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1.

Realização de questionário (entre 2 a 4) a pessoas que conheçam


(familiares, amigos…) para:

a) identificação da distinção entre moral e ética;

Sujeito 1

Moral é todo o comportamento de um indivíduo baseado na sua consciência e


da perceção do impacto desse comportamento para si e para os outros.

Ética é todo o comportamento de um indivíduo baseado numa consciência


social e num conjunto de regras comuns a uma sociedade.

A principal diferença é que a primeira define o indivíduo, é pessoal e a segunda


define o conjunto, uma sociedade.

Sujeito 2

Moral é um conjunto de costumes de uma sociedade e a Ética é o carácter


(atitude) de cada indivíduo.

Sujeito 3

Ética é a conceção dos princípios que eu escolho, ou seja, uma reflexão sobre
os argumentos e princípios que fundamentam a minha ação e a Moral, no
fundo, é a prática desses princípios, que nos vai permitir ser fiéis a nós
mesmos.

b) qual a importância da ética.

Sujeito 1

A ética é uma forma de evitar o caos definindo um conjunto de regras, de


funcionamento da sociedade.

Sujeito 2

É de extrema importância porque a atitude de cada indivíduo tem impacto nas


suas ações e nas ações para com as outras pessoas.

Sujeito 3

A ética permite-nos viver como seres humanos que distinguem o bem do mal e
permite-nos refletir sobre o motivo por agir de determinada maneira ou não,
protegendo-nos do caos ou desabamento da sociedade em que vivemos e que
fazemos parte integrante.
2. Resposta pessoal às duas questões do ponto anterior.

a) Para mim a diferença entre moral e ética é que a primeira é uma coisa mais
pessoal, que tem a ver com o indivíduo e com a sua consciência, com os seus
valores, com o que acha certo ou errado, podendo esta moral ser influenciada
pelo meio ou cultura onde a pessoa está inserida. Por exemplo, perante a
mesma situação, duas pessoas diferentes, podem agir de forma distinta tendo
em conta a moral de cada um.

A ética tem uma dimensão mais social, ou seja, são uma espécie de regras
ideológicas de conduta, criadas e defendidas pela sociedade em geral e
ensinadas aos mais novos, como por exemplo, deve-se respeitar os mais
velhos.

Considero que a moral é a ética geral, adaptada e moldada a cada um e à sua


forma específica de pensar e agir.

b)

A ética é importante pois define um conjunto de regras base criadas para guiar
as pessoas. Considero-a como um caminho para as pessoas não se perderem,
e apesar de, por vezes, se poderem desviar nunca se podem afastar muito da
norma correndo o risco de serem julgadas ou excluídas. Eu penso que é para
isto que a ética serve, na orientação das pessoas para, de certa forma, lhes dar
orientações de como agir de uma forma moralmente aceite, pois caso não
houvesse esta indicação, não existisse ética, as pessoas não saberiam o que é
moralmente obrigatório ou o que poderiam fazer.

3. Leitura das entradas ética e moral, do Dicionário Escolar de Filosofia


(disponível no site Crítica na Rede, mais abaixo), para posterior comparação
com as opiniões anteriormente recolhidas no questionário. Devem registar as
vossas conclusões (por exemplo, será que as pessoas interrogadas
responderam correctamente? sabem em que consiste a ética? sabem qual a
diferença entre moral e ética? consideram que são termos equivalentes? E no
vosso caso? aproximaram-se da definição proposta?

Na leitura das entradas de ética e moral


ética
Disciplina tradicional da filosofia, também conhecida por filosofia moral, que
enfrenta o problema de saber como devemos viver.
A área da ética que lida com este problema da forma mais directa é a ética
normativa. A ética normativa ocupa-se em grande medida de dois problemas
mais específicos: 1) O que é agir de uma forma moralmente acertada? 2) O
que torna boa ou valiosa a vida de uma pessoa? Ao tentar responder a esta
perguntas, os filósofos propõem, respectivamente, teorias da obrigação e
teorias do valor. As primeiras só floresceram a partir do séc. XVIII e
exprimem-se em princípios, como o imperativo categórico de Kant, que nos
proporcionam um padrão para determinar aquilo que é moralmente
obrigatório ou permissível fazer. Há dois tipos fundamentais de teoria da
obrigação. Quem, como Mill, Hare ou Singer, defende uma ética
consequencialista, pensa que para determinar o que devemos ou podemos
fazer precisamos apenas de avaliar as consequências dos nossos actos: a
melhor opção ética é sempre aquela que dará origem aos melhores
resultados. Quem, como Kant, defende uma ética deontológica, julga que a
nossa prioridade enquanto agentes morais é evitar realizar certos tipos de
actos — ou, como dizem alguns deontologistas, respeitar certos direitos.
O interesse pelas teorias do valor remonta à Antiguidade. Filósofos
como Aristóteles, bem como os representantes do epicurismo,
do estoicismo e de outras escolas, esforçaram-se por compreender o que é ter
uma vida boa. Grande parte do debate sobre esta questão constitui-se a
partir de duas perspectivas contrárias: enquanto alguns autores defendem
que temos uma vida boa na medida em que conseguimos satisfazer os nossos
desejos, outros pensam que aquilo que torna a nossa vida boa é a presença de
certos bens que têm valor independentemente de serem desejados, como o
conhecimento, a amizade e a apreciação da beleza. Entre os filósofos que
subscrevem esta segunda perspectiva, encontramos os defensores
do hedonismo, que pensam que na verdade há um único bem fundamental: o
prazer.
O desenvolvimento da ética normativa conduziu, há algumas décadas, ao
aparecimento de outra área da filosofia moral — a ética aplicada. Nesta área
discute-se o que é obrigatório ou permissível fazer pensando em certos
problemas morais concretos que dividem as pessoas. Discute-se, por
exemplo, em que circunstâncias é permissível uma mulher fazer um aborto,
se a pena de morte é errada, se as pessoas devem ter o direito de usar armas,
até que ponto é aceitável o uso de animais em experiências científicas e que
tipo de conduta é apropriado durante uma guerra. Um segmento importante
da ética aplicada, no qual se incluem algumas destas questões, é a bioética.
A metaética é a terceira área principal da filosofia moral, distinguindo-se
das outras duas não só por ser mais abstracta (ver abstracto/concreto), mas
também por não possuir um carácter normativo (ver normativo/descritivo).
Nesta área, o objectivo não é saber o que devemos fazer ou valorizar, isto é,
não é defender determinados juízos morais — na metaética discute-se antes
o que querem dizer os nossos juízos morais e como podemos avaliá-
los. Ver contratualismo, ética das virtudes. (Pedro Galvão)

Moral

O mesmo que ética. Contudo, usa-se por vezes o termo “moral” não como
sinónimo de ética mas para referir os costumes de um povo,
independentemente de serem relevantes ou não para a ética, costumes esses
enraizados em determinadas tradições, muitas vezes de carácter religioso.
Assim, uma pessoa pode considerar que é imoral trabalhar ao Sábado, não
no sentido filosófico de ser eticamente condenável, mas apenas no sentido de
ser proibido pela sua tradição religiosa. Do ponto de vista ético, trabalhar ou
não trabalhar ao Sábado poderão ser escolhas igualmente legítimas. É neste
sentido que se distingue um moralista de um eticista. Um moralista é alguém
que defende ou condena certos costumes com base em tradições religiosas ou
culturais; um eticista é um especialista em ética, que defende ou condena
certas práticas com base numa argumentação filosófica. (Desidério Murcho)

4. Leitura da história do anel de Giges e resposta à pergunta. Será que o pastor


passaria a agir de forma diferente? porquê? (a história do anel será enviada
para o WApp da turma).

Penso que o pastor passaria a agir de forma diferente visto que as


circunstâncias em que ele se encontrava mudaram, existindo agora novos
limites.

O medo de ser julgado pelos seus atos faz com que o pastor tenha um
comportamento diferente em grupo mas se não pudesse ser descoberto a sua
atitude mudaria.

Penso que os homens são levados pelo desejo de ter sempre mais, seja
poder, conforto, riqueza, e nunca estão satisfeitos com o que tem, ou seja, não
agem de livre vontade por natureza mas sim forçosamente porque a Lei os
obriga. No fundo, o bem só é praticado porque não se pode fazer impunemente
o mal.

Acredito que as leis tenham surgido pois se deixássemos ao livre arbítrio de


cada um, certamente dávamos privilégio aos nossos interesses, fazendo o que
considerássemos melhor para nós.

Esta história fez-me lembrar um exemplo que o meu pai relata com frequência.
No seu local de trabalho existem câmaras de vigilância e houve dois dias em
que as mesmas ficaram desativadas devido a uma falha do sistema. O meu pai
ficou perplexo com a atitude de muitos dos seus colegas nesses dias
(passaram o dia no telemóvel). Não percebendo a forma “desonesta” como se
comportaram, porque não tinham ninguém (chefia superior) a observar,
transmitiu-me que em tudo na vida tenho de estar empenhado e ser
corresponsabilizado independentemente de estar a ser observado ou não. Não
faz sentido parecer justo quando não se é de verdade e que é nos momentos
em que não estamos a ser vigiados que a justiça deve predominar.

5. Pesquisar uma notícia (em sites noticiosos, jornais, por exemplo) que
remeta para o tema da ética. Colocar o link e dizer por que razão escolheram
essa notícia e qual a sua relação com a ética.

https://www.publico.pt/2021/02/18/sociedade/noticia/covid19-ministerio-publico-
ja-instaurou-33-inqueritos-relacionados-irregularidades-vacinacao-1951190

Eu escolhi esta notícia porque tem a ver com um tema atual e que infelizmente
se tem verificado mais do que uma vez.

Nesta notícia vem escrito que o ministério público investiga 33 casos de


vacinação indevida. Estas pessoas tomam a vacina indevidamente, apesar de
saberem que não o devem fazer, dado que existem pessoas ou mais idosas ou
com doenças que estão primeiro. Isto acontece visto que estas pensam que
ninguém vai descobrir, não agindo nem eticamente nem moralmente, porque
se eles soubessem que iam ser descobertos e julgados por isso, já não o
tinham feito.

Concluindo, as pessoas agem de acordo com o que a sociedade espera delas


e não de acordo com o que querem, por isso é que é preciso a ética e a moral,
para evitar que este tipo de coisas aconteça fazendo assim com que a
sociedade e o mundo seja um lugar melhor.

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