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1. Introdução............................................................................................................................ 4
Há vários anos que é recorrente o governo de Moçambique, através da sua força policial,
limitar ilegalmente o exercício do direito à manifestação pacífica pelos cidadãos ou diferentes
grupos sociais, por violação dos seus direitos e interesses legalmente reconhecidos ou contra a
má gestão da coisa pública. A manifestação do tipo marcha na via pública é praticamente a
mais temida pela Administração Pública.
Perante esta situação, é curioso e notório a injustificada inércia das instituições de justiça
relevantes nesta matéria, o que é problemático, preocupante, na medida em que perpetua a
impunidade das autoridades policiais e civis que violam o direito à liberdade de reunião e
manifestação e outros direitos humanos neste contexto.
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1.1 Objectivos
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2. O direito a liberdade de reunião e manifestação: o caso de Moçambique
De acordo com o disposto no artigo 51 da Constituição da República de Moçambique
(CRM): “Todos os cidadãos têm direito à liberdade de reunião e manifestação nos termos da
lei.” O que significa que se trata de um direito fundamental que é directamente aplicável,
vincula as entidades públicas e privadas, deve ser garantido pelo Estado e deve ser exercido
no quadro da Constituição e das leis, conforme se depreende do n.º 1 do artigo 56 da CRM.
O exercício do direito à manifestação está regulado na Lei n.º 9/91, de 18 de Julho (Lei das
Manifestações) e na Lei n.º 2/2001, de 7 de Julho que altera alguns artigos da Lei das
Manifestações.
A manifestação tem por finalidade a expressão pública de uma vontade sobre assuntos
políticos e sociais, de interesse público ou outros.” É o que dispõe o n.º 3 do artigo 2 da Lei
das Manifestações. Trata-se, pois, de exercício de um direito que serve como um meio de
supervisão da Administração Pública ou da actividade do Estado pelo cidadão e é exercida
nos processos de planeamento, acompanhamento, monitoramento e avaliação das acções de
gestão pública e na execução das políticas e programas públicos, visando o aperfeiçoamento
da gestão pública à legalidade e justiça e respeito pelos direitos humanos. A manifestação é,
indubitavelmente, pressuposto do princípio constitucional da participação democrática dos
cidadãos na vida pública.
Nos termos do n.º 1 do artigo 3 da Lei das Manifestações; “Todos os cidadãos podem,
pacífica e livremente, exercer o seu direito de reunião e de manifestação sem dependência de
qualquer autorização nos termos da lei.” Desta disposição resulta clara e expressamente que a
manifestação não carece de qualquer autorização. O que significa que não há necessidade de
formular pedido para realização da manifestação à nenhuma autoridade pública ou privada.
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Todavia, aqueles que pretendem realizar manifestação do tipo marcha, desfile ou cortejo em
lugares públicos ou abertos ao público devem informar nesse sentido, avisando ou
comunicando, por escrito, essa pretensão com antecedência mínima de quatro dias úteis, as
autoridades civis e policiais da área em questão. É o que determina o n.º 1 do artigo 10 da Lei
das Manifestações. Cumpridas essas formalidades, que também são questionáveis à luz das
garantias constitucionais dos direitos e liberdades fundamentais, as autoridades civis e
policiais devem garantir o livre exercício da manifestação pacífica e não procurar artimanhas
sem cobertura legal para impedir, a todo o custo, a realização da manifestação. (artigo 8 da
Lei das Manifestações).
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3. Considerações finais
O objectivo desta pequisa foi analisar o direito a liberdade de reunião e manifestação: o caso
de Moçambique. De acordo com o disposto no artigo 51 da Constituição da República de
Moçambique (CRM): “Todos os cidadãos têm direito à liberdade de reunião e manifestação
nos termos da lei.” O que significa que se trata de um direito fundamental que é directamente
aplicável, vincula as entidades públicas e privadas, deve ser garantido pelo Estado e deve ser
exercido no quadro da Constituição e das leis, conforme se depreende do n.º 1 do artigo 56 da
CRM.
A manifestação tem por finalidade a expressão pública de uma vontade sobre assuntos
políticos e sociais, de interesse público ou outros.” É o que dispõe o n.º 3 do artigo 2 da Lei
das Manifestações.
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Referências Bibliográficas