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CENA 1: GRUPO DE AUTOAJUDA

Maycon levanta e coloca uma placa (Grupo de autoajuda) no centro do círculo.


Quando Maycon senta, inicia a fala.

Danubia: Eu me chamo Jéssica, e quero compartilhar com vocês que estou há 2 anos sem
conseguir um emprego. Eu sempre busquei cursos, atualizações, fazer networking, sempre
fui uma profissional muito ativa. Até que, há 2 anos atrás eu fui desligada da empresa na
qual eu trabalhava, até hoje não entendi o motivo, pois eu amava trabalhar lá (choro). E de
lá pra cá eu já fiz várias entrevistas, mas nunca consigo passar. Sinto que sou uma
profissional ruim, me sinto péssima e até uma solidão por todos que eu conheço estarem
trabalhando menos eu.
Ellen: Jéssica, eu quero compartilhar que eu também já fiquei um longo tempo
desempregada e me solidarizo com o seu momento. Quero te perguntar, qual é a sua área
de atuação?
Danúbia: Eu sou profissional de vendas e marketing.
Ellen: Ah que legal eu também sou dessa área e posso te indicar um curso muito bom que
fiz ano passado e me ajudou a conseguir um emprego.
Danúbia: Nossa, obrigada!
Janinha: Jéssica, meu esposo trabalha com Recursos Humanos, o que acha de me mandar
o seu currículo e eu pedir pra ele te apoiar nessa recolocação?
Danúbia: Nossa, seria ótimo! Muito obrigada mesmo! É muito bom poder falar sobre meus
sentimentos e ter o apoio de vocês!

FIM DA CENA 1: Maycon e Ellen puxam o debate sobre como funcionam os grupos de auto
ajuda.

CENA 2: GRUPO DE APOIO

July levanta e coloca uma placa (Grupo de Apoio) no centro do círculo.


Quando July senta, inicia a fala.

Liara: Olá, eu me chamo Mirela, sou psicóloga e vou conduzir esse nosso primeiro encontro
dos 7 programados no nosso calendário. Quem quer começar?
Maycon: Posso começar! Eu me chamo Robson, tenho 39 anos, sou alcoólatra há
aproximadamente 7 anos. Comecei a beber em barzinhos, começou com alguns happy
hours nas sextas, depois se estenderam pras quintas, quartas, terças e quando eu vi estava
bebendo todos os dias. Pra mim é muito difícil estar aqui, mas eu sei que existem mais
pessoas como eu que precisam de apoio também. Há 1 ano eu decidi parar de beber e
olhar mais para a minha família que por causa da bebida eu já estava perdendo. Hoje faz 1
ano que eu decidi parar de beber e venho lutando contra isso dia após dia contra esse vício.
Liara: Robson, e como você se sente agora?
Maycon: Eu me sinto bem, me sinto leve.
Liara: E você já descobriu qual o gatilho que te levou para a bebida?
Maycon: Sim, meu relacionamento conjugal nunca foi bem, então eu saia de casa para ficar
com os amigos bebendo e não ter que voltar pra casa.
Liara: Isso é bom, entender qual é o gatilho do vício é um bom caminho. Que bom que você
está há 2 anos sem beber e participa do nosso grupo. Saiba que no Brasil, quase 3% da
população brasileira acima de 15 anos de idade é considerada alcoólatra, segundo dados
da Organização Mundial da Saúde (OMS). A porcentagem pode parecer pequena, mas
representa mais de 4 milhões de pessoas. Então o que eu tenho pra dizer pra vocês é que
vocês não estão sozinhos e sempre há um caminho. O meu papel aqui é prestar apoio à
vocês com informações e orientações sobre o tema. Obrigado Robson por compartilhar sua
história conosco.
Quem é o próximo?...

FIM DA CENA 2: July e Janinha puxam o debate sobre como funcionam os grupos de auto
ajuda.

CENA 3: GRUPO DE DESENVOLVIMENTO

Ellen levanta e coloca uma placa (Grupo de Desenvolvimento) no centro do círculo.


Quando Ellen senta, inicia a fala.

Schirllei: Então eu vou explicar a tarefa para vocês. Aqui no Centro temos laços na cor azul
e rosa. A tarefa é que você escolha um laço e entregue para alguém do grupo como um
feedback. O laço azul você vai entregar para alguém que pra você, foi um presente aqui no
grupo, já o laço rosa, você deve entregar para quem aqui no grupo foi um presente de
“grego”, ou seja, alguém que você teve uma expectativa mas foi surpreendido de forma
negativa. Fiquem à vontade para começar.
July: Eu quero entregar o laço Azul para você, Helena, quero agradecer pela sua presença
e dizer que você foi um presente pra mim aqui nesse grupo. Eu me identifico muito com
você, admiro muito você e desde que entrei aqui pro grupo você tem me inspirado cada vez
mais a ser uma pessoa melhor. Muito obrigado, Helena.
Janinha: Eu quero entregar esse laço rosa pra Danubia…
Schirllei interrompe: Ela está aqui, fala pra ela!
Janinha: Eu quero entregar esse laço rosa pra você, Danubia. Desde quando você entrou
no grupo eu sinto você distante de todos. Vejo que nas atividades você sempre arranja uma
fuga para não participar e entendo que isso prejudica a todos nós. Então eu te dou esse
laço rosa como um pedido para que você se interaja mais conosco, para que a gente
comece a ter mais interações e se entregar mais aqui no grupo. É isso que eu espero de
você daqui pra frente.
Schirllei: O grupo falou sobre presença, entregas e comprometimento. Então eu deixo como
reflexão para que cada um pense como está a sua presença nesse grupo e finalizo aqui,
essa atividade com vocês.

FIM DA CENA 3: Schirllei e Danúbia puxam o debate sobre como funcionam os grupos de
auto ajuda.

CENA 4: GRUPO TERAPÊUTICO

Janinha levanta e coloca uma placa (Grupo de Terapêutico) no centro do círculo.


Quando Janinha senta, inicia a fala.
July: Olá, eu me chamo Juliane, sou psicóloga e terapeuta e vou conduzir aqui o nosso
encontro sobre TDAH. Para começar o nosso primeiro encontro eu quero reforçar sobre o
sigilo. Tudo o que tratarmos aqui, a partir de agora pertence a este grupo e não deve ser
compartilhado fora, tudo bem? É importante criarmos nesse ambiente, um lugar seguro para
tratarmos assuntos importantes, ok? Então podemos iniciar.
Janinha: Oi, pessoal, eu posso começar! Eu me chamo Janaina, e há 2 anos descobri que
tenho TDAH. Sempre tive dificuldades em trabalhos que exigem concentração e isso me
frustra muito. Hoje tenho ciência disso e lido melhor, mas mesmo assim, eu tenho um
sentimento de como se eu fosse menos que as pessoas sabe? Como se tivesse menos
inteligência e isso me abala muito.
July: Entendi, Janaina. E como você lida com isso no seu dia a dia?
Janinha: Então, hoje no meu trabalho por exemplo eu preciso usar ferramentas que me
auxiliam a me concentrar e não esquecer tarefas. Em casa por exemplo, eu tenho check-list
pra tudo.
July: E você hoje vê algo diferente que você possa fazer para diminuir esse sentimento
ruim?
Janinha: Sinceramente acho que não. Vejo que já tenho o diagnóstico e essa sou eu. O que
venho fazendo vem me ajudando, mas não sei o porque esse sentimento ainda bate pra
mim.
July: Entendo, Janaina e agradeço você ter trago isso aqui para o grupo. A minha pergunta
agora é para o grupo. Alguém aqui já teve este sentimento?
Ellen: Eu já me senti assim. De uma forma bem profunda inclusive.
July: E como você lida ou lidou com isso?
Ellen: Eu entendi que eu sou diferente das outras pessoas e que isso também é bom.
Comecei a fazer terapia e a falar mais sobre isso com meus amigos e família. Isso me
ajudou a me sentir mais seguro e acolhido.
July: Que interessante sua experiência, obrigado por compartilhar aqui conosco. Então
vemos aqui que temos o mesmo sentimento e tratativas diferentes, e isso é normal. Cada
um sente e age de forma diferente um do outro e tá tudo bem. O importante é trazer esses
sentimentos aqui pro grupo, porque assim nós podemos ajudar uns aos outros.
Obrigada pessoal pela entrega de vocês aqui hoje e até o próximo encontro.

FIM DA CENA 4: Liara puxa o debate sobre como funcionam os grupos de auto ajuda.

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