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Os estudos da História da Literatura do Brasil guardam especificidades decorrentes de sua situação de colônia de
Portugal por um extenso período de tempo. Nesse sentido, cabe afirmar que:
A literatura do período colonial já se inicia nos primeiros anos do século XVI, marcada pela presença de
romancistas.
A literatura produzida nos primeiros 300 anos de colonização era fortemente marcada pela cultura
europeia.
Desde o início, a literatura brasileira já apresentava sua independência formal da literatura portuguesa
Assinale a alternativa que apresenta o aspecto evidenciado por Umberto Eco como relevante para o estudo da história da
literatura:
o estilo
o ato de leitura
a biografia do autor
a recepção crítica
os acontecimentos históricos
Assinale a alternativa que indica o ponto de partida para os estudos de Literatura Brasileira em nosso país:
"Bosquejo da história da poesia e língua portuguesa", publicado em 1826, por Almeida Garret
(...) um grupo de escritores de idades aproximadas que, participando das mesmas condições históricas, defrontando-se
com os mesmos problemas coletivos, compartilhando de idêntica concepção do homem, da vida e do universo e
defendendo valores estéticos afins, assumem lugar de relevo na vida literária de um país mais ou menos na mesma data.
leitores
crítica
período
geração
historiografia
Leia o trecho de Afrânio Coutinho que se segue e assinale a alternativa que apresenta a correta interpretação:
"Com ser de natureza estética, o fato literário é histórico, isto é, acontece num tempo e num espaço determinados. Há
nele elementos históricos que o envolvem como uma capa e o articulam com a civilização(...); e elementos estéticos que
constituem o seu núcleo..."
...o conceito de cânon implica um princípio de seleção (e exclusão) e, assim, não se pode desvincular da questão do
poder: obviamente, os que selecionam (e excluem) estão investidos da autoridade para fazê-lo e o farão de acordo com
os seus interesses (isto é: de sua classe, de sua cultura, etc). ( REIS, Roberto. Cânon. In: Palavras da crítica. JOBIM,
José Luis (org).Rio de Janeiro: Imago, 1992. p. 70)
o cânon indica os autores que não comungavam dos mesmos ideais estéticos de seus pares
o cânon de uma literatura é o resultado de um processo seletivo instaurado por uma instância
de poder
o cânon literário resulta da compilação das obras menos lidas de um determinado período
estético
Segundo Marisa Lajolo, as histórias literárias surgem a partir dos processos de afirmação das nacionalidades européias.
Isso explica, na literatura brasileira
Antonio Candido faz distinções entre literatura e manifestações literária. Escolha a alternativa que melhor as diferencia:
Os textos do Descobrimento do Brasil vão formar o mito do ufanismo que irá se constituir uma linha permanente na
Literatura brasileira em prosa e verso. Reconheça o texto em que tal realização aparece:
"Minha terra tem palmeiras "onde canta o tico-tico. Enquanto isso o sabiá vive comendo o meu fubá." (Cacaso)
"Estou farto do lirismo comedido / Do lirismo bem comportado / Do lirismo funcionário público com livro de
ponto expediente protocolo e manifestações /de apreço ao sr. diretor." (Manuel Bandeira)
"Tire a faca do peito e o medo dos olhos Ponha uns óculos escuros e saia por aí. Dando bandeira" Bernardo
Vilhena
"João amava Teresa que amava Raimundo/ que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili/ que não amava
ninguém./ João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento" (Carlos Drummond de Andrade)
"Lá longe meu pai campeava/ no mato sem fim da fazenda. /E eu não sabia que minha história/ era mais bonita
que a de Robinson Crusoé" (Carlos Drummond de Andrade)
O poema retoma de forma humorística a Carta, escrita por Pero Vaz de Caminha, relacionando dois aspectos
evidenciados na Carta:
os interesses econômicos
a expansão territorial
a catequese
a beleza dos nativos
a rudeza dos hábitos indígenas
O trecho da História da Província de Santa Cruz, de Pero Magalhães Gandavo, "Primeiramente tratarei da planta e raiz
de que os moradores fazem seus mantimentos que la comem em logar de pão. A raiz se chama mandioca, e a planta de
que se gera he de altura de hum homem pouco mais ou menos... ", se caracteriza por apresentar:
Recursos expressivos e estéticos de um texto.
Traços de teor descritivo e narrativo.
Elementos de alto teor estético e literário.
Dados narrativos e intimistas de uma narrativa.
Tendências de uma narrativa literária.
A terra, conhecida por ilhas culturais (Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo), é inicialmente apenas objeto de
literatura: vista de fora, com os olhos dos viajantes que dela descrevem as grandezas e diversidades.(STEGAGNO-
PICCHIO, Luciana. História da literatura brasileira. 2.ed.rev. e atualizada. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2004. p.29)
De acordo com o trecho, pode-se concluir que os textos de informação, escritos por viajantes no período inicial de nossa
colonização:
Leia o texto de Gândavo: ¿A língua de que [os índios] usam, toda pela costa, é uma: ainda que em certos vocábulos
difere em algumas partes; mas não de maneira que se deixem de entender. (...) Carece de três letras, convém a saber, não
se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não tem Fé, nem Lei, nem Rei, e desta maneira
vivem desordenadamente (...)." (GANDAVO, Pero de Magalhães, História da Província de Santa Cruz, 1578.) O
espanto de Gandavo relaciona-se:
Ao seu desejo de endossar o projeto pedagógico dos jesuítas, auxiliando na alfabetização dos indígenas.
A uma postura tolerante com os indígenas, embora se espantasse por serem ainda um povo ágrafo.
A uma postura etnocêntrica, incapaz de reconhecer a diferença cultural como válida.
À recusa de Gândavo em aderir ao processo colonizador.
Ao fato dos indígenas conseguirem sobreviver como um grupo, pois, como sabe-se hoje, não possuíam
religiosidade ou governo.
Alfredo Bosi, em sua obra "Dialética da colonização", chama a atenção para a grande dificuldade dos jesuítas no
processo de catequização dos indígenas: "O projeto de transpor para a fala do índio a mensagem católica demandava um
esforço de penetrar no imaginário do outro(...)Na passagem de uma esfera simbólica para a outra Anchieta encontrou
óbices por vezes incontornáveis." Assinale a alternativa que indica a solução encontrada para o obstáculo do idioma:
Quanto à poesia de José de Anchieta, assinale a alternativa que enuncia a análise pertinente:
"Documento obtido pelo WikiLeaks e divulgado nesta quarta-feira (29/06/11) mostra que, na época da visita do papa
Bento XVI ao Brasil, em 2007, o Vaticano estava preocupado com o crescimento dos evangélicos no país e recebeu
críticas do Monsenhor brasileiro Stefano Migliorelli, que questionou a entidade sobre a falta de padres na América
Latina." (trecho extraído de www.uol.noticias/internacional -29/06/11)
Tomando por base o trecho da reportagem, podemos remeter nosso pensamento para a Escola Barroca da Bahia com a
forte presença no Brasil do(s)/da(s):
do estilo literário
da Companhia de Jesus
das condições precárias de vida
dos soldados portugueses
da Frota Armada
TEXTO 1
(...) Os diabos têm nomes tupis (Saraiúva, Aimbirê, Guaixará) e surgem em cena pintados de vermelho, emplumados e
tatuados, falam tupi, fumam e se embriagam, declaram-se antropófagos e assassinos, adúlteros e luteranos.
(STEGAGNO-PICCHIO, Luciana. História da literatura brasileira. 2.ed.rev. e atualizada. Rio de Janeiro: Nova Aguilar,
2004. p.79)
TEXTO 2
Aculturar é também traduzir (BOSI, Alfredo. Dialética da colonização. 3.ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1994. p.
65)
trata-se do mecanismo criado por José de Anchieta para introduzir a simbologia cristã nos autos,
adaptando os elementos da cultura indígena
constituem observações acerca da Carta de Pero Vaz de Caminha e os ideais de catequese.
referem-se aos textos poéticos escritos por Gândavo para narrar os feitos heróicos dos indígenas
é uma referência ao Diálogo sobre a conversão do gentio, de Manoel de Nóbrega, em que analisa a cultura
indígena de forma preconceituosa.
os trechos fazem referência às aventuras vividas por Hans Staden
Terem os romanos e outros mais gentios mais polícia que estes não lhes veio de terem naturalmente melhor
entendimento, mas de terem melhor criação e criarem-se mais politicamente. ((BOSI, Alfredo. Dialética da colonização.
3.ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1994. p. 67)
a percepção desprovida de preconceito por entender que não há desnível de inteligência entre os
indígenas e as outras civilizações
a necessidade de controle do europeu, visto que os índios eram desprovidos de inteligência
a existência de policiais entre os indígenas
a compreensão da dificuldade de evoluir, visto que não dominavam a língua portuguesa
o olhar preconceituoso do Padre em relação aos indígenas
1. Simplificação da língua literária; ordem direta; imitação dos antigos gregos e romanos.
2. Valorização dos sentidos; imaginação exaltada; emprego dos vocábulos raros.
3. Vida campestre idealizada como verdadeiro estado de poesia; clareza; harmonia.
4. Emprego frequente de trocadilhos e de perífrases; malabarismos verbais; oratória.
5. Sugestões de luz, cor e som; antítese entre a vida e a morte; espírito cristão antiterreno.
1, 4 e 5
2, 3 e 5
1, 2 e 5
1e3
2, 4 e 5
Duas poéticas foram percebidas no Barroco, algumas vezes aparecem combinadas nos poemas de Gregório de Matos e
nos sermões de Vieira. São elas:
Duas poéticas foram percebidas no Barroco, algumas vezes aparecem combinadas nos poemas de Gregório de Matos e
nos sermões de Vieira. São elas:
antítese e conceptismo
cultismo e parenética
epopéia e poesia encomiástica
renascimento e rococó
cultismo e conceptismo
Ao estudarmos os textos literários escritos no período do Barroco, no Brasil, torna-se imperioso compreender o contexto
histórico em que vivíamos. Marque a alternativa que apresenta a correta justificativa para a articulação da história e da
literatura, no caso do Barroco:
A expressão "ecos do Barroco", criada por Bosi, define a presença da estética barroca na literatura brasileira. Assinale a
alternativa que indica a correta explicação para o termo:
O Barroco não foi um movimento expressivo, nem contou com autores brasileiros.
Os nossos autores sofreram a influência da península ibérica, além disso aqui não havia a configuração do
Barroco propriamente dito.
Os autores brasileiros apenas escreveram textos conceptistas, ignorando o cultismo como estética barroca.
Cultismo é uma poética do Barroco, cuja principal característica está enunciada na alternativa:
preferência pelos aspectos cruéis, dolorosos e sangrentos do mundo, numa tentativa de mostrar ao homem a sua
miséria.
tentativa de reunir, num todo, realidades contraditórias.
intenção de exprimir intensamente o sentido da existência, expressa no abuso da hipérbole.
angústia diante da transitoriedade da vida.
preferência pelos aspectos científicos da vida.
"A primeira cousa que me desedifica, peixes, de vós, é que comeis uns aos outros. Grande escândalo é este, mas a
circunstância o faz ainda maior. Não só vos comeis uns aos outros, senão que os grandes comem os pequenos. Se fora
pelo contrário era menos mal. Se os pequenos comeram os grandes, bastara um grande para muitos pequenos; mas como
os grandes comem os pequenos, não bastam cem pequenos, nem mil, para um só grande [...]. Os homens, com suas más
e perversas cobiças, vêm a ser como os peixes que se comem uns aos outros. Tão alheia cousa é não só da razão, mas da
mesma natureza, que, sendo criados no mesmo elemento, todos cidadãos da mesma pátria, e todos finalmente irmãos,
vivais de vos comer."
O texto de Vieira contém algumas características do Barroco. Dentre as alternativas a seguir, assinale aquela em que se
confirma essa tendência estética:
É um poema encomiástico, ou seja, que louva os feitos de Jorge Albuquerque, terceiro donatário de Pernambuco.
É nítida a influência de ¿Os Lusíadas¿, de Camões.
Trata-se de obra que procura evidenciar as injustiças vivenciadas pelos negros no Brasil colonial.
Há dois momentos em que ocorrem referências à paisagem brasileira: a descrição de Olinda e a menção a Recife.
Constitui-se de 94 oitavas em versos hendecassílabos.
Pois é possível, Senhor, que hão de ser vossas permissões argumentos contra vossa Fé? É possível que se hão de
ocasionar de nossos castigos blasfémias contra vosso nome?! Que diga o herege (o que treme de o pronunciar a língua),
que diga o herege, que Deus está holandês?! Oh não permitais tal, Deus meu, não permitais tal, por quem sois! Não o
digo por nós, que pouco ia em que nos castigásseis; não o digo pelo Brasil, que pouco ia em que o destruísseis; por vós o
digo e pela honra de vosso Santíssimo Nome, que tão imprudentemente se vê blasfemado: "Propter nomen tuum". Já que
o pérfido calvinista dos sucessos que só lhe merecem nossos pecados faz argumento da religião, e se jacta insolente e
blasfemo de ser a sua verdadeira, veja ele na roda dessa mesma fortuna, que o desvanece, de que parte está a verdade.
(Padre Antônio Vieira - fragmento do sermão do bom sucesso das armas de Portugal contra a Holanda)
Nesse famoso sermão proferido em prol de Portugal e usando técnicas do conceptismo, Padre Vieira "dialoga" e tenta
convencer:
o povo
o rei
os jesuítas
o próprio Deus
os mentores intelectuais
(UF-SE) A literatura dessa época caracteriza-se pela abundância de ornatos, pela elaboração formal que redunda em um
estilo trabalhado, ricamente entretecido de figuras, em especial a antítese, o paradoxo e a hipérbole. Esse movimento
estético é o:
Modernismo.
Arcadismo.
Barroco.
Pré-modernismo.
Naturalismo.
"Entre os semeadores do Evangelho há uns que saem a semear, há outros que semeiam sem sair. Os que saem a semear
são os que vão pregar à Índia, à China, ao Japão; os que semeiam sem sair são os que se contentam com pregar na
pátria. Todos terão sua razão, mas tudo tem sua conta. Aos que têm a seara em casa, pegar-lhes-ão a semeadura; aos
que vão buscar a seara tão longe, hão-lhes de medir a semeadura, e hão-lhes de contar os passos. Ah! dia do juízo! Ah!
pregadores! Os de cá, achar-vos-ei com mais Paço; os de lá, com mais passos..."
Essa passagem é representativa de uma das tendências típicas da prosa Barroca, a saber:
"Não é o homem um mundo pequeno que está dentro do mundo grande, mas é um mundo grande que está dentro do
pequeno. Baste ¢por prova o coração humano, que sendo uma pequena parte do homem, excede na capacidade a toda a
grandeza do mundo. (...) O mar, com ser um monstro £indômito, chegando às areias, pára; as árvores, onde ¤as põem,
não se mudam; os peixes contentam-se com o mar, as aves com o ar, os outros animais com a terra. Pelo contrário, o
homem, monstro ou quimera de todos os elementos, em nenhum lugar pára, com nenhuma fortuna se contenta, nenhuma
ambição ou apetite o falta: tudo confunde e como é maior que o mundo, não cabe nele".
c) Uma visão de mundo centrada no homem, própria da época romântica (princípio do século XIX).
a) O caráter argumentativo típico do estilo barroco (século XVII).
e) A consciência da destruição da natureza pelo homem, típica de um escritor moderno (século XX).
d) O racionalismo comum dos escritores da escola realista (final do século XIX).
b) A pureza de linguagem e o estilo rebuscado do escritor árcade (século XVIII).
"Será porventura o estilo que hoje se usa nos púlpitos um estilo tão empeçado, um estilo tão dificultoso, um estilo tão
afetado, um estilo tão encontrado a toda parte e a toda a natureza? O estilo há de ser muito fácil e muito natural.
Compara Cristo o pregar e o semear, porque o semear é uma arte que tem mais de natureza que de arte."
O objetivo do autor é:
e) mostrar que, segundo o exemplo de Cristo, pregar e semear afeta o estilo, porque são práticas
inconciliáveis.
c) argumentar que a lição de Cristo é desnecessária para os objetivos da pregação religiosa.
d) lamentar o fato de os sermões serem dirigidos dos púlpitos, excluindo da audiência as pessoas que ficavam
fora da igreja.
a) destacar que a naturalidade - propriedade da natureza - pode tornar mais claro o estilo das pregações
religiosas.
b) salientar que o estilo usado na igreja, naquela época, não era afetado nem dificultoso.
Aula 6
(FUND. STO. ANDRÉ) Cultivou a poesia sacra, lírica e satírica. Também escreveu poemas graciosos e pornográficos.
Essa diversidade de caminhos percorridos pela inspiração do vate baiano se explica acima de tudo pela riqueza
plástica de seu talento literário e, ao fim, pela estética barroca, que lhe serviu de pano de fundo.
Tais palavras, de Massaud Moisés, em A Literatura Brasileira Através dos Textos, aplicam-se a:
(FUVEST-SP)
I - A obra de Gregório de Matos centrava-se em dois pólos temáticos, a religião e a vida amorosa, que se concretizam,
na sua poesia, no conflito entre o pecado e o prazer.
II - Para concretizar esses conflitos, Gregório de Matos fez uso frequente de figuras retóricas como antíteses e
paradoxos.
III - A crítica social que se pode encontrar nos poemas de Gregório de Matos dirige-se principalmente aos homens
públicos da Bahia do século XVII.
Apenas II.
Apenas I.
Apenas I e II.
Apenas I e III.
I, II e III.
SONETO VII Ardor em firme coração nascido! Pranto por belos olhos derramado! Incêndio em mares de água
disfarçado! Rio de neve em fogo convertido! Tu, que em um peito abrasas escondido, Tu, que em um rosto corres
desatado, Quando fogo em cristais aprisionado, Quando cristal em chamas derretido. Se és fogo, como passas
brandamente? Se és neve, como queimas com porfia ? mas ai! Que andou Amor em ti prudente. Pois para temperar a
tirania, Como quis, que aqui fosse a neve ardente, Permitiu, parecesse a chama fria. Gregório de Matos. ASSINALE AS
CARACTERÍSTICAS DO POEMA ACIMA CITADO:
Sintaxe segundo a ordem lógica do Classicismo, predomínio das inversões, temática da fugacidade do tempo
e da vida.
Trocadilhos, predomínio de metonímias e de símiles, a dualidade temática da sensualidade e do refreamento,
antíteses claras dispostas em ordem direta.
Temática barroca, predomínio do jogo antitético de ideias seguindo os conceitos teóricos do Conceptismo de
Quevedo.
Dualidade temática da sensualidade e do refreamento, construção sintática por simetrias sucessivas,
predomínio figurativo das metáforas e pares antitéticos que tendem para o paradoxo.
Temática naturalista, assimetria total de construção, ordem direta predominando sobre a ordem inversa.
Ao Braço do Mesmo Menino Jesus Quando Appareceo O todo sem a parte não é todo, A parte sem o todo não é parte;
Mas se a parte fez todo, sendo parte, não se diga que é parte, sendo todo. Valorização da imagem é formulada com base
na metáfora, pormenorizando seus detalhes.
Como exemplo desse "jogo de palavras", tem-se esse fragmento de Gregório de Matos, no qual observamos traços da
tendência:
c) Hipérbole
b) Conceptismo
e) Conflito
d) Antítese
a) Cultismo
A defesa da independêncial cultural e política da colônia, claramente perceptível em seus poemas, como "À
Cidade da Bahia" ("Triste Bahia")".
A restrição de seus poemas ao gênero satírico.
A consciência nativista e a valorização do nativo mestiço, de sua linguagem e de sua inserção na sociedade local,
em sua esfera mais alta.
A opção pela sátira como um elemento moralizante, como postulado pelas convenções poéticas clássicas,
conforme defende João Adolfo Hansen, em A sátira e o engenho.
A vinculação total de uma postura anárquica do eu-biográfico ao eu-lírico de seus poemas, este totalmente
original e afastado das convenções poéticas de seu tempo.
Assinale a alternativa que apresenta um tema que não é comum à lírica amorosa e filosófica de Gregório de Matos:
Em Literatura, um grupo de escritores, no século XVIII, defendeu o bucolismo, a necessidade de revalorização da vida
simples, em contato com a natureza. Estamos fazendo referência aos escritores do:
REALISMO, fugindo às exibições subjetivas e mantendo a neutralidade diante daquilo que era narrado; as
referências à natureza eram feitas em terceira pessoa.
BARROCO, movimento que valorizava a tensão de elementos contrários, celebrando Deus ou as delícias da
vida nas formas da natureza.
ROMANTISMO, para quem encontrar-se com a natureza significava alargar a sensibilidade.
SIMBOLISMO quando estes escritores se mostravam mais emotivos, transformando as palavras em símbolos
dos segredos da alma. A natureza era puro mistério.
ARCADISMO, propondo um retorno à ordem natural, como na literatura clássica, na medida em que a natureza
adquire um sentido de simplicidade, harmonia e verdade.
No século XVIII, registra-se um período estético batizado com três nomes diferentes. Assinale a alternativa que correta
sobre as diferentes denominações do período:
A tensão do eu-lírico se manifesta pelo conflito entre os desejos da carne e a salvação da alma.
O contraste entre a alma delicada e refinada do poeta e a rusticidade do ambiente da terra natal aponta para o
desejo de segurança e a necessidade de adequação
O eu-lírico expressa a delegação da voz poética aos pastores
O poeta se identifica com a natureza de sua terra natal, procurando representá-la, no entanto, de maneira
idealizada.
A referência à natureza exótica é um traço romântico denominado cor local
Priorizou o dualismo como forma de representar os dilemas metafísicos do homem num contexto bucólico.
Desenvolveu-se no segundo século de nossa história literária, procurando combater o barroco decadente.
Denominou-se também como Neoclassicismo e contextualizou-se historicamente na Inconfidência Mineira.
Apresentou como principais escritores Claudio Manoel da Costa, Bento Teixerira e Tomás Antônio Gonzaga.
Apresentou como característica peculiar o retorno mitológico cristão, reforçando, dessa maneira, o equilíbrio
artístico por meio da nacionalidade.
a inspiração, que brota harmoniosa da natureza arcádica, é perturbada pela realidade das águas turvas dos
rios em mineração
a harmonia dos versos arcádicos é embalada pelo som dos ribeiros de sua terra, graças à mineração que
Ihes turva as águas.
a beleza natural dos rios da Arcádia e dos de sua terra é afetada pela ambição econômica, que perverte a
uns e a outros.
é preciso esquecer a harmonia dos versos arcádicos, em vista da beleza maior dos inspiradores rios de
mineração.
a natureza de sua região natal guarda harmoniosa correspondência com a da Arcádia.
Texto II
O texto I é barroco; o texto II é arcádico. Comparando-os, é possível afirmar que os árcades optaram por uma expressão:
que aprofunda o naturalismo da expressão barroca, fazendo que o poeta assuma posição eminentemente
impessoal.
impessoal e, portanto, diferenciada do sentimentalismo barroco, em que o mundo exterior era projeção do caos
interior do poeta.
em que a quantidade de metáforas e de torneios de linguagem supera a tendência denotativa do Barroco.
em que predominam, diferentemente do Barroco, a antítese, a hipérbole, a conotação poderosa.
despojada das ousadias sintáticas da estética anterior, com predomínio da ordem direta e de vocábulos de uso
corrente.
No Prólogo ao leitor, Cláudio Manuel da Costa faz algumas considerações sobre o seu livro de poemas Obras Poéticas
de Glauceste Satúrnio. Assinale a alternativa que indica a afirmação correta sobre o trecho transcrito:
"Sem te apartares deste mesmo volume, encontrarás alguns lugares que te darão a conhecer como talvez me não é
estranho o estilo simples, e que sei avaliar as melhores passagens de Teócrito, Virgílio, Sanazaro e dos nossos Miranda,
Bernardes, Lobo, Camões etc."
O ideal do "carpe diem" se verifica como ideal clássico retomado nos poemas.
O trecho informa que o princípio da linguagem rebuscada é o ideal perseguido pelo poeta.
Aula 8
Bem creio que te não faltará que censurar nas minhas Obras, principalmente nas Pastoris onde (...) te não há de
agradar a elegância de que são ornadas.
O trecho foi extraído do Prólogo ao Leitor do livro Obras Poéticas de Glauceste Satúrnio.
Assinale a alternativa que apresenta a explicação para as desculpas antecipadas do autor:
"Quem deixa o trato pastoril amado/ Pela ingrata, civil correspondência,/ Ou desconhece o rosto da violência,/ Ou do
retiro a paz não tem provado./ Que bem é ver nos campos transladado/ No gênio do pastor, o da inocência!/ E que mal é
no trato, e na aparência/ Ver sempre o cortesão dissimulado!/ Ali respira amor sinceridade;/ Aqui sempre a traição seu
rosto encobre;/ Um só trata a mentira, outro a verdade./ Ali não há fortuna, que soçobre;/ Aqui quanto se observa, é
variedade:/ Oh ventura do rico! Oh bem do pobre!" (Claudio Manuel da Costa)
Na primeira estrofe de um dos sonetos de Cláudio Manuel da Costa, lemos: "Destes penhascos fez a natureza O berço,
em que nasci! oh quem cuidara, Que entre penhas tão duras se criara Uma alma terna, um peito sem dureza!" Assinale a
alternativa INCORRETA acerca da análise do poema:
A antítese entre as expressões que indicam ¿dureza¿ e ¿ternura¿ pode ser considerada uma
herança barroca
A menção à paisagem rochosa é típica do Arcadismo
A presença da rocha aponta nele para um anseio profundo de encontrar alicerce.
A menção à natureza rústica da paisagem se contrapõe à alma terna do artista.
A referência à paisagem brasileira, as rochas, significa um aspecto diferenciado em relação à
estética neoclássica
(FUVEST-SP) Assinale a alternativa que apresenta dois poetas que participaram da Inconfidência Mineira.
"Ouvi pois o meu fúnebre lamento/ Se é que de compaixões sois animados:/ Já vos vistes que aos ecos magoados/ Do
trácio Orfeu parava o mesmo vento;/ Da lira de Anfião ao doce acento/ Se viram os rochedos abalados/ Bem sei que de
outros Gênios o destino,/ Para cingir de Apolo a verde rama,/ Lhes influiu na lira estro divino/ O canto, pois, que a
minha voz derrama,/ Porque ao menos o entoa um Peregrino,/ Se faz digno entre vós também de fama."
O verso que melhor se caracteriza pelo eu-lírico pedindo à natureza que o ouça é:
"Onde estou? Este sitio desconheço: / Quem fez tão diferente aquele prado? / Tudo outra natureza tem tomado, E em
contemplá-lo, tímido, esmoreço. / Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço / De estar a ela um dia reclinado; / Ali em
vale um monte está mudado: / Quanto pode dos anos o progresso! /"
Campo degradado
Vida urbana amena
Subjetividade clássica
Poética amorosa
Individualismo romântico
Assinale a alternativa que aponta um traço temático do arcadismo presente no poema de Cláudio Manoel da
Costa abaixo transcrito:
XIV
o Romantismo, embora tenha refugado os rigores do formalismo neo-clássico, tomou por base o sentimentalismo
originário desse movimento estético.
o Romantismo negou os rigores da expressão clássica e lusitana, mas incorporou a tradição literária da poesia
colonial.
a expressão exata, contida, que busca os limites do essencial, é traço da literatura colonial brasileira e dos
primeiros movimentos estéticos pós-Independência.
o Arcadismo, buscando simplicidade, se opôs à expressão intrincada a aos excessos do cultismo do Barroco.
o Barroco se esforçou por alcançar uma expressão rigorosa e comedida, a fim de espelhar os grandes conflitos do
homem.
Aula 9
O texto tem traços que caracterizam o período literário ao qual pertence. Uma qualidade patente nesta estrofe é:
o regionalismo
o nacionalismo
o indianismo
o bucolismo
o misticismo
"Verde o lume dos olhos, pasma e treme,/ Pálida a cor, o aspecto moribundo,/ Com a mão já sem vigor, soltando o
leme,/ Entre as salsas escumas desce ao fundo:/ Mas na onda do mar, que irado freme,/ Tornando a aparecer desde o
profundo:/ "Ah! Diogo cruel!" disse com mágoa/ E sem mais vista ser, sorveu-se n'água."
Na estrofe acima, extraída do canto IV do poema Caramuru de Santa Rita Durão, a índia Moema prefere morrer a viver
sem o amado, Diogo Álvares, que prefere outra e a ignora. Analisando esse trecho, é possível perceber a antecipação
de características do:
Barroco.
Realismo.
Romantismo.
Arcadismo.
Parnasianismo.
Poema satírico sobre os desmando administrativos e morais imputados a Luís da Cunha Menezes, que governou a
Capitania das Minas de 1783 e 1788:
Marília de Dirceu
Vila Rica
Fábula do Ribeirão do Carmo
O Uruguai
Cartas Chilenas
(FMTM/MG)
Como sugerem os versos acima, a celebração da vida campestre e o culto à Natureza são próprios da estética:
parnasiana.
arcádica.
modernista.
simbolista.
romântica.
A delegação da voz poética é um expediente bastante característico do Arcadismo. Os poetas davam ao eu lírico o nome
de um pastor lendário. Assim, Cláudio Manuel da Costa era Glauceste Saturnio e Tomás Antônio Gonzaga era Dirceu.
Sobre os poemas de Gonzaga é correto afirmar:
um coração, e basta,
Demonstram:
(UFV-MG)
Um pouco meditemos
No regular beleza,
A sábia natureza.
Todas as alternativas apresentam uma característica temática do Arcadismo utilizada por Gonzaga nos versos acima,
EXCETO:
O emprego de uma linguagem poética cheia de simplicidade faz parte da retórica neoclássica.
A poesia da Arcádia transforma o campo num bem perdido
O árcade adota uma personalidade fictícia, um estado pastoril.
O poeta busca motivos bucólicos, com sensualismo e subjetivismo exagerados
a vida em contato com a natureza é revalorizada
Aula 10
Sentimentos como o patriotismo, o nacionalismo e o reformismo são temas constantes das obras da época, assim como a
valorização da natureza, que tanto pode ser a expressão dos sentimentos do artista ou a natureza exótica, representada
por florestas e terras selvagens. Assinale a alternativa INCORRETA a respeito dos temas do Romantismo:
O Romantismo foi um período muito rico e nele podemos encontrar aspectos variados, mas que guardam um ponto em
comum. Assinale a alternativa que indica esse ponto comum às diversas correntes do período romântico:
Patriotismo.
Objetividade.
Melancolia.
Visão emotiva e subjetiva.
Nacionalismo.
Para Antônio Candido, o Brasil, como uma nação que se tornara independente, deveria manifestar esse espírito na
criação artística. Assinale a alternativa CORRETA a respeito do papel da literatura na época, segundo a percepção de
Candido:
O empenho em traduzir as tendências vindas de fora fez-se sentir na adaptação dos temas à realidade e à paisagem
brasileira, de forma que a presença de elementos da natureza se tornou uma exigência para se considerar a obra
visceralmente pertencente à literatura de nossa terra. Assinale a alternativa que indica CORRETAMENTE esse traço:
Cor local
Bucolismo
Cultismo
Subjetivismo
Arte pela arte
Assinale a alternativa em que se encontra característica do movimento literário ao qual se dá o nome de Romantismo:
primado do sentimento
subjetivismo
culto à natureza
objetivismo
pessimismo
UM ÍNDIO
Um índio descerá de uma estrela colorida brilhante de uma estrela que virá numa velocidade estonteante e pousará no
coração do hemisfério sul na américa num claro instante (...) virá impávido que nem muhammad ali virá que eu vi
apaixonadamente como peri virá que eu vi tranqüilo e infalível como bruce lee virá que eu vi o aché do afoxé filhos de
Ghandi virá (Caetano Veloso)
O trecho anterior mostra, com uma visão contemporânea, determinado tipo de tratamento dado ao índio brasileiro em
certo período de nossa literatura. Assinale a alternativa em que aparecem os nomes de dois autores que manifestaram tal
tendência
culto ao fantástico
nacionalismo
fantasmagórico
pessimismo
mal do século
SIMULADO I
O autor manifesta, por meio de seu estilo, a distribuição de papéis dentro de uma sociedade e a ideologia que
sustenta a divisão de classes.
A obra literária é a expressão do "espírito do autor".
A história da literatura é um processo de recepção e produção estética que se realiza na atualização dos textos
literários por parte do leitor que os recebe, do escritor, que se faz novamente produtor, e do crítico, que sobre eles
reflete.
Há duas atitudes dominantes entre os analistas da Literatura: a primeira que considera a obra a expressão de seu
tempo; a segunda, que prefere apreender a obra como um universo fechado.
Os fatos são determinantes para as manifestações literárias.
2a Questão (Ref.: 201505251509) Acerto: 1,0 / 1,0
Assinale a alternativa que indica o ponto de partida para os estudos de Literatura Brasileira em nosso país:
A publicação de "Suspiros poéticos e saudades" de Gonçalves de Magalhães, em 1836
"Bosquejo da história da poesia e língua portuguesa", publicado em 1826, por Almeida Garret
TEXTO 1
(...) Os diabos têm nomes tupis (Saraiúva, Aimbirê, Guaixará) e surgem em cena pintados de vermelho, emplumados e
tatuados, falam tupi, fumam e se embriagam, declaram-se antropófagos e assassinos, adúlteros e luteranos.
(STEGAGNO-PICCHIO, Luciana. História da literatura brasileira. 2.ed.rev. e atualizada. Rio de Janeiro: Nova Aguilar,
2004. p.79)
TEXTO 2
Aculturar é também traduzir (BOSI, Alfredo. Dialética da colonização. 3.ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1994. p.
65)
trata-se do mecanismo criado por José de Anchieta para introduzir a simbologia cristã nos autos,
adaptando os elementos da cultura indígena
os trechos fazem referência às aventuras vividas por Hans Staden
é uma referência ao Diálogo sobre a conversão do gentio, de Manoel de Nóbrega, em que analisa a cultura
indígena de forma preconceituosa.
constituem observações acerca da Carta de Pero Vaz de Caminha e os ideais de catequese.
referem-se aos textos poéticos escritos por Gândavo para narrar os feitos heróicos dos indígenas
7a Questão (Ref.: 201504584553) Acerto: 1,0 / 1,0
Duas poéticas foram percebidas no Barroco, algumas vezes aparecem combinadas nos poemas de Gregório de Matos e
nos sermões de Vieira. São elas:
antítese e conceptismo
cultismo e conceptismo
renascimento e rococó
cultismo e parenética
epopéia e poesia encomiástica
8a Questão (Ref.: 201504621498) Acerto: 1,0 / 1,0
Duas poéticas foram percebidas no Barroco, algumas vezes aparecem combinadas nos poemas de Gregório de Matos e
nos sermões de Vieira. São elas:
renascimento e rococó
cultismo e conceptismo
cultismo e parenética
antítese e conceptismo
epopéia e poesia encomiástica
9a Questão (Ref.: 201505114877) Acerto: 1,0 / 1,0
Os sermões do Padre Antonio Vieira no Brasil tinham como meta principal:
A defesa dos índios que eram perseguidos pelos colonizadores para executar o trabalho escravo.
Atacar os pregadores que se preocupavam com a beleza formal e a retórica, seguindo o Cultismo.
A luta pela resignação do escravos negros no Brasil para cumprir as tarefas que lhes designavam.
Levar o povo e a colônia a lutar contra os invasores holandeses que ameaçavam ocupar o Nordeste do Brasil.
Governar um Império luso e católico, respeitado por todo o mundo e servido pelo zelo do rei, da nobreza, do
clero.
10a Questão (Ref.: 201505114871) Acerto: 1,0 / 1,0
O Poema "Prosopopeia" foi escrito por
...o conceito de cânon implica um princípio de seleção (e exclusão) e, assim, não se pode desvincular da questão do
poder: obviamente, os que selecionam (e excluem) estão investidos da autoridade para fazê-lo e o farão de acordo com
os seus interesses (isto é: de sua classe, de sua cultura, etc). ( REIS, Roberto. Cânon. In: Palavras da crítica. JOBIM,
José Luis (org).Rio de Janeiro: Imago, 1992. p. 70)
o cânon de uma literatura é o resultado de um processo seletivo instaurado por uma instância
de poder
o cânon indica os autores que não comungavam dos mesmos ideais estéticos de seus pares
não foi publicada no Brasil, pois em 1888 ainda não era permitido o funcionamento de gráficas
desconhece a importância da literatura portuguesa para a formação da literatura brasileira
escrita em Portugal, considera a literatura produzida no Brasil como parte da literatura portuguesa
menciona a literatura portuguesa como parte da literatura brasileira
foi a primeira obra publicada que estuda a literatura brasileira separada da literatura portuguesa
a
4 Questão (Ref.: 201505186395) Acerto: 0,0 / 1,0
Para estudarmos a literatura brasileira, deparamo-nos com a questão de sua origem, ou seja, indagamo-nos sobre a partir
de qual momento devemos começar a considerar literários os textos escritos em nossas terras. No entanto, essa
indagação leva a outro problema: o que é literatura? Os dois teóricos mais reconhecidos nos estudos de história de
literatura brasileira compreendem o objeto de seu estudo de forma diferente. Assinale a alternativa que apresenta a
definição dos primeiros textos literários brasileiros segundo Antônio Candido e a correta justificativa:
Candido classifica os textos publicados nos primórdios da colonização como uma imitação da literatura
francesa, pois havia muitas invasões no Nordeste nesse período.
Candido classifica os primeiros textos como manifestações literárias porque já repercutem de maneira
expressiva nos países europeus
Candido entende que os primeiros textos escritos aqui são manifestações literárias, mas não propriamente
literatura, porque essa é definida por um sistema ligado por denominadores comuns.
Candido compreende que havia aqui, no período colonial, manifestações literárias e, por isso, literatura,
porque havia todo o sistema necessário a sua criação e divulgação.
Candido afirma que os textos escritos nos primeiros séculos não são literatura, pois não havia quem soubesse
lê-los.
5a Questão (Ref.: 201504584550) Acerto: 1,0 / 1,0
Em relação aos Autos de José de Anchieta, NÃO se pode afirmar:
Terem os romanos e outros mais gentios mais polícia que estes não lhes veio de terem naturalmente melhor
entendimento, mas de terem melhor criação e criarem-se mais politicamente. ((BOSI, Alfredo. Dialética da colonização.
3.ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1994. p. 67)
A independência do Brasil foi o panorama ideal para as sátiras às relações sociais do período.
O ambiente de reflexão sobre os referenciais clássicos foi propício à criação de obras em que sobressai a
tranquilidade e o apego à vida no campo.
O cenário político e econômico de viagens e descobertas fomentou a literatura voltada para o
sentimentalismo amoroso.
O Iluminismo incentivava a divagação reflexiva sobre a sociedade e suas relações de poder.
O contexto europeu de guerras e da Contrarreforma produziu um ambiente de tensões e de medo, refletido
nas obras da época.
8a Questão (Ref.: 201505251516) Acerto: 0,0 / 1,0
A expressão "ecos do Barroco", criada por Bosi, define a presença da estética barroca na literatura brasileira. Assinale a
alternativa que indica a correta explicação para o termo:
Os autores brasileiros apenas escreveram textos conceptistas, ignorando o cultismo como estética barroca.
O Barroco não foi um movimento expressivo, nem contou com autores brasileiros.
Os nossos autores sofreram a influência da península ibérica, além disso aqui não havia a configuração do
Barroco propriamente dito.
Barroco.
Modernismo.
Arcadismo.
Pré-modernismo.
Naturalismo.
SIMULADO III
os acontecimentos históricos
o estilo
o ato de leitura
a biografia do autor
a recepção crítica
2a Questão (Ref.: 201504621484) Acerto: 0,0 / 1,0
Leia o trecho de Afrânio Coutinho que se segue e assinale a alternativa que apresenta a correta interpretação:
"Com ser de natureza estética, o fato literário é histórico, isto é, acontece num tempo e num espaço determinados. Há
nele elementos históricos que o envolvem como uma capa e o articulam com a civilização(...); e elementos estéticos que
constituem o seu núcleo..."
"Minha terra tem palmeiras "onde canta o tico-tico. Enquanto isso o sabiá vive comendo o meu fubá." (Cacaso)
"Lá longe meu pai campeava/ no mato sem fim da fazenda. /E eu não sabia que minha história/ era mais bonita
que a de Robinson Crusoé" (Carlos Drummond de Andrade)
"João amava Teresa que amava Raimundo/ que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili/ que não amava
ninguém./ João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento" (Carlos Drummond de Andrade)
"Estou farto do lirismo comedido / Do lirismo bem comportado / Do lirismo funcionário público com livro de
ponto expediente protocolo e manifestações /de apreço ao sr. diretor." (Manuel Bandeira)
"Tire a faca do peito e o medo dos olhos Ponha uns óculos escuros e saia por aí. Dando bandeira" Bernardo
Vilhena
4a Questão (Ref.: 201505114720) Acerto: 0,0 / 1,0
O trecho da História da Província de Santa Cruz, de Pero Magalhães Gandavo, "Primeiramente tratarei da planta e raiz
de que os moradores fazem seus mantimentos que la comem em logar de pão. A raiz se chama mandioca, e a planta de
que se gera he de altura de hum homem pouco mais ou menos... " , se caracteriza por apresentar:
"Documento obtido pelo WikiLeaks e divulgado nesta quarta-feira (29/06/11) mostra que, na época da visita do papa
Bento XVI ao Brasil, em 2007, o Vaticano estava preocupado com o crescimento dos evangélicos no país e recebeu
críticas do Monsenhor brasileiro Stefano Migliorelli, que questionou a entidade sobre a falta de padres na América
Latina." (trecho extraído de www.uol.noticias/internacional -29/06/11)
Tomando por base o trecho da reportagem, podemos remeter nosso pensamento para a Escola Barroca da Bahia com a
forte presença no Brasil do(s)/da(s):
da Frota Armada
da Companhia de Jesus
das condições precárias de vida
do estilo literário
dos soldados portugueses
7a Questão (Ref.: 201505114735) Acerto: 0,0 / 1,0
O contexto histórico em que o Barroco floresceu foi o do século:
Pois é possível, Senhor, que hão de ser vossas permissões argumentos contra vossa Fé? É possível que se hão de
ocasionar de nossos castigos blasfémias contra vosso nome?! Que diga o herege (o que treme de o pronunciar a língua),
que diga o herege, que Deus está holandês?! Oh não permitais tal, Deus meu, não permitais tal, por quem sois! Não o
digo por nós, que pouco ia em que nos castigásseis; não o digo pelo Brasil, que pouco ia em que o destruísseis; por vós o
digo e pela honra de vosso Santíssimo Nome, que tão imprudentemente se vê blasfemado: "Propter nomen tuum". Já que
o pérfido calvinista dos sucessos que só lhe merecem nossos pecados faz argumento da religião, e se jacta insolente e
blasfemo de ser a sua verdadeira, veja ele na roda dessa mesma fortuna, que o desvanece, de que parte está a verdade.
(Padre Antônio Vieira - fragmento do sermão do bom sucesso das armas de Portugal contra a Holanda)
Nesse famoso sermão proferido em prol de Portugal e usando técnicas do conceptismo, Padre Vieira "dialoga" e tenta
convencer:
os jesuítas
o próprio Deus
o rei
o povo
os mentores intelectuais
PROVA – AV
PROVA - AVS