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ECO-PLANEJAMENTO DE AULA

AULA 1- Noções gerais sobre as concepções clássicas da Ética

ESCOLHAS (razão- escolha-liberdade)


Escolher, eis o desafio!

Nesta unidade, veremos que a vida humana é feita de escolhas. Compromissados


com a nossa realização e felicidade, desejamos escolher bem. Por sermos seres
sociais, necessitamos escolher bem não só para nós, mas para os outros, para a
natureza, para a sociedade. Veremos que esta é a tarefa da Ética, e, por que não,
também da Moral: auxiliar em nossas escolhas, conduzindo-nos para a vida boa e
feliz.

Nós somos seres humanos. Portanto, dotados da possibilidade do uso da


racionalidade, pensamento, reflexão, razão. Realizamos a nossa vida a partir das
escolhas que fazemos. Nós somos os seres que escolhem, e, por isso, a liberdade
é possível. Mas a quem ou a que recorrer em meio às dificuldades, dilemas,
limitações existenciais, circunstanciais, culturais e históricas que dificultam nossas
escolhas - tarefa primordial e
constitutiva do ser que somos?

Nós, os modernos, desde o início da aventura filosófica ocidental na antiguidade


clássica, não contamos mais com o desígnio dos deuses extra mundanos ou com
os desatinos da força inexorável e incontrolável do destino. Razões para
agir e explicações para o nosso agir agora são buscadas na racionalidade, no uso
da reta razão, se desejamos a plena realização da existência humana. Assim

ECO-PLANEJAMENTO DE AULA 1
nasce a Ética. Reflexão sobre o comportamento humano, guiada pelas noções de
bom, bem, belo, justo em vista da realização de ideais e fins.
Escolher, eis o desafio! Escolher o bem, escolher o que é bom, para si mesmo(a),
para os outros, para o mundo. Construir o seu projeto de vida com as escolhas que
faz e encontrar o contentamento, a existência feliz.

O homem vive em sociedade, convive com outros homens e, portanto, cabe-lhe


pensar e responder à seguinte pergunta: “Como devo agir perante os outros?”.
Trata-se de uma pergunta fácil de ser formulada, mas difícil de ser respondida. Ora,
esta é a questão central da Moral e da Ética.

A ação consciente nos coloca diante do desafio de escolher o bem e o bom.


“o que é bom para a leoa, não pode ser bom à gazela. E, o que é bom à gazela,
fatalmente não será bom à leoa.”
Necessidade de decidir o que é bom.
Conflito entre indivíduo e o todo.

Exemplo: Pandemia e a necessidade de usar mascara. Sou livre, posso


simplesmente não usar? Possuo uma responsabilidade com o todo?

Essas discussões são importantes. Em algum momento durante a escravidão


questionava-se se era correto castigar demais os escravos, mas não questionavam
a própria escravidão. Mas esse questionamento surgiu em certo momento,
principalmente com o avanço da razão.

Castigos físicos moderados. Crimes justificados. O escravo podia ser açoitado por
seu dono? Somente o Estado pode penalizar. Uso do direito de castigar o seu
escravo. Escravos penalizados sem julgamento. Mas ninguém discutia a
escravidão em si.

ÉTICA

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Dessa forma, o objetivo da Ética é determinar o que é bom, tanto para o indivíduo
como para a sociedade como um todo.
vocábulo grego ethos: costume, caráter.

Mais do que costumes, a Ética tem a ver com caráter. Ter caráter é ser firme e
coerente nas atitudes, com domínio sobre si (cf. verbete no Aurélio). Ter caráter,
ter Ética é um aprendizado, por vezes longo, uma disciplina do espírito que
depende do esforço individual e dos meios culturais de que dispomos
(lembrar da escravidão).

Melhor colocar o exemplo da escravidão aqui!!!!

Meu conceito: Juízo de valores/apreciação/ análise da conduta humana a fim de


identificar/qualificar o bem e o mal.

A Ética nos apresenta resultados de estudos da conduta humana, positiva ou


negativa, suas respectivas consequências para o bem ou para o mal e seus efeitos
a curto ou longo prazo.
Nesse enunciado, cabe destacar: estudos e juízos por um lado e a conduta
humana por outro. Diante de problemas no comportamento prático dos indivíduos
(Moral), surge a necessidade de definir princípios universais dos seres humanos
(Ética).

Veja o conceito:
Ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos seres humanos na
sociedade. A Ética estuda, analisa, reflete sobre o comportamento humano,
considerado em sua totalidade, diversidade e variedade. (VAZQUEZ)

Nicola Abbagnano, no seu Dicionário de Filosofia, explicita mais este conceito e


define Ética como “a ciência da conduta”; “como ciência do fim a que a conduta
dos homens se deve dirigir

e dos meios para atingir tal fim”; e como a ciência “que visa dirigir ou disciplinar as
mobilidades (móvel) da conduta humana” (ABAGGNANO, 1970, p. 360).

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Por isso a missão da Ética é explicar a moral efetiva, a que se traduz em atos
concretos, e falar com sentido sobre o que se deve fazer, sempre a partir dos
fatos e das possibilidades que eles oferecem. Quando, a partir dos fatos,
discutimos nossos comportamentos, à luz de ou buscando princípios, estamos
fazendo Ética. Ética é a filosofia da ação; só posso falar se uma pessoa é ética a
partir da conduta que ela demonstra no dia a dia.

Mundo do dever ser (juízos de valor) em contraposição do mundo do ser (juízos de


realidade)

O cidadão só é despertado para a necessidade de seu comportamento ético


quando, em contrapartida, percebe que é a ética que torna possível sua
convivência em sociedade.

Sócrates (470-399 a.C.) inaugura a Ética ao defender que devemos pensar,


analisar, investigar as nossas condutas, os nossos comportamentos (e, em uma
escala abrangente, a conduta do ser humano) julgados, sobretudo, (como certos ou
errados) em função do que nós próprios pensamos, em função do exame racional
de nossos comportamentos, em função de nossa autonomia. “Conhece-te a ti
mesmo”, busca por um conceito universal de virtude.

Para Sócrates, todo ser humano almeja, tem como finalidade a felicidade. E nos
tornaremos felizes quando formos capazes de propor-nos, racional e
autonomamente, regras de conduta. Veja que, antes de tais ideias de Sócrates,
não há sentido em dizer que havia Ética. O que havia? Existia um conjunto de
tradições, expressas em narrativas e em poemas (os mitos gregos) que, vinculados
a uma origem religiosa, orientavam o modo como os gregos deveriam agir
moralmente. Assim, os gregos comportavam-se moralmente em função de
orientações metafóricas (linguagem figurada que expressa uma explicação através
de um exemplo, de uma analogia)
apresentadas pelos mitos.

Observe que Sócrates inaugurou a Ética à medida que incitou as pessoas a


investigarem a virtude e, portanto, a investigarem como devemos agir moralmente,

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considerando a análise racional e autônoma de nossa consciência. Desse modo,
iniciou-se um enfraquecimento do modelo moral fundamentado por mitos (modelo
teocêntrico), que era respeitado e seguido sem questionamentos ou reflexões.

Sócrates morreu por conta desses questionamento.

Caracterizamos a Ética aristotélica como a busca (a Filosofia) da virtude (o bem),


pelo hábito. A virtude, recapitulemos, está ligada ao hábito de praticar boas ações,
como consequência de nossa disposição, de nossa escolha racional, de nossa
autonomia para praticar estas boas ações.

ESPECULATIVA, jamais normativa.

BUSCA FUNDAMENTAR O BOM MODO DE VIVER PELO PENSAMENTO


HUMANO

Ciência que estuda a conduta humana.

Discussão entre o mais justo ou menos justo.

ÉTICA NÃO Ê LEI. A TERMINOLOGIA CÓDIGO DE ÉTICA ESTÁ ERRADA.

A ÉTICA PROFISSIONAL VEM ANTES DO CÓDIGO.

Comportamento ético

é aquele que considerado bom.


como devo agir perante os outros.

O objeto de estudo da Ética são os atos humanos conscientes e voluntários –


sujeito moral. A Ética é a ciência da moralidade, a ciência do comportamento
humano. A Ética estuda a natureza

do que é considerado adequado e moralmente correto. Dessa forma, o objetivo de


uma teoria ética é determinar o que é bom, tanto para o indivíduo como para a

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sociedade como um todo.

Valls (1986, p. 8) separa didaticamente os problemas teóricos da Ética em dois


campos: problemas gerais e fundamentais, tais como, liberdade, consciência, bem,
valor, lei e outros; e problemas de aplicação prática, tais como, os relacionados ao
exercício da profissão, política, sexualidade, casamento, bioética e outros. Não
seria estranho considerarmos aqui a liberdade como o fundamental problema
(objeto de estudo) da Ética. Esta questão acompanhará o nosso estudo do
desenvolvimento da reflexão ética na civilização ocidental: liberdade do ser
humano das forças e caprichos das divindades na mitologia; do destino inexorável
e impiedoso na tragédia; de si mesmo na reflexão socrática; diante das exigências
da polis em Platão e Aristóteles; diante da dor e do sofrimento no helenismo.

A noção do dever, uma obrigação que o indivíduo se impõe, nasce da


consciência ética.
Viver é escolher. Muitas escolhas se apresentam como verdadeiros dilemas onde
nem sempre está clara a fronteira entre o bem e o mal, o lícito e o ilícito. A Ética
reflete sobre o comportamento humano sob o ponto de vista das noções de bem e
mal, de justo e de injusto, auxiliando-nos em nosso agir diante dos diferentes
desafios morais. É daí que nasce a Ética.

Não seria estranho considerarmos aqui a liberdade como o fundamental


problema (objeto de estudo) da Ética.

AULA 2-

MORAL

O que é Moral?

A palavra Moral vem do latim mores (costumes) e designa as regras adquiridas por
hábito, o comportamento adquirido, o modo de ser (agir). Ao conjunto das regras
ou normas de comportamentos existentes numa sociedade ou num segmento
social denominamos moral ou moralidade.

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Caráter normativo.

ela recomenda e prescreve uma conduta aceita e desejada por determinado grupo
social, cristalizada pelo costume e convenção social.

Determina a nossa conduta em sociedade: como devemos agir para não ferir o
direito do outro e respeitar o bem comum.

A Moral é o conjunto das práticas comportamentais convencionadas pela realidade


social e cultural.

Como vivemos nossa própria vida (feliz e válida)


Feliz no sentido de dignidade da pessoa humana

Como podemos viver em paz socialmente?


moral subjetiva (interna)
moral coletiva (o que é aceita socialmente)

média da sociedade
varia com as regiões

GRECIA
-Algo correto

-busca da felicidade
-objetivo preexistente

A felicidade está aí para ser buscada.

IDADE MÉDIA

-Noção da beatitude
Aproximação com o Deus cristão
objeto preexistente (não sou eu que defino a minha moral)

Inicia-se a internalização da moral

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ERA MODERNA

Normatividade da moralidade. é interna, mas é normativa.


Mudança de padrões preestabelecidos (felicidade e Deus) para padrões
normativos de comportamento humano (decorrentes da razão para regular a
vida em sociedade).

RELAÇÃO ETICA E MORAL


A relação entre Ética e Moral

Ética é teoria, ciência, reflexão. Moral é prática, atitude, comportamento. A Moral é


o conjunto das práticas comportamentais convencionadas pela realidade social e
cultural.

A Ética, os princípios teóricos, a reflexão teórica que fundamenta ou critica


determinada moral.
A Ética é uma disciplina filosófica que tem por objeto a Moral de determinado
contexto histórico-social. Como campo de estudo da Filosofia, a Ética é
essencialmente especulativa, muito embora oriente e aponte caminhos para a
ação. A Moral, por sua vez, será sempre normativa, privilegiando e incentivando
determinadas condutas.
Quando, a partir dos fatos, discutimos nossos comportamentos, buscando
princípios universalmente válidos, estamos fazendo Ética. Usando a figura da
construção de uma casa, a Moral seriam as paredes, o telhado, a pintura o
acabamento, aquilo que aparece, o que se vê. A Ética seria o fundamento, as
colunas, as vigas, o que sustenta a casa, mas não se vê. Diante de problemas no
comportamento prático dos indivíduos.

Etimologicamente: Ética- Caráter Moral- hábito e costumes

Etica especulativa e moral normativa

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ética interna e moral é a exteriorização da ética, discussão mais acadêmica.

O SUJEITO ÉTICO/MORAL
O Sujeito ético ou moral

Consciência de si e dos outros: sendo capaz de reflexão e de reconhecer a


existência dos outros como sujeitos éticos
iguais a ele.

Vontade livre: sendo capaz de controlar e orientar desejos, impulsos, tendências,


sentimentos e deliberar e
decidir entre várias alternativas possíveis.

Responsabilidade: reconhecendo-se como autor da ação, avaliar os efeitos e


consequências dela sobre si e sobre
os outros, assumi-la bem como às suas consequências, respondendo por elas.

Liberdade: capaz de autodeterminação, não estando submetido a poderes externos


que o forcem e o
constranjam a sentir, a querer e a fazer alguma coisa.

Exercícios:

Indique as alternativas corretas (C) e incorretas (I):


a) A palavra moralidade vem do latim “mos” ou “moris” e significa “costumes”.
(C)

b) As palavras “ética” e “moralidade” são sinônimas e correspondem à mesma


ideia. (I)

c) As normas morais não variam a depender da cultura e do período histórico.


(I)
d) A palavra “ética” vem do grego éthikos e significa carater. (C)

Como podemos diferenciar “moral” e “ética”?

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a) Não podemos diferenciar, são palavras sinônimas.
b) Moral é um conjunto de valores, e Ética é a reflexão sobre esses
valores.

c) Moral é a prática da Ética no nosso dia a dia.


d) Moral é sinônimo de “ética aplicada”.

Analise as afirmativas a seguir e marque a opção INCORRETA.


A A palavra moralidade vem do latim “mos” ou “moris” e significa “costumes”.

B Moral é um conjunto de valores, e Ética é a reflexão sobre esses valores.

C “As normas morais variam dependendo da cultura e do período


histórico. Também podem ser questionadas e destituídas”. Isso significa
que não agimos de forma “moral” se obedecermos às regras que a
sociedade estabelece.

D A palavra “ética” vem do grego éthikos e significa modos de ser.

“As normas morais variam a depender da cultura e do período histórico.


Também podem ser questionadas e destituídas”. Isso significa que:

a) Nós não podemos pensar sobre as normas morais que são impostas;
b) Nós temos que concordar com as normas morais porque são as normas da
nossa cultura;

c) A moral é um conjunto de valores pelos quais as pessoas guiam seus


comportamentos e, por isso, está sujeita a mudanças a depender do país e do
momento histórico em que as pessoas estão inseridas.

d) Não agimos de forma “moral” se obedecermos às regras que a sociedade


estabelece.

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Considerações sobre o trabalho realizado em sala de aula:
Temos uma teoria adotada por San tomas de Aquino que resolveria o caso.

1. Chamada a doutrina do duplo efeito: O efeito negativo, ou seja, a morte de


Roger, não deve ter sido diretamente desejado, embora previsto e tolerado.

2. O efeito positivo (sobrevivência do grupo de exploradores) deve ser mais


forte que o negativo (morte de um deles). Ou ambos devem ser iguais.

Essa teoria sustenta que existe situações em que é justificável produzir


uma consequência ruim se ela é apenas um efeito colateral e não algo
desejado. Para San tomas, esse ato foi moral, já que a ação visava o bem
(manter vivo o maior numero de pessoas que estavam presas na caverna).

Ex: aborto para salvar a vida da mãe.

A ÉTICA expressa que somos responsáveis por aquilo que fazemos e que
devemos sempre procurar obter resultados positivos para a coletividade.
“dos males o menor”, “fazer o bem ao maior números de pessoas”

EXISTE UMA CERTA DIFICULDADE PARA RESOLVER ESSES DILEMAS


MORAIS E MUITAS VEZES VAMOS TER QUE ESCOLHER A AÇÃO QUE
RESULTARÁ EM UM MAL MENOR.

AULA 3-

CIDADANIA
Assim como a Ética, a cidadania também surgiu com o convívio humano, com a
formação de grupos e com a necessidade de criar regras e normas coletivas,
direitos e deveres, a fim de assegurar direito individuais (cabana isolada dos
demais, ter animais de criação, etc). É UMA CONSTRUÇÃO HISTÓRICA.

Nos dias de hoje está mais ligado aos direitos humanos, impostas pelo estado
(direito de ir e vir, direito de livre expressão, direito ao voto, direito à saúde, ao
trabalho, ao casamento, etc).

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Nas empresas, podemos ver a cidadania no incentivo aos trabalhos em equipe a
qualidade de vida entre os funcionários.

“Pertencimento pleno a uma comunidade”. “ qualidade ou estado de cidadão”. É


quanto uma pessoa tem pleno gozo dos seus direito sociais, políticos e pessoais.

Ou seja, a cidadania é uma ligação jurídico-política


que o indivíduo tem com o Estado, a que pertence e
que lhe garante direitos e lhe impõe obrigações.

A cidadania é um status que garante aos indivíduos iguais direitos e deveres,


liberdades e restrições, poderes e responsabilidades. Ainda que não exista um
princípio universal que determine quais deverão ser, exatamente, os direitos e
deveres de um cidadão, as sociedades nas quais a cidadania é uma força em
desenvolvimento criam uma imagem da "cidadania ideal" e, por conseguinte, uma
meta por meio da qual se possam orientar as aspirações.

Dentro de todas essas sociedades, a promoção desse ideal é a promoção "de uma
medida maior de igualdade" -um enriquecimento da matéria que compõe a
cidadania e um aumento da quantidade de pessoas que detenham o status de
cidadãos.
A cidadania é um princípio de igualdade

Surgiu na Grécia antiga e designava os direitos pertencentes aos cidadãos.

Lembrando que só eram considerados cidadão nessa época os homens


maiores de 21 anos atenienses ou filhos de atenienses.

Ao longo da história esse conceito foi sendo ampliado e passou a ser um conjunto
de valores sociais, morais e éticos. O direito de ter direito.

Isso foi ampliado de tal forma que podemos ver a cidadania nas relações
familiares, dentro do casamento por exemplo.

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O maior problema encontrado é conseguir transformar o homem em um verdadeiro
cidadão. Convence-lo de que tem deveres e responsabilidades no meio social e
que os mesmo direitos que ele tem o outro indivíduo também tem.

A nível mundial: Declaração universal dos direitos humanos é o mecanismos


mais importante para o pleno desenvolvimento da cidadania. (Mecanismo para a
busca de uma cidadania ideal)- norma comum a ser alcançada por todos os povos
e nações. Ela estabelece, pela primeira vez, a proteção universal dos direitos
humanos.

No Brasil: A cidadania é um fundamento da republica federativa do brasil e deve


pautar nossas ações individuais.
A cidadania atinge sua plenitude quando observamos o artigo 5 da CF. Neste artigo
encontramos os direitos e deveres mais importantes para um convívio social.

https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos
desta Constituição; (hoje em dia prevalece o princípio da equidade, falar
sobre isso?)
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei;
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou
degradante;
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da
indenização por dano material, moral ou à imagem;
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o
livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos

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locais de culto e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas
entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação
legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em
lei;
(…)
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido
processo legal;

Exercícios
A cidadania é um conceito que possui diversos significados, em geral,
relacionados com a participação sujeito-cidadão dentro da sociedade e a
relação com seus direitos e deveres.
Assinale a alternativa que melhor expressa a ideia de cidadania:
a) a maneira que o indivíduo encontra para responsabilizar o Estado por sua
condição.b) a conjunção entre direitos políticos, civis e sociais.c) o direito do
cidadão de agir livremente na sociedade.d) uma perspectiva que toma o
indivíduo como responsável apenas pela sua própria vida.

Questão 2
O que convencionou-se chamar de cidadania consiste no resultado de três
aspectos fundamentais: a cidadania política (garantia de direitos e participação
política), a cidadania civil (direitos relativos às liberdades individuais) e a:
a) cidadania liberal (direitos relativos à propriedade)b) cidadania social (direitos
relativos à garantia de uma vida digna)c) cidadania jurídica (garantia de
igualdade perante a justiça)d) cidadania empreendedora (garantia de direitos
para trabalhar por conta própria)

CIDADANIA E TRABALHO
Conforme abordado durante a aula, a cidadania teve origem na Grécia, mas não
era para todos! Era para os homens livres. Só para aqueles que atuavam no

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mundo público.
O trabalho, por sua vez, era função dos escravos. Há no mundo antigo, em torno
do trabalho, um sentimento negativo, de desvalor.
Os homens que se ocupam com o trabalho (mundo da fabricação) não são dignos
de reconhecimento, porque na verdade não são
livres, pertencendo a outros.
Sociedades medievais: Enquanto o trabalho foi assumido pelas sociedades
medievais (cristãs) enquanto forma de castigo para o corpo pecaminoso, ou
mesmo como forma de autocontrole e sacrifício e de penitência, as sociedades
modernas, marcadas pela ascensão da ética protestante (ascetismo leigo), elevam
o valor do trabalho a categoria de ética ligada à produção da existência.

Sociedade moderna: o trabalho como instância que “dignifica” a vida humana.


Influência da economia. Os homens devem fabricar o mundo em que vivem e a si
mesmos.
O TRABALHO É CONDIÇÃO PARA QUE OS SERES HUMANOS CONTINUEM A
EXISTIR.

O trabalho é uma dessas contribuições. Ele é


necessário para garantir nossa
sobrevivência e, para executá-lo, mobilizamos nosso
físico, nossa razão e nossa vontade, utilizando para
isso tanto os recursos naturais quanto elementos
culturais. Sem os produtos do trabalho não há
sobrevivência humana, cultura, organização social,
civilização e história. Em outras palavras, cada
pessoa que nasce só alcança a plenitude de sua
condição humana se for cuidado e educado por
outros, o que significa muito mais do que o cuidado
que os outros animais têm com suas crias por certo
tempo. Além disso, durante toda a nossa vida,
precisamos do nosso trabalho e do trabalho dos

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outros para a produção de bens e serviços que são
demandados pelo viver e pelo conviver em
sociedade.

Atualmente, trabalhar é considerado pela nossa sociedade não apenas condição


para que possamos sobreviver, mas, também, para crescermos, nos sentirmos
úteis, dignos, importantes e para que possamos retribuir, com o fruto do nosso
labor, o que recebemos de bom com o trabalho de outros que nos antecederam
e dos que nos são contemporâneos.

Todos esses fatores estão ligados à ética e à cidadania em relação ao tratamento


dado ao trabalhador pela sociedade, pelo Estado, pelas organizações e, às vezes,
por ele mesmo.
De uma forma geral, podemos identificar que o trabalhador é desrespeitado em
seus direitos toda vez que ele:

Há reciprocidade entre deveres e direitos. A todo


direito corresponde um dever
e a todo dever um direito.
Hoje, várias empresas reconhecem a necessidade de
investir cada vez mais na
educação de seus funcionários, algumas delas até
criando universidades corpo

rativas. Da mesma forma, outras empresas


remuneram seus funcionários pelos
títulos acadêmicos, pelo desempenho ou com base
nos lucros obtidos.

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A cidadania organizacional consiste exatamente na
consciência de que a or

ganização tem de cumprir seus deveres em relação


aos seus funcionários,
aos seus clientes e à comunidade, deveres esses
que se referem à qualidade
do produto ou serviço que oferecem, à remuneração
justa ao trabalho, ao
preço justo de venda, à observância aos princípios
éticos no que se refere
aos concorrentes e ao público e também no que diz
respeito ao marketing e
à propaganda.
Se o trabalhador precisa ser cuidadoso com os
materiais que usa para traba

lhar, com a qualidade do que produz trabalhando e


perceber como é responsável pela repercussão que
tem o seu trabalho na vida social, também são
deveres de quem o emprega, das políticas públicas,
dos meios de comunicação,
enfim, de toda a sociedade

CIDADANIA NAS RELAÇÕES COTIDIANAS


Cidadania, trabalho e condições do cotidiano
• Mobilidade;

Uma cidade com justiça social deve ser concebida como um espaço acessível a
todos os cidadãos; pessoas de qualquer classe social devem poder se locomover

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livremente pelo espaço urbano.

Com o estudo Ninguém Entra, Ninguém Sai — Mobilidade Urbana e Direito à


Cidade no Complexo do Alemão, pesquisadores da Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) tentaram identificar as dificuldades de
mobilidade de moradores de favelas, avaliando que “não há direito à cidadania sem
mobilidade urbana. Não há espaço de direito se esse espaço for vedado à livre
movimentação daqueles que nele vivem e habitam”.

O estudo aponta que o enclausuramento de espaços urbanos despotencializa uma


das características mais fundamentais da cidade, que é o encontro de diferenças:
“Em uma cidade enclausurada por condomínios fechados ou por políticas
segregacionistas, os diferentes nunca se encontram. Não há cidadania possível em
um espaço no qual os diferentes se enclausuram em seus espaços privados e
transitam pelo que resta de espaços públicos por meios privados”.

O ponto fraco do espaço territorial está nas calçadas que não têm bom
acabamento em todas as partes da cidade. De acordo com Vasconcellos:

“Uma das principais limitações para que tenhamos boas


calçadas é que sua construção é de responsabilidade do
proprietário do terreno em frente a ela. O resultado é que as
pessoas, por não temerem punições, deixam a calçada de
qualquer jeito.” (2012, p. 74)

Rodízio de carros.

• Acessibilidade;
Móveis sendo construídos cada vez menores. Inclusive os de programas
governamentais. E sem acessibilidade.

• Inclusão social e econômica;

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• Estudos de caso (pensar em alguma coisa).

AULA 4-
Relações sociais no contexto do trabalho e desenvolvimento de ética regulatória

AULA 5- Código de ética nas relações profissionais.

Fontes: https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/123682/179330

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