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Aula 00
AULA DEMONSTRATIVA
PRINCêPIOS DO DIREITO PENAL. CONCEITO E FONTES.
DISPOSI‚ÍES CONSTITUCIONAIS APLICçVEIS.
SUMçRIO
ƒ com imenso prazer que estou aqui, mais uma vez, pelo ESTRATƒGIA
CONCURSOS, tendo a oportunidade de poder contribuir para a aprova•‹o de
voc•s no concurso da POLêCIA FEDERAL (2017-2018). N—s vamos estudar
teoria e comentar exerc’cios sobre DIREITO PENAL, para o cargo de AGENTE.
E a’, povo, preparados para a maratona?
O edital ainda n‹o foi publicado, mas estima-se que seja realizado em
breve. A expectativa Ž de que a Banca organizadora seja o CESPE.
Bom, est‡ na hora de me apresentar a voc•s, n‹o Ž?
Meu nome Ž Renan Araujo, tenho 30 anos, sou Defensor Pœblico
Federal desde 2010, atuando na Defensoria Pœblica da Uni‹o no Rio de Janeiro,
e mestre em Direito Penal pela Faculdade de Direito da UERJ. Antes,
porŽm, fui servidor da Justi•a Eleitoral (TRE-RJ), onde exerci o cargo de
TŽcnico Judici‡rio, por dois anos. Sou Bacharel em Direito pela UNESA e p—s-
graduado em Direito Pœblico pela Universidade Gama Filho.
Minha trajet—ria de vida est‡ intimamente ligada aos Concursos Pœblicos.
Desde o come•o da Faculdade eu sabia que era isso que eu queria para a minha
vida! E querem saber? Isso faz toda a diferen•a! Algumas pessoas me perguntam
como consegui sucesso nos concursos em t‹o pouco tempo. Simples: Foco +
For•a de vontade + Disciplina. N‹o h‡ f—rmula m‡gica, n‹o h‡ ingrediente
secreto! Basta querer e correr atr‡s do seu sonho! Acreditem em mim, isso
funciona!
ƒ muito gratificante, depois de ter vivido minha jornada de concurseiro,
poder colaborar para a aprova•‹o de outros tantos concurseiros, como um dia eu
fui! E quando eu falo em Òcolaborar para a aprova•‹oÓ, n‹o estou falando apenas
por falar. O EstratŽgia Concursos possui ’ndices alt’ssimos de aprova•‹o
em todos os concursos!
Neste curso voc•s receber‹o todas as informa•›es necess‡rias para que
possam ter sucesso no concurso da POLêCIA FEDERAL. Acreditem, voc•s n‹o
v‹o se arrepender! O EstratŽgia Concursos est‡ comprometido com sua
aprova•‹o, com sua vaga, ou seja, com voc•!
Mas Ž poss’vel que, mesmo diante de tudo isso que eu disse, voc• ainda
n‹o esteja plenamente convencido de que o EstratŽgia Concursos Ž a melhor
escolha. Eu entendo voc•, j‡ estive deste lado do computador. Ës vezes Ž dif’cil
escolher o melhor material para sua prepara•‹o. Contudo, alguns colegas de
caminhada podem te ajudar a resolver este impasse:
E-mail: profrenanaraujo@gmail.com
Periscope: @profrenanaraujo
Facebook: www.facebook.com/profrenanaraujoestrategia
Instagram: www.instagram.com/profrenanaraujo/?hl=pt-br
Youtube:
www.youtube.com/channel/UClIFS2cyREWT35OELN8wcFQ
Entretanto, ele TAMBƒM est‡ previsto no C—digo Penal, em seu art. 1¡:
Art. 1¼ - N‹o h‡ crime sem lei anterior que o defina. N‹o h‡ pena sem prŽvia
comina•‹o legal.
Este princ’pio, quem vem do latim (Nullum crimen sine praevia lege),
estabelece que uma conduta n‹o pode ser considerada criminosa se antes de sua
pr‡tica n‹o havia lei nesse sentido2. Trata-se de uma exig•ncia de seguran•a
jur’dica: imaginem se pudŽssemos responder criminalmente por uma conduta
que, quando praticamos, n‹o era crime? Simplesmente n‹o far’amos mais nada,
com medo de que, futuramente, a conduta fosse criminalizada e pudŽssemos
responder pelo delito!
Entretanto, o Princ’pio da Legalidade se divide em dois outros princ’pios, o
da Reserva Legal e o da Anterioridade da Lei Penal. Desta forma, vamos
estud‡-los em t—picos distintos.
1
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal Ð Parte Geral. Ed. Saraiva, 21¼ edi•‹o. S‹o Paulo,
2015, p. 51
2
BITENCOURT, Op. cit., P. 51
Assim, Ž poss’vel que haja viola•‹o ao Princ’pio da legalidade sem que haja
viola•‹o ˆ reserva legal. Entretanto, havendo viola•‹o ˆ reserva legal, isso
implica necessariamente em viola•‹o ao princ’pio da legalidade, pois aquele Ž
parte deste. Lembrem-se: Legalidade = Reserva legal + Anterioridade da
lei penal.
O princ’pio da reserva legal implica a proibi•‹o da edi•‹o de leis vagas, com
conteœdo impreciso. Isso porque a exist•ncia de leis cujo conteœdo n‹o seja claro,
que n‹o se sabe ao certo qual conduta est‡ sendo criminalizada, acaba por retirar
toda a fun•‹o do princ’pio da reserva legal, que Ž dar seguran•a jur’dica ˆs
pessoas, para que estas saibam exatamente se as condutas por elas praticadas
s‹o, ou n‹o, crime. Por exemplo:
Imagine que a Lei X considere como criminosas as condutas que
atentem contra os bons costumes. Ora, alguŽm sabe definir o que s‹o bons
costumes? N‹o, pois se trata de um termo muito vago, muito genŽrico, que pode
abranger uma infinidade de condutas. Assim, n‹o basta que se trate de lei em
sentido estrito (Lei formal), esta lei tem que estabelecer precisamente a conduta
que est‡ sendo criminalizada, sob pena de ofensa ao princ’pio da legalidade.
Trata-se do princ’pio da taxatividade da lei penal.6
Entretanto, fiquem atentos! Existem as chamadas NORMAS PENAIS EM
BRANCO. As normas penais em branco s‹o aquelas que dependem de outra
norma para que sua aplica•‹o seja poss’vel. Por exemplo: A Lei de Drogas (Lei
11.343/06) estabelece diversas condutas criminosas referentes ˆ
3
GOMES, Luiz Flavio. BIANCHINI, Alice. Curso de Direito Penal. JusPodivm. Salvador, 2015, p. 66
4
Inclusive os tratados internacionais, que devem ser incorporados ao nosso ordenamento jur’dico por meio
de Lei. GOMES, Luiz Flavio. BIANCHINI, Alice. Op. cit., p. 67
5
STF, RE 254.818-PR.
6
Ou, para alguns, a garantia da lex certa. GOMES, Luiz Flavio. BIANCHINI, Alice. Op. cit., p. 68
7
BITENCOURT, Op. cit., p. 201/202.
8
BITENCOURT, Op. cit., p. 199/200. No mesmo sentido, GOMES, Luiz Flavio. BIANCHINI, Alice. Op. cit., p.
101
9
RHC 106481/MS - STF
10
GOMES, Luiz Flavio. BIANCHINI, Alice. Op. cit., p. 76
11
TambŽm chamado de princ’pio da personifica•‹o da pena, ou princ’pio da responsabilidade pessoal da
pena, ou princ’pio da pessoalidade da pena.
princ’pio do in dubio pro reo, mas pelo princ’pio do in dubio pro societate. Por
exemplo, nas decis›es de recebimento de denœncia ou queixa e na decis‹o de
pronœncia, no processo de compet•ncia do Jœri, o Juiz decide contrariamente
ao rŽu (recebe a denœncia ou queixa no primeiro caso, e pronuncia o rŽu no
segundo) com base apenas em ind’cios de autoria e prova da materialidade. Ou
seja, nesses casos, mesmo o Juiz tendo dœvidas quanto ˆ culpabilidade do rŽu,
dever‡ decidir contrariamente a ele, e em favor da sociedade, pois destas
decis›es n‹o h‡ consequ•ncias para o rŽu, permitindo-se, apenas, que seja
iniciado o processo ou a fase processual, na qual ser‹o produzidas as provas
necess‡rias ˆ elucida•‹o dos fatos.
Vou transcrever para voc•s agora alguns pontos que s‹o pol•micos e a
respectiva posi•‹o dos Tribunais Superiores, pois isto Ž importante.
¥! Processos criminais em curso e inquŽritos policiais em face do
acusado podem ser considerados maus antecedentes? Segundo
o STJ e o STF n‹o, pois em nenhum deles o acusado foi condenado de
maneira irrecorr’vel, logo, n‹o pode ser considerado culpado nem
sofrer qualquer consequ•ncia em rela•‹o a eles (sœmula 444 do
STJ).
¥! Regress‹o de regime de cumprimento da pena Ð O STJ e o STF
entendem que NÌO Hç NECESSIDADE DE CONDENA‚ÌO PENAL
TRANSITADA EM JULGADO para que o preso sofra a regress‹o do
regime de cumprimento de pena mais brando para o mais severo (do
semiaberto para o fechado, por exemplo). Nesses casos, basta que o
preso tenha cometido novo crime doloso ou falta grave, durante
o cumprimento da pena pelo crime antigo, para que haja a regress‹o,
nos termos do art. 118, I da Lei 7.210/84 (Lei de Execu•›es Penais),
n‹o havendo necessidade, sequer, de que tenha havido condena•‹o
criminal ou administrativa. A Jurisprud•ncia entende que esse artigo
da LEP n‹o ofende a Constitui•‹o.
¥! Revoga•‹o do benef’cio da suspens‹o condicional do processo
em raz‹o do cometimento de crime Ð Prev• a Lei 9.099/95 que em
determinados crimes, de menor potencial ofensivo, pode ser o
processo criminal suspenso por determinado, devendo o rŽu cumprir
algumas obriga•›es durante este prazo (dentre elas, n‹o cometer novo
crime), findo o qual estar‡ extinta sua punibilidade. Nesse caso, o STF
e o STJ entendem que, descoberta a pr‡tica de crime pelo acusado
beneficiado com a suspens‹o do processo, este benef’cio deve ser
revogado, por ter sido descumprida uma das condi•›es, n‹o havendo
Assim:
¥! INAFIAN‚ABILIDADE Ð Todos
¥! IMPRESCRITIBILIDADE Ð Somente RA‚ÌO (Racismo + A‚ÌO de
grupos armados)
¥! INSUSCETIBILIDADE GRA‚A E ANISTIA Ð TTTH (Tortura,
Terrorismo, Tr‡fico e Hediondos)
1.6.2!Tribunal do Jœri
A Constitui•‹o Federal reconhece a institui•‹o do Jœri, e estabelece algumas
regrinhas. Vejamos:
Art. 5¼ (...)
XXXVIII - Ž reconhecida a institui•‹o do jœri, com a organiza•‹o que lhe der a lei,
assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das vota•›es;
c) a soberania dos veredictos;
d) a compet•ncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
Isso quer dizer que eles n‹o respondem penalmente, estando sujeitos ˆs
normas do ESTATUTO DA CRIAN‚A E DO ADOLESCENTE.
12
DÕçVILA, F‡bio Roberto. Ofensividade em Direito Penal: Escritos sobre a teoria do crime como ofensa a
bens jur’dicos. Porto Alegre: Ed. Livraria do Advogado, 2009. p. 67.
13
BECHARA, Ana Elisa Liberatore Silva. Bem jur’dico-penal. Ed. Quartier Latin. S‹o Paulo, 2014, p. 77.
14
ROXIN, Claus. Derecho penal, parte general: Tomo I. Civitas. Madrid, 1997, p. 65.
15
TOLEDO, Francisco de Assis. Princ’pios b‡sicos de Direito Penal. S‹o Paulo: Ed. Saraiva, 1994. p. 13-14.
EXEMPLO: JosŽ foi processado pelo crime X. Todavia, como n‹o havia provas,
foi absolvido. Tal decis‹o transitou em julgado, tornando-se imut‡vel. Todavia,
dois meses depois, surgiram provas da culpa de JosŽ. Neste caso, JosŽ n‹o
poder‡ ser processado novamente.
CUIDADO! Uma pessoa n‹o pode ser duplamente processada pelo mesmo fato
quando j‡ houve decis‹o capaz de produzir coisa julgada material, ou seja, a
imutabilidade da decis‹o (condena•‹o, absolvi•‹o, extin•‹o da punibilidade,
etc.). Quando a decis‹o n‹o faz coisa julgada material, Ž poss’vel novo
processo (Ex.: Extin•‹o do processo pela rejei•‹o da denœncia, em raz‹o do
descumprimento de uma mera formalidade processual).
Assim:
VEDAÇÃO À DUPLA
CONSIDERAÇÃO DO MESMO
FATO/CONDIÇÃO/CIRCUNSTÂNCIA
NA DOSIMETRIA DA PENA
16
BITENCOURT, Op. cit., p. 60
17
Este princ’pio (princ’pio da bagatela) n‹o pode ser confundido com o princ’pio da bagatela impr—pria.
A infra•‹o bagatelar impr—pria Ž aquela na qual se verifica que, apesar de a conduta nascer t’pica (formal e
materialmente t’pica), fatores outros, ocorridos ap—s a pr‡tica do delito, levam ˆ conclus‹o de que a pena Ž
desnecess‡ria no caso concreto
Ex.: O agente pratica um furto de um bem cujo valor n‹o Ž insignificante. Todavia, logo ap—s, se arrepende,
procura a v’tima, repara o dano e passa a manter boa rela•‹o com a v’tima. Trata-se de agente prim‡rio e
de bons antecedentes, que n‹o mais praticou qualquer infra•‹o penal. Neste caso, o Juiz poderia, por este
princ’pio, deixar de aplicar a pena, ante a desnecessidade da san•‹o penal.
18
STF, RHC 106.360/DF, Rel. Ministra ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe de 3/10/2012
19
Embora o STJ entenda n‹o se aplicar aos crimes contra a administra•‹o pœblica, por se resguardar
n‹o s— o patrim™nio, mas a moralidade administrativa, o STF n‹o recha•a absolutamente a hip—tese,
havendo decis›es nas quais se admitiu a aplica•‹o deste princ’pio ainda quando se trate de
crimes contra a administra•‹o pœblica, desde que presentes os requisitos citados (HC 107370,
Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 26/04/2011, DIVULG 21-06-2011 PUBLIC
22-06-2011).
3.1! Conceito
O Direito Penal pode ser conceituado como o ramo do Direito Pœblico cuja
fun•‹o Ž selecionar os bens jur’dicos mais importantes para a sociedade e buscar
protege-los, por meio da cria•‹o de normas de conduta que, uma vez violadas,
constituem crimes, sob amea•a de aplica•‹o de uma pena.
Nas palavras de CAPEZ22:
ÒO Direito Penal Ž o segumento do ordenamento jur’dico que detŽm a fun•‹o de
selecionar os comportamentos humanos mais graves e perniciosos ˆ coletividade,
capazes de colocar em risco valores fundamentais para a conviv•ncia social, e
decrev•-los como infra•›es penais, cominando-lhes, em conseqŸ•ncia, as respectivas
san•›es, alŽm de estabelecer todas as regras complementares e gerais necess‡rias ˆ
sua correta e justa aplica•‹o"
3.2! Fontes
As fontes do Direito Penal s‹o de duas ordens: material e formal.
As fontes materiais (substanciais) s‹o os —rg‹os encarregados de
produzir o Direito Penal. No caso brasileiro, a Uni‹o (Pois somente a Uni‹o
pode legislar sobre Direito Penal, embora possa conferir aos estados-membros,
por meio de Lei Complementar, o poder de legislar sobre quest›es espec’ficas
sobre Direito Penal, de interesse estritamente local, nos termos do ¤ œnico do
art. 22 da Constitui•‹o) Ž o Ente respons‡vel pela Òcria•‹oÓ das normas de Direito
Penal, nos termos do art. 22 da Constitui•‹o. Vejamos:
Art. 22. Compete privativamente ˆ Uni‹o legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agr‡rio, mar’timo, aeron‡utico,
espacial e do trabalho;
20
Embora este tenha sido o entendimento firmado, h‡ decis›es no sentido de que a reincid•ncia, seja de
que natureza for, NÌO PODE impedir a caracteriza•‹o do princ’pio da insignific‰ncia, por uma quest‹o l—gica:
A insignific‰ncia Ž analisada na TIPICIDADE (tipicidade material), de maneira que, nesta fase, n‹o se procede
ˆ nenhuma an‡lise da pessoa do agente.
21
Existem decis›es recentes do STF no sentido de que cabe ao Juiz de primeira inst‰ncia analisar, caso a
caso, a pertin•ncia da aplica•‹o do princ’pio. Como s‹o decis›es muito recentes, ainda n‹o Ž poss’vel afirmar
que forma uma nova jurisprud•ncia, de forma que Ž mais prudente aguardar a consolida•‹o deste
entendimento.
22
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal, parte geral, volume 1, editora Saraiva, 2005, p. 1
Fontes do Direito
Penal
Formais Materiais
União
Imediatas Mediatas (Excepcionalmente os
estados-membros)
4! SòMULAS PERTINENTES
5! RESUMO
Para finalizar o estudo da matŽria, trazemos um resumo dos
principais aspectos estudados ao longo da aula. Nossa
sugest‹o Ž a de que esse resumo seja estudado sempre
previamente ao in’cio da aula seguinte, como forma de
ÒrefrescarÓ a mem—ria. AlŽm disso, segundo a organiza•‹o
de estudos de voc•s, a cada ciclo de estudos Ž fundamental
retomar esses resumos. Caso encontrem dificuldade em
compreender alguma informa•‹o, n‹o deixem de retornar ˆ
aula.
PRINCêPIOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO PENAL
Legalidade - Uma conduta n‹o pode ser considerada criminosa se antes de sua
pr‡tica (anterioridade) n‹o havia lei formal (reserva legal) nesse sentido. Pontos
importantes:
Pontos importantes:
Bons estudos!
Prof. Renan Araujo
6! EXERCêCIOS DA AULA
7! EXERCêCIOS COMENTADOS
Em sentido contr‡rio...
Entretanto, ele TAMBƒM est‡ previsto no C—digo Penal, em seu art. 1¡:
Art. 1¼ - N‹o h‡ crime sem lei anterior que o defina. N‹o h‡ pena sem prŽvia
comina•‹o legal.
Este princ’pio, quem vem do latim (Nullum crimen sine praevia lege), estabelece
que uma conduta n‹o pode ser considerada criminosa se, quando de sua
realiza•‹o, n‹o havia lei considerando esta conduta como crime.
Entretanto, o Princ’pio da Legalidade se divide em dois outros princ’pios, o da
Reserva Legal e o da Anterioridade da Lei Penal.
O princ’pio da Reserva Legal estabelece que SOMENTE LEI (EM SENTIDO
ESTRITO) pode definir condutas criminosas e estabelecer penas. Nas palavras de
Cezar Roberto Bitencourt:
Òpelo princ’pio da legalidade, a elabora•‹o de normas incriminadoras Ž fun•‹o
exclusiva da lei, isto Ž, nenhum fato pode ser considerado crime e nenhuma pena
criminal pode ser aplicada sem que antes da ocorr•ncia deste fato exista uma lei
definindo-o como crime e cominando-lhe a san•‹o correspondente.Ó (Bitencourt,
Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal, parte geral, volume I. Ed. Saraiva.11¼ Ed.
Atualizada Ð S‹o Paulo Ð 2007)
Percebam que o autor fala em ÒPrinc’pio da LegalidadeÓ. Isso ocorre porque certa
parte da Doutrina n‹o faz distin•‹o entre princ’pio da legalidade e princ’pio da
reserva legal, como se fossem sin™nimos. Entretanto, entendo, como a maioria
da Doutrina, que essa distin•‹o existe, e que a reserva legal Ž apenas uma
vertente do princ’pio da legalidade, sendo a outra vertente o princ’pio da
anterioridade da lei penal.
Assim, somente a Lei (editada pelo Poder Legislativo) pode definir crimes e
cominar penas. Logo, Medida Provis—ria, Decretos, e demais diplomas legislativos
NÌO PODEM ESTABELECER CONDUTAS CRIMINOSAS NEM COMINAR SAN‚ÍES.
O princ’pio da anterioridade da lei penal estabelece que n‹o basta que a
criminaliza•‹o de uma conduta se d• por meio de Lei em sentido estrito, mas que
esta lei seja anterior ao fato, ˆ pr‡tica da conduta.
O princ’pio da anterioridade da lei penal culmina no princ’pio da irretroatividade
da lei penal. Pode-se dizer, inclusive, que s‹o sin™nimos. Entretanto, a lei penal
pode retroagir. Como assim? Quando ela beneficia o rŽu, estabelecendo uma
8! GABARITO
01.! CORRETA
02.! ERRADA
03.! ERRADA
04.! ERRADA
05.! ERRADA
06.! ERRADA
07.! ERRADA
08.! ERRADA
09.! CORRETA
10.! CORRETA
11.! ERRADA
12.! ERRADA
13.! ERRADA
14.! CORRETA
15.! ERRADA
16.! ALTERNATIVA B
17.! ERRADA
18.! ERRADA
19.! ERRADA
20.! ERRADA
21.! ERRADA
22.! ERRADA
23.! ALTERNATIVA C
24.! ANULADA
25.! CORRETA
26.! CORRETA