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Universidade Lúrio
Evelina Mepula
Adelaide Trindade
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ÍNDICE
1. Introdução ................................................................................................................... 4
4. Conclusão ................................................................................................................ 11
5. Referencias ............................................................................................................. 12
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1. Introdução
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2. O conflito - Perspectivas conceituais
uma divergência de perspectivas, percebida como geradora de tensão por pelo menos uma
das partes envolvidas no processo conflitual, e que pode ou não se traduzir numa
incompatibilidade de objetivos1.
Numa definição mais banal, que se pode consultar no dicionário Aurélio, o conflito é visto
como “choque”, “embate”, “luta”, “guerra”, “oposição”, “momento crítico”. Nestas
definições pode-se constatar que abrangem tanto as confrontações físicas como os
factores psicológicos, salientando sempre que se trata de acções antagónicas.
Deutsch4, um dos primeiros investigadores nesta área, defende que o conflito existe
sempre que surgem actividades incompatíveis uma acção incompatível com outra vem
obstruir, interferir e danificar ou, de alguma forma, fazer com que esta tenha menos
possibilidades de se efectuar.
Estas acções podem ter origens diversificadas. Quando envolvem uma só pessoa trata-se
de um conflito intrapessoal, entre duas ou mais pessoas é um conflito interpessoal, entre
grupos é um conflito intergrupal e quando o conflito é entre nações chama-se conflito
internações.
No mesmo sentido, Pruitt7 diz que o conflito consiste num episódio em que uma parte
influencia a outra ou um elemento comum, enquanto que a outra parte tenta resistir.
Torrego8, olha os conflitos como “situações em que duas ou mais pessoas entram em
oposição ou desacordo por as suas posições, interesses, necessidades, desejos ou valores
serem incompatíveis”
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Numa perspectiva psicossociológica, segundo COSTA2 os conflitos, traduzem-se em
bloqueios dos mecanismos normais da tomada de decisão, onde os indivíduos ou grupos
revelam ter dificuldades em escolher a acção a desenvolver.2
Deutsch e Coleman4, focando em Fischer, mencionam uma outra tipologia da origem dos
conflitos interpessoais, identificando as diferenças económicas de poder e de valores entre
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os indivíduos ou grupos como principais fontes de incompatibilidades, podendo levar ao
aumento dos conflitos interpessoais destrutivos. Quanto aos conflitos económicos, estes
firmam-se basicamente na competição existente entre as partes pela escassez de recursos.
Os conflitos, cujo motivo são os valores, estabelecem-se nas diferenças entre valores e
princípios das pessoas, ideologias ou formas de estar na vida. Os conflitos de poder
podem originar-se quando uma das partes pretende influenciar e controlar a outra.
Numa segunda categorização, Moore8 descreve cinco tipos de conflitos, sendo eles:
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procedimentos (a forma como o conflito deve ser resolvido), e aspectos psicológicos
(percepções de respeito, honestidade, confiança, desejo de partilhar ).
• Conflitos estruturais – estes conflitos ocorrem devido a forças opressivas externas
aos indivíduos envolvidos no conflito (escassez de recursos físicos; condições
geográficas, como distância ou proximidade; tempo longo ou demasiado restrito).
• Conflitos de valores – estes conflitos ocorrem quando as crenças dos intervenientes
são incompatíveis ou percebidas como tal. Só se dá o conflito quando uma das partes
tenta impor os seus valores/crenças à outra.
3. Estratégias de gestão e resolução de conflitos
Para que seja possível a prevenção de conflitos e deste modo potencializar relações
saudáveis, a ONU5, estabelece algumas recomendações:
Implica que o conflito pode ser resolvido quando são abordadas as suas causas essenciais.
Consequentemente, este conceito está associado a uma abordagem centrada na
identificação dessas causas profundamente enraizadas e na procura de soluções através
de um processo de resolução conjunta dos problemas
Refere-se aos esforços para evitar a eclosão da violência. A prevenção de conflitos deve
centrar-se, preferencialmente, não apenas na contenção de uma situação potencialmente
violenta, mas também no tratamento das causas fundamentais do conflito
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Tornou-se popular porque sugere que o objectivo não é apenas prevenir ou pôr fim a algo
nocivo. A Transformação de Conflitos defende a ideia de que o conflito pode ser um
catalisador de mudanças positivas, duradouras e profundamente enraizadas nas pessoas,
nas relações e nas estruturas das comunidades. Por conseguinte, a Transformação de
Conflitos refere-se a um processo que procura modificar todo o contexto do conflito. É
um processo que denota mudança ou transformação dos actores, dos problemas, das
regras, relações, percepções, comunicações e das causas estruturais dos conflitos de
formas não violentas.
3.5. Negociação
3.6. Mediação
3.7. Facilitação
3.8. Arbitragem
É uma forma de resolução de disputas na qual uma terceira parte decide o resultado da
disputa. Normalmente as partes designam o árbitro que tomará a decisão. A decisão do
árbitro pode ser vinculativa ou não vinculativa para as partes, dependendo do acordo
realizado antes do início do processo de arbitragem. A arbitragem não vinculativa é
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frequentemente utilizada para assistir as partes que se encontram num impasse em relação
a uma determinada questão. ONU8.
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4. Conclusão
Contudo, o conflito é um aspecto necessário e inevitável nas relações humanas, visto que
a sociedade é constituída por organizações sociais, grupos e indivíduos que possuem
percepções e perspectivas próprias da realidade que os circunda. Dado isto, o conflito
encontra-se presente na sociedade, uma vez que cada grupo e/ou indivíduo apresenta as
suas convicções, podendo estas colidir. Portanto uma boa gestão e prevenção de conflitos
é a procura constante pela reconciliação e paz. Todos aprendemos a reagir ao confronto,
à ameaça, à raiva e ao tratamento desigual. Algumas das nossas reacções adquiridas são
construtivas, mas outras podem agravar o conflito e aumentar a intensidade do perigo. A
forma que escolhemos para gerir o confronto baseia-se amplamente nas nossas
experiências passadas em lidar com o conflito e na nossa confiança em fazê-lo.
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5. Referencias
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