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TEXTOS DE APOIO
Metodologia
• Expositiva/dialógada
• Demonstração (apresentação de slides)
• Teórica/prática
• Debates
Sistema de avaliação
Isso implica dizer que ética pode ser conceituada como o estudo dos juízos de
apreciação que se referem à conduta humana suscetível de qualificação do
ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade,
seja de modo absoluto.
O bem é uma forma de vida que mistura inteligência e prazer. Para Baruch
Espinoza "el hombre que es guiado por la razón es más libre en el Estado donde
vive según el decreto común, que en la soledad donde sólo se obedece a sí
mismo." Portanto, o homem que vive pela razão, não vive guiado pelo medo,
deseja fazer o que é melhor para todos e através até mesmo das leis do Estado,
viver livremente.
Existe uma profunda ligação entre ética e Filosofia: a ética nunca pode deixar de
ter como fundamento à concepção filosófica do homem que nos dá uma visão
total deste como ser social, histórico e criador. Uma série de conceitos com os
quais a ética trabalha de uma maneira específica, como os de liberdade,
necessidade, valor, consciência, sociabilidade, pressupõe um prévio
esclarecimento filosófico. Também os problemas relacionados com o
conhecimento moral ou com a forma, significação e validade dos juízos morais
exigem que a ética recorra a disciplinas filosóficas especiais, como a lógica, a
filosofia da linguagem e a epistemologia. As questões éticas fundamentais
devem ser abordadas a partir de pressupostos básicos, como o da dialética da
necessidade e da liberdade. Assim, a história da ética se entrelaça com a história
da filosofia, e é nesta que ela busca fundamentos para regular o
desenvolvimento histórico-cultural da humanidade.
O QUE É A ÉTICA?
OBJECTIVOS DA ÉTICA
Aristóteles diz que na prática ética somos o que fazemos, visando a uma
finalidade boa ou virtuosa. Isso leva à ideia de que o agente, a ação e a finalidade
do agir são inseparáveis: “Toda arte, toda investigação e do mesmo modo toda
ação e eleição, parecem tender a algum bem; por isso se tem dito com razão
que o bem é aquilo a que todas as coisas tendem”.
Kant também afirmava que “(...) a moralidade de um ato não deve ser julgada
por suas consequências, mas apenas por sua motivação ética [10]”. Ele
sustentava que o homem é o centro do conhecimento e da moral. Sendo o ato
ético e moral criado e seguido pelo homem, isso passa a ser incondicionado e
absoluto.
O homem é visto, como sujeito histórico-social, e como tal, sua ação não pode
mais ser analisada fora da coletividade. Por isso, a ética ganha um
dimensionamento político (área de avaliação dos valores nas relações sociais):
uma ação eticamente boa é politicamente boa, e contribui para o aumento da
justiça, distribuição igualitária do poder entre os homens. Na ética pragmática o
homem é politicamente ético, - “todos os aspectos da condição humana, têm
alguma relação com a política” - há uma co-responsabilidade em prol de uma
finalidade social: a igualdade e a justiça entre os homens. Segundo Severino, no
momento histórico em que vivemos existe um problema ético-político grave.
Forças de dominação teriam se consolidado nas estruturas sociais e
econômicas, mas através da criticidade seria possível desvelar a dissimulação
ideológica que existe nos vários discursos da cultura humana. Quando se está
agindo com a totalidade dos esclarecimentos que a objetividade pode fornecer
quando criticamente aplicada à práxis, feita através da intencionalidade
subjetiva, reflexão crítica. “Há o reino humano da práxis, no qual as ações são
realizadas racionalmente não por necessidade causal, mas por finalidade e
liberdade”, realizando assim uma ética consciente.
Tanto a ética como a moral tem a mesma finalidade, são responsáveis por
construir as bases que vão guiar a conduta do homem em sociedade,
determinando o seu carácter e virtudes.
A moral não é somente um acto individual, pois as pessoas são, por natureza
seres sociais, assim percebe-se que moral também é um empreendimento social
e esses actos morais, quando realizados por livre participação da pessoa, são
aceites voluntariamente. A Moral sempre existiu, pois todo ser humano possui a
consciência Moral que o leva a distinguir o bem do mal no contexto em que vive.
A moral estabelece regras que são assumidas pela pessoa, como uma forma de
garantir o seu-estar. A moral independe das fronteiras geográficas e garante uma
identidade entre pessoas que sequer se conhecem, mas utilizam este mesmo
referencial moral comum.
A ética e a moral andam lado a lado com a liberdade, quando ela é vista como o
princípio do respeito pelas coisas alheias e a si mesmo
A Ética exige maior grau de cultura. Ela investiga e explica as normas morais,
pois leva o homem a agir não só por tradição, educação ou hábito, mas
principalmente por convicção e inteligência.
É muito difícil definir o que seja a ação moral em si e por si, devido que ela não
corresponde especificamente à prática de um ato isolado e individualizado, como
no caso de se dar uma esmola, ajudar alguém em dificuldade pela idade a
atravessar uma rua, socorrer um oprimido diante de uma injustiça etc.
A ação moral tem a ver com todos os atos praticados no decorrer de uma
existência, pois, uma atitude isolada não serve de parâmetro para se determinar
se uma pessoa é ética ou não, haja vista que precisam ser observados e
somados seus diversos traços comportamentais na família, na sociedade, no
trabalho, entre outros.
Lembre-se que nenhuma pessoa é igual à outra, pois cada ser humano de
acordo com a sua educação familiar, sua crença religiosa, sua cultura, tem o livre
arbítrio de hierarquizar e eleger o que há de mais importante como conduta moral
e ética a ser observada e trilhada.
Ainda bem que essa forma de sentir e perceber as coisas, no ambiente em que
estamos inseridos, é tão diferenciado de indivíduo para indivíduo, pois, o que
torna a vida bastante interessante é o aprendizado de se conviver com essas
diferenças, buscando um ponto de equilíbrio, por meio da harmonização dessas
ações. Cada indivíduo, dentro dos padrões aceitos pela sociedade, tem a
liberdade de deliberar e decidir qual é a melhor forma de conduzir a sua própria
personalidade, tendo a ética como a capacidade coligada a essa liberdade.
Enfim, a ética deve ser racional e relativizada de modo a fortalecer ainda mais a
moral, portanto, o saber ético não deve se ocupar somente das virtudes, mas
também dos vícios humanos e das habilidades em lidar com o bem e com o mal,
de modo a administrá-los da melhor forma possível, superando erros e buscando
cada vez mais o aperfeiçoamento da moral e da justiça imparcial tão sonhada e
almejada por muitos, para a construção de uma sociedade mais digna e mais
justa e que valorize tudo aquilo que é bom e útil para toda a humanidade.
A ética, por sua vez, é a parte da filosofia que estuda a moral, isto é, que reflete
sobre as regras morais. A reflexão ética pode inclusive contestar as regras
morais vigentes, entendendo-as, por exemplo, ultrapassadas.
Logo, embora seja possível ser ético e moral ao mesmo tempo, como de certo
modo o profeta o foi, ética e moral não são sinônimas. Também é perfeitamente
possível ser ético e imoral ao mesmo tempo, quando desobedeço uma
determinada regra moral porque, refletindo eticamente sobre ela, considero-a
equivocada, ultrapassada ou simplesmente errada.
No ponto de vista dos brancos racistas, Rosa foi imoral, e eles estavam certos
quanto a isso. Na verdade, a regra moral vigente é que estava errada, a moral
é que era estúpida. A partir da sua reflexão ética a respeito, Rosa pôde
deliberada e publicamente desobedecer àquela regra moral.
Há que proceder eticamente, como o fez o profeta Maomé: não seguir as regras
morais sem pensar, só porque são regras, e sim pensar sobre elas para
encontrar a atitude e a palavra mais decentes, segundo o seu próprio
julgamento.
A teoria ética de Kant oferece-nos um princípio da moral que deve poder ser
aplicado a todas as questões morais. Kant enuncia-o de diferentes maneiras com
O Silva reparou que uma pessoa que saía da sua pequena loja deixou cair uma
nota de 50 €. Apanhou-a e... que fez?
1. Ficou com os 50 €.
2. Devolveu os 50 € para ficar bem visto e ganhar reputação de honesto.
3. Devolveu os 50 € pelo simples facto de pertencerem ao cliente.
A teoria de Kant não impede que a pessoa satisfaça os seus interesses — afinal
também era do interesse do Silva decidir o que fazer com os 50 € e, apesar de
não ter sido esse o motivo da acção 3, também ganhou a consideração do
cliente. O acto deve ser desinteressado mas se, além disso, satisfizer interesses,
tanto melhor para o agente; se contrariar interesses, paciência.
“Age apenas por dever e não segundo quaisquer interesses, motivos ou fins.”
Ora, a teoria kantiana permite distinguir os deveres morais das regras ditadas
por quaisquer autoridades exteriores ao agente. O indivíduo tem na sua razão o
critério dos deveres: pensando desinteressada e imparcialmente ele sabe o que
é o dever. O conflito entre o dever, que é a ordem que damos a nós mesmos
(“Sê honesto!” — ordenou o Silva a si mesmo), e os interesses que nos afastam
do dever (“Mas os 50 € davam-me jeito...” — hesitou o Silva), explica por que o
dever parece ter origem numa autoridade exterior que nos contraria.
Regressa ao exemplo dado e verifica que qualquer pessoa que abstrai dos seus
interesses e pensa imparcialmente faz o mesmo: é honesta e devolve os 50 €.
Aplica a mesma ideia a deveres morais comuns como “Cumpre as promessas”,
“Age apenas segundo uma máxima tal que possas querer ao mesmo tempo que
se torne lei universal.”
Uma máxima é uma regra que deve valer para certos tipos de acção e será moral
ou imoral consoante esteja ou não de acordo com o princípio moral, que é uma
regra que deve valer para todas as acções. A máxima da acção 1 poderia
enunciar-se assim: “Se isso servir os teus interesses, não devolvas dinheiro ao
seu dono.” Poderia o Silva querer que ela fosse universalmente acatada? Não,
porque a obediência universal a tal regra criaria um estado de coisas terrível em
que mesmo os seus interesses acabariam por ser lesados... Tenta transformar
outras violações dos deveres em máximas e pergunta se podes querer que todos
as cumpram. Pode o ladrão querer que todos roubem quando a oportunidade
surge? Podes querer que todos façam promessas sem a intenção de cumprir?
Esta ideia também pode parecer estranha porque nos parece que os deveres
não estiveram à nossa espera para serem criados. Pensamos que são as
tradições que constituem listas de deveres apoiadas em sistemas de punições e
recompensas. Mas, aceitar esta teoria implica afirmar que a acção 3 é impossível
porque, nesse caso, o Silva só poderia agir devido ao seu interesse em evitar
punições ou de ser recompensado e, em consequência, a nossa aprovação
moral de 3 não teria sentido. Se aceitarmos os princípios já expostos, conclui
Kant, aceitamos que em cada juízo ou decisão moral, o sujeito determina o
dever. O facto de esses deveres coincidirem com alguns dos deveres tradicionais
explica-se pela universalidade da razão. Kant sublinhou esta ideia de autonomia
do sujeito em outras fórmulas do princípio moral:
“Age como se a máxima da tua acção se devesse tornar, pela tua vontade, em
lei universal da natureza.”
“Age [...] de tal maneira que a vontade pela sua máxima se possa considerar a
si mesma ao mesmo tempo como legisladora universal.”
Se a devolução dos 50 € não visou servir qualquer interesse, então para quê
fazê-lo? Qual é a sua finalidade? A finalidade, já vimos, foi a de cumprir o dever
pelo dever. Mas isso, também já vimos, é, ao mesmo tempo, definir a única
legislação adequada a qualquer a pessoa, ou seja, a todo o ser racional, capaz
de ultrapassar interesses para pensar e decidir por si. Assim, cumprindo o dever
que deu a si mesmo, o Silva respeita todos os seres racionais, incluindo, claro,
tanto o próprio Silva como a pessoa do seu cliente. O mesmo seria dizer que
respeitando a pessoa do seu cliente, o Silva respeita-se e respeita todos os seres
racionais, tomando-os como fins da sua acção.
Kant sintetizou o seu pensamento noutra fórmula: “Age de tal maneira que uses
a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre e
simultaneamente como fim e nunca apenas como meio.”
Nota que a fórmula não proíbe as pessoas de serem meios umas para as outras,
porque se o proibisse, proibiria qualquer prestação de serviços. A lei moral não
proíbe o Silva de usar os seus clientes para prosperar, mas se enganar nos
preços e não devolver o dinheiro esquecido pelos clientes, está a tratá-los
apenas como meios, instrumentos ou objectos.
Imaginemos que cumpri o dever de não mentir por receio de ser preso, por não
querer ser alvo de uma investigação fiscal, para não ver a minha reputação
prejudicada. Não cometendo qualquer fraude, cumpri o dever de não mentir.
Contudo, não cumpri o dever por dever. Porquê? Porque não mentir foi um meio
para evitar situações desagradáveis: cumpri o dever por medo, por receio, por
interesse em evitar problemas. Não respeitei incondicionalmente a norma que
proíbe a mentira. Se dissesse a mim mesmo "Não devo mentir porque é meu
dever não mentir", estaria a cumprir o dever sem dar importância a mais nada:
cumpriria o dever por dever. Ora, o que concluir do exemplo dado? Disse a mim
próprio: "É do meu interesse cumprir o dever." Agi em conformidade com o dever,
fiz o que era devido, mas o motivo que me levou a agir conforme ao dever não
foi pura e simplesmente cumprir o dever. Quando cumprimos o dever sem
qualquer outro motivo a influenciar-nos a não ser a vontade de o cumprir,
estamos, segundo Kant, a agir de uma forma moralmente válida. Melhor dizendo,
esta é a única forma de agir que Kant considera moralmente válida.
Por outras palavras, o que está Kant a dizer-nos? Que para avaliar a moralidade
de uma acção o que conta é a intenção de quem age? O que nos motiva a
cumprir o dever é, para a ética kantiana, o problema decisivo. Não se trata
simplesmente de cumprir o dever, mas sim de como cumprir o dever. As normas
morais vigentes numa determinada sociedade dizem-nos que deveres cumprir
("Não matarás!"; "Não roubaras!"; "Não mentiras!"), mas não como cumprir esses
deveres, qual a forma válida de os cumprir. Onde encontrar o princípio que nos
diz como devemos cumprir o dever? Na nossa consciência de seres racionais
que se reconhecem dotados de liberdade. Que princípio é esse? Kant dá-lhe o
nome de lei moral.
Come se vê, a lei moral exige um absoluto e incondicional respeito pelo dever.
Assim, é nosso dever não matar por absoluto respeito pela dignidade e valor da
vida humana e não por causa dos problemas que a infracção desse dever
acarretaria. Dizendo-nos a forma como devemos agir ao cumprir o dever, a lei
moral é, para Kant, uma lei puramente formal. Não dá regras concretas e
particulares de acção, mas exige que as nossas acções boas tenham sempre
uma determinada forma. Tal exigência é absoluta e deve-se cumprir o que a lei
moral ordena por puro e simples respeito por ela. Isto quer dizer que a lei moral
é um imperativo categórico e não um imperativo hipotético.
Por outro lado, o imperativo categórico é uma ordem que não está submetida a
condições: ordena que se cumpra o dever tendo em conta simplesmente o dever
("Não deves ofender os teus vizinhos porque esse é o teu dever"). O
cumprimento do dever é exigido como fim em si mesmo (sem esperar nada em
troca).
O caso Tuskegee tem sido objeto de divulgação e reflexão nestes últimos anos.
Analisar um projeto de pesquisa feito no passado (1932) merece alguns
cuidados. O primeiro e mais o importante deles é o de manter a adequação
dentro dos parâmetros então utilizados e não cair na tentação de utilizar
reflexões posteriores como base para o julgamento. É fundamental utilizar os
critérios contemporâneos para criticar e prevenir outras situações semelhantes.
Assim, seu estudo vai além da área médica, abarcando psicologia, direito,
biologia, antropologia, sociologia, ecologia, teologia, filosofia etc, observando as
diversas culturas e valores. Esta pesquisa não tem fronteira, dificultando,
inclusive, uma definição uma vez que os problemas são considerados sob vários
prismas, na tentativa de harmonizar os melhores caminhos.
Define-se Bioética como "o estudo sistemático das dimensões morais - incluindo
visão, decisão e normas morais - das ciências da vida e do cuidado com a saúde,
utilizando uma variedade de metodologias éticas num contexto multidisciplinar."
Trata, portanto, entre outros assuntos, do direito dos indivíduos à saúde, do
direito dos pacientes, do direito à assistência, das responsabilidades jurídicas
dos pacientes e dos profissionais da saúde, das responsabilidades sobre as
ameaças ã vida no planeta, do direito ambiental, dos direitos com respeito às
novas realidades tecnológicas da medicina e da biologia (incluindo as novas
tecnologias genéticas), etc.
Como tal, ela se distingue da mera ética teórica, mais preocupada com a forma
e a “cogência” (cogency) dos conceitos e dos argumentos éticos, pois, embora
não possa abrir mão das questões propriamente formais (tradicionalmente
estudadas pela metaética), está instada a resolver os conflitos éticos concretos.
Tais conflitos surgem das interações humanas em sociedades a princípio
seculares, isto é, que devem encontrar as soluções a seus conflitos de interesses
e de valores sem poder recorrer, consensualmente, a princípios de autoridade
transcendentes (ou externos à dinâmica do próprio imaginário social), mas tão
somente “imanentes” pela negociação entre agentes morais que devem, por
princípio, ser considerados cognitiva e eticamente competentes. Por isso, pode-
se dizer que a bioética tem uma tríplice função, reconhecida acadêmica e
socialmente: (1) descritiva, consistente em descrever e analisar os conflitos em
pauta; (2) normativa com relação a tais conflitos, no duplo sentido de proscrever
os comportamentos que podem ser considerados reprováveis e de prescrever
aqueles considerados corretos; e (3) protetora, no sentido, bastante intuitivo, de
amparar, na medida do possível, todos os envolvidos em alguma disputa de
interesses e valores, priorizando, quando isso for necessário, os mais “fracos”
(Schramm, F.R. 2002. Bioética para quê? Revista Camiliana da Saúde, ano 1,
vol. 1, n. 2 –jul/dez de 2002 – ISSN 1677-9029, pp. 14-21). Mas a Bioética, como
forma talvez especial da ética, é, antes, um ramo da Filosofia, podendo ser
definida de diversos modos, de acordo com as tradições, os autores, os
contextos e, talvez, os próprios objetos em exame. Algumas definições:
• Bioética
• Direito Civil
• Direito Penal
• Direito Ambiental
• Direito Constitucional,
Microbioética: É o ramo da bioética que tem por objetivo o estudo das relações
entre médicos e pacientes e entre as instituições e os profissionais de saúde. A
microbioética trabalha, especificamente, com as questões emergentes, que
nascem dos conflitos entre a evolução da pesquisa científica e os limites da
dignidade da pessoa humana.
Macrobioética: É o ramo da bioética que tem por objetivo o estudo das questões
ecológicas em busca da preservação da vida humana. A macrobioética trabalha,
especificamente, com as questões persistentes. As QUESTÕES
PERSISTENTES são aquelas que reiteradamente se manifestam no grupo
social e por isso se encontram regulamentadas, por exemplo, a preservação
florestal ou de um patrimônio cultural. Também denominada de Macrobiodireito,
o mesmo pode abranger questões de cunho ambiental e internacional ambiental,
pela amplitude de sua incidência.
Ética e ciência
Ciência- conjunto de saberes, conhecimentos sistematizados, rigorosos e
racional com um objecto de estudo deternimado.
Conclui Emerson Ike Coan que, frente a esses avanços “se deve considerar o
homem não um simples produto da natureza, ou seja, só um ser biológico, mas
um ser social capaz de atuar conscientemente sobre aquela, modificando-a,
pela sua liberdade racional e responsável, o que implica sempre limites éticos.
Isto embasa o princípio da dignidade humana.”
A vida e a dignidade são os bens mais valiosos do ser humano. Admitir que
esses bens sejam menosprezados frente aos experimentos científicos,
possivelmente acarretaria riscos de aberrações genéticas, seleção racial, dentre
outras conseqüências prejudiciais à humanidade.
Penal: Não há crime sem lei anterior que o defina; não há penalização sem
prévia cominação legal. Nesta tutela estão previstos o homicídio, o suicídio,
infanticídio, fratricídio, lesão corporal e aborto.
A posição liberal sustenta não ser possível determinar uma definição do bom e
do mal de forma abstrata e com expressão universal. Em conseqüência, o
importante nas questões da bioética, como em todos os demais problemas
sociais, consistirá na preservação da liberdade de escolha e do debate público,
permitindo-se que cada indivíduo e comunidade estabeleçam seus próprios
padrões de contrôle (Charlesworth, 1993: 10 e segs.). Os liberais consideram
mesmo que esta não é uma questão essencial, pois cada sociedade, em
princípio, deve determinar os seus próprios parâmetros normativos, seja do
ponto de vista moral, seja sob o aspecto jurídico.
Nos termos do art. 2º do Código Civil de 2002, "A personalidade civil da pessoa
começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os
direitos do nascituro". Nos termos de nossa legislação surge um impasse, pois,
embora não tenha personalidade, que apenas começa com o nascimento com
vida, o nascituro pode titularizar direitos, como, por exemplo, a busca de
"alimentos gravídicos". Em razão das controvérsias acerca da natureza jurídica
do nascituro, três teorias forjaram-se, basicamente. A primeira, natalista, afirma
que o nascituro possui mera expectativa de direito, só fazendo jus à
personalidade após o nascimento com vida (art.2º, 1ª parte do CC/02); já a teoria
concepcionista assegura ao nascituro personalidade, desde a concepção,
possuindo, assim, direito à personalidade antes mesmo de nascer; a teoria da
"personalidade condicionada" forja, a seu turno, uma "personalidade virtual ao
Essas teorias foram defendidas por diferentes juristas brasileiros. Para José
Carlos Moreira Alves, em um posicionamento mais alinhado com a teoria
natalista, "não há, nunca houve, direito do nascituro, mas, simples, puramente,
expectativas de direito, que se lhe protegem, se lhe garantem, num efeito
preliminar, provisório, numa Vorwirkung, porque essa garantia, essa proteção é
inerente e é essencial à expectativa do direito". Assim, aduz, se "o nascituro não
é titular de direitos subjetivos, não será também, ainda que por ficção,
possuidor".
Esta ressalva exprime que o ser humano, desde o momento em que é concebido,
considera-se como já tendo nascido para tudo quanto diga a conservação de sua
expectativas de direito. É a consagração do velho preceito do direito romano -
"nasciturus pro jam nato habetur si de ejus commodo agitur” (o nascituro
considera-se como nascido, quando se trata de seus interesses)."[6]
Nasciturus pro iam nato habetur quando de eius commodo agitur ("no interesse
do nascituro, é ele considerado já nascido"). Sempre que se trata de aplicação
do princípio, há pretensão do nascituro à sentença (resolução judicial), qualquer
que seja (declarativa, condenatória, constitutiva, mandamental, executiva), e à
execução. A cada pretensão corresponde ação, como aconteceria se o titular da
pretensão fosse pessoa já nascida.[7]
"Durante a gestação, pode ser preciso à vida do feto e à vida do ente humano,
após o nascimento, outra alimentação ou medicação. Tais cuidados não
interessam à mãe; interessam ao concebido. Por outro lado, há despesas para
roupas e outras despesas que têm que ser feitas antes do nascimento, delas
exigir a pessoa logo ao nascer. O “quantum” de alimentos é limitado, e o que
escreveu Oliveira Cruz "o maior desses direitos é, sem dúvida o de ser
alimentado e tratado para poder viver; assim pode a mãe pedir alimentos para o
nascituro, hipótese em que, na fixação, o juiz levará em conta as despesas que
se fizerem necessárias para o bom desenvolvimento da gravidez, até o seu
termo final, e incluindo despesas médicas e medicamentos".
Guima Tamã (in: Tudo sobre alimento, Síntese), didaticamente discrimina todas
as possíveis situações em que são devido os alimentos, destacando-se: "1.11.
A descendente grávida de qualquer um: Estando grávida a filha, neta ou bisneta,
etc, sem rendimentos para se manter, pode acionar os pais, avós ou bisavós,
Aborto
A incidência do aborto se estabilizou nos últimos anos, após ter tido uma queda
nas últimas décadas devido ao maior acesso a planejamento familiar e a
métodos contraceptivos. 40% das mulheres do mundo têm acesso a aborto
induzido em seus países (dentro dos limites gestacionais).
Tipos de Aborto:
▪ Aborto Espontâneo
▪ Aborto Induzido
▪ Aborto Ilegal
Aborto Espontâneo surge quando a gravidez é interrompida sem que seja por
vontade da mulher. Pode acontecer por vários factores biológicos, psicológicos
e sociais que contribuem para que esta situação se verifique.
Entre 2003 e 2008, cerca de 47 mil mulheres morreram e outros 8,5 milhões
tiveram consequências graves na sua saúde, decorrentes da prática do aborto.
Câncer de mama
Esta hipótese não é aceita pelo consenso científico das entidades ligadas ao
câncer Bind é um pesquisador com uma agenda enviesada e pseudocientífica
para a promoção de suas crenças religiosas através do do "Breast Cancer
Prevention Institute".
Dor do feto
Síndrome pós-abortiva
Entretanto, tal síndrome teria sido catalogada em inúmeras pesquisas, entre elas
a do dr. Vincent Rue, que no estudo da Desordem Ansiosa Pós-Traumática
(DAPT), presente em ex-combatentes do Vietnã, e teria sua correspondente na
síndrome pós-aborto (SPA).
Uma opinião contrária, entretanto, apresentada por grupos pró-vida, seria que,
mesmo que sejam encontradas correlações estatísticas entre gravidez
indesejáveis e situações consideradas psicologicamente ruins para as crianças
nascidas, esta situação não pode ser comparada com a de crianças abortadas,
visto que estas não estão vivas. Uma "situação de vida" não seria passível de
comparação com uma "situação de morte", visto a inverificabilidade desta
enquanto situação possivelmente existente (a chamada "vida após a morte")
pelos métodos científicos disponíveis. Como não se pode estipular se uma
situação ruim de vida, por pior que fosse, seria pior que a morte, o aborto, no
caso, não poderia ser apresentado como solução, visto que não dá a capacidade
de escolha ao envolvido, enquanto ainda é um feto
Métodos de indução
Aborto farmacológico
Dilatação e evacuação
Faz então uma incisão na nuca, inserindo depois um cateter para sugar o cérebro
do feto e então o retira por inteiro do corpo da mãe. Em alguns países, essa
prática é proibida em todos os casos, sendo considerada homicídio e punida
severamente. Esta técnica tem sido alvo de intensas polêmicas nos Estados
Unidos.
Outros métodos
Terminologia
Sociedade e cultura
Consequências positivas
Consequências negativas
Embriologia
Epidemiologia
Feto anencéfalo.
Sinais e sintomas
Diagnóstico
Prognóstico
Interrupção da gravidez
Canadá: O aborto não é restringido pela lei canadense. Desde 1969 que a lei
permite a prática de aborto em situações de risco à saúde, e, a partir de 1973, a
interrupção voluntária da gravidez deixou de ser ilegal. O Canadá é um dos
países do mundo que dá mais liberdade de fazer um aborto; o acesso ao aborto
é fornecido pela assistência médica pública para os cidadãos canadenses e para
os residentes permanentes, nos hospitais do país.
De 1994 a 1998, membros de movimentos "pro-life” alvejaram com armas de
fogo quatro médicos que praticavam abortos, tendo um sido assassinado em
Cuba: O aborto é permitido até as dez primeiras semanas de gravidez, regra que
vigora desde a revolução comunista, em 1959. Cuba é primeiro país da América
Latina a legalizar o aborto sem restrições. O Uruguai é o segundo, e a Cidade
do México também é uma exceção.
Uruguai: No Uruguai, o aborto pode ser feito por qualquer motivo até a 12ª
semana de gestação, até a 14ª semana de gestação em caso de estupro, e a
qualquer momento em caso de má-formação do feto ou risco de vida para a mãe.
Há acompanhamento médico feito por uma equipe formada por um
Cada profissão tem o seu próprio código de ética, que pode variar ligeiramente,
graças a diferentes áreas de atuação. No entanto, há elementos da ética
profissional que são universais e por isso aplicáveis a qualquer atividade
profissional, como a honestidade, responsabilidade, competência, etc.
Como tal, um código de ética fixa normas que regulam os comportamentos das
pessoas dentro de uma empresa ou organização. Apesar de a ética não ser
coactiva (não implica penas legais), o código de ética supõe uma normativa
interna de cumprimento obrigatório.
Sigilo: Alguns assuntos são confidenciais por segurança, e não é nada ético
sair falando aos quatro ventos sobre coisas que não dizem respeito a
determinados públicos. Informações sigilosas geralmente estão protegidas por
lei e, caso algum funcionário quebre este protocolo, a pena é certa.
Boa leitura