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TRE- RJ
Pr of. W a gn e r Ra b e llo Jr .
AULA 0 0
ESTRUTURAÇÃO D A M ÁQUI N A ADM I N I STRATI VA N O BRASI L D ESD E
1 9 3 0 : D I M EN SÕES ESTRUTURAI S E CULTURAI S
Apresent ação 1
1. I NTRODUÇÃO 6
5. QUESTÕES COMENTADAS 26
7. GABARI TOS 55
APRESEN TAÇÃO
Salve, salve, concurseiros,
Ant es de qualquer coisa, gost aria de fazer um a breve apresent ação da
m inha pessoa.
Meu nom e é Wagner Rabello Jr., vam os t rabalhar a disciplina
AD M I N I STRAÇÃO PÚBLI CA nest a t urm a preparat ória para TÉCN I CO
JUD I CI ÁRI O – ÁREA AD M I N I STRATI VA do TRI BUN AL REGI ON AL
ELEI TORAL D O RJ, com ba se no e dit a l 2 0 1 2 .
Sou Pós- graduado em Adm inist ração Pública pela Fundação Get úlio Vargas
( FGV) , bacharel em Direit o pela Universidade do Grande Rio
( UNI GRANRI O) e bacharel em Bibliot econom ia pela Universidade Federal
do Est ado do Rio de Janeiro ( UNI RI O) . Est ou no serviço público há 17 anos
e m inist ro aulas nas áreas de Adm inist ração e Arquivologia em cursos
preparat órios presenciais no Rio de Janeiro e São Paulo, além de v ídeo
aulas e cursos escrit os ( em PDF) . Já fui aprovado e classificado em
A ba nca : CESPE
Agora vam os dar os prim eiros passos rum o à prova e falar um pouquinho
da banca: CESPE. O últ im o concurso t am bém foi realizado pelo CESPE e as
quest ões foram de m últ ipla escolha. Assim , em bora, event ualm ent e, o
CESPE faça provas de m últ ipla escolha, no concurso será de quest ões do
t ipo Cert o ou Errada em que cada erro o candidat o perde 0,5 pont o. Desse
m odo, a m enos que você est ej a com ext rem a dificuldade e t enha cert eza
de poucas respost as, o m ais prudent e é responder apenas aquilo que você
t em cert eza, ou quase cert eza.
As provas do CESPE são provas int eligent es, que fogem à m era decoreba,
e onde encont ram os m uit os casos para análise. Com isso, não bast a
decorar conceit os, o CESPE quer e vai explorar o seu pot encial de análise e
aplicação prát ica dos conceit os. E essa const at ação nos leva a out ro pont o
dessa int rodução: a m et odologia do curso.
Pois bem , nosso cur so será de t eoria e exercícios com um a fort e ênfase na
part e de exercícios. Farem os, claro, m uit os exercícios do CESPE ( a m aioria
dos exercícios) . No ent ant o, algum as quest ões de out ras bancas são m uit o
boas para nos aj udar na com preensão da m at éria. Por cont a disso, não
podem os abrir m ão desse valioso m at erial. Est ej am cert os de que est am os
preparando o m elhor curso possível, est am os preparando um curso que,
j unt o ao seu esforço, vai t e levar a ele... vai t e levar ao sucesso.
Re m une r a çã o
Tram it a no Congresso Nacional o proj et o de lei ( PL) 6613/ 2009 que t em
por escopo o aum ent o da rem uneração, que j á é boa, dos servidores do
j udiciário. O PL se encont ra em um est ágio bem avançado e pode ser
aprovado ainda est e ano e com eçar a valer a part ir de j aneiro de 2013.
Vej am os os valores at uais e os valores fut uros. Consideram os o
vencim ent o básico + a grat ificação de at ividade j udiciária ( GAJ)
5 . E- m a il e fór um - pa r a t ir a r dúvida s
QUESTÕES COM EN TAD AS: Gost aria de falar um pouco m ais sobre a
m et odologia de quest ões com ent adas. Em m eus cursos - t em dado m uit o
result ado - durant e o est udo da part e t eórica, efet uam os a realização de
quest ões de bancas diversas, not adam ent e as quest ões de nível bem acim a
das que você enfrent ará. A idéia - no m om ent o - não é que você saiba
fazer as provas do CESPE, vam os viver um dia de cada v ez, a idéia é que
você efet ivam ent e aprenda Adm inist ração Pública para concursos.
Você j á deve est ar pergunt ando? Ent ão não t erem os quest ões CESPE?! ?!
Cla r o que t e r e m os – de ze na s - que st õe s do CESPE. Porém , as
m esm as serão oferecidas em aulas ext ras, sem qualquer ônus, claro,
dent ro desse curso. Desse m odo, vam os est udar a part e t eórica e, ao final,
t erem os as quest ões CESPE, quando ent ão vam os efet ivam ent e det alhar
t udo o que a banca pede. Percebam pela program ação abaixo que vocês
t erão m uit o m ais aulas do que vocês efet ivam ent e adquirir am .
Aula 0 1 ( 2 3 / 0 6 / 2 0 1 2 )
Adm inist ração pública: do m odelo racional- legal ao paradigm a pós-
burocrát ico.
Aula 0 2 ( 3 0 / 0 6 / 2 0 1 2 )
Em preendedorism o governam ent al e novas lideranças no set or público.
Convergências e diferenças ent re a gest ão pública e a gest ão privada.
Aula 0 3 ( 1 4 / 0 7 / 2 0 1 2 )
Excelência nos serviços públicos. O paradigm a do client e na gest ão
pública.
Aula 0 4 ( 2 1 / 0 7 / 2 0 1 2 )
Gest ão est rat égica. Est rut ura e est rat égia organizacional. Cult ura
organizacional.
Aula 0 5 ( 2 5 / 0 7 / 2 0 1 2 )
20 QUESTÕES CESPE, am plam ent e com ent adas
Aula 0 6 ( 0 5 / 0 8 / 2 0 1 2 )
20 QUESTÕES CESPE, am plam ent e com ent adas
Aula 0 7 ( 1 5 / 0 8 / 2 0 1 2 )
20 QUESTÕES CESPE, am plam ent e com ent adas
Aula 0 8 ( 2 0 / 0 8 / 2 0 1 2 )
Sim ulado
Aula 0 9 ( 2 1 / 0 8 / 2 0 1 2 )
Gabarit o com ent ado do Sim ulado.
1 . I N TROD UÇÃO
“ É pela perspect iva weberiana que podem os ver que o
Est ado brasileiro t em com o caract eríst ica hist órica
predom inant e sua dim ensão neopat rim onial, que é um a
form a de dom inação polít ica gerada no processo de
t ransição para a m odernidade com o passivo de um a
burocracia adm inist rat iva pesada e um a sociedade civil
( classes sociais, grupos religiosos, ét nicos, lingüíst icos,
nobreza et c.) fraca e pouco aut orit ária.” ( Sim on
Schwart zm an. Bases do aut orit ar ism o brasileiro.)
Salve, salve, concurseiros,
Vam os iniciar nossa j ornada pelo fant ást ico m undo da hist oriografia
econôm ica, polít ica, social e adm inist r at iva brasileira. O t em a da aula de
hoj e rem ont a aos prim órdios da adm inist ração pública brasileira. Não
precisam os ir à época das caravelas port uguesa em t erras t upiniquins, no
ent ant o, um apanhado dos últ im os 200 anos da adm inist ração pública no
Brasil é m ais do que necessário. Talvez você est ej a quest ionando o porquê
dessa lim it ação t em poral de dois séculos. Explico:
Mot ivo 1: as quest ões de provas não cost um am ir além disso, volt a e m eia
aparecem quest ões abordando a adm inist ração pública brasileira após a
independência.
Mot ivo 2: no ano de 2008 foi publicado um art igo em com em oração à
passagem dos 200 anos da t ransferência da cort e port uguesa para o Brasil.
O t ít ulo do art igo é: “ Brasil: 200 anos de Est ado; 200 anos de
adm inist ração pública; 200 anos de reform as” , cuj o aut or é o Prof.
Frederico Lust osa da Cost a ( Professor t it ular da Escola Brasileira de
Adm inist ração Pública e de Em presas ( Ebape) da Fundação Get ulio Vargas.
O referido art igo t ornou- se um clássico da lit erat ura na área de
Adm inist ração Pública no Brasil e t em sido presença const ant e em provas
das m ais diversas bancas.
Mot ivo 3: As próprias bancas elaboram quest ões - m esm o pedindo após a
década de 1930 - cobrando assunt os que são at uais, m as que se
originaram nos últ im os 200 anos, que reforça nossa t ese de que não é
preciso ir além disso. Vej am os, ent ão, de form a sint ét ica, com o se deu o
desenrolar da Adm inist ração Pública no Brasil:
É verdade que, at é 1808, exist ia no Brasil e, sobret udo, na sede
do governo geral ( vice- reino) um a adm inist ração colonial
relat ivam ent e apar elhada. Mas a form ação do Reino Unido de
Port ugal, Brasil e Algarves e a inst alação de sua sede na ant iga
www.canaldosconcursos.com .br/ curso_pdf 6
CURSO EM PDF – ADMI NI STRAÇÃO PÚBLI CA P/ TÉC. JUD. TRE- RJ
Prof. Wagner Rabello Jr.
bast ant e confuso e predom inant em ent e volt ado para as finalidades dos
governant es.
Tom ar o desem barque da Coroa port uguesa no Rio de Janeiro, em
1808, com o m arco para a const rução do Est ado nacional não
significa dizer que nada existisse em termos de aparato
inst it ucional e adm inist rat ivo. Havia na colônia um a am pla,
complexa e ramificada administração. Caio Prado Júnior
( 1979: 299- 300) advert e que, para com preendê- la, é preciso se
desfazer de noções cont em porâneas de Est ado, esferas pública e
privada, níveis de governo e poderes dist int os. A adm inist ração
colonial, apesar da abrangência das suas at ribuições e da
profusão de cargos e inst âncias, do pont o de vist a funcional,
pouco se diferencia int ernam ent e. Trat ava- se de um cipoal de
ordenam ent os gerais, encargos, at ribuições, circunscrições,
disposições part iculares e m issões ext raordinárias que não
obedeciam a princípios uniform es de divisão de t rabalho, sim et ria
e hierarquia. O caos legislat ivo fazia surgir num lugar funções que
não exist iam em out ros; com pet ências a serem dadas a um
servidor quando j á pert enciam a t erceiros; subordinações diret as
que subvert iam a hierarquia e m inavam a aut oridade. Gr ife i
( Frederico Lust osa)
Nessa est eira, vam os verificar a análise do prof. Frederico Lust osa sobre a
adm inist ração colonial port uguesa.
algum a coisa sobre as inst it uições e espaços de poder que est avam sendo
t ransplant ados.
Em se gu ndo luga r , a seleção dos bens que era possível carregar, além
dos t esouros e obj et os de indiscut ível valor, cont em plava m at erial, livros,
papéis, art efat os, inst rum ent os e sím bolos necessários à adm inist ração.
Em t e r ce ir o luga r , a inst it uição de um sim ulacro de governo em solo
europeu, que se deu na form a de um a regência, logo dest it uída pelo
ocupant e.
O regent e chegou ao Rio de Janeiro com um governo form ado pelos
m inist érios do Reino ou dos Negócios do Reino, cuj o t it ular at uava t am bém
com o m inist ro assist ent e ao despacho do gabinet e e com o president e do
Erário Real; da Guerra e Est rangeiros ( ou dos Negócios da Guerra e
Est rangeiros) e da Marinha ( ou dos Negócios da Marinha) e Dom ínios
Ult ram arinos; ou sej a, t rês m inist ros para seis past as. Três dias depois de
sua chegada, subst it uiu os m inist ros.
O fat o é que a t ransferência da cort e e m ais t arde a elevação do Brasil a
part e int egrant e do Reino Unido de Port ugal const it uíram as bases do
Estado nacional, com todo o aparato necessário à afirmação da soberania e
ao funcionam ent o do aut ogoverno.
A Re pública V e lha
Após o período im perial veio a proclam ação da república e a perspect ivas
de grandes m udanças na gest ão pública brasileira, fat o que efet ivam ent e
não ocorreu. A adm inist ração pública brasileira perm anecia com t raços
t ipicam ent es coloniais, com o revela Frederico Lust osa:
A proclam ação da República não alt erou profundam ent e as est rut uras
socioeconôm icas do Brasil im perial. A riqueza nacional cont inuou
concent rada na econom ia agrícola de export ação, baseada na m onocult ura
e no lat ifúndio. O que se acent uou foi a t ransferência de seu cent ro
dinâm ico para a cafeicult ura e a conseqüent e m udança no pólo dom inant e
da polít ica brasileir a das ant igas elit es cariocas e nordest inas para os
grandes cafeicult ores paulist as.
O governo provisório adot ou as reform as im ediat as necessárias à vigência
do novo regim e e convocou eleições para um a assem bléia const it uint e. A
Cart a de 1891, francam ent e inspirada na Const it uição am ericana de 1787,
consagrou a República, inst it uiu o federalism o e inaugurou o regim e
presidencialista. A separação de poderes ficou mais nítida. O Legislativo
cont inuava bicam eral, sendo agora form ado pela Câm ara dos Deput ados e
pelo Senado, cuj os m em bros passaram a ser eleit os para m andado de
duração cert a.
Am pliou- se a aut onom ia do Judiciário. Foi criado o Tribunal de Cont as para
fiscalizar a realização da despesa pública. As províncias, transformadas em
est ados, cuj os president es ( ou governadores) passaram a ser eleit os,
ganharam grande aut onom ia e subst ant iva arrecadação própria. Suas
assem bléias podiam legislar sobre grande núm ero de m at érias. Esse
sist em a caract erizava o federalism o com pet it ivo.
Nesse período, não houve grandes alt erações na conform ação do Est ado
nem na est rut ura do governo. Desde a proclam ação da República, a
principal m udança no Poder Execut ivo foi a cr iação dos m inist érios da
I nst rução Pública, de brevíssim a exist ência; da Viação e Obras Públicas; e
da Agricult ura, I ndúst ria e Com ércio, cuj os nom es sofr eram pequenas
modificações.
Do pont o de vist a da federação, houve um a ligeira redução na capacidade
legislat iva dos est ados, que perderam o poder de legislar sobre
det erm inadas m at érias.
A República Velha durou cerca de 40 anos. Aos poucos, foi se t ornando
disfuncional ao Brasil que se transformava, pela diversificação da
econom ia, pelo prim eiro ciclo de indust rialização, pela ur banização e pela
organização polít ica das cam adas urbanas. Novos conflitos de interesse
dent ro dos set ores dom inant es, ent re as classes sociais e ent re as regiões
punham em causa o pact o oligárquico, as eleições de bico de pena e a
polít ica do café- com - leit e.
Mant endo a polít ica de prot eção às m at érias- prim as export adas, o governo
lançou- se de m aneira franca e diret a no proj et o desenvolvim ent ist a,
criando as bases necessárias da indust rialização — a infra- est rut ura de
t ransport e, a ofert a de energia elét rica e a produção de aço, m at éria- pr im a
básica para a indúst ria de bens duráveis. Mais do que isso, assum iu papel
est rat égico na coordenação de decisões econôm icas. Para t ant o, t eve que
aparelhar- se.
As velhas est rut uras do Est ado oligárquico, corroídas pelos vícios do
pat rim onialism o, j á não se prest avam às novas form as de int ervenção no
dom ínio econôm ico, na vida social e no espaço polít ico rem anescent e.
Urgia reform ar o Est ado, o governo e a adm inist ração pública.
Assim , sob o im pulso de superação do esquem a client elist a e anárquico de
adm inist ração oligárquica, o governo de Get úlio Vargas iniciou um a série
de m udanças que t inham pelo m enos duas vert ent es principais ( Lim a
Junior, 1998) :
- est abelecer m ecanism os de cont role da crise econôm ica, result ant e dos
efeit os da Grande Depressão, iniciada em 1929, e subsidiariam ent e
prom over um a alavancagem indust rial;
- prom over a racionalização burocrát ica do serviço público, por m eio da
padronização, nor m at ização e im plant ação de m ecanism os de cont role,
notadamente nas áreas de pessoal, material e finanças.
A part ir de 1937, prom oveu um a série de t ransform ações no aparelho de
Est ado, t ant o na m orfologia, quant o na dinâm ica de funcionam ent o. Nesse
período foram criados inúm eros organism os especializados e em presas
est at ais. “ At é 1939, haviam sido criadas 35 agências est at ais; ent re 1940 e
1945 surgiram 21 agências, englobando em presas públicas, sociedades de
econom ia m ist a e fundações” ( Lim a Júnior, 1998: 8) . At é 1930 exist iam no
Brasil 12 em presas públicas; de 1930 a 1945, foram criadas 13 novas
em presas, sendo 10 do set or produt ivo, ent re elas a Com panhia Vale do
Rio Doce, hoj e um a gigant e da m ineração, e a Com panhia Siderúrgica
Nacional, am bas j á privat izadas.
Dando cum prim ent o a esse program a, em 1930 foi criada a com issão
perm anent e de padronização e, no ano seguint e, a com issão perm anent e
de com pras, am bas volt adas para a aquisição de m at erial. Na área de
1 9 5 6 / 6 0 – A AD M I N I STRAÇÃO PARALELA D E JK
Mesm o sendo um t em a pouco recorrent e em concursos públicos,
acham os por bem acrescent á- lo, pois est e é um capít ulo not ável da hist ória
da adm inist ração pública no Brasil. Em linhas gerais, a adm inist ração
paralela foi um art ifício ut ilizado pelo governo JK para at ingir o seu Plano
de Met as ( 50 anos em 5) e seguir firm e no seu proj et o desenvolvim ent ist a.
Ela surgiu com a criação de est rut uras alheias à Adm inist ração Diret a para,
dessa form a, fugir das am arras burocrát icas.
Assim , a cham ada Adm inist ração Paralela ( I lhas de Excelência) foram
inst it uições criadas, via decret o presidencial, pelo governo JK, com o
obj et ivo de obt er m ais flexibilidade e agilidade que eram necessárias para
a im plant ação do seu plano de m et as, t endo em vist a que os organism os
públicos ent ão exist ent es est avam im pregnados por um a cult ura
burocrát ica que era rígida e lent a dem ais.
Sobre esse período, Frederico Lust osa revela que:
Verificam os no capít ulo ant erior algum as caract eríst icas das reform as e o
m om ent o em que ocorreram . Agora, vam os com preender o que é reform ar
o aparelho do Est ado.
“ Ent ende- se por a pa r e lho do Est a do a adm inist ração pública em
sent ido am plo, ou sej a, a est rut ura organizacional do Est ado, em seus t rês
Poderes ( Execut ivo, Legislat ivo e Judiciário) e t rês níveis ( União, Est ados-
m em bros e Municípios) . O aparelho do Est ado é const it uído pelo governo,
ist o é, pela cúpula dirigent e nos t rês Poderes, por um corpo de
funcionários, e pela força m ilit ar” .
“ O Est a do, por sua vez, é m ais abrangent e que o aparelho, porque
com preende adicionalm ent e o sist em a const it ucional- legal, que regula a
população nos lim it es de um t errit ório. O Est ado é a organização
burocrát ica que t em o m onopólio da violência legal, é o aparelho que t em o
poder de legislar e t ribut ar a população de um det erm inado t errit ório” .
“ Esses conceit os perm it em dist inguir a reform a do Est ado da reform a
do aparelho do Est ado. A r e for m a do Est a do é um pr oj e t o a m plo que
diz respeit o às várias áreas do governo e, ainda, ao conj unt o da sociedade
brasileira, enquant o que a r e for m a do a pa r e lho do Est a do t e m um
e scopo m a is r e st r it o: est á orient ada para t ornar a adm inist ração pública
m ais eficient e e m ais volt ada para a cidadania. Est e Plano Diret or focaliza
sua at enção na adm inist ração pública federal, m as m uit as das suas
diret rizes e propost as podem t am bém ser aplicadas no nível est adual e
m unicipal” .
“ A reform a do Est ado deve ser ent endida dent ro do cont ext o da
redefinição do papel do Est ado, que deixa de ser o responsável diret o pelo
desenvolvim ent o econôm ico e social pela via da produção de bens e
serviços, para fort alecer- se na função de prom ot or e regulador desse
desenvolvim ent o” .
O Plano Diret or da Reform a do Aparelho do Est ado ( daqui em diant e
PDRAE) fez um a divisão t eórica do aparelho do Est ado em quat ro set ores,
a saber:
SERVI ÇOS N ÃO- EXCLUSI VOS. Corresponde ao set or onde o Est ado
at ua sim ult aneam ent e com out ras organizações públicas não- est at ais e
privadas. As inst it uições desse set or não possuem o poder de Est ado.
Est e, ent ret ant o, est á present e porque os serviços envolvem direit os
hum anos fundam ent ais, com o os da educação e da saúde, ou porque
possuem " econom ias ext ernas" relevant es, na m edida em que produzem
ganhos que não podem ser apropriados por esses serviços at ravés do
m ercado. As econom ias produzidas im ediat am ent e se espalham para o
rest o da sociedade, não podendo ser t ransform adas em lucros. São
exem plos desse set or: as universidades, os hospit ais, os cent ros de
pesquisa e os m useus.
Com isso, encerram os a part e t eórica dessa aula zero, e é necessário que
você com preenda o processo de evolução, assim com o os principais
m om ent os da Adm inist ração Pública
cum prim ent o de norm as sanit árias, o serviço de t rânsit o, a com pra de
serviços de saúde pelo Est ado, o cont role do m eio am bient e, o subsídio à
educação básica, o serviço de em issão de passaport es et c.
SERVI ÇOS N ÃO- EXCLUSI VOS. Corresponde ao set or onde o Est ado
at ua sim ult aneam ent e com out ras organizações públicas não- est at ais e
privadas. As inst it uições desse set or não possuem o poder de Est ado.
Est e, ent ret ant o, est á present e porque os serviços envolvem direit os
hum anos fundam ent ais, com o os da educação e da saúde, ou porque
possuem " econom ias ext ernas" relevant es, na m edida em que produzem
ganhos que não podem ser apropriados por esses serviços at ravés do
m ercado. As econom ias produzidas im ediat am ent e se espalham para o
rest o da sociedade, não podendo ser t ransform adas em lucros. São
exem plos desse set or: as universidades, os hospit ais, os cent ros de
pesquisa e os m useus.
GABARI TO: C
I m previsibilidade do
Previsibilidade do funcionam ent o
funcionam ent o
Diferent em ent e dos out ros program as, o da desburocrat ização privilegiava
o usuário do serviço público. Daí o seu inedit ism o, porque nenhum out ro
program a ant es era dot ado de carát er social e polít ico. Mas, ele t am bém
incluía ent re seus obj et ivos o enxugam ent o da m áquina est at al, j á que
recom endava a elim inação de órgãos pouco út eis ou cuidava para im pedir
a proliferação de entidades com tarefas pouco definidas ou já
desem penhadas em out ras inst it uições da adm inist ração diret a e indiret a.
Recom endo um a visit a ao sit e: ht t p: / / w ww.desburocrat izar.org.br/
a) Er r a da . O program a não ret om ou a perspect iva do decret o- lei 200, pois
t inha um foco dist int o, que era at uar diret am ent e na at ividade fim . Com o
t ranscrit o no t recho do professor Frederico Lust osa: Diferent em ent e dos
out ros program as, o da desburocrat ização privilegiava o usuário do serviço
público. Daí o seu inedit ism o, porque nenhum out ro program a ant es era
dot ado de carát er social e polít ico.
b) Er r a da . Buscava- se, j ust am ent e, a eficiência.
c) Er r a da . Tot alm ent e absurda.
d) Ce r t a . Ou sej a, t inha foco nas at ividades adm inist rat ivas que
im pact avam diret am ent e o cidadão. Vale cit ar: Mais especificamente, o
program a de desburocrat ização, inst it uído pelo Decret o- Lei n. 83.740, de
18 de julho de 1979, “visa à simplificação e à racionalização das norm as
organizacionais, de m odo a t ornar os órgãos públicos m ais dinâm icos e
m ais ágeis” ( Wahrlich, 1984: 53) . Esperava- se que a supr essão de et apas
desnecessárias t ornaria m ais ágil o sist em a adm inist rat ivo, t razendo
benefícios para funcionários e client es.
e) Er r a da . A int rodução de princípios gerenciais só ocorreu na década de
90.
GABARI TO: D
Adm inist r a çã o Pública Bur ocr á t ica Cont role de m eios, processual.
GABARI TO: E
2 2 . ( CESPE- AD APTAD A)
N os a nos 7 0 do sé culo XX, a Se cr e t a r ia de M ode r niza çã o ( SEM OR)
buscou im pla nt a r nova s t é cnica s ge r e ncia is, com foco ce nt r a l na
á r e a or ça m e nt á r ia e na de cont r ole s fina nce ir os do gove r no fe de r a l.
Com ent ário:
Vej am t recho do PDRAE: “Em m eados dos anos 70, um a nova iniciat iva
m odernizadora da adm inist ração pública t eve início, com a criação da
SEMOR – Secret aria da Modernização. Reuniu- se em t orno dela um grupo
de j ovens adm inist r adores públicos, m uit os deles com form ação em nível
de pós- graduação no ext erior, que buscou im pla nt a r nova s t é cnica s de
ge st ã o, e pa r t icula r m e nt e de a dm inist r a çã o de r e cur sos hum a nos,
na a dm inist r a çã o pública fe de r a l” .
GABARI TO: ERRADA
2 3 . ( CESPE- AD APTAD A)
O a pa r e lho do Est a do divide - se e m 3 se t or e s: núcle o e st r a t é gico,
a t ivida de s e x clusiva s e se r viços nã o e x clusivos.
Com ent ário:
São quat ro set ores. Além dos t rês cit ados na quest ão exist e o de produção
para o m ercado.
GABARI TO: ERRADA
6 . LI STA D AS QUESTÕES
1 . ( FGV/ SEN AD O FED ERAL/ CON SULTOR D E ORÇAM EN TO/ 2 0 0 8 )
Um est am ent o em inent em ent e arist ocrát ico, form ado por um a nobreza em
declínio, paulat inam ent e perdeu suas rendas originais e se t ornou
crescent em ent e burocrát ico.
O t ext o caract eriza o seguint e t ipo de Est ado e de adm inist ração pública no
Brasil:
( A) est at al.
( B) pat rim onialist a.
( C) burocrát ica.
( D) pós- burocrát ica.
( E) gerencial.
Est ado e sociedade. Assinale a alt ernat iva que cont ém exem plos de novos
arranj os inst it ucionais segundo o m odelo societ al.
( A) as Agências Reguladoras I ndependent es e os Fóruns Tem át icos
( B) o Orçam ent o Part icipat ivo e o Governo Elet rônico
( C) os Conselhos Gest ores de Polít icas Públicas e as Audit orias
Operacionais
( D) as Audit orias Operacionais e o Orçam ent o Part icipat ivo
( E) os Fóruns Tem át icos e os Conselhos Gest ores de Polít icas Públicas
Assinale
( A) se som ent e a afirm at iva I est iver corret a.
( B) se som ent e a afirm at iva I I est iver corret a.
( C) se som ent e a afirm at iva I I I est iver corret a.
( D) se som ent e as afirm at ivas I e I I est iverem corret as.
( E) se t odas as afirm at ivas est iverem corret as.
2 2 . ( CESPE- AD APTAD A)
Nos anos 70 do século XX, a Secret aria de Modernização ( SEMOR) buscou
im plant ar novas t écnicas gerenciais, com foco cent ral na área orçam ent ária
e na de cont roles financeiros do governo federal.
2 3 . ( CESPE- AD APTAD A)
O aparelho do Est ado divide- se em 3 set ores: núcleo est rat égico,
at iv idades exclusivas e serviços não exclusivos.
7 . GABARI TOS
1. B 2. C 3. D 4. A 5. A
6. E 7. E 8. C 9. D 10. C