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Ética, vem do grego ethos e significa caráter, comportamento. O estudo da ética é centrado na
sociedade e no comportamento humano. As reflexões sobre esse tema começaram na
antiguidade, os filósofos mais famosos, como Demócrito e Aristóteles, falaram sobre a ética
como meio de alcançar a felicidade.
Com a introdução do cristianismo como religião oficial no ocidente, a ética passou a ser
interpretada a partir dos mandamentos documentados nas leis sagradas.
O estudo da ética não é só explorado pela filosofia, mas diversos profissionais se dedicam a ela
(sociólogos, antropólogos, psicólogos, biólogos, médicos, jornalistas, economistas etc.)
principalmente pelo fato de cada área ter um código para delimitar as ações daquela profissão.
A função do pensamento ético, portanto, é manter a ordem social. Embora não mantenha
relação direta com a lei propriamente dita, a ética é construída ao longo da história, galgada
nos valores e princípios morais de determinada sociedade. Os códigos éticos visam proteger a
sociedade das injustiças e do desrespeito em qualquer esfera social, seja no ambiente familiar
ou profissional.
Ética e moral
Ética e moral são dois conceitos que dizem respeito ao comportamento humano em
sociedade, porém não são sinônimos, mas sim complementares.
Ambos têm uma relação entre si, mas não possuem a mesma origem e nem o mesmo
significado.
Por conta disso, estamos falando de um conceito de caráter particular e que se baseia,
sobretudo, em hábitos e costumes.
As noções de certo ou errado e justo e injusto se dão a partir dos nossos valores éticos.
Enquanto a ética procura encontrar a definição sobre “o que é o bem?” e “o que é o mal?”, a
moral questiona “será que essa é uma atitude boa?” ou “será que essa é uma atitude ruim?”.
Apesar das suas diferenças, ética e moral também têm ao menos uma semelhança.
Ambas ajudam a delimitar os valores que conduzirão o modo de agir do indivíduo, definindo
noções de índole e caráter, e encontrando a melhor maneira de viver em sociedade.
Nas conversas diárias, muitas vezes falamos de “ética” e “moral” como se fossem palavras
sinônimas. Embora tenham, originalmente, um sentido parecido, é possível diferenciá-las. A
palavra “moralidade” vem do latim mos, mor- e significa costumes. Nós vivemos em uma
sociedade que tem normas estabelecidas do que é certo e do que é errado.
As normas morais variam, a depender da cultura e do período histórico, e também podem ser
questionadas e destituídas. Por muitos anos, no Brasil, por exemplo, as mulheres não puderam
votar. Enquanto elas obedeciam silenciosamente, respeitavam a moral da época. À medida
que as mulheres questionaram a moral, isto é, os motivos pelos quais elas não podiam exercer
o direito ao voto, elas promoveram um debate “ético”. Atualmente, as mulheres não apenas
podem votar, como também exercer cargos políticos, ou seja, houve uma mudança de
concepção de moralidade.
A palavra “ética” vem do grego éthikos e significa modos de ser. A ética pode ser entendida
como a reflexão sobre o comportamento moral. Se existir um país onde usar guarda-chuva
seja considerado imoral, compete à ética pensar sobre a origem dessa norma e quais os
pontos negativos de não usar guarda-chuva, por exemplo. A ética, portanto, analisa os fatos
morais a partir das noções de bem e mal, de justo e de injusto. Ela não diz a forma como as
pessoas devem comportar-se, e sim pretende elaborar princípios de vida para orientar as
ações humanas.
Quando uma pessoa tem condições de pensar sobre seus atos, tanto os do passado
quanto os do presente, ela pode escolher a forma como agir no futuro. Sobre isso
dizemos que a pessoa tem liberdade. Mas os filósofos não chegam a um consenso a
respeito da liberdade humana.
Liberdade e Determinismo
Para Helvetius e outros deterministas, a liberdade seria uma espécie de ilusão, pois há um
aspecto biológico do qual não se pode escapar e, sobretudo, um aspecto jurídico. Veja o que
ele diz:
“Os homens não são maus, mas submissos aos seus interesses... Portanto, não é da maldade
dos homens que é preciso se queixar, mas da ignorância dos legisladores que sempre colocam
o interesse particular em oposição ao geral. […] Até hoje, as mais belas máximas morais não
conseguem traduzir nenhuma mudança nos costumes das nações. Qual é a causa? É que os
vícios de um povo estão, se ouso falar, escondidos no fundo de sua legislação.”*