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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Trabalho de Campo II

Nelinha Ibraimo -708207875

Curso: Licenciatura em Gestão Ambiental


Disciplina: Gestão Costeira
Ano de frequência: 3°
Turma: B

Docente: Mcs. Cláudia Nanhecua

Beira, Julho, 2022

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Critérios de avaliação (disciplinas teóricas)

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
✓ Índice 0.5
✓ Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura
organizacionais ✓ Discussão 0.5
✓ Conclusão 0.5
✓ Bibliografia 0.5
✓ Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
✓ Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
✓ Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
✓ Articulação e
domínio do discurso
académico
3.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e ✓ Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.0
internacional
relevante na área de
estudo
✓ Exploração dos
2.5
dados
✓ Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
✓ Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA ✓ Rigor e coerência
Referências 6ª edição em das
2.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas

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Folha de Feedback dos tutores:
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Índice

1.Introdução ................................................................................................................................ 5

1.2. Objectivos ............................................................................................................................ 6

1.2.1. Objectivo geral ................................................................................................................. 6

1.2.2. Objectivos específicos ...................................................................................................... 6

1.3. Metodologia ......................................................................................................................... 6

2. Avaliação das lacunas e dificuldades no processo de fiscalização das actividades da zona


costeira em Moçambique ............................................................................................................ 6

2.1. Principais conceitos da gestão costeira ................................................................................ 7

2.2. Consciencialização sobre a importância das zonas costeiras .............................................. 8

2.3. Integração a gestão costeira no desenvolvimento sustentável ............................................. 9

2.4. Principais zonas costeiras em Moçambique e no mundo no âmbito dos ecossistemas ....... 9

2.5. Identificação e caracterização dos modelos planos de gestão de zonas costeiras ............. 11

2.5.1. Metodologias de gestão integrada da zona costeira........................................................ 11

2.5.2. A prática da gestão integrada da zona costeira (GIZC) .................................................. 11

2.5.3. A prática da GIZC em Moçambique .............................................................................. 11

2.5.4. Estratégias de Desenvolvimento..................................................................................... 12

3. Conclusão ............................................................................................................................. 13

Referencias Bibliográficas ........................................................................................................ 14

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1.Introdução

O presente trabalho surge no âmbito do comprimento exigido pela Universidade Católica de


Moçambique para aquisição de alguns créditos académicos de modo a fazer a cadeira de Gestão
costeira. Portanto, tem como objectivo geral avaliar as lacunas e dificuldades no processo de
fiscalização das actividades da zona costeira em Moçambique.

O trabalho apresenta-se estruturado em 4 partes onde temos: 1ª parte inclui introdução, a 2ª é


apresentado o desenvolvimento. A 3ª parte é apresenta a conclusão, finalmente a 4ª parte
apresenta as referências bibliográficas.

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1.2. Objectivos
1.2.1. Objectivo geral

Avaliar as lacunas e dificuldades no processo de fiscalização das actividades da zona costeira


em Moçambique.

1.2.2. Objectivos específicos


❖ Consciencializar sobre a importância das zonas costeiras;
❖ Mostrar como deve ser integrado a gestão costeira no desenvolvimento sustentável;
❖ Conhecer as principais zonas costeiras em Moçambique e no mundo no âmbito dos
ecossistemas;
❖ Identificar e caracterizar os modelos planos de gestão de zonas costeiras.

1.3. Metodologia
A elaboração do presente trabalho baseia-se em uma revisão bibliográfica com base na literatura
técnica, nacional e internacional, na busca de informações em diversas páginas da Internet e na
experiência prática do autor.

2. Avaliação das lacunas e dificuldades no processo de fiscalização das actividades da zona


costeira em Moçambique

De entre vários problemas que afectam a zona costeira, destacam-se:

❖ A destruição de mangais e da floresta costeira dunar, devido a exploração insustentável


de produtos florestais para a obtenção de combustível lenhoso e material de construção;
❖ A degradação dos recifes de corais, devido às práticas pesqueiras e turísticas destrutivas;
a erosão das dunas devido ao desmatamento, queimadas e desenvolvimento costeiro
inapropriado;
❖ O esgotamento de recursos pesqueiros devido a sobre exploração; poluição biológica e
química das águas costeiras, provocados pelos esgotos não tratados, indústria, portos,
etc;
❖ Captura acidental e intencional de espécies vulneráveis ou em perigo de extinção, como
tartarugas marinhas, dugongos, devido a actividade pesqueira, etc.

É essencial, que se procure elevar a consciência ambiental e conhecimentos de gestão na


sociedade através do incremento da comunicação, diálogo e campanhas de consciencialização
com vista a se obterem resultados positivos.
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2.1. Principais conceitos da gestão costeira

A gestão costeira é um ramo do planejamento ambiental e territorial que se dedica ao estudo e


ordenamento do território terrestre e marinho, nas zonas confluentes, e de ação conjunta entre
a faixa costeira e o mar que o delimita, gerindo os seus múltiplos recursos, tendo como modo
operacional o planeamento físico e o ordenamento do uso do solo e das águas costeiras.
Recuperado em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_costeira. Em 12 de julho de
2022

Contexto ambiental

Os sistemas costeiros no Brasil são extraordinariamente diversos. O litoral é composto por


águas quentes no norte e nordeste e frias no sul e sudeste, isso permite uma grande variedade
na fauna e flora, formando um ecossistema que inclui recifes de corais, dunas, praias arenosas,
lagoas, costões rochosos, pântanos, ilhas, mar aberto e profundo e ressurgências.

Na zona costeira está localizado as maiores manchas da Mata Atlântica, que originalmente se
estendia ao longo de 17 estados, foi quase totalmente derrubada para ocupação agrícola, pastoril
e urbana, restando atualmente 12,5% de todos os fragmentos de terra nativa acima de três
hectares.

As vegetações costeiras possuem funções fundamentais na reprodução biótica e marinha e no


equilíbrio das interações entre o mar e a terra. Contudo, assim como a Mata Atlântica foi muito
alterada e vem sendo colocada em risco devido ao processo de ocupação desordenado.

Contexto sociodemográfico

A ocupação humana na zona costeira é intensa, nela está concentrada 23,9% da população do
país, com densidade média de 105 hab/Km². Das seis maiores cidades metropolitanas, cinco
estão localizadas na região costeira (Belém, Fortaleza, Recife, Salvador e Rio de Janeiro. Este
resulto é devido ao processo de colonização, onde os primeiros assentamentos humanos se
localizaram na zona costeira, ocorrendo a interiorização muito mais tarde.

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Contexto econômico

Historicamente as atividades econômicas se concentraram na costa devido a sua grande riqueza


de recursos naturais e por razões estruturais. Nela se desenvolveram as áreas petrolíferas
(extração e refino), portuária, agrícola e agroindustrial, aquicultura, extração mineral e vegetal,
pesqueira, pecuária, reflorestamento, salinas, e de veraneio e turismo. O crescimento
econômico foi baseado na industrialização, induzindo um crescimento populacional e urbano,
o que permitiu uma dinâmica territorial, populacional e econômica na história do Brasil,
principalmente na zona costeira.

2.2. Consciencialização sobre a importância das zonas costeiras

Segundo MITADER (s/d), os recursos costeiros existentes, são de uma importância primordial,
não só para a economia do País em geral, como também para a subsistência de quase metade
da população moçambicana. Pode-se afirmar que a costa moçambicana é um recurso natural
muito valioso e vulnerável. Esta gere valores socioeconómicos, os recursos costeiros que sob
ponto de vista ecológicas traduzem-se em valores ecológico-económicos. A exploração destes
recursos, seja sob a forma de turismo, pesca, agricultura ou florestas, necessita, no entanto, de
uma gestão integrada de modo a que se garanta a sua sustentabilidade, para uso das gerações
vindouras.

Contudo, estes recursos são atribuídos e administrados sectorialmente com pouca coordenação
entre as instituições sectoriais. A situação nas zonas costeiras é especialmente complexa devido
ao facto que são envolvidos recursos terrestres e marinhos. Devido a falta de coordenação inter-
institucional, a falta de capacidade institucional e as vezes a falta de definição clara sobre as
responsabilidades e competências das instituições, existe desenvolvimento não controlado na
maior parte da zona costeira.

É importante por isso, o estabelecimento de um diálogo e colaboração entre os investigadores,


planificadores, e gestores da zona costeira para garantir que a investigação levada a cabo
contribua para o desenvolvimento de plano integrado de gestão na zona costeira.
Consequentemente, a gestão integrada das zonas costeiras é a chave para o desenvolvimento
sustentável de Moçambique. Dadas as suas características ecológicas, económicas e sociais, a
zona costeira é particularmente sensível, sendo a sua administração e implementação de
actividades de desenvolvimento áreas especialmente chave e cruciais.

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2.3. Integração a gestão costeira no desenvolvimento sustentável

Segundo MITADER (s/d), os grandes objectivos da gestão integrada da zona costeira podem
definir-se da seguinte maneira:

❖ Reforço do conhecimento sobre o funcionamento dos sistemas que envolvem recursos


naturais e que são únicos nas zonas costeiras bem assim como a sua sustentabilidade
dentro do contexto de uma grande variedade de actividades humanas;
❖ Optimização do uso múltiplo dos sistemas de recursos naturais através da integração de
informação sobre aspectos ecológicos, sociais e económicos;
❖ Promoção de abordagens interdisciplinares e cooperação e coordenação intersectorial
na abordagem de problemas de desenvolvimento complexos e na formulação de
estratégias integradas para a expansão e diversificação de actividades económicas;
❖ Promoção do princípio do desenvolvimento sustentável e protecção da biodiversidade
como parte do mesmo binómio;
❖ Promoção do princípio da igualdade de direito de acesso aos recursos naturais, em
especial por parte de quem deles depende na totalidade, na geração presente, e promoção
da equidade entre gerações;
❖ Assistir os governos e decisores a melhorar a eficiência e aproveitamento do
investimento de capital, assim como dos recursos humanos e naturais, em atingir os seus
objectivos económicos, sociais e ambientais, assim como cumprir com as obrigações
internacionais respeitantes ao ambiente marinho e costeiro;

2.4. Principais zonas costeiras em Moçambique e no mundo no âmbito dos ecossistemas

Segundo MITADER (s/d), zonas costeiras são zonas que podem ser classificadas como a
interface entre terra e a água, zona onde acaba a influência do mar, rios, lagos e começa a
influência da terra, ou vice-versa, zona intermédia entre terra e superfícies aquáticas.

Em Moçambique, a zona costeira define-se como sendo áreas compreendidas entre o limite
interior terrestre ou continental de todos os distritos costeiros, incluindo os limítrofes do lago
Niassa e albufeira de Cahora Bassa, até 12 milhas mar dentro.

Por outro lado, não existe um sistema rígido de definição de zona costeira, que deve ser seguido
internacionalmente. Cada país pode adoptar o seu sistema, a sua definição, dependente das
condições, das suas capacidades e dos seus objectivos na abordagem do tema. Uma das razões
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porque a definição, mesmo geográfica, não é rígida, é que mesmo as características físicas da
zona costeira são extremamente dinâmicas: por exemplo, na época seca, a intrusão salina num
determinado rio, leva o mar muitas vezes dezenas de quilómetros para o interior.

Porque o estabelecimento de limites geográficos é uma necessidade metodológica, várias são


as abordagens para se estabelecer os seus limites: considerar as fronteiras dos ecossistemas,
considerar os limites administrativos, considerar até uma linha imaginária. Em Moçambique,
depois de um longo debate, a zona costeira acabou sendo definida, pelo menos por agora, como
estando entre o limite das águas territoriais, no mar, e o limite dos Distritos costeiros, em terra.

Esta definição, no que toca à fronteira terrestre, tem a vantagem de permitir que se trabalhe
essencialmente em planeamento costeiro a nível de uma das mais pequenas unidades
administrativas em Moçambique. Por outro lado, permite que não se alarguem demasiado os
limites de zona costeira, o que traria dificuldades para as capacidades existentes nesta altura, o
que aconteceria se se tivesse que trabalhar, por exemplo, com os limites de ecossistemas. A
zona costeira, em Moçambique e no Mundo, tem duas características fundamentais:

❖ Possui dos ecossistemas mais frágeis sobre a terra;


❖ É uma zona de constante conflito no uso da terra e dos recursos.

Como já foi referido, prevê-se que no ano 2000 cerca de 60% da população humana cerca de
1.8 bilhões de pessoas - viva dentro de 50 Km a partir da costa. Em Moçambique, como já atrás
foi referido, cerca de 42% da população vive nos Distritos costeiros. Considerando que o
crescimento populacional em Moçambique se dá a uma taxa de 2.3% ao ano, deve ser motivo
de preocupação a forma como os recursos costeiros estão e irão ser utilizados.

Moçambique possui uma costa de cerca de 2700 Km, banhada pelo Oceano Índico. A zona
costeira moçambicana vai do Rio Rovuma, a Norte, na fronteira com a República da Tanzania,
até à Ponta do Ouro, no Sul, na fronteira com a República da África do Sul.

A zona costeira moçambicana abarca dez das onze províncias do país, a saber: Cabo Delgado,
Niassa, Nampula, Zambézia, Sofala, Inhambane, Gaza, Maputo Província, Maputo Cidade e
Tete. 40 dos 128 distritos e 10 das 23 cidades do país, estão localizados na zona costeira, o que
implica que cerca de 40% da população Moçambicana vive na zona costeira.

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2.5. Identificação e caracterização dos modelos planos de gestão de zonas costeiras
2.5.1. Metodologias de gestão integrada da zona costeira

Podem definir-se, de entre várias, as seguintes boas práticas que se devem aplicar em todas as
circunstâncias em que decorre um processo de gestão integrada da zona costeira:

❖ Envolver o público, a sociedade civil e o sector privado no processo de GIZC;


❖ Integrar no processo de GIZC informação ambiental, económica e social desde o seu
início;
❖ Estabelecer mecanismo para a integração e a coordenação;
❖ Estabelecer mecanismos de financiamento sustentáveis;
❖ Desenvolver e utilizar capacidades de GIZC a todos os níveis;
❖ Monitorar a eficiência dos projectos e programas de GIZC

2.5.2. A prática da gestão integrada da zona costeira (GIZC)

Por causa de todas as características atrás enumeradas, seria um grande erro que apenas um
organismo, ou uma instituição fizesse a gestão da zona costeira. Assim, os três princípios pelos
quais se deve reger a gestão da zona costeira são a participação, a coordenação e a integração.

Com a participação requere-se que, em primeiro lugar os verdadeiros donos da zona costeira se
beneficiem de qualquer forma de desenvolvimento: as comunidades locais, os residentes, o
sector privado que quer aí desenvolver a sua actividade. Em segundo lugar, todas as outras
instituições, ONGs, organizações que têm um papel na zona costeira têm que também participar
no processo decisório sobre a zona.

2.5.3. A prática da GIZC em Moçambique

Em Moçambique, a urgência da gestão da zona costeira é evidente. A mesmo tempo que se


pode afirmar que não há problemas graves ambientais e de uma maneira generalizada, pode
dizer-se que há um potencial muito grande de agravamento de alguns problemas. A malária, a
erosão costeira e nas cidades, o desmatamento à volta das cidades, o HIV, o mau funcionamento
das redes de esgotos e sistemas de recolhas de lixo urbano, as queimadas sistemáticas e
descontroladas, e as práticas erradas de agricultura familiar, a falta de controlo sobre as espécies
protegidas e em perigo de extinsão, entre outros, são alguns dos actuais problemas ambientais

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dos nossos dias. Já são enormes os conflitos, patentes e latentes em algumas zonas, sobre o uso
de alguns recursos naturais, sobretudo nas zonas costeiras

2.5.4. Estratégias de Desenvolvimento

A prioridade seguinte do CDS é o estabelecimento de planos e estratégias de desenvolvimento


de nível local, especificamente na zona costeira dos Distritos. Portanto, como metodologia, é
feito o levantamento de dados socioeconómicos e biofísicos, no que resulta o perfil ambiental
da zona. Este levantamento é feito com especialistas nas diversas disciplinas das ciências
naturais, sociais económicas e de planeamento. Com base em informação científica e nas
discussões com agentes locais os chamados beneficiários ou utilizadores da zona costeira - os
maiores problemas ambientais e de desenvolvimento são assim identificados. Tomando estes
mesmos elementos como pressupostos e, com base numa perspectiva de crescimento
económico e populacional da zona, e nas oportunidades de desenvolvimento local, uma
estratégia é então traçada. Esta estratégia vai de novo aos beneficiários/utilizadores da zona
costeira para revisão. Como se pode ver, é obrigatório que processo seja muito participativo,
isto é, em todas as fases de definição, a população local é consultada, bem assim como outros
elementos ou organizações civis e privadas.

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3. Conclusão

Concluindo, duma forma lacónica a abordagem geral da problemática da zona costeira de


Moçambique, com especial destaque para a situação actual da zona costeira da Cidade de
Maputo (Costa do Sol). Apresenta-se uma caracterização sumária das diferentes componentes
de uso da zona costeira, das potencialidades, das disfunções e dos problemas socioeconómicos
e culturais associados à gestão da costa, ao ordenamento e ao uso e aproveitamento dos seus
recursos.

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Referencias Bibliográficas

MITADER. Ministro da terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural. (s/d). Recuperado em:


http://www.zonascosteiras.gov.mz/spip.php?article12. Em 12 de julho de 2022

Recuperado em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_costeira. Em 12 de julho de


2022

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