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Aula 00
Aula Demonstrativa
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AULA DEMONSTRATIVA: HISTîRIA DO DIREITO PENAL.
CRIMINOLOGIA E POLêTICA CRIMINAL. PRINCêPIOS
CONSTITUCIONAIS E GERAIS DO DIREITO PENAL.
SUMçRIO
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1. HISTîRIA DO DIREITO PENAL .................................................................... 9
2. CRIMINOLOGIA E POLêTICA CRIMINAL ..................................................... 11
3. PRINCêPIOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO PENAL ................................ 12
3.1. Princ’pio da legalidade ........................................................................... 12
3.1.1. Princ’pio da Reserva Legal ....................................................................... 13
3.1.2. Princ’pio da anterioridade da Lei penal ...................................................... 16
3.2. Princ’pio da individualiza•‹o da pena ..................................................... 18
3.3. Princ’pio da intranscend•ncia da pena ................................................... 19
3.4. Princ’pio da limita•‹o das penas ou da humanidade............................... 20
3.5. Princ’pio da presun•‹o de inoc•ncia ou presun•‹o de n‹o culpabilidade 20
3.6. Disposi•›es constitucionais relevantes .................................................. 23
3.6.1. Veda•›es constitucionais aplic‡veis a crimes graves .................................... 23
3.6.2. Tribunal do Jœri ...................................................................................... 24
3.6.3. Menoridade Penal ................................................................................... 24
4. OUTROS PRINCêPIOS DO DIREITO PENAL ................................................. 24
4.1. Princ’pio da alteridade (ou lesividade) ................................................... 25
4.2. Princ’pio da ofensividade ....................................................................... 25
4.3. Princ’pio da Adequa•‹o social ................................................................ 25
4.4. Princ’pio da Fragmentariedade do Direito Penal ..................................... 25
4.5. Princ’pio da Subsidiariedade do Direito Penal ........................................ 25
4.6. Princ’pio da Interven•‹o m’nima (ou Ultima Ratio)................................ 26
4.7. Princ’pio do ne bis in idem ..................................................................... 26
4.8. Princ’pio da proporcionalidade ............................................................... 26
4.9. Princ’pio da confian•a ............................................................................ 26
4.10. Princ’pio da insignific‰ncia (ou da bagatela) ....................................... 27
5. RESUMO .................................................................................................... 31
6. EXERCêCIOS DA AULA ............................................................................... 35
7. GABARITO ................................................................................................. 37
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TEMA 2: CRIMINOLOGIA 00
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TEMA 4: PRINCêPIOS DO DIREITO PENAL 05
Conduta 00
Rela•‹o de causalidade 05
Tipicidade 00
Antijuridicidade 04
Culpabilidade 04
Consuma•‹o e tentativa 01
Desist•ncia volunt‡ria 01
Arrependimento eficaz 00
Arrependimento posterior 01
Crime imposs’vel 01
Erro 09
Origens e finalidades 00
EspŽcies de penas 00
Aplica•‹o da pena 05
Concurso de crimes 04
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Prescri•‹o 04
Livramento condicional 01
Remi•‹o 00
Detra•‹o 00
Incidentes da execu•‹o 01
TOTAL 116
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Direito pela UNESA e p—s-graduado em Direito Pœblico pela Universidade
Gama Filho. Fiz o exame da OAB em 2009 e, gra•as a Deus, deu
tudo certo!
Neste curso voc•s receber‹o todas as informa•›es necess‡rias para
que possam ter sucesso na prova da OAB. Acreditem, voc•s n‹o v‹o se
arrepender! O EstratŽgia OAB est‡ comprometido com sua
aprova•‹o, ou seja, com voc•!
Mas Ž poss’vel que, mesmo diante de tudo isso que eu disse, voc•
ainda n‹o esteja plenamente convencido de que o EstratŽgia OAB Ž a
melhor escolha. Eu entendo voc•, j‡ estive deste lado do computador. Ës
vezes Ž dif’cil escolher o melhor material para sua prepara•‹o. Contudo,
alguns colegas de caminhada podem te ajudar a resolver este impasse:
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Bom, como j‡ adiantei, neste curso estudaremos todo o conteœdo
de Direito Penal previsto no edital do exame da OAB. Adotaremos o
seguinte cronograma:
Abaixo segue o plano de aulas do curso todo:
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AULA CONTEòDO DATA
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contra a paz pœblica. ∋
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Como disse, o conteœdo cobre todo o programa exigido no
exame da OAB. Contudo, ser‡ dada •nfase ao que mais Ž cobrado. Em
rela•‹o aos temas menos cobrados, faremos uma an‡lise menos
aprofundada.
AlŽm do nosso material em formato PDF, teremos ainda 16
videoaulas (30 minutos cada) especificamente gravadas para o
Exame da OAB. Nestas videoaulas vamos tratar dos pontos mais
relevantes para a prova da OAB1, inclusive mediante a resolu•‹o de
diversas quest›es cobradas anteriormente no Exame de Ordem.
E-mail: profrenanaraujo@gmail.com
Periscope: @profrenanaraujo
Facebook: www.facebook.com/profrenanaraujoestrategia
Instagram: www.instagram.com/profrenanaraujo/?hl=pt-br
Youtube:
www.youtube.com/channel/UClIFS2cyREWT35OELN8wcFQ
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N‹o haver‡ videoaulas sobre todos os pontos, apenas sobre os pontos MAIS IMPORTANTES.
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Observa•‹o importante: este curso Ž protegido por direitos autorais
(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida
a legisla•‹o sobre direitos autorais e d‡ outras provid•ncias.
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1.!HISTîRIA DO DIREITO PENAL
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A Hist—ria do Direito Penal pode ser dividida, basicamente, em tr•s
grandes momentos:
¥!VINGAN‚A DIVINA
¥!VINGAN‚A PRIVADA
¥!VINGAN‚A PòBLICA
A vingan•a divina Ž a primeira forma de manifesta•‹o do Direito
Penal. Para os primitivos povos que adotaram este sistema, a Lei
emanava de Deus, e sua eventual viola•‹o constituiria numa ofensa a
Deus (ou deuses), de forma que a pena surgiria como forma de repara•‹o
do elo rompido com o criador, promovendo a expia•‹o do ÒpecadoÓ do
infrator (confus‹o entre crime e pecado) e a purifica•‹o de todo o grupo.
As penas variavam, com not—ria men•‹o ˆ pena capital (pena de
morte) e ˆ pena de Òperda da pazÓ, que consistia na retirada do
delinquente da prote•‹o do grupo em que vivia, de forma a demonstrar ˆ
divindade ofendida que o ofensor n‹o era benvindo no grupo.
A vingan•a privada surgiu posteriormente, j‡ como reflexo da
evolu•‹o da sociedade e das rela•›es entre os povos e o processo de
desvincula•‹o entre Deus e o Estado.
Aqui o crime era visto como ofensa ˆ v’tima e, em œltima an‡lise, ao
pr—prio grupo a que pertencia, tanto que se a ofensa partisse de alguŽm
de fora do grupo, a vingan•a era exercida pelo grupo ofendido contra o
ÒgrupoÓ ofensor (o grupo a que pertencia o ofensor).
Como a vingan•a ficava a cargo do particular ofendido, naturalmente
havia uma despropor•‹o entre ofensa e retalia•‹o, j‡ que o Homem Ž
passional por natureza. Assim, surgiram os primeiros diplomas
normativos que materializavam (ainda que de forma rudimentar) o
princ’pio da proporcionalidade, como a Lei de Tali‹o, que previa: Òolho por
olho, vida por vida, etc.Ó, como forma de impedir uma resposta mais
severa do que a ofensa inicial.
Por fim, chegamos ˆ era da vingan•a pœblica, cuja principal
caracter’stica Ž a assun•‹o, pelo Estado, do IUS PUNIENDI, ou seja, o
Estado chama para si o poder-dever de exercer o poder punitivo na
sociedade, n‹o havendo mais espa•o para a vingan•a privada, para a
ÒJusti•a pelas pr—prias m‹osÓ2.
Com o passar dos anos, v‡rias sociedades desenvolveram sistemas
penais que contribu’ram muito para a constru•‹o deste modelo de Direito
Penal que possu’mos nos dias de hoje (Com varia•›es em cada pa’s, mas
com uma unidade em geral). Dentre estas comunidades destacam-se:
¥! IDADE ANTIGA Ð Direito GREGO, com apelo fortemente
social (o homem como indiv’duo da polis), com in’cio das discuss›es
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
2
Vale ressaltar que o Direito Penal admite, de forma EXCEPCIONAL, a ÒJusti•a pelas pr—prias
m‹osÓ, quando alguŽm est‡ em situa•‹o de leg’tima defesa, por exemplo.
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acerca dos fundamentos da pena, finalidade da pena, etc. Direito
ROMANO, com in’cio da distin•‹o entre crimes pœblicos (que
afetavam mais a sociedade que o particular) e crimes privados
(afetavam mais o particular que a sociedade). Os crimes pœblicos
eram julgados pelo Estado, enquanto os crimes privados eram
resolvidos pelo pr—prio ofendido, com a supervis‹o do Estado. Aqui
tivemos um grande desenvolvimento da Doutrina Penal, com
estudos importantes sobre dolo, culpa, nexo de causalidade,
imputabilidade, etc.;
¥! IDADE MƒDIA Ð Direito Penal GERMåNICO, que se
caracterizava pela aus•ncia de leis escritas, sendo eminentemente
consuetudin‡rio (costumes). Posteriormente, adotaram-se algumas
normas oriundas do Direito Romano e da Lei do Tali‹o. Curioso era
o sistema probat—rio, em que se adotavam as îRDçLIAS OU
JUêZOS DE DEUS, que consistiam por supersti•›es como, por
exemplo, submeter o acusado a atos cruŽis, de forma que se n‹o
apresentasse ferimentos Ž porque Deus estava a indicar que era
inocente, caso contr‡rio, seria considerado culpado. Vai entender,
rs... O Direito CANïNICO era o ordenamento jur’dico da
(PODEROSêSISMA) Igreja Cat—lica. Primeiramente tinha car‡ter
disciplinar (apenas em rela•‹o aos membros), mas com a crescente
influ•ncia da Igreja no Estado, se estendeu aos demais, sempre que
o delito tivesse conota•‹o religiosa, tendo servido de base para a
famosa Inquisi•‹o;
¥! IDADE MODERNA Ð A idade moderna (PERêODO
HUMANITçRIO) se caracteriza pela forte influ•ncia do movimento
iluminista, do qual se destaca a Obra de Cesare Beccaria, Dos
delitos e das penas, que, surpreendentemente para a Žpoca, pugna
pelo fim das penas cruŽis e da pena de morte, antecipando aquelas
que seriam as bases axiol—gicas da futura Declara•‹o Universal dos
Direitos do Homem e do Cidad‹o (1789). Para ele a pena deveria
ser imposta apenas como forma de o condenado n‹o vir a cometer
novos crimes, servindo de exemplo aos demais. Nessa fase, o Juiz
somente poderia aplicar as penas previstas em Lei, a consagra•‹o
do princ’pio da reserva legal (subprinc’pio do princ’pio da
legalidade).
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¥! ORDENA‚ÍES MANUELINAS Ð Foram promulgadas em
1514 e foram mera continuidade das Ordena•›es Afonsinas, sem
grandes altera•›es.
¥! ORDENA‚ÍES FILIPINAS Ð Vigoraram entre 1603 e 1830.
TambŽm n‹o introduziram altera•›es substanciais no sistema
vigente.
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A Constitui•‹o de 1824 j‡ havia dado um grande passo nesse sentido, ao abolir as penas cruŽis,
como de tortura, a•oites, etc. AlŽm disso, a mesma Constitui•‹o instituiu o princ’pio da
PERSONALIDADE DA PENA, ao prever que nenhuma pena poderia passar da pessoa do apenado.
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A Pol’tica Criminal, por sua vez, Ž o ramo que estuda os meios de
preven•‹o e repress‹o ˆ criminalidade. Ou seja, a pol’tica criminal se vale
da criminologia para tra•ar estratŽgias de controle penal, seja pela
amplia•‹o ou restri•‹o de condutas incriminadas, estabelecimento das
penas adequadas, etc.
As ci•ncias criminais, por seu turno, englobam:
¥! CRIMINOLOGIA
¥! POLêTICA CRIMINAL
¥! DIREITO PENAL
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O princ’pio da legalidade est‡ previsto no art. 5¡, XXXIX da
Constitui•‹o Federal4 e TAMBƒM est‡ previsto no C—digo Penal, em seu
art. 1¡5.
Nas palavras de Cezar Roberto Bitencourt:
Òpelo princ’pio da legalidade, a elabora•‹o de normas incriminadoras Ž fun•‹o
exclusiva da lei, isto Ž, nenhum fato pode ser considerado crime e nenhuma
pena criminal pode ser aplicada sem que antes da ocorr•ncia deste fato
exista uma lei definindo-o como crime e cominando-lhe a san•‹o
correspondente.Ó6
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4
XXXIX - n‹o h‡ crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prŽvia comina•‹o legal;
5
Art. 1¼ - N‹o h‡ crime sem lei anterior que o defina. N‹o h‡ pena sem prŽvia comina•‹o legal.
6
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal Ð Parte Geral. Ed. Saraiva, 21¼ edi•‹o.
S‹o Paulo, 2015, p. 51
7
BITENCOURT, Op. cit., P. 51
8
GOMES, Luiz Flavio. BIANCHINI, Alice. Curso de Direito Penal. JusPodivm. Salvador, 2015, p. 66
9
Inclusive os tratados internacionais, que devem ser incorporados ao nosso ordenamento jur’dico
por meio de Lei. GOMES, Luiz Flavio. BIANCHINI, Alice. Op. cit., p. 67
10
STF, RE 254.818-PR.
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O princ’pio da reserva legal implica a proibi•‹o da edi•‹o de leis
vagas, com conteœdo impreciso. Isso porque a exist•ncia de leis cujo
conteœdo n‹o seja claro, que n‹o se sabe ao certo qual conduta est‡
sendo criminalizada, acaba por retirar toda a fun•‹o do princ’pio da
reserva legal, que Ž dar seguran•a jur’dica ˆs pessoas, para que estas
saibam exatamente se as condutas por elas praticadas s‹o, ou n‹o,
crime.
EXEMPLO: Imagine que a Lei X considere como criminosas as
condutas que atentem contra os bons costumes. Ora, alguŽm sabe
definir o que s‹o bons costumes? N‹o, pois se trata de um termo muito
vago, muito genŽrico, que pode abranger uma infinidade de condutas.
Assim, n‹o basta que se trate de lei em sentido estrito (Lei formal), esta
lei tem que estabelecer precisamente a conduta que est‡ sendo
criminalizada, sob pena de ofensa ao princ’pio da legalidade. Trata-se do
princ’pio da taxatividade da lei penal.11
Entretanto, fiquem atentos! Existem as chamadas NORMAS
PENAIS EM BRANCO. As normas penais em branco s‹o aquelas que
dependem de outra norma para que sua aplica•‹o seja poss’vel. Por
exemplo: A Lei de Drogas (Lei 11.343/06) estabelece diversas condutas
criminosas referentes ˆ comercializa•‹o, transporte, posse, etc., de
subst‰ncia entorpecente. Mas quais seriam as subst‰ncias
entorpecentes proibidas? As subst‰ncias entorpecentes proibidas est‹o
descritas em uma portaria expedida pela ANVISA. Assim, as normas
penais em branco s‹o legais, n‹o violam o princ’pio da reserva
legal, mas sua aplica•‹o depende da an‡lise de outra norma jur’dica.12
A Doutrina divide, ainda, as normas penais em branco13 em:
¥! Homog•neas (norma penal em branco em sentido amplo) Ð
A complementa•‹o Ž realizada por uma fonte hom—loga, ou
seja, pelo mesmo —rg‹o que produziu a norma penal em
branco.
¥! Heterog•neas (norma penal em branco em sentido estrito)
Ð A complementa•‹o Ž realizada por fonte heter—loga, ou seja,
por —rg‹o diverso daquele que produziu a norma penal
em branco.
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do rŽu. Assim, n‹o pode o Juiz utilizar uma norma penal X para um caso
Y, por entender que o caso Ž semelhante, de forma a tornar mais gravosa
a situa•‹o daquele que praticou a conduta. Isso seria analogia in malam
partem.
Com rela•‹o ˆ interpreta•‹o extensiva, parte da Doutrina entende
que Ž poss’vel, outra parte entende que, ˆ semelhan•a da analogia in
malam partem, n‹o Ž admiss’vel. A interpreta•‹o extensiva difere da
analogia, pois naquela a previs‹o legal existe, mas est‡ impl’cita. Nesta, a
previs‹o legal n‹o existe, mas o Juiz entende que por ser semelhante a
uma hip—tese existente, deva ser assim enquadrada. Cuidado com essa
diferen•a!
Entretanto, em prova objetiva, o que fazer? Nesse caso, sugiro
adotar o entendimento de que Ž poss’vel a interpreta•‹o extensiva,
mesmo que prejudicial ao rŽu, pois este foi o entendimento adotado pelo
STF (ainda que n‹o haja uma jurisprud•ncia s—lida nesse sentido).15
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15
RHC 106481/MS - STF
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Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.!
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Obviamente, se a lei nova, ao invŽs de estabelecer uma pena mais
branda, estabelece que a conduta deixa de ser crime (O que chamamos
de abolitio criminis), TAMBƒM SERç APLICADA AOS FATOS
OCORRIDOS ANTES DE SUA VIGæNCIA, POR SER MAIS BENƒFICA
AO RƒU.
Assim, lembrando:
Legalidade = Anterioridade + Reserva Legal
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COMENTçRIOS: H‡, aqui, ofensa ao subprinc’pio da reserva legal (um
dos subprinc’pios do princ’pio da LEGALIDADE), pois em matŽria penal
somente LEI EM SENTIDO ESTRITO (Diploma legal emanado do Poder
Legislativo) pode criar tipos penais, n‹o podendo haver a cria•‹o de tipo
penal por meio de decretos, medidas provis—rias, etc.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
17
GOMES, Luiz Flavio. BIANCHINI, Alice. Op. cit., p. 76
18
Por esta raz‹o, em 2006, o STF declarou a inconstitucionalidade do artigo da Lei de Crimes
Hediondos (Lei 8.072/90) que previa a impossibilidade de progress‹o de regime nesses casos, nos
quais o rŽu deveria cumprir a pena em regime integralmente fechado. O STF entendeu que a
terceira fase de individualiza•‹o da pena havia sido suprimida, violando o princ’pio constitucional.
19
XLVIII - a pena ser‡ cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do
delito, a idade e o sexo do apenado;
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3.3.! Princ’pio da intranscend•ncia da pena20
Este princ’pio constitucional do Direito Penal est‡ previsto no art. 5¡,
XLV da Constitui•‹o Federal:
XLV - nenhuma pena passar‡ da pessoa do condenado, podendo a
obriga•‹o de reparar o dano e a decreta•‹o do perdimento de bens ser, nos
termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, atŽ o
limite do valor do patrim™nio transferido; (grifo nosso)
Esse princ’pio impede que a pena ultrapasse a pessoa do infrator.
EXEMPLO: Se Paulo comete um crime, e morre em seguida, est‡ extinta
a punibilidade, ou seja, o Estado n‹o pode mais punir em raz‹o do crime
praticado, pois a morte do infrator Ž uma das causas de extin•‹o do
poder punitivo do Estado.
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patrim™nio. Neste caso, com a morte do infrator, extingue-se a
punibilidade, n‹o podendo ser executada a pena de multa.
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A Presun•‹o de inoc•ncia Ž o maior pilar de um Estado
Democr‡tico de Direito, pois, segundo este princ’pio, nenhuma pessoa
pode ser considerada culpada (e sofrer as consequ•ncias disto) antes do
tr‰nsito em julgado se senten•a penal condenat—ria. Nos termos do art.
5¡, LVII da CRFB/88:
LVII - ninguŽm ser‡ considerado culpado atŽ o tr‰nsito em julgado de
senten•a penal condenat—ria;
O que Ž tr‰nsito em julgado de senten•a penal condenat—ria?
ƒ a situa•‹o na qual a senten•a proferida no processo criminal,
condenando o rŽu, n‹o pode mais ser modificada atravŽs de recurso.
Assim, enquanto n‹o houver uma senten•a criminal condenat—ria
irrecorr’vel, o acusado n‹o pode ser considerado culpado e, portanto,
n‹o pode sofrer as consequ•ncias da condena•‹o.
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como cumprimento de pena, mas sim de uma pris‹o cautelar, ou seja,
para garantir que o processo penal seja devidamente instru’do ou
eventual senten•a condenat—ria seja cumprida. Por exemplo: Se o rŽu
est‡ dando sinais de que vai fugir (tirou passaporte recentemente), e o
Juiz decreta sua pris‹o preventiva, o faz n‹o por consider‡-lo culpado,
mas para garantir que, caso seja condenado, cumpra a pena. Voc•s
ver‹o mais sobre isso na aula sobre Pris‹o e Liberdade Provis—ria! ☺
Vou transcrever para voc•s agora alguns pontos que s‹o pol•micos e
a respectiva posi•‹o dos Tribunais Superiores, pois isto Ž importante.
¥! Processos criminais em curso e inquŽritos policiais em
face do acusado podem ser considerados maus
antecedentes? Segundo o STJ e o STF n‹o, pois em nenhum
deles o acusado foi condenado de maneira irrecorr’vel, logo,
n‹o pode ser considerado culpado nem sofrer qualquer
consequ•ncia em rela•‹o a eles (sœmula 444 do STJ).
¥! Regress‹o de regime de cumprimento da pena Ð O STJ e
o STF entendem que NÌO Hç NECESSIDADE DE
CONDENA‚ÌO PENAL TRANSITADA EM JULGADO para que
o preso sofra a regress‹o do regime de cumprimento de pena
mais brando para o mais severo (do semiaberto para o
fechado, por exemplo).21
¥! Revoga•‹o do benef’cio da suspens‹o condicional do
processo em raz‹o do cometimento de crime Ð Prev• a Lei
9.099/95 que em determinados crimes, de menor potencial
ofensivo, pode ser o processo criminal suspenso por
determinado prazo, devendo o rŽu cumprir algumas obriga•›es
durante este prazo (dentre elas, n‹o cometer novo crime),
findo o qual estar‡ extinta sua punibilidade. Nesse caso, o STF
e o STJ entendem que, descoberta a pr‡tica de crime pelo
acusado beneficiado com a suspens‹o do processo, este
benef’cio deve ser revogado, por ter sido descumprida uma das
condi•›es, n‹o havendo necessidade de tr‰nsito em
julgado da senten•a condenat—ria do crime novo.
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inoc•ncia, admitindo que a ÒculpaÓ (para fins de cumprimento da pena)
j‡ estaria formada nesse momento (embora a CF/88 seja expressa em
sentido contr‡rio). Isso significa que, possivelmente, teremos (num
futuro breve) altera•‹o na jurisprud•ncia consolidada do STF e do STJ,
de forma que a•›es penais em curso passem a poder ser consideradas
como maus antecedentes, desde que haja, pelo menos, condena•‹o em
segunda inst‰ncia por —rg‹o colegiado (mesmo sem tr‰nsito em julgado),
alŽm de outros reflexos que tal relativiza•‹o provoca (HC 126292/SP,
rel. Min. Teori Zavascki, 17.2.2016).
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Assim:
¥! INAFIAN‚ABILIDADE Ð Todos
¥! IMPRESCRITIBILIDADE Ð Somente RA‚ÌO (Racismo +
A‚ÌO de grupos armados)
¥! INSUSCETIBILIDADE GRA‚A E ANISTIA Ð TTTH (Tortura,
Terrorismo, Tr‡fico e Hediondos)
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4.1.! Princ’pio da alteridade (ou lesividade)
Este princ’pio preconiza que o fato, para ser MATERIALMENTE
crime, ou seja, para que ele possa ser considerado crime em sua
ess•ncia, ele deve causar les‹o a um bem jur’dico de terceiro. Desse
princ’pio decorre que o DIREITO PENAL NÌO PUNE A AUTOLESÌO.
Assim, aquele que destr—i o pr—prio patrim™nio n‹o pratica crime de dano,
aquele que se lesiona fisicamente n‹o pratica o crime de les›es corporais,
etc.
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
23
DÕçVILA, F‡bio Roberto. Ofensividade em Direito Penal: Escritos sobre a teoria do crime como
ofensa a bens jur’dicos. Porto Alegre: Ed. Livraria do Advogado, 2009. p. 67.
24
BECHARA, Ana Elisa Liberatore Silva. Bem jur’dico-penal. Ed. Quartier Latin. S‹o Paulo, 2014, p.
77.
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n‹o puderem tutelar satisfatoriamente o bem jur’dico que se
busca proteger.25
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
25
ROXIN, Claus. Derecho penal, parte general: Tomo I. Civitas. Madrid, 1997, p. 65.
26
TOLEDO, Francisco de Assis. Princ’pios b‡sicos de Direito Penal. S‹o Paulo: Ed. Saraiva, 1994.
p. 13-14.
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Este princ’pio nem sempre Ž citado pela Doutrina. Prega que todos
possuem o direito de atuar acreditando que as demais pessoas ir‹o agir
de acordo com as normas que disciplinam a vida em sociedade.
Assim, exemplificativamente, quando alguŽm ultrapassa um sinal
VERDE e acaba colidindo lateralmente com outro ve’culo que avan•ou o
sinal VERMELHO, aquele que ultrapassou o sinal verde agiu amparado
pelo princ’pio da confian•a, n‹o tendo culpa, j‡ que dirigia na expectativa
de que os demais respeitariam as regras de sinaliza•‹o.
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#! Furto qualificado
#! Moeda falsa
#! Tr‡fico de drogas
#! Roubo (ou qualquer crime cometido com viol•ncia ou grave
amea•a ˆ pessoa) 28
#! Crimes contra a administra•‹o pœblica29
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STJ entende que Ž R$ 10.000,00, enquanto o STF sustenta que Ž
R$ 20.000,00.
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COMENTçRIOS: Tratando-se de crime de descaminho, e sendo o valor
de apenas R$ 3.500,00, deve ser aplicado o princ’pio da insignific‰ncia, j‡
que o valor se encontra abaixo do patamar estabelecido pelos Tribunais
Superiores para que a tipicidade MATERIAL da conduta esteja
configurada.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.
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A) O princ’pio da insignific‰ncia funciona como causa de exclus‹o
da culpabilidade. A conduta do agente, embora t’pica e il’cita, n‹o
Ž culp‡vel.
B) A m’nima ofensividade da conduta, a aus•ncia de
periculosidade social da a•‹o, o reduzido grau de reprovabilidade
do comportamento e a inexpressividade da les‹o jur’dica
constituem, para o Supremo Tribunal Federal, requisitos de ordem
objetiva autorizadores da aplica•‹o do princ’pio da insignific‰ncia.
C) A jurisprud•ncia predominante dos tribunais superiores Ž
acorde em admitir a aplica•‹o do princ’pio da insignific‰ncia em
crimes praticados com emprego de viol•ncia ou grave amea•a ˆ
pessoa (a exemplo do roubo).
D) O princ’pio da insignific‰ncia funciona como causa de
diminui•‹o de pena.
COMENTçRIOS:
A) ERRADA: O princ’pio da insignific‰ncia Ž causa de exclus‹o da
tipicidade MATERIAL, pois a conduta do agente Ž minimamente ofensiva,
ou seja, incapaz de ofender gravemente o bem jur’dico tutelado pela
norma penal.
B) CORRETA: Como vimos, o STF entende que estes s‹o requisitos
objetivos para a caracteriza•‹o do princ’pio da insignific‰ncia.
C) ERRADA: Os tribunais superiores entendem que o princ’pio da
insignific‰ncia n‹o se aplica aos crimes praticados com viol•ncia ou grave
amea•a ˆ pessoa.
D) ERRADA: O princ’pio da insignific‰ncia gera a absolvi•‹o, pela
atipicidade da conduta (aus•ncia de tipicidade material).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.
5.!RESUMO
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#! O princ’pio da legalidade se divide em Òreserva legalÓ (necessidade
de Lei formal) e ÒanterioridadeÓ (necessidade de que a Lei seja
anterior ao fato criminoso)
#! Normas penais em branco n‹o violam tal princ’pio
#! Lei penal n‹o pode retroagir, sob pena de viola•‹o ˆ anterioridade.
EXCE‚ÌO: poder‡ retroagir para beneficiar o rŽu.
#! Somente Lei formal pode criar condutas criminosas e cominar
penas. OBS.: Medida Provis—ria pode descriminalizar condutas e
tratar de temas favor‡veis ao rŽu (h‡ diverg•ncias, mas isto Ž o
que prevalece no STF).
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colegiado (TJ, TRF, etc.), relativizando o princ’pio da presun•‹o de
inoc•ncia (HC 126292/SP, rel. Min. Teori Zavascki, 17.2.2016).
Desse princ’pio decorre que o ™nus da prova cabe ao acusador. O rŽu Ž,
desde o come•o, inocente, atŽ que o acusador prove sua culpa.
Pontos importantes:
#! A exist•ncia de pris›es provis—rias (pris›es decretadas no curso do
processo) n‹o ofende a presun•‹o de inoc•ncia
#! Processos criminais em curso e inquŽritos policiais em face do
acusado NÌO podem ser considerados maus antecedentes (nem
circunst‰ncias judiciais desfavor‡veis) Ð Sœmula 444 do STJ
#! N‹o se exige senten•a transitada em julgado (pelo novo crime) para
que o condenado sofra regress‹o de regime (pela pr‡tica de novo
crime)
#! N‹o se exige senten•a transitada em julgado (pelo novo crime) para
que haja revoga•‹o da suspens‹o condicional do processo.
!
OUTROS PRINCêPIOS DO DIREITO PENAL
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Princ’pio do ne bis in idem Ð NinguŽm pode ser punido duplamente
pelo mesmo fato. NinguŽm poder‡, sequer, ser processado duas vezes
pelo mesmo fato.
Pontos importantes:
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#! Descaminho Ð Cabe aplica•‹o do princ’pio da insignific‰ncia.
PATAMAR: O STJ entende que Ž R$ 10.000,00, enquanto o STF
sustenta que Ž R$ 20.000,00.
___________
6.!EXERCêCIOS DA AULA
01.! (FGV Ð 2013 Ð OAB Ð XI Ð EXAME DA OAB)
O Art. 33 da Lei n. 11.343/06 (Lei Antidrogas) diz: ÒImportar, exportar,
remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor ˆ venda,
oferecer, ter em dep—sito, transportar, trazer consigo, guardar,
prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que
gratuitamente, sem autoriza•‹o ou em desacordo com determina•‹o legal
ou regulamentar. Pena Ð reclus‹o de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e
pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.Ó
Analisando o dispositivo acima, pode-se perceber que nele n‹o est‹o
inseridas as espŽcies de drogas n‹o autorizadas ou que se encontram em
desacordo com determina•‹o legal ou regulamentar.
Dessa forma, Ž correto afirmar que se trata de uma norma penal
A) em branco homog•nea.
B) em branco heterog•nea.
C) incompleta (ou secundariamente remetida).
D) em branco inversa (ou ao avesso).
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c) H‡ ofensa ao princ’pio da reserva legal, pois n‹o Ž poss’vel a cria•‹o de
tipos penais por meio de medida provis—ria.
d) H‡ ofensa ao princ’pio da reserva legal, pois n‹o cabe ao Presidente da
Repœblica a iniciativa de lei em matŽria penal.
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Aula Demonstrativa
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inexpressividade da les‹o jur’dica constituem, para o Supremo Tribunal
Federal, requisitos de ordem objetiva autorizadores da aplica•‹o do
princ’pio da insignific‰ncia.
C) A jurisprud•ncia predominante dos tribunais superiores Ž acorde em
admitir a aplica•‹o do princ’pio da insignific‰ncia em crimes praticados
com emprego de viol•ncia ou grave amea•a ˆ pessoa (a exemplo do
roubo).
D) O princ’pio da insignific‰ncia funciona como causa de diminui•‹o de
pena.
7.!GABARITO
01.! ALTERNATIVA B
02.! ALTERNATIVA C
03.! ALTERNATIVA D
04.! ALTERNATIVA B
05.! ALTERNATIVA B
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Aula Demonstrativa
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