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CURSO EM PD F – AD M I N I STRAÇÃO PÚBLI CA P/ TÉC. JUD .

TRE- RJ
Pr of. W a gn e r Ra b e llo Jr .

AULA 0 0
ESTRUTURAÇÃO D A M ÁQUI N A ADM I N I STRATI VA N O BRASI L D ESD E
1 9 3 0 : D I M EN SÕES ESTRUTURAI S E CULTURAI S

SUM ÁRI O PÁGI N A

Apresent ação 1

1. I NTRODUÇÃO 6

2. ADMI NI STRAÇÃO PÚBLI CA BRASI LEI RA: conceit os e 7


evolução est rut ural e cult ural

3. EVOLUÇÃO DA ADMI NI STRAÇÃO PÚBLI CA BRASI LEI RA 12


APÓS A DÉCADA DE 1930

4. REFORMAS ADMI NI STRATI VAS E A NOVA GESTÃO 23


PÚBLI CA

5. QUESTÕES COMENTADAS 26

6. LI STA DAS QUESTÕES 46

7. GABARI TOS 55

APRESEN TAÇÃO
Salve, salve, concurseiros,
Ant es de qualquer coisa, gost aria de fazer um a breve apresent ação da
m inha pessoa.
Meu nom e é Wagner Rabello Jr., vam os t rabalhar a disciplina
AD M I N I STRAÇÃO PÚBLI CA nest a t urm a preparat ória para TÉCN I CO
JUD I CI ÁRI O – ÁREA AD M I N I STRATI VA do TRI BUN AL REGI ON AL
ELEI TORAL D O RJ, com ba se no e dit a l 2 0 1 2 .
Sou Pós- graduado em Adm inist ração Pública pela Fundação Get úlio Vargas
( FGV) , bacharel em Direit o pela Universidade do Grande Rio
( UNI GRANRI O) e bacharel em Bibliot econom ia pela Universidade Federal
do Est ado do Rio de Janeiro ( UNI RI O) . Est ou no serviço público há 17 anos
e m inist ro aulas nas áreas de Adm inist ração e Arquivologia em cursos
preparat órios presenciais no Rio de Janeiro e São Paulo, além de v ídeo
aulas e cursos escrit os ( em PDF) . Já fui aprovado e classificado em

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Prof. Wagner Rabello Jr.

concursos para Oficial da Aeronáut ica, Analist a do Depart am ent o de


Produção Mineral, Minist ério do Meio Am bient e e out ros. Est ou no TRE- RJ
há 4 ( quat ro) anos e at ualm ent e ocupo a função de Chefe de Cart ório
Eleit oral.
Tam bém sou M e m br o Efe t ivo da Com issã o Pe r m a ne n t e de Ava lia çã o
de D ocum e nt os do TRE- RJ e em anos eleit orais t rabalho com o
Coordenador de Fiscalização de Propaganda Eleit oral.
" Minha est rat égia sem pre foi fazer m inha própria corrida. Som ent e você
pode det erm inar seu desafio pessoal. Não deixe a com pet ição, ou seu
oponent e, det erm inar qual deve ser seu desafio” . ( Joan Benoit Sam uelson)

A ba nca : CESPE
Agora vam os dar os prim eiros passos rum o à prova e falar um pouquinho
da banca: CESPE. O últ im o concurso t am bém foi realizado pelo CESPE e as
quest ões foram de m últ ipla escolha. Assim , em bora, event ualm ent e, o
CESPE faça provas de m últ ipla escolha, no concurso será de quest ões do
t ipo Cert o ou Errada em que cada erro o candidat o perde 0,5 pont o. Desse
m odo, a m enos que você est ej a com ext rem a dificuldade e t enha cert eza
de poucas respost as, o m ais prudent e é responder apenas aquilo que você
t em cert eza, ou quase cert eza.
As provas do CESPE são provas int eligent es, que fogem à m era decoreba,
e onde encont ram os m uit os casos para análise. Com isso, não bast a
decorar conceit os, o CESPE quer e vai explorar o seu pot encial de análise e
aplicação prát ica dos conceit os. E essa const at ação nos leva a out ro pont o
dessa int rodução: a m et odologia do curso.
Pois bem , nosso cur so será de t eoria e exercícios com um a fort e ênfase na
part e de exercícios. Farem os, claro, m uit os exercícios do CESPE ( a m aioria
dos exercícios) . No ent ant o, algum as quest ões de out ras bancas são m uit o
boas para nos aj udar na com preensão da m at éria. Por cont a disso, não
podem os abrir m ão desse valioso m at erial. Est ej am cert os de que est am os
preparando o m elhor curso possível, est am os preparando um curso que,
j unt o ao seu esforço, vai t e levar a ele... vai t e levar ao sucesso.

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A CARREI RA D OS SERVI D ORES D A JUSTI ÇA ELEI TORAL


Nossa carreira é a m esm a que a dos dem ais ram os da j ust iça no âm bit o da
união e do Dist rit o Federal, ou sej a, t em os apenas um a lei que regula a
carreira dos TREs, TRTs, TRFs, TJDFT, Just iça Milit ar, Tribunais Superiores
e Suprem o Tribunal Federal. Trat a- se da lei 11.416 de 11 de dezem bro de
2006.

Art . 1 o As Carreiras dos Servidores dos Quadros de Pessoal do


Poder Judiciário da União passam a ser regidas por est a Lei.
Art . 2 o Os Quadros de Pessoal efet ivo do Poder Judiciár io são
com post os pelas seguint es Carreiras, const it uídas pelos
respect ivos cargos de provim ent o efet ivo:
I - Analist a Judiciário;
I I - Técnico Judiciário;
I I I - Auxiliar Judiciário.

Re m une r a çã o
Tram it a no Congresso Nacional o proj et o de lei ( PL) 6613/ 2009 que t em
por escopo o aum ent o da rem uneração, que j á é boa, dos servidores do
j udiciário. O PL se encont ra em um est ágio bem avançado e pode ser
aprovado ainda est e ano e com eçar a valer a part ir de j aneiro de 2013.
Vej am os os valores at uais e os valores fut uros. Consideram os o
vencim ent o básico + a grat ificação de at ividade j udiciária ( GAJ)

CARGO ATUAL PROPOSTA

Analist a Judiciár io R$ 6.551,52 R$ 10.436,12

Técnico Judiciário R$ 4,053.00 R$ 7.194,22

Auxiliar Judiciário R$ 1.988,19 R$ 3.582,06

Além dos valores acim a, os servidores fazem j us a um a auxilio


alim ent ação, em dinheiro, no valor de R$600,00. Nada m al, não é?!
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M ETOD OLOGI A D O CURSO


Gabarit ar um a disciplina em um concurso público da envergadura desse do
TRE- RJ não é algo t rivial. No ent ant o, vam os preparar um curso que lhe dê
t odas as condições necessárias para isso. Assim , som ando o curso em t ela
+ a sua dedicação, cert am ent e você obt erá êxit o e cam inhará firm e para
se t ornar servidor da Just iça Eleit oral.
Nosso curso, ou m elhor, nosso t reinam ent o para você gabarit ar a disciplina
será bast ant e prát ico, de m odo que, ao ler as páginas do curso você se
sint a com o se est ivesse em um a sala de aula.
Para t ant o, elaboram os a seguint e m et odologia:

1 . Aná lise t e ór ica do cont e údo pr ogr a m á t ico - incluin do a le gisla çã o


pe r t ine nt e , qu e a pa r e ce m uit o e m pr ova s.

2 . Que st õe s com e nt a da s – de níve l m é dio e supe r ior

4 . List a da s que st õe s - pa r a que você s possa m r e solve r sozinhos

5 . E- m a il e fór um - pa r a t ir a r dúvida s

6 . CH ATS, no fa ce book , e m da t a s que se r ã o post e r ior m e nt e


coloca da s a t r a vé s de a viso na se çã o de m a t e r ia is.

QUESTÕES COM EN TAD AS: Gost aria de falar um pouco m ais sobre a
m et odologia de quest ões com ent adas. Em m eus cursos - t em dado m uit o
result ado - durant e o est udo da part e t eórica, efet uam os a realização de
quest ões de bancas diversas, not adam ent e as quest ões de nível bem acim a
das que você enfrent ará. A idéia - no m om ent o - não é que você saiba
fazer as provas do CESPE, vam os viver um dia de cada v ez, a idéia é que
você efet ivam ent e aprenda Adm inist ração Pública para concursos.
Você j á deve est ar pergunt ando? Ent ão não t erem os quest ões CESPE?! ?!
Cla r o que t e r e m os – de ze na s - que st õe s do CESPE. Porém , as
m esm as serão oferecidas em aulas ext ras, sem qualquer ônus, claro,
dent ro desse curso. Desse m odo, vam os est udar a part e t eórica e, ao final,
t erem os as quest ões CESPE, quando ent ão vam os efet ivam ent e det alhar
t udo o que a banca pede. Percebam pela program ação abaixo que vocês
t erão m uit o m ais aulas do que vocês efet ivam ent e adquirir am .

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PROGRAM AÇÃO D AS AULAS


Aula D e m onst r a t iva ( disponíve l)
Est rut uração da m áquina adm inist rat iva no Brasil desde 1930: dim ensões
est rut urais e cult urais.

Aula 0 1 ( 2 3 / 0 6 / 2 0 1 2 )
Adm inist ração pública: do m odelo racional- legal ao paradigm a pós-
burocrát ico.

Aula 0 2 ( 3 0 / 0 6 / 2 0 1 2 )
Em preendedorism o governam ent al e novas lideranças no set or público.
Convergências e diferenças ent re a gest ão pública e a gest ão privada.

Aula 0 3 ( 1 4 / 0 7 / 2 0 1 2 )
Excelência nos serviços públicos. O paradigm a do client e na gest ão
pública.

Aula 0 4 ( 2 1 / 0 7 / 2 0 1 2 )
Gest ão est rat égica. Est rut ura e est rat égia organizacional. Cult ura
organizacional.

Aula 0 5 ( 2 5 / 0 7 / 2 0 1 2 )
20 QUESTÕES CESPE, am plam ent e com ent adas

Aula 0 6 ( 0 5 / 0 8 / 2 0 1 2 )
20 QUESTÕES CESPE, am plam ent e com ent adas

Aula 0 7 ( 1 5 / 0 8 / 2 0 1 2 )
20 QUESTÕES CESPE, am plam ent e com ent adas

Aula 0 8 ( 2 0 / 0 8 / 2 0 1 2 )
Sim ulado

Aula 0 9 ( 2 1 / 0 8 / 2 0 1 2 )
Gabarit o com ent ado do Sim ulado.

Prezados alunos: Diant e de t ant os t ext os e cit ações que t em os de fazer,


event ualm ent e podem os reescrever e não cit ar um a ou out ra font e. Caso
sej a det ect ado algum t recho de t ext o sem a devida cit ação, favor m e
inform ar para que eu ret ifique.
Desde j á agradeço! ! !
rabello_j r@yahoo.com .br

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1 . I N TROD UÇÃO
“ É pela perspect iva weberiana que podem os ver que o
Est ado brasileiro t em com o caract eríst ica hist órica
predom inant e sua dim ensão neopat rim onial, que é um a
form a de dom inação polít ica gerada no processo de
t ransição para a m odernidade com o passivo de um a
burocracia adm inist rat iva pesada e um a sociedade civil
( classes sociais, grupos religiosos, ét nicos, lingüíst icos,
nobreza et c.) fraca e pouco aut orit ária.” ( Sim on
Schwart zm an. Bases do aut orit ar ism o brasileiro.)
Salve, salve, concurseiros,
Vam os iniciar nossa j ornada pelo fant ást ico m undo da hist oriografia
econôm ica, polít ica, social e adm inist r at iva brasileira. O t em a da aula de
hoj e rem ont a aos prim órdios da adm inist ração pública brasileira. Não
precisam os ir à época das caravelas port uguesa em t erras t upiniquins, no
ent ant o, um apanhado dos últ im os 200 anos da adm inist ração pública no
Brasil é m ais do que necessário. Talvez você est ej a quest ionando o porquê
dessa lim it ação t em poral de dois séculos. Explico:
Mot ivo 1: as quest ões de provas não cost um am ir além disso, volt a e m eia
aparecem quest ões abordando a adm inist ração pública brasileira após a
independência.
Mot ivo 2: no ano de 2008 foi publicado um art igo em com em oração à
passagem dos 200 anos da t ransferência da cort e port uguesa para o Brasil.
O t ít ulo do art igo é: “ Brasil: 200 anos de Est ado; 200 anos de
adm inist ração pública; 200 anos de reform as” , cuj o aut or é o Prof.
Frederico Lust osa da Cost a ( Professor t it ular da Escola Brasileira de
Adm inist ração Pública e de Em presas ( Ebape) da Fundação Get ulio Vargas.
O referido art igo t ornou- se um clássico da lit erat ura na área de
Adm inist ração Pública no Brasil e t em sido presença const ant e em provas
das m ais diversas bancas.
Mot ivo 3: As próprias bancas elaboram quest ões - m esm o pedindo após a
década de 1930 - cobrando assunt os que são at uais, m as que se
originaram nos últ im os 200 anos, que reforça nossa t ese de que não é
preciso ir além disso. Vej am os, ent ão, de form a sint ét ica, com o se deu o
desenrolar da Adm inist ração Pública no Brasil:
É verdade que, at é 1808, exist ia no Brasil e, sobret udo, na sede
do governo geral ( vice- reino) um a adm inist ração colonial
relat ivam ent e apar elhada. Mas a form ação do Reino Unido de
Port ugal, Brasil e Algarves e a inst alação de sua sede na ant iga
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colônia t ornaram ir reversível a const it uição de um novo Est ado


nacional. Todo um aparat o burocrát ico, t ransplant ado de Lisboa
ou form ado aqui, em paralelo à ant iga adm inist ração
m et ropolit ana, t eve que ser m ont ado para que a soberania se
afirmasse, o Estado se constituísse e se projetasse sobre o
t errit ório, e o governo pudesse t om ar decisões, dit ar polít icas e
agir.
Part e- se do pressupost o de que não é possível ent ender as
recent es t ransform ações do Est ado, da organização
governam ent al e da adm inist ração pública brasileira sem t ent ar
reconst ruir os processos de form ação e diferenciação hist órica
do aparat o est at al que se const it uiu no Brasil, desde que a
em presa da colonização aqui aport ou, no alvorecer do século
XVI , ou, pelo m enos, desde que o príncipe regent e dom João VI
t ransferiu a sede da Coroa port uguesa para o Rio de Janeiro e
inst it uiu o Reino Unido de Port ugal, Brasil e Algarves. I n: “ Brasil:
200 anos de Est ado; 200 anos de adm inist ração pública; 200
anos de reform as” , cuj o aut or é o Prof. Frederico Lust osa da
Cost a.
Tam bém vale cit ar Fernando Abrúcio:
A adm inist ração pública genuinam ent e brasileira só pôde nascer com a
independência do país. Porém , não é possível ent ender suas bases iniciais
sem analisar os efeit os que o período colonial t inha deixado. Afinal, foram
m ais de 300 anos de colonização, além de os prim eiros governant es do
Brasil independent e t erem fort e relação com a m et rópole port uguesa.
Assim , apesar de buscarm os out ras font es de est udo, nossa aula t erá com o
parâm et ro cronológico o referido art igo.
Ant e ao expost o, vam os iniciar nosso curso, cuj o recort e recairá sobre os
últ im os 200 anos de adm inist ração pública.

2 . AD M I N I STRAÇÃO PÚBLI CA BRASI LEI RA: conce it os e e voluçã o


e st r ut ur a l e cult u r a l
A adm inist ração pública pode ser com preendida com o sendo o conj unt o de
a gê ncia s e de se r vidor e s pr ofission a is, m ant idos com recursos públicos
e encarregados da decisão e im plem ent ação das norm as necessárias ao
be m - e st a r socia l e das a çõe s necessárias à ge st ã o da coisa pública.
Nem sem pre foi assim , desde que as caravelas aqui apor t aram , por volt a
do ano de 1.500, com eçam os a const ruir um quadro adm inist rat ivo

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bast ant e confuso e predom inant em ent e volt ado para as finalidades dos
governant es.
Tom ar o desem barque da Coroa port uguesa no Rio de Janeiro, em
1808, com o m arco para a const rução do Est ado nacional não
significa dizer que nada existisse em termos de aparato
inst it ucional e adm inist rat ivo. Havia na colônia um a am pla,
complexa e ramificada administração. Caio Prado Júnior
( 1979: 299- 300) advert e que, para com preendê- la, é preciso se
desfazer de noções cont em porâneas de Est ado, esferas pública e
privada, níveis de governo e poderes dist int os. A adm inist ração
colonial, apesar da abrangência das suas at ribuições e da
profusão de cargos e inst âncias, do pont o de vist a funcional,
pouco se diferencia int ernam ent e. Trat ava- se de um cipoal de
ordenam ent os gerais, encargos, at ribuições, circunscrições,
disposições part iculares e m issões ext raordinárias que não
obedeciam a princípios uniform es de divisão de t rabalho, sim et ria
e hierarquia. O caos legislat ivo fazia surgir num lugar funções que
não exist iam em out ros; com pet ências a serem dadas a um
servidor quando j á pert enciam a t erceiros; subordinações diret as
que subvert iam a hierarquia e m inavam a aut oridade. Gr ife i
( Frederico Lust osa)
Nessa est eira, vam os verificar a análise do prof. Frederico Lust osa sobre a
adm inist ração colonial port uguesa.

Adm inist r a çã o Colonia l Por t ugue sa


Em princípio, a adm inist ração colonial est ava organizada em quat ro níveis:
1. As inst it uições m et ropolit anas;
2. A adm inist ração cent ral;
3. A adm inist ração regional
4. A adm inist ração local.
Essa est rut ura t inha em seu t opo o Conselho Ult ram ar ino, subordinado ao
secret ário de Est ado dos Negócios da Marinha e Territ órios Ult ram arinos
que se ocupava de t odos os aspect os da vida das colônias, à exceção dos
assunt os eclesiást icos, a cargo da Mesa de Consciência e Ordens.
Do pont o de v ist a da organização t errit orial, o Brasil est ava dividido em
capit anias, que eram as m aiores unidades adm inist rat ivas da colônia. O
t errit ório delas era dividido em com arcas que, por sua vez, era com post o
por t erm os sediados nas cidades ou vilas. Os t erm os eram const it uídos de
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freguesias que correspondiam às paróquias da circunscrição eclesiást ica.


Por últ im o, as freguesias se dividiam em bairros, cuj a j urisdição era
im precisa ( Caio Prado Junior, 1979: 306) .
Ainda segundo o prof. Frederico Lust osa, a sínt ese hist órica de Caio Prado
Júnior, ret om ada por Arno e Maria José Wehling ( 1999) , apont a com o
principais caract eríst icas da adm inist r ação colonial — a cent ralização, a
ausência de diferenciação ( de funções) , o m im et ism o, a profusão e
m inudência das norm as, o form alism o e a m orosidade. Essas disfunções
decorrem , em grande m edida, da t ransplant ação para a colônia das
inst it uições exist ent es na m et rópole e do vazio de aut oridade ( e de
obediência) no im enso t errit ório, const it uindo um organism o aut orit ário,
complexo, frágil e ineficaz.
I sso não quer dizer que não t enha havido um processo de gradual
racionalização do governo colonial ao longo de t rês séculos. A par t ir da
adm inist ração pom balina, pouco a pouco, o em pirism o pat ernalist a do
absolut ism o t radicional foi sendo subst it uído pelo racionalism o t ípico do
despot ism o esclarecido. Essa m udança se expressava principalm ent e nos
m ét odos e processos de t rabalho que davam lugar à em ergência de um a
burocracia.
Após a exposição dessas considerações prelim inares, vam os com eçar a
analisar o desenvolvim ent o da Adm inist ração Pública Brasileira após a
chegada da coroa port uguesa ao Brasil.

A const r uçã o do Est a do na ciona l


A const rução do Est ado Nacional e seu aparat o burocrát ico – próxim o do
que hoj e com preendem os com o adm inist ração pública – ocorreu de form a
t orm ent osa, post o que a t ransferência da fam ília real port uguesa para o
Brasil foi prat icam ent e definida quando as t ropas francesas j á est avam
invadindo o reino de Port ugal. Nesse sent ido, Frederico Lust osa revela que:
A t ransferência da fam ília real port uguesa para o Brasil deu- se de form a
confusa. At é o últ im o inst ant e, o príncipe regent e hesit ou em part ir diant e
da rem ot a possibilidade de os franceses aceit arem m ais um suborno. Só se
decidiu quando as t ropas de Junot j á se encont ravam em solo port uguês,
às port as de Lisboa. O alvoroço descrit o por alguns dos relat os dos
m om ent os que ant ecederam a longa t r avessia não condiz com o m inucioso
planej am ent o que a inédit a m udança de um a cort e para out ro cont inent e
deveria m erecer ( Wilcken, 2005: 35- 38) .
Em pr im e ir o luga r , a própria escolha das cinco, 10 ou 15 m il pessoas —
os núm eros são im precisos — que com poriam a lot ação das naus, diz
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algum a coisa sobre as inst it uições e espaços de poder que est avam sendo
t ransplant ados.
Em se gu ndo luga r , a seleção dos bens que era possível carregar, além
dos t esouros e obj et os de indiscut ível valor, cont em plava m at erial, livros,
papéis, art efat os, inst rum ent os e sím bolos necessários à adm inist ração.
Em t e r ce ir o luga r , a inst it uição de um sim ulacro de governo em solo
europeu, que se deu na form a de um a regência, logo dest it uída pelo
ocupant e.
O regent e chegou ao Rio de Janeiro com um governo form ado pelos
m inist érios do Reino ou dos Negócios do Reino, cuj o t it ular at uava t am bém
com o m inist ro assist ent e ao despacho do gabinet e e com o president e do
Erário Real; da Guerra e Est rangeiros ( ou dos Negócios da Guerra e
Est rangeiros) e da Marinha ( ou dos Negócios da Marinha) e Dom ínios
Ult ram arinos; ou sej a, t rês m inist ros para seis past as. Três dias depois de
sua chegada, subst it uiu os m inist ros.
O fat o é que a t ransferência da cort e e m ais t arde a elevação do Brasil a
part e int egrant e do Reino Unido de Port ugal const it uíram as bases do
Estado nacional, com todo o aparato necessário à afirmação da soberania e
ao funcionam ent o do aut ogoverno.

A e le va çã o à condiçã o de cor t e de um im pé r io t r a nscont ine nt a l fe z


da nova a dm inist r a çã o br a sile ir a , a gor a de vida m e nt e a pa r e lha da , a
e x pr e ssã o do pode r de um Est a do na ciona l que j a m a is pode r ia
volt a r a const it uir - se e m m e r a su bsidiá r ia de um a m e t r ópole de
a lé m - m a r .

A Re pública V e lha
Após o período im perial veio a proclam ação da república e a perspect ivas
de grandes m udanças na gest ão pública brasileira, fat o que efet ivam ent e
não ocorreu. A adm inist ração pública brasileira perm anecia com t raços
t ipicam ent es coloniais, com o revela Frederico Lust osa:

O form alism o das r egras, o braço curt o da aut oridade e a


corrupção generalizada ensej avam o aut orit arism o daqueles
que deviam se im por aos súdit os ent regues ao abandono,
com os próprios m eios que deles conseguissem ext rair.

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A proclam ação da República não alt erou profundam ent e as est rut uras
socioeconôm icas do Brasil im perial. A riqueza nacional cont inuou
concent rada na econom ia agrícola de export ação, baseada na m onocult ura
e no lat ifúndio. O que se acent uou foi a t ransferência de seu cent ro
dinâm ico para a cafeicult ura e a conseqüent e m udança no pólo dom inant e
da polít ica brasileir a das ant igas elit es cariocas e nordest inas para os
grandes cafeicult ores paulist as.
O governo provisório adot ou as reform as im ediat as necessárias à vigência
do novo regim e e convocou eleições para um a assem bléia const it uint e. A
Cart a de 1891, francam ent e inspirada na Const it uição am ericana de 1787,
consagrou a República, inst it uiu o federalism o e inaugurou o regim e
presidencialista. A separação de poderes ficou mais nítida. O Legislativo
cont inuava bicam eral, sendo agora form ado pela Câm ara dos Deput ados e
pelo Senado, cuj os m em bros passaram a ser eleit os para m andado de
duração cert a.
Am pliou- se a aut onom ia do Judiciário. Foi criado o Tribunal de Cont as para
fiscalizar a realização da despesa pública. As províncias, transformadas em
est ados, cuj os president es ( ou governadores) passaram a ser eleit os,
ganharam grande aut onom ia e subst ant iva arrecadação própria. Suas
assem bléias podiam legislar sobre grande núm ero de m at érias. Esse
sist em a caract erizava o federalism o com pet it ivo.
Nesse período, não houve grandes alt erações na conform ação do Est ado
nem na est rut ura do governo. Desde a proclam ação da República, a
principal m udança no Poder Execut ivo foi a cr iação dos m inist érios da
I nst rução Pública, de brevíssim a exist ência; da Viação e Obras Públicas; e
da Agricult ura, I ndúst ria e Com ércio, cuj os nom es sofr eram pequenas
modificações.
Do pont o de vist a da federação, houve um a ligeira redução na capacidade
legislat iva dos est ados, que perderam o poder de legislar sobre
det erm inadas m at érias.
A República Velha durou cerca de 40 anos. Aos poucos, foi se t ornando
disfuncional ao Brasil que se transformava, pela diversificação da
econom ia, pelo prim eiro ciclo de indust rialização, pela ur banização e pela
organização polít ica das cam adas urbanas. Novos conflitos de interesse
dent ro dos set ores dom inant es, ent re as classes sociais e ent re as regiões
punham em causa o pact o oligárquico, as eleições de bico de pena e a
polít ica do café- com - leit e.

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3 . EVOLUÇÃO D A AD M I N I STRAÇÃO PÚBLI CA N O BRASI L APÓS 1 9 3 0


Agora vam os analisar a adm inist ração pública brasileira a part ir da
paradigm át ica década de 1930. Após, vam os t er o prim eiro cont at o com o
t em a das reform as adm inist rat ivas ( em bora sej a assunt o, t am bém , da
próxim a aula, não há com o com preenderm os a hist ória da adm inist ração
pública brasileira sem t ocarm os no assunt o das reform as e vice- versa) e os
m odelos t eóricos de adm inist ração pública decorrent es de t ais reform as,
inclusive a cham ada Nova Gest ão Pública.
Para fazer a análise da evolução da adm inist ração pública, dividirem os o
período de t em po ( a part ir de 1930) , analisando cada fase separadam ent e,
porém verificando event uais relações ent re elas, pois é dest a form a que as
bancas cost um am cobrar em provas, ou sej a, conceit os isolados e/ ou
ent relaçados.
Os períodos foram divididos da seguint e form a:
• 1930/ 45 – Burocrat ização da Era Vargas
• 1956/ 60 – A adm inist ração paralela de JK
• 1967 – A reform a m ilit ar ( Dec. Lei 200)
• 1988 – A adm inist ração pública na nova Const it uição
• 1990 – O governo Collor e o desm ont e da m áquina pública
• 1995/ 2002 – O gerencialism o da Era FHC
• Nova Adm inist ração Pública ( New Public Managem ent )

1 9 3 0 / 4 5 – BUROCRATI ZAÇÃO D A ERA VARGAS


Em decorrência, principalm ent e, do sufocant e Est ado pat rim onial ( O
pat rim onialism o consist e, em linhas gerais, na apropriação do público pelo
privado. Logo, logo você vai saber com m ais det alhes o que é o
pat rim onialism o) , da falt a de qualificação t écnica dos servidores, da crise
econôm ica m undial que explodiu em 1929 e da difusão da t eoria
keynesiana – que pregava a int ervenção do Est ado na Econom ia –, o
governo aut orit ário de Vargas resolve m odernizar a m áquina adm inist rat iva
brasileira at ravés dos paradigm as burocrát icos difundidos por Max Weber
( m odelo racional- legal) . O auge dessas m udanças ocorre em 1936 com a
criação do Depart am ent o Adm inist rat ivo do Serviço Público ( DASP) , que
t inha com o at ribuição m odernizar a m áquina adm inist rat iva ut ilizando
com o inst rum ent os a afirm ação dos princípios do m érit o, a cent ralização, a
separação ent re público e privado ( em respost a ao pat rim onialism o) , a
hierarquia, a im pessoalidade, a rigidez e universalidade das regras e a
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especialização e qualificação dos servidores. Assim , a par t ir da criação do


DASP, com eçou o processo de im plant ação da Adm inist ração Pública
Burocrát ica no Brasil, cuj as caract eríst icas verem os m ais adiant e.
Sobre est e assunt o, o professor Frederico Lust osa sust ent a que:

Mant endo a polít ica de prot eção às m at érias- prim as export adas, o governo
lançou- se de m aneira franca e diret a no proj et o desenvolvim ent ist a,
criando as bases necessárias da indust rialização — a infra- est rut ura de
t ransport e, a ofert a de energia elét rica e a produção de aço, m at éria- pr im a
básica para a indúst ria de bens duráveis. Mais do que isso, assum iu papel
est rat égico na coordenação de decisões econôm icas. Para t ant o, t eve que
aparelhar- se.
As velhas est rut uras do Est ado oligárquico, corroídas pelos vícios do
pat rim onialism o, j á não se prest avam às novas form as de int ervenção no
dom ínio econôm ico, na vida social e no espaço polít ico rem anescent e.
Urgia reform ar o Est ado, o governo e a adm inist ração pública.
Assim , sob o im pulso de superação do esquem a client elist a e anárquico de
adm inist ração oligárquica, o governo de Get úlio Vargas iniciou um a série
de m udanças que t inham pelo m enos duas vert ent es principais ( Lim a
Junior, 1998) :
- est abelecer m ecanism os de cont role da crise econôm ica, result ant e dos
efeit os da Grande Depressão, iniciada em 1929, e subsidiariam ent e
prom over um a alavancagem indust rial;
- prom over a racionalização burocrát ica do serviço público, por m eio da
padronização, nor m at ização e im plant ação de m ecanism os de cont role,
notadamente nas áreas de pessoal, material e finanças.
A part ir de 1937, prom oveu um a série de t ransform ações no aparelho de
Est ado, t ant o na m orfologia, quant o na dinâm ica de funcionam ent o. Nesse
período foram criados inúm eros organism os especializados e em presas
est at ais. “ At é 1939, haviam sido criadas 35 agências est at ais; ent re 1940 e
1945 surgiram 21 agências, englobando em presas públicas, sociedades de
econom ia m ist a e fundações” ( Lim a Júnior, 1998: 8) . At é 1930 exist iam no
Brasil 12 em presas públicas; de 1930 a 1945, foram criadas 13 novas
em presas, sendo 10 do set or produt ivo, ent re elas a Com panhia Vale do
Rio Doce, hoj e um a gigant e da m ineração, e a Com panhia Siderúrgica
Nacional, am bas j á privat izadas.
Dando cum prim ent o a esse program a, em 1930 foi criada a com issão
perm anent e de padronização e, no ano seguint e, a com issão perm anent e
de com pras, am bas volt adas para a aquisição de m at erial. Na área de

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pessoal, a Const it uição de 1934 int roduziu o princípio do m érit o. Em 1935,


foi criada a com issão m ist a de reform a econôm ico- financeira, que destacou
uma subcomissão, que ficou conhecida como comissão Nabuco, para
“ est udar a possibilidade de um reaj ust am ent o dos quadros do serviço
público civil” ( Wahrlich, 1975: 10) . Em decorrência do seu t rabalho, em
1936 foi prom ulgada a Lei n. 284, de 28 de out ubro, a cham ada Lei do
Reajustamento, que estabeleceu nova classificação de cargos, fixou
norm as básicas e criou o Conselho Federal do Serviço Público Civil.
D e t oda s e ssa s m e dida s, a m a is e m ble m á t ica foi a cr ia çã o do
D e pa r t a m e nt o Adm inist r a t ivo do Se r viço Público, “o líde r
incont e st e da r e for m a e , e m gr a nde pa r t e , se u e x e cut or ” ( Wahrlich,
1974: 29) . O Dasp foi efet ivam ent e organizado em 1938, com a m issão de
definir e executar a política para o pessoal civil, inclusive a adm issão
m ediant e concurso público e a capacit ação t écnica do funcionalism o,
prom over a racionalização de m ét odos no serviço público e elaborar o
orçam ent o da União. O Dasp t inha seções nos est ados, com o obj et ivo de
adapt ar as norm as vindas do governo cent ral às unidades federadas sob
int ervenção.
Essa prim eira experiência de reform a de largo alcance inspirava- se no
m odelo weberiano de burocracia e t om ava com o principal referência a
organização do serviço civil am ericano. Est ava volt ada para a
adm inist ração de pessoal, de m at erial e do orçam ent o, para a revisão das
est rut uras adm inist rat ivas e para a racionalização dos m ét odos de
t rabalho. A ênfase m aior era dada à gest ão de m eios e às at ividades de
adm inist ração em geral, sem se preocupar com a racionalidade das
at iv idades subst ant ivas.
A reform a adm inist rat iva do Est ado Novo foi, port ant o, o prim eiro esforço
sist em át ico de superação do pat rim onialism o. Foi um a ação deliberada e
am biciosa no sent ido da burocrat ização do Est ado brasileir o, que buscava
int roduzir no aparelho adm inist rat ivo do país a cent ralização, a
im pessoalidade, a hierarquia, o sist em a de m érit o, a separação ent re o
público e o privado. Visava const it uir um a adm inist ração pública m ais
racional eficiente, que pudesse assumir seu papel na condução do processo
de desenvolvim ent o, cuj o m odelo de crescim ent o, baseado na
indust rialização via subst it uição de im port ações, supunha um fort e
int ervencionism o est at al e cont role sobre as relações ent re os grupos
sociais ascendent es — a nova burguesia indust rial e o operariado urbano
( Marcelino, 1987) .

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1 9 5 6 / 6 0 – A AD M I N I STRAÇÃO PARALELA D E JK
Mesm o sendo um t em a pouco recorrent e em concursos públicos,
acham os por bem acrescent á- lo, pois est e é um capít ulo not ável da hist ória
da adm inist ração pública no Brasil. Em linhas gerais, a adm inist ração
paralela foi um art ifício ut ilizado pelo governo JK para at ingir o seu Plano
de Met as ( 50 anos em 5) e seguir firm e no seu proj et o desenvolvim ent ist a.
Ela surgiu com a criação de est rut uras alheias à Adm inist ração Diret a para,
dessa form a, fugir das am arras burocrát icas.
Assim , a cham ada Adm inist ração Paralela ( I lhas de Excelência) foram
inst it uições criadas, via decret o presidencial, pelo governo JK, com o
obj et ivo de obt er m ais flexibilidade e agilidade que eram necessárias para
a im plant ação do seu plano de m et as, t endo em vist a que os organism os
públicos ent ão exist ent es est avam im pregnados por um a cult ura
burocrát ica que era rígida e lent a dem ais.
Sobre esse período, Frederico Lust osa revela que:

Depois de um t um ult uado período de t ransição de m ais de um ano, com


golpes, cont ragolpes, a eleição e a t ent at iva de im pedim ent o da posse do
eleit o, assum iu o governo em 1956, Juscelino Kubit scheck de Oliveira. Seu
Plano de Met as t inha 36 obj et ivos, com dest aque para quat ro set ores-
chave: energia, t ransport e, indúst ria pesada e alim ent ação. Propugnava a
indust rialização acelerada, apoiada na associação ent re capit ais nacionais e
est rangeiros, com ênfase na indúst ria de bens duráveis, dando prioridade à
indúst ria aut om obilíst ica e ao t ransport e rodoviário. Seu lem a era a
realização de “ 50 anos em cinco” e a m et a sím bolo era a const rução da
nova capit al do país, Brasília ( Mendonça, 1990: 335) . Era um a fase de
grande euforia e de afirmação nacionalista.
Do pont o de vist a inst it ucional, a década que vai de 1952 a 1962 foi
m arcada pela realização de est udos e proj et os que j am ais seriam
implementados. A criação da Cosb (Comissão de Simplificação Burocrática)
e da Cepa ( Com issão de Est udos e Proj et os Adm inist rat ivos) , em 1956,
represent a as prim eiras t ent at ivas de realizar as cham adas reform as
globais. A prim eira t inha com o obj et ivo principal prom over est udos visando
à descent ralização dos serviços, por m eio da avaliação das at ribuições de
cada órgão ou instituição e da delegação de competências, com a fixação
de sua esfera de responsabilidade e da prest ação de cont as das
aut oridades. A Cepa t eria a incum bência de assessorar a presidência da
República em t udo que se referisse aos proj et os de reform a adm inist rat iva.
Esse período se caract eriza por um a crescent e cisão ent re a adm inist ração
diret a, ent regue ao client elism o e subm et ida, cada vez m ais, aos dit am es
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de norm as rígidas e cont roles, e a adm inist ração descent ralizada


( aut arquias, em presas, inst it ut os e grupos especiais ad hoc) , dot ados de
m aior aut onom ia gerencial e que podiam recrut ar seus quadros sem
concursos, preferencialm ent e ent re os form ados em t hink t hanks
especializados, rem unerando- os em t erm os com pat íveis com o m ercado.
Const it uíram - se assim ilhas de excelência no set or público volt adas para a
adm inist ração do desenvolvim ent o, enquant o se det eriorava o núcleo
cent ral da adm inist ração.
De acordo com Lim a Júnior ( 1998: 10) a adm inist ração do plano de m et as
foi execut ada, em grande m edida, fora dos órgãos adm inist rat ivos
convencionais. Considerando- se os set ores essenciais do plano de
desenvolvim ent o ( energia, t ransport es, alim ent ação, indúst rias de base e
educação) apenas 5,2% dos recursos previst os foram alocados na
adm inist ração diret a; o rest ant e foi aplicado por aut arquias, sociedades de
econom ia m ist a, adm inist rações est aduais e em presas privadas. A
coordenação polít ica das ações se fazia at ravés dos gr upos execut ivos
nom eados diret am ent e pelo president e da República.

1 9 6 7 – A REFORM A M I LI TAR ( D EC. LEI 2 0 0 / 6 7 )


De 1967 a 1979, a coordenação da reform a adm inist rat iva cabia à Sem or
( Subsecret aria de Modernização e Reform a Adm inist rat iva) , que cuidava
dos aspect os est rut urais, sist êm icos e processuais, e ao Dasp, que at uava
som ent e no dom ínio dos recursos hum anos. Nest a fase, a Sem or se
preocupou em recorrer a freqüent es exam es da est rut ura organizacional e
analisou proj et os de iniciat iva de out ros depart am ent os, visando à criação,
fusão ou ext inção de órgãos e program as que t rouxessem maior eficácia à
gest ão pública. Foram realizados m uit os est udos, t razendo cont ribuições
im port ant es para a form ulação do arcabouço t eórico e de m et odologias que
em basassem a m odernização adm inist rat iva. Quant o às Dasp, além de
suas at ividades regulares, seu principal proj et o foi a elaboração de um
novo plano de classificação de cargos, que se pautava numa classificação
por cat egoria, em oposição ao ant erior, aprovado em 1960, que se apoiava
num sistema de classificação por deveres e responsabilidades. Esse plano
não logrou êxito em modificar a estrutura hierárquica de cargos na
administração pública, o que significa dizer que o sistema de mérito
cont inuou rest rit o aos post os iniciais da carreira.
Assim , durant e o período m ilit ar, a adm inist ração pública passa por novas
t ransform ações. Três aspect os podem ser ressalt ados nessa época:

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 A am pliação da função econôm ica do Est ado com a criação de várias


em presas est at ais;
 A facilidade de im plant ação de polít icas, em decorrência da nat ureza
aut orit ária do regim e;
 O aprofundam ent o da divisão da adm inist ração pública, m ais
especificam ent e at ravés do Decret o- Lei 200/ 67, que dist inguiu
claram ent e a Adm inist ração Diret a ( exercida por órgãos diret am ent e
subordinados aos m inist érios) da indiret a ( form ada por aut arquias,
fundações, em presas públicas e sociedades de econom ia m ist a) .
A reform a do período m ilit ar – que at ingiu bons índices de
m odernização – t am bém t eve com o pont os im port ant es a padronização e
norm at ização nas áreas de pessoal, com pras e execução orçam ent ária,
est abelecendo ainda cinco princípios est rut urais da adm inist ração pública:
planej am ent o, coordenação, descent ralização, delegação de com pet ências
e cont role.
Ant es de verificarm os o processo de redem ocrat ização e a nova
const it uint e da década de 80, devem os, à luz de Frederico Lust osa,
verificar dois progr am as de reform a elaborados ent re 1979 e 1982, a
de sbur ocr a t iza çã o e a de se st a t iza çã o. De iniciat iva do Poder Execut ivo,
os dois program as foram concebidos de form a a at ender obj et ivos
com plem ent ares que seriam o aumento da eficiência e eficácia na
adm inist ração pública e o fort alecim ent o do sist em a de livr e em presa. Mais
especificamente, o programa de desburocratização, instituído pelo Decreto-
Lei n. 83.740, de 18 de julho de 1979, “visa à simplificação e à
racionalização das norm as organizacionais, de m odo a t ornar os órgãos
públicos m ais dinâm icos e m ais ágeis” ( Wahrlich, 1984: 53) . Esperava- se
que a supressão de et apas desnecessárias t ornaria m ais ágil o sist em a
adm inist rat ivo, t razendo benefícios par a funcionários e client es.
Diferent em ent e dos out ros program as, o da desburocrat ização privilegiava
o usuário do serviço público. Daí o seu inedit ism o, porque nenhum out ro
program a ant es era dot ado de carát er social e polít ico. Mas, ele t am bém
incluía ent re seus obj et ivos o enxugam ent o da m áquina est at al, j á que
recom endava a elim inação de órgãos pouco út eis ou cuidava para im pedir
a proliferação de entidades com tarefas pouco definidas ou já
desem penhadas em out ras inst it uições da adm inist ração diret a e indiret a.
O program a de desest at ização visava ao fort alecim ent o do sist em a livre de
em presa e t inha os seguint es pressupost os:
- organização e exploração das at ividades econôm icas com pet em
preferencialm ent e à em presa privada, na form a est abelecida na
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Const it uição brasileira. O papel do Est ado, no cam po econôm ico, é de


carát er suplem ent ar , e visa sobret udo encoraj ar e apoiar o set or privado;
- o governo brasileiro está firmemente empenhado em promover a
privat ização das em presas est at ais nos casos em que o cont role público se
tenha tornado desnecessário ou injustificável;
- a privat ização das em presas est at ais, porém , não deverá alcançar nem
enfraquecer as ent idades que devam ser m ant idas sob cont role público,
sej a por m ot ivos de segurança nacional, sej a porque t ais em presas criem ,
efet ivam ent e condições favoráveis ao desenvolvim ent o do próprio set or
privado nacional, ou ainda, quando cont ribuem para assegurar o cont role
nacional do processo de desenvolvim ent o ( Wahrlich, 1984: 54) .

1 9 8 8 – A AD M I N I STRAÇÃO PÚBLI CA N A N OVA CON STI TUI ÇÃO


A nova Const it uição da República Federat iva do Brasil volt ou a fort alecer a
Adm inist ração Diret a inst it uindo regras iguais às que deveriam ser
seguidas pela adm inist ração pública indiret a, principalm ent e em relação à
obrigat oriedade de concursos públicos para invest idura na carreira ( o que
dim inuiu a polít ica client elist a) e aos pr ocedim ent os de com pras públicas.
Para Lust osa, no cam po da polít ica de recursos hum anos do set or público,
o governo não conseguiu inst it uir um sist em a de carreiras, apoiando o
progresso profissional na formação dos servidores, que justificasse a
exist ência desses organism os. Deixou para seu sucessor o proj et o de um
regim e único para os servidores públicos, det erm inado pela Const it uição de
1988 que, cedendo a pressões de int eresses corporat ivos, est abelecia m ais
de 100 direit os, uns dois ou t rês deveres e alguns poucos disposit ivos
sobre o processo disciplinar e as sanções cabíveis em caso de falt a grave
( Lei n. 8.112, de 11 de dezem bro de 1990, m ais t arde, profundam ent e
alt erada pela Lei n. 9.527, de 10 de dezem bro de 1997) . Sancionado com
vet os post eriorm ent e derrubados pelo Congresso Nacional, esse em blem a
do privilégio em nada cont ribuiu para valorizar a função pública.
Ainda segundo Lust osa, do pont o de vist a da gest ão pública, a Cart a de
1988, no anseio de reduzir as disparidades ent re a adm inist ração cent ral e
a descentralizada, acabou por eliminar a flexibilidade com que contava a
administração indireta que, apesar de casos de ineficiência e abusos
localizados em t erm os de rem uneração, const it uía o set or dinâm ico da
adm inist ração pública. Ela foi equiparada, para efeit o de m ecanism os de
cont role e procedim ent os, à adm inist ração diret a.
A aplicação de um regim e j urídico único ( RJU) a t odos os servidores
públicos abrupt am ent e t ransform ou m ilhares de em pregados celet ist as em
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est at ut ários, gerando um problem a ainda não solucionado para a gest ão da


previdência dos servidores públicos, pois assegurou aposent adorias com
salário int egral para t odos aqueles que for am incorporados
com pulsoriam ent e ao novo regim e sem que nunca t ivessem cont ribuído
para esse sist em a.
Além disso, o RJU inst it ucionalizou vant agens e benefícios que perm it iram
um crescim ent o veget at ivo e fora de cont role das despesas com pessoal,
criando sérios obst áculos ao equilíbrio das cont as públicas e aos esforços
de m odernização adm inist rat iva em t odos os níveis de governo.
Apesar do propalado ret rocesso em t erm os gerenciais, a Const it uição de
1988 não deixou de produzir avanços significativos, particularmente no que
se refere à dem ocrat ização da esfera pública. At endendo aos clam ores de
part icipação nas decisões públicas, foram inst it ucionalizados m ecanism os
de dem ocracia diret a, favorecendo um m aior cont role social da gest ão
est at al, incent ivou- se a descent ralização polít ico- adm inist r at iva e resgat ou-
se a im port ância da função de planej am ent o.

1 9 9 0 – O GOVERN O COLLOR E O D ESM ON TE D A M ÁQUI N A PÚBLI CA


Essa et apa da adm inist ração pública brasileira é m arcada pelo desm ont e da
m áquina adm inist rat iva pelo governo Collor – sem nenhum planej am ent o –
,sob o argum ent o de que os servidores públicos eram verdadeiros
“ m araj ás” .
Pouco t em po depois da posse, o governo prom oveu a ext inção de m ilhares
de cargos de confiança, a reest rut uração e a ext inção de vários órgãos, a
dem issão de out ras dezenas de m ilhares de servidores sem est abilidade e
t ant os out ros foram colocados em disponibilidade. Segundo est im at ivas,
foram ret irados do serviço público, num curt o período e sem qualquer
planej am ent o, cerca de 100 m il servidores. Tais fat os result aram num a
avalanche de processos j udiciais que perduram at é hoj e, t endo a m aior
part e dos servidores conseguido ret ornar ao serviço público.

A rápida passagem de Collor pela presidência provocou, na


adm inist ração pública, um a desagregação e um est rago cult ural
e psicológico im pressionant es. A adm inist ração pública sent iu
profundam ent e os golpes desferidos pelo governo Collor, com os
servidores descendo aos degraus m ais baixos da aut o- est im a e
valorização social, depois de serem alvos preferenciais em um a
cam panha polít ica alt am ent e dest rut iva e desagregadora.
Torres ( 2004: 170)

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1 9 9 5 / 2 0 0 2 – A N OVA GESTÃO PÚBLI CA


A reform a adm inist rat iva foi o ícone do governo FHC em relação à
adm inist ração pública brasileira. I nserida no cont ext o da reform a do Est ado
e capit aneada por Luis Carlos Bresser- Pereira à frent e do ent ão recém -
criado Minist ério da Adm inist ração Federal e da Reform a do Est ado ( MARE) ,
a cham ada reform a gerencial t eve com o inst rum ent o básico o Plano Diret or
da Reform a do Aparelho do Est ado ( PDRAE) , que v isava à reest rut uração
do aparelho do Est ado para com bat er, principalm ent e, a cult ura
burocrát ica.
Abaixo, verem os um t recho do PDRAE no qual são elencados os seus
obj et ivos:
Font e:
ht t p: / / www.planej am ent o.gov.br/ gest ao/ cont eudo/ publicacoes/ plano_diret
or/ port ugues/ obj et ivos.ht m
6 - OBJETI VOS
A definição dos obj et ivos e est rat égias da reform a do aparelho do Est ado
apresent ada a seguir decorre do diagnóst ico e dos pressupost os t eóricos
que presidiram a análise ant erior.
Dada a crise do Est ado e o irrealism o da propost a neoliberal do Est ado
m ínim o, é necessário reconst ruir o Est ado, de form a que ele não apenas
garant a a propriedade e os cont rat os, m as t am bém exerça seu papel
com plem ent ar ao m ercado na coordenação da econom ia e na busca da
redução das desigualdades sociais.
Reform ar o Est ado significa m elhorar não apenas a organização e o pessoal
do Est ado, m as t am bém suas finanças e t odo o seu sist em a inst it ucional-
legal, de form a a perm it ir que o m esm o t enha um a relação harm oniosa e
posit iv a com a sociedade civil.
A reform a do Est ado perm it irá que seu núcleo est rat égico t om e decisões
m ais corret as e efet ivas, e que seus serviços – t ant o os exclusivos, que
funcionam diret am ent e sob seu com ando, quant o os com pet it ivos, que
est arão apenas indiret am ent e subordinados na m edida que se t ransform em
em organizações públicas não- est at ais – operem m uit o m ais
eficient em ent e.
Reform ar o aparelho do Est ado significa garant ir a esse aparelho m aior
governança, ou sej a, m aior capacidade de governar, m aior condição de
im plem ent ar as leis e polít icas públicas. Significa t ornar m uit o m ais
eficient es as at ividades exclusivas de Est ado, at ravés da t r ansform ação das
aut arquias em " agências aut ônom as" , e t ornar t am bém m uit o m ais

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eficient es os serviços sociais com pet it ivos ao t ransform á- los em


organizações públicas não- est at ais de um t ipo especial: as " organizações
sociais" .
Na reform a do aparelho do Est ado podem os dist inguir alguns obj et ivos
globais e obj et ivos específicos para seus quat ro set ores.
6 .1 Obj e t ivos Globa is:
• Aum ent ar a governança do Est ado, ou sej a, sua capacidade
adm inist rat iva de governar com efet ividade e eficiência, volt ando a
ação dos serviços do Est ado para o at endim ent o dos cidadãos.
• Lim it ar a ação do Est ado àquelas funções que lhe são próprias,
reservando, em princípio, os serviços não- exclusivos para a
propriedade pública não- est at al, e a produção de bens e serviços
para o m ercado para a iniciat iva privada.
• Transferir da União para os est ados e m unicípios as ações de carát er
local: só em casos de em ergência cabe a ação diret a da União.
• Transferir parcialm ent e da União par a os est ados as ações de carát er
regional, de form a a perm it ir um a m aior parceria ent re os est ados e
a União.
6 .2 Obj e t ivos pa r a o N úcle o Est r a t é gico:
• Aum ent ar a efet ividade do núcleo est rat égico, de form a que os
obj et ivos dem ocr at icam ent e acordados sej am adequada e
efet ivam ent e alcançados.
• Para ist o, m odernizar a adm inist ração burocrát ica, que no núcleo
est rat égico ainda se j ust ifica pela sua segurança e efet ividade,
at ravés de um a polít ica de profissionalização do serviço público, ou
sej a, de um a polít ica de carreiras, de concursos públicos anuais, de
program as de educação cont inuada perm anent es, de um a efet iva
adm inist ração salarial, ao m esm o t em po que se int roduz no sist em a
burocrát ico um a cult ura gerencial baseada na avaliação do
desem penho.
Dot ar o núcleo est rat égico de capacidade gerencial par a definir e
supervisionar os cont rat os de gest ão com as agências aut ônom as,
responsáveis pelas at ividades exclusivas de Est ado, e com as
organizações sociais, responsáveis pelos serviços não- exclusivos do
Est ado realizados em parceria com a sociedade.
6 .3 Obj e t ivos pa r a a s At ivida de s Ex clusiva s:

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• Transform ar as aut arquias e fundações que possuem poder de Est ado


em agências aut ônom as, adm inist radas segundo um cont rat o de
gest ão; o dirigent e escolhido pelo Minist ro segundo crit érios
rigorosam ent e profissionais, m as não necessariam ent e de dent ro do
Est ado, t erá am pla liberdade para adm inist rar os recursos hum anos,
m at eriais e financeiros colocados à sua disposição, desde que at inj a
os obj et ivos qualit at ivos e quant it at ivos ( indicadores de desem penho)
previam ent e acordados;
• Para ist o, subst it uir a adm inist ração pública burocrát ica, rígida,
volt ada para o cont role a priori dos processos, pela adm inist ração
pública gerencial, baseada no cont role a post eriori dos result ados e
na com pet ição adm inist rada.
• Fort alecer prát icas de adoção de m ecanism os que privilegiem a
part icipação popular t ant o na form ulação quant o na av aliação de
polít icas públicas, viabilizando o cont role social das m esm as.
6 .4 Obj e t ivos pa r a os Se r viços N ã o- e x clusivos:
• Transferir para o set or publico não- est at al est es serviços, at ravés de
um program a de " publicização" , t ransform ando as at uais fundações
públicas em organizações sociais, ou sej a, em ent idades de direit o
privado, sem fins lucrat ivos, que t enham aut orização específica do
poder legislat ivo para celebrar cont rat o de gest ão com o poder
execut ivo e assim t er direit o à dot ação orçam ent ária.
Lograr, assim , um a m aior aut onom ia e um a conseqüent e m aior
responsabilidade para os dirigent es desses serviços.
• Lograr adicionalm ent e um cont role social diret o desses serviços por
part e da sociedade at ravés dos seus conselhos de adm inist ração.
Mais am plam ent e, fort alecer prát icas de adoção de m ecanism os que
privilegiem a part icipação da sociedade t ant o na form ulação quant o
na avaliação do desem penho da organização social, viabilizando o
cont role social.
• Lograr, finalm ent e, um a m aior parceria ent re o Est ado, que
cont inuará a financiar a inst it uição, a própria organização social, e a
sociedade a que serve e que deverá t am bém part icipar
m inorit ariam ent e de seu financiam ent o via com pra de serviços e
doações.
• Aum ent ar, assim , a eficiência e a qualidade dos serviços, at endendo
m elhor o cidadão- client e a um cust o m enor.

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6 .5 Obj e t ivos pa r a a Pr oduçã o pa r a o M e r ca do:


• Dar cont inuidade ao processo de privat ização at ravés do Conselho de
Desest at ização.
• Reorganizar e fort alecer os órgãos de regulação dos m onopólios
nat urais que forem privat izados.
• I m plant ar cont rat os de gest ão nas em presas que não puderem ser
privat izadas.
Ainda em relação às est rut uras, com o part e do proj et o de dim inuição
do Est ado at ravés das privat izações, o dest aque m aior foi a criação das
Agências Regulador as, que foram incum bidas de regulam ent ar e fiscalizar
os set ores privat izados, inicialm ent e nas áreas de pet róleo, energia elét rica
e t elecom unicações.
Por fim , devem os dest acar, pelo fat o de event ualm ent e aparecer em prova,
o m ovim ent o “ reinvent ando o governo” difundido por Osborne e Gaebler
nos EUA no início da década de 90 e no Brasil durant e a reform a
adm inist rat iva de 95. “ I m port ado principalm ent e da I nglat erra, EUA e Nova
Zelândia, o m ovim ent o int roduziu no Brasil a cult ura do m anagem ent
( gerencialism o) , t razendo t écnicas do set or privado para o set or público e a
difusão da cham ada Nova Gest ão Pública, cuj as caract eríst icas básicas são:
● O foco no cliente
● A reengenharia
● Governo empreendedor
● Administração da qualidade total
Feit as essas considerações iniciais, vam os part ir para a análise das
reform as adm inist rat ivas e dos m odelos t eóricos de adm inist ração pública.

4 . REFORM AS AD M I N I STRATI VAS E A N OVA GESTÃO PÚBLI CA


O Brasil passou por t rês grandes r eform as adm inist r at ivas ( t am bém
cham adas de reform a da Adm inist ração Pública ou reform a do aparelho do
Est ado) :
 1ª na década de 1930 ( reform a burocrát ica)
 2ª na década de 1960 ( reform a do período m ilit ar)
 3º na década de 1990 ( reform a gerencial)

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Verificam os no capít ulo ant erior algum as caract eríst icas das reform as e o
m om ent o em que ocorreram . Agora, vam os com preender o que é reform ar
o aparelho do Est ado.
“ Ent ende- se por a pa r e lho do Est a do a adm inist ração pública em
sent ido am plo, ou sej a, a est rut ura organizacional do Est ado, em seus t rês
Poderes ( Execut ivo, Legislat ivo e Judiciário) e t rês níveis ( União, Est ados-
m em bros e Municípios) . O aparelho do Est ado é const it uído pelo governo,
ist o é, pela cúpula dirigent e nos t rês Poderes, por um corpo de
funcionários, e pela força m ilit ar” .
“ O Est a do, por sua vez, é m ais abrangent e que o aparelho, porque
com preende adicionalm ent e o sist em a const it ucional- legal, que regula a
população nos lim it es de um t errit ório. O Est ado é a organização
burocrát ica que t em o m onopólio da violência legal, é o aparelho que t em o
poder de legislar e t ribut ar a população de um det erm inado t errit ório” .
“ Esses conceit os perm it em dist inguir a reform a do Est ado da reform a
do aparelho do Est ado. A r e for m a do Est a do é um pr oj e t o a m plo que
diz respeit o às várias áreas do governo e, ainda, ao conj unt o da sociedade
brasileira, enquant o que a r e for m a do a pa r e lho do Est a do t e m um
e scopo m a is r e st r it o: est á orient ada para t ornar a adm inist ração pública
m ais eficient e e m ais volt ada para a cidadania. Est e Plano Diret or focaliza
sua at enção na adm inist ração pública federal, m as m uit as das suas
diret rizes e propost as podem t am bém ser aplicadas no nível est adual e
m unicipal” .
“ A reform a do Est ado deve ser ent endida dent ro do cont ext o da
redefinição do papel do Est ado, que deixa de ser o responsável diret o pelo
desenvolvim ent o econôm ico e social pela via da produção de bens e
serviços, para fort alecer- se na função de prom ot or e regulador desse
desenvolvim ent o” .
O Plano Diret or da Reform a do Aparelho do Est ado ( daqui em diant e
PDRAE) fez um a divisão t eórica do aparelho do Est ado em quat ro set ores,
a saber:

N ÚCLEO ESTRATÉGI CO. Corresponde ao governo, em sent ido lat o. É o


set or que define as leis e as polít icas públicas, e cobra o seu
cum prim ent o. É, port ant o, o set or onde as decisões est rat égicas são
t om adas. Corresponde aos Poderes Legislat ivo e Judiciário, ao Minist ério
Público e, no Poder Execut ivo, ao President e da República, aos m inist ros e
aos seus auxiliares e assessores diret os, responsáveis pelo planej am ent o
e form ulação das polít icas públicas.

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ATI VI D AD ES EXCLUSI VAS. É o set or em que são prest ados serviços


que só o Est ado pode realizar. São serviços em que se exerce o poder
ext roverso do Est ado - o poder de regulam ent ar, fiscalizar, fom ent ar.
Com o exem plos, t em os: a cobrança e fiscalização dos im post os, a polícia,
a previdência social básica, o serviço de desem prego, a fiscalização do
cum prim ent o de norm as sanit árias, o serviço de t rânsit o, a com pra de
serviços de saúde pelo Est ado, o cont role do m eio am bient e, o subsídio à
educação básica, o serviço de em issão de passaport es et c.

SERVI ÇOS N ÃO- EXCLUSI VOS. Corresponde ao set or onde o Est ado
at ua sim ult aneam ent e com out ras organizações públicas não- est at ais e
privadas. As inst it uições desse set or não possuem o poder de Est ado.
Est e, ent ret ant o, est á present e porque os serviços envolvem direit os
hum anos fundam ent ais, com o os da educação e da saúde, ou porque
possuem " econom ias ext ernas" relevant es, na m edida em que produzem
ganhos que não podem ser apropriados por esses serviços at ravés do
m ercado. As econom ias produzidas im ediat am ent e se espalham para o
rest o da sociedade, não podendo ser t ransform adas em lucros. São
exem plos desse set or: as universidades, os hospit ais, os cent ros de
pesquisa e os m useus.

PROD UÇÃO D E BEN S E SERVI ÇOS PARA O M ERCAD O. Corresponde à


área de at uação das em presas. É caract erizado pelas at ividades
econôm icas volt adas para o lucro que ainda perm anecem no aparelho do
Est ado com o, por exem plo, as do set or de infra- est r ut ura. Est ão no
Est ado sej a porque falt ou capit al ao set or privado para realizar o
invest im ent o, sej a porque são at ividades nat uralm ent e m onopolist as, nas
quais o cont role via m ercado não é possível, t ornando- se necessária, no
caso de privat ização, a regulam ent ação rígida.

Com isso, encerram os a part e t eórica dessa aula zero, e é necessário que
você com preenda o processo de evolução, assim com o os principais
m om ent os da Adm inist ração Pública

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5 . QUESTÕES COM EN TAD AS


1 . ( FGV/ SEN AD O FED ERAL/ CON SULTOR D E ORÇAM EN TO/ 2 0 0 8 )
Um e st a m e nt o e m ine nt e m e nt e a r ist ocr á t ico, for m a do por um a
nobr e z a e m de clínio, pa ula t ina m e nt e pe r de u sua s r e nda s or igina is
e se t or nou cr e sce nt e m e nt e bur ocr á t ico.
O t e x t o ca r a ct e r iz a o se guint e t ipo de Est a do e de a dm inist r a çã o
pública no Br a sil:
( A) e st a t a l.
( B) pa t r im onia list a .
( C) bur ocr á t ica .
( D ) pós- bur ocr á t ica .
( E) ge r e ncia l.
Com ent ário:
A Adm inist ração Pública Pat rim onial é um m odelo no qual ocorre a
apropriação do público pelo privado, os cargos são prebendas e a
adm inist ração público serve, ant es, para at ender aos int eresses dos
governant es. Segundo Fernando Abrúcio ( que t am bém cham a a
adm inist ração pública pat rim onial de burocracia im perial) :
Ela servia para a dist ribuição de em pregos públicos para garant ir apoio
polít ico e social. Trat a- se do fenôm eno da pat ronagem , t ão bem descrit o
por Graham ( 1997) . Os beneficiários desse m odelo eram cabos eleit orais
eficazes na conquist a do vot o no int erior - inclusive fam iliares da elit e
agrária decadent e que não conseguiam m elhores post os - , parcelas pobres
não escravizadas e at é m inorias ur banas educadas que não obt inham
acesso a cargos bur ocrát icos m ais nobr es ( Carvalho, 2003: 165) . No m undo
escravocrat a, o Est ado t inha com o um a das t arefas oferecer em pregos
num a econom ia pouco dinâm ica - o que no dizer de Joaquim . Nbuco
significava que o " serviço público era a vocação de t odos" .
Um a lei de 1831 inst it uiu, pela prim eira vez no Brasil, o m ecanism o do
concurso público, no caso para o ingresso de funcionários no Minist ério da
Fazenda. Porém , com o m ost ra Carvalho ( 2003: 168) , essa legislação foi
diversas vezes m odificada, um provável indício da dificuldade de cum prí- la.
O fat o é que a burocracia im perial t inha essas duas caract eríst icas. Ela foi
essencial para cont ruir a nação brasileira, evit ando o fracionam ent o que
m arcou o rest ant e da Am érica Lat ina e m it igando o localism o oligárquico
present e no país. Mas o fez t am bém reduzindo a esfera pública ao
com ando pat rim onial dos agent es est at ais. Em out ras palavras, havia um a
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alt a burocracia selecionada pelo m ér it o, m as que não era pública e


t am pouco cont rolada publicam ent e, nem no sent ido liberal nem em t erm os
dem ocrát icos. A alt a burocracia respondia, basicam ent e, ao im perador, o
m esm o que concent rava em si t odos os quat ro poderes definidos pela
Const it uição de 1824.
GABARI TO: B

2 . ( FGV/ SEN AD O FED ERAL/ CON SULTOR D E ORÇAM EN TO/ 2 0 0 8 )


Se gundo a a bor da ge m ge r e ncia l da a dm inist r a çã o pública , os
se t or e s e x ist e nt e s e m um Est a do sã o:
( A) o se t or público e o se t or pr iva do.
( B) o se t or público, o se t or pr iva do e o com é r cio int e r na ciona l.
( C) o núcle o e st r a t é gico, a s a t ivida de s e x clu siva s do Est a do, os
se r viços nã o- e x clusivos e a pr oduçã o de be ns e se r viços pa r a o
m e r ca do.
( D ) o núcle o e st r a t é gico, a s a t ivida de s e x clusiva s do Est a do e os
se r viços nã o- e x clusivos.
( E) a s a t ivida de s e x clusiva s do Est a do, os se r viços nã o- e x clusivos e
a pr oduçã o de be ns e se r viços pa r a o m e r ca do.
Com ent ário:
O Plano Diret or da Reform a do Aparelho do Est ado ( daqui em diant e
PDRAE) fez um a divisão t eórica do aparelho do Est ado em quat ro set ores,
a saber:

N ÚCLEO ESTRATÉGI CO. Corresponde ao governo, em sent ido lat o. É o


set or que define as leis e as polít icas públicas, e cobra o seu
cum prim ent o. É, port ant o, o set or onde as decisões est rat égicas são
t om adas. Corresponde aos Poderes Legislat ivo e Judiciário, ao Minist ério
Público e, no Poder Execut ivo, ao President e da República, aos m inist ros e
aos seus auxiliares e assessores diret os, responsáveis pelo planej am ent o
e form ulação das polít icas públicas.

ATI VI D AD ES EXCLUSI VAS. É o set or em que são prest ados serviços


que só o Est ado pode realizar. São serviços em que se exerce o poder
ext roverso do Est ado - o poder de regulam ent ar, fiscalizar, fom ent ar.
Com o exem plos, t em os: a cobrança e fiscalização dos im post os, a polícia,
a previdência social básica, o serviço de desem prego, a fiscalização do
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cum prim ent o de norm as sanit árias, o serviço de t rânsit o, a com pra de
serviços de saúde pelo Est ado, o cont role do m eio am bient e, o subsídio à
educação básica, o serviço de em issão de passaport es et c.

SERVI ÇOS N ÃO- EXCLUSI VOS. Corresponde ao set or onde o Est ado
at ua sim ult aneam ent e com out ras organizações públicas não- est at ais e
privadas. As inst it uições desse set or não possuem o poder de Est ado.
Est e, ent ret ant o, est á present e porque os serviços envolvem direit os
hum anos fundam ent ais, com o os da educação e da saúde, ou porque
possuem " econom ias ext ernas" relevant es, na m edida em que produzem
ganhos que não podem ser apropriados por esses serviços at ravés do
m ercado. As econom ias produzidas im ediat am ent e se espalham para o
rest o da sociedade, não podendo ser t ransform adas em lucros. São
exem plos desse set or: as universidades, os hospit ais, os cent ros de
pesquisa e os m useus.

PROD UÇÃO D E BEN S E SERVI ÇOS PARA O M ERCAD O. Corresponde à


área de at uação das em presas. É caract erizado pelas at ividades
econôm icas volt adas para o lucro que ainda perm anecem no aparelho do
Est ado com o, por exem plo, as do set or de infra- est r ut ura. Est ão no
Est ado sej a porque falt ou capit al ao set or privado para realizar o
invest im ent o, sej a porque são at ividades nat uralm ent e m onopolist as, nas
quais o cont role via m ercado não é possível, t ornando- se necessária, no
caso de privat ização, a regulam ent ação rígida.

GABARI TO: C

3 . ( FGV/ BAD ESC/ AN ALI STA AD M I N I STRATI VO/ 2 0 1 0 )


Com r e la çã o à conce pçã o ne olibe r a l do Est a do nã o é cor r e t o
a fir m a r que :
a ) o Est a do de ve se m a nt e r isola do da s pr e ssõe s do se t or pr iva do.
b) o Est a do de ve r e duzir o t a m a nho da a dm inist r a çã o pública .
c) o Est a do de ve r e duzir o t a m a nho do se t or público.
d) o Est a do de ve a poia r - se e m de cisõe s discr icioná r ia s do que e m
r e gr a s
e ) o Est a do de ve de le ga r a s de cisõe s a unida de s inde pe nde nt e s que
nã o ce da m à s pr e ssõe s polít ica s.
Com ent ário:

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O neoliberalism o, em linhas gerais, é um a dout rina que prega a m ínim a


int ervenção do Est ado naquilo que é, ou deveria ser, com pet ência do
m ercado. Assim , por exem plo, a reform a adm inist rat iva da década de 90 é
vist a por m uit os crít icos com o um a reform a de cunho neoliberal, t endo em
vist a que, dent re out ros pont os, visava dim inuir o t am anho do Est ado.
GABARI TO: D

4 . ( FGV/ BAD ESC/ AN ALI STA AD M I N I STRATI VO/ 2 0 1 0 )


Com r e la çã o a o funciona m e nt o da a dm inist r a çã o pública , a na lise a s
a fir m a t iva s a se guir .
I . A a dm inist r a çã o pública , e m se nt ido for m a l, é o conj unt o de
ór gã os inst it uídos pa r a a conse cuçã o dos obj e t ivos do gove r no.
I I . A a dm inist r a çã o pública e x e cut a , t é cnica e le ga lm e nt e , os a t os
de gove r no.
I I I . A a dm inist r a çã o pública ex e cut a , com r esponsa bilida de
const it uciona l e polít ica , os pr oj e t os gove r na m e nt a is.
Assina le :
( A) se som e nt e a a fir m a t iva I e st ive r cor r e t a .
( B) se som e nt e a a fir m a t iva I I e st ive r cor r e t a .
( C) se som e nt e a a fir m a t iva I I I e st ive r cor r e t a .
( D ) se som e nt e a s a fir m a t iva s I e I I I e st ive r e m cor r e t a s.
( E) se t oda s a s a fir m a t iva s e st ive r e m cor r e t a s.
Com ent ário:
I . Corret a. Tam bém cham ada de aparelho do Est ado.
I I . Errada. A adm inist ração pública prat ica at os de gest ão.
I I I . Errada. Responsabilidade adm inist rat iva.
Gabarit o: A

5 . ( FGV/ FI OCRUZ/ AN ALI STA D E GESTÃO EM SAÚD E/ 2 0 1 0 )


Com r e la çã o à s ca r a ct e r íst ica s bá sica s da Adm inist r a çã o Pública
Ge r e ncia l, a ssina le a a fir m a t iva incor r e t a .
( A) É or ie nt a da pa r a o cida dã o e pa r a a obt e nçã o dos r e sult a dos.

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( B) Pr e ssupõe que os polít icos e os funcioná r ios públicos sã o


m e r e ce dor e s de gr a u lim it a do de confia nça .
( C) Conce nt r a - se no pr oce sso.
( D ) Se r ve - se , com o e st r a t é gia , da de sce nt r a liza çã o e do ince nt ivo à
cr ia t ivida de e à in ova çã o.
( E) Ut iliza o cont r a t o de ge st ã o com o inst r um e nt o de cont r ole dos
ge st or e s públicos.
Com ent ário:
c) Errada. Essa é um a das caract eríst icas do m odelo burocrát ico. Conform e
expost o na opção A, a adm inist ração gerencial concent ra- se nos
result ados.
Gabarit o: C

6 . ( FGV/ SEFAZ- RJ/ FI SCAL D E REN D AS/ 2 0 0 7 )


A a dm inist r a çã o pública socie t a l busca um novo m ode lo de
de se nvolvim e nt o ba se a do, por e x e m plo, e m um a visã o de libe r a t iva
e pa r t icipa t iva da de m ocr a cia . Em e r ge , e nt ã o, a im por t â ncia do
for m a t o e da dinâ m ica inst it uciona is que possibilit e m a
t r a nsfor m a çã o da s r e la çõe s e nt r e Est a do e socie da de . Assina le a
a lt e r na t iva que cont é m e x e m plos de novos a r r a nj os inst it uciona is
se gundo o m ode lo socie t a l.
( A) a s Agê ncia s Re gula dor a s I nde pe nde nt e s e os Fór uns Te m á t icos
( B) o Or ça m e nt o Pa r t icipa t ivo e o Gove r no Ele t r ônico
( C) os Conse lhos Ge st or e s de Polít ica s Pública s e a s Audit or ia s
Ope r a ciona is
( D ) a s Audit or ia s Ope r a ciona is e o Or ça m e nt o Pa r t icipa t ivo
( E) os Fór uns Te m á t icos e os Conse lhos Ge st or e s de Polít ica s
Pública s
Com ent ário:
A adm inist ração pública societ al, t em a cent ral da obra “ Por um a nova
gest ão pública” da professora Ana Paula Paes de Paula, é caract erizada
pela aut ora com o um a form a de “ criar organizações adm inist rat ivas
efet ivas, perm eáveis à part icipação popular e com aut onom ia para operar
em favor do int eresse público. Trat a- se de est abelecer um a gest ão pública
que não cent raliza o processo decisório no aparelho do Est ado e cont em pla
a com plexidade das relações polít icas, pois procura se alim ent ar de
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diferent es canais de part icipação, e m odelar novos desenhos inst it ucionais


para conect ar as esferas m unicipal, est adual e federal.”
Com exceção da opção E, a quest ão propõe alguns arranj os inst it ucionais
que se afast am do conceit o acim a, vej am os:
Na opção A, o erro ocorre em Agências Reguladoras, vist o que as agências
são est rut uras de dent ro do próprio Est ado, port ant o, não part em da
sociedade.
O erro da let ra B est á em governo elet rônico, t endo em vist a que, m uit o
m ais do que um a form a de part icipação social, t rat a- se de um m ecanism o
de t ransparência na adm inist ração pública.
A opção C peca ao relacionar Audit oria Operacional, que nada m ais é do
que um a t écnica de t om ada de cont as da gest ão pública efet ivada pelos
órgãos de cont role int erno e/ ou pelos t r ibunais de cont as.
No it em D t em os o m esm o erro: Audit oria Operacional. Cont udo, nest a
opção, é relacionado out ro arranj o que pode ser enquadr ado no t em a da
quest ão. Est am os falando do Orçam ent o Part icipat ivo, que é um a inst ância
reflet iva do desej o da população quando da elaboração dos planos
orçam ent ários que direcionarão os gast os e invest im ent os públicos.
A opção E, corret a, relaciona os Fóruns Tem át icos que são um “ espaço
para discussão e confront o de idéias, deixando que os part icipant es
t enham acesso a um m esm o conj unt o de inform ações e possam se
solidarizar em relação aos problem as e necessidades de seus pares.”
( Paula, Ana P. P., 2005) ; e os Conselhos Gest ores de Polít icas Públicas que
são considerados, pela j á cit ada aut ora, com o um a part e das reform as do
Est ado em t erm os cult urais, inst it ucionais e deliberat ivos. É um a inst ância
que t em um papel deliberat ivo not ável na agenda de polít icas públicas.
Gabarit o: E

7 . ( FGV/ SEFAZ- RJ/ FI SCAL D E REN D AS/ 2 0 0 9 )


Com r e la çã o à s for m a s de pr opr ie da de s pr e vist a s pe lo m ode lo
ge r e ncia l de a dm inist r a çã o pública , a na lise a s a fir m a t iva s a se guir :
I . O m ode lo ge r e n cia l pr e vê a pr opr ie da de pr iva da .
I I . O m ode lo ge r e ncia l pr e vê a pr opr ie da de pública e st a t a l.
I I I . O m ode lo ge r e ncia l pr e vê a pr opr ie da de pública nã o- e st a t a l.
Assina le :
a ) se som e nt e a a fir m a t iva I e st ive r cor r e t a .

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b) se som e nt e a a fir m a t iva I I e st ive r cor r e t a .


c) se som e nt e a a fir m a t iva I I I e st ive r cor r e t a .
d) se som e nt e a s a fir m a t iva s I e I I I e st ive r e m cor r e t a s.
e ) se t oda s a s a fir m a t iva s e st ive r e m cor r e t a s.
Com ent ário:
Ver explicação da quest ão 2.
Gabarit o: E

8 . ( FGV/ D OCAS- BA/ AD M I N I STRADOR/ 2 0 1 0 )


Com r e la çã o a o m ode lo or ga niza ciona l bur ocr á t ico, a na lise a s
a fir m a t iva s a se guir :
I . A pr e cisã o na de finiçã o de um ca r go é um a va nt a ge m da
bur ocr a cia e m funçã o do conhe cim e nt o e x a t o dos de v e r e s da s
pe ssoa s.
I I . A r a pide z na s de cisõe s é um a va nt a ge m da bur ocr a cia , pois
t odos conhe ce m o que de v e se r fe it o e por que m a s or de ns e pa pe is
t r a m it a m por m e io de ca na is pr e e st a be le cidos.
I I I . A r e duçã o do a t r it o e nt r e a s pe ssoa s é um a va nt a ge m , pois o
funcioná r io sa be o que é e x igido de le e qua is os lim it e s e nt r e a s
sua s r e spon sa bilida de s e a dos out r os.
Assina le
( A) se som e nt e a a fir m a t iva I e st ive r cor r e t a .
( B) se som e nt e a a fir m a t iva I I e st ive r cor r e t a .
( C) se som e nt e a a fir m a t iva I I I e st ive r cor r e t a .
( D ) se som e nt e a s a fir m a t iva s I e I I e st ive r e m cor r e t a s.
( E) se t oda s a s a fir m a t iva s e st ive r e m cor r e t a s.
Com ent ário:
I . Errada. Realm ent e há um precisão na definição do cargo, m as o fat o é
que essas regras ext rem am ent e rígidas t erm inaram por t ornar a burocracia
lent a dem ais ( disfunções da burocracia) .
I I . Errada. Não há rapidez, ao cont rário, há lent idão.
I I I . Cert a.
Gabarit o: C

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9 . ( FGV/ ALEAM / AN ALI STA LEGI SLATI VO/ 2 0 1 1 )


A Bur ocr a cia é um a for m a de or ga niza çã o hum a na que se ba se ia na
r a ciona lida de e que busca a de qua r os m e ios a os obj e t ivos,
r e m ont a ndo à a nt iguida de . Com o m ode lo de pr oduçã o, e nt r e t a nt o,
t e m sua s for m ula çõe s ca lca da s na s m uda nça s r e ligiosa s pós
r e na sce nt ist a s. Pa r a m e lhor com pr e e nde r o m ode lo de pode r
subj a ce nt e a o m ode lo bur ocr á t ico, M a x W e be r e st udou os t ipos de
socie da de e os t ipos de a ut or ida de . A e sse r e spe it o, a na lise a s
a fir m a t iva s a se guir .
I . N a socie da de t r a diciona l pe r ce be u qu e a s ca r a ct e r íst ica s
pr incipa is e r a m a s fa m ília s e os clã s, com a ut or ida de le ga lm e nt e
const it uída .
II. Na socie da de ca r ism á t ica pe r ce be u qu e os gr upos
r e volucioná r ios e os pa r t idos polít icos t om a va m a a ut or ida de
m íst ica e pe r sona list a com o pa dr ã o.
I I I . N a socie da de bur ocr á t ica loca lizou a s gr a nde s e m pr e sa s e
e st a dos m ode r nos, com pr e dom ínio da s nor m a s im pe ssoa is pa r a
e x e r cício do pode r . Assina le :
( A) se som e nt e a a fir m a t iva I e st ive r cor r e t a .
( B) se som e nt e a a fir m a t iva I I e st ive r cor r e t a .
( C) se som e nt e a s a fir m a t iva s l e I I I e st ive r e m cor r e t a s.
( D ) se som e nt e a s a fir m a t iva s ll e lll e st ive r e m cor r e t a s.
( E) se t oda s a s a fir m a t iva s e st ive r e m cor r e t a s.
Com ent ário:
I . Errada. A aut oridade não é legal, a aut oridade é t r adição, ou sej a,
herdada pelo cunho fam iliar.
Gabarit o: D

1 0 . ( FGV/ FI OCRUZ/ AN ALI STA D ES. I N STI TUCI ON AL/ 2 0 1 0 )


Com r e la çã o à s ca r a ct e r íst ica s bá sica s da Adm inist r a çã o Pública
Ge r e ncia l, a ssina le a a fir m a t iva incor r e t a .
( A) É or ie nt a da pa r a o cida dã o e pa r a a obt e nçã o dos r e sult a dos.
( B) Pr e ssupõe que os polít icos e os funcioná r ios públicos sã o
m e r e ce dor e s de gr a u lim it a do de confia nça .
( C) Conce nt r a - se no pr oce sso.
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( D ) Se r ve - se , com o e st r a t é gia , da de sce nt r a liza çã o e do ince nt ivo à


cr ia t ivida de e à in ova çã o.
( E) Ut iliza o cont r a t o de ge st ã o com o inst r um e nt o de cont r ole dos
ge st or e s públicos.
Com ent ário:
A opção C revela um a caract eríst ica da burocracia. A banca repet iu essa
quest ão.
Gabarit o: C

1 1 . ( ESAF/ M POG/ EPPGG/ 2 0 0 9 )


Em nosso pa ís, o pr oce sso que pe r m e ia a for m a çã o do Est a do
na ciona l e da a dm inist r a çã o pública se r e v e la pe la s se guint e s
const a t a çõe s, e x ce t o:
a ) a a dm inist r a çã o colonia l se ca r a ct e r izou pe la ce nt r a liza çã o,
for m a lism o e m or osida de , de cor r e n t e s, e m gr a nde pa r t e , do va z io
de a ut or ida de no im e nso t e r r it ór io.
b) a pa r t ir da a dm inist r a çã o pom ba lina , pouco a pouco, o
e m pir ism o pa t e r na list a do a bsolut ism o t r a diciona l foi se ndo
subst it uído pe lo r a ciona lism o t ípico do de spot ism o e scla r e cido.
c) a t r a nsfe r ê ncia da cor t e por t ugue sa , e m 1 8 0 8 , e a conse que nt e
e le va çã o do Br a sil a pa r t e int e gr a nt e do Re ino Unido de Por t uga l
const it uír a m a s ba se s do Est a do na ciona l, com t odo o a pa r a t o
ne ce ssá r io à a fir m a çã o da sober a nia e a o funciona m e nt o do
a ut ogove r no.
d) a pa r t ir da Re voluçã o de 1 9 3 0 , o Br a sil pa ssou a em pr e e nde r um
cont inua do pr oce sso de m ode r niza çã o da s e st r ut ur a s e pr oce ssos
do a pa r e lho do Est a do.
e ) a Re pública Ve lha , a o pr om ove r gr a nde s a lt e r a çõe s na e st r ut ur a
do gove r no, la nçou a e conom ia r um o à indust r ia liza çã o e a
a dm inist r a çã o pública r um o à bur ocr a cia w e be r ia na
Com ent ário:
Essa quest ão foi ext raída do t ext o base da nossa aula, do professor
Frederico Lust osa.
Gabarit o: E

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1 2 . ( FCC/ I SS- SP/ Audit or Fisca l de Tr ibut os M unicipa is/ 2 0 0 7 )


O m ode lo de Adm inist r a çã o Bur ocr á t ica , que tem e nt r e se us
pr incipa is e x poe n t e s M a x W e be r , ca r a ct e r iza - se
( A) pe la cr ia çã o de um a e st r ut ur a pr ópr ia e e st á ve l, im un e à
a lt e r nâ ncia dos gove r na nt e s, subm e t ida a r ígidos cont r ole s de
r e sult a do e de qua lida de , se ndo com um e nt e cr it ica da pe lo e x ce sso
de for m a lism o e fa lt a de fle x ibilida de .
( B) pe la consolida çã o do pa t r im onia lism o, fa z e n do com que o
Apa r e lho do Est a do a t ue com o e x t e nsã o do pode r dos gove r na nt e s,
se ndo com um e nt e cr it ica da pe lo clie nt e lism o, ne pot ism o e a usê ncia
de cont r ole s e fe t ivos.
( C) pe lo for t a le cim e nt o do Apa r e lho do Est a do, que pa ssa a a t ua r
de for m a pa r a le la e im un e a o pode r dos gove r na nt e s, se ndo
com um e nt e cr it ica da pe lo incha ço dos qua dr os de se r vidor e s
públicos e a usê ncia de e ficiê ncia na cor r e sponde nt e a t ua çã o.
( D ) pe la ê n fa se na idé ia de ca r r e ir a , hie r a r quia funciona l,
im pe ssoa lida de e for m a lism o, se ndo com um e nt e cr it ica da pe la
r igide z do cont r ole dos pr oce ssos, de for m a a ut o- r e fe r e ncia da e
se m com pr om isso com os r e sult a dos pa r a o cida dã o.
( E) com o r e a çã o à Adm inist r a çã o Pública pa t r im onia list a , busca ndo
inst it uir m e ca nism os de cont r ole da a t ua çã o dos gove r na nt e s, com
ê nfa se nos r e sult a dos, se ndo com um e nt e cr it ica da pe la a usê ncia de
cont r ole s e fica ze s dos pr oce ssos.
Com ent ário:
Essa quest ão diz respeit o ao t em a que é, sem dúvida, o m ais
recorrent e de adm inist ração pública em provas de concursos públicos, de
t odas as bancas, t r at am - se dos m odelos t eóricos de adm inist ração pública:
pat rim onialist a, bur ocrát ica e gerencial. Vam os analisá- las:

Adm inist r a çã o Pública Pa t r im onia l – Com


alguns resquícios de profissionalização
At é a década de 30
( Burocracia Pat rim onial, que não é a m esm a
burocracia da década de 30)

Adm inist r a çã o Pública Bur ocr á t ica –


Levada a cabo pelo DASP. Trat a- se do m odelo
Década de 30 at é 90
idealizado pelo sociólogo e econom ist a alem ão
Max Weber ( burocracia weberiana) com
resquícios de pat rim onialism o.

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Adm inist r a çã o Pública Ge r e ncia l –


I nspirada em princípios gerenciais e no uso de
ferram ent as com o reengenharia e qualidade
A part ir da década de 90 t ot al. Possui, deliberadam ent e, alguns pont os
de burocracia. Não consegui expur gar da
adm inist ração pública a praga do
pat rim onialism o, que hoj e é vist o em prát icas
com o o nepot ism o.

Vam os ás quest ões:


a) Er r a da . A bur ocracia weberiana não é subm et ida a cont role de
result ado e de qualidade, esses cont roles são t ípicos da adm inist ração
pública gerencial. Na burocracia predom ina o cont role a priori, cont role de
m eios, cont role de processos.
b) Er r a da . Erro: “ pela consolidação do pat rim onialism o” . Tant o as
adm inist rações públicas burocrát ica quant o a gerencial t ent aram , sem
m uit o sucesso, acabar com a praga do pat rim onialism o. Port ant o, isso não
pode ser um a caract eríst ica da burocracia.
c) Er r a da . Erro: “ que passa a at uar de form a paralela e im une ao poder
dos governant es”
d) Ce r t a . A quest ão cit a caract eríst icas e disfunções da burocracia. Segue
um quadro para você analisar esses dois pont os:

Ca r a ct e r íst ica s da Bur ocr a cia D isfunçõe s da Bur ocr a cia

1. Carát er legal das norm as 1. I nt ernalização das norm as


2. Carát er form al das 2. Excesso de form alism o e
com unicações papelório
3. Divisão do t rabalho 3. Resist ência a m udanças
4. I m pessoalidade no 4. Despersonalização do
relacionam ent o relacionam ent o
5. Hierarquização da aut oridade 5. Cat egorização o
6. Rot inas e procedim ent os relacionam ent o
7. Com pet ência t écnica e m érit o 6. Superconform idade
8. Especialização da 7. Exibição de sinais de
adm inist ração aut oridade
9. Profissionalização 8. Dificuldades com client es

I m previsibilidade do
Previsibilidade do funcionam ent o
funcionam ent o

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Font e: I dalbert o Chiavenat o


e) Er r a da . Erro repet ido. A quest ão t ent a at ribuir à burocracia o cont role
de result ados.
GABARI TO: D

1 3 . ( FCC/ I SS- SP/ Audit or Fisca l de Tr ibut os M unicipa is/ 2 0 0 7 )


A pa r t ir da se gunda m e t a de do sé culo XX, com e ça a ve r ifica r - se a
e r osã o do m ode lo de Adm inist r a çã o Púbica Bur ocr á t ica , se j a e m
funçã o da e x pa nsã o da s funçõe s e conôm ica s e socia is do Est a do,
se j a e m fa ce do de se nvolvim e nt o t e cnológico e do fe nôm e no da
globa liz a çã o. Sur ge , e nt ã o, o m ode lo da Adm inist r a çã o Pública
Ge r e ncia l, cu j a s ca r a ct e r íst ica s sã o:
( A) conce nt r a çã o dos pr oce ssos de cisór ios, a um e nt o dos cont r ole s
de pr oce ssos e ê n fa se no cida dã o.
( B) de sce nt r a liza çã o dos pr oce ssos de cisór ios, r e duçã o dos níve is
hie r á r quicos, com pe t içã o a dm inist r a t iva no int e r ior da s e st r ut ur a s
or ga niza ciona is e ê nfa se no cida dã o.
( C) inve r sã o do conce it o clá ssico de hie r a r quia , com r e duçã o dos
níve is infe r ior e s e a um e nt o dos int e r m e diá r ios, da ndo a e st e s m a is
pode r de cisór io, com ê nfa se no cont r ole dos pr oce ssos int e r nos.
( D ) a ce nt ua çã o da ve r t ica liza çã o da s e st r ut ur a s or ga niza ciona is,
com a um e nt o dos níve is h ie r á r quicos supe r ior e s, on de se conce nt r a
o pode r de cisór io, ê nfa se nos cont r ole s int e r no e e x t e r no da
a t ua çã o dos e sca lõe s infe r ior e s.
( E) de sce nt r a liza çã o dos pr oce ssos de cisór ios, hor izont a liza çã o da s
e st r ut ur a s or ga niza ciona is, subst it uiçã o dos m e ca nism os de
cont r ole de pr oce ssos por m e ca nism os de cont r ole de r e su lt a dos,
com foco no cida dã o.
Com ent ário:
a) Er r a da . Ocorre a descent ralização do processo decisório e redução do
cont role dos processos em prol dos cont roles de result ados. A ênfase no
cidadão est á corret a.
b) Ce r t a . Todas são caract eríst icas do gerencialism o.
c) Er r a da . Não há inversão do conceit o de hierarquia. Não há cont role de
processos, há cont r ole de result ados.

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d) Er r a da . Ocorre redução, e não aum ent o, dos níveis hierárquicos. A


ênfase é no cont role de result ados.
e) Er r a da . Essa quest ão deu briga! O único pont o que a banca poderia t er
alegado com o errado seria “ hor iz ont a liz a çã o da s e st r ut ur a s
or ga niza ciona is”. Em bora essa não sej a diret am ent e um a caract eríst ica
da adm inist ração pública burocrát ica, indiret am ent e podem os visualizar
essa horizont alização com o um a consequência da descent ralização do
processo decisório e da redução dos níveis hierárquicos. Enfim , coisas de
concursos...
GABARI TO: B

1 4 . ( FCC/ I SS- SP/ Audit or Fisca l de Tr ibut os M unicipa is/ 2 0 0 7 )


O Pr ogr a m a N a ciona l de D e sbur ocr a t iza çã o, im pla nt a do no início
dos a nos 8 0 , ide a liz a do pe lo M inist r o H é lio Be lt r ã o, ca r a ct e r izou- se
( A) pe la r e t om a da dos conce it os cont idos no D e cr e t o- Le i no 2 0 0 ,
de 1 9 6 7 , busca n do, a ssim , a a t ua çã o a dm inist r a t iva ce nt r a liza da ,
se m , no e nt a nt o, de ix a r de la do a dim e nsã o polít ica do gove r no.
( B) pe la dim inu içã o do pe so da s inst it uiçõe s bur ocr á t ica s no
se r viço público, pr ocur a ndo r e t om a r a lguns pr oce dim e nt os
t r a diciona is da r ot ina a dm inist r a t iva , nã o ne ce ssa r ia m e nt e
a linha dos com a e ficiê ncia .
( C) pe la im ple m e nt a çã o por m e io de um a sólida ba se pa r la m e nt a r
de a poio, o que lhe for n e ce u condiçõe s iné dit a s de
sust e nt a bilida de .
( D ) por foca liz a r o usuá r io do se r viço público e divulga r
a m pla m e nt e se u s pr incípios nor t e a dor e s, conce nt r a ndo- se na
pr oduçã o de m uda nça s no com por t a m e nt o e na a t ua çã o da
bur ocr a cia pública .
( E) pe la int r oduçã o, no se t or público, de a lgun s e st ilos ge r e ncia is
ba se a dos nos m ode los e pr incípios a dm inist r a t ivos do se t or
pr iva do, conse guindo, a ssim , a a m pla a de sã o de e m pr e sa s e st a t a is
e dos pr incipa is gr upos fina nce ir os do Pa ís.
Com ent ário:
As cham adas disfunções da burocracia com eçaram a ser percebidas
desde a década de 50, quando um sociólogo cham ado Robert Mert on a
est udou e após elaborou o conceit o de disfunções da burocracia. No Brasil,
t ivem os um prim eiro m om ent o rum o à adm inist ração pública gerencial, j á

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na década de 60, com a publicação do Decret o- Lei 200/ 1967. Cuidado: eu


disse que foi um prim eiro m om ent o rum o à adm inist ração pública gerencial
( isso cai m uit o em provas) , sendo cert o que o gerencialism o só foi
im plant ado no Brasil na década de 90.
O Decret o- Lei 200/ 1967 é considerado um passo rum o ao
gerencialism o porque t rouxe para adm inist ração pública alguns princípios,
que segundo o Professor Frederico Lust osa, da FGV, são:
Seu est at ut o básico prescreve cinco princípios fundam ent ais:
 O planej am ent o ( princípio dom inant e) ;
 A expansão das em presas est at ais ( sociedades de econom ia m ist a e
em presas públicas) , bem com o de órgãos independent es ( fundações
públicas) e sem i- independent es ( aut arquias) ;
 A necessidade de fort alecim ent o e expansão do sist em a do m érit o,
sobre o qual se est abeleciam diversas regras;
 Diretrizes gerais para um novo plano de classificação de cargos;
 O reagrupam ent o de depart am ent os, divisões e serviços em 16
m inist érios: Just iça, I nt erior, Relações Ext eriores, Agricult ura,
I ndúst r ia e Com ércio, Fazenda, Planej am ent o, Transport es, Minas e
Energia, Educação e Cult ura, Trabalho, Previdência e Assist ência
Social, Saúde, Com unicações, Exércit o, Marinha e Aeronáut ica.
Após o referido decret o t ivem os o lançam ent o do program a nacional de
desburocrat ização, em 1979, cuj o responsável era o Minist ério da
Desburocrat ização ( 1979 e 1986) , capit aneado pelo ent ão Minist ro Hélio
Belt rão.
Segundo o professor Frederico Lust osa:
Ant es da descrição da reform a adm inist rat iva da Nova República, m erecem
regist ro dois program as de reform a elaborados ent re 1979 e 1982, a
desburocrat ização e a desest at ização. De iniciat iva do Poder Execut ivo, os
dois program as foram concebidos de form a a at ender obj et ivos
complementares que seriam o aumento da eficiência e eficácia na
adm inist ração pública e o fort alecim ent o do sist em a de livr e em presa. Mais
especificamente, o programa de desburocratização, instituído pelo Decreto-
Lei n. 83.740, de 18 de julho de 1979, “visa à simplificação e à
racionalização das norm as organizacionais, de m odo a t ornar os órgãos
públicos m ais dinâm icos e m ais ágeis” ( Wahrlich, 1984: 53) . Esperava- se
que a supressão de et apas desnecessárias t ornaria m ais ágil o sist em a
adm inist rat ivo, t razendo benefícios par a funcionários e client es.

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Diferent em ent e dos out ros program as, o da desburocrat ização privilegiava
o usuário do serviço público. Daí o seu inedit ism o, porque nenhum out ro
program a ant es era dot ado de carát er social e polít ico. Mas, ele t am bém
incluía ent re seus obj et ivos o enxugam ent o da m áquina est at al, j á que
recom endava a elim inação de órgãos pouco út eis ou cuidava para im pedir
a proliferação de entidades com tarefas pouco definidas ou já
desem penhadas em out ras inst it uições da adm inist ração diret a e indiret a.
Recom endo um a visit a ao sit e: ht t p: / / w ww.desburocrat izar.org.br/
a) Er r a da . O program a não ret om ou a perspect iva do decret o- lei 200, pois
t inha um foco dist int o, que era at uar diret am ent e na at ividade fim . Com o
t ranscrit o no t recho do professor Frederico Lust osa: Diferent em ent e dos
out ros program as, o da desburocrat ização privilegiava o usuário do serviço
público. Daí o seu inedit ism o, porque nenhum out ro program a ant es era
dot ado de carát er social e polít ico.
b) Er r a da . Buscava- se, j ust am ent e, a eficiência.
c) Er r a da . Tot alm ent e absurda.
d) Ce r t a . Ou sej a, t inha foco nas at ividades adm inist rat ivas que
im pact avam diret am ent e o cidadão. Vale cit ar: Mais especificamente, o
program a de desburocrat ização, inst it uído pelo Decret o- Lei n. 83.740, de
18 de julho de 1979, “visa à simplificação e à racionalização das norm as
organizacionais, de m odo a t ornar os órgãos públicos m ais dinâm icos e
m ais ágeis” ( Wahrlich, 1984: 53) . Esperava- se que a supr essão de et apas
desnecessárias t ornaria m ais ágil o sist em a adm inist rat ivo, t razendo
benefícios para funcionários e client es.
e) Er r a da . A int rodução de princípios gerenciais só ocorreu na década de
90.
GABARI TO: D

1 5 . ( FCC/ PGE- RJ/ Té cnico Supe r ior Adm inist r a t ivo/ 2 0 0 9 )


A im pla nt a çã o do pa r a digm a pós- bur ocr á t ico no Br a sil or ie nt ou- se
pa r a o a um e nt o da ca pa cida de de gove r no, por m e io da a doçã o dos
pr incípios da a dm inist r a çã o ger e ncia l. Em r e la çã o a e sse s
pr incípios:
I . A pr incipa l for m a de cont r ole sobr e a s unida de s e x e cut or a s de
polít ica s pública s é o cont r ole socia l dir e t o: a t r a vé s da pa r t icipa çã o
e m conse lhos.

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Prof. Wagner Rabello Jr.

I I . O núcle o e st r a t é gico da s a t ivida de s t ípica s de Est a do de ve se r


conve r t ido e m ca r gos de nom e a çã o polít ica , pa ssa ndo a cont r ola r
de for m a e x clusiv a a for m ula çã o e a ge st ã o de polít ica s pública s.
I I I . As se cr e t a r ia s for m ula dor a s de polít ica s e a s unida de s
e x e cut or a s de ssa s polít ica s de ve m se r se pa r a da s e a r e la çã o e nt r e
e la s ope r a da por m e io de cont r a t os de ge st ã o ba se a dos no
de se m pe n ho de r e sult a dos.
I V. O Est a do de ve or ie nt a r sua s a çõe s pa r a o cida dã o- usuá r io de
se us se r viços.
V. Um dos pr incípios ce nt r a is do pa r a digm a pós- bur ocr á t ico é a
ê nfa se no cont r ole de r e sult a dos por m e io dos cont r a t os de ge st ã o.
( A) Est ã o cor r e t a s APEN AS a s a fir m a t iva s I e I I .
( B) Est ã o cor r e t a s APEN AS a s a fir m a t iva s I , I I e V.
( C) Est ã o cor r e t a s APEN AS a s a fir m a t iva s I I , I I I e I V.
( D ) Est ã o cor r e t a s APEN AS a s a fir m a t iva s I I I e I V.
( E) Est ã o cor r e t a s APEN AS a s a fir m a t iva s I I I , I V e V.
Com ent ário:
Vam os analisar cada um dos it ens:
I . Er r a da . A principal form a de cont role é a de result ados, pelos órgãos de
cont role int erno e ext erno.
I I . Er r a da . Núcleo Est rat égico das at ividades t ípicas?! ?! ?! Parei aqui
m esm o. ( o rest ant e é m ais bizarro ainda)
I I I . Ce r t a . O cont rat o de gest ão é o inst rum ent o at ravés do qual um a
secret aria ou um m inist ério supervisor est abelece realizações e m et as a
serem at ingidas por um órgão ou ent idade pública.
I V. Ce r t a . Tranquila, essa.
V. Ce r t a . Ênfase no cont role de result ados, e não do cont role em
processos. Fiquem alert as, aparece m uit o em provas.

Adm inist r a çã o Pública Bur ocr á t ica Cont role de m eios, processual.

Adm inist r a çã o Pública Ge r e ncia l Cont role de result ados

GABARI TO: E

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1 6 . ( FCC/ TCM - CE/ Ana list a de Cont r ole Ex t e r no/ 2 0 1 0 )


Com r e la çã o à s ca r a ct e r íst ica s pr ópr ia s da a dm inist r a çã o pública
ge r e ncia l, conside r e :
I . As de cisõe s t om a da s pe lo gove r no de ve m se r subm e t ida s à
a pr ova çã o dos be ne ficiá r ios, por m e io do vot o popula r , a nt e s de
se r e m im ple m e nt a da s.
I I . A ge st ã o é or ie nt a da por cr it é r ios de m é r it o e im pe ssoa lida de .
I I I . Um dos obj e t ivos pr incipa is da a dm inist r a çã o pública ge r e ncia l
é a a ut onom ia ge r e ncia l, se ndo o cont r a t o de ge st ã o o inst r um e nt o
de cont r ole dos a dm inist r a dor e s públicos.
I V. A a dm inist r a çã o ge r e ncia l é or ie nt a da pa r a a sa t isfa çã o da s
de m a nda s dos cida dã os.
V. A a dm inist r a çã o ge r e ncia l or ie nt a - se pr incipa lm e nt e pa r a a
obt e nçã o de r e sult a dos.
Est á cor r e t o o que se a fir m a APEN AS e m
( A) I e I I I .
( B) I , I I , I I I , I V.
( C) I I , I I I e V.
( D) I I , I I I , I V e V.
( E) I V e V .
Com ent ário:
I . Er r a da . Tot alm ent e errada.
I I . Ce r t a . Essas duas caract eríst icas t am bém est iveram present es no
m odelo burocrát ico.
I I I . Ce r t a . Um a das form as de se m edir o desem penho e qualidade dos
serviços públicos é at ravés do cont rat o de gest ão.
I V. Ce r t a . Foco no client e. Alguns aut ores cham am de client e- cidadão.
V. Ce r t a . Foco nos result ados.
GABARI TO: D

1 7 . ( FCC/ TRE- RN / Ana list a Judiciá r io- Adm ./ 2 0 1 1 )


Com r e la çã o à pa ssa ge m do m ode lo r a ciona l- le ga l a o pa r a digm a
pós- bur ocr á t ico, conside r e a s a fir m a t iva s a ba ix o.

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I . Ape sa r da for t e t e ndê ncia de fle x ibiliza çã o, nã o houve r upt ur a


com o m ode lo bur ocr á t ico, t e ndo e m vist a qu e a lógica de a çã o
pr e dom ina nt e na s or ga niza çõe s cont inua se ndo v olt a da pa r a o
cá lculo ut ilit á r io de conse quê ncia s, a ssocia do à r a ciona lida de
for m a l.
I I . As or ga niza çõe s dit a s pós- bur ocr á t ica s a inda e st ã o for t e m e nt e
vincula da s à a ut or ida de r a ciona l- le ga l, ba se do m ode lo cr ia do por
M a x W e be r .
III. A or ga niza çã o pós- m ode r na t e r ia com o pr incipa is
ca r a ct e r íst ica s a ce nt r a liza çã o e a e st r ut ur a çã o e m r e de s
hie r a r quiza da s cone ct a da s pe la s t e cnologia s de infor m a çã o.
I V. A lide r a nça n a s or ga niza çõe s pós- bur ocr á t ica s é fa cilit a dor a e
soluciona dor a de conflit os e pr oble m a s, ba se a ndo- se na a be r t ur a ,
pa r t icipa çã o, confia nça e com pr om e t im e nt o.
V. O t ipo or ga niza ciona l pós- bur ocr á t ico é r epr e se nt a do por
or ga niza çõe s sim bolica m e nt e int e nsiva s, pr odut or a s de conse nso
por m e io da inst it uciona liz a çã o do diá logo.
Est á cor r e t o o que se a fir m a APEN AS e m
( A) I , I I e I I I .
( B) I I e I V.
( C) I I I , I V e V.
( D ) I , I I , I V e V.
( E) I , I I , I I I e I V.
Com ent ário:
I . Cert a. I nclusive, o próprio PDRAE sust ent a que, no núcleo est rat égico do
Est ado, devem coexist ir os m odelos gerencial e burocrát ico.
I I . Cert a. Na prát ica efet ivam ent e est ão.
I I I . Errada. Dois erros: “ ce nt r a liza çã o” e “a e st r ut ur a çã o e m r e de s
hie r a r quiza da s”. As organizações são cada vez m ais descent ralizadas e
as est rut uras em redes são horizont ais ( com pouquíssim a hierarquia)
I V. Cert a.
V. Cert a.
GABARI TO: D

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1 8 . ( CESPE/ STJ/ Ana list a Judiciá r io – Adm . 2 0 0 8 )


O pa r a digm a pós- bur ocr á t ico, a pe sa r de se cont r a por à ide ologia e
a o r igor t é cnico da bur ocr a cia t r a diciona l, possui div e r sa s
ca r a ct e r íst ica s do m ode lo bur ocr á t ico.
Com ent ário:
Conform e j á falam os diversas vezes, o m odelo gerencial não veio para
subst it uir com plet am ent e o m odelo burocrát ico. O obj et ivo foram os
expost os em aula ( principalm ent e no t r echo cit ado do PDRAE) .
GABARI TO: CERTA

1 9 . ( CESPE/ STJ/ Ana list a Judiciá r io – Adm . 2 0 0 8 )


N o m ode lo pós- bur ocr á t ico, e vit a - se fom e nt a r a com pe t içã o no
â m bit o da a dm inist r a çã o pública .
Com ent ário:
Ao cont rário, deve- se fom ent ar a com pet ição na Adm inist ração Pública.
GABARI TO: ERRADA

2 0 . ( CESPE/ STJ/ Ana list a Judiciá r io – Adm . 2 0 0 8 )


A a dm inist r a çã o pública bur ocr á t ica nã o possui va nt a ge m
funda m e nt a l, de m odo que nã o é indica da a sua ut iliza çã o e m
or ga niza çã o pública .
Com ent ário:
O m odelo burocrát ico t em suas vant agens, conform e cit ado em aula, e é
indicado t ant o em organizações públicas quant o privadas. O que deve ser
evit ado é o m odelo burocrát ico puro.
GABARI TO: ERRADA

2 1 . ( CESPE/ STJ/ Ana list a Judiciá r io – Adm . 2 0 0 8 )


N a a dm inist r a çã o pública ge r e ncia l, o cida dã o é vist o t a nt o com o
cont r ibuint e de im post os qua nt o com o clie nt e de se us se r viços.
Com ent ário:
Trat a- se do paradigm a do client e na gest ão pública.
GABARI TO: CERTA

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2 2 . ( CESPE- AD APTAD A)
N os a nos 7 0 do sé culo XX, a Se cr e t a r ia de M ode r niza çã o ( SEM OR)
buscou im pla nt a r nova s t é cnica s ge r e ncia is, com foco ce nt r a l na
á r e a or ça m e nt á r ia e na de cont r ole s fina nce ir os do gove r no fe de r a l.
Com ent ário:
Vej am t recho do PDRAE: “Em m eados dos anos 70, um a nova iniciat iva
m odernizadora da adm inist ração pública t eve início, com a criação da
SEMOR – Secret aria da Modernização. Reuniu- se em t orno dela um grupo
de j ovens adm inist r adores públicos, m uit os deles com form ação em nível
de pós- graduação no ext erior, que buscou im pla nt a r nova s t é cnica s de
ge st ã o, e pa r t icula r m e nt e de a dm inist r a çã o de r e cur sos hum a nos,
na a dm inist r a çã o pública fe de r a l” .
GABARI TO: ERRADA

2 3 . ( CESPE- AD APTAD A)
O a pa r e lho do Est a do divide - se e m 3 se t or e s: núcle o e st r a t é gico,
a t ivida de s e x clusiva s e se r viços nã o e x clusivos.
Com ent ário:
São quat ro set ores. Além dos t rês cit ados na quest ão exist e o de produção
para o m ercado.
GABARI TO: ERRADA

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6 . LI STA D AS QUESTÕES
1 . ( FGV/ SEN AD O FED ERAL/ CON SULTOR D E ORÇAM EN TO/ 2 0 0 8 )
Um est am ent o em inent em ent e arist ocrát ico, form ado por um a nobreza em
declínio, paulat inam ent e perdeu suas rendas originais e se t ornou
crescent em ent e burocrát ico.
O t ext o caract eriza o seguint e t ipo de Est ado e de adm inist ração pública no
Brasil:
( A) est at al.
( B) pat rim onialist a.
( C) burocrát ica.
( D) pós- burocrát ica.
( E) gerencial.

2 . ( FGV/ SEN AD O FED ERAL/ CON SULTOR D E ORÇAM EN TO/ 2 0 0 8 )


Segundo a abordagem gerencial da adm inist ração pública, os set ores
exist ent es em um Est ado são:
( A) o set or público e o set or privado.
( B) o set or público, o set or privado e o com ércio int ernacional.
( C) o núcleo est rat égico, as at ividades exclusivas do Est ado, os serviços
não- exclusivos e a produção de bens e serviços para o m ercado.
( D) o núcleo est rat égico, as at ividades exclusivas do Est ado e os serviços
não- exclusivos.
( E) as at ividades exclusivas do Est ado, os serviços não- exclusivos e a
produção de bens e serviços para o m ercado.

3 . ( FGV/ BAD ESC/ AN ALI STA AD M I N I STRATI VO/ 2 0 1 0 )


Com relação à concepção neoliberal do Est ado nã o é corret o afirm ar que:
a) o Est ado deve se m ant er isolado das pressões do set or privado.
b) o Est ado deve reduzir o t am anho da adm inist ração pública.
c) o Est ado deve reduzir o t am anho do set or público.
d) o Est ado deve apoiar- se em decisões discricionárias do que em regras
e) o Est ado deve delegar as decisões a unidades independent es que não
cedam às pressões polít icas.
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4 . ( FGV/ BAD ESC/ AN ALI STA AD M I N I STRATI VO/ 2 0 1 0 )


Com relação ao funcionam ent o da adm inist ração pública, analise as
afirm at ivas a seguir .
I . A adm inist ração pública, em sent ido form al, é o conj unt o de órgãos
inst it uídos para a consecução dos obj et ivos do governo.
I I . A adm inist ração pública execut a, t écnica e legalm ent e, os at os de
governo.
I I I . A adm inist ração pública execut a, com responsabilidade const it ucional e
polít ica, os proj et os governam ent ais.
Assinale:
( A) se som ent e a afirm at iva I est iver corret a.
( B) se som ent e a afirm at iva I I est iver corret a.
( C) se som ent e a afirm at iva I I I est iver corret a.
( D) se som ent e as afirm at ivas I e I I I est iverem corret as.
( E) se t odas as afirm at ivas est iverem corret as.

5 . ( FGV/ FI OCRUZ/ AN ALI STA D E GESTÃO EM SAÚD E/ 2 0 1 0 )


Com relação às caract eríst icas básicas da Adm inist ração Pública Gerencial,
assinale a afirm at iva incorret a.
( A) É orient ada para o cidadão e para a obt enção dos result ados.
( B) Pressupõe que os polít icos e os funcionários públicos são m erecedores
de grau lim it ado de confiança.
( C) Concent ra- se no processo.
( D) Serve- se, com o est rat égia, da descent ralização e do incent ivo à
criat iv idade e à inovação.
( E) Ut iliza o cont rat o de gest ão com o inst rum ent o de cont role dos gest ores
públicos.

6 . ( FGV/ SEFAZ- RJ/ FI SCAL D E REN D AS/ 2 0 0 7 )


A adm inist ração pública societ al busca um novo m odelo de
desenvolvim ent o baseado, por exem plo, em um a visão deliberat iva e
part icipat iva da dem ocracia. Em erge, ent ão, a im port ância do form at o e da
dinâm ica inst it ucionais que possibilit em a t ransform ação das relações ent re

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Est ado e sociedade. Assinale a alt ernat iva que cont ém exem plos de novos
arranj os inst it ucionais segundo o m odelo societ al.
( A) as Agências Reguladoras I ndependent es e os Fóruns Tem át icos
( B) o Orçam ent o Part icipat ivo e o Governo Elet rônico
( C) os Conselhos Gest ores de Polít icas Públicas e as Audit orias
Operacionais
( D) as Audit orias Operacionais e o Orçam ent o Part icipat ivo
( E) os Fóruns Tem át icos e os Conselhos Gest ores de Polít icas Públicas

7 . ( FGV/ SEFAZ- RJ/ FI SCAL D E REN D AS/ 2 0 0 9 )


Com relação às form as de propriedades previst as pelo m odelo gerencial de
adm inist ração pública, analise as afirm at ivas a seguir:
I . O m odelo gerencial prevê a propriedade privada.
I I . O m odelo gerencial prevê a propriedade pública est at al.
I I I . O m odelo gerencial prevê a propriedade pública não- est at al.
Assinale:
a) se som ent e a afir m at iva I est iver corret a.
b) se som ent e a afirm at iva I I est iver corret a.
c) se som ent e a afir m at iva I I I est iver corret a.
d) se som ent e as afirm at ivas I e I I I est iverem corret as.
e) se t odas as afirm at ivas est iverem corret as.

8 . ( FGV/ D OCAS- BA/ AD M I N I STRADOR/ 2 0 1 0 )


Com relação ao m odelo organizacional burocrát ico, analise as afirm at ivas a
seguir:
I . A precisão na definição de um cargo é um a vant agem da burocracia em
função do conhecim ent o exat o dos deveres das pessoas.
I I . A rapidez nas decisões é um a vant agem da burocr acia, pois t odos
conhecem o que deve ser feit o e por quem as ordens e papeis t ram it am
por m eio de canais preest abelecidos.
I I I . A redução do at rit o ent re as pessoas é um a vant agem , pois o
funcionário sabe o que é exigido dele e quais os lim it es ent re as suas
responsabilidades e a dos out ros.

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Assinale
( A) se som ent e a afirm at iva I est iver corret a.
( B) se som ent e a afirm at iva I I est iver corret a.
( C) se som ent e a afirm at iva I I I est iver corret a.
( D) se som ent e as afirm at ivas I e I I est iverem corret as.
( E) se t odas as afirm at ivas est iverem corret as.

9 . ( FGV/ ALEAM / AN ALI STA LEGI SLATI VO/ 2 0 1 1 )


A Burocracia é um a form a de organização hum ana que se baseia na
racionalidade e que busca adequar os m eios aos obj et ivos, rem ont ando à
ant iguidade. Com o m odelo de produção, ent ret ant o, t em suas form ulações
calcadas nas m udanças religiosas pós renascent ist as. Para m elhor
com preender o m odelo de poder subj acent e ao m odelo burocrát ico, Max
Weber est udou os t ipos de sociedade e os t ipos de aut oridade. A esse
respeit o, analise as afirm at ivas a seguir .
I . Na sociedade t radicional percebeu que as caract eríst icas principais eram
as fam ílias e os clãs, com aut oridade legalm ent e const it uída.
I I . Na sociedade carism át ica percebeu que os grupos revolucionários e os
part idos polít icos t om avam a aut oridade m íst ica e personalist a com o
padrão.
I I I . Na sociedade burocrát ica localizou as grandes em presas e est ados
m odernos, com pr edom ínio das nor m as im pessoais para exercício do
poder. Assinale:
( A) se som ent e a afirm at iva I est iver corret a.
( B) se som ent e a afirm at iva I I est iver corret a.
( C) se som ent e as afirm at ivas l e I I I est iverem corret as.
( D) se som ent e as afirm at ivas ll e lll est iverem corret as.
( E) se t odas as afirm at ivas est iverem corret as.

1 0 . ( FGV/ FI OCRUZ/ AN ALI STA D ES. I N STI TUCI ON AL/ 2 0 1 0 )


Com relação às caract eríst icas básicas da Adm inist ração Pública Gerencial,
assinale a afirm at iva incorret a.
( A) É orient ada para o cidadão e para a obt enção dos result ados.

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( B) Pressupõe que os polít icos e os funcionários públicos são m erecedores


de grau lim it ado de confiança.
( C) Concent ra- se no processo.
( D) Serve- se, com o est rat égia, da descent ralização e do incent ivo à
criat iv idade e à inovação.
( E) Ut iliza o cont rat o de gest ão com o inst rum ent o de cont role dos gest ores
públicos.

1 1 . ( ESAF/ M POG/ EPPGG/ 2 0 0 9 )


Em nosso país, o processo que perm eia a form ação do Est ado nacional e
da adm inist ração pública se revela pelas seguint es const at ações, excet o:
a) a adm inist ração colonial se caract erizou pela cent ralização, form alism o e
m orosidade, decorrent es, em grande part e, do vazio de aut oridade no
im enso t errit ório.
b) a part ir da adm inist ração pom balina, pouco a pouco, o em pirism o
pat ernalist a do absolut ism o t radicional foi sendo subst it uído pelo
racionalism o t ípico do despot ism o esclarecido.
c) a t ransferência da cort e port uguesa, em 1808, e a consequent e elevação
do Brasil a par t e int egrant e do Reino Unido de Port ugal const it uíram as
bases do Est ado nacional, com t odo o aparat o necessário à afirm ação da
soberania e ao funcionam ent o do aut ogoverno.
d) a part ir da Revolução de 1930, o Brasil passou a em preender um
cont inuado processo de m odernização das est rut uras e processos do
aparelho do Est ado.
e) a República Velha, ao prom over grandes alt erações na est rut ura do
governo, lançou a econom ia rum o à indust rialização e a adm inist ração
pública rum o à burocracia weberiana

1 2 . ( FCC/ I SS- SP/ Audit or Fisca l de Tr ibut os M unicipa is/ 2 0 0 7 )


O m odelo de Adm inist ração Burocrát ica, que t em ent re seus principais
expoent es Max Weber, caract eriza- se
( A) pela criação de um a est rut ura própria e est ável, im une à alt ernância
dos governant es, subm et ida a rígidos cont roles de result ado e de
qualidade, sendo com um ent e crit icada pelo excesso de form alism o e falt a
de flexibilidade.

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( B) pela consolidação do pat rim onialism o, fazendo com que o Aparelho do


Est ado at ue com o ext ensão do poder dos governant es, sendo com um ent e
crit icada pelo client elism o, nepot ism o e ausência de cont roles efet ivos.
( C) pelo fort alecim ent o do Aparelho do Est ado, que passa a at uar de form a
paralela e im une ao poder dos governant es, sendo com um ent e crit icada
pelo inchaço dos quadros de servidores públicos e ausência de eficiência na
correspondent e at uação.
( D) pela ênfase na idéia de carreira, hierarquia funcional, im pessoalidade e
form alism o, sendo com um ent e crit icada pela rigidez do cont role dos
processos, de form a aut o- referenciada e sem com prom isso com os
result ados para o cidadão.
( E) com o reação à Adm inist ração Pública pat rim onialist a, buscando inst it uir
m ecanism os de cont role da at uação dos governant es, com ênfase nos
result ados, sendo com um ent e crit icada pela ausência de cont roles eficazes
dos processos.

1 3 . ( FCC/ I SS- SP/ Audit or Fisca l de Tr ibut os M unicipa is/ 2 0 0 7 )


A part ir da segunda m et ade do século XX, com eça a verificar- se a erosão
do m odelo de Adm inist ração Púbica Burocrát ica, sej a em função da
expansão das funções econôm icas e sociais do Est ado, sej a em face do
desenvolvim ent o t ecnológico e do fenôm eno da globalização. Surge, ent ão,
o m odelo da Adm inist ração Pública Gerencial, cuj as caract eríst icas são:
( A) concent ração dos processos decisórios, aum ent o dos cont roles de
processos e ênfase no cidadão.
( B) descent ralização dos processos decisórios, redução dos níveis
hierárquicos, com pet ição adm inist rat iva no int erior das est rut uras
organizacionais e ênfase no cidadão.
( C) inversão do conceit o clássico de hierarquia, com redução dos níveis
inferiores e aum ent o dos int erm ediários, dando a est es m ais poder
decisório, com ênfase no cont role dos processos int ernos.
( D) acent uação da vert icalização das est rut uras organizacionais, com
aum ent o dos níveis hierárquicos superiores, onde se concent ra o poder
decisório, ênfase nos cont roles int erno e ext erno da at uação dos escalões
inferiores.
( E) descent ralização dos processos decisórios, horizont alização das
est rut uras organizacionais, subst it uição dos m ecanism os de cont role de
processos por m ecanism os de cont role de result ados, com foco no cidadão.

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Prof. Wagner Rabello Jr.

1 4 . ( FCC/ I SS- SP/ Audit or Fisca l de Tr ibut os M unicipa is/ 2 0 0 7 )


O Program a Nacional de Desburocrat ização, im plant ado no início dos anos
80, idealizado pelo Minist ro Hélio Belt rão, caract erizou- se
( A) pela ret om ada dos conceit os cont idos no Decret o- Lei no 200, de 1967,
buscando, assim , a at uação adm inist rat iva cent ralizada, sem , no ent ant o,
deixar de lado a dim ensão polít ica do governo.
( B) pela dim inuição do peso das inst it uições burocrát icas no serviço
público, procurando ret om ar alguns procedim ent os t radicionais da rot ina
adm inist rat iva, não necessariam ent e alinhados com a eficiência.
( C) pela im plem ent ação por m eio de um a sólida base parlam ent ar de
apoio, o que lhe forneceu condições inédit as de sust ent abilidade.
( D) por focalizar o usuário do serviço público e divulgar am plam ent e seus
princípios nort eadores, concent rando- se na produção de m udanças no
com port am ent o e na at uação da burocracia pública.
( E) pela int rodução, no set or público, de alguns est ilos gerenciais baseados
nos m odelos e princípios adm inist rat ivos do set or privado, conseguindo,
assim , a am pla adesão de em presas est at ais e dos principais grupos
financeiros do País.

1 5 . ( FCC/ PGE- RJ/ Té cnico Supe r ior Adm inist r a t ivo/ 2 0 0 9 )


A im plant ação do paradigm a pós- burocrát ico no Brasil orient ou- se para o
aum ent o da capacidade de governo, por m eio da adoção dos princípios da
adm inist ração gerencial. Em relação a esses princípios:
I . A principal form a de cont role sobre as unidades execut oras de polít icas
públicas é o cont role social diret o: at ravés da part icipação em conselhos.
I I . O núcleo est rat égico das at ividades t ípicas de Est ado deve ser
convert ido em cargos de nom eação polít ica, passando a cont rolar de form a
exclusiva a form ulação e a gest ão de polít icas públicas.
I I I . As secret arias form uladoras de polít icas e as unidades execut oras
dessas polít icas devem ser separadas e a relação ent re elas operada por
m eio de cont rat os de gest ão baseados no desem penho de result ados.
I V. O Est ado deve orient ar suas ações para o cidadão- usuário de seus
serviços.
V. Um dos princípios cent rais do paradigm a pós- burocrát ico é a ênfase no
cont role de result ados por m eio dos cont rat os de gest ão.
( A) Est ão corret as APENAS as afirm at ivas I e I I .

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( B) Est ão corret as APENAS as afirm at ivas I , I I e V.


( C) Est ão corret as APENAS as afirm at ivas I I , I I I e I V.
( D) Est ão corret as APENAS as afirm at ivas I I I e I V.
( E) Est ão corret as APENAS as afirm at ivas I I I , I V e V.

1 6 . ( FCC/ TCM - CE/ Ana list a de Cont r ole Ex t e r no/ 2 0 1 0 )


Com relação às caract eríst icas próprias da adm inist ração pública gerencial,
considere:
I . As decisões t om adas pelo governo devem ser subm et idas à aprovação
dos beneficiários, por m eio do vot o popular, ant es de serem
im plem ent adas.
I I . A gest ão é orient ada por crit érios de m érit o e im pessoalidade.
I I I . Um dos obj et ivos principais da adm inist ração pública gerencial é a
aut onom ia gerencial, sendo o cont rat o de gest ão o inst rum ent o de cont role
dos adm inist radores públicos.
I V. A adm inist ração gerencial é orient ada para a sat isfação das dem andas
dos cidadãos.
V. A adm inist ração gerencial orient a- se principalm ent e par a a obt enção de
result ados.
Est á corret o o que se afirm a APENAS em
( A) I e I I I .
( B) I , I I , I I I , I V.
( C) I I , I I I e V.
( D) I I , I I I , I V e V.
( E) I V e V.

1 7 . ( FCC/ TRE- RN / Ana list a Judiciá r io- Adm ./ 2 0 1 1 )


Com relação à passagem do m odelo racional- legal ao paradigm a pós-
burocrát ico, considere as afirm at ivas abaixo.
I . Apesar da fort e t endência de flexibilização, não houve rupt ura com o
m odelo burocrát ico, t endo em vist a que a lógica de ação predom inant e nas
organizações cont inua sendo volt ada para o cálculo ut ilit ário de
consequências, associado à racionalidade form al.

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I I . As organizações dit as pós- burocrát icas ainda est ão fort em ent e


vinculadas à aut oridade racional- legal, base do m odelo criado por Max
Weber.
I I I . A organização pós- m oderna t eria com o principais caract eríst icas a
cent ralização e a est rut uração em redes hierarquizadas conect adas pelas
t ecnologias de infor m ação.
I V. A liderança nas organizações pós- burocrát icas é facilit adora e
solucionadora de conflit os e problem as, baseando- se na abert ura,
part icipação, confiança e com prom et im ent o.
V. O t ipo organizacional pós- burocrát ico é represent ado por organizações
sim bolicam ent e int ensivas, produt oras de consenso por m eio da
inst it ucionalização do diálogo.
Est á corret o o que se afirm a APENAS em
( A) I , I I e I I I .
( B) I I e I V.
( C) I I I , I V e V.
( D) I , I I , I V e V.
( E) I , I I , I I I e I V.

1 8 . ( CESPE/ STJ/ Ana list a Judiciá r io – Adm . 2 0 0 8 )


O paradigm a pós- burocrát ico, apesar de se cont rapor à ideologia e ao rigor
t écnico da burocracia t radicional, possui diversas caract eríst icas do m odelo
burocrát ico.

1 9 . ( CESPE/ STJ/ Ana list a Judiciá r io – Adm . 2 0 0 8 )


No m odelo pós- bur ocrát ico, evit a- se fom ent ar a com pet ição no âm bit o da
adm inist ração pública.

2 0 . ( CESPE/ STJ/ Ana list a Judiciá r io – Adm . 2 0 0 8 )


A adm inist ração pública burocrát ica não possui vant agem fundam ent al, de
m odo que não é indicada a sua ut ilização em organização pública.

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2 1 . ( CESPE/ STJ/ Ana list a Judiciá r io – Adm . 2 0 0 8 )


Na adm inist ração pública gerencial, o cidadão é vist o t ant o com o
cont ribuint e de im post os quant o com o client e de seus serviços.

2 2 . ( CESPE- AD APTAD A)
Nos anos 70 do século XX, a Secret aria de Modernização ( SEMOR) buscou
im plant ar novas t écnicas gerenciais, com foco cent ral na área orçam ent ária
e na de cont roles financeiros do governo federal.

2 3 . ( CESPE- AD APTAD A)
O aparelho do Est ado divide- se em 3 set ores: núcleo est rat égico,
at iv idades exclusivas e serviços não exclusivos.

7 . GABARI TOS

1. B 2. C 3. D 4. A 5. A

6. E 7. E 8. C 9. D 10. C

11. E 12. D 13. B 14. D 15. E

16. D 17. D 18. CERTA 19. ERRADA 20. ERRADA

21. CERTA 22. ERRADA 23. ERRADA

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