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1. Introdução............................................................................................................................4
1.1 Objectivos..........................................................................................................................5
3. Considerações finais............................................................................................................8
Referências Bibliográficas..........................................................................................................9
1. Introdução
O presente trabalho centra-se na abordagem sobre a análise literária do texto “pós da história”.
Esta pesquisa apresenta uma análise estético-ideológica demonstrando que o poema, Pós da
História, é o centro gerador, a primeira voz reivindicatória imbuída de uma atmosfera de
manifesto, apresentando as marcas formais do discurso manifestatário e a atitude de auto-
afirmação e autodefinição como moçambicano e os respectivos distanciamento e
desvalorização dos traços da portugalidade para dar espaço ao altar da moçambicanidade.
Um dos problemas mais debatidos entre os estudiosos da formação dessas literaturas tem sido
a crítica à tendência de se constituir uma visão homogênea, definida a priori pela condição
colonial (e anticolonial), das mesmas. No caso dos países que foram colonizados por Portugal,
embora tenham sido colonizados pelo mesmo colonizador, têm formações histórico-sociais
muito distintas e assumiram diferentes funções no processo colonial. As interações deste
conjunto de aspectos diversos não poderiam resultar em formações literárias homogêneas.
Feita essa ressalva, argumentaremos em torno de uma certa identificação entre as principais
características de formação das "literaturas nacionais" e a constituição da crítica pós-colonial.
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1.1 Objectivos
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2. Análise estético literário do texto “pós da história”
Para Basto (2008) Rui de Noronha (1909-1943) exprime timidamente nos anos trinta, os
conflitos suscitados pela sociedade em que se desenrolou a sua existência. Sensível ao
espectáculo da opressão, mas isolado na sua "demarche", prisioneiro do seu misticismo, o
poeta viveu o drama da suma impossível em tanto que assimilado.
Esta percepção ajudou a construir o lugar mítico que passou a ocupar, como fundador de uma
certa modernidade nacionalista, por parte da geração que lhe sucedeu (ideologicamente
vinculada ao nacionalismo de que o próprio Mário Pinto de Andrade fez parte) a qual
precisava elaborar a geneologia que a legitimasse, isto é, necessitava de se reclamar de uma
herança literária, de uma tradição que, inserida na História, lhe fornecesse um passado
regulador do seu próprio desenvolvimento.
Noa (2015) afirma que o Poema para Rui de Noronha, de Noémia de Sousa modelou, de certa
maneira, no início da década de 50, o seu lugar de primogénito da literatura moçambicana,
ajundando eventualmente a explicar a quase nula recepção (para além das fronteiras da Ilha de
Moçambique) da poesia de José Pedro Campos de Oliveira (1847-1911), primeiro poeta
nascido em Moçambique".
O texto “pós da história” é um soneto caracterizado por duas quadras dois tercetos. No que diz
respeito ao esquema rimático, o texto apresenta na sua primeira estrofe rima encadeada.
Pós da História
Na terceira, nota-se rimas emparelhadas que conota a fúria e vontade de vencer diante dos
portugueses, para se livrar da cultura imposta. Exalta-se a altivez humana como forma de
liberdade.
Na quarta estrofe, o poeta demonstra através do esquema rimático emparelhado, a dor que
algumas mães tiveram e que marcou-as. Mostra a vontade de não voltar a ter que ver o seu
povo a sofrer diante do colonialismo português e que quando o poeta diz “não se esquece a
luz que brilha” intenciona explicar a relevância de não aceitar a opressão portuguesa, sendo
que tem certos conhecimentos.
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3. Considerações finais
O texto pós da história demonstra uma reivindicação de opressão e cultura que é imposto
pelos portugueses. Trata-se de um soneto, pois, apresenta duas quadras e dois tercetos com
predomínio do esquema rimático emparelhada.
Um dos problemas mais debatidos entre os estudiosos da formação dessas literaturas tem sido
a crítica à tendência de se constituir uma visão homogênea, definida a priori pela condição
colonial (e anticolonial), das mesmas. No caso dos países que foram colonizados por Portugal,
embora tenham sido colonizados pelo mesmo colonizador, têm formações histórico-sociais
muito distintas e assumiram diferentes funções no processo colonial.
A crítica literária que Noronha faz é mais directo e sem medo do terceiro opressor, pois, a
vontade de ter o seu país libertado e com liberdade de expressão era maior.
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Referências Bibliográficas
Basto, M. B. (2008) Relendo a literatura moçambicana dos anos 80. 1ª ed. Porto:
Afrontamento.