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Mudança.
Essas diferenças entre as pessoas não podem ser consideradas “boas” ou “más”.
Algumas vezes trazem benefícios ao grupo e ao indivíduo, outras vezes, trazem
prejuízos que reduzem a eficiência. Vistas por um prisma mais abrangente, essas
diferenças individuais podem ser consideradas desejáveis e valiosas, pois propiciam
riqueza de possibilidades, opções, diferentes maneiras de reagir a determinada situação
ou problema. Em um grupo de trabalho que não percebe essa riqueza, essas diferenças
trazem discordâncias de percepção de tarefas, metas, procedimentos, que podem
conduzir à discussões, tensões, insatisfações, conflitos abertos que ativam sentimentos
mais ou menos intensos, afetando a objetividade e o clima emocional do grupo.
O Conflito
Não há uma “fórmula mágica” para lidar com os conflitos e resolvê-los de forma
“correta”. Antes de pensar numa forma de lidar com o conflito é importante procurar
compreender a dinâmica do conflito e suas variáveis. Segundo Schmidt e Tannenbaum
(1972), três conjuntos de variáveis precisam ser considerados e examinados:
1. Evitar o conflito
2. Reprimir o conflito
Se a situação requer uma decisão ou solução rápida, pode ser mais fácil e prático
ignorar as divergências. Muitas vezes, a opção forçada circunstancialmente é por uma
solução prática e não pela “melhor solução”.
Uma outra maneira de analisar situações de conflito foi formulada por Blake e
Mouton (1970), tendo por base seu modelo de comportamento gerencial, a chamada
grade gerencial. Numa situação de conflito, a pessoa tem duas preocupações ou
orientações principais: as pessoas envolvidas e a produção de resultados, ou seja, a
resolução do conflito. De acordo com o grau de cada uma dessas orientações numa
escala de 1 a 9, podem ser identificados cinco estilos básicos de abordagem de conflitos:
Liderança e Propósito - Fred Kofman:
Colaboração x ajuda:
A colaboração não é a ajuda horizontal que se faz uns aos outros, como amigos
costumam fazer. A colaboração é trabalhar em conjunto na busca de atingir uma meta ou
objetivo em comum.
Pode ser que, em determinada situação, colaborar não seja ajudar um ao outro, e
sim continuar o seu trabalho.
2. Faça com que a outra pessoa saiba que você está ouvindo, concentrando
toda sua atenção nele ou nela (e não no celular), mantendo contato visual,
concordando com a cabeça e dizendo “hum-hum”. De vez em quando
encoraje a outra pessoa dizendo frases muito curtas como “Prossiga por
favor”, “Me conte mais” ou “Como foi isso para você?”
Além disso, Kofman argumenta que chegar ao sim é um processo contínuo, e que
os líderes precisam estar dispostos a ouvir as necessidades e perspectivas dos outros.
Mesmo quando elas são diferentes das suas. Ao colocar em prática essas estratégias, os
líderes podem desenvolver habilidades de negociação eficazes e resolver conflitos de
maneira mais eficaz.
A escuta apreciativa é uma importante habilidade para líderes, mas que nem
sempre é apropriado ou eficaz ouvir seus funcionários. Em algumas situações, os líderes
precisam tomar decisões rápidas e sem hesitação, e não há tempo para escutar todos os
pontos de vista. Além disso, Kofman argumenta que, em algumas situações, os
funcionários podem ter informações incompletas ou perspectivas distorcidas que possam
prejudicar a tomada de decisão.
Além disso, Kofman destaca que o gerente precisa ser um modelo para seus
funcionários. E ele faz isso mostrando habilidades de liderança, integridade e trabalho
em equipe. Ao fazer isso, o gerente pode criar um ambiente de trabalho onde as pessoas
se sintam motivadas e valorizadas, e onde a produtividade e o sucesso sejam
alcançados.
No livro “Mindset: A nova psicologia do sucesso”, autora afirma que existem dois
tipos de mindset, o fixo e o de crescimento . Todos nós temos os dois, só que usamos
cada um deles em diferentes momentos e intensidade.
- “Eu nasci assim eu cresci assim e sou mesmo assim, vou ser sempre
assim Gabriela, sempre Gabriela”
Quando adotamos um mindset, ingressamos num novo mundo. Num dos mundos
— o das características fixas —, o sucesso consiste em provar que você é inteligente ou
talentoso. Afirmar-se. No outro mundo — o das qualidades mutáveis —, a questão é
abrir-se para aprender algo novo. Desenvolver-se.
Num dos mundos, o fracasso está em encontrar uma adversidade. Tirar uma nota
baixa. Perder um torneio. Ser despedido do trabalho. Ser rejeitado. Isso quer dizer que
você não é inteligente nem talentoso. No outro mundo, o fracasso significa não crescer.
Não atingir as coisas a que você dá valor. O que quer dizer que você não está realizando
suas potencialidades.
Num mundo, o esforço é algo ruim. Assim como o fracasso, ele indica que você
não é inteligente nem talentoso. Se fosse, não precisaria fazer esforço. No outro mundo,
o esforço é o que torna você inteligente ou talentoso.
Você tem escolha. Os mindsets nada mais são do que crenças. São crenças
poderosas, mas são apenas algo que está em sua mente, e você pode mudar sua mente.
Enquanto lê, pense aonde gostaria de ir e que mindset pode levá-lo até lá.
Há coisas mais sérias a dizer, pois no mindset fixo não basta simplesmente ter
êxito. Não basta parecer inteligente e talentoso. É preciso ser praticamente perfeito, e é
preciso ser perfeito logo de saída.
“Quando alguma coisa é fácil para mim, mas outras pessoas não conseguem fazê-
la”.
“Quando é realmente difícil, e me esforço e realizo algo que não conseguia fazer
antes”.
Ou: “[Quando] me dedico a alguma coisa por bastante tempo e começo a entendê-
la”.
DWECK, Carol S.; DUARTE, Sérgio. Mindset: a nova psicologia do sucesso. Rio de
Janeiro: Objetiva, 2017. 310p. . ISBN 9788547000240.