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Graus de Autonomia
O grau de autonomia de uma equipe vai desde simples sugestões até unidades auto
gerenciadas. Esta complexidade crescente decorre normalmente de anos de trabalho e
direcionamento do grupo para esta crescente.
Resistências
Todo cenário de mudanças, causam resistências, uma vez que aparecem como ameaças ao
modus operandi estabelecido. Tensões, avanços, retrocessos e até sabotagem podem ocorrer
num cenário de DE se o “como e porque” não forem bem trabalhados com as equipes.
Moscovici, indica que não podemos esperar um processo de sequência linear na jornada de
DE.
A Perspectiva Holística
A transformação de grupo em equipe pressupõe profundas alterações na percepção interna
e externa e impacta o todo e as partes.
O conceito de holon, proposto por Arthur Koestler, explica o funcionamento das partes que
são também totalidades. Cada membro do grupo é um holon e o grupo também pode ser
considerado um holon pois apresentam oscilações semelhantes entre diferenciação e
integração.
O processo de Interação
O processo de interação humana está presente é o que mais influencia no rumo das
atividades e nos resultados dentro de uma organização. Mesmo quando tudo se apresenta
de forma bem estruturada algumas situações poderão fugir do controle, havendo surpresa,
frustações e ou eventos inesperados.
A obra aborda diversas questões sobre o trabalho em equipe, desde a formação e
desenvolvimento da equipe, passando pela liderança e comunicação eficaz, até a solução de
conflitos e tomada de decisões em grupo.
A diversidade nas equipes, bem como a necessidade de um ambiente de trabalho
saudável e motivador para o desempenho das equipes. Além disso, o livro apresenta diversas
ferramentas e técnicas para aprimorar o desempenho das equipes e garantir o sucesso
organizacional.
Desenvolvimento Interpessoal:
Não há DE sem DI. As atividades que propiciam estes objetivos têm como foco:
A percepção de si mesmo e dos outros: auto-imagem, conceito e relação eu/outros;
Os processos de grupo: inclusão, controle, afeição, coesão, conflito e relações de
poder
A comunicação interpessoal: motivação, atitudes, valores, dificuldades e habilidades
de comunicação.
O processo de feedback como instrumento de mudança e crescimento pessoal,
interpessoal e profissional.
Competência interpessoal como líder e como membro de grupo: liderança
participativa, administração de conflitos, negociação, inovação, implementação de
mudanças e trabalho em equipe.
Esses objetivos podem compor um conjunto de encontros com mescla entre DI e DE,
visto que o processo é conjunto. Exemplo:
Atividades de diagnóstico:
Entrevistas:
1. Apresentação do entrevistador
2. Objetivo (convidado pela empresa para uma sondagem para a viabilidade de um
trabalho comportamental de formação, integração, fortalecimento e
desenvolvimento de equipe)
3. Meu papel
4. Objetivo da entrevista (conhecer as ideias e opiniões)
5. Confidencialidade
6. Colaboração
7. Autorização de registro, depois segue nas perguntas
8. Termino (você gostaria de fazer alguma pergunta? Obrigada pela colaboração).
Feedback de observações:
Ambientação:
Escolha e arrumação do local precisam estar de acordo com os objetivos e os
comportamentos esperados.
Para um determinado grupo, sair da empresa para um evento pode significar um
convite a experimentar novas formas de comportamento e relacionamento.
Para outro grupo, pode significar uma oportunidade para se desligar dos
compromissos.
A escolha do instrumental:
Foram apresentados algumas técnicas, exercícios, instrumentos com alguns sub-temas a qual
aqui no resumo só citaremos:
As experiências
Relatos e Depoimentos
Caso: Vale a pena assumir riscos? Empresa de grande porte, do segmento de saneamento, o
grupo alvo era um comitê de gerentes com 27 pessoas no grupo. Houve uma reunião de
feedback com objetivo de fazer um diagnóstico compartilhado. Os dados verbalizados pelo
grupo e observados pela consultora durante as reuniões. Os temas abordados foram
motivação, Insights alcançados pelo grupo, administração de conflitos, estrutura interna
informal, clima do grupo, conscientização do seu poder como grupo e áreas prioritárias para
reexame e resolução de problemas. Esta reunião mostrou-se extremamente útil ao
diagnosticar a situação da dinâmica de grupo. Facilitou decisões, planejamento e
implementação das atividades precípuas do comitê de gerentes de modo mais realístico e
apropriado.
Caso: Tecnologia não é tudo. Indústria multinacional de grande porte, grupo alvo diretores,
gerentes e supervisores, com um total de 52 pessoas. Foi solicitado um programa de
desenvolvimento gerencial e organizacional. A primeira etapa era composta por seminários e
workshops com duplo objetivo: prover e atualizar conhecimentos de tecnologia gerencial e
levantar dados para um diagnóstico situacional da empresa e dos diversos segmentos,
segmentos funcionais. Entrevistas e questionários foram também utilizados para
complementar as informações. Ao término dessa primeira fase uma reunião de feedback foi
planejada e conduzida pela consultora com os objetivos: feedback de dados sobre a empresa,
exame conjunto dos dados, para diagnóstico dinâmico da realidade atual da empresa,
comunicação mais aberta sobre problemas da empresa e mobilização para decisões e ações.
A conclusão do diagnóstico na reunião de feedback indicou como recomendável a
continuação do programa de desenvolvimento gerencial, orientado para integração de várias
áreas e segmentos funcionais e para o trabalho em equipe. Ao mesmo tempo, o processo em
curso ensejaria mudanças, a curto e médio prazos para resolver problemas e aproveitar
melhor os recursos internos existentes, através de mobilização e incremento motivacional,
conscientização e criatividade dos funcionários.
Caso: Papéis e pessoas: Relações ambíguas. Empresa de médio porte, nacional privada, do
segmento de educação, grupo alvo diretoria envolvendo 3 pessoas. A empresa solicitou
serviços de consultoria comportamental para diagnóstico e apoio na administração de
conflitos interpessoais que estariam dificultando o seu funcionamento. Realizada uma
entrevista coletiva preliminar de esclarecimento e contrato psicológico, optou-se por sessões
semanais de noventa minutos durante três meses, ao final uma avaliação seria feita para
atualização do diagnóstico. O formato de laboratório semiestruturado foi adotado com feição
andragógica predominantemente dentro do contexto real do grupo. Os diretores puderam
descobrir novos elementos e confirmar outros já conhecidos, conscientizando-se da situação
presente como um todo dinâmico. Após esse período de diagnóstico situacional e elaboração
incipiente de alguns problemas interpessoais, seguiu-se um período de trabalho autônomo
do grupo, voltado para o aprofundamento de ideias e sentimentos, autoconhecimento e
testagem de linhas de ações concretas. O grupo reconheceu que precisa de apoio técnico para
definição e aceitação dos papéis organizacionais individualizados. Vencida essa etapa a
diretoria está funcionando mais livremente enfrentando os desafios com maior segurança
psicológica e habilidades técnicas e interpessoal. O diagnóstico compartilhado, a busca de
respostas dentro de si mesmos e nos outros, a disposição constante de aprender com a
experiência, a valorização do relacionamento interpessoal sadio na empresa, mostraram o
caminho do trabalho em equipe como possibilidade real de desempenho produtivo, de
qualidade, de satisfação para cada um.
Mais dois cases no livro que foram bem detalhados que não foram trazidos aqui para o
resumo:
- Fim de um sonho;
- A coragem de amar - A experiência V&S
Aprendizagem interpessoal
Existe uma rica e sutil interação dinâmica entre o membro do grupo e o ambiente do
grupo. Os membros moldam o seu próprio microcosmo, que por sua vez evoca
comportamentos defensivos característicos de cada um. Quanto mais espontânea a
interação, mais rápido e autêntico será o desenvolvimento do microcosmo social e isso
aumenta a probabilidade de que as questões problemáticas centrais de todos os membros
sejam evocadas e abordadas.
O terapeuta não enxerga apenas o comportamento, mas os eventos que os
desencadeiam e, às vezes, de maneira mais importante, as respostas antecipadas e reais dos
muros.
A ideia do microcosmo social é que, se o grupo for conduzido de modo que os
membros possam se comportar de maneira desarmada e desinibida, eles irão de forma vívida
recriar e demonstrar a sua patologia do grupo.
Uma das coisas que torna o grupo de terapia real é que ele elimina os jogos sociais,
sexuais e de status. Os membros passam por experiências de vida cruciais juntos, derrubam
juntos fachadas que distorcem a realidade e tentam ser honestos uns com os outros.
Transferência e Insight
Grupo de encontro:
O papel do líder:
Os líderes dos grupos precisavam ter um papel diferente dos terapeutas. Precisavam
ser mais flexíveis e experimentais. Os líderes buscavam transmitir habilidades, e não apenas
conhecimentos, para que os próprios membros dos grupos aprendessem a diagnosticar e
resolver problemas interpessoais.
Conforme a evolução do grupo T, que alegava oferecer terapia de grupo para normais,
o grupo de terapia e grupo de encontro desenvolveram um relacionamento acrimonioso.
Os líderes de grupos de encontro insistiam que os participantes dos seus grupos
tinham uma experiência terapêutica e que não havia diferença entre crescimento pessoal e
psicoterapia. A busca por estes grupos era feita geralmente por pessoas similares aos que
buscavam psicoterapia, com interesses similares, fazendo com que os líderes dos grupos de
encontro concluíram que estavam praticando psicoterapia.
Os Psicólogos expressavam preocupações em relação a isso e à conduta e preparo dos
líderes de grupo. Os profissionais de saúde mental então passaram a exigir de seus governos
um posicionamento sobre isso.
Grupos terapêuticos: são liderados por um profissional de saúde mental, como um psicólogo
ou psiquiatra, e têm como objetivo fornecer suporte emocional e tratamento para questões
relacionadas à saúde mental, como ansiedade, depressão ou vícios. Os membros
compartilham experiências e aprendem habilidades para lidar com suas dificuldades.
Grupos de autoajuda: são liderados pelos próprios membros e têm como objetivo fornecer
suporte e ajuda mútua para enfrentar desafios em comum, como problemas de saúde, como
câncer ou doenças crônicas, ou questões pessoais, como dependência química ou problemas
financeiros. Esses grupos são compostos por pessoas que compartilham experiências e
desafios semelhantes.
Grupos de apoio: são semelhantes aos grupos de autoajuda, mas podem ser liderados por
um profissional de saúde ou por membros do grupo. O objetivo é fornecer suporte emocional,
educacional e prático para pessoas que enfrentam dificuldades comuns, como perda de um
ente querido, divórcio ou traumas.
Grupos de desenvolvimento: são liderados por um profissional e têm como objetivo ajudar
os membros a desenvolver habilidades específicas, como habilidades sociais, assertividade ou
resolução de conflitos. Esses grupos podem ser usados para ajudar as pessoas a superar
desafios específicos ou para melhorar suas habilidades de comunicação e relacionamento
interpessoal.
Referências:
MOSCOVICI, Fela. Equipes dão certo: a multiplicação do talento humano / Fela Moscovici,
com a colaboração de Ataliba Vianna Crespo, Fátima Gonçalves Castello, Gercina Alves de
Oliveira. 6 ed – Rio de Janeiro: José Olympio, 2001.
YALOM Irvin D.; LESZCZ Molyn. Psicoterapia de Grupo: Teoria e Prática. 5 ed – Artmed, 2006.