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Livro Eletrônico

Aula 00

Direito Processual Penal p/ TJ-PE (Técnico - Função Judiciária) - Com videoaulas

Professor: Renan Araujo


D. PROCESSUAL PENAL Ð TJ-PE (2017) Ð TƒCNICO JUD. Ð FUN‚ÌO JUDICIçRIA
Teoria e quest›es
Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo

AULA DEMO: A‚ÌO PENAL.

SUMçRIO
1 A‚ÌO PENAL ............................................................................................... 6
1.1 Condi•›es da a•‹o penal ...................................................................... 6
1.1.1 Possibilidade Jur’dica do pedido ............................................................. 6
1.1.2 Interesse de Agir ................................................................................. 7
1.1.3 Legitimidade ad causam ativa e passiva .................................................. 8
1.2 EspŽcies de A•‹o Penal ...................................................................... 10
1.2.1 A•‹o penal pœblica incondicionada ........................................................ 11
1.2.2 A•‹o penal pœblica condicionada (ˆ representa•‹o do ofendido e ˆ requisi•‹o
do Ministro da Justi•a) ........................................................................................ 14
1.2.3 A•‹o penal privada exclusiva ............................................................... 16
1.2.3.1 Renœncia, perd‹o e peremp•‹o ..................................................... 18
1.2.4 A•‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica .............................................. 20
1.2.4.1 Atua•‹o do MP na a•‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica .............. 22
1.2.5 A•‹o penal personal’ssima .................................................................. 22
1.3 Denœncia e queixa: elementos ........................................................... 23
1.3.1 Exposi•‹o do fato criminoso ................................................................ 23
1.3.2 Qualifica•‹o do acusado ...................................................................... 23
1.3.3 Classifica•‹o do delito (tipifica•‹o do delito) .......................................... 23
1.3.4 Rol de testemunhas............................................................................ 23
1.3.5 Endere•amento ................................................................................. 24
1.3.6 Reda•‹o em vern‡culo ........................................................................ 24
1.3.7 Subscri•‹o ........................................................................................ 24
2 DISPOSITIVOS LEGAIS IMPORTANTES ..................................................... 24
3 SòMULAS PERTINENTES ........................................................................... 28
3.1 Sœmulas do STF .................................................................................. 28
3.2 Sœmulas do STJ .................................................................................. 29
4 RESUMO .................................................................................................... 29
5 LISTA DE EXERCêCIOS .............................................................................. 33
6 EXERCêCIOS COMENTADOS ....................................................................... 56
7 GABARITO ................................................................................................ 98

Ol‡, meus amigos!

ƒ com imenso prazer que estou aqui, mais uma vez, pelo
ESTRATƒGIA CONCURSOS, tendo a oportunidade de poder contribuir

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Teoria e quest›es
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para a aprova•‹o de voc•s no concurso do TJ-PE. N—s vamos estudar teoria


e comentar exerc’cios sobre DIREITO PROCESSUAL PENAL, para o cargo
de TƒCNICO JUDICIçRIO Ð FUN‚ÌO JUDICIçRIA.
E a’, povo, preparados para a maratona?
O edital acabou de ser publicado, e a Banca, como sab’amos, ser‡
o IBFC. As provas est‹o agendadas para o dia 15.10.2017.
Bom, est‡ na hora de me apresentar a voc•s, n‹o Ž?
Meu nome Ž Renan Araujo, tenho 30 anos, sou Defensor Pœblico
Federal desde 2010, atuando na Defensoria Pœblica da Uni‹o no Rio de
Janeiro, e mestre em Direito Penal pela Faculdade de Direito da
UERJ. Antes, porŽm, fui servidor da Justi•a Eleitoral (TRE-RJ), onde
exerci o cargo de TŽcnico Judici‡rio, por dois anos. Sou Bacharel em Direito
pela UNESA e p—s-graduado em Direito Pœblico pela Universidade Gama
Filho.
Minha trajet—ria de vida est‡ intimamente ligada aos Concursos
Pœblicos. Desde o come•o da Faculdade eu sabia que era isso que eu queria
para a minha vida! E querem saber? Isso faz toda a diferen•a! Algumas
pessoas me perguntam como consegui sucesso nos concursos em t‹o
pouco tempo. Simples: Foco + For•a de vontade + Disciplina. N‹o h‡
f—rmula m‡gica, n‹o h‡ ingrediente secreto! Basta querer e correr atr‡s do
seu sonho! Acreditem em mim, isso funciona!
ƒ muito gratificante, depois de ter vivido minha jornada de
concurseiro, poder colaborar para a aprova•‹o de outros tantos
concurseiros, como um dia eu fui! E quando eu falo em Òcolaborar para a
aprova•‹oÓ, n‹o estou falando apenas por falar. O EstratŽgia Concursos
possui ’ndices alt’ssimos de aprova•‹o em todos os concursos!
Neste curso voc•s receber‹o todas as informa•›es necess‡rias para
que possam ter sucesso no concurso do TJ-PE. Acreditem, voc•s n‹o
v‹o se arrepender! O EstratŽgia Concursos est‡ comprometido com
sua aprova•‹o, com sua vaga, ou seja, com voc•!
Mas Ž poss’vel que, mesmo diante de tudo isso que eu disse, voc•
ainda n‹o esteja plenamente convencido de que o EstratŽgia Concursos
Ž a melhor escolha. Eu entendo voc•, j‡ estive deste lado do computador.
Ës vezes Ž dif’cil escolher o melhor material para sua prepara•‹o. Contudo,
alguns colegas de caminhada podem te ajudar a resolver este impasse:

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Esse print screen acima foi retirado da p‡gina de avalia•‹o do curso


de Direito Processual Penal para Delegado da PC-PE. Vejam que, dos
62 alunos que avaliaram o curso, 61 o aprovaram. Um percentual de
98,39%.
Ainda n‹o est‡ convencido? Continuo te entendendo. Voc• acha
que pode estar dentro daqueles 1,61%. Em raz‹o disso, disponibilizamos
gratuitamente esta aula DEMONSTRATIVA, a fim de que voc• possa analisar
o material, ver se a abordagem te agrada, etc.
Acha que a aula demonstrativa Ž pouco para testar o material?
Pois bem, o EstratŽgia concursos d‡ a voc• o prazo de 30 DIAS para
testar o material. Isso mesmo, voc• pode baixar as aulas, estudar,
analisar detidamente o material e, se n‹o gostar, devolvemos seu dinheiro.
Sabem porque o EstratŽgia Concursos d‡ ao aluno 30 dias para
pedir o dinheiro de volta? Porque sabemos que isso n‹o vai acontecer!
N‹o temos medo de dar a voc• essa liberdade.
Neste curso estudaremos todo o conteœdo de Direito Processual
Penal previsto no Edital. Estudaremos teoria e vamos trabalhar tambŽm
com exerc’cios comentados.
Abaixo segue o plano de aulas do curso todo:
! !

AULA CONTEòDO DATA

Aula 00 A•‹o Penal 20/07

Aula 01 Sujeitos processuais 25/07

Atos e prazos processuais.


Aula 02 Nulidades. Senten•a. Extin•‹o da 30/07
punibilidade.

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Dos recursos: modalidades e


Aula 03 05/08
princ’pios da fungibilidade.
Processo dos crimes de
Aula 04 responsabilidade dos funcion‡rios 10/08
pœblicos
Aula
Quest›es da Banca IBFC 30.08
EXTRA

!
As aulas ser‹o disponibilizadas no site conforme o cronograma
apresentado. Em cada aula eu trarei algumas quest›es que foram
cobradas em concursos pœblicos, para fixarmos o entendimento
sobre a matŽria.
Como o IBFC Ž uma Banca com um acervo muito pequeno de
quest›es da nossa matŽria, vamos utilizar quest›es de Bancas
consagradas, como FCC, FGV e VUNESP. Ao final do curso, porŽm, vou
trazer uma aula extra, apenas com quest›es da pr—pria IBFC, a fim
de que voc•s possam utilizar como uma espŽcie de ÒsimuladoÓ antes da
prova.
AlŽm da teoria e das quest›es, voc•s ter‹o acesso a duas
ferramentas muito importantes:
¥! RESUMOS Ð Cada aula ter‡ um resumo daquilo que foi
estudado, variando de 03 a 10 p‡ginas (a depender do tema),
indo direto ao ponto daquilo que Ž mais relevante! Ideal
para quem est‡ sem muito tempo.
¥! FîRUM DE DòVIDAS Ð N‹o entendeu alguma coisa? Simples:
basta perguntar ao professor Vinicius Silva, que Ž o
respons‡vel pelo F—rum de Dœvidas, exclusivo para os alunos
do curso.

Outro diferencial importante Ž que nosso curso em PDF ser‡


complementado por videoaulas. Nas videoaulas ser‹o apresentados
alguns pontos considerados mais relevantes da matŽria, seja atravŽs
da apresenta•‹o da teoria seja atravŽs da resolu•‹o de exerc’cios
anteriores, como forma de ajudar na assimila•‹o da matŽria.

No mais, desejo a todos uma boa maratona de estudos!


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E-mail: profrenanaraujo@gmail.com

Periscope: @profrenanaraujo

Facebook: www.facebook.com/profrenanaraujoestrategia

Instagram: www.instagram.com/profrenanaraujo/?hl=pt-br
Youtube:
www.youtube.com/channel/UClIFS2cyREWT35OELN8wcFQ

Observa•‹o importante: este curso Ž protegido por direitos autorais


(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a
legisla•‹o sobre direitos autorais e d‡ outras provid•ncias.

Grupos de rateio e pirataria s‹o clandestinos, violam a lei e prejudicam os


professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe
adquirindo os cursos honestamente atravŽs do site EstratŽgia Concursos.
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1! A‚ÌO PENAL
Quando alguŽm pratica um fato criminoso, surge para o Estado o
poder-dever de punir o infrator. Esse poder-dever, esse direito, Ž chamado
de ius puniendi.
Entretanto, o Estado, para que exer•a validamente e legitimamente o
seu ius puniendi, deve faz•-lo mediante a utiliza•‹o de um mecanismo
que possibilite a busca pela verdade material (n‹o meramente a verdade
formal), mas que ao mesmo tempo respeite os direitos e garantias
fundamentais do indiv’duo. Esse mecanismo Ž chamado de Processo
Penal.
Mas, professor, onde entra a A•‹o Penal nisso? A a•‹o penal Ž,
nada mais nada menos que, o ato inicial desse mecanismo todo chamado
processo penal.

1.1! Condi•›es da a•‹o penal



Tal qual ocorre no processo civil, no processo penal a a•‹o tambŽm
deve obedecer a algumas condi•›es. Sem elas a a•‹o penal ajuizada deve
ser rejeitada de imediato pelo Juiz. Nesse sentido temos o art. 395, II do
CPP:
Art. 395. A denœncia ou queixa ser‡ rejeitada quando: (Reda•‹o dada pela Lei
n¼ 11.719, de 2008).
(...)
II - faltar pressuposto processual ou condi•‹o para o exerc’cio da a•‹o penal;
ou (Inclu’do pela Lei n¼ 11.719, de 2008).

S‹o condi•›es da a•‹o penal:

1.1.1!Possibilidade Jur’dica do pedido



Para que esteja configurada essa condi•‹o da a•‹o, basta que a a•‹o
penal tenha sido ajuizada com base em conduta que se amolde em
fato t’pico. Assim, n‹o se exige que a conduta tenha sido t’pica, il’cita e o
agente culp‡vel. Mesmo se o titular da a•‹o penal (MP ou ofendido) verificar
que o crime foi praticado em leg’tima defesa, por exemplo, (exclui a
ilicitude) a conduta Ž t’pica, estando cumprido o requisito da possibilidade
jur’dica do pedido.

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1.1.2!Interesse de Agir
Se no processo civil o interesse de agir Ž caracterizado como a
necessidade da presta•‹o da tutela jurisdicional, devendo a parte autora
comprovar que n‹o h‡ outro meio para a resolu•‹o do lit’gio que n‹o seja
a via judicial, no processo penal Ž um pouco diferente.
No processo penal a via judicial Ž obrigat—ria, n‹o podendo o
Estado exercer o seu ius puniendi fora do processo penal. O processo
civil Ž facultativo, podendo as partes resolver a lide sem a interven•‹o do
Judici‡rio. O processo penal, por sua vez, Ž obrigat—rio, devendo o titular
da a•‹o penal provocar o Judici‡rio para que a lide seja resolvida.
H‡ quem defenda, inclusive, que n‹o necessariamente h‡ lide
no processo penal (a lide Ž o fen™meno que ocorre quando uma parte
possui uma pretens‹o que Ž resistida pela outra parte), pois ainda que o
acusado reconhe•a que deve ser punido, a puni•‹o s— pode ocorrer ap—s o
processo penal, dado o interesse pœblico envolvido.
No processo penal o interesse de agir est‡ mais ligado a quest›es
como a utiliza•‹o da via adequada. Assim, n‹o pode o membro do MP
oferecer queixa em face de alguŽm que praticou homic’dio, pois se trata
de crime de a•‹o penal pœblica. Nesse caso, o MP Ž parte leg’tima, pois
Ž o titular da a•‹o penal. No entanto, a via escolhida est‡ errada
(deveria ter sido ajuizada a•‹o penal pœblica, denœncia).
Alguns autores entendem que o interesse de agir no processo
penal est‡ relacionado ˆ exist•ncia de lastro probat—rio m’nimo
(exist•ncia de ind’cios de autoria e prova da materialidade). Esses
elementos, no entanto, formam o que outra parte da Doutrina entende
como justa causa.
Obviamente que os autores que entendem serem estes elementos
integrantes do conceito de Òinteresse de agirÓ, entendem tambŽm que n‹o
existe a justa causa como uma condi•‹o aut™noma da a•‹o penal.
O CPP, no entanto, em algumas passagens, prev• a exist•ncia
da justa causa:
Art. 395. A denœncia ou queixa ser‡ rejeitada quando:
(...)
III - faltar justa causa para o exerc’cio da a•‹o penal.
[...]
Art. 648. A coa•‹o considerar-se-‡ ilegal:
I - quando n‹o houver justa causa;

Percebam, no entanto, que em nenhum momento o CPP trata a


justa causa como uma condi•‹o da a•‹o. Mais que isso: no momento
em que o art. 395, II do CPP diz que a denœncia ou queixa ser‡ rejeitada
quando faltar alguma das condi•›es da a•‹o penal, e, logo ap—s, em inciso
diverso, diz que tambŽm ser‡ rejeitada a denœncia ou queixa quando faltar

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justa causa, est‡, implicitamente, considerando que a justa causa n‹o Ž


uma condi•‹o da a•‹o penal.
O tema Ž bem pol•mico, e voc•s devem saber que h‡ diverg•ncia. Em
provas discursivas, vale a pena se alongar sobre isso. Em provas objetivas,
voc•s devem ter em mente que, pela literalidade do CPP, a justa causa
n‹o Ž condi•‹o da a•‹o, sendo assim considerada apenas por parte
da Doutrina.
O STJ, por sua vez, quando da an‡lise de diversos HCs que pretendiam
o trancamento da a•‹o penal por aus•ncia de justa causa, deixou claro que
justa causa Ž a exist•ncia de lastro probat—rio m’nimo, apto a justificar o
ajuizamento da demanda penal em face daqueles sujeitos pela pr‡tica
daqueles fatos1.

1.1.3!Legitimidade ad causam ativa e passiva


A legitimidade (e aqui nos aproximamos do processo civil) Ž o
que se pode chamar de pertin•ncia subjetiva para a demanda.
Assim, a presen•a do MP no polo ativo de uma denœncia pelo crime de
homic’dio Ž pertinente, pois a Constitui•‹o o coloca como titular exclusivo
da A•‹o Penal, o que Ž corroborado pelo CPP. TambŽm deve haver
legitimidade passiva, ou seja, quem deve figurar no polo passivo (ser o rŽu
da a•‹o) Ž quem efetivamente praticou o crime2, ou seja, o sujeito ativo
do crime.
CUIDADO! O sujeito ativo do crime (infrator) ser‡, no processo penal,
o sujeito passivo na rela•‹o processual!

Parte da Doutrina entende que os inimput‡veis s‹o partes ileg’timas


para figurar no polo passivo da a•‹o penal. Entretanto, essa posi•‹o merece
algumas considera•›es.
A inimputabilidade por critŽrio meramente biol—gico Ž somente
uma, e refere-se ˆ menoridade penal. Ou seja, somente o menor de 18

1
Ver, por todos: Ò(...)1. A alegada aus•ncia de justa causa para o prosseguimento da a•‹o penal -
em raz‹o da inexist•ncia de elementos de prova que demonstrem ter o paciente participado dos
fatos narrados na denœncia e da aus•ncia de v’nculo entre ele e os supostos mandantes do crime -
demanda a an‡lise de fatos e provas, provid•ncia incab’vel na via estreita do habeas corpus, carente
de dila•‹o probat—ria.
2. O trancamento da a•‹o penal pela via do habeas corpus Ž cab’vel apenas quando demonstrada a
atipicidade da conduta, a extin•‹o da punibilidade ou a manifesta aus•ncia de provas da exist•ncia
do crime e de ind’cios de autoria.
(...)Ó
(HC 197.886/RS, Rel. Ministro SEBASTIÌO REIS JòNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 10/04/2012,
DJe 25/04/2012)
2
NinguŽm pode responder por crime alheio, j‡ que se adota o princ’pio da INTRANSCENDæNCIA
da pena.

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anos ser‡ sempre inimput‡vel, sem que se exija qualquer an‡lise do


mŽrito da demanda. De plano se pode considerar sua ilegitimidade,
conforme prev• o art. 27 do CP:
Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos s‹o penalmente inimput‡veis,
ficando sujeitos ˆs normas estabelecidas na legisla•‹o especial. (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Assim, se o titular da a•‹o penal aju’za a a•‹o em face de um menor


de 18 anos, falta uma das condi•›es da a•‹o, que Ž a imputabilidade penal,
pois de maneira nenhuma pode o menor de 18 anos responder
criminalmente, estando sujeito ˆs normas do ECA.
Entretanto, se estivermos diante dos demais casos de
inimputabilidade, a hip—tese n‹o Ž de ilegitimidade passiva, pois a
an‡lise da imputabilidade do agente depender‡ da avalia•‹o dos
fatores, das circunst‰ncias do delito, podendo se concluir pela sua
inimputabilidade. ƒ o que ocorre com os doentes mentais que ao tempo
do crime eram inteiramente incapazes de compreender o car‡ter il’cito da
conduta e se comportar conforme o direito.
A prova mais cabal de que nesse caso n‹o h‡ ilegitimidade Ž que,
considerando o Juiz que o agente era inimput‡vel ˆ Žpoca do fato, n‹o
rejeitar‡ a denœncia ou queixa (o que deveria ser feito, em raz‹o do art.
395, II do CPP), mas absolver‡ o acusado e aplicar‡ medida de seguran•a
(absolvi•‹o impr—pria). Assim, o Juiz adentrar‡ ao mŽrito da causa. Ora,
se a aus•ncia de condi•‹o da a•‹o obsta a aprecia•‹o do mŽrito,
fica claro que nessa hip—tese n‹o h‡ ilegitimidade.
Quanto ˆ pessoa jur’dica, Ž pac’fico o entendimento doutrin‡rio e
jurisprudencial no sentido de que a Pessoa Jur’dica pode figurar no polo
ativo (podem ser autoras) do processo penal, atŽ porque h‡ previs‹o
expressa nesse sentido:
Art. 37. As funda•›es, associa•›es ou sociedades legalmente constitu’das
poder‹o exercer a a•‹o penal, devendo ser representadas por quem os
respectivos contratos ou estatutos designarem ou, no sil•ncio destes, pelos
seus diretores ou s—cios-gerentes.

Quanto ˆ possibilidade de a pessoa jur’dica ser sujeito passivo no


processo penal, ou seja, quanto ˆ sua legitimidade passiva, a Doutrina se
divide, uns entendendo n‹o ser poss’vel, outros pugnando pela
possibilidade.
O STF e o STJ entendem que a Pessoa Jur’dica pode figurar no
polo passivo de a•‹o penal por crime ambiental, conforme previsto no
art. 225, ¤ 3¡ da CF/88, regulamentado pela Lei 9.605/98. Quanto aos
crimes contra a ordem econ™mica, por n‹o haver regulamenta•‹o legal, a

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jurisprud•ncia n‹o vem admitindo que a pessoa jur’dica responda por tais
crimes3.

1.2! EspŽcies de A•‹o Penal


A a•‹o penal pode ser pœblica incondicionada, pœblica
condicionada, ou privada. Nos termos do quadro esquem‡tico, para
facilitar a compreens‹o de voc•s:

A‚ÌO PENAL

PòBLICA

INCONDICIONADA CONDICIONADA

REPRESENTA‚ÌO DO
OFENDIDO

REQUISI‚ÌO DO
MINISTRO DA JUSTI‚A

PRIVADA

EXCLUSIVA PERSONALêSSIMA SUBSIDIçRIA DA


PòBLICA

Assim pode se resumir, graficamente, as espŽcies de a•‹o penal


previstas no CPP4.
Vamos estudar, agora, cada uma das seis espŽcies de a•‹o penal:

3
A jurisprud•ncia CLçSSICA adota a teoria da DUPLA IMPUTA‚ÌO para que a pessoa jur’dica possa
ser sujeito PASSIVO NO PROCESSO (sujeito ativo do crime), exigindo a indica•‹o, tambŽm, da
pessoa f’sica que agiu em seu nome. Contudo, h‡ decis›es recentes no STF e no STJ admitindo
a puni•‹o da pessoa jur’dica sem que haja necessidade de se imputar o fato, tambŽm, a
uma pessoa f’sica, dispensando, portanto, a dupla imputa•‹o. Contudo, n‹o sabemos se ir‡ se
confirmar como Òjurisprud•nciaÓ.
4
A Doutrina cita, ainda, a a•‹o penal popular, prevista na Lei 1.079/50, mas essa espŽcie Ž pol•mica
e n‹o possui previs‹o no CPP, motivo pelo qual, n‹o ser‡ objeto do nosso estudo.

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1.2.1!A•‹o penal pœblica incondicionada


ƒ a regra no ordenamento processual penal brasileiro. Sua
titularidade pertence ao MinistŽrio Pœblico, de forma privativa, nos termos
do art. 129, I da Constitui•‹o da Repœblica.
Apesar de ser a regra, existem exce•›es, Ž claro. N‹o precisamos,
contudo, saber quais s‹o as exce•›es. Precisamos saber que,
independentemente de qual seja o crime, quando praticado em
detrimento do patrim™nio ou interesse da Uni‹o, Estado e
Munic’pio, a a•‹o penal ser‡ pœblica. ƒ o que prev• o art. 24, ¤2¼ do
CPP:
Art. 24 (...) ¤ 2o Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do
patrim™nio ou interesse da Uni‹o, Estado e Munic’pio, a a•‹o penal ser‡
pœblica. (Inclu’do pela Lei n¼ 8.699, de 27.8.1993)

Por se tratar de uma a•‹o penal em que h‡ forte interesse pœblico na


puni•‹o do autor do fato, qualquer pessoa do povo poder‡ provocar a
atua•‹o do MP:
Art. 27. Qualquer pessoa do povo poder‡ provocar a iniciativa do MinistŽrio
Pœblico, nos casos em que caiba a a•‹o pœblica, fornecendo-lhe, por escrito,
informa•›es sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os
elementos de convic•‹o.

Importante ressaltar que este artigo se aplica, inclusive, ˆs a•›es


penais pœblicas condicionadas.
Alguns princ’pios regem a a•‹o penal pœblica incondicionada:
¥! Obrigatoriedade Ð Havendo ind’cios de autoria e prova da
materialidade do delito, o membro do MP deve oferecer a
denœncia, n‹o podendo deixar de faz•-lo, pois n‹o pode
dispor da a•‹o penal. Atualmente esta regra est‡
excepcionada pela previs‹o de transa•‹o penal nos Juizados
especiais (Lei 9.099/95), que Ž hip—tese na qual o titular da a•‹o
penal e o infrator transacionam, de forma a evitar o ajuizamento
da demanda. A previs‹o n‹o Ž inconstitucional, pois a pr—pria
Constitui•‹o a prev•, em seu art. 98, I. A Doutrina admite que,
estando presentes causas excludentes da ilicitude, de maneira
inequ’voca, poder‡ o membro do MP deixar de oferecer
denœncia.
¥! Indisponibilidade Ð Uma vez ajuizada a a•‹o penal pœblica,
n‹o pode seu titular dela desistir ou transigir, nos termos do art.
42 do CPP: Art. 42. O MinistŽrio Pœblico n‹o poder‡ desistir
da a•‹o penal. Esta regra tambŽm est‡ excepcionada pela
previs‹o de transa•‹o penal e suspens‹o condicional do
processo, que s‹o institutos previstos na Lei dos Juizados
Especiais (Lei 9.099/95).

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¥! Oficialidade Ð A a•‹o penal pœblica ser‡ ajuizada por um


—rg‹o oficial, no caso, o MP. Entretanto, pode ocorrer de,
transcorrido o prazo legal para que o MP ofere•a a denœncia,
este n‹o o fa•a nem promova o arquivamento do IP, ou seja,
fique inerte. Nesse caso, a lei prev• que o ofendido poder‡
promover a•‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica (que
estudaremos melhor daqui a pouco). Assim, podemos
concluir que a a•‹o penal pœblica Ž exclusiva do MP,
durante o prazo legal. Findo este prazo, a lei estabelece um
prazo de seis meses no qual tanto o MP quanto o ofendido pode
ajuizar a a•‹o penal, numa verdadeira hip—tese de legitima•‹o
concorrente: Art. 29. Ser‡ admitida a•‹o privada nos crimes de a•‹o
pœblica, se esta n‹o for intentada no prazo legal, cabendo ao MinistŽrio
Pœblico aditar a queixa, repudi‡-la e oferecer denœncia substitutiva, intervir
em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor
recurso e, a todo tempo, no caso de neglig•ncia do querelante, retomar a
a•‹o como parte principal. Findo este prazo de seis meses no qual o
ofendido pode ajuizar a a•‹o penal privada subsidi‡ria da
pœblica, a legitimidade volta a ser do MP, exclusivamente, desde
que ainda n‹o esteja extinta a punibilidade.
¥! Divisibilidade Ð Havendo mais de um infrator (autor do crime),
pode o MP ajuizar a demanda somente em face um ou
alguns deles, reservando para os outros, o ajuizamento
em momento posterior, de forma a conseguir mais tempo
para reunir elementos de prova. N‹o nenhum —bice quanto a
isso, e esta pr‡tica n‹o configura preclus‹o para o MP, podendo
aditar a denœncia posteriormente, a fim de incluir os demais
autores do crime ou, ainda, promover outra a•‹o penal em face
dos outros autores do crime.

Com rela•‹o ˆ divisibilidade, Ž importante notar que este Ž um


princ’pio que, por si s—, pulveriza a tese de arquivamento impl’cito.
Inclusive essa Ž a orienta•‹o firmada pelo pr—prio STJ:

(...) 3 - N‹o vigora o princ’pio da indivisibilidade na a•‹o penal pœblica. O


Parquet Ž livre para formar sua convic•‹o incluindo na increpa•‹o as pessoas
que entenda terem praticados il’citos penais, ou seja, mediante a constata•‹o
de ind’cios de autoria e materialidade, n‹o se podendo falar em arquivamento
impl’cito em rela•‹o a quem n‹o foi denunciado.
4 - Recurso n‹o conhecido.
(RHC 34.233/SP, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA,
julgado em 06/05/2014, DJe 14/05/2014)

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Importante ressaltar que o membro do MP n‹o est‡ obrigado a ajuizar


a denœncia sempre que for instaurado um inquŽrito policial. Ele s— ajuizar‡
a denœncia se estiverem presentes dois requisitos:
¥! Prova da materialidade
¥! Ind’cios de autoria

Caso n‹o estejam presentes estes requisitos, o membro do MP dever‡


requerer o arquivamento do INQUƒRITO POLICIAL, ou seja, n‹o ir‡ ajuizar
a denœncia.
Mas e se o Juiz n‹o concordar com o requerimento de
arquivamento formulado pelo MP? Neste caso, o Juiz dever‡ remeter o
caso para aprecia•‹o pelo Chefe do MP (PGJ), que Ž quem decidir‡ o caso:
Art. 28. Se o —rg‹o do MinistŽrio Pœblico, ao invŽs de apresentar a denœncia,
requerer o arquivamento do inquŽrito policial ou de quaisquer pe•as de
informa•‹o, o juiz, no caso de considerar improcedentes as raz›es invocadas,
far‡ remessa do inquŽrito ou pe•as de informa•‹o ao procurador-geral, e este
oferecer‡ a denœncia, designar‡ outro —rg‹o do MinistŽrio Pœblico para oferec•-
la, ou insistir‡ no pedido de arquivamento, ao qual s— ent‹o estar‡ o juiz
obrigado a atender.

O PGJ poder‡:
¥! Concordar com o membro do MP Ð Neste caso o Juiz deve
proceder ao arquivamento.
¥! Discordar do membro do MP Ð Neste caso, ele mesmo (PGJ)
dever‡ ajuizar a denœncia ou deve indicar outro membro do MP
para oferece-la.

Ali‡s, se o membro do MP j‡ dispuser destes elementos, poder‡


dispensar a instaura•‹o do IP.
Mas qual Ž o prazo para que o membro do MP ofere•a a
denœncia? Em regra, 05 dias no caso de rŽu preso e 15 dias no caso de
rŽu solto.
Art. 46. O prazo para oferecimento da denœncia, estando o rŽu preso, ser‡ de
5 dias, contado da data em que o —rg‹o do MinistŽrio Pœblico receber os autos
do inquŽrito policial, e de 15 dias, se o rŽu estiver solto ou afian•ado. No œltimo
caso, se houver devolu•‹o do inquŽrito ˆ autoridade policial (art. 16), contar-
se-‡ o prazo da data em que o —rg‹o do MinistŽrio Pœblico receber novamente
os autos.
¤ 1o Quando o MinistŽrio Pœblico dispensar o inquŽrito policial, o prazo para o
oferecimento da denœncia contar-se-‡ da data em que tiver recebido as pe•as
de informa•›es ou a representa•‹o

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O oferecimento em momento posterior n‹o implica nulidade da


denœncia, que pode ser oferecida enquanto n‹o estiver extinta a
punibilidade do delito.

1.2.2!A•‹o penal pœblica condicionada (ˆ representa•‹o do ofendido e ˆ


requisi•‹o do Ministro da Justi•a)
Temos, aqui, duas hip—teses pertencentes ˆ mesma categoria de a•‹o
penal, a a•‹o penal pœblica condicionada.
Aplica-se a esta espŽcie de a•‹o penal tudo o que foi dito a respeito
da a•‹o penal pœblica, havendo, no entanto, alguns pontos especiais.
Aqui, para que o MP (titular da a•‹o penal) possa exercer
legitimamente o seu direito de ajuizar a a•‹o penal pœblica, dever‡ estar
presente uma condi•‹o de procedibilidade5, que Ž a representa•‹o do
==0==

ofendido ou a requisi•‹o do Ministro da Justi•a, a depender do caso. Frise-


se que, em regra, a a•‹o penal Ž pœblica e incondicionada. Somente ser‡
condicionada se a lei expressamente dispuser neste sentido.
Para facilitar o estudo de voc•s, elaborei os seguintes quadros com as
peculiaridades da a•‹o penal pœblica condicionada, tanto no caso de
condicionamento ˆ representa•‹o do ofendido quanto no caso de requisi•‹o
do Ministro da Justi•a.
A‚ÌO PENAL PòBLICA CONDICIONADA Ë REPRESENTA‚ÌO DO OFENDIDO

Ø! Trata-se de condi•‹o imprescind’vel, nos termos do art. 24 do CPP.


Ø! A representa•‹o admite retrata•‹o, mas somente atŽ o
oferecimento da denœncia (cuidado! Costumam colocar em
provas de concurso que a retrata•‹o pode ocorrer atŽ o
recebimento da denœncia. Isto est‡ errado! ƒ uma pegadinha!)
Ø! Admite-se, ainda, a retrata•‹o da retrata•‹o. Ou seja, a v’tima
oferece a representa•‹o e se retrata (volta atr‡s). Posteriormente,
a v’tima resolve oferecer novamente a representa•‹o.
Ø! Caso ajuizada a a•‹o penal sem a representa•‹o, esta nulidade
processual pode ser sanada posteriormente, caso a v’tima a
apresente em Ju’zo (desde que realizada dentro do prazo de seis
meses que a v’tima possui para representar, nos termos do art. 38
do CP).
Ø! N‹o se exige forma espec’fica para a representa•‹o, bastando que
descreva claramente a inten•‹o de ver o infrator ser processado.
Pode ser escrita ou oral6 (neste œltimo caso, dever‡ ser reduzida a

5
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execu•‹o penal. 12.¼ edi•‹o. Ed. Forense.
Rio de Janeiro, 2015, p. 152/153
6
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execu•‹o penal. 12.¼ edi•‹o. Ed. Forense.
Rio de Janeiro, 2015, p. 154/155

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termo, ou seja, ser Òpassada para o papelÓ). A jurisprud•ncia


admite que o simples registro de ocorr•ncia em sede policial,
desde que conste informa•‹o de que a v’tima pretende ver o
infrator punido, PODE ser considerado como representa•‹o.
Ø! A representa•‹o n‹o pode ser dividida quanto aos autores
do fato. Ou se representa em face de todos eles, ou n‹o h‡
representa•‹o, pois esta n‹o se refere propriamente aos agentes
que praticaram o delito, mas ao fato. Quando a v’tima representa,
est‡ manifestando seu desejo em ver o fato ser objeto de a•‹o
penal para que sejam punidos os respons‡veis. Entretanto,
embora n‹o possa haver fracionamento da representa•‹o,
isso n‹o impede que o MP denuncie apenas um ou alguns
dos infratores, pois um dos princ’pios da a•‹o penal pœblica
Ž a divisibilidade.
Ø! A legitimidade para oferecer a representa•‹o Ž do ofendido, se
maior de 18 anos e capaz (art. 34 do CP). Embora o dispositivo
legal estabele•a que se o ofendido tiver mais de 18 e menos de 21
anos tanto ele quanto seu representante legal possam apresentar
a representa•‹o, este artigo perdeu o sentido com o advento
do Novo C—digo Civil em 2002, que estabeleceu a maioridade
civil em 18 anos.
Ø! Se o ofendido for menor ou incapaz, ter‡ legitimidade o seu
representante legal. PorŽm, se o ofendido n‹o possuir
representante legal ou os seus interesses colidirem com o do
representante, o Juiz deve nomear curador, por for•a do art. 33 do
CPP (por analogia). Este curador n‹o est‡ obrigado a oferecer
a representa•‹o, devendo apenas analisar se Ž salutar ou n‹o
para o ofendido (maioria da Doutrina entende isso, mas Ž
controvertido).
Ø! Se ofendido falecer, aplica-se a ordem de legitima•‹o
prevista no art. 24, ¤ 1¡ do CPP7. ƒ importante observar que
essa ordem deve ser observada8. A Doutrina equipara o
companheiro ao c™njuge.
Ø! O prazo para representa•‹o Ž de SEIS MESES, contados da
data em que veio a saber quem Ž o autor do delito (art. 38 do
CPP).9

7
Art. 24 (...) ¤ 1o No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decis‹o judicial,
o direito de representa•‹o passar‡ ao c™njuge, ascendente, descendente ou irm‹o. (Par‡grafo œnico
renumerado pela Lei n¼ 8.699, de 27.8.1993).
8
PACELLI, Eug•nio. Op. cit., p. 156
9
Art. 38. Salvo disposi•‹o em contr‡rio, o ofendido, ou seu representante legal, decair‡ no direito
de queixa ou de representa•‹o, se n‹o o exercer dentro do prazo de seis meses, contado
do dia em que vier a saber quem Ž o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se
esgotar o prazo para o oferecimento da denœncia;

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Ø! Se o ofendido for menor de idade, o prazo, para ele, s— come•a a


fluir quando este completar 18 anos.
Ø! Se a v’tima vier a falecer, o prazo come•a a correr para os
legitimados (c™njuge, ascendente, etc.) quando tomarem
conhecimento do fato ou de sua autoria (art. 38, ¤ œnico do CPP)
ou, no caso de j‡ ser conhecido, da data do —bito da v’tima.
Ø! A representa•‹o pode ser oferecida perante o MP, a autoridade
policial ou mesmo perante o Juiz.

J‡ quanto ˆ a•‹o penal pœblica condicionada ˆ requisi•‹o do Ministro


da Justi•a:

A‚ÌO PENAL PòBLICA CONDICIONADA Ë REQUISI‚ÌO DO MINISTRO DA


JUSTI‚A

Ø! Prevista apenas para determinados crimes, nos quais existe um


ju’zo pol’tico acerca da conveni•ncia em v•-los apurados ou n‹o.
S‹o poucas as hip—teses, citando, como exemplo, o crime cometido
contra a honra do Presidente da Repœblica (art. 141, I, c/c art. 145,
¤ œnico, do CP).
Ø! Diferentemente do que ocorre com a representa•‹o, n‹o h‡ prazo
decadencial para o oferecimento da requisi•‹o, podendo esta
ocorrer enquanto n‹o estiver extinta a punibilidade do crime.
Ø! A maioria da Doutrina entende que n‹o cabe retrata•‹o
dessa requisi•‹o10, ao contr‡rio do que ocorre com a
representa•‹o do ofendido, por n‹o haver previs‹o legal e por se
tratar a requisi•‹o, de um ato administrativo.
Ø! O MP n‹o est‡ vinculado ˆ requisi•‹o, podendo deixar de ajuizar a
a•‹o penal.

1.2.3!A•‹o penal privada exclusiva


ƒ a modalidade de a•‹o penal privada cl‡ssica. ƒ aquela na qual a Lei
entende que a vontade do ofendido em ver ou n‹o o crime apurado e o
infrator processado s‹o superiores ao interesse pœblico em apurar o fato.
Alguns princ’pios regem a a•‹o penal privada:
⇒! Oportunidade Ð Diferentemente do que ocorre com rela•‹o ˆ a•‹o
penal pœblica, que Ž obrigat—ria para o MP, na a•‹o penal privada

10
Nesse sentido, TOURINHO FILHO, FREDERICO MARQUES e MIRABETE. Em sentido contr‡rio,
NUCCI. NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 157/158

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compete ao ofendido ou aos demais legitimados proceder ˆ an‡lise da


conveni•ncia do ajuizamento da a•‹o.
⇒! Disponibilidade Ð TambŽm de maneira diversa do que ocorre na a•‹o
penal pœblica, aqui o titular da a•‹o penal (ofendido) pode desistir
da a•‹o penal proposta (art. 51 do CPP).
⇒! Indivisibilidade Ð Outra caracter’stica diversa Ž a impossibilidade
de se fracionar o exerc’cio da a•‹o penal em rela•‹o aos
infratores. O ofendido n‹o Ž obrigado a ajuizar a queixa, mas se o
fizer, deve ajuizar a queixa em face de todos os agentes que cometeram
o crime, sob pena de se caracterizar a RENòNCIA em rela•‹o
ˆqueles que n‹o foram inclu’dos no polo passivo da a•‹o. Assim,
considerando que houve a renœncia ao direito de queixa em rela•‹o a
alguns dos criminosos, o benef’cio se estende tambŽm aos agentes que
foram acionados judicialmente, por for•a do art. 48 do CP:
Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigar‡ ao processo
de todos, e o MinistŽrio Pœblico velar‡ pela sua indivisibilidade.

O prazo para ajuizamento da a•‹o penal privada (queixa) Ž


decadencial de seis meses, e come•a a fluir da data em que o ofendido
tomou ci•ncia de quem foi o autor do delito. O STF e o STJ entendem
que se a queixa foi ajuizada dentro do prazo legal, mas perante
ju’zo incompetente, mesmo assim ter‡ sido interrompido o prazo
decadencial, pois o ofendido n‹o ficou inerte.11
A queixa pode ser oferecida pessoalmente ou por procurador, desde
que se trate de procura•‹o com poderes especiais, nos termos do art.
44 do CPP.
Caso o ofendido venha a falecer, poder‹o ajuizar a a•‹o penal:
§! C™njuge
§! Ascendente
§! Descendente
§! Irm‹o

Importante ressaltar que deve ser respeitada esta ordem, ou seja,


se aparecer mais de uma pessoa para exercer o direito de queixa, dever‡
ter prefer•ncia primeiramente o c™njuge, depois os ascendentes, e por a’
vai (art. 36 do CPP).
Essas mesmas pessoas tambŽm t•m legitimidade para dar
SEGUIMENTO ˆ a•‹o penal, caso o ofendido aju’ze a queixa e,
posteriormente, venha a falecer.

11
(RHC 25.611/RJ, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 09/08/2011, DJe
25/08/2011)

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⇒! Quando o come•a a correr o prazo para estes legitimados? O


prazo, neste caso, varia:
§! Se j‡ foi ajuizada a a•‹o penal Ð Possuem o prazo de 60
dias, sob pena de peremp•‹o.
§! Se ainda n‹o foi ajuizada a a•‹o penal Ð O prazo come•a a
correr a partir do —bito do ofendido, exceto se ainda n‹o se
sabia, nesse momento, quem era o prov‡vel infrator.

⇒! No caso de j‡ ter se iniciado o prazo decadencial de seis


meses, com a morte do ofendido esse prazo recome•a do
zero? N‹o. Os sucessores, neste caso, ter‹o como prazo aquele que
faltava para o ofendido. Ex.: Se havia transcorrido 04 meses do
prazo, os sucessores ter‹o apenas 02 meses para ajuizar a a•‹o
penal.

1.2.3.1! Renœncia, perd‹o e peremp•‹o


O ofendido pode renunciar ao direito de ajuizar a a•‹o (queixa), e
se o fizer somente a um dos infratores, a todos se estender‡, por for•a do
art. 49 do CPP:
Art. 49. A renœncia ao exerc’cio do direito de queixa, em rela•‹o a um dos
autores do crime, a todos se estender‡.

A renœncia s— pode ocorrer antes do ajuizamento da demanda


e pode ser expressa ou t‡cita. Com rela•‹o ˆ renœncia t‡cita
(decorrente da n‹o inclus‹o de algum dos infratores na a•‹o penal), o STJ
firmou entendimento no sentido de que a omiss‹o do querelante
(aus•ncia de inclus‹o de algum dos infratores) deve ter sido
VOLUNTçRIA, ou seja, ele deve ter, de fato, querido n‹o processar o
infrator. Em se tratando de omiss‹o INVOLUNTçRIA (mero esquecimento,
por exemplo), n‹o se pode considerar ter ocorrido renœncia t‡cita, devendo
o MP requerer a intima•‹o do querelante para que se manifeste quanto aos
demais infratores.12
Ap—s o ajuizamento da demanda o que poder‡ ocorrer Ž o
perd‹o do ofendido. Nos termos do art. 51 do CPP:
Art. 51. O perd‹o concedido a um dos querelados aproveitar‡ a todos, sem que
produza, todavia, efeito em rela•‹o ao que o recusar.

A utiliza•‹o do termo querelado denota que s— pode ocorrer o perd‹o


depois de ajuizada a queixa, pois s— ap—s este momento h‡ querelante
(ofendido) e querelado (autor do crime).

12
(RHC 55.142/MG, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 12/05/2015, DJe
21/05/2015)

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O perd‹o, ˆ semelhan•a do que ocorre com a renœncia ao direito de


queixa, tambŽm pode ser expresso ou t‡cito. No primeiro caso, Ž simples,
decorre de manifesta•‹o expressa do querelante no sentido de que perdoa
o infrator. No segundo caso, decorre da pr‡tica de algum ato incompat’vel
com a inten•‹o de processar o infrator (ex.: Casar-se com o infrator).
O perd‹o pode ser:
¥! Judicial (processual) Ð quando oferecido pelo querelante
dentro do processo
¥! Extrajudicial (extraprocessual) Ð quando o querelante
oferece o perd‹o FORA do processo (n‹o o faz em manifesta•‹o
processual)

Diferentemente da renœncia, que Ž ato unilateral (n‹o depende de


aceita•‹o), o perd‹o Ž ato bilateral, ou seja, deve ser aceito pelo
querelado:
Art. 58. Concedido o perd‹o, mediante declara•‹o expressa nos autos, o
querelado ser‡ intimado a dizer, dentro de tr•s dias, se o aceita, devendo, ao
mesmo tempo, ser cientificado de que o seu sil•ncio importar‡ aceita•‹o.
Par‡grafo œnico. Aceito o perd‹o, o juiz julgar‡ extinta a punibilidade.

Assim, uma vez oferecido o perd‹o, o querelado ser‡ intimado para,


em 03 dias, dizer se aceita o perd‹o, valendo o sil•ncio como aceita•‹o.
Todavia, Ž importante ressaltar que, em raz‹o do princ’pio da
indivisibilidade da a•‹o penal privada, o perd‹o oferecido a um dos
infratores se estende aos demais. PorŽm, se algum deles recusar, isso
n‹o prejudica o direito dos demais.

EXEMPLO: Maria ajuizou queixa-crime contra JosŽ, Pedro e Paulo. Todavia,


durante o processo, oferecer o perd‹o a JosŽ (mas n‹o a Pedro e Paulo).
Este perd‹o, porŽm, se estender‡ a Pedro e Paulo. A partir de agora, JosŽ,
Pedro e Paulo consideram-se perdoados e, cada um deles poder‡ escolher
se aceita, ou n‹o, o perd‹o.

O perd‹o pode ser aceito pessoalmente (pelo ofendido ou seu


representante legal) ou por procurador com poderes especiais.

Na a•‹o penal privada pode ocorrer, ainda, a peremp•‹o da a•‹o


penal, que Ž a perda do direito de prosseguir na a•‹o como puni•‹o ao
querelante que foi inerte ou negligente no processo. As hip—teses est‹o
previstas no art. 60 do CPP:
Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-
se-‡ perempta a a•‹o penal:

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I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do


processo durante 30 dias seguidos;
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, n‹o
comparecer em ju’zo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60
(sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber faz•-lo, ressalvado o
disposto no art. 36;
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a
qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o
pedido de condena•‹o nas alega•›es finais;
IV - quando, sendo o querelante pessoa jur’dica, esta se extinguir sem deixar
sucessor.

Com rela•‹o ao inciso I (deixar de dar andamento ao processo por 30


dias seguidos), a Doutrina13 Ž pac’fica no sentido de que n‹o Ž poss’vel
falar em peremp•‹o quando o querelante deixa de dar seguimento ao
processo por v‡rias vezes, mas todas elas em per’odo inferior a 30 dias (25
dias em uma vez, 15 em outra, etc.).

1.2.4!A•‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica


Trata-se de hip—tese na qual a a•‹o penal Ž, na verdade, pœblica, ou
seja, o seu titular Ž o MP. No entanto, em raz‹o da inŽrcia do MP em
oferecer a denœncia no prazo legal (em regra, 15 dias se indiciado solto, ou
05 dias se indiciado preso), a lei confere ao ofendido o direito de ajuizar
uma a•‹o penal privada (queixa) que substitui a a•‹o penal pœblica. Esta
previs‹o est‡ contida no art. 29 do CPP:
Art. 29. Ser‡ admitida a•‹o privada nos crimes de a•‹o pœblica, se esta
n‹o for intentada no prazo legal, cabendo ao MinistŽrio Pœblico aditar a queixa,
repudi‡-la e oferecer denœncia substitutiva, intervir em todos os termos do
processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no
caso de neglig•ncia do querelante, retomar a a•‹o como parte principal.

Entretanto, o ofendido tem um prazo de seis meses para


oferecer a a•‹o penal privada, que come•a a correr no dia em que
se esgota o prazo do MP para oferecer a denœncia, conforme art. 38
do CPP:
Art. 38. Salvo disposi•‹o em contr‡rio, o ofendido, ou seu representante legal,
decair‡ no direito de queixa ou de representa•‹o, se n‹o o exercer
dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem Ž
o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo
para o oferecimento da denœncia.

Importante ressaltar que, a partir do momento em que se inicia o


prazo para a v’tima, tanto ela quanto o MP possuem legitimidade para

13
NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 166

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ajuizar a a•‹o penal (a v’tima para ajuizar a a•‹o penal privada subsidi‡ria
e o MP para ajuizar a a•‹o penal pœblica). Trata-se, portanto, de
legitimidade concorrente.

CUIDADO! Ao final do prazo de seis meses, a v’tima perde o direito de


ajuizar a queixa-crime subsidi‡ria, ocorrendo a decad•ncia do direito.
Todavia, o MP continua podendo ajuizar a a•‹o penal pœblica. Da’,
portanto, boa parte da Doutrina chamar esta decad•ncia de decad•ncia
impr—pria, eis que n‹o gera a extin•‹o da punibilidade (apenas a perda
do direito de ajuizamento pela v’tima).

Para que surja o direito de ajuizamento da queixa-crime subsidi‡ria, Ž


necess‡rio que haja INƒRCIA do MP. Assim, n‹o cabe a•‹o penal privada
subsidi‡ria da pœblica se:
§! O MP requer a realiza•‹o de novas dilig•ncias
§! Promove o arquivamento do IP
§! Adota outras provid•ncias

Nestes casos n‹o se pode admitir a a•‹o penal privada, pois esta
somente existe para os casos nos quais o MP permaneceu inerte,
sem nada fazer. Se o MP pratica uma destas condutas, n‹o h‡ inŽrcia,
mas apenas a pr‡tica de atos que lhe s‹o permitidos.14
Por fim, n‹o Ž admiss’vel o perd‹o do ofendido na a•‹o penal
privada subsidi‡ria da pœblica, pois se trata de a•‹o originariamente
pœblica, na qual s— se admitiu o manejo da a•‹o privada em raz‹o de uma
circunst‰ncia temporal. Tanto Ž assim que o art. 105 do CP estabelece que:
Art. 105 - O perd‹o do ofendido, nos crimes em que somente se procede
mediante queixa, obsta ao prosseguimento da a•‹o.

Ora, se o artigo fala em Òcrimes em que somente se procede


mediante queixaÓ, exclui desta lista a a•‹o penal privada subsidi‡ria da
pœblica, pois esta Ž cab’vel nos crimes que s‹o, originariamente, de a•‹o
penal PòBLICA.

14
Na Jurisprud•ncia, por todos: (AgRg no RMS 27.518/SP, Rel. Ministro MARCO AURƒLIO BELLIZZE,
QUINTA TURMA, julgado em 20/02/2014, DJe 27/02/2014)
Na Doutrina, por todos: PACELLI, Eug•nio. Op. cit., p. 159

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D. PROCESSUAL PENAL Ð TJ-PE (2017) Ð TƒCNICO JUD. Ð FUN‚ÌO JUDICIçRIA
Teoria e quest›es
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1.2.4.1! Atua•‹o do MP na a•‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica


O MP atua em toda e qualquer a•‹o penal. Nas a•›es penais pœblicas,
atua como acusador (autor da a•‹o) e fiscal da lei (custos legis). Na a•‹o
penal privada o MP atua apenas como fiscal da lei (custos legis).
Na a•‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica, todavia, temos uma
atua•‹o sui generis (peculiar), eis que o MP atua como fiscal da lei, mas
por ser o original titular da a•‹o penal, sua atua•‹o ser‡ bem mais ampla
que nas a•›es privadas exclusivas.
Vejamos o que diz o art. 29 do CPP:
Art. 29. Ser‡ admitida a•‹o privada nos crimes de a•‹o pœblica, se esta n‹o
for intentada no prazo legal, cabendo ao MinistŽrio Pœblico aditar a queixa,
repudi‡-la e oferecer denœncia substitutiva, intervir em todos os termos
do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo,
no caso de neglig•ncia do querelante, retomar a a•‹o como parte principal.

O MP pode, especificamente no caso da a•‹o penal privada subsidi‡ria


da pœblica:
⇒! Aditar a queixa Ð Com rela•‹o a este aditamento, ele pode se
referir a qualquer aspecto (inclus‹o de rŽus, inclus‹o de
qualificadoras, etc.). Na a•‹o penal privada exclusiva o MP atŽ pode
aditar a queixa, mas apenas em rela•‹o a elementos formais, nunca
em rela•‹o a elementos essenciais (n‹o pode o MP, na a•‹o penal
privada exclusiva, incluir um rŽu, por exemplo).
⇒! Repudiar a queixa Ð O MP s— pode repudiar a queixa quando alegar
que n‹o ficou inerte, ou seja, que n‹o Ž hip—tese de ajuizamento da
queixa-crime subsidi‡ria. Neste caso, dever‡ desde logo apresentar
a denœncia substitutiva.
⇒! Retomar a a•‹o como parte principal Ð Aqui o querelante (a
v’tima) Ž negligente na condu•‹o de causa, cabendo ao MP retomar
a a•‹o como parte principal (como autor da a•‹o).

1.2.5!A•‹o penal personal’ssima


Trata-se de modalidade de a•‹o penal privada exclusiva, cuja œnica
diferen•a Ž que, nesta hip—tese, somente o ofendido15 (mais ninguŽm,

15
A œnica hip—tese ainda existente no nosso ordenamento Ž o crime previsto no art. 236
do CP:
Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe
impedimento que n‹o seja casamento anterior:
Pena - deten•‹o, de seis meses a dois anos.
Par‡grafo œnico - A a•‹o penal depende de queixa do contraente enganado e n‹o pode ser
intentada sen‹o depois de transitar em julgado a senten•a que, por motivo de erro ou impedimento,
anule o casamento.

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em hip—tese nenhuma!) poder‡ ajuizar a a•‹o16. Assim, se o ofendido


falecer, nada mais haver‡ a ser feito, estando extinta a
punibilidade, pois a legitimidade n‹o se estende aos sucessores,
como acontece nos demais crimes de a•‹o privada.
AlŽm disso, se o ofendido Ž menor, o seu representante n‹o pode
ajuizar a demanda. Assim, deve o ofendido aguardar a maioridade para
ajuizar a a•‹o penal privada.

1.3! Denœncia e queixa: elementos


A denœncia ou queixa deve conter alguns elementos:

1.3.1!Exposi•‹o do fato criminoso


Deve a inicial acusat—ria (denœncia ou queixa) expor de forma
detalhada o fato criminoso, com todas as suas circunst‰ncias, atŽ para
permitir o exerc’cio do direito de defesa.

1.3.2!Qualifica•‹o do acusado
Deve a inicial, ainda, conter a qualifica•‹o do acusado. Se o acusador
n‹o dispuser da qualifica•‹o completa do acusado, por faltarem
informa•›es, dever‡ ao menos indicar os elementos pelos quais seja
poss’vel identifica-lo (marcas no corpo, caracter’sticas f’sicas diversas,
etc.).

1.3.3!Classifica•‹o do delito (tipifica•‹o do delito)


ƒ a simples indica•‹o do dispositivo legal violado pelo acusado (art.
155, no crime de furto, por exemplo). Entende-se que este requisito n‹o Ž
indispens‡vel, pois o acusado se defende dos fatos, e n‹o dos dispositivos
imputados. Assim, se a inicial narrar um roubo mas indicar o dispositivo do
furto (indicar o art. 155, erroneamente), o Juiz poder‡, mais ˆ frente,
corrigir o equ’voco.

1.3.4!Rol de testemunhas
A inicial acusat—ria deve vir acompanhada do rol de testemunhas,
quando houver.

16
PACELLI, Eug•nio. Op. cit., p. 157/158

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1.3.5!Endere•amento
Deve a inicial ser endere•ada ao Juiz competente para apreciar o caso.
O endere•amento err™neo, porŽm, n‹o invalida a pe•a acusat—ria.

1.3.6!Reda•‹o em vern‡culo
Deve a inicial acusat—ria ser escrita em portugu•s (todos os atos
processuais devem ser praticados em l’ngua portuguesa ou traduzidos para
o portugu•s).

1.3.7!Subscri•‹o
Deve a inicial acusat—ria ser assinada pelo membro do MP (denœncia)
ou pelo advogado do querelante (no caso da queixa-crime).

2! DISPOSITIVOS LEGAIS IMPORTANTES

CîDIGO DE PROCESSSO PENAL


Ä Arts. 24 a 62 do CPP - Regulamenta•‹o da A•‹o Penal no CPP:
DA A‚ÌO PENAL
Art. 24. Nos crimes de a•‹o pœblica, esta ser‡ promovida por denœncia do
MinistŽrio Pœblico, mas depender‡, quando a lei o exigir, de requisi•‹o do
Ministro da Justi•a, ou de representa•‹o do ofendido ou de quem tiver
qualidade para represent‡-lo.
¤ 1o No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decis‹o
judicial, o direito de representa•‹o passar‡ ao c™njuge, ascendente,
descendente ou irm‹o. (Par‡grafo œnico renumerado pela Lei n¼ 8.699,
de 27.8.1993)
¤ 2o Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrim™nio ou
interesse da Uni‹o, Estado e Munic’pio, a a•‹o penal ser‡ pœblica. (Inclu’do
pela Lei n¼ 8.699, de 27.8.1993)
Art. 25. A representa•‹o ser‡ irretrat‡vel, depois de oferecida a denœncia.
Art. 26. A a•‹o penal, nas contraven•›es, ser‡ iniciada com o auto de pris‹o
em flagrante ou por meio de portaria expedida pela autoridade judici‡ria ou
policial.
Art. 27. Qualquer pessoa do povo poder‡ provocar a iniciativa do MinistŽrio
Pœblico, nos casos em que caiba a a•‹o pœblica, fornecendo-lhe, por escrito,
informa•›es sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os
elementos de convic•‹o.
Art. 28. Se o —rg‹o do MinistŽrio Pœblico, ao invŽs de apresentar a denœncia,
requerer o arquivamento do inquŽrito policial ou de quaisquer pe•as de
informa•‹o, o juiz, no caso de considerar improcedentes as raz›es invocadas,
far‡ remessa do inquŽrito ou pe•as de informa•‹o ao procurador-geral, e este
oferecer‡ a denœncia, designar‡ outro —rg‹o do MinistŽrio Pœblico para oferec•-

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la, ou insistir‡ no pedido de arquivamento, ao qual s— ent‹o estar‡ o juiz


obrigado a atender.
Art. 29. Ser‡ admitida a•‹o privada nos crimes de a•‹o pœblica, se esta n‹o
for intentada no prazo legal, cabendo ao MinistŽrio Pœblico aditar a queixa,
repudi‡-la e oferecer denœncia substitutiva, intervir em todos os termos do
processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no
caso de neglig•ncia do querelante, retomar a a•‹o como parte principal.
Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para represent‡-lo caber‡
intentar a a•‹o privada.
Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por
decis‹o judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na a•‹o passar‡ ao
c™njuge, ascendente, descendente ou irm‹o.
Art. 32. Nos crimes de a•‹o privada, o juiz, a requerimento da parte que
comprovar a sua pobreza, nomear‡ advogado para promover a a•‹o penal.
¤ 1o Considerar-se-‡ pobre a pessoa que n‹o puder prover ˆs despesas do
processo, sem privar-se dos recursos indispens‡veis ao pr—prio sustento ou da
fam’lia.
¤ 2o Ser‡ prova suficiente de pobreza o atestado da autoridade policial em
cuja circunscri•‹o residir o ofendido.
Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 (dezoito) anos, ou mentalmente
enfermo, ou retardado mental, e n‹o tiver representante legal, ou colidirem os
interesses deste com os daquele, o direito de queixa poder‡ ser exercido por
curador especial, nomeado, de of’cio ou a requerimento do MinistŽrio Pœblico,
pelo juiz competente para o processo penal.
Art. 34. Se o ofendido for menor de 21 (vinte e um) e maior de 18 (dezoito)
anos, o direito de queixa poder‡ ser exercido por ele ou por seu representante
legal.
Art. 35. (Revogado pela Lei n¼ 9.520, de 27.11.1997)
Art. 36. Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, ter‡
prefer•ncia o c™njuge, e, em seguida, o parente mais pr—ximo na ordem de
enumera•‹o constante do art. 31, podendo, entretanto, qualquer delas
prosseguir na a•‹o, caso o querelante desista da inst‰ncia ou a abandone.
Art. 37. As funda•›es, associa•›es ou sociedades legalmente constitu’das
poder‹o exercer a a•‹o penal, devendo ser representadas por quem os
respectivos contratos ou estatutos designarem ou, no sil•ncio destes, pelos
seus diretores ou s—cios-gerentes.
Art. 38. Salvo disposi•‹o em contr‡rio, o ofendido, ou seu representante legal,
decair‡ no direito de queixa ou de representa•‹o, se n‹o o exercer dentro do
prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem Ž o autor do
crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o
oferecimento da denœncia.
Par‡grafo œnico. Verificar-se-‡ a decad•ncia do direito de queixa ou
representa•‹o, dentro do mesmo prazo, nos casos dos arts. 24, par‡grafo
œnico, e 31.
Art. 39. O direito de representa•‹o poder‡ ser exercido, pessoalmente ou por
procurador com poderes especiais, mediante declara•‹o, escrita ou oral, feita
ao juiz, ao —rg‹o do MinistŽrio Pœblico, ou ˆ autoridade policial.
¤ 1o A representa•‹o feita oralmente ou por escrito, sem assinatura
devidamente autenticada do ofendido, de seu representante legal ou
procurador, ser‡ reduzida a termo, perante o juiz ou autoridade policial,
presente o —rg‹o do MinistŽrio Pœblico, quando a este houver sido dirigida.

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¤ 2o A representa•‹o conter‡ todas as informa•›es que possam servir ˆ


apura•‹o do fato e da autoria.
¤ 3o Oferecida ou reduzida a termo a representa•‹o, a autoridade policial
proceder‡ a inquŽrito, ou, n‹o sendo competente, remet•-lo-‡ ˆ autoridade
que o for.
¤ 4o A representa•‹o, quando feita ao juiz ou perante este reduzida a termo,
ser‡ remetida ˆ autoridade policial para que esta proceda a inquŽrito.
¤ 5o O —rg‹o do MinistŽrio Pœblico dispensar‡ o inquŽrito, se com a
representa•‹o forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a a•‹o
penal, e, neste caso, oferecer‡ a denœncia no prazo de quinze dias.
Art. 40. Quando, em autos ou papŽis de que conhecerem, os ju’zes ou tribunais
verificarem a exist•ncia de crime de a•‹o pœblica, remeter‹o ao MinistŽrio
Pœblico as c—pias e os documentos necess‡rios ao oferecimento da denœncia.
Art. 41. A denœncia ou queixa conter‡ a exposi•‹o do fato criminoso, com
todas as suas circunst‰ncias, a qualifica•‹o do acusado ou esclarecimentos
pelos quais se possa identific‡-lo, a classifica•‹o do crime e, quando
necess‡rio, o rol das testemunhas.
Art. 42. O MinistŽrio Pœblico n‹o poder‡ desistir da a•‹o penal.
Art. 43. (Revogado pela Lei n¼ 11.719, de 2008).
Art. 44. A queixa poder‡ ser dada por procurador com poderes especiais,
devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a men•‹o
do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de
dilig•ncias que devem ser previamente requeridas no ju’zo criminal.
Art. 45. A queixa, ainda quando a a•‹o penal for privativa do ofendido, poder‡
ser aditada pelo MinistŽrio Pœblico, a quem caber‡ intervir em todos os termos
subseqŸentes do processo.
Art. 46. O prazo para oferecimento da denœncia, estando o rŽu preso, ser‡ de
5 dias, contado da data em que o —rg‹o do MinistŽrio Pœblico receber os autos
do inquŽrito policial, e de 15 dias, se o rŽu estiver solto ou afian•ado. No œltimo
caso, se houver devolu•‹o do inquŽrito ˆ autoridade policial (art. 16), contar-
se-‡ o prazo da data em que o —rg‹o do MinistŽrio Pœblico receber novamente
os autos.
¤ 1o Quando o MinistŽrio Pœblico dispensar o inquŽrito policial, o prazo para o
oferecimento da denœncia contar-se-‡ da data em que tiver recebido as pe•as
de informa•›es ou a representa•‹o
¤ 2o O prazo para o aditamento da queixa ser‡ de 3 dias, contado da data
em que o —rg‹o do MinistŽrio Pœblico receber os autos, e, se este n‹o se
pronunciar dentro do tr’duo, entender-se-‡ que n‹o tem o que aditar,
prosseguindo-se nos demais termos do processo.
Art. 47. Se o MinistŽrio Pœblico julgar necess‡rios maiores esclarecimentos e
documentos complementares ou novos elementos de convic•‹o, dever‡
requisit‡-los, diretamente, de quaisquer autoridades ou funcion‡rios que
devam ou possam fornec•-los.
Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigar‡ ao processo
de todos, e o MinistŽrio Pœblico velar‡ pela sua indivisibilidade.
Art. 49. A renœncia ao exerc’cio do direito de queixa, em rela•‹o a um dos
autores do crime, a todos se estender‡.
Art. 50. A renœncia expressa constar‡ de declara•‹o assinada pelo ofendido,
por seu representante legal ou procurador com poderes especiais.

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Par‡grafo œnico. A renœncia do representante legal do menor que houver


completado 18 (dezoito) anos n‹o privar‡ este do direito de queixa, nem a
renœncia do œltimo excluir‡ o direito do primeiro.
Art. 51. O perd‹o concedido a um dos querelados aproveitar‡ a todos, sem
que produza, todavia, efeito em rela•‹o ao que o recusar.
Art. 52. Se o querelante for menor de 21 e maior de 18 anos, o direito de
perd‹o poder‡ ser exercido por ele ou por seu representante legal, mas o
perd‹o concedido por um, havendo oposi•‹o do outro, n‹o produzir‡ efeito.
Art. 53. Se o querelado for mentalmente enfermo ou retardado mental e n‹o
tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste com os do
querelado, a aceita•‹o do perd‹o caber‡ ao curador que o juiz Ihe nomear.
Art. 54. Se o querelado for menor de 21 anos, observar-se-‡, quanto ˆ
aceita•‹o do perd‹o, o disposto no art. 52.
Art. 55. O perd‹o poder‡ ser aceito por procurador com poderes especiais.
Art. 56. Aplicar-se-‡ ao perd‹o extraprocessual expresso o disposto no art.
50.
Art. 57. A renœncia t‡cita e o perd‹o t‡cito admitir‹o todos os meios de prova.
Art. 58. Concedido o perd‹o, mediante declara•‹o expressa nos autos, o
querelado ser‡ intimado a dizer, dentro de tr•s dias, se o aceita, devendo, ao
mesmo tempo, ser cientificado de que o seu sil•ncio importar‡ aceita•‹o.
Par‡grafo œnico. Aceito o perd‹o, o juiz julgar‡ extinta a punibilidade.
Art. 59. A aceita•‹o do perd‹o fora do processo constar‡ de declara•‹o
assinada pelo querelado, por seu representante legal ou procurador com
poderes especiais.
Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-
se-‡ perempta a a•‹o penal:
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do
processo durante 30 dias seguidos;
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, n‹o
comparecer em ju’zo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60
(sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber faz•-lo, ressalvado o
disposto no art. 36;
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a
qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o
pedido de condena•‹o nas alega•›es finais;
IV - quando, sendo o querelante pessoa jur’dica, esta se extinguir sem deixar
sucessor.
Art. 61. Em qualquer fase do processo, o juiz, se reconhecer extinta a
punibilidade, dever‡ declar‡-lo de of’cio.
Par‡grafo œnico. No caso de requerimento do MinistŽrio Pœblico, do querelante
ou do rŽu, o juiz mandar‡ autu‡-lo em apartado, ouvir‡ a parte contr‡ria e, se
o julgar conveniente, conceder‡ o prazo de cinco dias para a prova, proferindo
a decis‹o dentro de cinco dias ou reservando-se para apreciar a matŽria na
senten•a final.
Art. 62. No caso de morte do acusado, o juiz somente ˆ vista da certid‹o de
—bito, e depois de ouvido o MinistŽrio Pœblico, declarar‡ extinta a punibilidade.

CONSTITUI‚ÌO FEDERAL

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Ä Art. 129, I da CRFB/88 - Estabelece a titularidade privativa do MP no


que tange ˆ a•‹o penal pœblica:
Art. 129. S‹o fun•›es institucionais do MinistŽrio Pœblico:
I - promover, privativamente, a a•‹o penal pœblica, na forma da lei;

Ä Art. 5¡, LIX da CRFB/88 Ð Estabelece o cabimento da a•‹o penal


privada subsidi‡ria da pœblica, nos casos de inŽrcia do MP:
Art. 5¼ (...) LIX - ser‡ admitida a•‹o privada nos crimes de a•‹o pœblica, se
esta n‹o for intentada no prazo legal;

3! SòMULAS PERTINENTES

3.1! Sœmulas do STF


Ä Sœmula 524 do STF: Estabelece a impossibilidade de ajuizamento da
a•‹o penal quando houve arquivamento por falta de provas, salvo se
surgirem novas provas, em conson‰ncia com o art. 18 do CPP.
Sœmula 524 do STF - ÒArquivado o inquŽrito policial, por despacho do juiz, a
requerimento do Promotor de Justi•a, n‹o pode a a•‹o penal ser iniciada, sem
novas provas.Ó

Ä Sœmula 594 do STF: A sœmula foi elaborada quando a maioridade civil


era atingida aos 21 anos, enquanto a maioridade penal era atingida aos 18
anos. Hoje, com o C—digo Civil de 2002, o ofendido que possui mais de 18
anos Ž pessoa plenamente capaz, n‹o havendo que se falar em
representante legal. Contudo, a sœmula permanece vigorando, mas hoje
dever ser interpretada como autonomia do representante legal e do
ofendido para oferecerem queixa ou representa•‹o. Isso ter‡ aplica•‹o
pr‡tica quando o ofendido for menor de 18 anos na Žpoca do fato e,
posteriormente, completar 18 anos (passar‡ a ter o prazo de seis meses
para oferecer queixa ou representa•‹o, a contar da data em que completou
18 anos). Isso n‹o impede, todavia, que seu representante legal ofere•a
queixa ou representa•‹o antes disso (antes de o ofendido completar 18
anos):
Sœmula 594 do STF: ÒOs direitos de queixa e de representa•‹o podem ser
exercidos, independentemente, pelo ofendido ou por seu representante legal.

Ä Sœmula 608 do STF: Considera ser de a•‹o penal pœblica


INCONDICIONADA o crime de estupro praticado com viol•ncia real (mesmo
sem les‹o grave ou morte). Contudo, a sœmula foi editada bem antes da
Lei 12.015/09, que provocou mudan•as dr‡sticas no que tange aos crimes
contra a dignidade sexual, passando a estabelecer que a a•‹o penal ser‡,
em regra, pœblica condicionada ˆ representa•‹o (n‹o fazendo a ressalva

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que o enunciado de sœmula faz). Assim, boa parte da Doutrina entende que
a sœmula perdeu validade17. Outros, como Cezar Roberto Bitencourt,
sustentam que s— se aplica quando houver, ao menos, les‹o corporal
grave18. Por fim, uma terceira corrente sustenta que a sœmula permanece
v‡lida em sua integralidade19.
Sœmula 608 do STF - ÒNo crime de estupro, praticado mediante viol•ncia real,
a a•‹o penal Ž pœblica incondicionada.Ó

Ä Sœmula 609 do STF: Consolida entendimento no sentido de que o crime


de sonega•‹o fiscal Ž persequ’vel mediante a•‹o penal pœblica
incondicionada:
Sœmula 609 do STF - Òƒ pœblica incondicionada a a•‹o penal por crime de
sonega•‹o fiscal.Ó

Ä Sœmula 714 do STF: Consolida o entendimento do STF quanto ˆ


legitimidade concorrente entre o ofendido e o MinistŽrio Pœblico para a a•‹o
penal por crime contra a honra de servidor pœblico em raz‹o do exerc’cio
de suas fun•›es:
Sœmula 714 do STF - Òƒ concorrente a legitimidade do ofendido, mediante
queixa, e do MinistŽrio Pœblico, condicionada ˆ representa•‹o do ofendido, para
a a•‹o penal por crime contra a honra de servidor pœblico em raz‹o do exerc’cio
de suas fun•›es.Ó

3.2! Sœmulas do STJ


Ä Sœmula 542 do STJ: Seguindo entendimento do STF sobre o tema, o
STJ sumulou entendimento no sentido de que a a•‹o penal referente ao
crime de les‹o corporal, quando praticado no contexto de viol•ncia
domŽstica contra a mulher, Ž pœblica incondicionada:
Sœmula 542 do STJ - A a•‹o penal relativa ao crime de les‹o corporal
resultante de viol•ncia domŽstica contra a mulher Ž pœblica incondicionada.

4! RESUMO

A‚ÌO PENAL - CONCEITO E ESPƒCIES

17
NUCCI, Guilherme de Souza. Crimes contra a dignidade sexual, p. 62-63, apud, GRECO, RogŽrio.
Curso de Direito Penal. Volume 3. Ed. Impetus. Niter—i-RJ, 2015, p. 584/585
18
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal Ð Parte Especial (volume 4). Ed. Saraiva,
9¼ edi•‹o. S‹o Paulo, 2015, p. 157/158
19
GRECO, RogŽrio. Curso de Direito Penal. Volume 3. Ed. Impetus. Niter—i-RJ, 2015, p. 584/585

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¥! A a•‹o penal Ž o instrumento que d‡ in’cio ao processo penal,


atravŽs do qual o Estado poder‡ exercer seu ius puniendi. Pode ser
de duas grandes espŽcies:
§! Pœblica Ð (1) incondicionada (2) condicionada
§! Privada Ð (1) exclusiva (2) personal’ssima (3) subsidi‡ria da
pœblica

Assim:
A‚ÌO PENAL
PòBLICA INCONDICIONADA N‹o depende de qualquer condi•‹o
(titularidade CONDICIONADA Requisi•‹o do Ministro da Justi•a
do MP)
Ø! N‹o tem prazo (pode ser
oferecida enquanto n‹o extinta a
punibilidade)
Ø! N‹o cabe retrata•‹o.
Ø! MP n‹o est‡ vinculado ˆ
requisi•‹o (oferecida a
requisi•‹o, pode o MP deixar de
denunciar)
Representa•‹o do ofendido:
Ø! Deve ser oferecida dentro de 06
meses, sob pena de decad•ncia
Ø! ƒ retrat‡vel, atŽ o oferecimento
da denœncia pelo MP
Ø! N‹o exige forma espec’fica
Ø! N‹o Ž divis’vel quanto aos
autores do fato criminoso
PRIVADA EXCLUSIVA O direito de queixa passa aos
(titularidade sucessores
do PERSONALêSSIMA O direito de queixa n‹o passa aos
ofendido) sucessores (nem pode ser exercido
pelo representante legal).

SUBSIDIçRIA DA Quando h‡ INƒRCIA do MP, o


PòBLICA ofendido passa a ter legitimidade para
ajuizar a queixa-crime subsidi‡ria. Essa
legitimidade dura por seis meses, e
neste per’odo, tanto o MP quando o
ofendido podem ajudar a•‹o penal
(legitimidade concorrente).

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CARACTERêSTICAS
¥! A a•‹o penal pœblica (tanto a incondicionada quanto ˆ
condicionada) Ž de titularidade exclusiva do MP e goza das
seguintes caracter’sticas:
§! Obrigatoriedade
§! Oficialidade
§! Indisponibilidade
§! Divisibilidade
¥! A a•‹o penal privada Ž de titularidade do ofendido e goza das
seguintes caracter’sticas:
§! Indivisibilidade
§! Oportunidade
§! Disponibilidade
§! Deve ser ajuizada dentro de seis meses (contados da data em
que foi conhecida a autoria do delito), sob pena de decad•ncia
do direito de queixa.

INSTITUTOS PRIVATIVOS DA A‚ÌO PENAL EXCLUSIVAMENTE


PRIVADA Ð N‹o cabem na a•‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica

1. RENòNCIA
¥! Antes do ajuizamento da a•‹o
¥! Expressa ou t‡cita (Com rela•‹o ˆ renœncia t‡cita, decorrente da
n‹o inclus‹o de algum dos infratores na a•‹o penal, o STJ firmou
entendimento no sentido de que a omiss‹o do querelante deve
ter sido VOLUNTçRIA, ou seja, ele deve ter, de fato, querido n‹o
processar o infrator).
¥! Oferecida a um dos infratores a todos se estende
¥! N‹o depende de aceita•‹o pelos infratores (ato unilateral)

2. PERDÌO
¥! Depois do ajuizamento da a•‹o
¥! Expresso ou t‡cito
¥! Processual ou extraprocessual
¥! Oferecido a um dos infratores a todos se estende
¥! Depende de aceita•‹o pelos infratores (ato BILATERAL)
¥! Se um dos infratores n‹o aceitar, isso n‹o prejudica o direito dos
demais

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RENòNCIA X PERDÌO DO OFENDIDO


INSTITUTO RENòNCIA PERDÌO

MOMENTO Antes de iniciado o Depois de iniciado o processo


processo

ACEITA‚ÌO N‹o depende (ato Depende de aceita•‹o pelo infrator


unilateral) (ato bilateral)

FORMA Expressa ou t‡cita Expresso ou t‡cito (pode ser, ainda,


processual ou extraprocessual)

EXTENSÌO Oferecida a um, a Oferecido a um, a todos se estende


todos se estende

OBS.: O perd‹o pode ser aceito pessoalmente (pelo ofendido ou seu


representante legal) ou por procurador com poderes especiais.

3. PEREMP‚ÌO
¥! Penalidade ao querelante pela neglig•ncia na condu•‹o do
processo
¥! Cab’vel quando:
Ø! O querelante deixar de promover o andamento do
processo durante 30 dias seguidos
Ø! Falecendo o querelante, ou sobrevindo sua
incapacidade, n‹o comparecer em ju’zo, para prosseguir
no processo, dentro do prazo de 60 dias, qualquer
das pessoas a quem couber faz•-lo
Ø! O querelante deixar de comparecer, sem motivo
justificado, a qualquer ato do processo a que deva
estar presente
Ø! O querelante deixar de formular o pedido de
condena•‹o nas alega•›es finais
Ø! Sendo o querelante pessoa jur’dica, esta se extinguir
sem deixar sucessor.

DISPOSI‚ÍES IMPORTANTES
A•‹o penal privada subsidi‡ria
Cabimento - Quando se tratar de crime de a•‹o penal pœblica, e o MP
nada fizer no prazo legal de oferecimento da denœncia (inŽrcia do MP), o
ofendido, ou quem lhe represente, poder‡ ajuizar a•‹o penal privada
subsidi‡ria da pœblica, tendo essa legitimidade um prazo de validade de
seis meses, a contar do dia seguinte em que termina o prazo para
manifesta•‹o do MP (consolidando sua inŽrcia).

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OBS.: N‹o Ž cab’vel a a•‹o penal privada subsidi‡ria se o MP requer o


arquivamento ou requer a realiza•‹o de novas dilig•ncias (neste caso n‹o
h‡ inŽrcia).

Atua•‹o do MP na queixa-crime subsidi‡ria


⇒! Aditar a queixa Ð Pode se referir a qualquer aspecto (inclus‹o de
rŽus, inclus‹o de qualificadoras, etc.).
⇒! Repudiar a queixa Ð O MP s— pode repudiar a queixa quando alegar
que n‹o ficou inerte, ou seja, que n‹o Ž hip—tese de ajuizamento da
queixa-crime subsidi‡ria. Neste caso, dever‡ desde logo apresentar
a denœncia substitutiva.
⇒! Retomar a a•‹o como parte principal Ð Aqui o querelante (a
v’tima) Ž negligente na condu•‹o de causa, cabendo ao MP retomar
a a•‹o como parte principal (como autor da a•‹o).
___________
Bons estudos!
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5! LISTA DE EXERCêCIOS

01.! (VUNESP Ð 2016 Ð MPE-SP Ð OFICIAL DE PROMOTORIA)


Nos crimes de a•‹o _________ , esta ser‡ promovida por denœncia do
MinistŽrio Pœblico, mas depender‡, quando a lei o exigir, de __________
do Ministro da Justi•a, ou de __________ do ofendido ou de quem tiver
qualidade para represent‡-lo.
Assinale a alternativa que, respectivamente, preenche, de modo
tecnicamente correto, as lacunas.
a) privada É autoriza•‹o É requisi•‹o
b) pœblica É representa•‹o É requisi•‹o
c) privada É requisi•‹o É autoriza•‹o
d) pœblica É requisi•‹o É representa•‹o
e) privada É autoriza•‹o É representa•‹o

02.! (VUNESP Ð 2015 Ð TJ-MS Ð JUIZ SUBSTITUTO)


XISTO, querelante em a•‹o penal privada, ao tŽrmino da instru•‹o e
representado por advogado constitu’do, requereu a absolvi•‹o de
CRISTîVÌO, querelado. Deve o juiz

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a) determinar a extra•‹o de pe•as processuais e o encaminhamento ˆ


autoridade policial, para apura•‹o da pr‡tica, pelo querelante, de
denuncia•‹o caluniosa.
b) designar audi•ncia para tentativa de concilia•‹o das partes, em
homenagem ao princ’pio da interven•‹o m’nima.
c) considerar perempta a a•‹o penal, porque o querelante deixou de
formular pedido de condena•‹o nas alega•›es finais.
d) encaminhar os autos em vista ao MinistŽrio Pœblico, titular da a•‹o penal,
para manifesta•‹o de interesse na produ•‹o de outras provas.
e) absolver CRISTîVÌO, com fundamento no artigo 386, inciso VII, do
C—digo de Processo Penal.

03.! (VUNESP Ð 2015 Ð PC-CE Ð DELEGADO DE POLêCIA)


No caso de morte do ofendido
a) o direito de oferecer queixa passar‡ ao c™njuge, ascendente,
descendente ou irm‹o; nos crimes de a•‹o privada, o juiz, a requerimento
da parte que comprovar a sua pobreza, instaurar‡ de of’cio a a•‹o penal.
b) o direito de oferecer queixa se extinguir‡; nos crimes de a•‹o privada,
o juiz, a requerimento da parte que comprovar a sua pobreza, instaurar‡
de of’cio a a•‹o penal.
c) o direito de oferecer queixa passar‡ ao c™njuge, ascendente,
descendente ou irm‹o; nos crimes de a•‹o privada, o juiz, a requerimento
da parte que comprovar a sua pobreza, nomear‡ advogado para promover
a a•‹o penal.
d) no curso da a•‹o privada, declarar-se-‡ a extin•‹o da punibilidade do
ofensor; nos crimes de a•‹o pœblica condicionada, o juiz, a requerimento
da parte que comprovar a sua pobreza, nomear‡ advogado para promover
a a•‹o penal.
e) no curso da a•‹o pœblica condicionada, declarar-se-‡ a extin•‹o da
punibilidade do ofensor; nos crimes de a•‹o pœblica condicionada, o juiz, a
requerimento da parte que comprovar a sua pobreza, nomear‡ advogado
para promover a a•‹o penal.

04.! (VUNESP Ð 2014 Ð TJ-PA Ð JUIZ)


JosŽ, Jo‹o e Lu’s s‹o s—cios de uma empresa. JosŽ e Jo‹o redigem, assinam
e divulgam entre os clientes e fornecedores da empresa uma carta aberta
com afirma•›es desonrosas em desfavor de Lu’s. Ap—s regular inquŽrito
policial em que JosŽ e Jo‹o s‹o ouvidos, Lu’s promove queixa-crime
unicamente contra JosŽ, uma vez que, por motivos pessoais, n‹o quis
processar Jo‹o. Considerando que o acœmulo de acusa•›es fa•a com que a
demanda n‹o seja julgada pelo rito sumar’ssimo, que foi infrut’fera a fase

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de reconcilia•‹o Ð o que remete o processo ao rito comum Ð e que n‹o Ž


caso de rejei•‹o, deve o magistrado.
a) considerar que houve perd‹o com rela•‹o a Jo‹o e extinguir sua
punibilidade; determinar a cita•‹o e intima•‹o de JosŽ para apresenta•‹o
de resposta escrita.
b) intimar Lu’s para que se manifeste expressamente acerca da aus•ncia
de Jo‹o no polo passivo; determinar a cita•‹o e intima•‹o de JosŽ para
apresenta•‹o de resposta escrita.
c) considerar que houve renœncia com rela•‹o a Jo‹o, estender tal
entendimento a JosŽ e extinguir a punibilidade de ambos.
d) considerar que houve renœncia com rela•‹o a Jo‹o e extinguir sua
punibilidade; determinar a cita•‹o e intima•‹o de JosŽ para apresenta•‹o
de resposta escrita.
e) considerar que houve perd‹o com rela•‹o a Jo‹o, estender tal
entendimento a JosŽ e intim‡-los para que se manifestem no sentido de
aceitar ou recusar a benesse oferecida por Lu’s.

05.! (VUNESP Ð 2013 Ð TJ-SP Ð JUIZ)


A a•‹o penal somente pode ser proposta contra quem se imputa a pr‡tica
da infra•‹o penal. Outra pessoa, ainda que tenha obriga•›es de car‡ter
civil decorrentes do delito, n‹o pode ser inclu’da na a•‹o, isto em fun•‹o
do princ’pio da
a) obrigatoriedade.
b) indisponibilidade.
c) intranscend•ncia.
d) oficialidade.

06.! (VUNESP Ð 2012 Ð DPE-MS Ð DEFENSOR PòBLICO)


Segundo as disposi•›es do C—digo de Processo Penal relativas ˆ a•‹o penal,
Ž correto afirmar que
a) o perd‹o concedido a um dos querelados aproveitar‡ a todos,
independentemente da aceita•‹o ou recusa dos demais querelados.
b) salvo disposi•‹o em contr‡rio, o ofendido, ou seu representante legal,
decair‡ no direito de queixa ou de representa•‹o, se n‹o o exercer dentro
do prazo de seis meses, contado do dia em que o crime foi praticado.
c) a renœncia ao exerc’cio do direito de queixa, em rela•‹o a um dos
autores do crime, a todos se estender‡.
d) nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-
‡ perempta a a•‹o penal quando, iniciada esta, o querelante deixar de
promover o andamento do processo durante 15 (quinze) dias seguidos.

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07.! (VUNESP Ð 2010 Ð FUNDA‚ÌO CASA Ð ANALISTA)


A a•‹o penal de iniciativa pœblica Ž promovida
a) pelo MinistŽrio Pœblico ou ofendido, mediante denœncia.
b) pela v’tima ou seu representante legal.
c) pelo MinistŽrio Pœblico, mediante queixa-crime.
d) exclusivamente pelo MinistŽrio Pœblico, mediante denœncia.
e) pelo ofendido, representado por advogado com poderes especiais.

08.! (VUNESP Ð 2010 Ð FUNDA‚ÌO CASA Ð ANALISTA)


Quando o querelante deixa de comparecer, sem motivo justificado, a
qualquer ato do processo a que deva estar presente, d‡-se a
a) absolvi•‹o.
b) peremp•‹o.
c) remiss‹o.
d) remi•‹o.
e) revelia.

09.! (VUNESP Ð 2009 Ð TJ-MT Ð JUIZ)


Nos crimes de a•‹o privada, se comparecer mais de uma pessoa com direito
de queixa, ter‡ prefer•ncia, numa ordem legal estabelecida pelo artigo 31
do C—digo de Processo Penal,
a) o parente mais pr—ximo na ordem de voca•‹o sucess—ria.
b) o c™njuge, que poder‡ prosseguir na a•‹o penal.
c) a figura do ascendente, em face dos v’nculos fraternos.
d) a figura do descendente, com o direito de apenas prosseguir.
e) o representante legalmente constitu’do para o fim.

10.! (VUNESP Ð 2009 Ð TJ-SP Ð JUIZ)


Assinale a alternativa correta, considerando a hip—tese de ter havido o
falecimento do querelante durante o andamento de a•‹o penal privada,
antes da senten•a.
a) A companheira, embora vivesse em uni‹o est‡vel com o falecido, n‹o
tem legitimidade ativa para prosseguir na a•‹o.
b) A companheira, que vivia em uni‹o est‡vel com o falecido, tem
legitimidade ativa para prosseguir na a•‹o.
c) O falecimento do querelante acarreta, necessariamente, o trancamento
da a•‹o penal privada.
d) O falecimento do querelante s— acarreta o trancamento da a•‹o penal
privada se o querelado assim o requerer.

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11.! (VUNESP Ð 2008 Ð DPE-MS Ð DEFENSOR PòBLICO)


Assinale a alternativa que justifica corretamente qual o prazo para o
ofendido ou o seu representante legal requerer a instaura•‹o de inquŽrito
policial, quando o crime for de al•ada privada.
a) O C—digo de Processo Penal n‹o disciplina expressamente a respeito e,
assim, entende-se que o direito de requerimento de instaura•‹o de
inquŽrito policial deve ser exercido no mesmo prazo do direito de queixa,
ou seja, 3 meses, contados da data dos fatos.
b) O C—digo de Processo Penal n‹o disciplina expressamente a respeito e,
assim, entende-se que o direito de requerimento de instaura•‹o de
inquŽrito policial deve ser exercido no mesmo prazo do direito de queixa,
ou seja, 6 meses, contados da data em que se souber quem foi o autor do
crime.
c) O C—digo de Processo Penal disp›e expressamente que o direito de
requerimento de instaura•‹o de inquŽrito policial deve ser exercido no
prazo de 3 meses, contados da data dos fatos.
d) O C—digo de Processo Penal disp›e expressamente que o direito de
requerimento de instaura•‹o de inquŽrito policial deve ser exercido no
prazo de 6 meses, contados da data em que o crime ocorreu.

12.! (FCC Ð 2016 Ð PGE-MA Ð PROCURADOR)


Em tema de aç‹o penal privada, correto afirmar que
(A) o perd‹o do ofendido independe de aceitaç‹o.
(B) o requerimento de instauraç‹o de inquŽrito policial n‹o interrompe o
prazo de oferecimento da queixa.
(C) importa em renœncia t‡cita ao direito de queixa o fato de o ofendido
receber indenizaç‹o do dano causado pelo crime.
(D) admiss’vel o perd‹o do ofendido mesmo depois que passa em julgado
a sentença condenat—ria.
(E) incab’vel extinç‹o da punibilidade por perempç‹o.

13.! (FCC Ð 2016 Ð DPE-BA Ð DEFENSOR PòBLICO - ADAPTADA)


Com a morte do ofendido, o direito de oferecer queixa n‹o passa para os
ascendentes.

14.! (FCC Ð 2016 Ð DPE-BA Ð DEFENSOR PòBLICO - ADAPTADA)


No caso de declara•‹o de aus•ncia da v’tima por decis‹o judicial, o direito
de representa•‹o nas hip—teses de a•‹o penal pœblica condicionada n‹o se
transmite para o c™njuge.

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15.! (FCC Ð 2015 Ð MPE-PB Ð TƒCNICO)


Mario e JosŽ s‹o jornalistas, colunistas de um determinado jornal brasileiro.
Numa edi•‹o do jornal em um domingo os referidos jornalistas subscrevem
uma matŽria ofensiva a Richard, empres‡rio conhecido. Considerando
difamat—ria a matŽria, Richard, atravŽs de seu advogado, prop›e queixa-
crime apenas contra o jornalista Mario, imputando-lhe crime de difama•‹o.
Neste caso, o MinistŽrio Pœblico, ao receber os autos,
a) declinar‡ de atuar na a•‹o penal privada.
b) promover‡ o aditamento da queixa-crime para incluir o jornalista JosŽ,
zelando pela indivisibilidade da a•‹o penal.
c) postular‡ ao juiz a imediata extin•‹o da a•‹o penal, reconhecendo a
renœncia t‡cita ao direito de queixa ao jornalista JosŽ, extensiva ao
jornalista Mario.
d) postular‡ ao juiz a rejei•‹o imediata da queixa-crime.
e) dever‡ zelar pela indivisibilidade da a•‹o penal e propor‡ que o
querelante fa•a o aditamento, sob pena de implicar renœncia ao direito de
queixa a ambos os jornalistas.

16.! (FCC Ð 2015 Ð DPE-RR Ð OFICIAL DE DILIGæNCIA)


Aten•‹o: Na quest‹o, assinale a afirmativa correta em rela•‹o ˆ proposi•‹o
apresentada.
No tocante ˆ a•‹o penal de iniciativa pœblica condicionada:
a) O direito de representa•‹o somente pode ser exercido pessoalmente.
b) A representa•‹o Ž irretrat‡vel depois de relatado o inquŽrito policial.
c) O prazo de seis meses para o oferecimento da representa•‹o Ž contado,
em regra, do dia em que se consumou o delito.
d) O direito de representa•‹o poder‡ ser exercido mediante declara•‹o oral
feita ˆ autoridade policial.
e) Em caso de morte do querelado, o direito de prosseguir na a•‹o passar‡
ao c™njuge, ascendente, descendente ou irm‹o.

17.! (FCC Ð 2015 Ð DPE-RR Ð OFICIAL DE DILIGæNCIA)


Aten•‹o: Na quest‹o, assinale a afirmativa correta em rela•‹o ˆ proposi•‹o
apresentada.
Em rela•‹o ˆ a•‹o penal de iniciativa privada:
a) A renœncia ao exerc’cio do direito de queixa se estende a todos os
querelantes.
b) O perd‹o concedido a um dos querelados aproveitar‡ a todos, sem que
produza, todavia, efeito em rela•‹o ao que o recusar.
c) N‹o se admite renœncia t‡cita.

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d) O MinistŽrio Pœblico n‹o pode intervir na a•‹o penal de iniciativa privada.


e) Admite-se a ocorr•ncia de peremp•‹o na a•‹o penal de iniciativa privada
exclusiva ou subsidi‡ria da pœblica.

18.! (FCC Ð 2015 Ð TCE-AM Ð AUDITOR)


Nos crimes de a•‹o pœblica, quando a lei o exigir, esta ser‡ promovida pelo
MinistŽrio Pœblico, mas depender‡ de
a) instru•‹o preliminar.
b) representa•‹o do Ministro da Justi•a, do ofendido ou de quem tiver
qualidade para represent‡-lo.
c) autoriza•‹o do Poder Judici‡rio.
d) recebimento da denœncia pelo Juiz Criminal.
e) requisi•‹o do Ministro da Justi•a, ou de representa•‹o do ofendido ou de
quem tiver qualidade para represent‡-lo.

19.! (FCC Ð 2015 Ð DPE-MA Ð DEFENSOR PòBLICO)


Sobre a a•‹o penal, considerando-se a classifica•‹o legal e o entendimento
doutrin‡rio e jurisprudencial,
a) o direito de representa•‹o somente poder‡ ser exercido por procurador,
mediante declara•‹o, escrita ou oral, em casos de impossibilidade de
execu•‹o do ato pelo pr—prio ofendido.
b) se o —rg‹o do MinistŽrio Pœblico, ao invŽs de apresentar a denœncia,
requerer o arquivamento do inquŽrito policial ou de quaisquer pe•as de
informa•‹o, a v’tima poder‡, no prazo de seis meses, oferecer a•‹o penal
privada subsidi‡ria.
c) ap—s a Constitui•‹o Federal de 1988, a a•‹o penal privada subsidi‡ria da
pœblica n‹o respeitar‡ mais o prazo de seis meses previsto para as a•›es
penais privadas, por se tratar de um direito constitucional, conforme j‡
decidiu o STF.
d) sendo a a•‹o de natureza privada, no caso de morte do ofendido ou
quando declarado ausente por decis‹o judicial, o direito de oferecer queixa
ou prosseguir na a•‹o passar‡ ao c™njuge, ascendente, descendente ou
irm‹o, salvo nos casos de a•‹o penal privada personal’ssima.
e) nos casos de a•‹o penal privada, ocorrendo a morte do ofendido, se
comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, a prefer•ncia ser‡
definida pela ordem de manifesta•‹o.

20.! (FCC Ð 2014 Ð TRF 3 Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð OFICIAL DE


JUSTI‚A)
AndrŽ, juiz da Justi•a do Trabalho, devidamente representado, ajuizou a•‹o
penal de iniciativa privada, mediante queixa-crime, contra Bruno, seu

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vizinho de condom’nio, pela pr‡tica dos crimes de injœria e difama•‹o de


que teria sido v’tima durante assembleia condominial ocorrida no edif’cio
em que residem, no œltimo dia 02 de novembro. Em rela•‹o a este fato,
a) a compet•ncia para processar e julgar este fato Ž da Justi•a Federal,
porquanto a v’tima seja funcion‡rio pœblico federal.
b) a legitimidade para propositura da a•‹o Ž exclusiva do MinistŽrio Pœblico,
mediante representa•‹o da v’tima.
c) a legitimidade para propositura da a•‹o penal Ž concorrente entre
MinistŽrio Pœblico, mediante representa•‹o, e v’tima.
d) trata-se de hip—tese de foro por prerrogativa de fun•‹o, em raz‹o de a
v’tima ser juiz da Justi•a do Trabalho.
e) o caso deve ser processado mediante propositura de queixa na Justi•a
estadual, perante juiz de primeiro grau.

21.! (FCC Ð 2014 Ð TRF4 Ð OFICIAL DE JUSTI‚A)


Antonio, empres‡rio do ramo de constru•‹o civil, foi difamado e injuriado
por JosŽ, seu vizinho. Antonio faleceu quinze dias depois do ocorrido. Para
que JosŽ seja processado criminalmente pelas ofensas,
(A) a esposa de Antonio, ou seu filho, poder‡ oferecer queixa contra JosŽ.
(B) o MinistŽrio Pœblico dever‡ oferecer denœncia contra JosŽ.
(C) a esposa de Antonio dever‡ oferecer representa•‹o para que o
MinistŽrio Pœblico possa oferecer denœncia contra JosŽ.
(D) o filho de Antonio dever‡ oferecer representa•‹o para que o MinistŽrio
Pœblico possa oferecer denœncia contra JosŽ.
(E) extingue-se a punibilidade de JosŽ em raz‹o do falecimento de Antonio.

22.! (FCC Ð 2014 Ð TRF4 Ð TƒCNICO JUDICIçRIO)


No tocante ˆ a•‹o penal, de acordo com o C—digo de Processo Penal,
(A) no caso de a•‹o penal de iniciativa pœblica dependente de
representa•‹o, esta ser‡ irretrat‡vel depois de oferecida a denœncia.
(B) apenas a v’tima poder‡ provocar a iniciativa do MinistŽrio Pœblico nos
casos em que caiba a•‹o penal pœblica incondicionada.
(C) se o —rg‹o do MinistŽrio Pœblico, ao invŽs de apresentar a denœncia,
requerer o arquivamento do inquŽrito policial ou de quaisquer pe•as de
informa•‹o, o ofendido poder‡ promover a•‹o penal de iniciativa privada
subsidi‡ria da pœblica.
(D) salvo disposi•‹o em contr‡rio, o ofendido, ou seu representante legal,
decair‡ do direito de queixa ou de representa•‹o, se n‹o o exercer dentro
do prazo de 30 dias, contado da data do crime.
(E) o direito de representa•‹o somente poder‡ ser exercido pessoalmente,
mediante declara•‹o escrita.

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23.! (FCC Ð 2014 Ð TJ-AP Ð JUIZ)


Em rela•‹o ˆ a•‹o penal, o C—digo de Processo Penal estabelece que
a) o MinistŽrio Pœblico n‹o pode retomar, como parte principal, a a•‹o penal
de iniciativa privada subsidi‡ria da pœblica em caso de neglig•ncia do
querelante
b) a representa•‹o ser‡ irretrat‡vel depois de oferecida a denœncia.
c) apenas a v’tima, nos crimes de a•‹o pœblica incondicionada, poder‡
provocar a iniciativa do MinistŽrio Pœblico.
d) a a•‹o penal de iniciativa privada subsidi‡ria da pœblica n‹o se submete
a prazo decadencial.
e) o MinistŽrio Pœblico n‹o pode oferecer elementos de prova na a•‹o penal
de iniciativa privada subsidi‡ria da pœblica.

24.! (FCC Ð 2014 Ð TRF3 Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð OFICIAL DE


JUSTI‚A)
Ante o pedido de arquivamento de inquŽrito policial formulado
tempestivamente pelo Procurador da Repœblica, Paulo, v’tima do delito
previsto no artigo 171, ¤ 3o, do C—digo Penal, ingressa com queixa
subsidi‡ria, a qual dever‡ ser
a) rejeitada.
b) processada, dando-se oportunidade de o MinistŽrio Pœblico adit‡-la.
c) processada como a•‹o penal de iniciativa privada.
d) rejeitada e o magistrado deve aplicar a regra do artigo 28 do C—digo de
Processo Penal.
e) processada e o MinistŽrio Pœblico deve reassumi-la como a•‹o penal de
iniciativa pœblica.

25.! (FCC Ð 2013 Ð TRT15 Ð TƒCNICO JUDICIçRIO)


A a•‹o penal pœblica incondicionada Ž a que pode ser proposta
a) pelo ofendido, ou por quem tiver qualidade para represent‡-lo, quando
houver inŽrcia do MinistŽrio Pœblico.
b) por qualquer do povo, visando a condena•‹o do autor de uma infra•‹o
penal.
c) pelo MinistŽrio Pœblico de of’cio, sem representa•‹o ou requisi•‹o de
quem quer que seja.
d) somente pelo ofendido, em raz‹o da gravidade e especialidade do bem
jur’dico lesado.
e) pelo Ministro da Justi•a nos casos em que raz›es de ordem pol’tica
prevista em lei tornem obrigat—ria a sua iniciativa.

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D. PROCESSUAL PENAL Ð TJ-PE (2017) Ð TƒCNICO JUD. Ð FUN‚ÌO JUDICIçRIA
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26.! (FCC Ð 2013 Ð TJ-PE Ð TITULAR NOTARIAL)


NÌO ocorre peremp•‹o da a•‹o penal de iniciativa privada
a) quando o querelado aceitar o perd‹o.
b) quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, n‹o
comparecer em ju’zo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60
(sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber faz•-lo.
c) quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do
processo durante 30 (trinta) dias seguidos.
d) quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a
qualquer ato do processo a que deva estar presente.
e) quando, sendo o querelante pessoa jur’dica, esta se extinguir sem deixar
sucessor.

27.! (FCC Ð 2013 Ð TJ-PE Ð JUIZ)


Nos crimes de a•‹o penal de iniciativa privada,
a) o perd‹o do ofendido somente Ž cab’vel antes do exerc’cio do direito de
a•‹o.
b) o perd‹o concedido a um dos querelados aproveitar‡ a todos, sem que
produza, todavia, efeito em rela•‹o ao que o recusar.
c) a renœncia ao exerc’cio do direito de queixa se estender‡ a todos os
querelantes.
d) a renœncia Ž ato unilateral, volunt‡rio e necessariamente expresso.
e) a peremp•‹o pode ocorrer no curso do inquŽrito policial.

28.! (FCC Ð 2015 Ð CNMP Ð ANALISTA: DIREITO)


Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrim™nio ou
interesse da Uni‹o, Estado e Munic’pio, a a•‹o penal ser‡
a) pœblica condicionada ˆ requisi•‹o do Ministro da Justi•a.
b) privada subsidi‡ria da pœblica.
c) pœblica condicionada ˆ representa•‹o da pessoa jur’dica de direito
pœblico.
d) privada.
e) pœblica.

29.! (FCC Ð 2011 Ð TCE-SP Ð PROCURADOR)


O prazo para o MinistŽrio Pœblico aditar a queixa na a•‹o privada subsidi‡ria
ou exclusiva, contado da data do recebimento dos autos, ser‡ de
A) 02 dias.

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B) 03 dias.
C) 05 dias.
D) 08 dias.
E) 10 dias.

30.! (FCC Ð 2008 Ð TCE/AL Ð PROCURADOR)


Sobre a•‹o penal, Ž correto afirmar:
A) A renœncia da a•‹o penal privada ocorre ap—s o oferecimento da queixa
e o perd‹o antes.
B) No caso de morte do ofendido, o direito de oferecer queixa ou prosseguir
na a•‹o penal passar‡ ao c™njuge, ascendente, descendente ou colateral
atŽ terceiro grau.
C) Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, ser‡
privilegiada aquela que primeiro comparecer.
D) As funda•›es, associa•›es ou sociedades legalmente constitu’das
poder‹o exercer a a•‹o penal privada.
E) No caso de a•‹o penal privada exclusiva, o MinistŽrio Pœblico pode
recorrer se o acusado for absolvido.

31.! (FCC Ð 2008 Ð TCE/AL Ð PROCURADOR)


Em rela•‹o ˆs a•›es penais pœblicas condicionadas, o C—digo de Processo
Penal prev• a possibilidade de retrata•‹o da
A) representa•‹o do ofendido atŽ o oferecimento da denœncia.
B) representa•‹o do ofendido atŽ o recebimento da denœncia.
C) requisi•‹o do Ministro da Justi•a atŽ o oferecimento da denœncia.
D) requisi•‹o do Ministro da Justi•a atŽ o recebimento da denœncia.
E) representa•‹o do ofendido e da requisi•‹o do Ministro da Justi•a atŽ o
recebimento da denœncia.

32.! (FCC Ð 2010 Ð MPE-SE Ð ANALISTA Ð DIREITO)


Disp›e o C—digo de Processo Penal que ser‡ admitida a•‹o privada nos
crimes de a•‹o pœblica, se esta n‹o for intentada no prazo legal. Essa regra
constitui exce•‹o ao princ’pio da
A) indisponibilidade
B) legalidade
C) intranscend•ncia
D) obrigatoriedade
E) oficialidade

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33.! (FCC Ð 2011 Ð TRT 1RG Ð TƒCNICO JUDICIçRIO Ð


SEGURAN‚A)
A a•‹o penal que s— pode ser proposta pelo ofendido, n‹o se estendendo
esse direito ao c™njuge ou aos sucessores em caso de morte ou aus•ncia,
denomina-se a•‹o penal
A) privada subsidi‡ria da a•‹o pœblica.
B) pœblica incondicionada.
C) privada exclusiva.
D) privada personal’ssima.
E) pœblica condicionada.

34.! (FCC Ð 2011 Ð TRF 1¡RG Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð EXECU‚ÌO


DE MANDADOS)
A a•‹o penal ajuizada pelo ofendido ou por quem tenha condi•›es de
represent‡-lo, nos crime de a•‹o pœblica, quando n‹o for intentada pelo
MinistŽrio Pœblico no prazo legal, denomina-se a•‹o penal
A) privada exclusiva.
B) pœblica incondicionada.
C) privada subsidi‡ria da pœblica.
D) pœblica condicionada.
E) privada personal’ssima.

35.! (FCC Ð 2010 Ð TCE/AP Ð PROCURADOR)


No tocante ˆ a•‹o penal, Ž correto afirmar que
A) n‹o se admite renœncia t‡cita, no caso de a•‹o penal de iniciativa
privada.
B) considerar-se-‡ perempta a a•‹o penal quando, ap—s iniciada, o
MinistŽrio Pœblico deixar de promover o andamento do processo ou dele
desistir.
C) a representa•‹o ser‡ retrat‡vel, depois de recebida a denœncia.
D) o prazo para oferecimento da denœncia ser‡ de 8 (oito) dias, estando o
rŽu preso, e de 15 (quinze) dias, se o rŽu estiver solto ou afian•ado.
E) as funda•›es, associa•›es ou sociedades legalmente constitu’das
poder‹o exercer a•‹o penal.

36.! (FCC Ð 2010 Ð TRE/RS Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð çREA


JUDICIçRIA)
A penalidade imposta ao querelante, ou aos seus sucessores, em virtude
do desinteresse em prosseguir na a•‹o penal privada, denomina-se

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A) decad•ncia.
B) prescri•‹o da pretens‹o punitiva.
C) prescri•‹o da pretens‹o execut—ria.
D) peremp•‹o.
E) preclus‹o.

37.! (FCC Ð 2005 Ð PGE/SE Ð PROCURADOR DE ESTADO)


A perda do direito de representar ou de oferecer queixa, em raz‹o do
decurso do prazo fixado para o seu exerc’cio, e o de continuar a movimentar
a a•‹o penal privada, causada pela inŽrcia processual do querelante,
configuram, respectivamente,
A) prescri•‹o e peremp•‹o.
B) peremp•‹o e decad•ncia.
C) prescri•‹o e decad•ncia.
D) decad•ncia e peremp•‹o.
E) decad•ncia e prescri•‹o.

38.! (FCC Ð 2006 Ð TRF 1¡ RG Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð çREA


JUDICIçRIA)
A a•‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica pode ser ajuizada pelo ofendido
ou por quem tenha qualidade para represent‡-lo se
A) n‹o concordar com os termos da denœncia apresentada pelo MinistŽrio
Pœblico.
B) o MinistŽrio Pœblico tiver requerido o arquivamento do inquŽrito policial.
C) a denœncia apresentada pelo MinistŽrio Pœblico for rejeitada pelo Juiz.
D) o MinistŽrio Pœblico tiver devolvido o inquŽrito ˆ pol’cia para novas
dilig•ncias.
E) a a•‹o penal pœblica n‹o for intentada no prazo legal.

39.! (FCC Ð 2006 Ð BCB Ð ANALISTA)


Nos crimes de a•‹o penal pœblica condicionada, a representa•‹o do
ofendido Ž
a) retrat‡vel atŽ o tr‰nsito em julgado da senten•a condenat—ria.
b) irretrat‡vel.
c) irretrat‡vel ap—s o oferecimento da denœncia.
d) retrat‡vel desde que haja concord‰ncia do rŽu.
e) irretrat‡vel ap—s o recebimento da denœncia.

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40.! (FCC Ð 2012 Ð TJ-GO Ð JUIZ)


No tocante ˆ a•‹o penal,
a) a representa•‹o Ž retrat‡vel atŽ o recebimento da denœncia.
b) o acusador n‹o poder‡ desistir da a•‹o penal.
c) em regra, o ofendido ou seu representante tem prazo de 30 (trinta) dias
para oferecimento de queixa.
d) no caso de morte do ofendido, extingue-se imediatamente a punibilidade
do autor do fato.
e) as funda•›es, associa•›es e sociedades legalmente constitu’das poder‹o
exercer a•‹o penal.

41.! (FCC Ð 2012 Ð TRF 2 Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


A respeito da denœncia e da queixa, Ž correto afirmar:
a) A renœncia ao exerc’cio do direito de queixa a um dos autores do crime
n‹o impedir‡ a propositura da a•‹o penal privada contra os demais.
b) Na a•‹o penal privada, oferecida a queixa, o querelado pode apresentar
reconven•‹o.
c) A queixa em a•‹o penal privativa do ofendido n‹o poder‡ ser aditada
pelo MinistŽrio Pœblico.
d) A exposi•‹o do fato criminoso com todas as suas circunst‰ncias Ž um
dos elementos tanto da denœncia, como da queixa.
e) A queixa Ž ato personal’ssimo do ofendido, n‹o podendo ser dada por
procurador com poderes gerais, nem especiais.

42.! (FCC Ð 2012 Ð TRF 2 Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


A representa•‹o
a) deve ser oferecida no prazo m‡ximo de tr•s meses contados da data em
que o ofendido vier a saber quem Ž o autor do crime, sob pena de
decad•ncia.
b) Ž formalmente rigorosa, exigindo termo espec’fico em que a v’tima
declare expressamente que deseja representar contra o autor da infra•‹o.
c) admite retrata•‹o em qualquer fase do processo, inclusive na execu•‹o
de senten•a.
d) n‹o pode, em caso de morte do ofendido, ser oferecida por nenhum dos
seus sucessores.
e) n‹o pode ser ampliada pelo MinistŽrio Pœblico para alcan•ar fatos novos
nela n‹o mencionados.

43.! (FCC Ð 2013 Ð MPE-SE Ð ANALISTA)

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Nos casos de crimes processados mediante a•‹o penal de iniciativa


exclusivamente privada, o prazo m‡ximo, em regra, para o oferecimento
da queixa-crime Ž de
a) um m•s, contado da data do fato.
b) um m•s, contado do dia em que o ofendido ou seu representante legal
vier a saber quem Ž o autor do crime.
c) seis meses, contados do dia em que o ofendido ou seu representante
legal vier a saber quem Ž o autor do crime.
d) tr•s meses, contados do dia em que o ofendido ou seu representante
legal vier a saber quem Ž o autor do crime.
e) seis meses, contados da data do fato.

44.! (FCC Ð 2012 Ð TRF5 Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


Caber‡ a•‹o penal privada subsidi‡ria nos crimes de a•‹o penal pœblica
quando
a) o MinistŽrio Pœblico requerer o arquivamento do inquŽrito policial e o juiz
o denegar.
b) o Procurador-Geral insistir no pedido de arquivamento de inquŽrito
policial.
c) houver legitimidade ativa concorrente entre o MinistŽrio Pœblico e o
ofendido em crime de a•‹o penal pœblica condicionada ˆ representa•‹o.
d) o ofendido for pessoa jur’dica de direito privado.
e) a a•‹o penal n‹o for intentada no prazo legal.

45.! (FCC Ð 2012 Ð TRF5 Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


Da aplica•‹o do princ’pio da indisponibilidade da a•‹o penal decorre que
a) o MinistŽrio Pœblico n‹o pode pedir absolvi•‹o em alega•›es finais ou
debates em audi•ncia.
b) o pedido de arquivamento de inquŽrito policial pelo MinistŽrio Pœblico
estar‡ limitado ˆs hip—teses em que se verifique causa de exclus‹o da
ilicitude.
c) o MinistŽrio Pœblico n‹o poder‡ desistir de recurso que haja interposto.
d) o MinistŽrio Pœblico de segundo grau vincula seu parecer ˆs raz›es de
recurso apresentadas pelo MinistŽrio Pœblico de primeiro grau.
e) haver‡ sempre o dever legal de recorrer pelo MinistŽrio Pœblico de
decis‹o absolut—ria.

46.! (FCC Ð 2012 Ð MPE-AP Ð ANALISTA)

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Renato ajuizou a•‹o penal privada contra Ren•, imputando-lhe crimes de


difama•‹o e injœria. Recebida a queixa e designada audi•ncia de instru•‹o,
Renato vem a —bito ap—s um acidente de tr‰nsito fatal em rodovia.
Com o —bito do querelante,
a) caber‡ ao MinistŽrio Pœblico prosseguir na a•‹o penal, assumindo a
posi•‹o do querelante.
b) o direito de prosseguir na a•‹o penal passar‡ ao descendente, c™njuge,
ascendente, irm‹o, nessa ordem.
c) o direito de prosseguir na a•‹o penal passar‡ ao c™njuge, ascendente,
descendente ou irm‹o, nesta ordem.
d) a a•‹o penal privada ser‡ arquivada diante do car‡ter personal’ssimo
desta, com a extin•‹o da punibilidade do agente.
e) o direito de prosseguir na a•‹o penal passar‡, exclusivamente, aos
descendentes ou ascendentes do ofendido.

47.! (FCC Ð 2012 Ð MPE-SE Ð TƒCNICO MINISTERIAL)


Considera-se, dentre outras, condi•‹o de procedibilidade da a•‹o penal
pœblica:
a) o interrogat—rio e as informa•›es sobre a vida pregressa do autor do fato
delituoso.
b) a exist•ncia de inquŽrito policial conclu’do e relatado.
c) o prŽvio indiciamento do autor do fato delituoso.
d) a exist•ncia de pelo menos duas testemunhas presenciais.
e) a representa•‹o do ofendido, quando necess‡ria.

48.! (FCC Ð 2012 Ð TRF2 Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


Quando a lei penal incriminadora silencia a respeito da a•‹o penal cab’vel
para determinada infra•‹o penal, entende-se que a a•‹o penal Ž
a) pœblica condicionada ˆ representa•‹o do ofendido.
b) privada exclusiva.
c) pœblica incondicionada.
d) privada personal’ssima.
e) pœblica condicionada ˆ requisi•‹o do Ministro da Justi•a.

49.! (FCC Ð 2012 Ð TRF 2 Ð TƒCNICO JUDICIçRIO)


Nos crimes de a•‹o pœblica, a a•‹o penal ser‡ promovida atravŽs de
a) denœncia do MinistŽrio Pœblico.
b) queixa-crime formulada pelo ofendido ou por quem tenha qualidade para
represent‡-lo.

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c) portaria da autoridade policial.


d) requisi•‹o do Ministro da Justi•a.
e) requerimento de qualquer pessoa maior e capaz.

50.! (FCC Ð 2012 Ð TRF 2 Ð TƒCNICO JUDICIçRIO)


Na a•‹o penal privada exclusiva, o perd‹o do ofendido
a) depende da aceita•‹o do MinistŽrio Pœblico.
b) s— pode ocorrer ap—s o recebimento da queixa.
c) n‹o pode ser t‡cito, exigindo-se que seja sempre formulado de forma
expressa.
d) implica redu•‹o da pena, mas n‹o acarreta a extin•‹o da punibilidade.
e) concedido a um dos querelados aproveitar‡ a todos, mesmo em rela•‹o
aquele que o recusar.

51.! (FCC Ð 2012 Ð TJ-PE Ð OFICIAL DE JUSTI‚A)


Se a a•‹o penal pœblica n‹o tiver sido proposta pelo MinistŽrio Pœblico no
prazo legal, poder‡, subsidiariamente, ajuiz‡-la
a) qualquer do povo, interessado ou n‹o na puni•‹o do acusado.
b) o juiz, de of’cio.
c) o ofendido ou quem tenha qualidade para represent‡-lo.
d) o juiz, mediante representa•‹o do ofendido.
e) qualquer do povo, desde que tenha interesse na puni•‹o do acusado.

52.! (FCC Ð 2012 Ð TJ-PE Ð TƒCNICO JUDICIçRIO)


A a•‹o penal proposta pelo ofendido nos crimes de a•‹o pœblica quando o
MinistŽrio Pœblico deixar de oferecer denœncia no prazo legal denomina-se
a•‹o penal
a) popular.
b) pœblica condicionada.
c) privada.
d) privada subsidi‡ria da pœblica.
e) pœblica incondicionada.

53.! (FCC Ð 2012 Ð TJ-PE Ð TƒCNICO JUDICIçRIO)


A representa•‹o do ofendido ou de quem tenha qualidade para represent‡-
lo, nos casos previstos em lei, Ž
a) causa de extin•‹o da punibilidade.
b) pressuposto processual de toda a•‹o penal.

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c) condi•‹o de procedibilidade da a•‹o penal privada.


d) pressuposto processual da a•‹o penal privada.
e) condi•‹o de procedibilidade da a•‹o penal pœblica.

54.! (FGV - 2015 - TJ-BA - TƒCNICO JUDICIçRIO: ESCREVENTE)


Caso o querelante proponha, na pr—pria queixa-crime, composi•‹o civil dos
danos para parte dos querelados, a pe•a acusat—ria dever‡ ser:
(A) recebida na sua integralidade, por for•a do princ’pio da obrigatoriedade;
(B) recebida na sua integralidade, por for•a do princ’pio da indivisibilidade;
(C) rejeitada na sua integralidade, por for•a do princ’pio da
obrigatoriedade;
(D) rejeitada na sua integralidade, por for•a do princ’pio da indivisibilidade;
(E) suspensa a admissibilidade, aguardando a aceita•‹o da composi•‹o.

55.! (FGV - 2015 - TJ-BA - TƒCNICO JUDICIçRIO: ESCREVENTE)


Na a•‹o penal pœblica, o MinistŽrio Pœblico:
(A) n‹o est‡ obrigado a denunciar todos os envolvidos no fato tido por
delituoso, diante da incid•ncia do princ’pio da autonomia;
(B) est‡ obrigado a denunciar todos os envolvidos no fato tido por
delituoso, diante da incid•ncia da uni‹o;
(C) n‹o est‡ obrigado a denunciar todos os envolvidos no fato tido por
delituoso, diante da incid•ncia do princ’pio da indivisibilidade;
(D) est‡ obrigado a denunciar todos os envolvidos no fato tido por
delituoso, diante da n‹o incid•ncia do princ’pio da autonomia;
(E) n‹o est‡ obrigado a denunciar todos os envolvidos no fato tido por
delituoso, diante da n‹o incid•ncia do princ’pio da indivisibilidade.

56.! (FGV - 2015 - TJ-BA - TƒCNICO JUDICIçRIO: ESCREVENTE)


A queixa-crime pode ser recebida quando for ofertada:
(A) por advogado substabelecido com reserva de direitos, por procurador
que recebera do querelante os poderes para o foro em geral;
(B) por advogado substabelecido sem reserva de direitos, por procurador
que recebera do querelante os poderes para o foro em geral;
(C) por advogado substabelecido com reserva de direitos, por procurador
que recebera do querelante os poderes especiais;
(D) nos casos de procura•‹o que outorga poderes especiais, vedado o
substabelecimento com ou sem reserva de poderes;
(E) nos casos de procura•‹o que outorga poderes para o foro em geral,
vedado o substabelecimento com ou sem reserva de poderes.

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57.! (FGV - 2015 - TJ-BA - TƒCNICO JUDICIçRIO: ESCREVENTE)


Constituem elementos autenticativos da denœncia:
(A) qualifica•‹o do acusado;
(B) data e assinatura do Promotor de Justi•a;
(C) qualifica•‹o das partes;
(D) exposi•‹o do fato com todas as circunst‰ncias;
(E) classifica•‹o do crime.

58.! (FGV Ð 2015 Ð DPE-RO Ð TƒCNICO ADMINISTRATIVO)


Carla alega ser v’tima de um crime de extors‹o mediante sequestro por
parte de seu ex-namorado, de modo que comparece ˆ Delegacia e narra
tal fato. O promotor de justi•a com atribui•‹o, ap—s analisar as
investiga•›es realizadas, conclui que n‹o existem ind’cios m’nimos de
autoria e prova da materialidade, manifestando-se pelo arquivamento do
inquŽrito porque mais parece uma vingan•a de Carla pelo fim do
relacionamento. Considerando a situa•‹o narrada, Ž correto afirmar que:
(A) n‹o cabe a•‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica, pois esse instituto
n‹o Ž previsto no C—digo de Processo Penal;
(B) cabe a•‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica, mas o MinistŽrio Pœblico
n‹o pode aditar a queixa formulada;
(C) n‹o cabe a•‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica, pois n‹o houve
omiss‹o do MinistŽrio Pœblico;
(D) cabe a•‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica, e deve o MinistŽrio
Pœblico intervir em todos os termos do processo;
(E) diante da manifesta•‹o do MinistŽrio Pœblico, cabe a•‹o privada
subsidi‡ria e a posterior omiss‹o do querelante n‹o permite que aquele
retome a a•‹o como parte principal.

59.! (FGV Ð 2015 Ð DPE-RO Ð TƒCNICO ADMINISTRATIVO)


Il’dio e Ortega ofenderam a honra de Luana, praticando um crime œnico,
em concurso de agentes, de injœria. Luana procura um advogado na
inten•‹o de propor queixa-crime contra Il’dio, explicando que, por ter
sentimentos por Ortega, n‹o deseja contra ele iniciar uma a•‹o. Diante
disso, vai ˆ Delegacia, antes de adotar qualquer medida judicial, e
expressamente renuncia ao direito de propor queixa contra Ortega por
esses fatos. Nesse caso, Ž correto afirmar que a queixa-crime
posteriormente proposta em face de Il’dio:
(A) dever‡ ser recebida pelo magistrado, desde que o advogado apresente
procura•‹o com poderes especiais;
(B) n‹o poder‡ ser recebida pelo magistrado, pois o perd‹o do ofendido a
um dos autores do crime aos demais se estende;

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(C) dever‡ ser recebida pelo magistrado, pois a renœncia do ofendido Ž ato
individual, n‹o se estendendo aos demais agentes;
(D) n‹o poder‡ ser recebida pelo magistrado, pois a renœncia do ofendido
a um dos autores do crime aos demais se estende;
(E) dever‡ ser recebida pelo magistrado, bastando que seja conferida ao
advogado procura•‹o com poderes gerais.

60.! (FGV Ð 2014 Ð TJ-RJ Ð TƒCNICO JUDICIçRIO)


No dia 24 de julho de 2014, M‡rcio e Emerson, em uma discuss‹o do
trabalho, ofenderam a honra de Frederico. Configurado o crime de injœria,
delito este de a•‹o penal privada, Frederico prop™s queixa-crime em
desfavor de ambos os colegas de trabalho, em 25.10.2014. A inicial foi
recebida pelo magistrado em 28.10.2014. Ap—s as partes conversarem
sobre os fatos, a v’tima resolveu perdoar M‡rcio mediante declara•‹o
expressa nos autos, sendo por este aceito. Por sua vez, Emerson mostrou-
se inconformado e afirmou que n‹o aceitaria o perd‹o de maneira alguma.
Diante disso:
(A) Emerson e M‡rcio ter‹o suas punibilidades extintas, pois o perd‹o
concedido a um dos querelados aproveita aos demais;
(B) o processo prosseguir‡ apenas em rela•‹o a Emerson, pois a extin•‹o
da punibilidade pelo perd‹o do ofendido depende de aceita•‹o;
(C) Emerson ter‡ sua punibilidade extinta, pois o perd‹o independe de
aceita•‹o dos querelados;
(D) o processo prosseguir‡ em rela•‹o a ambos os querelados, pois o
perd‹o somente pode ser concedido atŽ o oferecimento da denœncia;
(E) o processo prosseguir‡ apenas em rela•‹o a Emerson, pois o perd‹o
concedido a um dos querelados nunca aproveita aos demais agentes.

61.! (FGV Ð 2014 Ð TJ-RJ Ð TƒCNICO JUDICIçRIO)


A doutrina costuma classificar as a•›es penais como pœblicas
incondicionadas, pœblicas condicionadas ˆ representa•‹o do ofendido ou
requisi•‹o do Ministro da Justi•a, privadas e privada subsidi‡ria da pœblica.
Algumas s‹o as diferen•as entre essas espŽcies de a•‹o, dentre as quais
se destacam:
(A) a a•‹o penal pœblica incondicionada e a a•‹o penal pœblica
condicionada ˆ representa•‹o s‹o de titularidade do MinistŽrio Pœblico,
diferente do que ocorre com a privada;
(B) a a•‹o penal pœblica condicionada ˆ representa•‹o admite a figura do
perd‹o do ofendido ap—s o oferecimento da denœncia, diferente da pœblica
incondicionada;
(C) a peremp•‹o poder‡ ocorrer na a•‹o penal privada e na pœblica
condicionada ˆ representa•‹o, mas n‹o na pœblica incondicionada;

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(D) o princ’pio da indivisibilidade Ž aplic‡vel ˆs a•›es penais pœblicas, mas


n‹o ˆs a•›es penais privadas;
(E) o prazo para exerc’cio do direito de representa•‹o Ž de 06 meses
contados da data dos fatos, enquanto a queixa poder‡ ser proposta a
qualquer tempo, desde que dentro do prazo prescricional.

62.! (FGV Ð 2014 Ð TJ-RJ Ð TƒCNICO JUDICIçRIO)


NÌO Ž aplic‡vel ˆs a•›es penais privadas o seguinte princ’pio:
(A) indivisibilidade;
(B) oportunidade;
(C) disponibilidade;
(D) intranscend•ncia;
(E) obrigatoriedade.

63.! (FGV - 2014 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - XIII -


PRIMEIRA FASE)
Em determinada a•‹o penal privada, na qual se apura a pr‡tica dos delitos
de calœnia e difama•‹o, a parte n‹o apresenta, em alega•›es finais, pedido
de condena•‹o em rela•‹o ao delito de calœnia, fazendo-o t‹o somente em
rela•‹o ao delito de difama•‹o.
Com rela•‹o ao caso apresentado, assinale a afirmativa correta.
a) Ocorreu a peremp•‹o em rela•‹o ao delito de calœnia.
b) N‹o ocorreu peremp•‹o em rela•‹o a nenhum delito.
c) Ocorreu o perd‹o t‡cito em rela•‹o ao delito de calœnia.
d) N‹o ocorreu peremp•‹o, mas, sim, renœncia em rela•‹o ao delito de
calœnia.

64.! (FGV - 2013 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - XII -


PRIMEIRA FASE)
Jo‹o e JosŽ, mœsicos da famosa banda NXY, se desentenderam por causa
de uma namorada. Jo‹o se descontrolou e partiu para cima de JosŽ,
agredindo-o com socos e pontapŽs, vindo a ser separado de sua v’tima por
policiais militares que passavam no local, e lhe deram voz de pris‹o em
flagrante. O exame de corpo de delito revelou que dois dedos da m‹o
esquerda do guitarrista JosŽ foram quebrados e o bra•o direito, luxado,
ficando impossibilitado de tocar seu instrumento por 40 dias.
Na hip—tese, trata-se de crime de a•‹o penal
a) privada propriamente dita.
b) pœblica condicionada ˆ representa•‹o.
c) privada subsidi‡ria da pœblica.

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d) pœblica incondicionada.

65.! (FGV - 2013 - TJ-AM Ð JUIZ)


As a•›es penais tradicionalmente s‹o classificadas como pœblicas
incondicionadas, pœblicas condicionadas ˆ representa•‹o e privadas.
Sobre a representa•‹o, analise as afirmativas a seguir.
I. A a•‹o penal pœblica condicionada ˆ representa•‹o Ž de titularidade do
ofendido. Nada impede, contudo, que a representa•‹o seja oferecida por
procurador.
II. O Supremo Tribunal Federal entende que a representa•‹o Ž pe•a sem
rigor formal, que pode ser apresentada oralmente ou por escrito, tanto na
delegacia, quanto perante o magistrado ou membro do MinistŽrio Pœblico.
III. A representa•‹o Ž condi•‹o de procedibilidade para que se possa
instaurar persecu•‹o penal em crime de a•‹o penal pœblica condicionada.
De acordo com o C—digo de Processo Penal, ela pode ser oferecida
pessoalmente ou por procurador com poderes gerais.
Assinale:
a) se somente a afirmativa II estiver correta
b) se somente a afirmativa III estiver correta.
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas
e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

66.! (FGV - 2013 - MPE-MS - ANALISTA Ð DIREITO)


As a•›es penais podem ser classificadas como pœblicas incondicionadas,
pœblicas condicionadas ˆ representa•‹o ou ˆ requisi•‹o do Ministro da
Justi•a ou a•‹o penal privada.
A respeito dessas modalidades, assinale a afirmativa correta.
a) A representa•‹o feita pelo ofendido Ž retrat‡vel atŽ o momento do
recebimento da denœncia.
b) Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrim™nio ou
interesse da Uni‹o, Estado ou Munic’pio, a a•‹o penal ser‡ pœblica.
c) O direito de representa•‹o n‹o possui uma forma predeterminada,
podendo ser exercido mediante declara•‹o pessoal do ofendido ou de
procurador com poderes gerais, de maneira escrita ou oral, feita ao juiz, ao
—rg‹o do MinistŽrio Pœblico ou ˆ autoridade policial.
d) No caso de morte do ofendido, se a a•‹o penal de natureza privada n‹o
for classificada como personal’ssima, o direito de oferecer queixa ou
prosseguir na a•‹o passar‡ ao c™njuge, companheiro, ascendentes e
descendentes, mas n‹o ao irm‹o.

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e) O perd‹o independe de aceita•‹o do querelado, t‡cita ou expressa.

67.! (FGV - 2012 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - VI -


PRIMEIRA FASE)
T’cio est‡ sendo investigado pela pr‡tica do delito de roubo simples,
tipificado no artigo 157, caput, do C—digo Penal. Conclu’da a investiga•‹o,
o Delegado Titular da 41» Delegacia Policial envia os autos ao MinistŽrio
Pœblico, a fim de que este tome as provid•ncias que entender cab’veis. O
Parquet, ap—s a an‡lise dos autos, decide pelo arquivamento do feito, por
faltas de provas de autoria. A v’tima ingressou em ju’zo com uma a•‹o
penal privada subsidi‡ria da pœblica, que foi rejeitada pelo juiz da causa,
que, no caso acima, agiu
a) erroneamente, tendo em vista a Lei Processual admite a a•‹o privada
nos crimes de a•‹o pœblica quando esta n‹o for intentada.
b) corretamente, pois a v’tima n‹o tem legitimidade para ajuizar a•‹o penal
privada subsidi‡ria da pœblica.
c) corretamente, j‡ que a Lei Processual n‹o admite a a•‹o penal privada
subsidi‡ria da pœblica nos casos em que o MinistŽrio Pœblico n‹o se mantŽm
inerte.
d) erroneamente, j‡ que a Lei Processual admite, implicitamente, a a•‹o
penal privada subsidi‡ria da pœblica.

68.! (FGV - 2008 - PC-RJ - OFICIAL DE CARTîRIO)


Em rela•‹o ˆ a•‹o penal, analise as afirmativas a seguir:
I. A mulher casada n‹o poder‡ exercer o direito de queixa sem
consentimento do marido, salvo quando estiver dele separada ou quando a
queixa for contra ele.
II. O direito de a•‹o penal privada subsidi‡ria da publica est‡ previsto na
Constitui•‹o bem como no C—digo de Processo Penal.
III. Se o ofendido for retardado mental e colidirem os interesses dele com
os de seu representante legal, o direito de queixa poder‡ ser exercido por
curador especial, nomeado pelo juiz competente para o processo penal.
Assinale:
a) se nenhuma afirmativa estiver correta.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

69.! (FGV Ð IX EXAME UNIFICADO DA OAB)

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Tendo como base o instituto da a•‹o penal, assinale a afirmativa correta.


A) Na a•‹o penal privada vigora o princ’pio da oportunidade ou
conveni•ncia.
B) A a•‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica fere dispositivo constitucional
que atribui ao MinistŽrio Pœblico o direito exclusivo de iniciar a a•‹o pœblica.
C) Como o C—digo Penal Ž silente no tocante ˆ natureza da a•‹o penal no
crime de les‹o corporal culposa, verifica-se que a referida infra•‹o ser‡ de
a•‹o penal pœblica incondicionada.
D) A legitimidade para ajuizamento da queixa-crime na a•‹o penal
exclusivamente privada (ou propriamente dita) Ž unicamente do ofendido.

70.! (FGV Ð X EXAME UNIFICADO DA OAB)


Um professor na aula de Processo Penal esclarece a um aluno que o
MinistŽrio Pœblico, ap—s ingressar com a a•‹o penal, n‹o poder‡ desistir
dela, conforme expressa previs‹o do Art. 42 do CPP. O professor estava
explicando ao aluno o princ’pio da
A) indivisibilidade.
B) obrigatoriedade.
C) indisponibilidade.
D) intranscend•ncia.

6! EXERCêCIOS COMENTADOS

01.! (VUNESP Ð 2016 Ð MPE-SP Ð OFICIAL DE PROMOTORIA)


Nos crimes de a•‹o _________ , esta ser‡ promovida por denœncia
do MinistŽrio Pœblico, mas depender‡, quando a lei o exigir, de
__________ do Ministro da Justi•a, ou de __________ do ofendido
ou de quem tiver qualidade para represent‡-lo.
Assinale a alternativa que, respectivamente, preenche, de modo
tecnicamente correto, as lacunas.
a) privada É autoriza•‹o É requisi•‹o
b) pœblica É representa•‹o É requisi•‹o
c) privada É requisi•‹o É autoriza•‹o
d) pœblica É requisi•‹o É representa•‹o
e) privada É autoriza•‹o É representa•‹o
COMENTçRIOS: Para responder corretamente a quest‹o, precisamos
saber o que disp›e o art. 24 do CPP:
Art. 24. Nos crimes de a•‹o pœblica, esta ser‡ promovida por denœncia do
MinistŽrio Pœblico, mas depender‡, quando a lei o exigir, de requisi•‹o do

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Ministro da Justi•a, ou de representa•‹o do ofendido ou de quem tiver


qualidade para represent‡-lo.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.

02.! (VUNESP Ð 2015 Ð TJ-MS Ð JUIZ SUBSTITUTO)


XISTO, querelante em a•‹o penal privada, ao tŽrmino da instru•‹o
e representado por advogado constitu’do, requereu a absolvi•‹o de
CRISTîVÌO, querelado. Deve o juiz
a) determinar a extra•‹o de pe•as processuais e o encaminhamento
ˆ autoridade policial, para apura•‹o da pr‡tica, pelo querelante, de
denuncia•‹o caluniosa.
b) designar audi•ncia para tentativa de concilia•‹o das partes, em
homenagem ao princ’pio da interven•‹o m’nima.
c) considerar perempta a a•‹o penal, porque o querelante deixou
de formular pedido de condena•‹o nas alega•›es finais.
d) encaminhar os autos em vista ao MinistŽrio Pœblico, titular da
a•‹o penal, para manifesta•‹o de interesse na produ•‹o de outras
provas.
e) absolver CRISTîVÌO, com fundamento no artigo 386, inciso VII,
do C—digo de Processo Penal.
COMENTçRIOS: Neste caso, a a•‹o penal deve ser considerada perempta,
pois nos crimes de a•‹o exclusivamente privada, o querelante deve, nas
alega•›es finais, formular pedido de CONDENA‚ÌO, sob pena de
peremp•‹o, nos termos do art. 60, III, parte final, do CPP.
Assim, o Juiz dever‡ reconhecer a ocorr•ncia de peremp•‹o e declarar a
extin•‹o da punibilidade do rŽu.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

03.! (VUNESP Ð 2015 Ð PC-CE Ð DELEGADO DE POLêCIA)


No caso de morte do ofendido
a) o direito de oferecer queixa passar‡ ao c™njuge, ascendente,
descendente ou irm‹o; nos crimes de a•‹o privada, o juiz, a
requerimento da parte que comprovar a sua pobreza, instaurar‡ de
of’cio a a•‹o penal.
b) o direito de oferecer queixa se extinguir‡; nos crimes de a•‹o
privada, o juiz, a requerimento da parte que comprovar a sua
pobreza, instaurar‡ de of’cio a a•‹o penal.
c) o direito de oferecer queixa passar‡ ao c™njuge, ascendente,
descendente ou irm‹o; nos crimes de a•‹o privada, o juiz, a
requerimento da parte que comprovar a sua pobreza, nomear‡
advogado para promover a a•‹o penal.

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d) no curso da a•‹o privada, declarar-se-‡ a extin•‹o da


punibilidade do ofensor; nos crimes de a•‹o pœblica condicionada,
o juiz, a requerimento da parte que comprovar a sua pobreza,
nomear‡ advogado para promover a a•‹o penal.
e) no curso da a•‹o pœblica condicionada, declarar-se-‡ a extin•‹o
da punibilidade do ofensor; nos crimes de a•‹o pœblica
condicionada, o juiz, a requerimento da parte que comprovar a sua
pobreza, nomear‡ advogado para promover a a•‹o penal.
COMENTçRIOS: Em caso de —bito da v’tima, o direito de oferecer queixa
passa ao c™njuge, ascendente, descendente ou irm‹o, nos termos do art.
31 do CPP. Nos crimes de a•‹o penal privada, a requerimento da parte que
comprovar a sua pobreza, nomear‡ advogado para promover a a•‹o penal
(atualmente, em havendo sede da Defensoria Pœblica no local, o Juiz
remete o caso ˆ Defensoria Pœblica), conforme art. 32 do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

04.! (VUNESP Ð 2014 Ð TJ-PA Ð JUIZ)


JosŽ, Jo‹o e Lu’s s‹o s—cios de uma empresa. JosŽ e Jo‹o redigem,
assinam e divulgam entre os clientes e fornecedores da empresa
uma carta aberta com afirma•›es desonrosas em desfavor de Lu’s.
Ap—s regular inquŽrito policial em que JosŽ e Jo‹o s‹o ouvidos, Lu’s
promove queixa-crime unicamente contra JosŽ, uma vez que, por
motivos pessoais, n‹o quis processar Jo‹o. Considerando que o
acœmulo de acusa•›es fa•a com que a demanda n‹o seja julgada
pelo rito sumar’ssimo, que foi infrut’fera a fase de reconcilia•‹o Ð
o que remete o processo ao rito comum Ð e que n‹o Ž caso de
rejei•‹o, deve o magistrado.
a) considerar que houve perd‹o com rela•‹o a Jo‹o e extinguir sua
punibilidade; determinar a cita•‹o e intima•‹o de JosŽ para
apresenta•‹o de resposta escrita.
b) intimar Lu’s para que se manifeste expressamente acerca da
aus•ncia de Jo‹o no polo passivo; determinar a cita•‹o e intima•‹o
de JosŽ para apresenta•‹o de resposta escrita.
c) considerar que houve renœncia com rela•‹o a Jo‹o, estender tal
entendimento a JosŽ e extinguir a punibilidade de ambos.
d) considerar que houve renœncia com rela•‹o a Jo‹o e extinguir
sua punibilidade; determinar a cita•‹o e intima•‹o de JosŽ para
apresenta•‹o de resposta escrita.
e) considerar que houve perd‹o com rela•‹o a Jo‹o, estender tal
entendimento a JosŽ e intim‡-los para que se manifestem no
sentido de aceitar ou recusar a benesse oferecida por Lu’s.

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COMENTçRIOS: Neste caso, o Juiz deve considerar que houve renœncia


com rela•‹o a Jo‹o, estender tal entendimento a JosŽ e extinguir a
punibilidade de ambos, nos termos do art. 49 do CPP.
Importante lembrar que o STJ firmou entendimento no sentido de que a
renœncia s— ocorre quando h‡ omiss‹o volunt‡ria, ou seja, o querelante,
propositalmente, deixa de incluir algum dos infratores na a•‹o penal. Se o
querelante apenas se esqueceu de incluir algum dos infratores, n‹o h‡
renœncia em favor deles, de forma que n‹o h‡ nada a estender em favor
dos demais. No caso, de fato, a omiss‹o foi VOLUNTçRIA, de forma que
houve renœncia t‡cita.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

05.! (VUNESP Ð 2013 Ð TJ-SP Ð JUIZ)


A a•‹o penal somente pode ser proposta contra quem se imputa a
pr‡tica da infra•‹o penal. Outra pessoa, ainda que tenha obriga•›es
de car‡ter civil decorrentes do delito, n‹o pode ser inclu’da na a•‹o,
isto em fun•‹o do princ’pio da
a) obrigatoriedade.
b) indisponibilidade.
c) intranscend•ncia.
d) oficialidade.
COMENTçRIOS: Quem n‹o praticou a infra•‹o penal n‹o pode ser inclu’do
como rŽu na a•‹o penal, por absoluta aus•ncia de legitimidade PASSIVA.
Isso decorre da ado•‹o do princ’pio da intranscend•ncia da pena, segundo
o qual a pena n‹o poder‡ passar da pessoa do condenado, de maneira que
ninguŽm pode responder por crime alheio.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

06.! (VUNESP Ð 2012 Ð DPE-MS Ð DEFENSOR PòBLICO)


Segundo as disposi•›es do C—digo de Processo Penal relativas ˆ
a•‹o penal, Ž correto afirmar que
a) o perd‹o concedido a um dos querelados aproveitar‡ a todos,
independentemente da aceita•‹o ou recusa dos demais querelados.
b) salvo disposi•‹o em contr‡rio, o ofendido, ou seu representante
legal, decair‡ no direito de queixa ou de representa•‹o, se n‹o o
exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que o
crime foi praticado.
c) a renœncia ao exerc’cio do direito de queixa, em rela•‹o a um
dos autores do crime, a todos se estender‡.
d) nos casos em que somente se procede mediante queixa,
considerar-se-‡ perempta a a•‹o penal quando, iniciada esta, o

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querelante deixar de promover o andamento do processo durante


15 (quinze) dias seguidos.
COMENTçRIOS:
A) ERRADA: O item est‡ errado, pois o perd‹o deve ser aceito pelo
perdoado, j‡ que possui a caracter’stica da bilateralidade, nos termos do
art. 51 do CPP:
Art. 51. O perd‹o concedido a um dos querelados aproveitar‡ a todos, sem
que produza, todavia, efeito em rela•‹o ao que o recusar.
B) ERRADA: O item est‡ errado, pois o in’cio do prazo decadencial de seis
meses se d‡ no momento em que o ofendido passa a ter conhecimento de
quem foi o autor do fato, nos termos do art. 38 do CPP.
C) CORRETA: Item correto, pois esta Ž a exata previs‹o do art. 49 do CPP:
Art. 49. A renœncia ao exerc’cio do direito de queixa, em rela•‹o a um dos
autores do crime, a todos se estender‡.
D) ERRADA: Item errado, pois nos casos em que somente se procede
mediante queixa, considerar-se-‡ perempta a a•‹o penal quando, iniciada
esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante
30 DIAS SEGUIDOS, nos termos do art. 60, I do CPP:
Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-
se-‡ perempta a a•‹o penal:
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do
processo durante 30 dias seguidos;
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

07.! (VUNESP Ð 2010 Ð FUNDA‚ÌO CASA Ð ANALISTA)


A a•‹o penal de iniciativa pœblica Ž promovida
a) pelo MinistŽrio Pœblico ou ofendido, mediante denœncia.
b) pela v’tima ou seu representante legal.
c) pelo MinistŽrio Pœblico, mediante queixa-crime.
d) exclusivamente pelo MinistŽrio Pœblico, mediante denœncia.
e) pelo ofendido, representado por advogado com poderes
especiais.
COMENTçRIOS: A a•‹o penal pœblica Ž promovida pelo MP, por expressa
previs‹o constitucional e por for•a do art. 257, I do CPP:
!! Art. 257. Ao MinistŽrio Pœblico cabe: (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 11.719, de
2008).
I - promover, privativamente, a a•‹o penal pœblica, na forma estabelecida
neste C—digo; e (Inclu’do pela Lei n¼ 11.719, de 2008).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.

08.! (VUNESP Ð 2010 Ð FUNDA‚ÌO CASA Ð ANALISTA)

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Quando o querelante deixa de comparecer, sem motivo justificado,


a qualquer ato do processo a que deva estar presente, d‡-se a
a) absolvi•‹o.
b) peremp•‹o.
c) remiss‹o.
d) remi•‹o.
e) revelia.
COMENTçRIOS: Neste caso ocorrer‡ o fen™meno da peremp•‹o, por for•a
do art. 60, III do CPP:
Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-
se-‡ perempta a a•‹o penal:
(...)
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado,
a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular
o pedido de condena•‹o nas alega•›es finais;
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.

09.! (VUNESP Ð 2009 Ð TJ-MT Ð JUIZ)


Nos crimes de a•‹o privada, se comparecer mais de uma pessoa
com direito de queixa, ter‡ prefer•ncia, numa ordem legal
estabelecida pelo artigo 31 do C—digo de Processo Penal,
a) o parente mais pr—ximo na ordem de voca•‹o sucess—ria.
b) o c™njuge, que poder‡ prosseguir na a•‹o penal.
c) a figura do ascendente, em face dos v’nculos fraternos.
d) a figura do descendente, com o direito de apenas prosseguir.
e) o representante legalmente constitu’do para o fim.
COMENTçRIOS: Para resolver a quest‹o precisamos conhecer os arts. 31
e 36 do CPP:
Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por
decis‹o judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na a•‹o passar‡ ao
c™njuge, ascendente, descendente ou irm‹o.
(...)
Art. 36. Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, ter‡
prefer•ncia o c™njuge, e, em seguida, o parente mais pr—ximo na ordem de
enumera•‹o constante do art. 31, podendo, entretanto, qualquer delas
prosseguir na a•‹o, caso o querelante desista da inst‰ncia ou a abandone.
Vejam, assim, que em havendo interesse de mais de um dos sucessores,
prevalecer‡ o c™njuge.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.

10.! (VUNESP Ð 2009 Ð TJ-SP Ð JUIZ)

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Assinale a alternativa correta, considerando a hip—tese de ter


havido o falecimento do querelante durante o andamento de a•‹o
penal privada, antes da senten•a.
a) A companheira, embora vivesse em uni‹o est‡vel com o falecido,
n‹o tem legitimidade ativa para prosseguir na a•‹o.
b) A companheira, que vivia em uni‹o est‡vel com o falecido, tem
legitimidade ativa para prosseguir na a•‹o.
c) O falecimento do querelante acarreta, necessariamente, o
trancamento da a•‹o penal privada.
d) O falecimento do querelante s— acarreta o trancamento da a•‹o
penal privada se o querelado assim o requerer.
COMENTçRIOS: A doutrina e a jurisprud•ncia n‹o possuem entendimento
uniforme sobre o tema. Pela reda•‹o do art. 31 do CPP, somente o c™njuge
(n‹o a companheira) poderia seguir na a•‹o penal.
Contudo, h‡ doutrinadores que entendem que Ž poss’vel estender a norma
para abarcar tambŽm a companheira, em raz‹o de a Constitui•‹o equiparar
a Uni‹o est‡vel ao casamento.
H‡ doutrinadores para ambos os lados, por isso a quest‹o deveria ter sido
anulada. A Banca, porŽm, adotou o entendimento de que o companheiro
tem legitimidade neste caso.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.

11.! (VUNESP Ð 2008 Ð DPE-MS Ð DEFENSOR PòBLICO)


Assinale a alternativa que justifica corretamente qual o prazo para
o ofendido ou o seu representante legal requerer a instaura•‹o de
inquŽrito policial, quando o crime for de al•ada privada.
a) O C—digo de Processo Penal n‹o disciplina expressamente a
respeito e, assim, entende-se que o direito de requerimento de
instaura•‹o de inquŽrito policial deve ser exercido no mesmo prazo
do direito de queixa, ou seja, 3 meses, contados da data dos fatos.
b) O C—digo de Processo Penal n‹o disciplina expressamente a
respeito e, assim, entende-se que o direito de requerimento de
instaura•‹o de inquŽrito policial deve ser exercido no mesmo prazo
do direito de queixa, ou seja, 6 meses, contados da data em que se
souber quem foi o autor do crime.
c) O C—digo de Processo Penal disp›e expressamente que o direito
de requerimento de instaura•‹o de inquŽrito policial deve ser
exercido no prazo de 3 meses, contados da data dos fatos.
d) O C—digo de Processo Penal disp›e expressamente que o direito
de requerimento de instaura•‹o de inquŽrito policial deve ser
exercido no prazo de 6 meses, contados da data em que o crime
ocorreu.

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D. PROCESSUAL PENAL Ð TJ-PE (2017) Ð TƒCNICO JUD. Ð FUN‚ÌO JUDICIçRIA
Teoria e quest›es
Aula DEMO Ð Prof. Renan Araujo

COMENTçRIOS: O CPP n‹o trata expressamente disto, mas por uma


interpreta•‹o sistem‡tica se chega ˆ conclus‹o de que o prazo deve ser o
mesmo previsto para o exerc’cio do direito de queixa, ou seja, seis meses
a contar da data em que a v’tima tomou conhecimento de quem foi o autor
do fato, j‡ que, ap—s este prazo, estar‡ extinta a punibilidade e, portanto,
seria imposs’vel instaurar IP, j‡ que o infrator n‹o mais poderia ser punido.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.

12.! (FCC Ð 2016 Ð PGE-MA Ð PROCURADOR)


Em tema de aç‹o penal privada, correto afirmar que
(A) o perd‹o do ofendido independe de aceitaç‹o.
(B) o requerimento de instauraç‹o de inquŽrito policial n‹o
interrompe o prazo de oferecimento da queixa.
(C) importa em renœncia t‡cita ao direito de queixa o fato de o
ofendido receber indenizaç‹o do dano causado pelo crime.
(D) admiss’vel o perd‹o do ofendido mesmo depois que passa em
julgado a sentença condenat—ria.
(E) incab’vel extinç‹o da punibilidade por perempç‹o.
COMENTçRIOS:
a) ERRADA: O perd‹o Ž ato bilateral, dependendo de aceita•‹o pelo
querelado, nos termos do art. 51 do CPP.
b) CORRETA: Item correto, pois a instaura•‹o do IP (ou seu requerimento)
n‹o influi na contagem do prazo decadencial para o oferecimento da queixa.
c) ERRADA: Item errado, pois o recebimento de indeniza•‹o pelo dano
causado Ž restrito ˆ esfera c’vel, n‹o gerando renœncia ao direito de queixa.
Contudo, a composi•‹o civil dos danos, nos Juizados Especiais Criminais,
importa em renœncia ao direito de queixa (s‹o, porŽm, situa•›es distintas).
d) ERRADA: Item errado, pois o perd‹o s— tem cabimento durante o
processo, sendo inadmiss’vel ap—s o tr‰nsito em julgado, nos termos do
art. 106, ¤2¼ do CP.
e) ERRADA: Item errado, pois trata-se de hip—tese de extin•‹o da
punibilidade expressamente prevista no art. 60 do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.

13.! (FCC Ð 2016 Ð DPE-BA Ð DEFENSOR PòBLICO - ADAPTADA)


Com a morte do ofendido, o direito de oferecer queixa n‹o passa
para os ascendentes.
COMENTçRIOS: Item errado, pois o direito de oferecer a queixa, no caso
de morte do ofendido, passar‡ ao c™njuge, ascendente, descendente ou
irm‹o, conforme art. 31 do CPP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

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Teoria e quest›es
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14.! (FCC Ð 2016 Ð DPE-BA Ð DEFENSOR PòBLICO - ADAPTADA)


No caso de declara•‹o de aus•ncia da v’tima por decis‹o judicial, o
direito de representa•‹o nas hip—teses de a•‹o penal pœblica
condicionada n‹o se transmite para o c™njuge.
COMENTçRIOS: Item errado, pois, na hip—tese de morte do ofendido ou
quando declarado ausente por decis‹o judicial, o direito de representa•‹o
passa ao c™njuge, ascendente, descendente ou irm‹o, conforme preceitua
o art. 24, ¤1¼ do CPP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTA ERRADA.

15.! (FCC Ð 2015 Ð MPE-PB Ð TƒCNICO)


Mario e JosŽ s‹o jornalistas, colunistas de um determinado jornal
brasileiro. Numa edi•‹o do jornal em um domingo os referidos
jornalistas subscrevem uma matŽria ofensiva a Richard,
empres‡rio conhecido. Considerando difamat—ria a matŽria,
Richard, atravŽs de seu advogado, prop›e queixa-crime apenas
contra o jornalista Mario, imputando-lhe crime de difama•‹o. Neste
caso, o MinistŽrio Pœblico, ao receber os autos,
a) declinar‡ de atuar na a•‹o penal privada.
b) promover‡ o aditamento da queixa-crime para incluir o
jornalista JosŽ, zelando pela indivisibilidade da a•‹o penal.
c) postular‡ ao juiz a imediata extin•‹o da a•‹o penal,
reconhecendo a renœncia t‡cita ao direito de queixa ao jornalista
JosŽ, extensiva ao jornalista Mario.
d) postular‡ ao juiz a rejei•‹o imediata da queixa-crime.
e) dever‡ zelar pela indivisibilidade da a•‹o penal e propor‡ que o
querelante fa•a o aditamento, sob pena de implicar renœncia ao
direito de queixa a ambos os jornalistas.
COMENTçRIOS: O MP dever‡, neste caso, velar pela indivisibilidade da
a•‹o penal, nos termos do art. 48 do CPP, ou seja, a queixa-crime n‹o pode
ser ajuizada apenas em face de um ou alguns dos infratores. Neste caso, o
STJ possui entendimento no sentido de que o querelante deve ser intimado
para que adite a queixa, incluindo o infrator que n‹o foi anteriormente
inclu’do na queixa, sob pena de se considerar ter havido renœncia em
rela•‹o a este e, portanto, se estender‡ aos demais, o que acarretar‡ a
extin•‹o da punibilidade em rela•‹o a todos.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.

16.! (FCC Ð 2015 Ð DPE-RR Ð OFICIAL DE DILIGæNCIA)


Aten•‹o: Na quest‹o, assinale a afirmativa correta em rela•‹o ˆ
proposi•‹o apresentada.

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No tocante ˆ a•‹o penal de iniciativa pœblica condicionada:


a) O direito de representa•‹o somente pode ser exercido
pessoalmente.
b) A representa•‹o Ž irretrat‡vel depois de relatado o inquŽrito
policial.
c) O prazo de seis meses para o oferecimento da representa•‹o Ž
contado, em regra, do dia em que se consumou o delito.
d) O direito de representa•‹o poder‡ ser exercido mediante
declara•‹o oral feita ˆ autoridade policial.
e) Em caso de morte do querelado, o direito de prosseguir na a•‹o
passar‡ ao c™njuge, ascendente, descendente ou irm‹o.
COMENTçRIOS:
a) ERRADA: Tal direito tambŽm pode ser exercido por meio de procurador
com poderes especiais, nos termos do art. 39 do CPP.
b) ERRADA: A representa•‹o Ž irretrat‡vel ap—s o OFERECIMENTO da
denœncia, nos termos do art. 25 do CPP.
c) ERRADA: Tal prazo Ž contado, como regra, da data em que a v’tima teve
conhecimento de que foi o autor do crime, nos termos do art. 38 do CPP.
d) CORRETA: Item correto, pois a representa•‹o n‹o possui forma
espec’fica, ou seja, Ž um ato de forma livre, podendo ser realizado de
qualquer forma, desde que fique demonstrada a inequ’voca vontade da
v’tima em ofertar a representa•‹o.
e) ERRADA: Em caso de morte do QUERELANTE Ž que o direito de
prosseguir na a•‹o passar‡ aos herdeiros. Em caso de morte do
QUERELADO (rŽu), haver‡ extin•‹o da punibilidade.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.

17.! (FCC Ð 2015 Ð DPE-RR Ð OFICIAL DE DILIGæNCIA)


Aten•‹o: Na quest‹o, assinale a afirmativa correta em rela•‹o ˆ
proposi•‹o apresentada.
Em rela•‹o ˆ a•‹o penal de iniciativa privada:
a) A renœncia ao exerc’cio do direito de queixa se estende a todos
os querelantes.
b) O perd‹o concedido a um dos querelados aproveitar‡ a todos,
sem que produza, todavia, efeito em rela•‹o ao que o recusar.
c) N‹o se admite renœncia t‡cita.
d) O MinistŽrio Pœblico n‹o pode intervir na a•‹o penal de iniciativa
privada.
e) Admite-se a ocorr•ncia de peremp•‹o na a•‹o penal de iniciativa
privada exclusiva ou subsidi‡ria da pœblica.

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COMENTçRIOS:
a) ERRADA: A renœncia oferecida por um dos ofendidos n‹o atrapalha o
direito dos demais QUERELANTES, que podem ajuizar a queixa.
b) CORRETA: Item correto, pois esta Ž a exata previs‹o do art. 51 do CPP.
c) ERRADA: Admite-se a renœncia t‡cita, nos termos do art. 57 do CPP.
d) ERRADA: Item errado, pois o MP atuar‡ na a•‹o penal privada como
custos legis (fiscal da lei), nos termos do art. 45 do CPP.
e) ERRADA: Item errado, pois a peremp•‹o n‹o Ž cab’vel na a•‹o penal
privada subsidi‡ria da pœblica.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.

18.! (FCC Ð 2015 Ð TCE-AM Ð AUDITOR)


Nos crimes de a•‹o pœblica, quando a lei o exigir, esta ser‡
promovida pelo MinistŽrio Pœblico, mas depender‡ de
a) instru•‹o preliminar.
b) representa•‹o do Ministro da Justi•a, do ofendido ou de quem
tiver qualidade para represent‡-lo.
c) autoriza•‹o do Poder Judici‡rio.
d) recebimento da denœncia pelo Juiz Criminal.
e) requisi•‹o do Ministro da Justi•a, ou de representa•‹o do
ofendido ou de quem tiver qualidade para represent‡-lo.
COMENTçRIOS: Nos crimes de a•‹o penal pœblica esta ser‡ promovida
pelo MP, mas depender‡ de, quando for o caso, de requisi•‹o do Ministro
da Justi•a, ou de representa•‹o do ofendido ou de quem tiver qualidade
para represent‡-lo, nos termos do art. 24 do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.

19.! (FCC Ð 2015 Ð DPE-MA Ð DEFENSOR PòBLICO)


Sobre a a•‹o penal, considerando-se a classifica•‹o legal e o
entendimento doutrin‡rio e jurisprudencial,
a) o direito de representa•‹o somente poder‡ ser exercido por
procurador, mediante declara•‹o, escrita ou oral, em casos de
impossibilidade de execu•‹o do ato pelo pr—prio ofendido.
b) se o —rg‹o do MinistŽrio Pœblico, ao invŽs de apresentar a
denœncia, requerer o arquivamento do inquŽrito policial ou de
quaisquer pe•as de informa•‹o, a v’tima poder‡, no prazo de seis
meses, oferecer a•‹o penal privada subsidi‡ria.
c) ap—s a Constitui•‹o Federal de 1988, a a•‹o penal privada
subsidi‡ria da pœblica n‹o respeitar‡ mais o prazo de seis meses

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previsto para as a•›es penais privadas, por se tratar de um direito


constitucional, conforme j‡ decidiu o STF.
d) sendo a a•‹o de natureza privada, no caso de morte do ofendido
ou quando declarado ausente por decis‹o judicial, o direito de
oferecer queixa ou prosseguir na a•‹o passar‡ ao c™njuge,
ascendente, descendente ou irm‹o, salvo nos casos de a•‹o penal
privada personal’ssima.
e) nos casos de a•‹o penal privada, ocorrendo a morte do ofendido,
se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, a
prefer•ncia ser‡ definida pela ordem de manifesta•‹o.
COMENTçRIOS:
a) ERRADA: Item errado, pois o direito de representa•‹o poder‡ ser
exercido pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, nos
termos do art. 38 do CPP.
b) ERRADA: Item errado, pois a a•‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica
s— pode ser ajuizada em caso de completa inŽrcia do MP, o que n‹o ocorre
no caso de requerimento de arquivamento do IP, nos termos do art. 29 do
CPP.
c) ERRADA: Item errado, pois tal espŽcie de a•‹o deve ser ajuizada dentro
do prazo de seis meses, contados da data em que termina o prazo para o
MP oferecer a denœncia.
d) CORRETA: Item correto, pois esta Ž a exata previs‹o do art. 31 do CPP.
No caso das a•›es penais privadas personal’ssimas n‹o h‡ sucess‹o do
direito de ajuizar a queixa, pois tal direito Ž privativo do ofendido. Com sua
morte, fica extinta a punibilidade do infrator.
e) ERRADA: Item errado, pois neste caso, dever‡ seguir-se a ordem de
prefer•ncia do art. 31 do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.

20.! (FCC Ð 2014 Ð TRF 3 Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð OFICIAL DE


JUSTI‚A)
AndrŽ, juiz da Justi•a do Trabalho, devidamente representado,
ajuizou a•‹o penal de iniciativa privada, mediante queixa-crime,
contra Bruno, seu vizinho de condom’nio, pela pr‡tica dos crimes
de injœria e difama•‹o de que teria sido v’tima durante assembleia
condominial ocorrida no edif’cio em que residem, no œltimo dia 02
de novembro. Em rela•‹o a este fato,
a) a compet•ncia para processar e julgar este fato Ž da Justi•a
Federal, porquanto a v’tima seja funcion‡rio pœblico federal.
b) a legitimidade para propositura da a•‹o Ž exclusiva do MinistŽrio
Pœblico, mediante representa•‹o da v’tima.

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c) a legitimidade para propositura da a•‹o penal Ž concorrente


entre MinistŽrio Pœblico, mediante representa•‹o, e v’tima.
d) trata-se de hip—tese de foro por prerrogativa de fun•‹o, em
raz‹o de a v’tima ser juiz da Justi•a do Trabalho.
e) o caso deve ser processado mediante propositura de queixa na
Justi•a estadual, perante juiz de primeiro grau.
COMENTçRIOS: Neste caso, o crime deve ser processado mediante
ajuizamento de queixa (a•‹o penal privada) na Justi•a estadual, perante
juiz de primeiro grau. Isto porque os crimes de injœria e difama•‹o, neste
caso, s‹o de a•‹o penal privada, nos termos do art. 145 do CP. AlŽm disso,
n‹o se trata de compet•ncia da Justi•a Federal, pois n‹o h‡ interesse da
Uni‹o na causa. O fato de o ofendido ser Juiz do Trabalho, neste caso, n‹o
tem relev‰ncia.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.

21.! (FCC Ð 2014 Ð TRF4 Ð OFICIAL DE JUSTI‚A)


Antonio, empres‡rio do ramo de constru•‹o civil, foi difamado e
injuriado por JosŽ, seu vizinho. Antonio faleceu quinze dias depois
do ocorrido. Para que JosŽ seja processado criminalmente pelas
ofensas,
(A) a esposa de Antonio, ou seu filho, poder‡ oferecer queixa contra
JosŽ.
(B) o MinistŽrio Pœblico dever‡ oferecer denœncia contra JosŽ.
(C) a esposa de Antonio dever‡ oferecer representa•‹o para que o
MinistŽrio Pœblico possa oferecer denœncia contra JosŽ.
(D) o filho de Antonio dever‡ oferecer representa•‹o para que o
MinistŽrio Pœblico possa oferecer denœncia contra JosŽ.
(E) extingue-se a punibilidade de JosŽ em raz‹o do falecimento de
Antonio.
COMENTçRIOS: Neste caso, temos dois crimes de a•‹o penal privada (art.
145 do CP). A legitimidade, neste caso, pertence a ofendido ou, em caso
de j‡ falecido, aos seus sucessores.
Neste caso, portanto, a esposa ou o filho poder‹o ajuizar a queixa-crime
em face do infrator.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.

22.! (FCC Ð 2014 Ð TRF4 Ð TƒCNICO JUDICIçRIO)


No tocante ˆ a•‹o penal, de acordo com o C—digo de Processo Penal,
(A) no caso de a•‹o penal de iniciativa pœblica dependente de
representa•‹o, esta ser‡ irretrat‡vel depois de oferecida a
denœncia.

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(B) apenas a v’tima poder‡ provocar a iniciativa do MinistŽrio


Pœblico nos casos em que caiba a•‹o penal pœblica incondicionada.
(C) se o —rg‹o do MinistŽrio Pœblico, ao invŽs de apresentar a
denœncia, requerer o arquivamento do inquŽrito policial ou de
quaisquer pe•as de informa•‹o, o ofendido poder‡ promover a•‹o
penal de iniciativa privada subsidi‡ria da pœblica.
(D) salvo disposi•‹o em contr‡rio, o ofendido, ou seu representante
legal, decair‡ do direito de queixa ou de representa•‹o, se n‹o o
exercer dentro do prazo de 30 dias, contado da data do crime.
(E) o direito de representa•‹o somente poder‡ ser exercido
pessoalmente, mediante declara•‹o escrita.
COMENTçRIOS:
A) CORRETA: Item correto, pois a representa•‹o somente pode ser
retratada antes do oferecimento da denœncia, nos termos do art. 25 do
CPP.
B) ERRADA: Qualquer pessoa poder‡ provocar o MP, nestes casos, nos
termos do art. 27 do CPP.
C) ERRADA: Item errado, pois neste caso n‹o houve inŽrcia do MP, de
forma que n‹o caber‡ a•‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica, nos termos
do art. 29 do CPP.
D) ERRADA: O prazo decadencial Ž de seis meses, e contados da data em
que a v’tima toma conhecimento de quem Ž o autor da infra•‹o penal, nos
termos do art. 38 do CPP.
E) ERRADA: Item errado, pois o direito de representa•‹o poder‡ ser
exercido por procurador com poderes especiais, bem como poder‡ ser feito
oralmente, nos termos do art. 39 do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.

23.! (FCC Ð 2014 Ð TJ-AP Ð JUIZ)


Em rela•‹o ˆ a•‹o penal, o C—digo de Processo Penal estabelece que
a) o MinistŽrio Pœblico n‹o pode retomar, como parte principal, a
a•‹o penal de iniciativa privada subsidi‡ria da pœblica em caso de
neglig•ncia do querelante
b) a representa•‹o ser‡ irretrat‡vel depois de oferecida a denœncia.
c) apenas a v’tima, nos crimes de a•‹o pœblica incondicionada,
poder‡ provocar a iniciativa do MinistŽrio Pœblico.
d) a a•‹o penal de iniciativa privada subsidi‡ria da pœblica n‹o se
submete a prazo decadencial.
e) o MinistŽrio Pœblico n‹o pode oferecer elementos de prova na
a•‹o penal de iniciativa privada subsidi‡ria da pœblica.
COMENTçRIOS:

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A) ERRADA: Item errado, nos termos do art. 29 do CPP (parte final).


B) CORRETA: Esta Ž a previs‹o contida no art. 25 do CPP:
Art. 25. A representa•‹o ser‡ irretrat‡vel, depois de oferecida a
denœncia.
C) ERRADA: Item errado, pois nestes crimes qualquer pessoa poder‡
provocar a iniciativa do MP, nos termos do art. 27 do CPP.
D) ERRADA: Item errado, pois o prazo decadencial para tal modalidade de
a•‹o Ž de seis meses, contados do dia em que se esgotar o prazo para o
oferecimento da denœncia pelo MP, nos termos do art. 38 do CPP.
E) ERRADA: Item errado, pois Ž facultado ao MP oferecer meios de prova
nesse tipo de a•‹o penal, conforme previsto expressamente no art. 29 do
CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.

24.! (FCC Ð 2014 Ð TRF3 Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð OFICIAL DE


JUSTI‚A)
Ante o pedido de arquivamento de inquŽrito policial formulado
tempestivamente pelo Procurador da Repœblica, Paulo, v’tima do
delito previsto no artigo 171, ¤ 3o, do C—digo Penal, ingressa com
queixa subsidi‡ria, a qual dever‡ ser
a) rejeitada.
b) processada, dando-se oportunidade de o MinistŽrio Pœblico
adit‡-la.
c) processada como a•‹o penal de iniciativa privada.
d) rejeitada e o magistrado deve aplicar a regra do artigo 28 do
C—digo de Processo Penal.
e) processada e o MinistŽrio Pœblico deve reassumi-la como a•‹o
penal de iniciativa pœblica.
COMENTçRIOS: A a•‹o penal (queixa subsidi‡ria, especificamente neste
caso) dever‡ ser rejeitada, eis que n‹o se configura hip—tese de cabimento
da queixa subsidi‡ria da a•‹o penal pœblica, pois n‹o houve inŽrcia do MP.
O requerimento de arquivamento, pelo MP, n‹o se confunde com INƒRCIA
(que significa Òn‹o fazer nadaÓ). Este, inclusive, Ž o entendimento
consolidado do STF e do STJ.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.

25.! (FCC Ð 2013 Ð TRT15 Ð TƒCNICO JUDICIçRIO)


A a•‹o penal pœblica incondicionada Ž a que pode ser proposta
a) pelo ofendido, ou por quem tiver qualidade para represent‡-lo,
quando houver inŽrcia do MinistŽrio Pœblico.

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b) por qualquer do povo, visando a condena•‹o do autor de uma


infra•‹o penal.
c) pelo MinistŽrio Pœblico de of’cio, sem representa•‹o ou
requisi•‹o de quem quer que seja.
d) somente pelo ofendido, em raz‹o da gravidade e especialidade
do bem jur’dico lesado.
e) pelo Ministro da Justi•a nos casos em que raz›es de ordem
pol’tica prevista em lei tornem obrigat—ria a sua iniciativa.
COMENTçRIOS: A a•‹o penal pœblica incondicionada Ž a que pode ser
ajuizada pelo MinistŽrio Pœblico de of’cio, sem representa•‹o ou requisi•‹o
de quem quer que seja.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

26.! (FCC Ð 2013 Ð TJ-PE Ð TITULAR NOTARIAL)


NÌO ocorre peremp•‹o da a•‹o penal de iniciativa privada
a) quando o querelado aceitar o perd‹o.
b) quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua
incapacidade, n‹o comparecer em ju’zo, para prosseguir no
processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das
pessoas a quem couber faz•-lo.
c) quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o
andamento do processo durante 30 (trinta) dias seguidos.
d) quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo
justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente.
e) quando, sendo o querelante pessoa jur’dica, esta se extinguir
sem deixar sucessor.
COMENTçRIOS: A peremp•‹o Ž um fen™meno que s— ocorre na a•‹o penal
exclusivamente privada, e constitui-se numa espŽcie de penalidade
aplicada ao querelante em raz‹o de sua neglig•ncia na condu•‹o da causa.
As hip—teses est‹o previstas no art. 60 do CPP:
Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-
se-‡ perempta a a•‹o penal:
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento
do processo durante 30 dias seguidos;
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade,
n‹o comparecer em ju’zo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de
60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber faz•-lo, ressalvado
o disposto no art. 36;
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado,
a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular
o pedido de condena•‹o nas alega•›es finais;
IV - quando, sendo o querelante pessoa jur’dica, esta se extinguir sem
deixar sucessor.

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Vemos, portanto, que a aceita•‹o do perd‹o pelo querelado n‹o importa


em peremp•‹o. Nesse caso, ocorrer‡ a extin•‹o do processo em raz‹o da
extin•‹o da punibilidade (pela aceita•‹o do perd‹o).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.

27.! (FCC Ð 2013 Ð TJ-PE Ð JUIZ)


Nos crimes de a•‹o penal de iniciativa privada,
a) o perd‹o do ofendido somente Ž cab’vel antes do exerc’cio do
direito de a•‹o.
b) o perd‹o concedido a um dos querelados aproveitar‡ a todos,
sem que produza, todavia, efeito em rela•‹o ao que o recusar.
c) a renœncia ao exerc’cio do direito de queixa se estender‡ a todos
os querelantes.
d) a renœncia Ž ato unilateral, volunt‡rio e necessariamente
expresso.
e) a peremp•‹o pode ocorrer no curso do inquŽrito policial.
COMENTçRIOS:
A) ERRADA: O perd‹o somente Ž admitido durante o processo, ou seja, n‹o
Ž cab’vel antes do exerc’cio do direito de a•‹o.
B) CORRETA: Esta Ž a previs‹o do art. 51 do CPP:
Art. 51. O perd‹o concedido a um dos querelados aproveitar‡ a todos,
sem que produza, todavia, efeito em rela•‹o ao que o recusar.
C) ERRADA: Item errado, pois a renœncia ao direito de queixa em rela•‹o
a um dos infratores se estender‡ a todos os demais autores do delito, e
n‹o a todos os querelantes (querelante Ž o ofendido, a v’tima). AlŽm disso,
tambŽm seria errado falar em todos os ÒquereladosÓ (infratores), pois ainda
n‹o h‡ processo (o termo ÒquereladoÓ s— se aplicada quando j‡ h‡ processo
em curso).
D) ERRADA: Item errado, pois a renœncia pode ser t‡cita, nos termos do
art. 57 do CPP.
E) ERRADA: Item errado, pois a peremp•‹o Ž um fen™meno exclusivamente
processual, e s— aplic‡vel ˆs a•›es penais exclusivamente privadas (n‹o se
aplica ˆs a•›es subsidi‡rias da pœblica, portanto).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.

28.! (FCC Ð 2015 Ð CNMP Ð ANALISTA: DIREITO)


Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do
patrim™nio ou interesse da Uni‹o, Estado e Munic’pio, a a•‹o penal
ser‡
a) pœblica condicionada ˆ requisi•‹o do Ministro da Justi•a.
b) privada subsidi‡ria da pœblica.

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c) pœblica condicionada ˆ representa•‹o da pessoa jur’dica de


direito pœblico.
d) privada.
e) pœblica.
COMENTçRIOS: Em se tratando de crime desta natureza, segundo prev•
o art. 24, ¤2¼ do CPP, a a•‹o penal ser‡ sempre pœblica:
Art. 24. (...)
¤ 2o Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrim™nio ou
interesse da Uni‹o, Estado e Munic’pio, a a•‹o penal ser‡ pœblica. (Inclu’do
pela Lei n¼ 8.699, de 27.8.1993)
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.

29.! (FCC Ð 2011 Ð TCE-SP Ð PROCURADOR)


O prazo para o MinistŽrio Pœblico aditar a queixa na a•‹o privada
subsidi‡ria ou exclusiva, contado da data do recebimento dos
autos, ser‡ de
A) 02 dias.
B) 03 dias.
C) 05 dias.
D) 08 dias.
E) 10 dias.
COMENTçRIOS: Nos termos do art. 46, ¤ 2¡ do CPP, o prazo para que o
MP adite a denœncia ou queixa Ž de 03 dias. O MP pode aditar a a•‹o penal
privada exclusiva, por exemplo, para velar por sua indivisibilidade, quando
o querelante oferece queixa apenas em face de um ou alguns dos autores
do fato. Na a•‹o penal privada subsidi‡ria o MP pode aditar a queixa para
velar pelo interesse pœblico, j‡ que, como vimos, a a•‹o originalmente Ž
pœblica.
A ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.

30.! (FCC Ð 2008 Ð TCE/AL Ð PROCURADOR)


Sobre a•‹o penal, Ž correto afirmar:
A) A renœncia da a•‹o penal privada ocorre ap—s o oferecimento da
queixa e o perd‹o antes.
B) No caso de morte do ofendido, o direito de oferecer queixa ou
prosseguir na a•‹o penal passar‡ ao c™njuge, ascendente,
descendente ou colateral atŽ terceiro grau.
C) Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, ser‡
privilegiada aquela que primeiro comparecer.
D) As funda•›es, associa•›es ou sociedades legalmente
constitu’das poder‹o exercer a a•‹o penal privada.

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E) No caso de a•‹o penal privada exclusiva, o MinistŽrio Pœblico


pode recorrer se o acusado for absolvido.
COMENTçRIOS:
A) ERRADA: A renœncia s— pode ocorrer antes de oferecida a queixa, e o
perd‹o ap—s o oferecimento da queixa, nos termos dos arts. 49 e 51 do
CPP:
B) ERRADA: O direito de oferecer a queixa se estende ao c™njuge, ao
ascendente, descendente ou irm‹o, e n‹o atŽ o colateral de terceiro grau,
nos termos do art. 24, ¤ 1¡ do CPP;
C) ERRADA: Ser‡ privilegiada aquela que figurar primeiro na ordem de
prefer•ncia estabelecida pelo art. 24, ¤ 1¡ do CPP;
D) CORRETA: Esta Ž a previs‹o contida no art. 37 do CPP: Art. 37. As
funda•›es, associa•›es ou sociedades legalmente constitu’das poder‹o
exercer a a•‹o penal, devendo ser representadas por quem os respectivos
contratos ou estatutos designarem ou, no sil•ncio destes, pelos seus
diretores ou s—cios-gerentes;
E) ERRADA: No caso de a•‹o penal privada exclusiva, dado o interesse
meramente privado, n‹o cabe ao MP recorrer se o acusado for absolvido,
pois essa fun•‹o Ž de atribui•‹o do querelante, que Ž o titular da a•‹o
penal.
A ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.

31.! (FCC Ð 2008 Ð TCE/AL Ð PROCURADOR)


Em rela•‹o ˆs a•›es penais pœblicas condicionadas, o C—digo de
Processo Penal prev• a possibilidade de retrata•‹o da
A) representa•‹o do ofendido atŽ o oferecimento da denœncia.
B) representa•‹o do ofendido atŽ o recebimento da denœncia.
C) requisi•‹o do Ministro da Justi•a atŽ o oferecimento da denœncia.
D) requisi•‹o do Ministro da Justi•a atŽ o recebimento da denœncia.
E) representa•‹o do ofendido e da requisi•‹o do Ministro da Justi•a
atŽ o recebimento da denœncia.
COMENTçRIOS: A retrata•‹o Ž o fen™meno pelo qual a parte ofendida se
arrepende da representa•‹o feita anteriormente, e manifesta seu desejo de
revog‡-la. A Doutrina s— a admite no caso de retrata•‹o da representa•‹o
do ofendido, e n‹o no caso de requisi•‹o do Ministro da Justi•a. Nos termos
do CPP (art. 25 do CPP), a retrata•‹o s— pode ocorrer atŽ o oferecimento
da denœncia.
ASSIM, A ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.

32.! (FCC Ð 2010 Ð MPE-SE Ð ANALISTA Ð DIREITO)

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Disp›e o C—digo de Processo Penal que ser‡ admitida a•‹o privada


nos crimes de a•‹o pœblica, se esta n‹o for intentada no prazo legal.
Essa regra constitui exce•‹o ao princ’pio da
A) indisponibilidade
B) legalidade
C) intranscend•ncia
D) obrigatoriedade
E) oficialidade
COMENTçRIOS: A a•‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica Ž modalidade
de a•‹o penal na qual, embora originariamente pœblica, submetida ao
oferecimento pelo —rg‹o oficial do Estado (MP), a a•‹o penal passa a poder
ser ajuizada pelo ofendido, em raz‹o da inŽrcia do —rg‹o oficial do Estado.
Desta forma, constitui-se em exce•‹o ao princ’pio da oficialidade.
ASSIM, A ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.

33.! (FCC Ð 2011 Ð TRT 1RG Ð TƒCNICO JUDICIçRIO Ð


SEGURAN‚A)
A a•‹o penal que s— pode ser proposta pelo ofendido, n‹o se
estendendo esse direito ao c™njuge ou aos sucessores em caso de
morte ou aus•ncia, denomina-se a•‹o penal
A) privada subsidi‡ria da a•‹o pœblica.
B) pœblica incondicionada.
C) privada exclusiva.
D) privada personal’ssima.
E) pœblica condicionada.
COMENTçRIOS: Esta Ž a defini•‹o de a•‹o penal personal’ssima. Trata-
se de modalidade de a•‹o penal privada exclusiva, cuja œnica diferen•a Ž
que, nesta hip—tese, somente o ofendido (mais ninguŽm, em hip—tese
nenhuma!) poder‡ ajuizar a•‹o. Assim, se o ofendido falecer, nada mais
haver‡ a ser feito, estando extinta a punibilidade, pois a legitimidade n‹o
se estende aos sucessores, como acontece nos demais crimes de a•‹o
privada.
ASSIM, A ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.

34.! (FCC Ð 2011 Ð TRF 1¡RG Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð EXECU‚ÌO


DE MANDADOS)
A a•‹o penal ajuizada pelo ofendido ou por quem tenha condi•›es
de represent‡-lo, nos crimes de a•‹o pœblica, quando n‹o for
intentada pelo MinistŽrio Pœblico no prazo legal, denomina-se a•‹o
penal
A) privada exclusiva.

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B) pœblica incondicionada.
C) privada subsidi‡ria da pœblica.
D) pœblica condicionada.
E) privada personal’ssima.
COMENTçRIOS: Conforme estudamos, a a•‹o penal privada promovida
pelo ofendido nos casos em que originariamente se trata de a•‹o penal
pœblica, Ž a a•‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica, que s— Ž admitida no
caso de inŽrcia do —rg‹o oficial do Estado (MP) em oferecer a denœncia,
quando este n‹o o faz no prazo legal. Est‡ prevista no art. 29 do CPP.
ASSIM, A ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

35.! (FCC Ð 2010 Ð TCE/AP Ð PROCURADOR)


No tocante ˆ a•‹o penal, Ž correto afirmar que
A) n‹o se admite renœncia t‡cita, no caso de a•‹o penal de iniciativa
privada.
B) considerar-se-‡ perempta a a•‹o penal quando, ap—s iniciada, o
MinistŽrio Pœblico deixar de promover o andamento do processo ou
dele desistir.
C) a representa•‹o ser‡ retrat‡vel, depois de recebida a denœncia.
D) o prazo para oferecimento da denœncia ser‡ de 8 (oito) dias,
estando o rŽu preso, e de 15 (quinze) dias, se o rŽu estiver solto ou
afian•ado.
E) as funda•›es, associa•›es ou sociedades legalmente
constitu’das poder‹o exercer a•‹o penal.
COMENTçRIOS:
A) ERRADA: ƒ plenamente admiss’vel a renœncia t‡cita, que ocorre quando
a v’tima, mesmo n‹o declarando expressamente que renuncia ao direito de
queixa, pratica ato incompat’vel com o exerc’cio do direito de queixa, como,
por exemplo, se casa com o infrator;
B) ERRADA: Em virtude do princ’pio da indisponibilidade da a•‹o penal
pœblica (cujo titular Ž o MP), n‹o ocorre peremp•‹o nos processos de a•‹o
penal pœblica, nos termos do art. 60 do CPP;
C) ERRADA: A representa•‹o s— Ž retrat‡vel atŽ o oferecimento da
denœncia, nos termos do art. 25 do CPP;
D) ERRADA: O prazo para oferecimento da denœncia Ž, em regra, de 05
dias para o caso de o indiciado estar preso e de 15 dias no caso de indiciado
solto, nos termos do art. 46 do CPP. Cuidado para n‹o confundirem com o
prazo do IP! O prazo para conclus‹o do IP Ž de 10 dias para o caso de rŽu
preso e de 30 dias para o caso de rŽu solto. ƒ s— lembrarem que os prazos
para oferecimento da denœncia pelo MP s‹o a metade dos prazos para
conclus‹o do IP;

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E) CORRETA: Esta Ž a previs‹o contida no art. 37 do CPP: Art. 37. As


funda•›es, associa•›es ou sociedades legalmente constitu’das poder‹o
exercer a a•‹o penal, devendo ser representadas por quem os respectivos
contratos ou estatutos designarem ou, no sil•ncio destes, pelos seus
diretores ou s—cios-gerentes.
ASSIM, A ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.

36.! (FCC Ð 2010 Ð TRE/RS Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð çREA


JUDICIçRIA)
A penalidade imposta ao querelante, ou aos seus sucessores, em
virtude do desinteresse em prosseguir na a•‹o penal privada,
denomina-se
A) decad•ncia.
B) prescri•‹o da pretens‹o punitiva.
C) prescri•‹o da pretens‹o execut—ria.
D) peremp•‹o.
E) preclus‹o.
COMENTçRIOS: Nos termos do art. 60 do CPP, quando, nos crimes em
que somente se procede mediante queixa (exclui a a•‹o penal privada
subsidi‡ria da pœblica), o querelante deixar de praticar certos atos ou
promover a regulariza•‹o processual em determinados prazos,
demonstrando desinteresse no processo, ocorre a peremp•‹o.
ASSIM, A ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.

37.! (FCC Ð 2005 Ð PGE/SE Ð PROCURADOR DE ESTADO)


A perda do direito de representar ou de oferecer queixa, em raz‹o
do decurso do prazo fixado para o seu exerc’cio, e o de continuar a
movimentar a a•‹o penal privada, causada pela inŽrcia processual
do querelante, configuram, respectivamente,
A) prescri•‹o e peremp•‹o.
B) peremp•‹o e decad•ncia.
C) prescri•‹o e decad•ncia.
D) decad•ncia e peremp•‹o.
E) decad•ncia e prescri•‹o.
COMENTçRIOS: A perda do direito de representar ou oferecer a queixa
ocorre pelo fen™meno da decad•ncia, que ocorre quando o ofendido n‹o
pratica o ato no prazo de seis meses a contar do dia em que teve ci•ncia
da autoria do delito, nos termos do art. 38 do CPP. Por sua vez, a perda do
direito de prosseguir na a•‹o penal em raz‹o da inŽrcia do querelante
traduz o fen™meno da peremp•‹o, nos termos do art. 60 do CPP.
ASSIM, A ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.

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38.! (FCC Ð 2006 Ð TRF 1¡ RG Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð çREA


JUDICIçRIA)
A a•‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica pode ser ajuizada pelo
ofendido ou por quem tenha qualidade para represent‡-lo se
A) n‹o concordar com os termos da denœncia apresentada pelo
MinistŽrio Pœblico.
B) o MinistŽrio Pœblico tiver requerido o arquivamento do inquŽrito
policial.
C) a denœncia apresentada pelo MinistŽrio Pœblico for rejeitada pelo
Juiz.
D) o MinistŽrio Pœblico tiver devolvido o inquŽrito ˆ pol’cia para
novas dilig•ncias.
E) a a•‹o penal pœblica n‹o for intentada no prazo legal.
COMENTçRIOS: A a•‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica Ž hip—tese
excepcional em nosso sistema jur’dico, eis que, em regra, somente o MP
pode ajuizar a a•‹o penal nos crimes de a•‹o penal pœblica. No entanto, a
a•‹o penal privada subsidi‡ria Ž admitida na hip—tese de inŽrcia do MP em
oferecer a denœncia, que se caracteriza quando esta n‹o Ž intentada no
prazo legal previsto no art. 46 do CPP, conforme previs‹o do art. 29 do
CPP.
ASSIM, A ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.

39.! (FCC Ð 2006 Ð BCB Ð ANALISTA)


Nos crimes de a•‹o penal pœblica condicionada, a representa•‹o do
ofendido Ž
a) retrat‡vel atŽ o tr‰nsito em julgado da senten•a condenat—ria.
b) irretrat‡vel.
c) irretrat‡vel ap—s o oferecimento da denœncia.
d) retrat‡vel desde que haja concord‰ncia do rŽu.
e) irretrat‡vel ap—s o recebimento da denœncia.
COMENTçRIOS: A representa•‹o do ofendido Ž a manifesta•‹o da v’tima
no sentido de que deseja ver o infrator ser processado e punido. ƒ
indispens‡vel nos crimes de a•‹o penal pœblica condicionada, sendo
considerada CONDI‚ÌO DE PROCEDIBILIDADE DA A‚ÌO PENAL. ƒ
retrat‡vel atŽ o oferecimento da denœncia, ou seja, ap—s esse momento,
imposs’vel ser‡ a retrata•‹o. Vejamos o art. 25 do CPP:
Art. 25. A representa•‹o ser‡ irretrat‡vel, depois de oferecida a denœncia.
Assim, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

40.! (FCC Ð 2012 Ð TJ-GO Ð JUIZ)

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No tocante ˆ a•‹o penal,


a) a representa•‹o Ž retrat‡vel atŽ o recebimento da denœncia.
b) o acusador n‹o poder‡ desistir da a•‹o penal.
c) em regra, o ofendido ou seu representante tem prazo de 30
(trinta) dias para oferecimento de queixa.
d) no caso de morte do ofendido, extingue-se imediatamente a
punibilidade do autor do fato.
e) as funda•›es, associa•›es e sociedades legalmente constitu’das
poder‹o exercer a•‹o penal.
COMENTçRIOS:
A) ERRADA: A representa•‹o s— Ž retrat‡vel atŽ o oferecimento da
denœncia, nos termos do art. 25 do CPP.
B) ERRADA: O acusador Ž um termo que engloba o MP, acusador nas a•›es
penais, e o querelante, acusador nas a•›es privadas. Somente o MP n‹o
poder‡ desistir da a•‹o penal, conforme art. 42 do CPP. O querelante pode
desistir da a•‹o penal.
C) ERRADA: O prazo Ž de atŽ seis meses, contados da data em que se toma
conhecimento da autoria do delito ou, no caso da a•‹o privada subsidi‡ria
da pœblica, do dia em que se esgota o prazo para o MP ajuizar a a•‹o penal,
conforme art. 38 do CPP.
D) ERRADA: No caso de morte, se a•‹o privada, o direito de queixa
transmite-se ˆs pessoas elencadas no art. 31 do CPP. No caso de a•‹o
penal pœblica condicionada, o direito de representa•‹o se transmite ˆs
mesmas pessoas. No caso de a•‹o pœblica incondicionada, a morte do
ofendido Ž irrelevante para fins de extin•‹o da punibilidade.
E) CORRETA: Esta Ž a exata previs‹o contida no art. 37 do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.

41.! (FCC Ð 2012 Ð TRF 2 Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


A respeito da denœncia e da queixa, Ž correto afirmar:
a) A renœncia ao exerc’cio do direito de queixa a um dos autores do
crime n‹o impedir‡ a propositura da a•‹o penal privada contra os
demais.
b) Na a•‹o penal privada, oferecida a queixa, o querelado pode
apresentar reconven•‹o.
c) A queixa em a•‹o penal privativa do ofendido n‹o poder‡ ser
aditada pelo MinistŽrio Pœblico.
d) A exposi•‹o do fato criminoso com todas as suas circunst‰ncias
Ž um dos elementos tanto da denœncia, como da queixa.
e) A queixa Ž ato personal’ssimo do ofendido, n‹o podendo ser dada
por procurador com poderes gerais, nem especiais.

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COMENTçRIOS:
A) ERRADA: O item est‡ errado, pois a renœncia em rela•‹o a um dos
autores a todos se estender‡, nos termos do art. 49 do CPP:
Art. 49. A renœncia ao exerc’cio do direito de queixa, em rela•‹o a um dos
autores do crime, a todos se estender‡.
B) ERRADA: O item est‡ errado. N‹o h‡ que se falar em reconven•‹o em
a•‹o penal.
C) ERRADA: O item est‡ errado. Mesmo nas a•›es penais privadas
exclusivas, ou seja, aquelas que somente podem ser ajuizadas pelo
ofendido (n‹o se incluindo a a•‹o penal privada subsidi‡ria), o MP pode
aditar a denœncia, notadamente para fazer valer sua indivisibilidade.
Vejamos:
Art. 45. A queixa, ainda quando a a•‹o penal for privativa do ofendido, poder‡
ser aditada pelo MinistŽrio Pœblico, a quem caber‡ intervir em todos os termos
subseqŸentes do processo.
D) CORRETA: O item est‡ correto, pois esta Ž a previs‹o do art. 41 do CPP:
Art. 41. A denœncia ou queixa conter‡ a exposi•‹o do fato criminoso, com
todas as suas circunst‰ncias, a qualifica•‹o do acusado ou esclarecimentos
pelos quais se possa identific‡-lo, a classifica•‹o do crime e, quando
necess‡rio, o rol das testemunhas.
E) ERRADA: O item est‡ errado, pois alŽm de poder ser ajuizada por
procurador com poderes especiais, pode ser ajuizada pelos sucessores do
ofendido. Vejamos:
Art. 44. A queixa poder‡ ser dada por procurador com poderes especiais,
devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a men•‹o
do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de
dilig•ncias que devem ser previamente requeridas no ju’zo criminal.
(...)
Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por
decis‹o judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na a•‹o passar‡ ao
c™njuge, ascendente, descendente ou irm‹o.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.

42.! (FCC Ð 2012 Ð TRF 2 Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


A representa•‹o
a) deve ser oferecida no prazo m‡ximo de tr•s meses contados da
data em que o ofendido vier a saber quem Ž o autor do crime, sob
pena de decad•ncia.
b) Ž formalmente rigorosa, exigindo termo espec’fico em que a
v’tima declare expressamente que deseja representar contra o
autor da infra•‹o.
c) admite retrata•‹o em qualquer fase do processo, inclusive na
execu•‹o de senten•a.

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d) n‹o pode, em caso de morte do ofendido, ser oferecida por


nenhum dos seus sucessores.
e) n‹o pode ser ampliada pelo MinistŽrio Pœblico para alcan•ar
fatos novos nela n‹o mencionados.
COMENTçRIOS:
A) ERRADA: O prazo para o oferecimento da representa•‹o de Ž de 06
meses, contados da data em que o ofendido vier a saber quem Ž o autor
do crime, sob pena de decad•ncia, nos termos do art. 38 do CPP:
Art. 38. Salvo disposi•‹o em contr‡rio, o ofendido, ou seu representante legal,
decair‡ no direito de queixa ou de representa•‹o, se n‹o o exercer dentro do
prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem Ž o autor do
crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o
oferecimento da denœncia.
B) ERRADA: Doutrinariamente se entende que a representa•‹o n‹o exige
qualquer rigor formal, bastando que expressa o leg’timo desejo da v’tima
em ver o infrator ser processado.
C) ERRADA: S— se admite a retrata•‹o da representa•‹o atŽ o oferecimento
da denœncia, nos termos do art. 25 do CPP:
Art. 25. A representa•‹o ser‡ irretrat‡vel, depois de oferecida a denœncia.

D) ERRADA: O direito de representa•‹o se transmite aos sucessores do


ofendido (somente aqueles previstos no CPP). Vejamos:
Art. 24 (...)
¤ 1o No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decis‹o
judicial, o direito de representa•‹o passar‡ ao c™njuge, ascendente,
descendente ou irm‹o. (Par‡grafo œnico renumerado pela Lei n¼ 8.699, de
27.8.1993)
E) CORRETA: O item est‡ correto, pois n‹o se admite o aditamento objetivo
da representa•‹o pelo MP, de forma a abranger fatos n‹o previstos na
representa•‹o do ofendido e que, portanto, n‹o representam sua vontade.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.

43.! (FCC Ð 2013 Ð MPE-SE Ð ANALISTA)


Nos casos de crimes processados mediante a•‹o penal de iniciativa
exclusivamente privada, o prazo m‡ximo, em regra, para o
oferecimento da queixa-crime Ž de
a) um m•s, contado da data do fato.
b) um m•s, contado do dia em que o ofendido ou seu representante
legal vier a saber quem Ž o autor do crime.
c) seis meses, contados do dia em que o ofendido ou seu
representante legal vier a saber quem Ž o autor do crime.
d) tr•s meses, contados do dia em que o ofendido ou seu
representante legal vier a saber quem Ž o autor do crime.

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e) seis meses, contados da data do fato.


COMENTçRIOS: O prazo para o oferecimento da queixa-crime Ž de seis
meses, contados da data em que a v’tima tomou conhecimento da autoria
do fato, nos termos do art. 38 do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

44.! (FCC Ð 2012 Ð TRF5 Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


Caber‡ a•‹o penal privada subsidi‡ria nos crimes de a•‹o penal
pœblica quando
a) o MinistŽrio Pœblico requerer o arquivamento do inquŽrito
policial e o juiz o denegar.
b) o Procurador-Geral insistir no pedido de arquivamento de
inquŽrito policial.
c) houver legitimidade ativa concorrente entre o MinistŽrio Pœblico
e o ofendido em crime de a•‹o penal pœblica condicionada ˆ
representa•‹o.
d) o ofendido for pessoa jur’dica de direito privado.
e) a a•‹o penal n‹o for intentada no prazo legal.
COMENTçRIOS: A a•‹o penal privada subsidi‡ria Ž cab’vel quando, nos
crimes de a•‹o penal pœblica, o MP quedar-se inerte, ou seja, n‹o oferecer
a denœncia nem requerer o arquivamento, no prazo legal. Vejamos:
Art. 29. Ser‡ admitida a•‹o privada nos crimes de a•‹o pœblica, se esta
n‹o for intentada no prazo legal, cabendo ao MinistŽrio Pœblico aditar a queixa,
repudi‡-la e oferecer denœncia substitutiva, intervir em todos os termos do
processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no
caso de neglig•ncia do querelante, retomar a a•‹o como parte principal.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.

45.! (FCC Ð 2012 Ð TRF5 Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


Da aplica•‹o do princ’pio da indisponibilidade da a•‹o penal
decorre que
a) o MinistŽrio Pœblico n‹o pode pedir absolvi•‹o em alega•›es
finais ou debates em audi•ncia.
b) o pedido de arquivamento de inquŽrito policial pelo MinistŽrio
Pœblico estar‡ limitado ˆs hip—teses em que se verifique causa de
exclus‹o da ilicitude.
c) o MinistŽrio Pœblico n‹o poder‡ desistir de recurso que haja
interposto.
d) o MinistŽrio Pœblico de segundo grau vincula seu parecer ˆs
raz›es de recurso apresentadas pelo MinistŽrio Pœblico de primeiro
grau.

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e) haver‡ sempre o dever legal de recorrer pelo MinistŽrio Pœblico


de decis‹o absolut—ria.
COMENTçRIOS: O princ’pio da indisponibilidade de a•‹o penal pœblica
prega que o MP n‹o pode dispor da a•‹o penal, ou seja, deixar de ajuiz‡-
la (quando presentes os elementos necess‡rios), em raz‹o do fato de que
est‡ a tutelar direito alheio (de toda a sociedade).
Dele decorre a regra segundo a qual o MP tambŽm n‹o pode desistir dos
recursos que tenha interposto, conforme art. 576 do CPP:
Art. 576. O MinistŽrio Pœblico n‹o poder‡ desistir de recurso que haja
interposto.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

46.! (FCC Ð 2012 Ð MPE-AP Ð ANALISTA)


Renato ajuizou a•‹o penal privada contra Ren•, imputando-lhe
crimes de difama•‹o e injœria. Recebida a queixa e designada
audi•ncia de instru•‹o, Renato vem a —bito ap—s um acidente de
tr‰nsito fatal em rodovia.
Com o —bito do querelante,
a) caber‡ ao MinistŽrio Pœblico prosseguir na a•‹o penal,
assumindo a posi•‹o do querelante.
b) o direito de prosseguir na a•‹o penal passar‡ ao descendente,
c™njuge, ascendente, irm‹o, nessa ordem.
c) o direito de prosseguir na a•‹o penal passar‡ ao c™njuge,
ascendente, descendente ou irm‹o, nesta ordem.
d) a a•‹o penal privada ser‡ arquivada diante do car‡ter
personal’ssimo desta, com a extin•‹o da punibilidade do agente.
e) o direito de prosseguir na a•‹o penal passar‡, exclusivamente,
aos descendentes ou ascendentes do ofendido.
COMENTçRIOS: Neste caso, o direito de prosseguir na a•‹o penal passar‡
ao c™njuge, ascendente, descendente ou irm‹o, nesta ordem, conforme
art. 31 e art. 36 do CPP:
! ! Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por
decis‹o judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na a•‹o passar‡ ao
c™njuge, ascendente, descendente ou irm‹o.
(...)
Art. 36. Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, ter‡
prefer•ncia o c™njuge, e, em seguida, o parente mais pr—ximo na ordem de
enumera•‹o constante do art. 31, podendo, entretanto, qualquer delas
prosseguir na a•‹o, caso o querelante desista da inst‰ncia ou a abandone.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

47.! (FCC Ð 2012 Ð MPE-SE Ð TƒCNICO MINISTERIAL)

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Considera-se, dentre outras, condi•‹o de procedibilidade da a•‹o


penal pœblica:
a) o interrogat—rio e as informa•›es sobre a vida pregressa do autor
do fato delituoso.
b) a exist•ncia de inquŽrito policial conclu’do e relatado.
c) o prŽvio indiciamento do autor do fato delituoso.
d) a exist•ncia de pelo menos duas testemunhas presenciais.
e) a representa•‹o do ofendido, quando necess‡ria.
COMENTçRIOS: A a•‹o penal pœblica poder‡ ter, como condi•‹o de
procedibilidade, a representa•‹o do ofendido. Diz-se que Òpoder‡Ó porque
a representa•‹o somente Ž exigida na a•‹o penal pœblica condicionada ˆ
representa•‹o, nos termos do art. 24 do CPP:
Art. 24. Nos crimes de a•‹o pœblica, esta ser‡ promovida por denœncia
do MinistŽrio Pœblico, mas depender‡, quando a lei o exigir, de requisi•‹o do
Ministro da Justi•a, ou de representa•‹o do ofendido ou de quem tiver
qualidade para represent‡-lo.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.

48.! (FCC Ð 2012 Ð TRF2 Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


Quando a lei penal incriminadora silencia a respeito da a•‹o penal
cab’vel para determinada infra•‹o penal, entende-se que a a•‹o
penal Ž
a) pœblica condicionada ˆ representa•‹o do ofendido.
b) privada exclusiva.
c) pœblica incondicionada.
d) privada personal’ssima.
e) pœblica condicionada ˆ requisi•‹o do Ministro da Justi•a.
COMENTçRIOS: Quando a Lei nada diz a respeito da a•‹o penal cab’vel
para determinado delito, aplica-se a regra geral, ou seja, ser‡ cab’vel a
a•‹o penal pœblica incondicionada.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

49.! (FCC Ð 2012 Ð TRF 2 Ð TƒCNICO JUDICIçRIO)


Nos crimes de a•‹o pœblica, a a•‹o penal ser‡ promovida atravŽs
de
a) denœncia do MinistŽrio Pœblico.
b) queixa-crime formulada pelo ofendido ou por quem tenha
qualidade para represent‡-lo.
c) portaria da autoridade policial.
d) requisi•‹o do Ministro da Justi•a.

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e) requerimento de qualquer pessoa maior e capaz.


COMENTçRIOS: Nos crimes de a•‹o penal pœblica esta ser‡ promovida
pelo MP, mediante denœncia. Vejamos:
Art. 24. Nos crimes de a•‹o pœblica, esta ser‡ promovida por denœncia do
MinistŽrio Pœblico, mas depender‡, quando a lei o exigir, de requisi•‹o do
Ministro da Justi•a, ou de representa•‹o do ofendido ou de quem tiver
qualidade para represent‡-lo.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.

50.! (FCC Ð 2012 Ð TRF 2 Ð TƒCNICO JUDICIçRIO)


Na a•‹o penal privada exclusiva, o perd‹o do ofendido
a) depende da aceita•‹o do MinistŽrio Pœblico.
b) s— pode ocorrer ap—s o recebimento da queixa.
c) n‹o pode ser t‡cito, exigindo-se que seja sempre formulado de
forma expressa.
d) implica redu•‹o da pena, mas n‹o acarreta a extin•‹o da
punibilidade.
e) concedido a um dos querelados aproveitar‡ a todos, mesmo em
rela•‹o aquele que o recusar.
COMENTçRIOS: O perd‹o Ž causa de extin•‹o da punibilidade, admitido
apenas nos crimes de a•‹o penal privada, e pode ser t‡cito ou expresso.
Depende da aceita•‹o do querelado (infrator) e se for mais de um
querelado, uma vez oferecido a um deles, se estende a todos, mas n‹o
produz efeitos em face daquele que o recusar.
Como a lei fala em ÒquereladoÓ, somente se pode falar em perd‹o quando
j‡ ajuizada a queixa. Vejamos:
Art. 51. O perd‹o concedido a um dos querelados aproveitar‡ a todos, sem
que produza, todavia, efeito em rela•‹o ao que o recusar.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.

51.! (FCC Ð 2012 Ð TJ-PE Ð OFICIAL DE JUSTI‚A)


Se a a•‹o penal pœblica n‹o tiver sido proposta pelo MinistŽrio
Pœblico no prazo legal, poder‡, subsidiariamente, ajuiz‡-la
a) qualquer do povo, interessado ou n‹o na puni•‹o do acusado.
b) o juiz, de of’cio.
c) o ofendido ou quem tenha qualidade para represent‡-lo.
d) o juiz, mediante representa•‹o do ofendido.
e) qualquer do povo, desde que tenha interesse na puni•‹o do
acusado.

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COMENTçRIOS: Neste caso, poder‡ ajuizar a a•‹o penal privada


subsidi‡ria da pœblica o ofendido ou quem tenha qualidade para represent‡-
lo, nos termos do art. 29 do CPP:
!! Art. 29. Ser‡ admitida a•‹o privada nos crimes de a•‹o pœblica, se esta n‹o
for intentada no prazo legal, cabendo ao MinistŽrio Pœblico aditar a queixa,
repudi‡-la e oferecer denœncia substitutiva, intervir em todos os termos do
processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no
caso de neglig•ncia do querelante, retomar a a•‹o como parte principal.
Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para represent‡-lo
caber‡ intentar a a•‹o privada.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

52.! (FCC Ð 2012 Ð TJ-PE Ð TƒCNICO JUDICIçRIO)


A a•‹o penal proposta pelo ofendido nos crimes de a•‹o pœblica
quando o MinistŽrio Pœblico deixar de oferecer denœncia no prazo
legal denomina-se a•‹o penal
a) popular.
b) pœblica condicionada.
c) privada.
d) privada subsidi‡ria da pœblica.
e) pœblica incondicionada.
COMENTçRIOS: Neste caso temos a chamada a•‹o penal privada
subsidi‡ria da pœblica, que pode ser oferecida pelo ofendido ou seu
representante. Vejamos:
!! Art. 29. Ser‡ admitida a•‹o privada nos crimes de a•‹o pœblica, se esta n‹o
for intentada no prazo legal, cabendo ao MinistŽrio Pœblico aditar a queixa,
repudi‡-la e oferecer denœncia substitutiva, intervir em todos os termos do
processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no
caso de neglig•ncia do querelante, retomar a a•‹o como parte principal.
Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para represent‡-lo
caber‡ intentar a a•‹o privada.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.

53.! (FCC Ð 2012 Ð TJ-PE Ð TƒCNICO JUDICIçRIO)


A representa•‹o do ofendido ou de quem tenha qualidade para
represent‡-lo, nos casos previstos em lei, Ž
a) causa de extin•‹o da punibilidade.
b) pressuposto processual de toda a•‹o penal.
c) condi•‹o de procedibilidade da a•‹o penal privada.
d) pressuposto processual da a•‹o penal privada.
e) condi•‹o de procedibilidade da a•‹o penal pœblica.

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COMENTçRIOS: A representa•‹o do ofendido, ou de seu representante, Ž


condi•‹o de procedibilidade da a•‹o penal pœblica, nos casos previstos em
lei, por for•a do art. 24 do CPP:
Art. 24. Nos crimes de a•‹o pœblica, esta ser‡ promovida por denœncia do
MinistŽrio Pœblico, mas depender‡, quando a lei o exigir, de requisi•‹o do
Ministro da Justi•a, ou de representa•‹o do ofendido ou de quem tiver
qualidade para represent‡-lo.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.

54.! (FGV - 2015 - TJ-BA - TƒCNICO JUDICIçRIO: ESCREVENTE)


Caso o querelante proponha, na pr—pria queixa-crime, composi•‹o
civil dos danos para parte dos querelados, a pe•a acusat—ria dever‡
ser:
(A) recebida na sua integralidade, por for•a do princ’pio da
obrigatoriedade;
(B) recebida na sua integralidade, por for•a do princ’pio da
indivisibilidade;
(C) rejeitada na sua integralidade, por for•a do princ’pio da
obrigatoriedade;
(D) rejeitada na sua integralidade, por for•a do princ’pio da
indivisibilidade;
(E) suspensa a admissiblidade, aguardando a aceita•‹o da
composi•‹o.
COMENTçRIOS: Pelo princ’pio da indivisibilidade o querelante n‹o pode
ajuizar a queixa-crime apenas em face de um ou alguns dos infratores. Isso
se aplica, tambŽm, aos institutos da transa•‹o penal e da composi•‹o civil
dos danos, que se aceitos ir‹o gerar a extin•‹o da punibilidade. Vejamos:
Art. 74. A composi•‹o dos danos civis ser‡ reduzida a escrito e, homologada
pelo Juiz mediante senten•a irrecorr’vel, ter‡ efic‡cia de t’tulo a ser executado
no ju’zo civil competente.
Par‡grafo œnico. Tratando-se de a•‹o penal de iniciativa privada ou de a•‹o
penal pœblica condicionada ˆ representa•‹o, o acordo homologado acarreta a
renœncia ao direito de queixa ou representa•‹o.
Vejam que como o acordo homologado de composi•‹o civil dos danos gera
a renœncia ao direito de queixa. Como a renœncia ao direito de queixa
apenas em favor de parte dos infratores se estende aos demais, a a•‹o
penal (queixa) dever‡ ser rejeitada. Vejamos:
Art. 49. A renœncia ao exerc’cio do direito de queixa, em rela•‹o a um dos
autores do crime, a todos se estender‡.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.

55.! (FGV - 2015 - TJ-BA - TƒCNICO JUDICIçRIO: ESCREVENTE)


Na a•‹o penal pœblica, o MinistŽrio Pœblico:

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(A) n‹o est‡ obrigado a denunciar todos os envolvidos no fato tido


por delituoso, diante da incid•ncia do princ’pio da autonomia;
(B) est‡ obrigado a denunciar todos os envolvidos no fato tido por
delituoso, diante da incid•ncia da uni‹o;
(C) n‹o est‡ obrigado a denunciar todos os envolvidos no fato tido
por delituoso, diante da incid•ncia do princ’pio da indivisibilidade;
(D) est‡ obrigado a denunciar todos os envolvidos no fato tido por
delituoso, diante da n‹o incid•ncia do princ’pio da autonomia;
(E) n‹o est‡ obrigado a denunciar todos os envolvidos no fato tido
por delituoso, diante da n‹o incid•ncia do princ’pio da
indivisibilidade.
COMENTçRIOS: O princ’pio que autoriza o MP a n‹o denunciar todos os
envolvidos Ž o princ’pio da DIVISIBILIDADE. O MP pode escolher denunciar
apenas parte dos infratores, se entender que n‹o existem elementos
suficientes para o ajuizamento da a•‹o penal em face dos demais.
N‹o vigora, aqui, a princ’pio da indivisibilidade, que s— tem cabimento nas
a•›es penais exclusivamente privadas.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.

56.! (FGV - 2015 - TJ-BA - TƒCNICO JUDICIçRIO: ESCREVENTE)


A queixa-crime pode ser recebida quando for ofertada:
(A) por advogado substabelecido com reserva de direitos, por
procurador que recebera do querelante os poderes para o foro em
geral;
(B) por advogado substabelecido sem reserva de direitos, por
procurador que recebera do querelante os poderes para o foro em
geral;
(C) por advogado substabelecido com reserva de direitos, por
procurador que recebera do querelante os poderes especiais;
(D) nos casos de procura•‹o que outorga poderes especiais, vedado
o substabelecimento com ou sem reserva de poderes;
(E) nos casos de procura•‹o que outorga poderes para o foro em
geral, vedado o substabelecimento com ou sem reserva de poderes.
COMENTçRIOS: A queixa poder‡ ser recebida quando for oferecida por
procurador com poderes especiais, na forma do art. 44 do CPP:
Art. 44. A queixa poder‡ ser dada por procurador com poderes especiais,
devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a men•‹o
do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de
dilig•ncias que devem ser previamente requeridas no ju’zo criminal.
O CPP n‹o veda o oferecimento da queixa pelo procurador que recebera de
outro procurador substabelecimento, desde que a procura•‹o original,
conferida pelo titular da a•‹o penal, contenha poderes especiais, na forma
do art. 44 do CPP.

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Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

57.! (FGV - 2015 - TJ-BA - TƒCNICO JUDICIçRIO: ESCREVENTE)


Constituem elementos autenticativos da denœncia:
(A) qualifica•‹o do acusado;
(B) data e assinatura do Promotor de Justi•a;
(C) qualifica•‹o das partes;
(D) exposi•‹o do fato com todas as circunst‰ncias;
(E) classifica•‹o do crime.
COMENTçRIOS: Nos termos do art. 41 do CPP a denœncia ou queixa
dever‡ conter a exposi•‹o do fato criminoso, com todas as suas
circunst‰ncias, a qualifica•‹o do acusado ou esclarecimentos pelos quais
seja poss’vel sua identifica•‹o (marcas no corpo, etc.), a classifica•‹o do
delito e, quando necess‡rio, o rol de testemunhas.
Contudo, a Doutrina aponta, ainda, elementos considerados autenticativos,
que s‹o aqueles destinados a conferir autenticidade, veracidade ˆ a•‹o
penal. Dentre os citados pela quest‹o, podem ser considerados elementos
autenticativos da a•‹o penal, s‹o a data e a assinatura do membro do MP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.

58.! (FGV Ð 2015 Ð DPE-RO Ð TƒCNICO ADMINISTRATIVO)


Carla alega ser v’tima de um crime de extors‹o mediante sequestro
por parte de seu ex-namorado, de modo que comparece ˆ Delegacia
e narra tal fato. O promotor de justi•a com atribui•‹o, ap—s analisar
as investiga•›es realizadas, conclui que n‹o existem ind’cios
m’nimos de autoria e prova da materialidade, manifestando-se pelo
arquivamento do inquŽrito porque mais parece uma vingan•a de
Carla pelo fim do relacionamento. Considerando a situa•‹o narrada,
Ž correto afirmar que:
(A) n‹o cabe a•‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica, pois esse
instituto n‹o Ž previsto no C—digo de Processo Penal;
(B) cabe a•‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica, mas o
MinistŽrio Pœblico n‹o pode aditar a queixa formulada;
(C) n‹o cabe a•‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica, pois n‹o
houve omiss‹o do MinistŽrio Pœblico;
(D) cabe a•‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica, e deve o
MinistŽrio Pœblico intervir em todos os termos do processo;
(E) diante da manifesta•‹o do MinistŽrio Pœblico, cabe a•‹o
privada subsidi‡ria e a posterior omiss‹o do querelante n‹o
permite que aquele retome a a•‹o como parte principal.
COMENTçRIOS: Neste caso n‹o cabe a•‹o penal privada subsidi‡ria da
pœblica porque o MP n‹o ficou inerte, ou seja, o MP atuou, manifestando-

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se pelo ARQUIVAMENTO do IP. A a•‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica


s— tem cabimento quando o MP fica inerte, ou seja, deixa transcorrer o
prazo para oferecimento da denœncia sem fazer nada, nem mesmo requerer
o arquivamento do IP ou devolver os autos do IP para novas dilig•ncias.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

59.! (FGV Ð 2015 Ð DPE-RO Ð TƒCNICO ADMINISTRATIVO)


Il’dio e Ortega ofenderam a honra de Luana, praticando um crime
œnico, em concurso de agentes, de injœria. Luana procura um
advogado na inten•‹o de propor queixa-crime contra Il’dio,
explicando que, por ter sentimentos por Ortega, n‹o deseja contra
ele iniciar uma a•‹o. Diante disso, vai ˆ Delegacia, antes de adotar
qualquer medida judicial, e expressamente renuncia ao direito de
propor queixa contra Ortega por esses fatos. Nesse caso, Ž correto
afirmar que a queixa-crime posteriormente proposta em face de
Il’dio:
(A) dever‡ ser recebida pelo magistrado, desde que o advogado
apresente procura•‹o com poderes especiais;
(B) n‹o poder‡ ser recebida pelo magistrado, pois o perd‹o do
ofendido a um dos autores do crime aos demais se estende;
(C) dever‡ ser recebida pelo magistrado, pois a renœncia do
ofendido Ž ato individual, n‹o se estendendo aos demais agentes;
(D) n‹o poder‡ ser recebida pelo magistrado, pois a renœncia do
ofendido a um dos autores do crime aos demais se estende;
(E) dever‡ ser recebida pelo magistrado, bastando que seja
conferida ao advogado procura•‹o com poderes gerais.
COMENTçRIOS: Por se tratar de crime de a•‹o penal PRIVADA, a renœncia
manifestada em face de um dos infratores e estende aos demais, na forma
do art. 49 do CPP.
Assim, se a v’tima posteriormente pretender ajuizar a queixa-crime em face
do outro infrator (Il’dio), dever‡ ter sua pretens‹o rejeitada, ou seja, a
queixa-crime n‹o dever‡ ser recebida, pois a renœncia oferecida a Ortega
se estendeu a Il’dio, acarretando a extin•‹o da punibilidade, nos termos do
art. 107, V do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.

60.! (FGV Ð 2014 Ð TJ-RJ Ð TƒCNICO JUDICIçRIO)


No dia 24 de julho de 2014, M‡rcio e Emerson, em uma discuss‹o
do trabalho, ofenderam a honra de Frederico. Configurado o crime
de injœria, delito este de a•‹o penal privada, Frederico prop™s
queixa-crime em desfavor de ambos os colegas de trabalho, em
25.10.2014. A inicial foi recebida pelo magistrado em 28.10.2014.
Ap—s as partes conversarem sobre os fatos, a v’tima resolveu

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perdoar M‡rcio mediante declara•‹o expressa nos autos, sendo por


este aceito. Por sua vez, Emerson mostrou-se inconformado e
afirmou que n‹o aceitaria o perd‹o de maneira alguma. Diante
disso:
(A) Emerson e M‡rcio ter‹o suas punibilidades extintas, pois o
perd‹o concedido a um dos querelados aproveita aos demais;
(B) o processo prosseguir‡ apenas em rela•‹o a Emerson, pois a
extin•‹o da punibilidade pelo perd‹o do ofendido depende de
aceita•‹o;
(C) Emerson ter‡ sua punibilidade extinta, pois o perd‹o independe
de aceita•‹o dos querelados;
(D) o processo prosseguir‡ em rela•‹o a ambos os querelados, pois
o perd‹o somente pode ser concedido atŽ o oferecimento da
denœncia;
(E) o processo prosseguir‡ apenas em rela•‹o a Emerson, pois o
perd‹o concedido a um dos querelados nunca aproveita aos demais
agentes.
COMENTçRIOS: Neste caso, o perd‹o oferecido a M‡rcio se estende a
Emerson, por for•a do art. 51 do CPP. Contudo, com base no mesmo art.
51 do CPP, caso algum dos querelados n‹o aceite o perd‹o, em rela•‹o a
este n‹o produzir‡ efeitos. Vejamos:
Art. 51. O perd‹o concedido a um dos querelados aproveitar‡ a todos,
sem que produza, todavia, efeito em rela•‹o ao que o recusar.
Assim, somente M‡rcio, que aceitou o perd‹o, ter‡ sua punibilidade extinta.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.

61.! (FGV Ð 2014 Ð TJ-RJ Ð TƒCNICO JUDICIçRIO)


A doutrina costuma classificar as a•›es penais como pœblicas
incondicionadas, pœblicas condicionadas ˆ representa•‹o do
ofendido ou requisi•‹o do Ministro da Justi•a, privadas e privada
subsidi‡ria da pœblica. Algumas s‹o as diferen•as entre essas
espŽcies de a•‹o, dentre as quais se destacam:
(A) a a•‹o penal pœblica incondicionada e a a•‹o penal pœblica
condicionada ˆ representa•‹o s‹o de titularidade do MinistŽrio
Pœblico, diferente do que ocorre com a privada;
(B) a a•‹o penal pœblica condicionada ˆ representa•‹o admite a
figura do perd‹o do ofendido ap—s o oferecimento da denœncia,
diferente da pœblica incondicionada;
(C) a peremp•‹o poder‡ ocorrer na a•‹o penal privada e na pœblica
condicionada ˆ representa•‹o, mas n‹o na pœblica incondicionada;
(D) o princ’pio da indivisibilidade Ž aplic‡vel ˆs a•›es penais
pœblicas, mas n‹o ˆs a•›es penais privadas;

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(E) o prazo para exerc’cio do direito de representa•‹o Ž de 06


meses contados da data dos fatos, enquanto a queixa poder‡ ser
proposta a qualquer tempo, desde que dentro do prazo
prescricional.
COMENTçRIOS:
A) CORRETA: O MP Ž o titular da a•‹o penal pœblica, enquanto cabe ao
ofendido a titularidade da a•‹o penal privada, nos termos dos arts. 24 e 30
do CPP.
B) ERRADA: O perd‹o do ofendido s— Ž cab’vel na a•‹o penal privada, nos
termos do art. 51 do CPP.
C) ERRADA: A peremp•‹o somente pode ocorrer na a•‹o penal privada,
nos termos do art. 60 do CPP.
D) ERRADA: O princ’pio da indivisibilidade somente Ž aplic‡vel ˆ a•‹o penal
privada, n‹o ˆ a•‹o penal pœblica.
E) ERRADA: Tanto a representa•‹o quanto o direito de queixa poder‹o ser
exercidos no prazo de seis meses, a contar da data em que a v’tima passa
a ter conhecimento de quem Ž o autor do fato, nos termos do art. 38 do
CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.

62.! (FGV Ð 2014 Ð TJ-RJ Ð TƒCNICO JUDICIçRIO)


NÌO Ž aplic‡vel ˆs a•›es penais privadas o seguinte princ’pio:
(A) indivisibilidade;
(B) oportunidade;
(C) disponibilidade;
(D) intranscend•ncia;
(E) obrigatoriedade.
COMENTçRIOS: N‹o se aplica ˆ a•‹o penal privada o princ’pio da
obrigatoriedade, pois este Ž um princ’pio aplic‡vel exclusivamente ˆs a•›es
penais pœblicas, j‡ que o titular da a•‹o penal (MP) n‹o tem o direito de
escolher se vai ou n‹o ajuizar a a•‹o penal. Havendo os requisitos, ele deve
ajuizar a a•‹o penal.
Nas a•›es penais privadas cabe ao ofendido escolher se quer ou n‹o ajuizar
a a•‹o penal, no que se chama de princ’pio da oportunidade.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.

63.! (FGV - 2014 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - XIII -


PRIMEIRA FASE)
Em determinada a•‹o penal privada, na qual se apura a pr‡tica dos
delitos de calœnia e difama•‹o, a parte n‹o apresenta, em alega•›es

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finais, pedido de condena•‹o em rela•‹o ao delito de calœnia,


fazendo-o t‹o somente em rela•‹o ao delito de difama•‹o.
Com rela•‹o ao caso apresentado, assinale a afirmativa correta.
a) Ocorreu a peremp•‹o em rela•‹o ao delito de calœnia.
b) N‹o ocorreu peremp•‹o em rela•‹o a nenhum delito.
c) Ocorreu o perd‹o t‡cito em rela•‹o ao delito de calœnia.
d) N‹o ocorreu peremp•‹o, mas, sim, renœncia em rela•‹o ao delito
de calœnia.
COMENTçRIOS: No presente caso, ocorreu a peremp•‹o em rela•‹o ao
delito de calœnia, pois o querelante n‹o formulou o pedido de condena•‹o
em rela•‹o ao mesmo quando das alega•›es finais, nos termos do art. 60,
III do CPP:
art.60 Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-
‡ perempta a a•‹o penal:
(...)
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a
qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o
pedido de condena•‹o nas alega•›es finais;
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.

64.! (FGV - 2013 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - XII -


PRIMEIRA FASE)
Jo‹o e JosŽ, mœsicos da famosa banda NXY, se desentenderam por
causa de uma namorada. Jo‹o se descontrolou e partiu para cima
de JosŽ, agredindo-o com socos e pontapŽs, vindo a ser separado
de sua v’tima por policiais militares que passavam no local, e lhe
deram voz de pris‹o em flagrante. O exame de corpo de delito
revelou que dois dedos da m‹o esquerda do guitarrista JosŽ foram
quebrados e o bra•o direito, luxado, ficando impossibilitado de
tocar seu instrumento por 40 dias.
Na hip—tese, trata-se de crime de a•‹o penal
a) privada propriamente dita.
b) pœblica condicionada ˆ representa•‹o.
c) privada subsidi‡ria da pœblica.
d) pœblica incondicionada.
COMENTçRIOS: Temos, aqui, o crime de les‹o corporal grave. Vejamos:
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saœde de outrem:
Pena - deten•‹o, de tr•s meses a um ano.
Les‹o corporal de natureza grave
¤ 1¼ Se resulta:
I - Incapacidade para as ocupa•›es habituais, por mais de trinta dias;

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Tal delito Ž de a•‹o penal pœblica incondicionada, pois o CP n‹o especifica


qual Ž a a•‹o penal para este caso. Lembrando que no caso de les›es leves
e culposas a a•‹o depende de representa•‹o, por for•a do art. 88 da Lei
9.099/95.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.

65.! (FGV - 2013 - TJ-AM Ð JUIZ)


As a•›es penais tradicionalmente s‹o classificadas como pœblicas
incondicionadas, pœblicas condicionadas ˆ representa•‹o e
privadas.
Sobre a representa•‹o, analise as afirmativas a seguir.
I. A a•‹o penal pœblica condicionada ˆ representa•‹o Ž de
titularidade do ofendido. Nada impede, contudo, que a
representa•‹o seja oferecida por procurador.
II. O Supremo Tribunal Federal entende que a representa•‹o Ž pe•a
sem rigor formal, que pode ser apresentada oralmente ou por
escrito, tanto na delegacia, quanto perante o magistrado ou
membro do MinistŽrio Pœblico.
III. A representa•‹o Ž condi•‹o de procedibilidade para que se
possa instaurar persecu•‹o penal em crime de a•‹o penal pœblica
condicionada. De acordo com o C—digo de Processo Penal, ela pode
ser oferecida pessoalmente ou por procurador com poderes gerais.
Assinale:
a) se somente a afirmativa II estiver correta
b) se somente a afirmativa III estiver correta.
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas
e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
COMENTçRIOS:
I Ð ERRADA: A titularidade, neste caso, Ž do MP, e n‹o do ofendido.
II Ð CORRETA: Item correto, pois este Ž o entendimento j‡ consolidado do
STF.
III Ð ERRADA: O erro est‡ na œltima parte da afirmativa, pois no caso de
se tratar de procurador, este dever‡ possui procura•‹o com poderes
ESPECIAIS, nos termos do art. 39 do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.

66.! (FGV - 2013 - MPE-MS - ANALISTA Ð DIREITO)

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As a•›es penais podem ser classificadas como pœblicas


incondicionadas, pœblicas condicionadas ˆ representa•‹o ou ˆ
requisi•‹o do Ministro da Justi•a ou a•‹o penal privada.
A respeito dessas modalidades, assinale a afirmativa correta.
a) A representa•‹o feita pelo ofendido Ž retrat‡vel atŽ o momento
do recebimento da denœncia.
b) Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do
patrim™nio ou interesse da Uni‹o, Estado ou Munic’pio, a a•‹o penal
ser‡ pœblica.
c) O direito de representa•‹o n‹o possui uma forma
predeterminada, podendo ser exercido mediante declara•‹o
pessoal do ofendido ou de procurador com poderes gerais, de
maneira escrita ou oral, feita ao juiz, ao —rg‹o do MinistŽrio Pœblico
ou ˆ autoridade policial.
d) No caso de morte do ofendido, se a a•‹o penal de natureza
privada n‹o for classificada como personal’ssima, o direito de
oferecer queixa ou prosseguir na a•‹o passar‡ ao c™njuge,
companheiro, ascendentes e descendentes, mas n‹o ao irm‹o.
e) O perd‹o independe de aceita•‹o do querelado, t‡cita ou
expressa.
COMENTçRIOS:
A) ERRADA: A representa•‹o somente Ž retrat‡vel atŽ o oferecimento da
denœncia, nos termos do art. 25 do CPP.
B) CORRETA: Esta Ž a previs‹o do art. 24, ¤2¼ do CPP:
Art. 24 (...)
¤ 2o Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrim™nio ou
interesse da Uni‹o, Estado e Munic’pio, a a•‹o penal ser‡ pœblica. (Inclu’do
pela Lei n¼ 8.699, de 27.8.1993)
C) ERRADA: O erro est‡ na parte da afirmativa que diz que a representa•‹o
pode ser ofertada por procurador com poderes gerais, pois no caso de se
tratar de procurador, este dever‡ possui procura•‹o com poderes
ESPECIAIS, nos termos do art. 39 do CPP.
D) ERRADA: Item errado, pois tal direito tambŽm Ž transmiss’vel ao irm‹o,
nos termos do art. 31 do CPP.
E) ERRADA: O perd‹o do ofendido deve ser aceito, de forma t‡cita ou
expressa, pelo querelado, nos termos do art. 58 do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.

67.! (FGV - 2012 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - VI -


PRIMEIRA FASE)
T’cio est‡ sendo investigado pela pr‡tica do delito de roubo
simples, tipificado no artigo 157, caput, do C—digo Penal. Conclu’da

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a investiga•‹o, o Delegado Titular da 41» Delegacia Policial envia


os autos ao MinistŽrio Pœblico, a fim de que este tome as
provid•ncias que entender cab’veis. O Parquet, ap—s a an‡lise dos
autos, decide pelo arquivamento do feito, por faltas de provas de
autoria. A v’tima ingressou em ju’zo com uma a•‹o penal privada
subsidi‡ria da pœblica, que foi rejeitada pelo juiz da causa, que, no
caso acima, agiu
a) erroneamente, tendo em vista a Lei Processual admite a a•‹o
privada nos crimes de a•‹o pœblica quando esta n‹o for intentada.
b) corretamente, pois a v’tima n‹o tem legitimidade para ajuizar
a•‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica.
c) corretamente, j‡ que a Lei Processual n‹o admite a a•‹o penal
privada subsidi‡ria da pœblica nos casos em que o MinistŽrio
Pœblico n‹o se mantŽm inerte.
d) erroneamente, j‡ que a Lei Processual admite, implicitamente, a
a•‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica.
COMENTçRIOS: O Juiz agiu corretamente, pois no caso em tela o MP n‹o
ficou inerte, e sim pediu o arquivamento do IP. Neste caso, n‹o cabe a•‹o
penal privada subsidi‡ria da pœblica, pois esta pressup›e a INƒRCIA do MP,
nos termos do art. 29 do CPP:
Art. 29. Ser‡ admitida a•‹o privada nos crimes de a•‹o pœblica, se esta n‹o
for intentada no prazo legal, cabendo ao MinistŽrio Pœblico aditar a queixa,
repudi‡-la e oferecer denœncia substitutiva, intervir em todos os termos do
processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no
caso de neglig•ncia do querelante, retomar a a•‹o como parte principal.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

68.! (FGV - 2008 - PC-RJ - OFICIAL DE CARTîRIO)


Em rela•‹o ˆ a•‹o penal, analise as afirmativas a seguir:
I. A mulher casada n‹o poder‡ exercer o direito de queixa sem
consentimento do marido, salvo quando estiver dele separada ou
quando a queixa for contra ele.
II. O direito de a•‹o penal privada subsidi‡ria da publica est‡
previsto na Constitui•‹o bem como no C—digo de Processo Penal.
III. Se o ofendido for retardado mental e colidirem os interesses
dele com os de seu representante legal, o direito de queixa poder‡
ser exercido por curador especial, nomeado pelo juiz competente
para o processo penal.
Assinale:
a) se nenhuma afirmativa estiver correta.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

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d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.


e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
COMENTçRIOS:
I Ð ERRADA: Tal dispositivo foi revogado pela Lei 9.520/97.
II Ð CORRETA: Item correto, nos termos do art. 29 do CPP e art. 5¼, LIX
da Constitui•‹o Federal.
III Ð CORRETA: Item correto, nos termos do art. 33 do CPP:
Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 anos, ou mentalmente enfermo, ou
retardado mental, e n‹o tiver representante legal, ou colidirem os interesses
deste com os daquele, o direito de queixa poder‡ ser exercido por curador
especial, nomeado, de of’cio ou a requerimento do MinistŽrio Pœblico, pelo juiz
competente para o processo penal.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.

69.! (FGV Ð IX EXAME UNIFICADO DA OAB)


Tendo como base o instituto da a•‹o penal, assinale a afirmativa
correta.
A) Na a•‹o penal privada vigora o princ’pio da oportunidade ou
conveni•ncia.
B) A a•‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica fere dispositivo
constitucional que atribui ao MinistŽrio Pœblico o direito exclusivo
de iniciar a a•‹o pœblica.
C) Como o C—digo Penal Ž silente no tocante ˆ natureza da a•‹o
penal no crime de les‹o corporal culposa, verifica-se que a referida
infra•‹o ser‡ de a•‹o penal pœblica incondicionada.
D) A legitimidade para ajuizamento da queixa-crime na a•‹o penal
exclusivamente privada (ou propriamente dita) Ž unicamente do
ofendido.
COMENTçRIOS:
A) Item correto. De fato, na a•‹o penal privada vigora o princ’pio da
oportunidade ou conveni•ncia, segundo o qual o ofendido, que Ž o titular
da a•‹o penal, Ž quem decide se quer ou n‹o ajuiz‡-la, podendo deixar de
faz•-lo, caso queira;
B) A a•‹o penal priva subsidi‡ria da pœblica n‹o fere este dispositivo, uma
vez que esta a•‹o penal pode ser monitorada, fiscalizada pelo MP e, caso
haja neglig•ncia do ofendido, o MP pode retom‡-la. Ademais, a a•‹o nesse
caso Ž privada e n‹o pœblica, embora seja regida pelos princ’pios da a•‹o
pœblica;
C) Em regra, quando a lei Ž silente, a a•‹o penal Ž pœblica incondicionada.
Contudo, embora o CP seja silente, a Lei 9.099/95 estabeleceu, eu seu art.
88, que este crime seria de a•‹o penal pœblica condicionada ˆ
representa•‹o. Vejamos:

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Art. 88. AlŽm das hip—teses do C—digo Penal e da legisla•‹o especial,


depender‡ de representa•‹o a a•‹o penal relativa aos crimes de les›es
corporais leves e les›es culposas.
D) O item est‡ errado. A legitimidade pode ser estendida, ainda, ao
representante legal e aos sucessores (no caso de morte), nos termos dos
arts. 30 e 31 do CPP:
Art. 24. Nos crimes de a•‹o pœblica, esta ser‡ promovida por denœncia do
MinistŽrio Pœblico, mas depender‡, quando a lei o exigir, de requisi•‹o do
Ministro da Justi•a, ou de representa•‹o do ofendido ou de quem tiver
qualidade para represent‡-lo.
¤ 1o No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por
decis‹o judicial, o direito de representa•‹o passar‡ ao c™njuge, ascendente,
descendente ou irm‹o. (Par‡grafo œnico renumerado pela Lei n¼ 8.699, de
27.8.1993)
ASSIM, A ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.

70.! (FGV Ð X EXAME UNIFICADO DA OAB)


Um professor na aula de Processo Penal esclarece a um aluno que
o MinistŽrio Pœblico, ap—s ingressar com a a•‹o penal, n‹o poder‡
desistir dela, conforme expressa previs‹o do Art. 42 do CPP. O
professor estava explicando ao aluno o princ’pio da
A) indivisibilidade.
B) obrigatoriedade.
C) indisponibilidade.
D) intranscend•ncia.
COMENTçRIOS: De fato o art. 42 do CPP assim disp›e. Vejamos:
Art. 42. O MinistŽrio Pœblico n‹o poder‡ desistir da a•‹o penal.
Este artigo traduz o que a Doutrina entende como princ’pio da
INDISPONIBILIDADE da a•‹o penal pœblica.
ASSIM, A ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.

7! GABARITO

1.! ALTERNATIVA D
2.! ALTERNATIVA C
3.! ALTERNATIVA C
4.! ALTERNATIVA C
5.! ALTERNATIVA C

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6.! ALTERNATIVA C
7.! ALTERNATIVA D
8.! ALTERNATIVA B
9.! ALTERNATIVA B
10.!ALTERNATIVA B
11.!ALTERNATIVA B
12.!ALTERNATIVA B
13.!ERRADA
14.!ERRADA
15.!ALTERNATIVA E
16.!ALTERNATIVA D
17.!ALTERNATIVA B
18.!ALTERNATIVA E
19.!ALTERNATIVA D
20.!ALTERNATIVA E
21.!ALTERNATIVA A
22.!ALTERNATIVA A
23.!ALTERNATIVA B
24.!ALTERNATIVA A
25.!ALTERNATIVA C
26.!ALTERNATIVA A
27.!ALTERNATIVA B
28.!ALTERNATIVA E
29.!ALTERNATIVA B
30.!ALTERNATIVA D
31.!ALTERNATIVA A
32.!ALTERNATIVA E
33.!ALTERNATIVA D
34.!ALTERNATIVA C
35.!ALTERNATIVA E
36.!ALTERNATIVA D
37.!ALTERNATIVA D
38.!ALTERNATIVA E
39.!ALTERNATIVA C
40.!ALTERNATIVA E
41.!ALTERNATIVA D
42.!ALTERNATIVA E
43.!ALTERNATIVA C
44.!ALTERNATIVA E

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45.!ALTERNATIVA C
46.!ALTERNATIVA C
47.!ALTERNATIVA E
48.!ALTERNATIVA C
49.!ALTERNATIVA A
50.!ALTERNATIVA B
51.!ALTERNATIVA C
52.!ALTERNATIVA D
53.!ALTERNATIVA E
54.!ALTERNATIVA D
55.!ALTERNATIVA E
56.!ALTERNATIVA C
57.!ALTERNATIVA B
58.!ALTERNATIVA C
59.!ALTERNATIVA D
60.!ALTERNATIVA B
61.!ALTERNATIVA A
62.!ALTERNATIVA E
63.!ALTERNATIVA A
64.!ALTERNATIVA D
65.!ALTERNATIVA A
66.!ALTERNATIVA B
67.!ALTERNATIVA C
68.!ALTERNATIVA D
69.!ALTERNATIVA A
70.!ALTERNATIVA C

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