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UnISCED
Universidade Aberta ISCED
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Índice
1. Introdução......................................................................................................................3
1.1. Objectivos..............................................................................................................3
1.1.1. Geral........................................................................................................................3
1.1.2. Específicos...........................................................................................................3
1.1.3. Metodologia.............................................................................................................3
Conclusão..........................................................................................................................9
Referencias Bibliograficas...............................................................................................10
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1. Introdução
Sempre que o Estado observar que os exercícios dos direitos fundamentais estão a ser
ameaçados, deve intervir de imediato de forma a garantir que esses direitos estejam
assegurados. A intervenção um dever de protecção do Estado, que corresponde a um
direito à protecção ou mesmo à segurança como direito fundamental autónomo
expressamente reconhecido.
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
Compreender o Direito a liberdade de reunião e manifestação: o caso de
Moçambique
1.1.2. Específicos
Descrever o Direito a liberdade de reunião ;
Falar da manifestação: o caso de Moçambique;
Explicar o direito a liberdade;
1.1.3. Metodologia
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2. A liberdade de reunião e manifestação
Para OLIVEIRA (2016, p. 397), “a história dos direitos fundamentais, de certa forma é
também a história da limitação do poder”. Por outro lado, GOUVEIA (2007, p. 1007),
aborda que os direitos fundamentais enquanto direitos constitucionais “têm finalidades
de proteger a pessoa humana, ao mais alto nível e com todas as garantias que são
apanágio da força deste ramo jurídico. Neste sentido, podemos definir o direito
fundamental segundo a opinião da (ROBALO, 2018, p. 117), como “conjunto de
posições jurídicas subjectivas, com efeito erga omnes, considerados como indisponíveis,
jusnaturais, inalienáveis intemporais, pelo feito éticojurídico que representam na
essência de qualquer comunidade”.
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documento mais importante na matéria do direito, que provem da contestação ao regime
absolutista e que em 1215 na Inglaterra “o REI JOÃO SEM-TERRA assinou a Magna
Carta Libertatum”, segundo relata DANFÁ (2021, p. 9). O documento assegurava
“direito da igreja de estar livre da interferência do governo, direito de todos os cidadãos
livres possuírem e herdarem propriedades, e serem protegidos de impostos excessivos e
estabeleceu os princípios de processos devidos e igualdade perante a lei” (Unidos Pelo
Direito Humanos, 2021). É sem dúvida um dos primeiros documentos que
historicamente limitou o poder das autoridades (SILVA, 2013). O surgimento da Magna
Carta foi um marco histórico na Inglaterra no que toca a matéria associada aos direitos
humanos. Essa Magna Carta ainda não era abrangente, ou seja, só era benéfica apenas
umas certas classes de pessoa e só “entre 1647 e 1649 surge o Agreement of the People,
que formula direito e liberdade individuais básico que vão alem dos direitos já
existentes e deveriam ser respeitados tanto pelo monarca como pelos parlamentares”
(CARVELLI e SCHOLL, 2011, p. 177). Nesses direitos era evidente observar o direito
“da liberdade de religião, liberdade de consciência, da liberdade de não ser obrigado a
serviço militar, na amnistia ao partidário do parlamento e da igualdade de todos perante
a lei” (DANFÁ, 2021, p. 9).
No que tange ao direito de reunião e manifestação, o mesmo não centraliza apenas num
agrupamento de pessoas num lugar público ou aberto ao público e privado, mas sim,
agrega o exercício de um direito de liberdade e natureza pessoal. Posto isso, o exercício
do direito de reunião e de manifestação públicas podem ser realizados tanto no lugar
público ou aberto ao público e privado. Segundo (CANOTILHO & MOREIRA, 1993,
p.253), o direito de reunião e de manifestação sendo um direito geral de pessoa “estão
vinculados funcional e teleologicamente, a formação da opinião pública que, por sua
vez, constitui um pressuposto necessário do Estado de direito democrático.
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O regime jurídico do direito de reunião e de manifestação está consagrada no disposto
do n º 1 e 2, do art.º 33º da CRDSTP, em que cuja epígrafe retrata (Direito de reunião e
de manifestação). Para o nº 1, “os cidadãos têm o direito de se reunir, pacificamente e
sem armas, mesmo em lugares abertos ao público”, e referente ao nº 2, é dito que “a
todos cidadãos é reconhecido o direito de manifestação, nos termos da lei”. Por outro
lado, houve necessidade de criar um diploma na qual pudesse regular o livre exercício
do direito de reunião e de manifestação. Decerto que, era necessário estabelecer limites
para assegurar o bom funcionamento desse direito. Neste termo, o Estado cria a Lei nº
3/93, de 23 de Abril, que vem regular o livre exercício desse direito fundamental dos
cidadãos consagrado no art.º 33º da CRDSTP.
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prolongar-se para além das 22 horas com exceção ao recinto fechados. Tal como expõe
VALENTE (2021), referindo que:
A reunião e manifestação tem sido um meio utilizado por cidadãos são-tomenses a fim
de fazer chegar aos órgãos do Estado o seu descontentamento. A preocupação mais
grave que se nota, é a forma que esse direito é utilizado tanto pelos manifestantes bem
como, pela força de segurança no exercício das suas funções. E isso tem sido um
problema, principalmente ao nível securitário.
É de frisar que, num Estado de direito democrático a polícia tem como função “garantir
a ordem, segurança e tranquilidade pública, proteger pessoas e bens, prevenir e reprimir
a criminalidade, contribuir para assegurar o normal funcionamento das instituições
democráticas, o regular exercício dos direito, liberdades e garantias fundamentais dos
cidadãos e o respeito pelas legalidades democráticas” (ELIAS, 2018, p. 23).
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o direito de reunião e de manifestação pública trouxe grandes desafios para o sistema
estratégico da PNSTP, bem como para a nossa sociedade. Por conseguinte, o exercício
deste direito trouxe consequências pesadas em que culminou com vítimas mortais bem
como danos materiais e impossibilitando o normal funcionamento das instituições
estatais (CM, 2019). Neste contexto, “a polícia é cada vez mais um árbitro que, face a
mutação de valores e à conjuntura social global, necessita de legitimar a sua ação,
sobretudo perante forma mais fluidas, tecnológicas e dinâmicas de manifestação e
protesto” (ELIAS, 2018, p. 99).
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Conclusão
Contudo, conclui-se que Para prossecução deste direito de liberdades e garantias dos
cidadãos, a PNSTP surge como órgão dotado de discricionariedade, cuja tarefa é a
defesa e garantias dos direitos dos cidadãos são tomenses. Independentemente do
regime político vigente (exceto ao regime ditatorial) no país ou do partido político em
vigor, a polícia tem como dever representar o Estado nos interesses que a seu ver são
indispensáveis na sua defesa. Em virtude disto, devem as autoridades administrativas e a
polícia zelar pela ordem pública e tomar todas as medidas positivas necessárias para a
protecção dos promotores e intervenientes durante o evento, e atentar a qualquer ato
hostil por parte de terceiros que tentem perturbar ou impedir a sua realização.
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Referencias Bibliograficas
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