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Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
✓ Índice 0.5
✓ Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura ✓ Discussão 0.5
organizacionais
✓ Conclusão 0.5
✓ Bibliografia 0.5
✓ Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução ✓ Descrição dos
1.0
objectivos
✓ Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
✓ Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão ✓ Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
✓ Exploração dos dados 2.5
✓ Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
✓ Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
✓ Rigor e coerência das
Referências 6ª edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Folha de Feedback dos tutores:
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Índice
Conclusão ................................................................................................................................. 11
A língua Chope faz parte das línguas do grupo bantu, expandidas por quase toda parte sul do
equador de África e, hoje se estima em mais de 600 línguas distribuídos por mais de duzentos
milhões de falantes pertencentes a este grupo.
Os falantes originais bantu, devem ter sido relativamente poucos, mas, ao se moverem
e difundirem, de um habitante original no oeste até muitos milhares de quilómetros a leste às
margens do lago vitória, adquiriram conhecimento da agricultura e pecuária, provavelmente
no norte, e mais tarde se expandiram em massa rumo ao sul e sudoeste da África.
A palavra Bantu significa pessoas ou povos. Inicialmente, foi usada para se referir às línguas
da África Sub-Sahariana que exibem um sistema comum de concordância por prefixo.
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Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
✓ Conhecer a reduplicação verbal em línguas Bantu: Caso da língua Chope.
1.1.2. Objectivos específicos
✓ Definir a reduplicação verbal;
✓ Identificar as línguas Chope e seus falantes;
✓ Explicar os tipos de reduplicação verbal.
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2.0. Conceitos básicos
2.1. Reduplicação
Em consonância com Zona (s/a) refere que a Reduplicação consiste na repetição do radical ou
uma parte dele, o que gera uma estrutura composta reduplicada.
Para Fortune (1957) apud Nombora (2005), refere que o fenómeno linguístico
Este ocorre não somente nas línguas do grupo bantu como Xichangana, Nsenga, Yao,
Guitonga, Chope etc., mas também em outras lingas com em Agta, Yidin, Madurese e
caso do Latim em que o morfema que se repete exprime marca de tempo e em Turco para
Para Sitoe e Ngunga (2000) apud Nombora (2005), refere que a língua chope é
predominantemente falada nas províncias de Inhambane, nos distritos de Zavala, Inharrime,
Homoine e Panda. Ainda existe uma pequena zona falante desta nos arredores do município
de Inhambane. Em Gaza é falada nos distritos de Manjacaze (sede posto administrativo de
Chidenguele), também no posto administrativo no Chongoene do distrito de Xai-Xai
bem como uma parte de Chibuto além de uma parte de significativa de falantes
habitantes da cidade e província de Maputo.
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2.3. O verbo
Em concordância com Ngunga (2004, p. 98) verbos são palavras que servem para relatar
factos, acções, descrever estados, seres, situações, etc. Este autor, acrescenta que em muitas
línguas o verbo conjugado trás consigo as marcas do sujeito sobre o qual se faz a afirmação, o
tempo em que o fenómeno tem lugar, o número dos sujeitos sobre os quais se faz a afirmação,
etc.
Várias são as definições apresentadas por outros estudiosos, mas, para o âmbito desta
abordagem, os pontos de vista que se apresenta na medida em que, retomando o pensamento
apresentado por Ngunga (2004) encontra-se a representação da acção nos seguintes exemplos:
Para Norombi (2005), a flexibilidade estrutural deste visa adequá-lo a diferentes morfemas
que nele se adjuntam ou acoplam particularmente na forma radical ou de base verbal
com finalidades referenciais diversificados, tal é o caso da marca do sujeito (MS) que refere
ao elemento sobre o qual se faz a afirmação, o momento ou tempo em a acção, facto têm
lugar; marca de objecto.
O verbo é uma palavra de forma variável que exprime o que se passa, isto é, um
acontecimento representado no tempo‖.
Esta representação é funcional em quase todos os verbos das línguas bantu. Contudo, entre a
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forma de representação apresentada por Ngunga (2004) e a usada por Chimbutane
(2000), para muitos a segunda forma, para além de transparecer que todos os
constituintes do complexo verbal ocorrem ao mesmo nível, peca por ser demasiado
geral e superficial sugerindo que na periferia à direita do radical apenas ocorre a vogal final
sem outros afixos (sufixos).
Nas abordagens anteriores constata-se que o radical é o morfema que imana as palavras da
mesma família e transmite-lhes uma mesma base de significação, como nos exemplos
as seguir:
✓ Asindakide
✓ Sindakide
✓ Ndakide
Exemplo :
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Segundo Norombi (2005), refere que quando ocorre a reduplicação dos verbos no
infinitivo é uma reduplicação do tipo total normal., na medida em que há uma
repetição completa do reduplicado pelo reduplicante (na posição de prefixo).
No exemplo b), mostra-se que o elemento reduplicado é o tema verbal, por envolver o radical
e a vogal que está como sufixo flexional. No processo corrente de comunicação, os verbos
sempre ocorrem flexionados ou conjugados com referência ao tempo em que o facto, acção ou
estado a que aludem aconteceu.
Para (MINED, s/a), a reduplicação parcial consiste na repetição parcial da base do verbo.
Uma vez repetida, as partes que constituem a palavra formada não podem ser separadas. A
reduplicação parcial tem as mesmas características da fossilizada. Em termos de significado, a
reduplicação parcial dá a ideia de pequenas repetições de uma determinada acção ou evento.
Também acrescenta que as sílaba repetida não pode ser separada do resto da palavra, pois,
separando-a produz-se uma palavra agramatical ou palavra sem nenhuma relação com a
reduplicada, como pode se observar nos exemplos abaixo:
✓ Tsetseta ―peneirar‖
✓ Dudumela―tremer‖
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2.6.2. Reduplicação total
Em concordância com Nombora (2005), refere que esta reduplicação consiste num
processo morfológico em que o reduplicante e a base são idênticos a nível segmenta. Jensen
pressupõe um conceito semelhante a de Nombora onde refere-se que se uma palavra no
seu todo for repetida, a reduplicação é total.
Para Ngunga (1998) apud Norombi (2005), refere que este tipo de reduplicação
consiste na repetição de toda a palavra, pelo que não é possível distinguir a base do
reduplicante, uma vez que surgem totalmente idênticos.
Exemplo:
Estes exemplos corroboram com a definição de Ngunga, pois, há uma cópia plena do
reduplicante quer a nível segmental bem como suprassegmental, na medida em que os verbos
reduplicados.
Para Norombi (2005), a ocorrência de verbos que apesar de fazerem parte do léxico da
língua, tem um comportamento fora do comum em relação a outros verbos, pois, embora
morfologicamente semelhantes as demais, repelem a reduplicação total e, temos a percepção
de que o mesmo poderá com a reduplicação parcial.
Exemplos
1. -tsula-tsula
2. -kula-kula
3. -tshura-tshura
4. -bhiha-bhiha
5. -hefemula-hefemula.
Estes verbos repelem a reduplicação total por motivos diferentes. O exemplo acima que na
sua existência autónoma o verbo é –tsula, que significa ir na forma não reduplicada, não
aceita a reduplicação porque a acção de ir realiza-se uma vez por cada momento e só depois
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de regressar se pode ir outra vez, nunca de forma repetitiva. O que pode acontecer é
ter muitas pessoas a realizarem a acção de ir (kutsula) e, sendo assim, recorrer-se-ia à
extensão aplicativa –el escrevendo-se tsulela. (Norombi, 2005).
O verbo (b) não aceita a reduplicação porque exprime uma acção cuja realização não depende
da pessoa (kukula) que significa crescer, é uma acção intrínseca, contínua e não, repetitiva. O
mesmo se pode afirmar a (e)–hefemula (respirar) não é nenhuma acção interactiva. A sua
ocorrência esta fora das capacidade de controle humano, realiza-se continuamente.
Os exemplos (c) e (d) exprimem factos também não passíveis de repetições (kutsura),
significando ser bonito/a e (kubhiha) ser feio/a. Estes verbos funcionam como qualificadores
ou adjectivos nesta língua.
Para Ngunga (2004) apud Nombora (2005), refere que em algumas línguas, a reduplicação
total normal permite a afixação de material morfológico, quer derivacional quer flexional,
tanto a reduplicante como ao reduplicado.
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Conclusão
A descoberta de semelhança entre as línguas veio a evidenciar a existência de uma relação de
parentesco entre elas e que elas tinham uma origem comum constituindo a família Indo
Europeia. A língua chope não é caso isolado, o valor semântico desta depende da realidade de
cada uma, pode exprimir o tamanho, o plural, o modo perfectivo, frequência, repetição e
também é usada como atenuativo.
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Referências bibliográficas
1. Cunha, C.; Cintra, L. (2002). Nova Gramática do Português Contemporâneo.
17ª Edição.
2. MINED. (s/a). A reduplicação verbal como processo derivacional nas línguas
moçambicanas.
3. Ngunga, A. (2004). Introdução à Linguística Bantu. Maputo: Imprensa
Universitária.
4. Universidade Eduardo Mondlane
5. Noromba, A. F. (2005). Reduplicação verbal na língua Chope. Maputo,
Moçambique:
6. Universidade Eduardo Mondlane.
7. Zona, W. (s/a). Linguística bantu. Universidade Católica de Moçambique – Centro de
ensino à distância. Sofala, Moçambique- IEDA
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