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Aula 00
SUMçRIO
1 A‚ÌO PENAL ............................................................................................... 6
1.1 Condi•›es da a•‹o penal ...................................................................... 6
1.1.1 Possibilidade Jur’dica do pedido ............................................................. 6
1.1.2 Interesse de Agir ................................................................................. 7
1.1.3 Legitimidade ad causam ativa e passiva .................................................. 8
1.2 EspŽcies de A•‹o Penal ...................................................................... 10
1.2.1 A•‹o penal pœblica incondicionada ........................................................ 11
1.2.2 A•‹o penal pœblica condicionada (ˆ representa•‹o do ofendido e ˆ requisi•‹o
do Ministro da Justi•a) ........................................................................................ 14
1.2.3 A•‹o penal privada exclusiva ............................................................... 16
1.2.3.1 Renœncia, perd‹o e peremp•‹o ..................................................... 18
1.2.4 A•‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica .............................................. 20
1.2.4.1 Atua•‹o do MP na a•‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica .............. 22
1.2.5 A•‹o penal personal’ssima .................................................................. 22
1.3 Denœncia e queixa: elementos ........................................................... 23
1.3.1 Exposi•‹o do fato criminoso ................................................................ 23
1.3.2 Qualifica•‹o do acusado ...................................................................... 23
1.3.3 Classifica•‹o do delito (tipifica•‹o do delito) .......................................... 23
1.3.4 Rol de testemunhas............................................................................ 23
1.3.5 Endere•amento ................................................................................. 24
1.3.6 Reda•‹o em vern‡culo ........................................................................ 24
1.3.7 Subscri•‹o ........................................................................................ 24
2 DISPOSITIVOS LEGAIS IMPORTANTES ..................................................... 24
3 SòMULAS PERTINENTES ........................................................................... 28
3.1 Sœmulas do STF .................................................................................. 28
3.2 Sœmulas do STJ .................................................................................. 29
4 RESUMO .................................................................................................... 29
5 LISTA DE EXERCêCIOS .............................................................................. 33
6 EXERCêCIOS COMENTADOS ....................................................................... 56
7 GABARITO ................................................................................................ 98
ƒ com imenso prazer que estou aqui, mais uma vez, pelo
ESTRATƒGIA CONCURSOS, tendo a oportunidade de poder contribuir
!
As aulas ser‹o disponibilizadas no site conforme o cronograma
apresentado. Em cada aula eu trarei algumas quest›es que foram
cobradas em concursos pœblicos, para fixarmos o entendimento
sobre a matŽria.
Como o IBFC Ž uma Banca com um acervo muito pequeno de
quest›es da nossa matŽria, vamos utilizar quest›es de Bancas
consagradas, como FCC, FGV e VUNESP. Ao final do curso, porŽm, vou
trazer uma aula extra, apenas com quest›es da pr—pria IBFC, a fim
de que voc•s possam utilizar como uma espŽcie de ÒsimuladoÓ antes da
prova.
AlŽm da teoria e das quest›es, voc•s ter‹o acesso a duas
ferramentas muito importantes:
¥! RESUMOS Ð Cada aula ter‡ um resumo daquilo que foi
estudado, variando de 03 a 10 p‡ginas (a depender do tema),
indo direto ao ponto daquilo que Ž mais relevante! Ideal
para quem est‡ sem muito tempo.
¥! FîRUM DE DòVIDAS Ð N‹o entendeu alguma coisa? Simples:
basta perguntar ao professor Vinicius Silva, que Ž o
respons‡vel pelo F—rum de Dœvidas, exclusivo para os alunos
do curso.
E-mail: profrenanaraujo@gmail.com
Periscope: @profrenanaraujo
Facebook: www.facebook.com/profrenanaraujoestrategia
Instagram: www.instagram.com/profrenanaraujo/?hl=pt-br
Youtube:
www.youtube.com/channel/UClIFS2cyREWT35OELN8wcFQ
1! A‚ÌO PENAL
Quando alguŽm pratica um fato criminoso, surge para o Estado o
poder-dever de punir o infrator. Esse poder-dever, esse direito, Ž chamado
de ius puniendi.
Entretanto, o Estado, para que exer•a validamente e legitimamente o
seu ius puniendi, deve faz•-lo mediante a utiliza•‹o de um mecanismo
que possibilite a busca pela verdade material (n‹o meramente a verdade
formal), mas que ao mesmo tempo respeite os direitos e garantias
fundamentais do indiv’duo. Esse mecanismo Ž chamado de Processo
Penal.
Mas, professor, onde entra a A•‹o Penal nisso? A a•‹o penal Ž,
nada mais nada menos que, o ato inicial desse mecanismo todo chamado
processo penal.
1.1.2!Interesse de Agir
Se no processo civil o interesse de agir Ž caracterizado como a
necessidade da presta•‹o da tutela jurisdicional, devendo a parte autora
comprovar que n‹o h‡ outro meio para a resolu•‹o do lit’gio que n‹o seja
a via judicial, no processo penal Ž um pouco diferente.
No processo penal a via judicial Ž obrigat—ria, n‹o podendo o
Estado exercer o seu ius puniendi fora do processo penal. O processo
civil Ž facultativo, podendo as partes resolver a lide sem a interven•‹o do
Judici‡rio. O processo penal, por sua vez, Ž obrigat—rio, devendo o titular
da a•‹o penal provocar o Judici‡rio para que a lide seja resolvida.
H‡ quem defenda, inclusive, que n‹o necessariamente h‡ lide
no processo penal (a lide Ž o fen™meno que ocorre quando uma parte
possui uma pretens‹o que Ž resistida pela outra parte), pois ainda que o
acusado reconhe•a que deve ser punido, a puni•‹o s— pode ocorrer ap—s o
processo penal, dado o interesse pœblico envolvido.
No processo penal o interesse de agir est‡ mais ligado a quest›es
como a utiliza•‹o da via adequada. Assim, n‹o pode o membro do MP
oferecer queixa em face de alguŽm que praticou homic’dio, pois se trata
de crime de a•‹o penal pœblica. Nesse caso, o MP Ž parte leg’tima, pois
Ž o titular da a•‹o penal. No entanto, a via escolhida est‡ errada
(deveria ter sido ajuizada a•‹o penal pœblica, denœncia).
Alguns autores entendem que o interesse de agir no processo
penal est‡ relacionado ˆ exist•ncia de lastro probat—rio m’nimo
(exist•ncia de ind’cios de autoria e prova da materialidade). Esses
elementos, no entanto, formam o que outra parte da Doutrina entende
como justa causa.
Obviamente que os autores que entendem serem estes elementos
integrantes do conceito de Òinteresse de agirÓ, entendem tambŽm que n‹o
existe a justa causa como uma condi•‹o aut™noma da a•‹o penal.
O CPP, no entanto, em algumas passagens, prev• a exist•ncia
da justa causa:
Art. 395. A denœncia ou queixa ser‡ rejeitada quando:
(...)
III - faltar justa causa para o exerc’cio da a•‹o penal.
[...]
Art. 648. A coa•‹o considerar-se-‡ ilegal:
I - quando n‹o houver justa causa;
1
Ver, por todos: Ò(...)1. A alegada aus•ncia de justa causa para o prosseguimento da a•‹o penal -
em raz‹o da inexist•ncia de elementos de prova que demonstrem ter o paciente participado dos
fatos narrados na denœncia e da aus•ncia de v’nculo entre ele e os supostos mandantes do crime -
demanda a an‡lise de fatos e provas, provid•ncia incab’vel na via estreita do habeas corpus, carente
de dila•‹o probat—ria.
2. O trancamento da a•‹o penal pela via do habeas corpus Ž cab’vel apenas quando demonstrada a
atipicidade da conduta, a extin•‹o da punibilidade ou a manifesta aus•ncia de provas da exist•ncia
do crime e de ind’cios de autoria.
(...)Ó
(HC 197.886/RS, Rel. Ministro SEBASTIÌO REIS JòNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 10/04/2012,
DJe 25/04/2012)
2
NinguŽm pode responder por crime alheio, j‡ que se adota o princ’pio da INTRANSCENDæNCIA
da pena.
jurisprud•ncia n‹o vem admitindo que a pessoa jur’dica responda por tais
crimes3.
A‚ÌO PENAL
PòBLICA
INCONDICIONADA CONDICIONADA
REPRESENTA‚ÌO DO
OFENDIDO
REQUISI‚ÌO DO
MINISTRO DA JUSTI‚A
PRIVADA
3
A jurisprud•ncia CLçSSICA adota a teoria da DUPLA IMPUTA‚ÌO para que a pessoa jur’dica possa
ser sujeito PASSIVO NO PROCESSO (sujeito ativo do crime), exigindo a indica•‹o, tambŽm, da
pessoa f’sica que agiu em seu nome. Contudo, h‡ decis›es recentes no STF e no STJ admitindo
a puni•‹o da pessoa jur’dica sem que haja necessidade de se imputar o fato, tambŽm, a
uma pessoa f’sica, dispensando, portanto, a dupla imputa•‹o. Contudo, n‹o sabemos se ir‡ se
confirmar como Òjurisprud•nciaÓ.
4
A Doutrina cita, ainda, a a•‹o penal popular, prevista na Lei 1.079/50, mas essa espŽcie Ž pol•mica
e n‹o possui previs‹o no CPP, motivo pelo qual, n‹o ser‡ objeto do nosso estudo.
O PGJ poder‡:
¥! Concordar com o membro do MP Ð Neste caso o Juiz deve
proceder ao arquivamento.
¥! Discordar do membro do MP Ð Neste caso, ele mesmo (PGJ)
dever‡ ajuizar a denœncia ou deve indicar outro membro do MP
para oferece-la.
5
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execu•‹o penal. 12.¼ edi•‹o. Ed. Forense.
Rio de Janeiro, 2015, p. 152/153
6
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execu•‹o penal. 12.¼ edi•‹o. Ed. Forense.
Rio de Janeiro, 2015, p. 154/155
7
Art. 24 (...) ¤ 1o No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decis‹o judicial,
o direito de representa•‹o passar‡ ao c™njuge, ascendente, descendente ou irm‹o. (Par‡grafo œnico
renumerado pela Lei n¼ 8.699, de 27.8.1993).
8
PACELLI, Eug•nio. Op. cit., p. 156
9
Art. 38. Salvo disposi•‹o em contr‡rio, o ofendido, ou seu representante legal, decair‡ no direito
de queixa ou de representa•‹o, se n‹o o exercer dentro do prazo de seis meses, contado
do dia em que vier a saber quem Ž o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se
esgotar o prazo para o oferecimento da denœncia;
10
Nesse sentido, TOURINHO FILHO, FREDERICO MARQUES e MIRABETE. Em sentido contr‡rio,
NUCCI. NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 157/158
11
(RHC 25.611/RJ, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 09/08/2011, DJe
25/08/2011)
12
(RHC 55.142/MG, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 12/05/2015, DJe
21/05/2015)
13
NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 166
ajuizar a a•‹o penal (a v’tima para ajuizar a a•‹o penal privada subsidi‡ria
e o MP para ajuizar a a•‹o penal pœblica). Trata-se, portanto, de
legitimidade concorrente.
Nestes casos n‹o se pode admitir a a•‹o penal privada, pois esta
somente existe para os casos nos quais o MP permaneceu inerte,
sem nada fazer. Se o MP pratica uma destas condutas, n‹o h‡ inŽrcia,
mas apenas a pr‡tica de atos que lhe s‹o permitidos.14
Por fim, n‹o Ž admiss’vel o perd‹o do ofendido na a•‹o penal
privada subsidi‡ria da pœblica, pois se trata de a•‹o originariamente
pœblica, na qual s— se admitiu o manejo da a•‹o privada em raz‹o de uma
circunst‰ncia temporal. Tanto Ž assim que o art. 105 do CP estabelece que:
Art. 105 - O perd‹o do ofendido, nos crimes em que somente se procede
mediante queixa, obsta ao prosseguimento da a•‹o.
14
Na Jurisprud•ncia, por todos: (AgRg no RMS 27.518/SP, Rel. Ministro MARCO AURƒLIO BELLIZZE,
QUINTA TURMA, julgado em 20/02/2014, DJe 27/02/2014)
Na Doutrina, por todos: PACELLI, Eug•nio. Op. cit., p. 159
15
A œnica hip—tese ainda existente no nosso ordenamento Ž o crime previsto no art. 236
do CP:
Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe
impedimento que n‹o seja casamento anterior:
Pena - deten•‹o, de seis meses a dois anos.
Par‡grafo œnico - A a•‹o penal depende de queixa do contraente enganado e n‹o pode ser
intentada sen‹o depois de transitar em julgado a senten•a que, por motivo de erro ou impedimento,
anule o casamento.
1.3.2!Qualifica•‹o do acusado
Deve a inicial, ainda, conter a qualifica•‹o do acusado. Se o acusador
n‹o dispuser da qualifica•‹o completa do acusado, por faltarem
informa•›es, dever‡ ao menos indicar os elementos pelos quais seja
poss’vel identifica-lo (marcas no corpo, caracter’sticas f’sicas diversas,
etc.).
1.3.4!Rol de testemunhas
A inicial acusat—ria deve vir acompanhada do rol de testemunhas,
quando houver.
16
PACELLI, Eug•nio. Op. cit., p. 157/158
1.3.5!Endere•amento
Deve a inicial ser endere•ada ao Juiz competente para apreciar o caso.
O endere•amento err™neo, porŽm, n‹o invalida a pe•a acusat—ria.
1.3.6!Reda•‹o em vern‡culo
Deve a inicial acusat—ria ser escrita em portugu•s (todos os atos
processuais devem ser praticados em l’ngua portuguesa ou traduzidos para
o portugu•s).
1.3.7!Subscri•‹o
Deve a inicial acusat—ria ser assinada pelo membro do MP (denœncia)
ou pelo advogado do querelante (no caso da queixa-crime).
CONSTITUI‚ÌO FEDERAL
3! SòMULAS PERTINENTES
que o enunciado de sœmula faz). Assim, boa parte da Doutrina entende que
a sœmula perdeu validade17. Outros, como Cezar Roberto Bitencourt,
sustentam que s— se aplica quando houver, ao menos, les‹o corporal
grave18. Por fim, uma terceira corrente sustenta que a sœmula permanece
v‡lida em sua integralidade19.
Sœmula 608 do STF - ÒNo crime de estupro, praticado mediante viol•ncia real,
a a•‹o penal Ž pœblica incondicionada.Ó
4! RESUMO
17
NUCCI, Guilherme de Souza. Crimes contra a dignidade sexual, p. 62-63, apud, GRECO, RogŽrio.
Curso de Direito Penal. Volume 3. Ed. Impetus. Niter—i-RJ, 2015, p. 584/585
18
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal Ð Parte Especial (volume 4). Ed. Saraiva,
9¼ edi•‹o. S‹o Paulo, 2015, p. 157/158
19
GRECO, RogŽrio. Curso de Direito Penal. Volume 3. Ed. Impetus. Niter—i-RJ, 2015, p. 584/585
Assim:
A‚ÌO PENAL
PòBLICA INCONDICIONADA N‹o depende de qualquer condi•‹o
(titularidade CONDICIONADA Requisi•‹o do Ministro da Justi•a
do MP)
Ø! N‹o tem prazo (pode ser
oferecida enquanto n‹o extinta a
punibilidade)
Ø! N‹o cabe retrata•‹o.
Ø! MP n‹o est‡ vinculado ˆ
requisi•‹o (oferecida a
requisi•‹o, pode o MP deixar de
denunciar)
Representa•‹o do ofendido:
Ø! Deve ser oferecida dentro de 06
meses, sob pena de decad•ncia
Ø! ƒ retrat‡vel, atŽ o oferecimento
da denœncia pelo MP
Ø! N‹o exige forma espec’fica
Ø! N‹o Ž divis’vel quanto aos
autores do fato criminoso
PRIVADA EXCLUSIVA O direito de queixa passa aos
(titularidade sucessores
do PERSONALêSSIMA O direito de queixa n‹o passa aos
ofendido) sucessores (nem pode ser exercido
pelo representante legal).
CARACTERêSTICAS
¥! A a•‹o penal pœblica (tanto a incondicionada quanto ˆ
condicionada) Ž de titularidade exclusiva do MP e goza das
seguintes caracter’sticas:
§! Obrigatoriedade
§! Oficialidade
§! Indisponibilidade
§! Divisibilidade
¥! A a•‹o penal privada Ž de titularidade do ofendido e goza das
seguintes caracter’sticas:
§! Indivisibilidade
§! Oportunidade
§! Disponibilidade
§! Deve ser ajuizada dentro de seis meses (contados da data em
que foi conhecida a autoria do delito), sob pena de decad•ncia
do direito de queixa.
1. RENòNCIA
¥! Antes do ajuizamento da a•‹o
¥! Expressa ou t‡cita (Com rela•‹o ˆ renœncia t‡cita, decorrente da
n‹o inclus‹o de algum dos infratores na a•‹o penal, o STJ firmou
entendimento no sentido de que a omiss‹o do querelante deve
ter sido VOLUNTçRIA, ou seja, ele deve ter, de fato, querido n‹o
processar o infrator).
¥! Oferecida a um dos infratores a todos se estende
¥! N‹o depende de aceita•‹o pelos infratores (ato unilateral)
2. PERDÌO
¥! Depois do ajuizamento da a•‹o
¥! Expresso ou t‡cito
¥! Processual ou extraprocessual
¥! Oferecido a um dos infratores a todos se estende
¥! Depende de aceita•‹o pelos infratores (ato BILATERAL)
¥! Se um dos infratores n‹o aceitar, isso n‹o prejudica o direito dos
demais
3. PEREMP‚ÌO
¥! Penalidade ao querelante pela neglig•ncia na condu•‹o do
processo
¥! Cab’vel quando:
Ø! O querelante deixar de promover o andamento do
processo durante 30 dias seguidos
Ø! Falecendo o querelante, ou sobrevindo sua
incapacidade, n‹o comparecer em ju’zo, para prosseguir
no processo, dentro do prazo de 60 dias, qualquer
das pessoas a quem couber faz•-lo
Ø! O querelante deixar de comparecer, sem motivo
justificado, a qualquer ato do processo a que deva
estar presente
Ø! O querelante deixar de formular o pedido de
condena•‹o nas alega•›es finais
Ø! Sendo o querelante pessoa jur’dica, esta se extinguir
sem deixar sucessor.
DISPOSI‚ÍES IMPORTANTES
A•‹o penal privada subsidi‡ria
Cabimento - Quando se tratar de crime de a•‹o penal pœblica, e o MP
nada fizer no prazo legal de oferecimento da denœncia (inŽrcia do MP), o
ofendido, ou quem lhe represente, poder‡ ajuizar a•‹o penal privada
subsidi‡ria da pœblica, tendo essa legitimidade um prazo de validade de
seis meses, a contar do dia seguinte em que termina o prazo para
manifesta•‹o do MP (consolidando sua inŽrcia).
5! LISTA DE EXERCêCIOS
B) 03 dias.
C) 05 dias.
D) 08 dias.
E) 10 dias.
A) decad•ncia.
B) prescri•‹o da pretens‹o punitiva.
C) prescri•‹o da pretens‹o execut—ria.
D) peremp•‹o.
E) preclus‹o.
(C) dever‡ ser recebida pelo magistrado, pois a renœncia do ofendido Ž ato
individual, n‹o se estendendo aos demais agentes;
(D) n‹o poder‡ ser recebida pelo magistrado, pois a renœncia do ofendido
a um dos autores do crime aos demais se estende;
(E) dever‡ ser recebida pelo magistrado, bastando que seja conferida ao
advogado procura•‹o com poderes gerais.
d) pœblica incondicionada.
6! EXERCêCIOS COMENTADOS
COMENTçRIOS:
a) ERRADA: A renœncia oferecida por um dos ofendidos n‹o atrapalha o
direito dos demais QUERELANTES, que podem ajuizar a queixa.
b) CORRETA: Item correto, pois esta Ž a exata previs‹o do art. 51 do CPP.
c) ERRADA: Admite-se a renœncia t‡cita, nos termos do art. 57 do CPP.
d) ERRADA: Item errado, pois o MP atuar‡ na a•‹o penal privada como
custos legis (fiscal da lei), nos termos do art. 45 do CPP.
e) ERRADA: Item errado, pois a peremp•‹o n‹o Ž cab’vel na a•‹o penal
privada subsidi‡ria da pœblica.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.
B) pœblica incondicionada.
C) privada subsidi‡ria da pœblica.
D) pœblica condicionada.
E) privada personal’ssima.
COMENTçRIOS: Conforme estudamos, a a•‹o penal privada promovida
pelo ofendido nos casos em que originariamente se trata de a•‹o penal
pœblica, Ž a a•‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica, que s— Ž admitida no
caso de inŽrcia do —rg‹o oficial do Estado (MP) em oferecer a denœncia,
quando este n‹o o faz no prazo legal. Est‡ prevista no art. 29 do CPP.
ASSIM, A ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.
COMENTçRIOS:
A) ERRADA: O item est‡ errado, pois a renœncia em rela•‹o a um dos
autores a todos se estender‡, nos termos do art. 49 do CPP:
Art. 49. A renœncia ao exerc’cio do direito de queixa, em rela•‹o a um dos
autores do crime, a todos se estender‡.
B) ERRADA: O item est‡ errado. N‹o h‡ que se falar em reconven•‹o em
a•‹o penal.
C) ERRADA: O item est‡ errado. Mesmo nas a•›es penais privadas
exclusivas, ou seja, aquelas que somente podem ser ajuizadas pelo
ofendido (n‹o se incluindo a a•‹o penal privada subsidi‡ria), o MP pode
aditar a denœncia, notadamente para fazer valer sua indivisibilidade.
Vejamos:
Art. 45. A queixa, ainda quando a a•‹o penal for privativa do ofendido, poder‡
ser aditada pelo MinistŽrio Pœblico, a quem caber‡ intervir em todos os termos
subseqŸentes do processo.
D) CORRETA: O item est‡ correto, pois esta Ž a previs‹o do art. 41 do CPP:
Art. 41. A denœncia ou queixa conter‡ a exposi•‹o do fato criminoso, com
todas as suas circunst‰ncias, a qualifica•‹o do acusado ou esclarecimentos
pelos quais se possa identific‡-lo, a classifica•‹o do crime e, quando
necess‡rio, o rol das testemunhas.
E) ERRADA: O item est‡ errado, pois alŽm de poder ser ajuizada por
procurador com poderes especiais, pode ser ajuizada pelos sucessores do
ofendido. Vejamos:
Art. 44. A queixa poder‡ ser dada por procurador com poderes especiais,
devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a men•‹o
do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de
dilig•ncias que devem ser previamente requeridas no ju’zo criminal.
(...)
Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por
decis‹o judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na a•‹o passar‡ ao
c™njuge, ascendente, descendente ou irm‹o.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.
7! GABARITO
1.! ALTERNATIVA D
2.! ALTERNATIVA C
3.! ALTERNATIVA C
4.! ALTERNATIVA C
5.! ALTERNATIVA C
6.! ALTERNATIVA C
7.! ALTERNATIVA D
8.! ALTERNATIVA B
9.! ALTERNATIVA B
10.!ALTERNATIVA B
11.!ALTERNATIVA B
12.!ALTERNATIVA B
13.!ERRADA
14.!ERRADA
15.!ALTERNATIVA E
16.!ALTERNATIVA D
17.!ALTERNATIVA B
18.!ALTERNATIVA E
19.!ALTERNATIVA D
20.!ALTERNATIVA E
21.!ALTERNATIVA A
22.!ALTERNATIVA A
23.!ALTERNATIVA B
24.!ALTERNATIVA A
25.!ALTERNATIVA C
26.!ALTERNATIVA A
27.!ALTERNATIVA B
28.!ALTERNATIVA E
29.!ALTERNATIVA B
30.!ALTERNATIVA D
31.!ALTERNATIVA A
32.!ALTERNATIVA E
33.!ALTERNATIVA D
34.!ALTERNATIVA C
35.!ALTERNATIVA E
36.!ALTERNATIVA D
37.!ALTERNATIVA D
38.!ALTERNATIVA E
39.!ALTERNATIVA C
40.!ALTERNATIVA E
41.!ALTERNATIVA D
42.!ALTERNATIVA E
43.!ALTERNATIVA C
44.!ALTERNATIVA E
45.!ALTERNATIVA C
46.!ALTERNATIVA C
47.!ALTERNATIVA E
48.!ALTERNATIVA C
49.!ALTERNATIVA A
50.!ALTERNATIVA B
51.!ALTERNATIVA C
52.!ALTERNATIVA D
53.!ALTERNATIVA E
54.!ALTERNATIVA D
55.!ALTERNATIVA E
56.!ALTERNATIVA C
57.!ALTERNATIVA B
58.!ALTERNATIVA C
59.!ALTERNATIVA D
60.!ALTERNATIVA B
61.!ALTERNATIVA A
62.!ALTERNATIVA E
63.!ALTERNATIVA A
64.!ALTERNATIVA D
65.!ALTERNATIVA A
66.!ALTERNATIVA B
67.!ALTERNATIVA C
68.!ALTERNATIVA D
69.!ALTERNATIVA A
70.!ALTERNATIVA C