal (ver se está de
acordo com CR, com a lei fundamental – cr ) e o seu conteúdo não
interessa.

É a parte formal e não a parte substantiva .

É legal é justo.

Há varias correntes de direito natural

Hélène Albuezza – H.A.L


O direito deve ser avaliado pelo seu conteúdo, pela sua parte
substantiva.

Ou seja a lei pode ser injusta mesmo que seja formal.

Ou seja “ dar a cada um o que é seu”.

Não é a legalidade ou a forma da lei que a torna justa .

São valores anteriores à lei formal, direito á vida etc…têm a ver com
uma vontade transcendente .

Aqui em oposição ao POSTIVISMO, estamos perante uma perspetiva


DUALISTA DO DIREITO, e não MONISTA

Ver Livro do Professor Santo Justo e ver os Positivismo e as criticas ao


mesmo .

LER sem falta os textos que prof enviou moodle

Quando estamos a falar de Positivismo , estamos sempre em referência


ao que aconteceu na 1ª metade do século passado: as GUERRAS
MUNDIAIS

Gustav,….nasceu em 1800… critica o positivismo.

A extrema justiça não é Lei.

Hélène Albuezza – H.A.L


A ideia de JUSNATURALISMO é que é fundamentalista porque
apenas aceita o direito natural , ou seja Kelsen critica o Direito Natural

O DIREITO POSITIVO É AMORALISTA, não tem em atenção o


conteúdo das leis .

KARL SMITH , tinha um problema(?) dizia que Hitler era uma


entidade divina.

Ou seja ele colocou o direito natural ao positivismo

TESE DA NEUTRALIDADE: Numa mesma sociedade vivem diversas


ordens normativas, bem como diversos princípios de conduta. Entre
eles todos as pessoas podem optar, mas quando chegamos ao Direito
essa não se põe, pois as normas jurídicas são inquestionáveis, são justas

NO FUNDO É UMA FORMA DE LEGALIZAR AS


ATROCIDADES .

ATENÇÃO
- CARACTERIZAR KELSEN. ESTÁ NA FREQUENCIA –

-CARACTERIZAR O POSITIVISMO E VER AS CRITICAS DO


PROFESSOR SANTO JUSTO .

Hélène Albuezza – H.A.L


- PODE SAIR ESCOLHA E OBRIGAÇAÕ ENTRE BURK E PAINE

- TOMAS PAINE .

- EDMUND BURK . ESTÁ NA SEBENTA , NO CONJUNTO DE


TEXTOS PAGINA 123

BURK É O FUNDADOR (1720-1797) FUNDADOR DA DIREITA


MODERNA (DIREITA ESQUERDA)

TOMAS PAINE: FUNDADOR DA ESQUERDA


MODERNA

VER AS REVOLUÇÕES .

BURK defensor dos valores tradicionais , conservador

PAINE é mais libertário e teve uma grande influência na Revolução


Americana

A questão que se põe é a do LIBERALISMO MODERNO

Hélène Albuezza – H.A.L


BURK E PAINE:

PAINE:

- É mais libertário e teve uma grande influência na Revolução


Americana

- Igualdade politica de todos os seres humanos ´…

- Defende o direito de escolha, a igualdade de todos os homens

- Refere-se à sociedade como um contrato mas entre o povo em si e não


entre o povo e o Estado. Pretende que a soberania seja do povo.

- Direitos que temos na sociedade e na natureza é a mesma coisa.

- O Homem entrou na sociedade não para ter mais direitos, mas para
assegurar o que já temos .

BURK defensor dos valores tradicionais , conservador

Hélène Albuezza – H.A.L


- Negava absolutamente do povo escolher os seus lideres – questão
histórica

- Na sua opinião o Homem está na sociedade por questão do


nascimento

- Os homens podem mudar as suas circunstancias , podem perder ou


ganhar coisas ao longo da vida, mas tem uma obrigação de estar no seu
lugar

- Os factos que envolvem o seu nascimento exercem influencias


imutáveis sobre ele (família) nós não somos livres de escolher …..

- Ligar á ideia de justiça essa falta de liberdade de escolha

PAINE É MUITO MAIS AMERICANO, NÃO TEM TANTA


FLUÊNCIA NE ESCRITA COMO BURKE

….PODE SAIR PARA COMENTAR UMA FRASE DELES .

Hélène Albuezza – H.A.L


Aula de 05/01/22

A divisão mais moderna entre a esq. E a dta se faz por aqui, entre o
Burk e o Paine

Anos do fim do sec

Burk – irlandês : é o fundador da dta

Paine é o fundador da Esq moderna

Seculo XVIII

Inicio sec. XIX

Mmomento importante para a Inglaterra que está presente emtodas


estas mudanças, seguindo-se as revoluções americana. Francesa

Hélène Albuezza – H.A.L


Paine influencia muito as revoluções, 1º a Americana e depois a
Francesa. Defenderam valores liberdatários, teve grande influencia na
independencia americana,

Ambos tricavam mutuamente as suas ideias apesar de um ser mais


conservador e outro mais liberal

Paine conservadior, não gostava de grande cortes , era muito estável,


não era um Homem de lutas, não iinfluenciou as revoluções

Burk era muito bem falante e muito bem escritor e defensor da


Constituição Inglesa.

Paine emigrou- fugiu para os EUA e tornou-se uma das mais


eloquentes vozes da revolução. Foi ativista na America e em Paris.

Defendia a justiça e aPaz, lutava contra a opressão

Queria resposta do Estado para o Povo,

Há uma grande influencia sua na defesa da lieberdade

Ambos forma uma influencia muito importante para a causa de cada


um defendia, apesar de Burk ser mais calma

Tiveram vários confrontos diretos

Conservadorismo – Burk

Progressivismo – Paine

Hélène Albuezza – H.A.L


Apesar de burk ser conservador ele foi um grande inspirador da
politica inglesa de forma a que ela ganhasse uma grande importância,
apesar das suas ideias conservadoras. Percebeu que enfraquecer a
monarquia

Era difícil

Ele trava a oposição à monarquia por perceber que era uma luta sem
êxito.

Assim ele tentou de alguma forma equilibrar um pais algo


complicado , cheio de problemas.

Era um conservador interessado que lutava comtra a inercia, mas tbm


não queria que as instituições fossem abanadas de forma a destibilizar
a monarquia

Atacou a politica inglesa, mas ao mesmo tempo defende uma


estabilidade, para poder pensar a mudança, a reforma e a pvida
politica em geral

Esta é a trave mestra dele: estabilidade

Paine:

Foi realmente um pensador politioco que influenciou as mudanças


(revol eua e fr) ou se não passava de um revolucionário.

Não obstante de ele falar bem , inpor retorica no que defendia, a


verdade é que muitos o consideravam um agitador, um criador de

Hélène Albuezza – H.A.L


slogans perigosos, um destabilizador. Até Burk disse que ele não tinha
educação, mas a maioria destas crioticas forma feitas pelos seus
oponentes.

No fundo nada disso era verdade que Piane não era um Homem tão
educado como Burke, a sua educação era mínima mas existia e apesar
dos sesu stextos e influencias não há grandes pensadores que ele tenha
abordado era mais um pensador

Achava que os sistemas politciso correspondiam muito pouco aos


ideiais filosóficos

Os govremos deveriam ser avaliados segundo os valores que eles


defendiam

Defendia a liberdade e a igualdade

Burke era mais politico não tanto pensadior como Paine

Burke quando viu que podia abanar os licerces da monarquia inglesa


travou a sua luta

Burk e paine abriram um palco para as origens das atuais politicas de


direita e de esquerda

Hélène Albuezza – H.A.L


Burk – liberais contempoareneos – bem estar social, mesmo
conservador. Barraka obama apesar democrata falou de burk que era
de direita

Barraca obama , da esq. Americana quando falou dele , estava a falra


no âmbito da tentaiva de burk de tentar evotar as mudanças brscas,
cortes rápidos e profundos que podem efetivamente criar problemas
em qualquer Estado

As visões do mundo descrevem 2 diferenças na politica da nossa era.

São visões do mundo que se mantém atuais .

Querer acabar com a pobreza usando o dinheiro publico..

Damos o peixe ou a cana para pescar. Esete problema é o debare de


sempre.

É sempre a questão que se coloca ainda hoje na politica, e os políticos


aproveitam-se destes debates para que as pessoas se voltem para eles,
uma vez que se estão descontentes

O debate entre Tradicionalismo e o conservadorismo

Painde defende a livre escolha e que as pessoas devem ser livres e estes
assuntos continuam a ser tema de conversa

No texto 4 em cima

Hélène Albuezza – H.A.L


Começa burke a dizer em torno da natureza da justiça

Paine: Igualdade politica de todos os seres humanos, os direitos


naturais que as pessoas transportam devem ser

Igualdde politica de todos os homenes e autodeterminação –

A sociedade não concede nada ao cidadão cada homem é propriet+ario


no sociedade assim todos têm direitos iguais e mais assegurados. O
homem não entrou na socieddae para perder direitos.

Temos dto à liberdade de escolha

pg 127 liberdade, direirotos naturais são fatores descritivos e


prescritivos da igualdad politica absoluta. Autodeterminação. Temos a
liberdade de escolher

Burk pg 130

Diz que não receia o espeto a população parisiense que se dá a luxos,


assim se o povo pudesse decidir a monarquia não existiria

Burk todo o governo é usurpação, não há direito de escolha

Pg 133 último paragrafo

O Homem não se encontra em sociedade por escolha mas sim por


nascimento (a questão do nascimento) , defende o berço. Não quer
dizer que não hajam mudanças.

Paine a temos o direito de escolha, o Importante é A ESCOLHA

Hélène Albuezza – H.A.L


Burk na sua posição ao lado da Direita diz que as nossas obrigações
estão pré-estabelecidas apesar de poder haver mudanças, tem que
cumprir as obrigações a que está obrigado seja por nascimento ou por
família

SILABUS :

QUESTÃO DA DEONTOLOGIA

LEI 145 DE 2015 DE 9/9

Aprova o estatuto da OA

Aprova o estatuto da ordem

O QUE NOS INTERESSA

Art.º 88 do Estatuto da Ordem dos Advogados

TÍTULO III
Deontologia profissional
CAPÍTULO I
Princípios gerais
Artigo 88.º

Hélène Albuezza – H.A.L


Integridade
 
1 - O advogado é indispensável à administração da justiça e, como tal, deve ter um
comportamento público e profissional adequado à dignidade e responsabilidades da
função que exerce, cumprindo pontual e escrupulosamente os deveres consignados no
presente Estatuto e todos aqueles que a lei, os usos, costumes e tradições profissionais
lhe impõem.
2 - A honestidade, probidade, retidão, lealdade, cortesia e sinceridade são obrigações
profissionais.
 
 
Artigo 89.º
Independência
 
O advogado, no exercício da profissão, mantém sempre em quaisquer circunstâncias a
sua independência, devendo agir livre de qualquer pressão, especialmente a que resulte
dos seus próprios interesses ou de influências exteriores, abstendo-se de negligenciar a
deontologia profissional no intuito de agradar ao seu cliente, aos colegas, ao tribunal ou a
terceiros.
 
 
Artigo 90.º
Deveres para com a comunidade
 
1 - O advogado está obrigado a defender os direitos, liberdades e garantias, a pugnar pela
boa aplicação das leis, pela rápida administração da justiça e pelo aperfeiçoamento da
cultura e instituições jurídicas.
2 - Em especial, constituem deveres do advogado para com a comunidade:
a) Não advogar contra o direito, não usar de meios ou expedientes ilegais, nem promover
diligências reconhecidamente dilatórias, inúteis ou prejudiciais para a correta aplicação de
lei ou a descoberta da verdade;
b) Recusar os patrocínios que considere injustos;
c) Verificar a identidade do cliente e dos representantes do cliente, assim como os poderes
de representação conferidos a estes últimos;
d) Recusar a prestação de serviços quando suspeitar seriamente que a operação ou
atuação jurídica em causa visa a obtenção de resultados ilícitos e que o interessado não
pretende abster-se de tal operação;
e) Recusar-se a receber e movimentar fundos que não correspondam estritamente a uma
questão que lhe tenha sido confiada;
f) Colaborar no acesso ao direito;
g) Não se servir do mandato para prosseguir objetivos que não sejam profissionais;
h) Não solicitar clientes, por si ou por interposta pessoa.

Hélène Albuezza – H.A.L


 
 Artigo 91.º
Deveres para com a Ordem dos Advogados
 
Constituem deveres do advogado para com a Ordem dos Advogados:
a) Não prejudicar os fins e prestígio da Ordem dos Advogados e da advocacia;
b) Colaborar na prossecução das atribuições da Ordem dos Advogados, exercer os cargos
para que tenha sido eleito ou nomeado e desempenhar os mandatos que lhe forem
confiados;
c) Declarar, ao requerer a inscrição, para efeito de verificação de incompatibilidade,
qualquer cargo ou atividade profissional que exerça;
d) Suspender imediatamente o exercício da profissão e requerer, no prazo máximo de 30
dias, a suspensão da inscrição na Ordem dos Advogados quando ocorrer
incompatibilidade superveniente;
e) Pagar pontualmente as quotas e outros encargos, designadamente as obrigações
impostas como sanções pecuniárias ou sanções acessórias, devidos à Ordem dos
Advogados, estabelecidos no presente Estatuto e nos regulamentos;
f) Dirigir com empenhamento o estágio dos advogados estagiários;
g) Comunicar, no prazo de 30 dias, qualquer mudança de escritório;
h) Manter um domicílio profissional dotado de uma estrutura que assegure o cumprimento
dos seus deveres deontológicos, em termos a definir por deliberação do conselho geral;
i) Promover a sua própria formação, com recurso a ações de formação permanente,
cumprindo com as determinações e procedimentos resultantes de deliberações do
conselho geral.
 
 
Artigo 92.º
Segredo profissional
 
1 - O advogado é obrigado a guardar segredo profissional no que respeita a todos os
factos cujo conhecimento lhe advenha do exercício das suas funções ou da prestação dos
seus serviços, designadamente:
a) A factos referentes a assuntos profissionais conhecidos, exclusivamente, por revelação
do cliente ou revelados por ordem deste;
b) A factos de que tenha tido conhecimento em virtude de cargo desempenhado na Ordem
dos Advogados;
c) A factos referentes a assuntos profissionais comunicados por colega com o qual esteja
associado ou ao qual preste colaboração;
d) A factos comunicados por coautor, corréu ou cointeressado do seu constituinte ou pelo
respetivo representante;

Hélène Albuezza – H.A.L


e) A factos de que a parte contrária do cliente ou respetivos representantes lhe tenham
dado conhecimento durante negociações para acordo que vise pôr termo ao diferendo ou
litígio;
f) A factos de que tenha tido conhecimento no âmbito de quaisquer negociações
malogradas, orais ou escritas, em que tenha intervindo.
2 - A obrigação do segredo profissional existe quer o serviço solicitado ou cometido ao
advogado envolva ou não representação judicial ou extrajudicial, quer deva ou não ser
remunerado, quer o advogado haja ou não chegado a aceitar e a desempenhar a
representação ou serviço, o mesmo acontecendo para todos os advogados que, direta ou
indiretamente, tenham qualquer intervenção no serviço.
3 - O segredo profissional abrange ainda documentos ou outras coisas que se relacionem,
direta ou indiretamente, com os factos sujeitos a sigilo.
4 - O advogado pode revelar factos abrangidos pelo segredo profissional, desde que tal
seja absolutamente necessário para a defesa da dignidade, direitos e interesses legítimos
do próprio advogado ou do cliente ou seus representantes, mediante prévia autorização do
presidente do conselho regional respetivo, com recurso para o bastonário, nos termos
previstos no respetivo regulamento.
5 - Os atos praticados pelo advogado com violação de segredo profissional não podem
fazer prova em juízo.
6 - Ainda que dispensado nos termos do disposto no n.º 4, o advogado pode manter o
segredo profissional.
7 - O dever de guardar sigilo quanto aos factos descritos no n.º 1 é extensivo a todas as
pessoas que colaborem com o advogado no exercício da sua atividade profissional, com a
cominação prevista no n.º 5.
8 - O advogado deve exigir das pessoas referidas no número anterior, nos termos de
declaração escrita lavrada para o efeito, o cumprimento do dever aí previsto em momento
anterior ao início da colaboração, consistindo infração disciplinar a violação daquele dever.
 

Artigo 93.º
Discussão pública de questões profissionais
 
1 - O advogado não deve pronunciar-se publicamente, na imprensa ou noutros meios de
comunicação social, sobre questões profissionais pendentes.
2 - O advogado pode pronunciar-se, excecionalmente, desde que previamente autorizado
pelo presidente do conselho regional competente, sempre que o exercício desse direito de
resposta se justifique, de forma a prevenir ou remediar a ofensa à dignidade, direitos e
interesses legítimos do cliente ou do próprio.
3 - O pedido de autorização é devidamente justificado e indica o âmbito possível das
questões sobre que entende dever pronunciar-se.
4 - O pedido de autorização é apreciado no prazo de três dias úteis, considerando-se
tacitamente deferido na falta de resposta, comunicada, naquele prazo, ao requerente.
5 - Da decisão do presidente do conselho regional que indefira o pedido cabe recurso para
o bastonário, que decide, no mesmo prazo.

Hélène Albuezza – H.A.L


6 - Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, em caso de manifesta urgência, o
advogado pode exercer o direito de resposta referido no n.º 2, de forma tão restrita e
contida quanto possível, devendo informar, no prazo de cinco dias úteis, o presidente do
conselho regional competente das circunstâncias que determinaram tal conduta e do
conteúdo das declarações proferidas.
 
 
Artigo 94.º
Informação e publicidade
 
1 - Os advogados e as sociedades de advogados podem divulgar a sua atividade
profissional de forma objetiva, verdadeira e digna, no rigoroso respeito dos deveres
deontológicos, do segredo profissional e das normas legais sobre publicidade e
concorrência.
2 - Entende-se, nomeadamente, por informação objetiva:
a) A identificação pessoal, académica e curricular do advogado ou da sociedade de
advogados;
b) O número de cédula profissional ou do registo da sociedade de advogados;
c) A morada do escritório principal e as moradas de escritórios noutras localidades;
d) A denominação, o logótipo ou outro sinal distintivo do escritório;
e) A indicação das áreas ou matérias jurídicas de exercício preferencial;
f) A referência à especialização, nos termos admitidos no n.º 3 do artigo 70.º;
g) Os cargos exercidos na Ordem dos Advogados;
h) Os colaboradores profissionais integrados efetivamente no escritório do advogado;
i) O telefone, o fax, o correio eletrónico e outros elementos de comunicações de que
disponha;
j) O horário de atendimento ao público;
k) As línguas ou idiomas, falados ou escritos;
l) A indicação do respetivo sítio na Internet;
m) A colocação, no exterior do escritório, de uma placa ou tabuleta identificativa da sua
existência.
3 - São, nomeadamente, atos lícitos de publicidade:
a) A menção à área preferencial de atividade;
b) A utilização de cartões onde se possa colocar informação objetiva;
c) A colocação em listas telefónicas, de fax ou análogas da condição de advogado;
d) A publicação de informações sobre alterações de morada, de telefone, de fax e de
outros dados relativos ao escritório;
e) A menção da condição de advogado, acompanhada de breve nota curricular, em
anuários profissionais, nacionais ou estrangeiros;
f) A promoção ou a intervenção em conferências ou colóquios;

Hélène Albuezza – H.A.L


g) A publicação de brochuras ou de escritos, circulares e artigos periódicos sobre temas
jurídicos em imprensa especializada ou não, podendo assinar com a indicação da sua
condição de advogado e da organização profissional que integre;
h) A menção a assuntos profissionais que integrem o currículo profissional do advogado e
em que este tenha intervindo, não podendo ser feita referência ao nome do cliente, salvo,
excecionalmente, quando autorizado por este, se tal divulgação for considerada essencial
para o exercício da profissão em determinada situação, mediante prévia deliberação do
conselho geral;
i) A referência, direta ou indireta, a qualquer cargo público ou privado ou relação de
emprego que tenha exercido;
j) A menção à composição e estrutura do escritório;
k) A inclusão de fotografia, ilustrações e logótipos adotados.
4 - São, designadamente, atos ilícitos de publicidade:
a) A colocação de conteúdos persuasivos, ideológicos, de autoengrandecimento e de
comparação;
b) A menção à qualidade do escritório;
c) A prestação de informações erróneas ou enganosas;
d) A promessa ou indução da produção de resultados;
e) O uso de publicidade direta não solicitada;
5 - As disposições constantes dos números anteriores são aplicáveis ao exercício da
advocacia quer a título individual quer às sociedades de advogados.
 
 
Artigo 95.º
Dever geral de urbanidade
 
No exercício da profissão o advogado deve proceder com urbanidade, nomeadamente
para com os colegas, magistrados, árbitros, peritos, testemunhas e demais intervenientes
nos processos, e ainda oficiais de justiça, funcionários notariais, das conservatórias e de
outras repartições ou entidades públicas ou privadas.
 
 
Artigo 96.º
Patrocínio contra advogados e magistrados
 
O advogado, antes de intervir em procedimento disciplinar, judicial ou de qualquer outra
natureza contra um colega ou um magistrado, deve comunicar-lhes por escrito a sua
intenção, com as explicações que entenda necessárias, salvo tratando-se de
procedimentos que tenham natureza secreta ou urgente.
 
 

Hélène Albuezza – H.A.L


CAPÍTULO II
Relações com os clientes
Artigo 97.º
Princípios gerais
 
1 - A relação entre o advogado e o cliente deve fundar-se na confiança recíproca.
2 - O advogado tem o dever de agir de forma a defender os interesses legítimos do cliente,
sem prejuízo do cumprimento das normas legais e deontológicas.
 
Artigo 98.º
Aceitação do patrocínio e dever de competência
 
1 - O advogado não pode aceitar o patrocínio ou a prestação de quaisquer serviços
profissionais se para tal não tiver sido livremente mandatado pelo cliente, ou por outro
advogado, em representação do cliente, ou se não tiver sido nomeado para o efeito, por
entidade legalmente competente.
2 - O advogado não deve aceitar o patrocínio de uma questão se souber, ou dever saber,
que não tem competência ou disponibilidade para dela se ocupar prontamente, a menos
que atue conjuntamente com outro advogado com competência e disponibilidade para o
efeito.
 
 
Artigo 99.º
Conflito de interesses
 
1 - O advogado deve recusar o patrocínio de uma questão em que já tenha intervindo em
qualquer outra qualidade ou seja conexa com outra em que represente, ou tenha
representado a parte contrária.
2 - O advogado deve recusar o patrocínio contra quem, noutra causa pendente, seja por si
patrocinado.
3 - O advogado não pode aconselhar, representar ou agir por conta de dois ou mais
clientes, no mesmo assunto ou em assunto conexo, se existir conflito entre os interesses
desses clientes.
4 - Se um conflito de interesses surgir entre dois ou mais clientes, bem como se ocorrer
risco de violação do segredo profissional ou de diminuição da sua independência, o
advogado deve cessar de agir por conta de todos os clientes, no âmbito desse conflito.
5 - O advogado deve abster-se de aceitar um novo cliente se tal puser em risco o
cumprimento do dever de guardar sigilo profissional relativamente aos assuntos de um
anterior cliente, ou se do conhecimento destes assuntos resultarem vantagens ilegítimas
ou injustificadas para o novo cliente.
6 - Sempre que o advogado exerça a sua atividade em associação, sob a forma de
sociedade ou não, o disposto nos números anteriores aplica-se quer à associação quer a
cada um dos seus membros.

Hélène Albuezza – H.A.L


 
 
Artigo 100.º
Outros deveres
 
1 - Nas relações com o cliente, são ainda deveres do advogado:
a) Dar a sua opinião conscienciosa sobre o merecimento do direito ou pretensão que o
cliente invoca, assim como prestar, sempre que lhe for solicitado, informação sobre o
andamento das questões que lhe forem confiadas, sobre os critérios que utiliza na fixação
dos seus honorários, indicando, sempre que possível, o seu montante total aproximado, e
ainda sobre a possibilidade e a forma de obter apoio judiciário;
b) Estudar com cuidado e tratar com zelo a questão de que seja incumbido, utilizando para
o efeito todos os recursos da sua experiência, saber e atividade;
c) Aconselhar toda a composição que ache justa e equitativa;
d) Não celebrar, em proveito próprio, contratos sobre o objeto das questões confiadas;
e) Não cessar, sem motivo justificado, o patrocínio das questões que lhe estão cometidas.
2 - Ainda que exista motivo justificado para a cessação do patrocínio, o advogado não
deve fazê-lo por forma a impossibilitar o cliente de obter, em tempo útil, a assistência de
outro advogado.
 
 
Artigo 101.º
Valores e documentos do cliente
 
1 - O advogado deve dar a aplicação devida a valores, objetos e documentos que lhe
tenham sido confiados, bem como prestar conta ao cliente de todos os valores deste que
tenha recebido, qualquer que seja a sua proveniência, e apresentar nota de honorários e
despesas, logo que tal lhe seja solicitado.
2 - Quando cesse a representação, o advogado deve restituir ao cliente os valores, objetos
ou documentos deste que se encontrem em seu poder.
3 - O advogado, apresentada a nota de honorários e despesas, goza do direito de
retenção sobre os valores, objetos ou documentos referidos no número anterior, para
garantia do pagamento dos honorários e reembolso das despesas que lhe sejam devidos
pelo cliente, a menos que os valores, objetos ou documentos em causa sejam necessários
para prova do direito do cliente ou que a sua retenção cause a este prejuízos irreparáveis.
4 - Deve, porém, o advogado restituir tais valores e objetos, independentemente do
pagamento a que tenha direito, se o cliente tiver prestado caução arbitrada pelo conselho
regional.
5 - Pode o conselho regional, antes do pagamento e a requerimento do advogado ou do
cliente, mandar entregar a este quaisquer objetos e valores quando os que fiquem em
poder do advogado sejam manifestamente suficientes para pagamento do crédito.
 
 

Hélène Albuezza – H.A.L


Artigo 102.º
Fundos dos clientes
 
1 - Sempre que o advogado detiver fundos dos seus clientes ou de terceiros, para efetuar
pagamentos de despesas por conta daqueles, deve observar as regras seguintes:
a) Os fundos devem ser depositados em conta do advogado ou sociedade de advogados
separada e com a designação de conta clientes, aberta para o efeito num banco ou
instituição similar autorizada, e aí mantidos até ao pagamento de despesas;
b) Os fundos devem ser pagáveis à ordem, a pedido do cliente ou nas condições que este
tiver aceite;
c) O advogado deve manter registos completos e precisos relativos a todas as operações
efetuadas com estes fundos, distinguindo-os de outros montantes por ele detidos, e deve
manter tais registos à disposição do cliente.
2 - O conselho geral pode estabelecer, através de deliberação, regras complementares
aplicáveis aos fundos a que o presente artigo se reporta, incluindo a sua centralização
num sistema de gestão que por aquele conselho vier a ser aprovado.
3 - O disposto nos números anteriores não se aplica às provisões destinadas a honorários,
pelas quais haja sido dada quitação ao cliente.
 
 

Hélène Albuezza – H.A.L


Código de Deontologia dos
Advogados Europeus
 
 
Deliberação n.º 2511/2007 OA (2.ª série), de 27 de Dezembro de 2007 / Ordem dos
Advogados. Conselho Geral. - Aprova a tradução na língua portuguesa do Código de
Deontologia dos Advogados Europeus, originalmente adoptado na sessão plenária do
Conseil des Barreaux européens (CCBE) de 28 de Outubro de 1988 e subsequentemente
alterado nas sessões plenárias do CCBE de 28 de Novembro de 1998, de 6 de Dezembro
de 2002 e de 19 de Maio de 2006. Revoga o Regulamento n.º 25/2001, de 22 de
Novembro. Diário da República. - S.2-E n.249 (27 Dezembro 2007).

ORDEM DOS ADVOGADOS


Deliberação n.º 2511/2007

Aprova a tradução na língua portuguesa do Código de Deontologia dos Advogados


Europeus, originalmente adoptado na sessão plenária do Conseil des Barreaux européens
(CCBE) de 28 de Outubro de 1988 e subsequentemente alterado nas sessões plenárias do
CCBE de 28 de Novembro de 1998, de 6 de Dezembro de 2002 e de 19 de Maio de 2006.
Revoga o Regulamento n.º 25/2001, de 22 de Novembro.

O Conselho Geral da Ordem dos Advogados, reunido em plenário de 13 de Julho de 2007,


delibera, ao abrigo do disposto nas alíneas d) e h), do n.º 1, do artigo 45.º do Estatuto da
Ordem dos Advogados, aprovado pela n.º Lei n.º 15/2005, de 26 de Janeiro:

1 - Aprovar a tradução em língua portuguesa do Código de Deontologia dos Advogados


Europeus e o respectivo memorando explicativo, originalmente adoptado na Sessão
Plenária do Conseil des Barreaux européens (CCBE), de 28 de Outubro de 1988, e
subsequentemente alterado nas Sessões Plenárias do CCBE de 28 de Novembro de
1998, de 6 de Dezembro de 2002 e de 19 de Maio de 2006, cujas versões autênticas em

Hélène Albuezza – H.A.L


língua inglesa e em língua francesa, e a respectiva tradução em língua portuguesa ficam
em anexo à presente deliberação, da qual fazem parte integrante.

2 - Revogar o Regulamento n.º 25/2001, de 22 de Novembro.

7 de Dezembro de 2007

O Presidente do Conselho Geral, Rogério Alves.

ANEXO

CÓDIGO DE DEONTOLOGIA DOS ADVOGADOS EUROPEUS

1 - Preâmbulo

1.1 - A função do advogado na sociedade

Numa sociedade baseada no respeito pelo primado da lei, o advogado desempenha um


papel especial. Os deveres do advogado não se esgotam no cumprimento rigoroso do seu
mandato dentro dos limites da lei. O advogado deve servir o propósito de uma boa
administração da justiça ao mesmo tempo que serve os interesses daqueles que lhe
confiaram a defesa e afirmação dos seus direitos e liberdades. Um advogado não deve ser
apenas um pleiteador de causas, mas também um conselheiro do cliente. O respeito pela
função do advogado assume-se como uma condição essencial para a garantia do Estado
de Direito Democrático.

Por isso, a função do advogado impõe-lhe uma diversidade de obrigações legais e morais,
muitas vezes conflituantes, perante:

- o cliente;

- os tribunais e outras autoridades junto das quais o advogado pleiteia ou representa o seu
cliente;

- a advocacia em geral ou qualquer colega em particular;

- o público, para o qual a existência de uma profissão livre e independente, auto-regulada


por normas vinculativas, é um elemento essencial para a defesa dos direitos humanos face
ao poder do Estado e a outros instalados na sociedade.

1.2 - A natureza das regras profissionais e deontológicas

1.2 - 1 - As regras profissionais e deontológicas aplicáveis ao advogado estão adequadas


a garantir, através da sua espontânea observância, o exercício correcto de uma função
que é reconhecida como indispensável em todas as sociedades civilizadas. O
incumprimento dessas regras pelo advogado é susceptível de ser objecto de sanções
disciplinares.

Hélène Albuezza – H.A.L


1.2 - 2 - As regras próprias de cada Ordem ou organização de advogados decorrem das
respectivas tradições e estão adaptadas à organização e âmbito de actividade em cada
Estado Membro, aos procedimentos judiciais e administrativos e à legislação nacional. Não
é possível nem desejável retirá-las do seu próprio contexto, nem deverá fazer-se uma
aplicação genérica das regras que não sejam susceptíveis de tal aplicação.

Contudo, as regras próprias de cada Ordem ou organização de advogados baseiam-se em


iguais valores e, na maioria dos casos, têm uma origem comum.

1.3 - Os objectivos do Código

1.3 - 1 - A integração progressiva da União Europeia (UE) e do Espaço Económico


Europeu (EEE) e a intensificação da actividade transfronteiriça do advogado no interior do
Espaço Económico Europeu tornaram necessária, na defesa do interesse público, a
definição de regras uniformes aplicáveis a todos os advogados do espaço económico
europeu na sua actividade transfronteiriça, qualquer que seja a Ordem de advogados a
que pertençam. A definição de tais regras visa, nomeadamente, atenuar as dificuldades
resultantes da aplicação de uma "dupla deontologia", designadamente conforme previsto
no artigo 4.º e no n.º 2, do artigo 7.º da Directiva 77/249/CEE e nos artigos 6.º e 7.º da
Directiva 98/5/CE.

1.3 - 2 - As organizações representativas da profissão de advogado reunidas no âmbito do


CCBE propõem que as regras aqui codificadas:

Sejam desde já reconhecidas como a expressão da convicção comum de todas as ordens


de advogados da União Europeia e do Espaço Económico Europeu;

Sejam adoptadas como regras vinculativas no mais curto prazo possível, de harmonia com
os procedimentos nacionais ou do EEE, à actividade transfronteiriça do advogado na
União Europeia e no Espaço Económico Europeu;

Sejam tidas em consideração em todas as revisões das regras deontológicas internas,


com vista à progressiva harmonização das mesmas.

Pretendem ainda que, na medida do possível, as regras deontológicas internas, de cada


Estado, sejam interpretadas e aplicadas de uma forma harmonizada com as do presente
Código.

Após a adopção das regras do presente Código como vinculativas na actividade


transfronteiriça, o advogado continuará sujeito à observância das regras da Ordem de
advogados a que pertence, na medida em que estas sejam conformes com as do presente
Código.

1.4 - Âmbito de aplicação ratione personae

Este código aplicar-se-á aos advogados, tal como definidos na Directiva 77/249/CEE e na
Directiva 98/5/CE, assim como aos advogados sedeados em Membros-Observadores do
CCBE.

1.5 - Âmbito de aplicação ratione materiae

Sem prejuízo do objectivo da progressiva harmonização das regras deontológicas ou


profissionais aplicáveis internamente em cada Estado-Membro, as regras seguintes
aplicar-se-ão às actividades transfronteiriças do advogado no interior da União Europeia e
do Espaço Económico Europeu. Por actividade transfronteiriça considera-se:

Toda a relação profissional de um advogado de um Estado-Membro estabelecida com

Hélène Albuezza – H.A.L


advogados de outro Estado-Membro;

As actividades profissionais de um advogado num Estado-Membro diferente do seu,


mesmo que o advogado aí não se desloque.

1.6 - Definições

Neste Código:

«Estado-Membro» significa Estado-Membro da União Europeia ou qualquer outro estado


cujos profissionais jurídicos estejam incluídos no artigo 1.4.

«Estado-Membro de Origem» significa o Estado-Membro no qual o advogado adquiriu o


direito a usar o seu título profissional;

«Estado-Membro de Acolhimento» significa qualquer outro Estado-Membro no qual o


advogado exerça uma actividade transfronteiriça;

«Autoridade competente» significa a ou as organizações profissionais ou autoridades do


Estado-Membro em causa, responsáveis pela aprovação das regras profissionais e
deontológicas e pelo exercício da jurisdição disciplinar sobre os advogados.

«Directiva 77/249/CEE» significa a Directiva 77/249/CEE do Conselho, de 22 Março de


1977 tendente a facilitar o exercício efectivo da livre prestação de serviços pelos
advogados.

«Directiva 98/5/CE» significa a Directiva 98/5/CE do Parlamento e do Conselho Europeu


de 16 Fevereiro de 1998 tendente a facilitar o exercício permanente da profissão de
advogado num Estado-Membro diferente daquele em que foi adquirida a qualificação
profissional.

2 - Princípios gerais

2.1 – Independência

2.1 - 1 - A multiplicidade de deveres a que o advogado está sujeito impõe-lhe uma


independência absoluta, isenta de qualquer pressão, especialmente a que possa resultar
dos seus próprios interesses ou de influências exteriores. Esta independência é tão
necessária à confiança na justiça como a imparcialidade do juiz. O advogado deve, pois,
evitar pôr em causa a sua independência e nunca negligenciar a ética profissional com a
preocupação de agradar ao seu cliente, ao juiz ou a terceiros.

2.1 - 2 - Esta independência é necessária em toda e qualquer actividade do advogado,


independentemente da existência ou não de um litígio concreto, não tendo qualquer valor
o conselho dado ao cliente pelo advogado, se prestado apenas por complacência, ou por
interesse pessoal ou sob o efeito de uma pressão exterior.

2.2 - Confiança e integridade moral

Hélène Albuezza – H.A.L


TEM A VER COM A RETIDÃO QUE O ADVOGADO DEVE TER

As relações de confiança só podem existir se a honestidade, a probidade, a rectidão e a


sinceridade do advogado forem inquestionáveis. Para o advogado, estas virtudes
tradicionais são obrigações profissionais.

2.3 - Segredo profissional

2.3 - 1 - É requisito essencial do livre exercício da advocacia a possibilidade do cliente


revelar ao advogado informações que não confiaria a mais ninguém, e que este possa ser
o destinatário de informações sigilosas só transmissíveis no pressuposto da
confidencialidade. Sem a garantia de confidencialidade não pode haver confiança. O
segredo profissional é, pois, reconhecido como direito e dever fundamental e primordial do
advogado.

A obrigação do advogado de guardar segredo profissional visa garantir razões de interesse


público, nomeadamente a administração da justiça e a defesa dos interesses dos clientes.
Consequentemente, esta obrigação deve beneficiar de uma protecção especial por parte
do Estado.

2.3 - 2 - O advogado deve respeitar a obrigação de guardar segredo relativamente a toda a


informação confidencial de que tome conhecimento no âmbito da sua actividade
profissional.

2.3 - 3 - A obrigação de guardar segredo profissional não está limitada no tempo.

2.3 - 4 - O advogado exigirá aos membros do seu pessoal e a todos aqueles que consigo
colaborem na sua actividade profissional, a observância do dever de guardar segredo
profissional a que o próprio está sujeito.

2.4 - Respeito pelas regras profissionais de outras organizações de advogados

Quando em actividade transfronteiriça, o advogado de um Estado-Membro pode ser


obrigado a respeitar as regras profissionais da ordem de advogados do Estado-Membro de
Acolhimento. Os advogados têm o dever de se informar acerca das regras a que estão
sujeitos no exercício de qualquer actividade específica.

As organizações membros do CCBE estão obrigadas a depositar os seus códigos de


deontologia no Secretariado do CCBE, a fim de que qualquer advogado possa obter uma
cópia do código em vigor, junto do referido Secretariado.

2.5 – Incompatibilidades

2.5 - 1 - Para permitir ao advogado exercer a sua função com a independência necessária
e em conformidade com o seu dever de colaborar na administração da justiça, o exercício
de certas profissões ou funções pode ser declarado incompatível com a profissão de

Hélène Albuezza – H.A.L


advogado.

2.5 - 2 - O advogado que assegure a representação ou a defesa de um cliente num


processo judicial ou perante qualquer autoridade pública de um Estado-Membro de
Acolhimento está sujeito às regras sobre incompatibilidades aplicáveis aos advogados
desse Estado-Membro.

2.5 - 3 - O advogado estabelecido num Estado-Membro de Acolhimento que pretenda


participar directamente numa actividade comercial ou noutra actividade diferente da
advocacia respeitará as regras relativas a incompatibilidades, tais como são aplicadas aos
advogados desse Estado-Membro.

2.6 - Publicidade pessoal

2.6 - 1 - O advogado pode informar o público dos serviços por si oferecidos, desde que tal
informação seja verdadeira, objectiva, não induza em erro e respeite a obrigação de
confidencialidade e outros deveres deontológicos essenciais.

2.6 - 2 - É permitida a publicidade pessoal do Advogado através de qualquer meio de


comunicação, nomeadamente a imprensa, rádio, televisão, meios electrónicos ou outros,
na medida em que cumpra os requisitos definidos no artigo 2.6.1
.

2.7 - Os interesses do cliente

Sem prejuízo da estrita observância das normas legais e deontológicas, o advogado tem a
obrigação de agir sempre em defesa dos interesses legítimos do seu cliente, em primazia
sobre os seus próprios interesses ou dos colegas de profissão.

2.8 - Limitação da responsabilidade do advogado face ao cliente

Na medida em que a lei do Estado-Membro de Origem e a lei do Estado-Membro de


Acolhimento o permitam, o advogado pode limitar a sua responsabilidade face ao cliente,
de acordo com as normas profissionais a que se encontre sujeito.

3 - Relações com os clientes

3.1 - Aceitação e renúncia do patrocínio

3.1 - 1 - O advogado não pode aceitar o patrocínio se para tal não tiver sido mandatado
pelo seu cliente. Contudo, o advogado pode ser mandatado por outro advogado que

Hélène Albuezza – H.A.L


represente o cliente ou por uma entidade competente para cumprir esse mandato. O
advogado deve esforçar-se, de forma razoável, por conhecer a identidade, a capacidade e
os poderes de representação da pessoa ou da entidade que o tenha mandatado, quando
as circunstâncias específicas revelem que essa identidade, capacidade e poderes de
representação são incertos.

3.1 - 2 - O advogado deve aconselhar e defender o seu cliente com prontidão, consciência
e diligência. O advogado assume pessoalmente a responsabilidade pelo cumprimento do
mandato e deve informar o seu cliente da evolução do assunto que lhe foi confiado.

3.1 - 3 - O advogado não pode aceitar o patrocínio de uma questão para a qual saiba, ou
deva saber, não ter a competência necessária, a não ser que actue conjuntamente com
um advogado que tenha essa competência. O advogado só pode aceitar o patrocínio de
uma questão se, tendo em conta as suas demais obrigações profissionais, puder ocupar-
se dela de forma expedita.

3.1 - 4 - Não é legítimo ao advogado exercer o direito de renunciar ao patrocínio em


circunstâncias donde possa resultar a impossibilidade do cliente obter, em tempo útil para
evitar prejuízos, nova assistência jurídica.

3.2 - Conflito de interesses

3.2 - 1 - O advogado não pode aconselhar, representar ou agir por conta de dois ou mais
clientes relativamente ao mesmo assunto, se existir um conflito ou um risco sério de
conflito entre os interesses desses mesmos clientes.

3.2 - 2 - O advogado deve abster-se de se ocupar dos assuntos de ambos ou de todos os


clientes envolvidos quando surja um conflito de interesses, quando exista risco de quebra
de confidencialidade, ou quando a sua independência possa ser comprometida.

3.2 - 3 - O advogado deve abster-se de aceitar o patrocínio de um novo cliente se tal


colocar em risco o cumprimento do dever de guardar sigilo profissional relativamente aos
assuntos de um anterior cliente ou se do conhecimento desses assuntos resultarem
vantagens injustificadas para o novo cliente.

3.2 - 4 - Quando os advogados exerçam a sua actividade em grupo, os n.os 3.2.1 a 3.2.3
são aplicáveis ao grupo no seu conjunto e a todos os seus membros.

3.3 - Pacto de quota litis


ACOROD ENTRE O ADVOGADO E O CLIENTE ANTES DO PROCESSO

3.3 - 1 - É vedado ao advogado celebrar pactos de quota litis.

3.3 - 2 - Por pacto de quota litis entende-se o acordo entre o advogado e o seu cliente,
antes da conclusão definitiva da questão em que este é parte, através do qual o cliente se
compromete a entregar ao advogado uma parte do resultado que vier a obter,

Hélène Albuezza – H.A.L


independentemente do resultado corresponder a uma soma em dinheiro ou a qualquer
outro bem ou valor.

3.3 - 3 - Não constitui pacto de quota litis o acordo que preveja a determinação dos
honorários em função do valor do assunto confiado ao advogado, desde que observe os
termos de uma tabela oficial ou se tal acordo puder ser avaliado pela Autoridade
Competente titular de jurisdição sobre o advogado.

3.4 - Fixação dos honorários

A conta de honorários apresentada pelo advogado deve conter a discriminação completa


dos serviços prestados e o montante dos honorários deve ser moderado e justo, em
conformidade com a lei e com as regras profissionais a que o advogado se encontra
vinculado.

3.5 - Provisões para honorários e despesas

Se o advogado necessitar de uma provisão por conta dos honorários ou para pagamento
de despesas, o montante da provisão não deverá exceder uma estimativa razoável dos
honorários e das despesas prováveis. Não sendo entregue a provisão solicitada, o
advogado pode recusar o patrocínio ou renunciar ao mesmo, sem prejuízo do
cumprimento do disposto no n.º 3.1.4.

3.6 - Partilha de honorários com quem não seja advogado

3.6 - 1 - O advogado não pode partilhar os seus honorários com quem não seja advogado,
excepto se a parceria entre o advogado e essa pessoa for autorizada pela lei e pelas
regras profissionais a que o advogado se encontra vinculado.

3.6 - 2 - O disposto no n.º 3.6.1 não exime o advogado do pagamento dos honorários,
comissões ou compensações devidas aos herdeiros de um colega falecido ou a um colega
reformado a título da sua apresentação como sucessor da clientela desse colega.

3.7 - Custos do litígio, possibilidade de recurso ao benefício de apoio judiciário

3.7 - 1 - O advogado deve, a todo o tempo, procurar alcançar a solução economicamente


mais adequada para o litígio do seu cliente e deverá, oportunamente, aconselhá-lo
relativamente à viabilidade de tentar resolver o litígio por acordo e ou mediante meios
alternativos de resolução de litígios.

Hélène Albuezza – H.A.L


3.7 - 2 - Se o cliente reunir condições para recorrer ao benefício de apoio judiciário, o
advogado deve informá-lo dessa possibilidade.

3.8 - Fundos dos clientes

3.8 - 1. - Sempre que em qualquer momento o advogado detenha fundos por conta dos
seus clientes ou de terceiros (doravante denominados "fundos dos clientes") deverá
depositar esses montantes numa conta aberta num banco ou instituição similar sujeita à
supervisão de uma autoridade pública (doravante designada "conta cliente"). A conta
cliente será independente de qualquer outra conta do advogado. Todos os fundos dos
clientes recebidos por um advogado devem ser depositados numa conta cliente, excepto
se o titular dos fundos autorizar uma afectação diferente.

3.8 - 2. - O advogado deve manter registos completos e precisos relativos a todas as


operações efectuadas com os fundos dos clientes, distinguindo-os de outras quantias por
si detidas. Poderá ser exigido ao advogado que preserve esses registos durante um
determinado período de tempo, de acordo com as regras nacionais.

3.8 - 3. - As contas-clientes não poderão ter saldo negativo, excepto em circunstâncias


excepcionais expressamente previstas na legislação nacional ou devido a despesas
bancárias, que não possam ser controladas pelo advogado. Estas contas não poderão em
circunstância alguma ser utilizadas como garantia ou caução. Não poderá existir qualquer
compensação ou fusão entre uma conta-cliente e qualquer outra conta bancária, nem
poderão os fundos dos clientes numa conta-cliente ser disponibilizados para amortizar
dívidas do advogado ao banco.

3.8 - 4. - Os fundos dos clientes devem ser entregues aos respectivos titulares no mais
curto espaço de tempo ou de acordo com as condições por estes autorizadas.

3.8 - 5. - O advogado não pode transferir fundos de uma conta-cliente para a sua própria
conta a título de pagamento de honorários sem informar o cliente por escrito.

3.8 - 6. - As Autoridades Competentes dos Estados Membros estão autorizadas a verificar


e a examinar quaisquer documentos relativos aos fundos dos clientes, respeitando a
confidencialidade e a obrigação legal de guardar segredo profissional a que possam estar
sujeitos.

3.9 - Seguro de responsabilidade profissional

3.9 - 1 - O advogado manterá um seguro de responsabilidade civil profissional num


montante razoável e adequado à natureza e âmbito dos riscos a que está sujeito na sua

Hélène Albuezza – H.A.L


actividade profissional.

3.9 - 2 - No caso de não ser possível ao advogado celebrar um seguro em conformidade


com as regras precedentes, deve o advogado informar os seus clientes dessa situação e
das suas possíveis consequências.

MATERIAS IMPORTANTES PARA A FREQUÊNCIA

CONCEITOS : ÉTICA MORAL DEONTOLOGIA

FILOFOFOAS : PLATAO ARISTOLTES, EPICURISMO…


S.AGOSTINHO E SÃO TOMAS DE AQUINO
1891
KANT
STURAT MILL
ADAM SMITH

EUTENASIA
ADOÇÃO POR HOMOSEXUAIS

O QUE ENTENDEM POR ETICA E MORAL E O QUE ENTENDE TENDO EM CONTA


ISTO

JUSTIÇA SÃO TOMAS


JUSTIÇA EM ARISTOTELES

ÉTICA DO DIREITO – INFLUENCIA DA ETICA NO DIREITO

KELSEN

Hélène Albuezza – H.A.L


DEONTOLOGIA PROFISSINAL : CONCEITO E ALGUMAS DAS OBRIGAÇÕES DOS
ADVOGADOS

A MATERIA QUE DEMOS NOS TESTE SÉ CURTA MAS É UM EXEMPLO DO QUE


PODE SAIR

1,5 SERÃO EQUIVALENTE AOS DOIS TESTES QUE FIZEMOS

AS MATERIAS SAEM TODAS

Hélène Albuezza – H.A.L

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