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1. Conceito de ética
Ética é o campo do conhecimento que discute as questões de apreciação e avaliação do
comportamento humano do ponto de vista do bem e do mal, relativamente ao indivíduo,
sua interacção com o grupo social e, em especial para o objecto deste artigo, sua
actuação nas organizações. Ou ética é a disciplina ou campo do conhecimento que trata
da definição e avaliação do comportamento de pessoas e organizações. A ética lida com
o que pode ser diferente do que é, da aprovação ou reprovação do comportamento
observado em relação ao comportamento ideal.
2.Objecto da ética
A ética estuda as acções humanas. Sendo assim, seu objecto distingue-se em material e
formal. O objecto material diz respeito aos actos humanos que se devem distinguir dos
actos do homem.
Os actos humanos são acções praticadas de forma livre, consciente, deliberada e
voluntária, acções essas que afectam a própria pessoa, a outras pessoas, ou a
determinados grupos sociais ou mesmo a sociedade no seu todo. Os actos do homem são
aqueles praticados de modo inconsciente e involuntário, ou seja, são aqueles actos em que a
vontade humana não entra ou a sua liberdade não entra em jogo.
O estudo do objecto da ética leva-nos à conclusão de que a pessoa antes de praticar
qualquer acção deve analisar os prós e os contras e estar preparada para assumir os
riscos e as consequências.
3. História da ética
De acordo com Maximiano (2004), muitos filósofos se debruçaram sobre as questões
morais e produziram contribuições muito importantes sobre o tema. Veremos seguir as
contribuições que Platão, Aristóteles, Sócrates, Kant e outros grandes filósofos deram à
discussão sobre a moral. Mas, para entendermos a postura frente aos problemas éticos
faz-se necessário uma análise das matrizes culturais, que no ocidente estão estabelecidas
nas tradições greco-romanas e judaico-cristãs. Por essa razão é importantíssima a
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Maximiano (2004), parte do princípio que a história da ética teve sua origem, na
antiguidade grega, através de Aristóteles e suas ideias sobre a ética e as virtudes éticas.
Na Grécia, porém, mesmo antes de Aristóteles, já é possível identificar traços de uma
abordagem com base filosófica para os problemas morais e até entre os filósofos
conhecidos como pré-socráticos encontramos reflexões de carácter ético, quando
buscavam entender as razões do comportamento humano. Muitos filósofos, desde a
antiguidade, têm participado da construção de sistemas de valores. A seguir são
consideradas algumas delas:
Sócrates: considerou o problema ético individual como o problema filosófico central e
a ética como sendo a disciplina em torno da qual deveriam girar todas as reflexões
filosóficas. Para ele ninguém pratica voluntariamente o mal.
Aristóteles: sua ética é definida em termos dos “fins do ser humano”. Os fins das
pessoas são não apenas seus objectivos de curto prazo e seus projectos de vida. As
pessoas têm um fim intrínseco, que é a felicidade. A razão e a virtude são os meios para
alcançar a felicidade, que é uma propriedade da alma. A ética de Aristóteles está ligada
a suas concepções políticas.
Platão: sua metafísica era a do dualismo entre o mundo sensível e o mundo das ideias
permanentes, eternas, perfeitas e imutáveis, que constituíam a verdadeira realidade e
tendo como cume a ideia do bem, divindade, artífice do mundo. A ética de Platão está
relacionada intimamente com sua filosofia política, porque para ele, a polis é o terreno
próprio para a vida moral. Assim ele buscou um estado ideal, um estado-modelo,
utópico, que era constituído exactamente como o ser humano. Assim o corpo possui
cabeça, peito e baixo-ventre, também o estado deveria possuir, respectivamente,
governantes, sentinelas e trabalhadores. O bom estado é sempre dirigido pela razão. A
ética platónica exerceu grande influência no pensamento religioso e moral do ocidente.
Ética e psicologia
A ética busca elucidar o tipo peculiar de comportamento humano (ato moral);
Os agentes morais são indivíduos concretos, pertencentes a uma comunidade. Portanto,
só há ato moral na relação com o outro (alter);
O ato moral responde à necessidade social de regular as relações dos indivíduos numa
certa direcção. Portanto, para tornar-se um ato oral as acções precisam ser vivenciadas
intensa ou intimamente pelo sujeito num processo de subjectivação;
O auxilio da psicologia possibilita evidenciar a s leis que regem as motivações do
comportamento humano, como também, a estrutura do seu carácter e da sua
personalidade. A explicação da psicologia do comportamento humano, as condições
internas, subjectivas do ato moral explicam quando o ato humano extrapola a avaliação
moral (factores psíquicos) Advertência para não cair no psicologismo ético: reduzir o
ato moral ao psíquico.
A ética e deontologia profissional têm vindo a merecer crescente atenção nos últimos
anos, embora nem sempre por motivos estritamente éticos.
A ética não é uma opção, mas uma necessidade. Ninguém pode viver sem uma normativa
ética. A ética, mais do que condenar, promove; a ética permite-nos atingir metas que de
outra maneira ficariam distantes. Os mais recentes acontecimentos têm vindo a mostrar
que cada vez mais, como diz o povo, “quem se mete em atalhos mete-se em trabalhos”,
os “atalhos” em ética pagam-se quase sempre muito caro, com custos e perdas, tangíveis
e intangíveis. Seria um grave erro pensar que, em especial no mundo dos negócios e do
exercício profissional, a ética está a mais.
O meio ambiente e competitividade hoje não são antagónicos, isso porque há várias
empresas que já perceberam que preservar o meio ambiente pode ser um bom negócio.
A dimensão ambiental da responsabilidade social corporativa diz respeito aos impactos
sobre os sistemas naturais e construídos, os quais incluem os ecossistemas, o solo, o ar e
a água.