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D O I N SS – TEORI A E EXERCÍ CI OS
Pr of. Je a n Cla u de O` D on n e ll
APRESEN TAÇÃO
Olá!
É com grande sat isfação que iniciam os est e curso de Direit o
Const it ucional pelo Canal dos Concursos. Tenho cert eza de que você
fez um a ót im a escolha, ao decidir lut ar por um a vaga em um cargo
de excelência no serviço público federal, que é o de Analist a do
Seguro Social do I NSS.
I nicialm ent e, vou m e apresent ar.
Meu nom e é Jean Claude O` Donnell e, at ualm ent e, ocupo o
cargo de Audit or Federal de Cont role Ext erno no TCU, para o qual
obt ive a 10ª colocação no concurso de 2008.
No m om ent o, exerço funções na Segunda Secret aria de
Cont role Ext erno do Tribunal.
Ant es do Tribunal de Cont as, exerci as funções de AFC na CGU
( 11º colocado em 2008) , de t aquígrafo no Tribunal Superior do
Trabalho e de analist a de m ercado no Banco do Brasil.
Lem bre- se de que você não irá com pet ir com 20 m il ou 30 m il
candidat os, m as sim com aquele grupo de elit e que irá disput ar pra
valer um a vaga. Lem bre- se da corrida de Sã o Silve st r e . Largam
m ais de 10 m il corredores, m as logo se dest aca um pelot ão de elit e
que represent a os m ais preparados. Assim , nosso obj et ivo é fazer
você chegar nesse pe lot ã o de e lit e , com pet indo com um núm ero
bem m enor de concurseiros. A part ir daí, para que você sej a
classificado dent ro do núm ero de vagas, é a sua part e no esforço! !
Est e curso foi preparado com a finalidade de prepará- lo para
quaisquer concursos elaborados pela Banca Cespe/ Unb, cobrindo t oda
a m at éria de D ir e it o Con st it ucion a l.
Dent ro dest e nosso propósit o de auxiliá- lo na cam inhada rum o
à conquist a de um excelent e cargo público, na disciplina Direit o
Const it ucional, é que form ulam os est e curso no form at o de t e or ia +
qu e st õe s do CESPE, o que o t orna especialm ent e at raent e para o
concursando que j á possui algum as noções dessa disciplina e
pret ende aprofundar e consolidar o seu conhecim ent o.
Várias quest ões serão com e n t a da s, para facilit ar a sua
assim ilação do cont eúdo, enquant o est uda a t eoria. Ao final de cada,
um a list a de exercícios de fixação com plem ent a a bat eria de
exercícios. Nest a prim eira aula dem onst rat iva, fizem os com ent ários
de t odos os e x e r cícios, para que você se fam iliarize com a
m et odologia.
E aqui vai um a dica de ou r o: perceba que em t odas as provas
de concurso, os exam inadores acabam ut ilizando de 7 0 % a 8 0 % de
quest ões que j á caíram em cert am es ant eriores, com algum a
diferença de redação aqui e acolá. Por quê isso acont ece?
Sim plesm ent e porque o exam inador não pode “ reinvent ar a roda” , ou
est ará fadado a t er a sua quest ão anulada pela banca exam inadora.
Os out ros 30% a 20% de quest ões são relat ivos a j urisprudência
inédit a dos t ribunais ou um a t ent at iva falha do exam inador de querer
invent ar o que não deve, e o que acont ece nesse caso é a t r oca de
ga ba r it o ou a n u la çã o do qu e sit o! Port ant o, quant o m ais quest ões
de concurso você resolver, m ais pert o você est ará do pelot ão de elit e
que disput ará as concorridas vagas.
Ao t odo, nosso curso const ará de 5 a u la s, incluindo e st a
Au la D e m on st r a t iva , um a a cada sem ana, cuj a program ação será a
seguint e:
1 – Te or ia Ge r a l dos D ir e it os e Ga r a n t ia s Fu n da m e n t a is
2 – D ir e it os e Ga r a n t ia s Fu n da m e n t a is n a Espé cie
2 .1 – Pr in cípio da Ra zoa bilida de / Pr opor cion a lida de
2 .3 - Pr in cípio da Le ga lida de x Re se r va Le ga l
2 .5 – Libe r da de de Ex pr e ssã o
2 .1 0 – Libe r da de de Re u n iã o
2 .1 1 – Libe r da de de Associa çã o
2 .1 3 – D ir e it o de Pr opr ie da de
2 .1 4 – D ir e it os de Pe t içã o e de Ce r t idã o
2 .1 7 – Pr incipio do Ju iz N a t u r a l
2 .1 8 – Jú r i Popu la r
1 – Te or ia Ge r a l dos D ir e it os e Ga r a n t ia s Fu n da m e n t a is
Mas, nem t odos os direit os e garant ias fundam ent ais present es
na nossa Const it uição est ão enum erados nesse cat álogo próprio. Há,
t am bém , diversos direit os fundam ent ais present es em out ros
disposit ivos da nossa Const it uição, que são, por esse m ot ivo,
denom inados “ direit os fundam ent ais n ã o- ca t a loga dos” ( fora do
cat álogo próprio) .
O direit o ao m eio am bient e ecologicam ent e equilibrado, por
exem plo, é um direit o fundam ent al de t erceira geração não-
cat alogado, pois est á previst o no art . 225 da Const it uição Federal. As
lim it ações ao poder de t ribut ar ( art . 150, CF/ 88) const it uem um a
garant ia e t am bém um direit o, t ant o do part icular, quant o das
próprias Unidades da Federação ( direit o fundam ent al do Est ado) .
Nesse sent ido, o const it uint e foi expresso ( art . 5º , § 2º ) :
“ Os direit os e garant ias expressos nest a Const it uição não excluem
out ros decorrent es do regim e e dos princípios por ela adot ados, ou
dos t rat ados int ernacionais em que a República Federat iva do Brasil
sej a part e.”
I ) Os direit os e garant ias fundam ent ais est ão suj eit os a r e st r içã o,
com base em aut orização do próprio t ext o const it ucional: ( “ na form a
da lei” ) ou ( “ nos t erm os da lei” ) . Ent ret ant o, isso não pode im plicar
num a ilim it a da r e st r içã o o que configura a cham ada t e or ia dos
lim it e s dos lim it e s, que refere- se à im posição de lim it es ao
est abelecim ent o de lim it ações legais que possam vir a at ingir o
n ú cle o e sse n cia l daqueles direit os.
I I ) Em sit uações excepcionais ( est ado de defesa – art . 136 e est ado
de sít io – art . 139) , são adm it idas r e st r içõe s e at é m esm o
su spe n sõe s de diversos direit os e garant ias fundam ent ais, sem
aut orização do Poder Judiciário.
I I I ) Nem t odos os direit os e garant ias fundam ent ais foram
expressam ent e gravados com o clá u su la pé t r e a . Nos t erm os da
CF/ 88, só são cláusulas pét reas “ os direit os e garant ais individuais”
( CF, art . 60, § 4º , I ) , const ant es do art . 5º e out ros dispersos na
Const it uição, com o, por exem plo, a garant ia da ant erioridade
t ribut ária ( um a das lim it ações ao poder de t ribut ar do art . 150) .
I V) As norm as que consagram os direit os e garant ias fundam ent ais
t êm , em regra, aplicação im e dia t a ( CF, art . 5º , § 1º ) . Ent ret ant o,
há exceções: direit os fundam ent ais consagrados em norm as de
eficácia lim it a da ( dependent es de regulam ent ação) .
V) Os direit os e garant ias fundam ent ais fundam ent am - se no princípio
da igualdade perant e a lei, garant indo- se aos brasileiros e aos
est rangeiros resident es no País a inviolabilidade do direit o à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Ent enda- se
est rangeiro resident e com o t odo e qu a lqu e r e st r a n ge ir o qu e
e st e j a pe r m a n e n t e m e n t e ou de pa ssa ge m pe lo t e r r it ór io
n a cion a l.
e ficá cia ve r t ica l dos direit os e garant ias fundam ent ais, ligada aos
direit os de pr im e ir a ge r a çã o.
De out ro lado, est á a cham ada e ficá cia h or iz on t a l dos direit os
fundam ent ais, que diz respeit o à incidência desses direit os nas
relações ent re part iculares, pessoas físicas ou j urídicas.
A j u r ispr u dê n cia do nosso STF t em se firm ado no sent ido de
assegurar a eficácia horizont al dos direit os fundam ent ais, e nesse
sent ido t em os, por exem plo, a proibição da revist a ínt im a de
m ulheres em fábricas de lingerie ( STF/ RE 160.222- 8) ; a vedação da
exclusão de associado de cooperat iva sem o exercício do direit o de
defesa ( STF/ RE 158.215- 4) ; a discrim inação de em pregado brasileiro
em relação ao francês na em presa " Air France" , m esm o realizando
at ividades análogas ou idênt icas ( STF/ RE 161.243- 6) ; a necessária
observância do devido processo legal, da am pla defesa e do
cont radit ório no caso de exclusão de associados de um a sociedade
civil ( STF/ RE n. 201.819) .
Por fim , lem bre- se de que a enum eração const it ucional dos
direit os e garant ias fundam ent ais é a be r t a , não lim it at iva ou
t axat iva, haj a vist a que out ros poderão ser reconhecidos
ult eriorm ent e, sej a por m eio de fut uras em endas const it ucionais ( EC)
ou m esm o m ediant e norm as infraconst it ucionais, com o os t rat ados e
convenções int ernacionais celebrados pelo Brasil ( art . 5º , § 2º ) .
Vam os t reinar um pouco agora? Vej a algum as quest ões do
CESPE sobre os assunt os vist os nest a int rodução.
1 . ( CESPE/ AN ALI STA JUD I CI ÁRI O/ EXECUÇÃO DE
M AN D AD OS/ STM / 2 0 1 1 ) Os dir e it os fu n da m e n t a is, e m qu e
pe se possu ír e m h ie r a r qu ia con st it u cion a l, não sã o
a bsolu t os, pode n do se r lim it a dos por e x pr e ssa disposiçã o
con st it u cion a l ou m e dia n t e le i pr om u lga da com fu n da m e n t o
im e dia t o n a pr ópr ia CF.
Conform e est udam os, os direit os e garant ais fundam ent ais não
gozam de nat ureza absolut a, podendo ser relat ivizados pela própria
Const it uição ou por norm a infraconst it ucional exigida por ela, assim
com o t rat ados e convenções int ernacionais celebrados pelo Brasil.
2 – D ir e it os Fu n da m e n t a is n a e spé cie
At enção: O princípio da r a zoa bilida de exige das leis rest rit ivas
de direit o:
Î Respeit o ao núcleo essencial do Direit o Const it ucional;
Î Necessidade;
Î Adequação;
Î Proporcionalidade est rit a.
2 .3 – Pr in cípio da Le ga lida de x Re se r va Le ga l
das hipót eses de int ercept ação t elefônica para fins de invest igação
crim inal ou inst rução processual penal ( art . 5º , XI I ) ; a exigência de
lei para fixação da rem uneração dos servidores do poder execut ivo
( art . 37, X) .
O princípio da le ga lida de pa r a o se t or pú blico assum e um a
out ra conot ação, na m edida em que, se para o part icular é perm it ido
fazer t udo o que a lei não proíba, para o adm inist rador público é
defeso ( proibido) agir sem respaldo expresso da lei.
Trat ando agora das nom enclat uras com um ent e present es em
concursos, o princípio da legalidade ou legalidade am pla abrange um
núm ero m aior de m at érias const it ucionais, possuindo, port ant o, um a
m aior abrangência. Já o princípio da legalidade est rit a ou reserva
legal abrange um m enor núm ero de m at érias, m as com m aior
cont eúdo, im port ância, m aior garant ia frent e ao Est ado, sendo
pacífico considerar que est e princípio possui um a m aior densidade.
Em resum o, t em os as seguint es caract eríst icas para os
princípios da legalidade e da reserva legal:
Ent ret ant o, pode acont ecer que a m at éria t rat ada nessa lei não
t enha carát er m a t e r ia l, que pode ser resum ido na expressão do
quadro:
Com o j á assent am os, não exist em direit os e garant ias de nat ureza
absolut a. Dessa form a, t ais regalias não podem ser ut ilizadas para
acobert ar prát icas delit uosas.
I t e m ce r t o.
2 .5 – Libe r da de de Ex pr e ssã o ( a r t . 5 º , I V, V, I X e X I V)
Not e que TCU, aut oridades policiais, parlam ent ares ou o próprio
m inist ério público, quando não est iver na t ut ela de recursos do erário
não t êm com pet ência para det erm inar a quebra de sigilo bancário.
Observe est as quest ões:
2 .1 0 – Libe r da de de Re u n iã o ( a r t . 5 º , XVI )
Det erm ina o t ext o const it ucional que " t odos podem reunir- se
pacificam ent e, sem arm as, em locais abert os ao publico,
independent em ent e de aut orização, desde que não frust rem out ra
reunião ant eriorm ent e convocada para o m esm o local, sendo apenas
exigido prévio aviso à aut oridade com pet ent e"
I m port ant e ressalt ar que o direit o de reunião, no Est ado
brasileiro, n ã o e x ige a u t or iza çã o pr é via , o que não se confunde
com a com u n ica çã o pr é via à aut oridade com pet ent e, no caso a
polícia m ilit ar, sem que haj a frust ração de out ra reunião m arcada
para o m esm o local.
Essa reunião poderá ser est át ica ou dinâm ica, um a passeat a,
um a reunião, um a m anifest ação, um a parada gay et c.
Para com bat er a frust ração ao direit o de reunião o rem édio
adequado não é o habeas corpus m as sim o m a n da do de
se gu r a n ça , rem édio const it ucional que irem os est udar m ais adiant e.
Vej a est a quest ão do Cespe:
At enção: As exceções ao carát er facult at ivo da esfera adm inist rat iva
ou à j urisdição una são:
a) habeas dat a;
b) Just iça Desport iva;
c) Descum prim ent o de Súm ula Vinculant e por at o adm inist rat ivo.
j urisdição una con dicion a da lim it ações que exigem a busca da via
adm inist rat iva ant es da j udicial.
É o caso do h a be a s cor pu s, da Ju st iça D e spor t iva ( que na
verdade é um a inst ância adm inist rat iva e não j udicial) e o
descum prim ent o de sú m u la vin cu la n t e por a t o a dm in ist r a t ivo.
I t e m e r r a do.
Ordena a Const it uição Federal que " a lei não prej udicará o
direit o adquirido, o at o j urídico perfeit o e a coisa j ulgada" . Essa
lim it ação visa a garant ir o princípio da segurança j urídica, obst ando
leis que incidam ret roat ivam ent e sobre sit uações at inent es à esfera
j urídica subj et iva do indivíduo, j á consolidadas na vigência da
legislação pret érit a.
Ent ret ant o, isso não im pede que o Est ado adot e leis ret roat ivas,
desde que est abeleçam sit uações m enos gravosas, m ais favoráveis
ao indivíduo, do que as consolidadas sob as leis ant eriores. Exem plo
disso é o inciso XL do art . 5º , det erm inando que a lei penal não
ret roagirá, sa lvo pa r a be n e ficia r o r é u.
Por direit o adquirido, ent ende- se aquele que se aperfeiçoou,
reunindo t odos os elem ent os necessários à sua form ação, sob a
vigência de det erm inada lei. Essa prot eção não alcança a cham ada
“ expect at iva de direit o” , caract erizada quando a lei nova alcança o
indivíduo que est á na im inência de at ender os requisit os para
aquisição do direit o.
I m port ant e guardar que o Suprem o Tribunal Federal firm ou
ent endim ent o de que não exist e direit o adquirido em face de um a
nova Const it uição ( t ext o originário) , m udança do padrão m onet ário
( alt eração da m oeda) , criação ou aum ent o de t ribut os ou m udança de
regim e est at ut ário.
Já o a t o j u r ídico pe r fe it o, é o j á efet ivam ent e realizado,
aquele que, além de at ender a t odas as condições legais para
aquisição do direit o, o direit o j á foi exercido, com o, por exem plo,
popular, est abelecida na Const it uição. Part e da dout rina ent ende que
sim , a lei pode especificar, inclusive am pliar a com pet ência do
t ribunal do j úri.
Essa é a posição de Alexandre de Moraes, que o CESPE vem
aceit ando at é o m om ent o. A pergunt a que se faz é: é possível
am pliar a com pet ência do j úri popular sem rest ringir a com pet ência
do Poder Judiciário? Os adversários da t ese dizem que não, e que
isso feriria o princípio da in a fa st a bilida de da j u r isdiçã o.
Nem t odo aquele que prat ica um crim e doloso cont ra a vida é
j ulgado pelo j úri popular. Em bora a Const it uição out orgue
com pet ência ao j úri popular, o STF assent ou ent endim ent o de que as
aut oridades que dispõem foro especial por prerrogat iva de função se
prat icarem crim e doloso cont ra vida, se r ã o j u lga da s de a cor do
com se u for o. Por exem plo: o Prefeit o será j ulgado pelo Tribunal de
Just iça; Governador t em foro especial no STJ.
Já as Const it uições est aduais podem dilat ar o foro especial para
aut oridades locais, desde que não haj a, a j uízo do STF,
incom pat ibilidade do exercício da função pública. Diant e do caso
concret o, o t ribunal vai decidir se há ou não com pat ibilidade: por
exem plo, o STF decidiu que delegados de polícia civil não t êm direit o
a foro especial, não há razoabilidade nessa previsão da const it uição
est adual. Ent ret ant o, a com pet ência do Foro Especial definido
exclusivam ent e na Const it uição Est adual não prevalece sobre a
com pet ência do Tribunal do Júri para os crim es dolosos cont ra vida,
apenas para os dem ais crim es.
Sobre o assunt o, o Suprem o edit ou a seguint e Súm ula:
Sú m u la 7 2 1 : “A com pet ência Const it ucional do
t ribunal do j úri prevalece sobre o foro por prerrogat iva de
função est abelecida exclusivam ent e pela Const it uição
Est adual.”
Vej am os est as quest ões do CESPE sobre o t ópico.
não m udou em nada o ent endim ent o do STF de 1997, som ent e
passou a perm it ir que os Trat ados I nt ernacionais, daí por diant e,
pudessem se aprovados pelo rit o especial de Em enda.
Em 2008, o STF firm a o ent endim ent o de que os t rat ados
int ernacionais de direit os hum anos possuem st at us SUPRALEGAL
( I nfraconst it ucional, acim a das leis e abaixo da Const it uição) ; assim ,
o st at us do t rat ado de direit os hum anos, a part ir daí, dependeria de
com o ele foi incorporado. Se foi incorporado pelo rit o ordinário, ele
t erá St at us de supralegalidade. Se for aprovado pelo rit o de em enda,
ele t erá st at us const it ucional.
O Pact o de San José da Cost a Rica su spe n de u a e ficá cia da
legislação pret érit a que regulam ent ava a prisão civil do deposit ário
infiel e t am bém im pediu a regulam ent ação fut ura, pois o referido
t rat ado é superior à lei ordinária. Assim , hoj e, não é m ais possível a
prisão do deposit ário infiel. A única prisão legít im a por dívida civil é a
do devedor inescusável de alim ent os.
Vej a est as quest ões do CESPE sobre o assunt o:
Bem , essa foi nossa aula de apresent ação, que j á veio bem recheada!
Espero que t enha apreciado o est ilo e o cont eúdo! Aguardam os você
no sit e!
Um abraço
Jean Claude
não est ão suj eit os a m edidas rest rit ivas por part e dos órgãos est at ais,
ainda que respeit ados os t erm os est abelecidos pela própria Const it uição.
9. ( CESPE/ ANALI STA ADMI NI STRATI VO/ STF/ 2008) Todos os direit os e
garant ias fundam ent ais previst os na CF foram inseridos no rol das
cláusulas pét reas.
10. ( CESPE/ CONTROLE I NTERNO/ TJDFT/ 2008) Os direit os e garant ias
individuais são arrolados com o cláusula pét rea, de form a que não se
adm it irá propost a de em enda que possa, de qualquer form a, lim it ar esses
direit os.
11. ( CESPE/ ADMI NI STRADOR/ TJDFT/ 2008) Os direit os e garant ias
fundam ent ais previst os na Const it uição Federal de 1988 não com port am
qualquer grau de rest rição, j á que são considerados cláusulas pét reas.
12. ( CESPE/ ANALI STA JUDI CI ÁRI O/ TRE MT/ 2010) A O direit o à duração
razoável do processo, t ant o no âm bit o j udicial quant o no âm bit o
adm inist rat ivo, é um direit o fundam ent al previst o expressam ent e na CF.
13. ( CESPE/ ANALI STA ADMI NI STRATI VO/ STF/ 2008) Os princípios da
razoabilidade e da proporcionalidade est ão previst os de form a expressa na
CF.
14. ( CESPE/ ESCRI VÃO DE POLÍ CI A/ SGA/ AC/ 2008) O uso de algem as,
apesar de não est ar expressam ent e previst o na Const it uição ou em lei,
t em com o balizam ent o j urídico os princípios da proporcionalidade e da
razoabilidade.
15. ( CESPE/ ACE/ DI REI TO/ TCE/ AC/ 2009) A j urisprudência do STF firm ou
ent endim ent o no sent ido de que não afront a o princípio da isonom ia a
adoção de crit érios dist int os para a prom oção de int egrant es do corpo
fem inino e m asculino da Aeronáut ica.
16. ( CESPE/ ACE/ DI REI TO/ TCE/ AC/ 2009) A j urisprudência do STF firm ou- se
no sent ido de que a norm a const it ucional que proíbe t rat am ent o norm at ivo
discrim inat ório, em razão da idade, para efeit o de ingresso no serviço
público, se revest e de carát er absolut o, sendo ilegít im a, em consequência,
a est ipulação de exigência de ordem et ária, ainda quando est a decorrer da
nat ureza e do cont eúdo ocupacional do cargo público a ser provido.
17. ( CESPE/ OFI CI AL DE I NTELI GÊNCI A/ DI REI TO/ ABI N/ 2010) preceit o
const it ucional que est abelece que ninguém é obrigado a fazer ou deixar de
fazer algum a coisa senão em virt ude de lei veicula a noção genérica do
princípio da legalidade.
18. ( CESPE/ ADVOGADO DA UNI ÃO/ AGU/ 2006) O princípio da reserva legal
equivale ao princípio da legalidade na m edida em que qualquer com ando
j urídico que obrigue det erm inada condut a deve provir de um a das espécies
previst as no processo legislat ivo.
19. ( CESPE/ JUI Z DO TRABALHO/ TRT 1ª REGI ÃO/ 2011) Em bora a CF adm it a
a decret ação, pela aut oridade j udicial, da int ercept ação t elefônica para fins
de invest igação crim inal ou inst rução processual penal, é possível a
ut ilização das gravações no processo civil ou adm inist rat ivo, com o prova
em prest ada.
20. ( CESPE- TFCE- TCU- 2009) Adm it e- se a quebra do sigilo das
com unicações t elefônicas, por decisão j udicial, nas hipót eses e na form a
que a lei est abelecer, para fins de invest igação crim inal ou adm inist rat iva.
21. ( CESPE/ ANALI STA ADMI NI STRATI VO/ STF/ 2008) Apesar de a CF afirm ar
cat egoricam ent e que o sigilo da correspondência é inviolável, adm it e- se a
sua lim it ação infraconst it ucional, quando se abordar out ro int eresse de
igual ou m aior relevância, do que o previst o na CF.
22. ( CESPE/ JUI Z DE DI REI TO SUBSTI TUTO/ TJ AC/ 2007) A inviolabilidade
do sigilo de correspondência, previst a na Const it uição Federal, alcança,
inclusive, a adm inist ração penit enciária, a qual não pode proceder à
int ercept ação da correspondência rem et ida pelos sent enciados.
23. ( CESPE/ DEFENSOR PÚBLI CO/ DPU/ 2010) Conform e ent endim ent o do
STF, com base no princípio da vedação do anonim at o, os escrit os apócrifos
não podem j ust ificar, por si sós, desde que isoladam ent e considerados, a
im ediat a inst auração da persecut io crim inis, salvo quando forem
produzidos pelo acusado, ou, ainda, quando const it uírem eles próprios o
corpo de delit o.
24. ( CESPE/ ANALI STA JUDI CI ÁRI O/ ÁREA JUDI CI ÁRI A/ TRE BA/ 2010) Os
sigilos bancário e fiscal são consagrados com o direit os individuais
const it ucionalm ent e prot egidos que podem ser excepcionados por ordem
j udicial fundam ent ada. Nesse sent ido, é válida a quebra de sigilo bancário
de m em bros do Congresso Nacional quando decret ada por um TRE em
invest igação crim inal dest inada à apuração de crim e eleit oral.
25. ( CESPE/ PROCURADOR DO MUNI CÍ PI O/ ARACAJU/ 2007) Adm it e- se a
condução coercit iva do réu em ação de invest igação de pat ernidade para
que sej a subm et ido a exam e de DNA, a fim de saber se é o pai da criança.
26. ( CESPE/ ANALI STA JUDI CI ÁRI O/ ÁREA JUDI CI ÁRI A/ STM/ 2011) O
Minist ério Público pode det erm inar a violação de um dom icílio para
do poder público, t odos podem reunir- se pacificam ent e, sem arm as, em
locais abert os ao público, desde que não frust rem out ra reunião
ant eriorm ent e convocada para o m esm o local.
34. ( CESPE/ ANALI STA JUDI CI ÁRI O/ ÁREA JUDI CI ÁRI A/ TRE ES/ 2011) Um a
associação j á const it uída som ent e poderá ser com pulsoriam ent e dissolvida
m ediant e decisão j udicial t ransit ada em j ulgado, na hipót ese de t er
finalidade ilícit a.
35. ( CESPE/ ANALI STA JUDI CI ÁRI O/ DI REI TO/ TJ ES/ 2010) A requisição,
com o form a de int ervenção pública no direit o de propriedade que se dá em
razão de im inent e perigo público, não configura form a de aut oexecução
adm inist rat iva na m edida em que pressupõe aut orização do Poder
Judiciário.
36. ( CESPE/ PROCURADOR/ AGU/ 2010) A CF assegura a t odos,
independent em ent e do pagam ent o de t axas, a obt enção de cert idões em
repart ições públicas, para a defesa de direit os e esclarecim ent os de
sit uações de int eresse pessoal. Nesse sent ido, não sendo at endido o
pedido de cert idão, por ilegalidade ou abuso de poder, o rem édio cabível
será o habeas dat a.
37. ( CESPE/ Técnico Am bient al/ I EMA/ 2005) . Considere a seguint e sit uação
hipot ét ica. Proficient e Serviços de Lim peza Lt da. solicit ou à Secret aria da
Receit a Federal, por int erm édio de requerim ent o fundam ent ado, cert idão
de regularidade de pagam ent o de t ribut os federais, visando inst ruir
docum ent ação a ser apresent ada em procedim ent o de licit ação. Após largo
período de espera, seu pedido foi negado, sem qualquer explicação
plausível. Nessa sit uação, a Proficient e Serviços de Lim peza Lt da. pode
im pet rar habeas dat a para a obt enção da referida cert idão.
38. ( CESPE/ JUI Z DO TRABALHO/ TRT 1ª REGI ÃO/ 2011) O princípio da
inafast abilidade da j urisdição t em aplicação absolut a no sist em a j urídico
vigent e, o qual não cont em pla a hipót ese de ocorrência da denom inada
j urisdição condicionada.
39. ( CESPE/ ANALI STA DO SEGURO SOCI AL / DI REI TO/ I NSS/ 2008) O direit o
à aposent adoria é regido pela lei vigent e ao t em po da reunião dos
requisit os da inat ividade, inclusive quant o à carga t ribut ária incident e
sobre os provent os.
40. ( CESPE/ ANALI STA DO SEGURO SOCI AL / DI REI TO/ I NSS/ 2008) Os
servidores públicos de aut arquias que prom ovem int ervenção no dom ínio
econôm ico t êm direit o adquirido a regim e j urídico.
41. ( CESPE/ ANALI STA JURÍ DI CO/ STF/ 2008) O j ulgam ent o dos crim es
dolosos cont ra a vida é de com pet ência do t ribunal do j úri, m as a CF não
im pede que out ros crim es sej am igualm ent e j ulgados por esse órgão.
42. ( CESPE/ ANALI STA ADMI NI STRATI VO/ STJ/ 2004) A inst it uição do t ribunal
do j úri assegura a plenit ude da defesa, o sigilo das vot ações, a soberania
dos veredict os e com pet ência para j ulgar e processar os crim es dolosos
cont ra a vida, a honra e a liberdade.
43. ( CESPE/ ESCRI VÃO DE POLÍ CI A/ SGA AC/ 2008) A Const it uição Federal
est abelece que a com pet ência para j ulgar os crim es dolosos cont ra a vida
é do t ribunal do j úri. Sendo assim , com pet e ao referido t ribunal o
j ulgam ent o de crim es de lat rocínio.
44. ( CESPE/ AGENTE DE ESCOLTA E VI GI LÂNCI A
PENI TENCI ÁRI O/ SEJUS/ ES/ 2009) Os direit os hum anos são irrenunciáveis,
de m odo que podem at é deixar de ser exercidos por seus t it ulares, os
quais, no ent ant o, j am ais podem renunciar a t ais direit os.
45. ( CESPE/ PROCURADOR/ PGE AL/ 2008) Ao analisar a const it ucionalidade
da legislação brasileira acerca da prisão do deposit ário que não adim pliu
obrigação cont rat ual, o STF, recent em ent e, concluiu no sent ido da
derrogação das norm as est rit am ent e legais definidoras da cust ódia do
deposit ário infiel, prevalecendo, dessa form a, a t ese do st at us de
supralegalidade do Pact o de San José da Cost a Rica.
46. ( CESPE/ TÉCNI CO JUDI CI ÁRI O/ TRE/ MG/ 2008) Art ur com et eu crim e de
t ort ura, e Zilm a, de racism o, Joana t raficou ent orpecent e ilicit am ent e e
Cleber part icipou de ação de grupo arm ado civil cont ra a ordem
const it ucional. Nessa sit uação hipot ét ica, à luz da Const it uição Federal de
1988 ( CF) , foram prat icados crim es im prescrit íveis por
A) Art ur e Zilm a.
B) Joana e Zilm a.
C) Art ur e Joana.
D) Art ur e Cleber.
E) Zilm a e Cleber.
47. ( CESPE/ ADMI NI STRADOR/ TJDFT/ 2008) São im prescrit íveis, conform e a
Const it uição brasileira em vigor, os crim es hediondos, de racism o, de
t ort ura, de t ráfico ilícit o de drogas.
48. ( CESPE/ ANALI STA JURÍ DI CO/ STJ/ 2008) No Brasil, o t errorism o e o
racism o são im prescrit íveis, inafiançáveis e insuscet íveis de graça ou
anist ia.
49. ( CESPE/ JUI Z FEDERAL SUBSTI TUTO/ TRF 5ª REGI ÃO/ 2007) Segundo o
STF, a lei pode est ender a grat uidade do regist ro civil de nascim ent o e da
cert idão de óbit o a t odos, independent em ent e da condição econôm ica do
requerent e, o que significa dizer que os cart órios, na qualidade de
delegados do poder público, não t êm direit o absolut o à percepção de
em olum ent os por t odos os serviços prest ados.
50. ( CESPE/ JUI Z DO TRABALHO/ TRT 1ª REGI ÃO/ 2011) A CF assegura aos
lit igant es em processo j udicial ou adm inist rat ivo e aos acusados em geral o
cont radit ório e a am pla defesa, com os m eios e recursos a eles inerent es,
razão pela qual, no âm bit o do processo adm inist rat ivo disciplinar, é
im prescindível a presença de advogado.
51. ( CESPE/ ANALI STA JUDI CI ÁRI O/ STF/ 2008) O prazo decadencial de 5
anos relat ivo à anulação de at os adm inist rat ivos e previst o na lei que
regula o processo adm inist rat ivo no âm bit o da adm inist ração pública
federal deve ser aplicado aos processos de cont as que t enham por obj et o o
exam e de legalidade dos at os concessivos de aposent adorias, reform as e
pensões. Assim , t ranscorrido esse int erregno sem que o TCU t enha
analisado a regularidade de um a pensão, por exem plo, a viúva deve ser
convocada para part icipar do processo de seu int eresse, desfrut ando das
garant ias do cont radit ório e da am pla defesa, em que pese ser a princípio
dispensável o cont radit ório e a am pla defesa nos processos que t ram it am
no TCU e que apreciem a legalidade do at o de concessão inicial de pensão.
52. ( CESPE/ TJDFT/ ANALI STA EXECUÇÃO DE MANDADOS/ 2008) A ret irada
de um dos sócios de det erm inada em presa, quando m ot ivada pela vont ade
dos dem ais, deve ser precedida de am pla defesa, pois os direit os
fundam ent ais não são aplicáveis apenas no âm bit o das relações ent re o
indivíduo e o Est ado, m as t am bém nas relações privadas. Essa qualidade é
denom inada eficácia horizont al dos direit os fundam ent ais.
53. ( CESPE/ AGENTE DE POLI CI A/ SECAD TO/ 2008) O direit o ao
cont radit ório e à am pla defesa é assegurado aos lit igant es em processo
j udicial, m as não em processo adm inist rat ivo, pois, no caso dest e, o
adm inist rado sem pre t erá garant ida a possibilidade de recorrer à inst ância
j udicial.
54. ( CESPE/ ESCRI VÃO/ SGA/ ACRE/ 2008) O Suprem o Tribunal Federal ( STF)
expressou ent endim ent o no sent ido de considerar inadm issível o
int errogat ório do acusado por videoconferência por violar, ent re out ros, o
princípio da am pla defesa.