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Aula 03

Direito Processual Penal p/ Polícia Civil-GO (Agente) - Com videoaulas

Professor: Renan Araujo


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AULA 03: JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA. !

CIRCUNSCRIÇÃO.

SUMÁRIO
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1. JURISDIÇÃO ................................................................................................ 3
1.1. Conceito ................................................................................................... 3
1.2. Características da Jurisdição .................................................................... 4
1.2.1. Inércia .................................................................................................... 4
1.2.2. Caráter substitutivo .................................................................................. 5
1.2.3. Definitividade........................................................................................... 5
1.3. Princípios da Jurisdição ............................................................................ 5
1.3.1. Investidura .............................................................................................. 5
1.3.2. Indelegabilidade ....................................................................................... 6
1.3.3. Inevitabilidade da jurisdição....................................................................... 6
1.3.4. Inafastabilidade da jurisdição (ou indeclinabilidade) ...................................... 6
1.3.5. Princípio do Juiz natural ............................................................................ 7
1.3.6. Territorialidade (Aderência ou improrrogabilidade) ........................................ 7
1.4. Espécies de Jurisdição .............................................................................. 7
2. DA COMPETÊNCIA ....................................................................................... 8
2.1. Competência em razão da matéria (ratione materiae) ou competência de
Jurisdição ou competência de Justiça. ............................................................... 9
2.2. Competência em razão da pessoa (ratione personae) ............................ 12
2.2.1. Conflito aparente entre a competência de foro por prerrogativa de função e a
competência do Tribunal do Júri ........................................................................... 15
2.3. Competência Territorial (ratione loci) .................................................... 16
2.3.1. Em razão do local da infração................................................................... 16
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2.3.2. Em razão do domicílio do réu ................................................................... 19


2.4. Da Conexão e da Continência ................................................................. 19
2.5. Regras aplicáveis nos casos de determinação da competência pela conexão
ou continência ................................................................................................. 21
2.6. Separação de processos em hipóteses de conexão e continência ........... 23
2.7. Competência penal do STF, do STJ, doa TRFs, dos Juízes Federais e dos
Juizados Especiais Criminais Federais ............................................................. 25
2.7.1. Da competência criminal do STF ............................................................... 26
2.7.2. Competência Criminal do STJ ................................................................... 30
2.7.3. Competência Criminal da Justiça Federal (Juízes, TRFs e Juizados Especiais
Federais) ........................................................................................................... 32
2.7.4. Pontos polêmicos ................................................................................... 36

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3. RESUMO .................................................................................................... 36
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4. EXERCÍCIOS DA AULA ............................................................................... 46
5. QUESTÕES COMENTADAS .......................................................................... 60
6. GABARITO ................................................................................................. 86
!

Olá, meus amigos!

Hoje vamos estudar um tema MUITO relevante, que costuma ser


muito cobrado em provas de concursos públicos, que é a competência.
Antes, daremos uma passada pela Jurisdição, pois é fundamental para a
perfeita compreensão da competência no processo penal. Veremos, ainda,
os conceitos de atribuição e circunscrição.

Bons estudos!

Prof. Renan Araujo

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1.! JURISDIÇÃO !

1.1.! Conceito
O Estado, enquanto poder soberano, exerce três grandes funções:
Administrativa, legislativa e jurisdicional. A primeira é exercida pelo
Executivo, a segunda pelo Legislativo e a terceira pelo Judiciário. Nas aulas
de Direito Constitucional vocês verão que, na verdade, cada um dos
Poderes da República exerce primordialmente uma função, e não
exclusivamente. Entretanto, para o nosso estudo, basta que vocês
saibam isso.
Dentre estas funções, como eu disse acima, ao Judiciário cabe a função
jurisdicional. Mas em que consiste a função jurisdicional? Para
entendermos, vamos à etimologia da palavra.
Jurisdição deriva do latim, iuris dictio, que significa DIZER O
DIREITO. Partindo desta premissa, podemos conceituar a Jurisdição
como:
A atuação do Estado consistente na aplicação do Direito vigente a
um caso concreto, resolvendo-o de maneira definitiva, cujo objetivo
é sanar uma crise jurídica e trazer a paz social.

E o que seriam a CIRCUNSCRIÇÃO e a ATRIBUIÇÃO?


•! Atribuição – É a “competência” conferida a autoridades
administrativas para a prática de determinada função. Assim, o
Delegado de Polícia possui atribuição, e não competência, pois o
termo competência se restringe aos órgãos jurisdicionais.
•! Circunscrição – A circunscrição é o espaço territorial em que
uma autoridade policial (Delegado de Polícia) exerce sua
atribuição.

A finalidade da jurisdição, ou seu escopo, é trazer a paz social.


Entretanto, essa é sua finalidade social. Ela possui, ainda, pelo menos
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duas outras finalidades.


A jurisdição possui um escopo jurídico, que é resolver o imbróglio
jurídico que perdura, dizer quem tem o direito no caso concreto, segundo
o sistema jurídico vigente. O fortalecimento do senso de democracia
participativa também se insere nesse escopo da jurisdição, quando
falamos, por exemplo, da Ação Popular (que também possui previsão para
o a seara penal).
Possui também, uma finalidade política, que é a de fortalecer a
imagem do Estado como entidade soberana, que tem o poder de
dizer quem está certo e fazer valer essa decisão.
Por fim, a jurisdição possui um escopo educacional ou pedagógico,
que, no processo penal, tem por finalidade transmitir à população a

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aplicação prática do Direito, fazendo com que a população se torne cada !
vez mais consciente daquelas condutas que são penalmente tuteladas
(parte da Doutrina entende como sendo integrante do escopo
social).

1.2.! Características da Jurisdição

1.2.1.! Inércia
O Princípio da inércia da jurisdição significa que o Estado-Juiz só se
movimenta, só presta a tutela jurisdicional se for provocado, se a
parte que alega ter o direito lesado ou ameaçado acioná-lo, requerendo
que exerça seu Poder jurisdicional.
Entretanto, existem exceções. Vocês não precisam saber todas. O que
vocês precisam saber é que há exceções, e isso basta. Uma delas é a
possibilidade que o Juiz tem de, ex officio (sem provocação), conceder a
ordem de Habeas Corpus, sempre que a pessoa estiver presa mediante
abuso de poder ou ilegalidade. Nos termos do art. 654, § 2° do CPP:
§ 2o Os juízes e os tribunais têm competência para expedir de ofício ordem de
habeas corpus, quando no curso de processo verificarem que alguém sofre ou
está na iminência de sofrer coação ilegal.

A jurisdição é inerte por alguns motivos, dentre eles:


! Um conflito jurídico pode não ser um conflito social, e não cabe
ao Juiz criar um.
! Um Juiz que dá início a um processo, mal ou bem, está a indicar para
qual lado tende a julgar, e isso violaria o princípio da
imparcialidade de Juiz.
Assim, não pode um Juiz dar início a um processo (salvo as raríssimas
exceções legais), sob pena de violação a este princípio da Jurisdição.1
Depois de ajuizada a ação, e consequentemente, provocado o
Judiciário, a inércia da jurisdição tem fim, e o processo é conduzido por
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impulso oficial (sem que haja necessidade de provocação das partes).


Entretanto, embora não haja necessidade de provocação das partes
para que o processo tramite, em algumas situações, o
desenvolvimento dependerá da colaboração das partes. Tanto é que
a inércia do querelante, nas ações penais privadas, por determinado lapso
temporal, gera o fenômeno da perempção, já estudado.

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1
Um Juiz não pode dar início a um processo sem que haja provocação, nem julgar um pedido que
não foi feito, porque isso seria uma burla ao princípio da inércia. Suponhamos que Pedro tenha sido
denunciado pela prática de um crime de homicídio. Não pode o Juiz, valendo-se da denúncia
oferecida, condená-lo, ainda, por um roubo cometido em outro momento, e que não fora objeto da
denúncia, SIMPLESMENTE PORQUE ISSO NÃO FOI OBJETO DA AÇÃO. Isso é o que se chama
de princípio da adstrição, ou congruência, que é um dos corolários da inércia da jurisdição.

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Fato é que, embora a parte deva, em alguns casos, colaborar para o !
trâmite do processo, após a movimentação do Estado-Juiz, a parte
SEMPRE TERÁ UMA SENTENÇA. Entretanto, a simples provocação do
Estado-Juiz não garante ao autor uma SENTENÇA DE MÉRITO (Mais à
frente estudaremos as diferenças entre ambas).

1.2.2.! Caráter substitutivo


Diz-se que a jurisdição possui caráter substitutivo porque a vontade
do Estado (vontade da lei) substitui a vontade das partes. Entretanto, nem
sempre isso ocorre, visto que, como já dissemos, existem ações em que a
vontade do Estado ao prestar a tutela jurisdicional não substituirá a das
partes, por coincidirem. Ex: Imaginem que o MP denuncia A, por homicídio
em face de B. A, no entanto, concorda com a punição e a reconhece como
merecida e justa, não se importando em ser preso, pois matara o assassino
de seu irmão.

1.2.3.! Definitividade
Como o próprio nome indica, meus caros alunos, a jurisdição é dotada
de definitividade, ou seja, em um dado momento, a decisão prestada
pelo Estado-Juiz será definitiva, imodificável.
Claro que essa definitividade só ocorrerá se a demanda for apreciada
no mérito. Se estivermos diante de uma sentença meramente terminativa
(que não aprecia o mérito da demanda), esta não fará coisa julgada
material, logo, a tutela jurisdicional prestada não será definitiva. POR
ISSO SE DIZ QUE AS SENTENÇAS DE MÉRITO SÃO DEFINITIVAS.
Entretanto, alguns doutrinadores entendem que no caso de não haver
sentença de mérito, NÃO HÁ JURISDIÇÃO!

CUIDADO! Nos processos em que há sentença condenatória, esta


nunca faz coisa julgada material, pois, a qualquer tempo, pode ser
promovida a revisão criminal, desde que preenchidos alguns
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requisitos, nos termos do art. 621 e 622 do CPP.

1.3.! Princípios da Jurisdição

1.3.1.! Investidura
Para se exercer a Jurisdição, deve-se estar investido do Poder
jurisdicional. Como esse Poder pertence ao Estado, ele é quem delega
esse Poder aos seus agentes. Essa delegação do Poder jurisdicional se
dá através da posse no cargo de magistrado, que, no Brasil, pode ser por

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concurso público (art. 93, I da CF/88), ou pelo quinto constitucional !
(art. 94 da CF/88).

1.3.2.! Indelegabilidade
Aqueles que foram investidos do Poder jurisdicional não podem
delegá-lo a terceiros. Possui duas vertentes: Externa e Interna.
Na sua vertente externa, significa que não pode o Poder Judiciário (a
quem a CF/88 conferiu a função jurisdicional) delegá-la a outros órgãos ou
a outro Poder.
Na vertente interna, significa que, após fixadas as regras de
competência para julgamento de um processo, não pode um órgão do
Judiciário delegar sua função para outro órgão jurisdicional.

1.3.3.! Inevitabilidade da jurisdição


Esse princípio é aplicado em dois momentos distintos. Um é a
vinculação obrigatória ao processo, e o outro é a vinculação obrigatória
aos efeitos da jurisdição (ou estado de sujeição).
No primeiro caso, obrigatória ou não a utilização do Poder Judiciário (a
depender do tipo de ação penal), iniciado o processo, as partes estão
vinculadas à relação processual. No caso do réu, em momento algum ele
teve opção.
No segundo caso, após obrigatoriamente vinculados a participar do
processo, estes sujeitos estão obrigados a suportar a decisão (tutela
jurisdicional), gostem ou não. Esse estado de sujeição torna os efeitos da
jurisdição inevitável para as partes envolvidas.

1.3.4.! Inafastabilidade da jurisdição (ou indeclinabilidade)


Estabelece a constituição, em seu art. 5°, inciso xxxv, que:
Art. 5º, XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou
ameaça a direito; 01406544108

Esse princípio também possui duas vertentes. A primeira refere-se à


possibilidade que todo cidadão tem, de levar à apreciação do Poder
Judiciário uma demanda (nos casos de a demanda ser uma ação
penal, somente os legitimados podem oferecê-la), e de ter a
prestação de uma tutela jurisdicional (Isso não garante uma sentença de
mérito, lembre-se!). A segunda vertente é a de que o processo deve
garantir o acesso do cidadão à ordem jurídica justa, na visão de que
o Estado só cumpre efetivamente seu papel quando efetivamente tutele o
interesse da parte.
Assim, se o Judiciário demora 15 anos para julgar um processo
criminal, não está oferecendo à sociedade uma ordem jurídica justa.

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Quando nos referimos ao acesso à ordem jurídica justa, !
especificamente no processo penal, estamos falando em acesso à
tutela jurisdicional adequada, que se materializa através:
!! Do acesso ao processo – Minimizando-se os obstáculos à
propositura da demanda (principalmente quando estivermos
tratando de ação penal privada).
!! Defesa Satisfatória dos hipossuficientes no processo –
Notadamente com a ampliação e fortalecimento da Defensoria
Pública.
!! Eficácia da tutela – Com o desenvolvimento das medidas
cautelares assecuratórias, a razoável duração do processo e
fortalecimento dos poderes do magistrado para fazer valer a
decisão.

1.3.5.! Princípio do Juiz natural


Esse princípio visa a evitar que a parte escolha o magistrado que
irá julgar a sua causa ou, sob a ótica inversa, que o Estado determine
quem será o Juiz de uma causa após a propositura desta, conforme já
vimos na aula 00.

1.3.6.! Territorialidade (Aderência ou improrrogabilidade)


Significa que a Jurisdição possui um limite territorial. Esse limite é o
território brasileiro, as fronteiras onde o país exerce seu poder soberano.
Isso implica dizer que TODO JUIZ TEM JURISDIÇÃO EM TODO O
TERRITÓRIO NACIONAL. Entretanto, por questão de organização
funcional, a competência de cada (forma pela qual exercerá seu poder
jurisdicional) é delimitada de várias formas. Falaremos mais no tópico sobre
COMPETÊNCIA.
Assim, se uma questão afirmar que quando um Juiz de São Paulo
solicita a outro, do Rio de Janeiro, a prática de um ato processual (carta
precatória) porque não tem jurisdição no Rio de Janeiro, está ERRADA! O
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Juiz de São Paulo tem jurisdição em todo o território nacional, o que ele
não tem é competência fora de sua base territorial.

1.4.! Espécies de Jurisdição


A doutrina enumera várias espécies de “jurisdições”, baseada nos mais
diversos critérios. Entretanto, apenas duas nos serão úteis:
!! Jurisdição superior e inferior – A inferior é exercida pelo
órgão que atua no processo desde o início. Já a superior é
exercida em grau recursal. Frise-se que os Tribunais podem
atuar TANTO COMO JURISDIÇÃO INFERIOR COMO

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SUPERIOR, a depender da demanda, pois existem demandas !
cuja competência originária para processo e julgamento é dos
Tribunais, como no caso de pessoas com prerrogativa de
foro.
!! Jurisdição comum e especial – A jurisdição especial, no
processo penal, é formada pelas 02 “Justiças especiais”
estabelecidas na Constituição, em razão da matéria: Justiça
Eleitoral (art. 118 a 121 da CF/88) e Militar (122 a 125). Já a
jurisdição comum é exercida residualmente. Tudo que não
for jurisdição especial será jurisdição comum, que se divide em
estadual e federal. OBS: A Justiça do trabalho não possui
competência criminal.

2.! DA COMPETÊNCIA
Conforme estudamos, a Jurisdição é o Poder conferido ao Estado, para
através dos órgãos Jurisdicionais, dizer, no caso concreto, quem tem o
Direito.
A Competência, por sua vez, é a medida da Jurisdição, ou, para
outros, o limite da Jurisdição.
Trocando em miúdos, a Competência é o conjunto de regras que
estabelecem os limites em que cada Juiz pode exercer, de maneira
válida, o seu Poder Jurisdicional.2
A Competência pode ser de três ordens:
•! Competência em razão da matéria (ratione materiae) – É
aquela definida com base no fato a ser julgado.
•! Competência em razão da pessoa (ratione personae) – É
definida tendo por base determinadas condições relativas às
pessoas que se encontram no polo passivo do processo criminal
(os acusados).
•! Competência territorial (ratione loci) – Considera o local
onde ocorreu a infração (ou outros critérios territoriais) para que
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seja definida a competência.

O CPP, no entanto, em seu art. 69, traz sete critérios para a


fixação da competência:
Art. 69. Determinará a competência jurisdicional:
I - o lugar da infração:
II - o domicílio ou residência do réu;
III - a natureza da infração;
IV - a distribuição;

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2
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execução penal. 12.º edição. Ed. Forense.
Rio de Janeiro, 2015, p. 205

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V - a conexão ou continência; !
VI - a prevenção;
VII - a prerrogativa de função.

Porém, doutrinariamente, entende-se que somente os itens I, II,


III, e VII são verdadeiros critérios de fixação de competência
criminal. Os demais itens são critérios utilizados para consolidação
da competência após a ocorrência do fato a ser julgado, em razão da
existência de mais de um órgão jurisdicional previamente competente para
julgar o caso. Estes critérios de consolidação da competência também são
chamados de critérios de modificação da competência.
Vamos estudar, desta forma, cada uma das espécies de competência.

2.1.! Competência em razão da matéria (ratione materiae) ou


competência de Jurisdição ou competência de Justiça.
Embora os termos “competência de jurisdição” e “competência de
Justiça” não me agradem, eles são usados por alguns doutrinadores,
portanto, vocês devem conhecer estes termos.
Esta espécie de competência é a primeira que deve ser analisada para
que possamos, no caso concreto, definir qual o órgão Jurisdicional é
competente para julgar o processo.
Esta espécie leva em consideração a natureza do fato criminoso para
definir qual a “Justiça” competente (Justiça Eleitoral, Comum, Militar, etc.).
Assim, a competência em razão da matéria se divide da seguinte
forma:
COMPETÊNCIA
CRIMINAL EM
RAZÃO DA
MATÉRIA

01406544108

JUSTIÇA JUSTIÇA
COMUM ESPECIAL

FEDERAL ESTADUAL ELEITORAL MILITAR

Assim, existem basicamente duas ordens de competência criminal em


razão da matéria: Comum e especial. A Justiça comum se divide em

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Federal e Estadual. Já a Justiça Especial se divide em Eleitoral e !
Militar.
Desta maneira, o primeiro passo na fixação da competência é definir
à qual “Justiça” cabe julgar o fato.
A Justiça Especial (Eleitoral e Militar) julga somente os crimes que
sejam eleitorais e militares. Todos os outros crimes são de competência da
Justiça Comum. Dizemos, assim, que a Justiça comum possui
competência residual.
Mas como saber quando um crime será julgado pela Justiça
Comum Federal e quando será julgado pela Justiça Comum
Estadual? Nesses casos, somente será competente a Justiça Comum
Federal se estivermos diante de uma das hipóteses previstas no art.
109 da Constituição:
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
(...)
IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens,
serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas
públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça
Militar e da Justiça Eleitoral;
V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando,
iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no
estrangeiro, ou reciprocamente;
V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste
artigo;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por
lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira;
VII - os "habeas-corpus", em matéria criminal de sua competência ou quando
o constrangimento provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente
sujeitos a outra jurisdição;
VIII - os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato de autoridade
federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais;
IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a
competência da Justiça Militar;
X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução
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de carta rogatória, após o "exequatur", e de sentença estrangeira, após a


homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva
opção, e à naturalização;
XI - a disputa sobre direitos indígenas.
(...)
§ 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral
da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações
decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil
seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em
qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de
competência para a Justiça Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
45, de 2004)

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Todas as causas que não se enquadrem na competência da Justiça !
Comum Federal, serão de competência da Justiça Comum Estadual. Assim,
a Justiça comum estadual possui competência duplamente
residual: 1) primeiro, é residual porque a Justiça Comum é residual em
relação à Justiça Especial; 2) é residual em relação à Justiça Comum
Federal.
Analisando mais especificamente o CPP, verificamos que ele “passa
batido” pela definição da competência em razão da matéria (que ele chama
de “natureza da infração”), limitando-se a dizer que esta será definida
conforme as Leis de Organização Judiciária. Por “Leis de Organização
Judiciária” entenda-se, atualmente, “Constituição Federal”, pois quando do
advento do CPP (1941), a definição destas normas era mera questão de
organização judiciária, e não uma questão de índole constitucional como
hoje.
No entanto, o CPP trata de uma hipótese de competência em razão da
natureza da infração: A competência do Tribunal do Júri. Nos termos
do art. 74 do CPP:
Art. 74. A competência pela natureza da infração será regulada pelas leis de
organização judiciária, salvo a competência privativa do Tribunal do Júri.
§ 1º Compete ao Tribunal do Júri o julgamento dos crimes previstos nos arts.
121, §§ 1o e 2o, 122, parágrafo único, 123, 124, 125, 126 e 127 do Código
Penal, consumados ou tentados. (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
§ 2o Se, iniciado o processo perante um juiz, houver desclassificação para
infração da competência de outro, a este será remetido o processo, salvo se
mais graduada for a jurisdição do primeiro, que, em tal caso, terá sua
competência prorrogada.
§ 3o Se o juiz da pronúncia desclassificar a infração para outra atribuída à
competência de juiz singular, observar-se-á o disposto no art. 410; mas, se a
desclassificação for feita pelo próprio Tribunal do Júri, a seu presidente caberá
proferir a sentença (art. 492, § 2o).

A competência do Tribunal do Júri está prevista, ainda, na


própria Constituição Federal, em seu art. 5°, XXXVIII, d:
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a
01406544108

lei, assegurados:
(...)
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;

Mas quais seriam os crimes dolosos contra a vida? Estes são os


previstos no capítulo I do Título I da parte especial do CP, compreendendo
os crimes de homicídio, instigação ou induzimento ao suicídio,
infanticídio e aborto3.
Com relação a estes crimes, entende-se que a Constituição
estabeleceu uma cláusula pétrea, ou seja, cláusula que não pode ser
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
3
Existem, ainda, crimes dolosos contra a vida previstos, por exemplo, na Lei de Genocídio (Lei
2.889/56). Neste caso, a competência também será do Tribunal do Júri (STF, RE 351.487/RR).

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modificada pelo constituinte derivado. Assim, a Doutrina entende que as !
hipóteses de competência do Tribunal do Júri podem ser ampliadas, mas
nunca reduzidas!

2.2.! Competência em razão da pessoa (ratione personae)


Após definida qual “Justiça” irá julgar o processo, devemos definir a
competência do órgão Jurisdicional verificando as condições pessoais dos
acusados.
Em regra, os processos criminais são julgados pelos órgãos
jurisdicionais mais baixos, inferiores, quais sejam, os Juízes de primeiro
grau. No entanto, pode ocorrer de, em determinados casos, considerando
a presença de determinadas autoridades no polo passivo (acusados), que
essa competência pertença originariamente aos Tribunais. Essa é a
chamada prerrogativa de função (vulgarmente conhecida como
“foro privilegiado”).
EXEMPLO: O art. 96, III da Constituição Federal estabelece que cabe aos
Tribunais de Justiça dos Estados e do DF, julgar os Juízes estaduais de
primeiro grau, bem como os membros do MP que atuem na primeira
instância, tanto nos crimes comuns quanto nos crimes de
responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral (hipótese
na qual serão julgados pelo TRE local):
Art. 96. Compete privativamente:
(...)
III - aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e
Territórios, bem como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de
responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.

Existem inúmeras outras hipóteses previstas na Constituição Federal,


nas quais há prerrogativa de foro em razão da função exercida pelo
acusado. Para facilitar a compreensão de vocês, reuni estas hipóteses no
quadro abaixo:
01406544108

TRIBUNAL DESTINATÁRIO DA NORMA EMBASAMENTO


COMPETENTE CONSTITUCIONAL DE CONSTITUCIONAL
COMPETÊNCIA
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4
Mesmo em se tratando de CRIME FEDERAL, cabe ao TJ o julgamento, e não ao TRF. A ressalva
constitucional é apenas em relação à Justiça ELEITORAL. Ver, por todos, NUCCI, Guilherme de
Souza. Op. Cit., p. 214/215
5
Nos crimes de responsabilidade PRÓPRIOS a competência para julgar o prefeito municipal é da
CÂMARA DE VEREADORES. (STF, RE 192.527/PR, bem como HC 71.991-1/MG).
6
Em relação aos magistrados e membros do MPF, o TRF a que estão vinculados será competente,
mesmo em se tratando de crime que seria de competência da Justiça Estadual. Ver, por todos,
PACELLI, Eugênio. Op. cit., p. 214

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E se o acusado começa o processo sem foro por prerrogativa de


função e, posteriormente, passa a ter foro por prerrogativa de
função? Qual a solução? O STF firmou entendimento no sentido de que
a competência, nesse caso, se desloca para o órgão jurisdicional
competente em razão do foro por prerrogativa de função, ainda que o
processo já esteja em fase recursal.7
EXEMPLO: José está respondendo a processo por crime de corrupção
passiva, no Juízo de primeira instância da comarca do Rio de Janeiro.
Contudo, durante o processo, José é diplomado Deputado Federal. Neste
caso, a competência para processar e julgar o delito passa a ser do STF,
que é o órgão jurisdicional competente para processar e julgar os
deputados federais nas infrações penais comuns.

CUIDADO! EXCEÇÃO! Se já foi iniciado o julgamento da apelação,


eventual superveniência do foro por prerrogativa de função não desloca
01406544108

a competência.8

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
7
(...) Manifestando-se a prerrogativa de foro após a sentença proferida pelo juízo de
primeiro grau e pendente de julgamento a apelação, passa a causa à jurisdição do STF,
para aqui ter seu prosseguimento a partir do estado em que se encontra, legítimos os atos
anteriormente nela praticados. 3. Nesses casos, o julgamento da apelação pelo Supremo
Tribunal Federal deve observar, inclusive quanto às sustentações orais (ordem de apresentação e
tempo de duração), o regime próprio dos recursos (e não o das ações penais originárias). (...) (AP
563, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Segunda Turma, julgado em 21/10/2014, DJe-234
DIVULG 27-11-2014 PUBLIC 28-11-2014 EMENT VOL-02760-01 PP-00001)
8
(...) Proferido o primeiro voto em julgamento de apelação criminal por Tribunal de
Justiça, o exercício superveniente de mandato parlamentar pelo réu, antes da conclusão
do julgamento, não tem o condão de deslocar a competência para o Supremo Tribunal
Federal. (...)

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!
Mas, e se ao invés de o acusado passar a ter foro privilegiado,
ele DEIXAR de ter foro privilegiado? Neste caso, o STF entende que:
! REGRA - A competência também se desloca, ou seja, o Tribunal
deixa de ser competente e o processo vai para a primeira
instância.
! Exceção – Se o julgamento já se iniciou, o Tribunal continua
competente.
! Exceção MASTER – Se, embora não tendo se iniciado o
julgamento (mas após a instrução processual), o acusado
RENUNCIA ao cargo para “fugir” do julgamento pelo Tribunal, o
Tribunal continua competente, pois adotar entendimento
contrário seria privilegiar a fraude processual.9

2.2.1.! Conflito aparente entre a competência de foro por


prerrogativa de função e a competência do Tribunal do
Júri

CUIDADO! No aparente conflito de competências entre o Tribunal do Júri


e a competência de foro por prerrogativa de função, qual prevalece?
Depende.
Se a competência de foro por prerrogativa de função está prevista na
CF/88, ela prevalece sobre a competência do Júri.
Contudo, se estiver prevista apenas na Constituição Estadual, prevalece a
competência do Tribunal do Júri, conforme súmula 721 do STF, que foi
convertida na súmula vinculante 45:
"A competência constitucional do tribunal do júri prevalece sobre o foro
por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente
pela Constituição estadual" 01406544108

EXEMPLO: Paulo é Juiz de Direito e pratica um homicídio doloso. Neste


caso, no aparente conflito entre a competência constitucional do TJ para
processar e julgar Paulo (foro por prerrogativa de função) e a competência
do Tribunal do Júri (crime doloso contra a vida), prevalece a competência

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
(AP 634 QO, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em 06/02/2014,
ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-213 DIVULG 29-10-2014 PUBLIC 30-10-2014)
9
(...) A Turma, por maioria de votos, já decidiu que a renúncia de parlamentar, após o
final da instrução, não acarreta a perda de competência do Supremo Tribunal Federal.
Precedente: AP 606-QO, Rel. Min. Luís Roberto Barroso (Sessão de 07.10.2014). (...) (AP 568,
Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em 14/04/2015, ACÓRDÃO
ELETRÔNICO DJe-091 DIVULG 15-05-2015 PUBLIC 18-05-2015)

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de foro por prerrogativa de função, eis que esta prerrogativa de foro está !
prevista na Constituição Federal.
EXEMPLO 2: Júlio é Secretario Estadual de Fazenda em determinado
estado XYZ, e pratica um homicídio doloso. No estado XYZ os Secretários
possuem foro por prerrogativa de função perante o TJ (só está previsto isso
na Constituição ESTADUAL, não na Federal). Neste caso, no aparente
conflito entre a competência do TJ para processar e julgar Júlio (foro por
prerrogativa de função NÃO PREVISTO NA CF/88), e a competência do
Tribunal do Júri (crime doloso contra a vida), prevalece a competência de
do Tribunal do Júri, eis que a competência do Júri está prevista na CF/88 e
a competência por prerrogativa de função (neste caso) não.

OBS.: Os deputados estaduais possuem prerrogativa de foro perante o


TJ. Isso não está previsto expressamente na CF/88, mas entende-se que
está IMPLÍCITO, pelo princípio da SIMETRIA. Assim, caso um deputado
estadual cometa crime doloso contra a vida, prevalecerá a competência de
foro por prerrogativa de função.

2.3.! Competência Territorial (ratione loci)

2.3.1.! Em razão do local da infração


A terceira e última fase para a definição da competência para
julgamento de um processo criminal, compreende a análise do local de
ocorrência da infração (ou, em alguns casos, o local do domicílio do réu),
que irá determinar em que base territorial será o processo julgado
(comarca, na Justiça Estadual, e Seção Judiciária, quando for da
competência da Justiça Federal).
Para definirmos a competência territorial devemos, primeiramente,
saber onde o crime foi praticado. Mas, para isso, precisamos saber qual
o critério para definição do “lugar do crime”.
Nos crimes plurilocais, aplica-se, em regra, a teoria do resultado,
01406544108

considerando-se como local do crime o lugar onde o resultado se

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10
consuma . A exceção são os crimes plurilocais dolosos contra a !
vida, onde se aplica a teoria da atividade.11
Existem ainda alguns regramentos específicos, como nos crimes
de competência dos Juizados Especiais e nos atos infracionais, em que se
aplica a teoria da atividade, e nos crimes falimentares, em que se considera
lugar do crime o local em que foi decretada a falência. Assim:

Crimes plurilocais comuns Teoria do resultado


Crimes plurilocais dolosos Teoria da atividade
contra a vida
Juizados Especiais Teoria da atividade
Crimes falimentares Local onde foi decretada a
falência
Atos infracionais Teoria da atividade

Além disso, temos:

! Crime praticado no exterior e consumado no exterior - Na


capital do estado em que o réu (acusado), no Brasil, tenha fixado
seu último domicílio, ou, caso nunca tenha sido domiciliado no
Brasil, na capital federal.

! Crime praticado a bordo de aeronaves ou embarcações,


mas, por determinação da Lei Penal, estejam sujeitos à
Lei Brasileira - No local em que primeiro aportar ou pousar
a embarcação ou aeronave, ou, ainda, no último local em
que tenha aportado ou pousado.12
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
10
01406544108

Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração,
ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.
§ 1o Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a competência
será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução.
§ 2o Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será competente o
juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado.
§ 3o Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a jurisdição
por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdições, a competência
firmar-se-á pela prevenção.
Art. 71. Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais
jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção.
11
Trata-se de entendimento jurisprudencial consolidado, para facilitar a produção probatória, na
busca pela verdade real. Ver, por todos, NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 209
12
Art. 88. No processo por crimes praticados fora do território brasileiro, será competente o juízo
da Capital do Estado onde houver por último residido o acusado. Se este nunca tiver residido no
Brasil, será competente o juízo da Capital da República.

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!
! No caso de o crime não se consumar, sendo, portanto, um
crime tentado (art. 14, II do CP) - Nessa hipótese, aplica-se
o disposto art. 70, segunda parte, do CPP, considerando-se
como lugar do crime o local onde ocorreu o último ato de
execução.

O § 3° e o art. 71 tratam do fenômeno da prevenção. O que isso


significa? Quando dois ou mais órgãos jurisdicionais são competentes para
apreciar determinada demanda, a competência será fixada naquele que
primeiro atuar no caso. Assim, a competência será fixada naquele
Juízo que primeiro praticar algum ato no processo ou algum ato
pré-processual (prisão pré-processual, por exemplo), relativo ao
processo. Essa é a definição de competência fixada por prevenção.
Nos termos do art. 83 do CPP:
Art. 83. Verificar-se-á a competência por prevenção toda vez que, concorrendo
dois ou mais juízes igualmente competentes ou com jurisdição cumulativa, um
deles tiver antecedido aos outros na prática de algum ato do processo ou de
medida a este relativa, ainda que anterior ao oferecimento da denúncia ou da
queixa (arts. 70, § 3o, 71, 72, § 2o, e 78, II, c).
!
Se dois ou mais Juízes, na mesma comarca, forem competentes para
julgar a demanda, a competência será fixada pelo critério da
distribuição, ou seja, a competência será fixada naquele órgão
jurisdicional ao qual fora distribuída a ação penal. Nos termos do art. 75 do
CPP:
Art. 75. A precedência da distribuição fixará a competência quando, na mesma
circunscrição judiciária, houver mais de um juiz igualmente competente.
Parágrafo único. A distribuição realizada para o efeito da concessão de fiança
ou da decretação de prisão preventiva ou de qualquer diligência anterior à
denúncia ou queixa prevenirá a da ação penal.

Entretanto, conforme disse a vocês, tanto o critério da prevenção


quanto o critério da distribuição não passam de critérios de
01406544108

consolidação da competência territorial, pois a competência daquele


Juiz já existia antes da prevenção ou distribuição, tendo apenas se
consolidado quando da ocorrência de um destes fenômenos.
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Art. 89. Os crimes cometidos em qualquer embarcação nas águas territoriais da República, ou nos
rios e lagos fronteiriços, bem como a bordo de embarcações nacionais, em alto-mar, serão
processados e julgados pela justiça do primeiro porto brasileiro em que tocar a embarcação, após o
crime, ou, quando se afastar do País, pela do último em que houver tocado.
Art. 90. Os crimes praticados a bordo de aeronave nacional, dentro do espaço aéreo correspondente
ao território brasileiro, ou ao alto-mar, ou a bordo de aeronave estrangeira, dentro do espaço aéreo
correspondente ao território nacional, serão processados e julgados pela justiça da comarca em cujo
território se verificar o pouso após o crime, ou pela da comarca de onde houver partido a aeronave.
Art. 91. Quando incerta e não se determinar de acordo com as normas estabelecidas nos arts. 89 e
90, a competência se firmará pela prevenção. (Redação dada pela Lei nº 4.893, de 9.12.1965)

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2.3.2.! Em razão do domicílio do réu
Existem casos em que a competência territorial poderá ser fixada
levando-se em conta o domicílio do réu. Vejamos13:
! Não sendo conhecido o lugar da infração – Será regulada
pelo lugar do domicílio ou residência do réu.
! Se o réu tiver mais de uma residência – Prevenção.
! Se o réu não tiver residência ou for ignorado seu
paradeiro - juiz que primeiro tomar conhecimento do fato.
! Se for hipótese de crime de ação exclusivamente privada
– Poderá o querelante escolher ajuizar a queixa no lugar do
domicílio ou residência do réu, ainda que conhecido o lugar
da infração.

Gostaria de chamar a atenção de vocês para um


fato: O art. 73 fala em “casos de exclusiva ação privada”. Assim, no
caso de ação penal privada subsidiária da pública, não pode o
querelante optar pela comarca do domicílio do réu em detrimento
da comarca do local da infração, caso este local seja conhecido,
pois esta ação não é exclusivamente privada, mas, na verdade, é pública.
Muito cuidado com isso!!

2.4.! Da Conexão e da Continência


A conexão e a continência são fenômenos que importam na
modificação da competência previamente estabelecida.
A conexão está prevista no art. 76 do CPP:
Art. 76. A competência será determinada pela conexão:
01406544108

I - se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo


tempo, por várias pessoas reunidas, ou por várias pessoas em concurso,
embora diverso o tempo e o lugar, ou por várias pessoas, umas contra as
outras;

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
13
Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou
residência do réu.
§ 1o Se o réu tiver mais de uma residência, a competência firmar-se-á pela prevenção.
§ 2o Se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu paradeiro, será competente o juiz que
primeiro tomar conhecimento do fato.
Art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou da
residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração.

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II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar
!
as outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer
delas;
III - quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias
elementares influir na prova de outra infração.

A Doutrina, em sua maioria, classifica a conexão em14:


•! Intersubjetiva por simultaneidade ocasional (art. 76, I do
CPP) – Ocorre quando pessoas diversas cometem infrações
diversas no mesmo local, na mesma época, mas desde que não
estejam ligadas por nenhum vínculo subjetivo.
•! Intersubjetiva por concurso (art. 76, I do CPP) – Nesta
hipótese não importa o local e o momento da infração, desde
que os agentes tenham atuado em concurso de pessoas. Assim,
exige-se para esta hipótese de conexão que os agentes tenham
agido unidos por um vínculo subjetivo, uma comunhão de
esforços para a prática das infrações penais.
•! Intersubjetiva por reciprocidade (art. 76, I do CPP) – Traduz
a hipótese de conexão de infrações praticadas no mesmo tempo
e no mesmo lugar, mas os agentes praticaram as infrações uns
contra os outros. Exemplo: Dois crimes de lesões corporais
praticados reciprocamente entre fulano e beltrano.
•! Conexão objetiva teleológica (art. 76, II do CPP) – Uma
infração deve ter sido praticada para “facilitar” a outra. Assim,
imaginem que um assassino tenha espancado um vigia para
entrar na casa e assassinar o dono da residência.
•! Conexão objetiva consequencial (art. 76, II do CPP) – Nesta
hipótese uma infração é cometida para ocultar a outra, ou, ainda
para garantir a impunidade do infrator ou garantir a vantagem
da outra infração. Imaginem o caso de alguém que comete
homicídio e, logo após, mata também a única testemunha, para
garantir que ninguém poderá provar sua culpa, garantindo,
assim, a impunidade do fato. 01406544108

•! Conexão instrumental (art. 76, III do CPP) – Exige-se, nesse


caso, que a prova da ocorrência de uma infração e de sua autoria
influencie na caracterização da outra infração. Exemplo clássico
é a conexão entre o crime de furto e de receptação, no qual a
prova da existência do furto, e de sua autoria, influencia na
caracterização do crime de receptação.

A continência, por sua vez, está prevista no art. 77 do CP;


Art. 77. A competência será determinada pela continência quando:
I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração;

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
14
NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 241/243

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II - no caso de infração cometida nas condições previstas nos arts. 51, § 1o,!
53, segunda parte, e 54 do Código Penal.

Os mencionados arts. 51, § 1°, 53 e 54 do CP, referiam-se ao texto


original da parte geral do Código penal, que foi totalmente alterado pela
Lei 7.209/84. Assim, atualmente, estes dispositivos se referem às
hipóteses de concurso formal e suas aplicações no caso de erro na execução
(aberratio ictus e aberratio delicti), atualmente previstos nos arts. 70, 73
e 74 do CP.
Assim, por questões didáticas, a doutrina divide a continência em:
•! Continência por cumulação subjetiva (art. 77, I do CPP) – É
o caso no qual duas ou mais pessoas são acusadas pela mesma
infração (concurso de pessoas). Diferentemente da hipótese de
conexão, aqui há apenas um fato criminoso, e não vários.15
•! Continência por concurso formal (art. 77, II do CP, c/c art.
70 do CP) – Aqui, mediante uma só conduta, o agente pratica
dois ou mais crimes, sem que tenha tido a intenção de praticá-
los.

As hipóteses de continência e conexão podem ser melhor explicadas


através do gráfico abaixo:

HIPÓTESES DE
MODIFICAÇÃO DA
COMPETÊNCIA

CONEXÃO CONTINÊNCIA

INSTRUMENTAL EM RAZÃO DE
CUMULAÇÃO
INTERSUBJETIVA OBJETIVA OU PROBATÓRIA CONCURSO FORMAL
SUBJETIVA DE CRIMES
!

SIMULTANEIDADE
TELEOLÓGICA
OCASIONAL 01406544108

CONCURSO CONSEQUENCIAL

RECIPROCIDADE

2.5.! Regras aplicáveis nos casos de determinação da


competência pela conexão ou continência

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
15
NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 244

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O CPP prevê algumas regras que devem ser observadas quando da !
consolidação da competência pela conexão ou continência. Nos termos do
seu art. 78:
Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão
observadas as seguintes regras: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
I - no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição
comum, prevalecerá a competência do júri; (Redação dada pela Lei nº 263, de
23.2.1948)
Il - no concurso de jurisdições da mesma categoria: (Redação dada pela Lei nº
263, de 23.2.1948)
a) preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada a pena mais grave;
(Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações,
se as respectivas penas forem de igual gravidade; (Redação dada pela Lei nº
263, de 23.2.1948)
c) firmar-se-á a competência pela prevenção, nos outros casos; (Redação dada
pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
III - no concurso de jurisdições de diversas categorias, predominará a de maior
graduação; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
IV - no concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá esta.
(Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)

Assim, em resumo:
1. Havendo conexão ou continência entre um crime de competência
do Tribunal do Júri e outro crime, de competência do Juiz singular, a
competência deverá ser fixada naquele.
2. No caso de Jurisdições da mesma categoria, primeiro se utiliza o
critério de fixação da competência territorial com base na local em que
ocorreu o crime que possuir pena mais grave. Se as penas forem
idênticas, utiliza-se o critério do lugar onde ocorreu o maior número
de infrações penais. Caso as penas sejam idênticas e tenha sido cometido
o mesmo número de infrações penais, ou, ainda, em qualquer outro caso,
aplica-se a fixação da competência pela prevenção (Lembram-se da
prevenção, não é?) 01406544108

3. Se as Jurisdições forrem de graus diferentes (Um Tribunal Superior


e um Juiz singular, por exemplo), a competência será fixada no órgão de
Jurisdição superior.
4. Se houver conexão entre uma causa de competência da Justiça
Comum e outra da Justiça Especial, será fixada a competência nesta. Ex.:
Imaginem um crime eleitoral conexo com um crime comum. Será da
competência da Justiça Eleitoral o julgamento de ambos os processos.
Inclusive, o STF editou o verbete n° 704 da súmula de sua
Jurisprudência, afirmando que a atração de um processo por conexão
ou continência, no caso de correu, por prerrogativa de função do outro
réu, não viola a Constituição:
SÚMULA Nº 704

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NÃO VIOLA AS GARANTIAS DO JUIZ NATURAL, DA AMPLA DEFESA E DO DEVIDO!
PROCESSO LEGAL A ATRAÇÃO POR CONTINÊNCIA OU CONEXÃO DO PROCESSO DO CO-
RÉU AO FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO DE UM DOS DENUNCIADOS.

2.6.! Separação de processos em hipóteses de conexão e


continência
Embora a regra seja a de que, havendo conexão ou continência, todos
os processos conexos ou continentes sejam julgados pelo mesmo órgão
jurisdicional, existem algumas exceções, ou seja, existem casos em
que mesmo ocorrendo conexão ou continência, não haverá reunião
de processos.
Estas hipóteses estão previstas no art. 79 do CPP:
Art. 79. A conexão e a continência importarão unidade de processo e
julgamento, salvo:
I - no concurso entre a jurisdição comum e a militar;
II - no concurso entre a jurisdição comum e a do juízo de menores.
§ 1o Cessará, em qualquer caso, a unidade do processo, se, em relação a
algum co-réu, sobrevier o caso previsto no art. 152.
§ 2o A unidade do processo não importará a do julgamento, se houver co-réu
foragido que não possa ser julgado à revelia, ou ocorrer a hipótese do art. 461.
Art. 80. Será facultativa a separação dos processos quando as infrações
tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes, ou,
quando pelo excessivo número de acusados e para não Ihes prolongar a prisão
provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz reputar conveniente a
separação.

Vamos analisar as hipóteses isoladamente:


•! Concurso entre a Jurisdição comum e militar – A única
ressalva que deve ser feita é a de que, no caso de militar que
comete crime doloso contra a vida de um civil, responde perante
o Tribunal do Júri, e não perante a Justiça Militar, nos termos do
art. 82, § 2° do Código de Processo Penal Militar – CPPM.
•! Concurso entre crime e infração de competência do
01406544108

Juizado da Infância e da Juventude – Nestas hipóteses (por


exemplo, um crime cometido em concurso de pessoas por um
menor, que responde perante o ECA, e um adulto), não pode
haver reunião de processos.
•! Insanidade mental de um dos corréus (art. 152 do CPP) –
Nesse caso, havendo a insanidade mental do correu sido
regularmente apurada em incidente de insanidade mental, os
processos devem ser separados, pois o processo, em relação ao
correu declarado mentalmente insano, será suspenso, nos
termos do art. 152 do CPP. Frise-se que essa insanidade mental
do réu deve ser posterior ao fato criminoso (art. 151 do CPP).

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•! Impossibilidade de formação do conselho de sentença no !
Tribunal do Júri – Embora o § 2° do art. 79 mencione o “art.
461”, com as alterações promovidas pela Lei 11.689/08, vocês
devem entender como “art. 469, § 1° do CPP”. Este artigo trata
da impossibilidade de, no julgamento pelo Tribunal do Júri,
formar-se o conselho de sentença (mínimo de sete jurados), em
razão das recusas legalmente permitidas realizadas pelos
advogados dos acusados. Assim, se houver, no Tribunal do Júri,
dois ou mais réus, e sendo diferentes os advogados, as recusas
aos Jurados (Direito de recusar algum jurado) impossibilitarem
a formação do conselho de sentença, o processo deverá ser
desmembrado.
•! Separação facultativa quando os fatos criminosos tenham
sido praticados em circunstâncias de tempo e lugar
diferentes, ou o Juiz entender que a reunião de processos
pode ser prejudicial ao Julgamento da causa ou puder
implicar em retardamento do processo (art. 80 do CPP) –
O importante é saber que, nestas hipóteses, a separação dos
processos é discricionária, ou seja, o Juiz pode, ou não, a seu
critério, decidir pela separação dos processos.

ATENÇÃO! Existe uma outra hipótese de separação de processos, no


entendimento jurisprudencial. No caso de CRIMES DOLOSOS contra a
vida praticados em concurso de pessoas, quando um dos
acusados possui foro por prerrogativa de função fixado na
Constituição Federal, ao invés de todos os acusados serem julgados
perante o Tribunal (em razão da prerrogativa de foro de um dos
comparsas), haverá a separação dos processos, de forma que o
detentor de prerrogativa de foro será julgado perante o Tribunal
respectivo e os demais pelo Tribunal do Júri.
EXEMPLO: José e Valter são contratados por Ricardo Albuquerque,
deputado federal, para matarem Lúcio, desafeto de Ricardo. José e Valter
executam o crime. No caso em tela, Ricardo de Albuquerque possui foro
01406544108

privilegiado (como é deputado federal, a Constituição prevê que cabe ao


STF julgá-lo nos crimes comuns), mas os demais não possuem. Neste
caso, Ricardo será julgado pelo STF e os demais serão julgados pelo
Tribunal do Júri.
Por que, neste caso, não há atração por continência? Não há porque
as regras de continência são infraconstitucionais, e tanto a competência
do Júri quanto a do STF (por prerrogativa de função) estão previstas na
própria Constituição Federal. Assim, normas infraconstitucionais não
podem se sobrepor a normas de índole constitucional.

O art. 81 trata da hipótese de perpetuação da competência.


Vejamos:

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Art. 81. Verificada a reunião dos processos por conexão ou continência, ainda !
que no processo da sua competência própria venha o juiz ou tribunal a proferir
sentença absolutória ou que desclassifique a infração para outra que não se
inclua na sua competência, continuará competente em relação aos demais
processos.
Parágrafo único. Reconhecida inicialmente ao júri a competência por conexão
ou continência, o juiz, se vier a desclassificar a infração ou impronunciar ou
absolver o acusado, de maneira que exclua a competência do júri, remeterá o
processo ao juízo competente.

O art. 81 diz, em resumo, o seguinte: Se um Juiz recebe dois


processos (reunidos por conexão ou continência), e no processo de sua
competência originária (e não aquele que lhe foi remetido em razão da
conexão ou continência) ele profere sentença absolutória ou desclassifica o
fato para outro crime, que não seja de sua competência, mesmo assim
ele continua competente para julgar o processo recebido pela
conexão.
O § 1°, por sua vez, estabelece uma exceção à regra. Se houver
reunião de processos para julgamento pelo Tribunal do Júri, havendo
desclassificação, absolvição sumária ou impronúncia, deverá o Juiz remeter
o processo conexo ao Juízo competente (que não era o Tribunal do Júri).16
O art. 82, por fim, estabelece que, no caso de haver conexão ou
continência, mas terem sido instaurados processos em Juízos diversos, o
Juiz cuja competência é prevalente poderá avocar (trazer para si) o
julgamento dos demais processos, a qualquer tempo, salvo se já houver
sentença definitiva naqueles (já tiverem transitado em julgado). Se já tiver
ocorrido o trânsito em julgado, os processos serão reunidos posteriormente
para fins de execução de pena:
Art. 82. Se, não obstante a conexão ou continência, forem instaurados
processos diferentes, a autoridade de jurisdição prevalente deverá avocar os
processos que corram perante os outros juízes, salvo se já estiverem com
sentença definitiva. Neste caso, a unidade dos processos só se dará,
ulteriormente, para o efeito de soma ou de unificação das penas.
!
2.7.! Competência penal do STF, do STJ, doa TRFs, dos Juízes
01406544108

Federais e dos Juizados Especiais Criminais Federais


Conforme estudamos, a competência nada mais é que uma divisão
funcional para o exercício legítimo da Jurisdição. As normas que definem a
competência estão previstas em diversos diplomas legislativos, dentre eles,
a própria Constituição.
Vamos estudar, mais detalhadamente agora, a competência criminal
de cada um dos órgãos do Judiciário citados:

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
16
Isso não ocorrerá se a desclassificação ocorrer apenas no momento da quesitação formulada aos
jurados (art. 492, §1º do CPP).

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2.7.1.! Da competência criminal do STF !
Nos termos da Constituição Federal, compete ao STF julgar:
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
(...)
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente,
os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-
Geral da República;
c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros
de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica,
ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os
do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter
permanente; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
d) o "habeas-corpus", sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas
alíneas anteriores; o mandado de segurança e o "habeas-data" contra atos do
Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e
do próprio Supremo Tribunal Federal;
(...)
i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator
ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos
diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime
sujeito à mesma jurisdição em uma única instância; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 22, de 1999)
j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados;
l) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da
autoridade de suas decisões;
m) a execução de sentença nas causas de sua competência originária,
facultada a delegação de atribuições para a prática de atos processuais;
(...)
II - julgar, em recurso ordinário:
a) o "habeas-corpus", o mandado de segurança, o "habeas-data" e o mandado
de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se
denegatória a decisão;
01406544108

b) o crime político;
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou
última instância, quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição;
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta
Constituição.
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. (Incluída pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Perceba, meu caro aluno, que a competência criminal do STF, segundo


a constituição, pode ser de duas ordens: Originária e Recursal.

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A competência originária está prevista no inciso I do art. 102, e !
engloba as seguintes situações:
•! Nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o
Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus
próprios Ministros e o Procurador-Geral da República.
•! Nas infrações penais comuns e nos crimes de
responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da
Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no
art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal
de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter
permanente.
•! O "habeas-corpus", sendo paciente qualquer das pessoas
referidas nas alíneas anteriores (Presidente, Vice, Membros
do Congresso, Ministros do STF, dos Tribunais Superiores, PGR,
ministros do TCU, Ministros de Estado, Comandantes das Forças
Armadas e chefes de missão diplomática de caráter
permanente).
•! O habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou
quando o coator ou o paciente for autoridade ou
funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à
jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de
crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância.
•! A revisão criminal de seus próprios julgados;
•! A execução de sentença nas causas de sua competência
originária, facultada a delegação de atribuições para a prática
de atos processuais.

CUIDADO MASTER! O Presidente do Banco Central e o Advogado-Geral


da União possuem status de Ministros de Estado.

Na competência originária o processo criminal começa diretamente no


01406544108

STF, sem passar antes por qualquer outro órgão do Judiciário.


A competência para a execução dos seus próprios julgados e para
julgar a revisão criminal de seus próprios julgados são competências
lógicas, pois, considerando ser o STF o Tribunal Máximo do país, não faria
sentido submeter a Revisão Criminal, por exemplo, a outro órgão do
Judiciário.
As hipóteses de competência constitucional originária do STF são, na
verdade, TODAS POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO, sendo, portanto,
ratione personae.
A primeira hipótese trata dos crimes comuns praticados pelo:
"! Presidente da República
"! Vice-Presidente da República

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"! Membro do Congresso Nacional !
"! Ministros do STF
"! Procurador-Geral da República

Estas são as cinco “figuras” que possuem prerrogativa de função,


devendo ser julgadas, por crimes comuns, no STF. Mas, e quem as julga
no caso de crimes de responsabilidade? A resposta está no art. 52, I e
II da Constituição, que prevê a competência do SENADO FEDERAL:
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes
de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da
Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos
com aqueles; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 02/09/99)
II processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do
Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o
Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de
responsabilidade; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

CUIDADO! Isso não se aplica aos membros do Congresso Nacional.


Não há na CF/88 previsão de julgamento dos congressistas por crime de
responsabilidade. Há previsão, apenas, de julgamento perante a própria
Casa (Câmara ou Senado) por quebra de decoro parlamentar.

A segunda hipótese de competência criminal originária do STF se


refere aos crimes comuns e aos crimes de responsabilidade praticados por
algumas autoridades. Vejamos:

"! Ministros de Estado (ressalvado o disposto no art. 52, I)


"! Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica
(ressalvado o disposto no art. 52, I)
"! Membros dos Tribunais Superiores (STM, TST, TSE, STJ)
01406544108

"! Membros do Tribunal de Contas da União


"! Chefes de missão diplomática de caráter permanente

Mas o que seria essa ressalva do artigo 52, I da Constituição?


Essa ressalva se refere à possibilidade de o crime de responsabilidade
praticado por qualquer destas pessoas ser CONEXO com um crime de
responsabilidade praticado pelo Presidente ou pelo Vice-Presidente da
República. Neste caso, a competência para julgamento do crime de
responsabilidade praticado por alguma destas figurinhas não será do STF,
mas do SENADO FEDERAL.
Por fim, há ainda a competência originária do STF para processo e
julgamento das ações de Habeas Corpus.

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Primeiramente, devemos ter em mente que o HC não é um recurso, !
mas uma ação autônoma, ou seja, um processo autônomo.
Existem três figuras específicas no HC. São elas:

ΒΧ?∆!?ΕΑΦ!ΕΓΗΙ?≅ϑΓ!
;<=>?≅Α? <!Κ>ΓΛ<ΜΝΓ!
ΟΛ>Π?Ιϑ<ϑ?

ΒΧ?∆!?ΕΑΦ!
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>Λ?Θ<Λ>ϑ<ϑ?

ΒΧ?∆!<ΡΧΣΤ<!Γ!
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Υ=

A competência do STF para processar e julgar HCs depende da


presença de determinadas autoridades como coatoras ou pacientes, de
acordo com a tabela abaixo:

HABEAS CORPUS NO STF - ORIGINÁRIA


01406544108

PACIENTE COATOR COATOR OU PACIENTE


#! Presidente Tribunal #! Autoridade ou funcionário
#! Vice-presidente Superior cujos atos estejam
#! Membros do sujeitos diretamente à
Congresso jurisdição do Supremo
#! Ministros do TCU Tribunal Federal
#! Ministros dos #! Crime sujeito à mesma
Tribunais Superiores jurisdição em uma única
#! Ministros de Estado instância
#! PGR
#! Comandantes das
Forças Armadas

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#! Chefes de Missão !
diplomática de caráter
permanente
Além da competência originária, o STF possui uma competência
criminal recursal, que está prevista no inciso II do art. 102, trazendo as
seguintes hipóteses, nas quais o STF julgará o Recurso Ordinário
interposto:
"! Crime político
"! Habeas Corpus, quando o decidido em ÚNICA INSTÂNCIA
pelos TRIBUNAIS SUPERIORES
Vejam, portanto, que são apenas duas as hipóteses de competência
criminal mediante Recurso Ordinário.

CUIDADO! Se uma pessoa ajuíza Habeas Corpus


perante o STJ, por exemplo, (em razão de uma ilegalidade praticada por
um Tribunal de Justiça) e a ordem de Habeas Corpus é denegada
(Indeferido o pedido), a pessoa pode optar por:
"! Interpor Recurso Ordinário perante o STF (pois o HC foi decidido pelo
Tribunal Superior em única instância); ou
"! Ajuizar NOVO HC perante o STF (Pois se entende que o ato do
Tribunal Superior, negando o HC, transforma o Tribunal em
autoridade coatora)17.
Assim, sendo julgado e negado um HC, em única instância por um
Tribunal Superior, pode ser que o STF aprecie a matéria em grau de
recurso (Recurso Ordinário) ou mediante competência originária (Novo
HC).

2.7.2.! Competência Criminal do STJ


Nos termos do art. 105 da Constituição Federal: 01406544108

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:


I - processar e julgar, originariamente:
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e,
nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça
dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos
Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos
Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou
Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que
oficiem perante tribunais;

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
17
CUIDADO: O STF vem rechaçando a utilização do HC como substitutivo de recurso, autorizando
apenas em casos excepcionais.

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b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de !
Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do
próprio Tribunal;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas
mencionadas na alínea "a", ou quando o coator for tribunal sujeito à sua
jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da
Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto
no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e
entre juízes vinculados a tribunais diversos;
e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados;
f) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da
autoridade de suas decisões;
(...)
II - julgar, em recurso ordinário:
a) os "habeas-corpus" decididos em única ou última instância pelos Tribunais
Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e
Territórios, quando a decisão for denegatória;
(...)
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última
instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados,
do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;(Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro
tribunal.

A competência criminal do STJ, tal qual a do STF, também é dividida


em ORIGINÁRIA e RECURSAL.
A competência originária se dará nos seguintes casos:
#! Crimes comuns - Praticados por Governadores de estados ou
do DF
#! Crimes comuns e de responsabilidade - Praticados por (1)
01406544108

Desembargadores dos TJs, TRFs, TRTs e TREs; (2) Membros dos


Tribunais de Contas dos Estados e dos Tribunais e Conselhos de
Contas dos Municípios; (3) Membros do MPU que oficiem perante
Tribunais.
#! Revisão Criminal dos seus próprios julgados – Se o STJ
proferir condenação definitiva em processo de sua competência
originária (Ex.: crime comum praticado por Governador),
eventual revisão criminal (caso surja prova nova) deverá ser
ajuizada perante o próprio STJ.
#! Habeas corpus – Conforme tabela abaixo:

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HABEAS CORPUS NO STJ - ORIGINÁRIA !

COATOR COATOR OU PACIENTE


#! Tribunal sujeito à jurisdição do STJ Qualquer das autoridades que o
(TJ e TRFs) STJ julga originariamente:
#! Ministro de Estado ou Comandante #! Nos crimes comuns (Ex.:
das Forças Armadas OBS.: Governador)
Ressalvada a competência da #! Nos crimes comuns e nos
Justiça Eleitoral de responsabilidade (Ex.:
Desembargador de TJ)

A competência recursal criminal do STJ, por sua vez, se dá no caso de


Recurso Ordinário em Habeas Corpus, quando a decisão for proferida
em ÚNICA OU ÚLTIMA INSTÂNCIA por Tribunal de Justiça ou TRF,
quando for DENEGATÓRIA A DECISÃO (indeferido o pedido do HC).

2.7.3.! Competência Criminal da Justiça Federal (Juízes, TRFs e


Juizados Especiais Federais)
A competência criminal da Justiça Federal é também definida na
Constituição, possuindo algumas regras de competência ratione personae
e outras de competência ratione materiae. Vejamos:
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
(...)
IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens,
serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas
públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça
Militar e da Justiça Eleitoral;
V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando,
iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no
estrangeiro, ou reciprocamente;
V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste
artigo;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
01406544108

VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por


lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira;
VII - os "habeas-corpus", em matéria criminal de sua competência ou quando
o constrangimento provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente
sujeitos a outra jurisdição;
VIII - os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato de autoridade
federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais;
IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a
competência da Justiça Militar;
X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução
de carta rogatória, após o "exequatur", e de sentença estrangeira, após a
homologação, as causas referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva
opção, e à naturalização;
XI - a disputa sobre direitos indígenas.

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!
No caso do inciso IV, temos duas hipóteses:
a) Crimes políticos – Praticados com motivação política (art. 2° da
Lei 7.170/83 – NÃO PRECISA LER A LEI!).
b) Crimes praticados contra bens, interesses e serviços da
União, suas autarquias e empresas públicas – Nesse caso, serão
julgadas pela Justiça Federal (Juízes de primeiro grau) as condutas
delituosas que ofendam a União, suas autarquias ou empresas públicas.
Imaginem um roubo a uma repartição federal, ou um homicídio praticado
contra um agente da Polícia Federal em serviço. Por ofenderem bens
jurídicos da União, serão julgados pela Justiça Federal.
Temos, ainda, as seguintes hipóteses de julgamento de ações penais,
previstas nos incisos V, VI, IX e X:
"! Crimes previstos em tratado ou convenção internacional,
quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse
ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente
"! Crimes contra a organização do trabalho e, nos casos
determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem
econômico-financeira
"! Crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada
a competência da Justiça Militar
"! Crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro;
"! Crimes envolvendo disputas sobre direitos indígenas

Em todas estas cinco hipóteses, a competência para julgamento será


da Justiça Federal (em regra, de primeiro grau).
Mas, e quando será competente o TRF? A competência do TRF está
prevista no art. 108 da Constituição:
Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais:
I - processar e julgar, originariamente:
a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e
01406544108

da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os


membros do Ministério Público da União, ressalvada a competência da Justiça
Eleitoral;
b) as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados seus ou dos juízes
federais da região;
c) os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato do próprio Tribunal
ou de juiz federal;
d) os "habeas-corpus", quando a autoridade coatora for juiz federal;
e) os conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao Tribunal;
II - julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juízes federais e
pelos juízes estaduais no exercício da competência federal da área de sua
jurisdição.

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O TRF possui, assim como o STF e o STJ, tanto competência originária !
quanto recursal.
A competência criminal originária dos TRFs se dará em apenas duas
hipóteses.
No caso de Crimes comuns e de responsabilidade, o TRF terá
competência originária para processar e julgar:
#! Juízes federais, Juízes do Trabalho e da Justiça Militar Federalizada
#! Membros do Ministério Público da União.

OBS.: Ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.


EXEMPLO: Paulo é Juiz Federal no Rio de Janeiro, vinculado ao TRF2.
Paulo comete um crime de estelionato (competência, em tese, da Justiça
Estadual). Neste caso, Paulo será julgado pelo TRF2, mesmo em se
tratando de crime estadual (não é crime federal). Caso Paulo tivesse
praticado um crime ELEITORAL, o TRF NÃO teria competência para julgá-
lo. Neste caso, a competência seria da Justiça Eleitoral (TRE).

Na hipótese de Revisão Criminal o TRF será competente para


apreciar as revisões criminais interpostas contra os seus próprios julgados
e contra os julgados dos Juízes Federais que a ele estiverem vinculados.
Além destas, o TRF terá competência para processar e julgar os HCs
quando a autoridade coatora for JUIZ FEDERAL a ele vinculado ou
TURMA RECURSAL18 a ele vinculada.
Por fim, o TRF tem ainda competência criminal recursal, que será
exercida no julgamento dos recursos interpostos contra as decisões
proferidas por Juízes Federais de primeira instância.

A hipótese do inciso V-A traz o chamado “deslocamento de


competência”, previsto no §5° do art. 108. Vejamos:
§ 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral
01406544108

da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações


decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil
seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em
qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de
competência para a Justiça Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
45, de 2004)

Mas o que seria grave violação de direitos humanos? Ninguém


sabe, nem o STJ. Entretanto, a posição que predomina na Jurisprudência é
a de que deve ser analisada a situação no caso concreto, de forma a se

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
18
RHC 30946 / MG

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definir se houve grave violação aos direitos humanos e PREJUÍZO À !
IMAGEM EXTERNA DO PAÍS.19
Por fim, a competência criminal dos Juizados Especiais Federais
está explicitada no art. 2° da Lei 10.259/01:
Art. 2o Compete ao Juizado Especial Federal Criminal processar e julgar os
feitos de competência da Justiça Federal relativos às infrações de menor
potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexão e continência. (Redação
dada pela Lei nº 11.313, de 2006)

Mas o que seriam as causas de menor potencial ofensivo? As


causas de menor potencial ofensivo são aquelas que se enquadrem nos
requisitos previstos na Lei 9.099/95, que embora trate dos Juizados
Especiais Estaduais, se aplica aos Juizados Federais, de maneira
subsidiária, nos termos do art. 1° da Lei 10.259/01. Vejamos:
Art. 1o São instituídos os Juizados Especiais Cíveis e Criminais da Justiça
Federal, aos quais se aplica, no que não conflitar com esta Lei, o disposto na
Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995.

Agora, vejamos quais são os requisitos para que uma infração penal
possa ser considerada uma IMPO (Infração de Menor Potencial Ofensivo),
nos termos do art. 61 da Lei 9.099/95:
Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os
efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena
máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. (Redação
dada pela Lei nº 11.313, de 2006)

Assim, como a JUSTIÇA FEDERAL NÃO TEM COMPETÊNCIA PARA


JULGAR CONTRAVENÇÕES PENAIS, conforme previsão do art. 109, IV
da Constituição, podemos entender que a competência criminal dos
Juizados Especiais Federais Criminais está atrelada aos crimes de
competência da Justiça Federal aos quais a Lei comine pena máxima NÃO
SUPERIOR A DOIS ANOS (Isso inclui dois anos), cumulada ou não com
multa. 01406544108

EXEMPLO: Crime de desacato praticado contra funcionário público


federal será da competência do Juizado Especial Federal Criminal, já que
se trata de crime federal ao qual a lei comina pena máxima não superior
a dois anos. Vejamos:
Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão
dela:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
19
PACELLI, Eugênio. Op. cit., p. 241/242

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Esta, portanto, é a regra de fixação da competência dos Juizados !
Especiais Criminais Federais.

2.7.4.! Pontos polêmicos


Reuni no quadrinho abaixo alguns pontos polêmicos que talvez possam
ser objeto de questionamento na prova de vocês:

"! No caso de julgamento de crime político (da competência dos Juízes


Federais de primeiro grau), caso haja recurso, o RECURSO
ORDINÁRIO É DIRETO PARA O STF!
"! O STF e o STJ entendem que todo crime que viole os direitos
fundamentais dos Trabalhadores são considerados “crimes contra
a organização do Trabalho”, estejam ou não no capítulo “Dos
Crimes contra a Organização do Trabalho”, previsto no Código
Penal.
"! O STF e o STJ entendem que a competência para julgamento dos
crimes que versem sobre direitos indígenas só é da Justiça
Federal quando estejam ligados às questões da comunidade
indígena, e não qualquer crime praticado por indígena. Ex.: Um
indígena sai da tribo e vai para a cidade. Lá, furta uma bolsa. Esse
crime nada tem a ver com a comunidade indígena, sua cultura,
terras. Nesse caso, a competência é da Justiça Estadual. Agora
imagine um caso em que há uma chacina praticada por fazendeiros
de uma região, na qual foi dizimada uma população indígena, como
retaliação pela ocupação das terras. Nesse caso, é nítida a
competência da Justiça Federal.
01406544108

3.! RESUMO

JURISDIÇÃO
Conceito - A atuação do Estado consistente na aplicação do Direito vigente
a um caso concreto, resolvendo-o de maneira definitiva, cujo objetivo é
sanar uma crise jurídica e trazer a paz social.
Finalidades
•! Social – Trazer a paz social.
•! Jurídica - Resolver o imbróglio jurídico que perdura, dizer quem tem
o direito no caso concreto, segundo o sistema jurídico vigente.

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•! Política - fortalecer a imagem do Estado como entidade soberana, !
que tem o poder de dizer quem está certo e fazer valer essa decisão.
•! Educacional (ou pedagógica) - Transmitir à população a aplicação
prática do Direito, fazendo com que a população se torne cada vez
mais consciente daquelas condutas que são penalmente tuteladas

Características
#! Inércia - O Princípio da inércia da jurisdição significa que o Estado-
Juiz só se movimenta, só presta a tutela jurisdicional se for
provocado, se a parte que alega ter o direito lesado ou ameaçado
acioná-lo, requerendo que exerça seu Poder jurisdicional. Proteção
da imparcialidade do Juiz. Há exceções (Ex.: habeas corpus de ofício).
#! Substitutividade - A vontade do Estado (vontade da lei) substitui a
vontade das partes.
#! Definitividade - Em um dado momento, a decisão prestada pelo
Estado-Juiz será definitiva, imodificável. EXCEÇÃO: Revisão criminal
(se surgir prova nova), pois pode ser ajuizada a qualquer tempo, de
forma a alterar a sentença condenatória.
Princípios
#! Investidura - Para se exercer a Jurisdição, deve-se estar investido
do Poder jurisdicional. Como esse Poder pertence ao Estado, ele é
quem delega esse Poder aos seus agentes.
#! Indelegabilidade - Aqueles que foram investidos do Poder
jurisdicional não podem delegá-lo a terceiros.
#! Inevitabilidade - Vinculação obrigatória ao processo, e o outro é a
vinculação obrigatória aos efeitos da jurisdição (ou estado de
sujeição).
#! Inafastabilidade – Duas vertentes: (1) possibilidade que todo
cidadão tem, de levar à apreciação do Poder Judiciário uma demanda
(cumprindo os requisitos e pressupostos legais) e de ter a prestação
de uma tutela jurisdicional; (2) o processo deve garantir o acesso do
cidadão à ordem jurídica justa.
#! Juiz natural – Estabelecimento de regras prévias e abstratas de
01406544108

definição da competência, a fim de se evitar a “escolha” do Juiz da


causa. Impossibilidade de criação de Juízos ou Tribunais de exceção.
#! Territorialidade – Toda jurisdição possui um limite territorial, no
caso, o território brasileiro. TODO JUIZ tem jurisdição no território
nacional. Entretanto, por questão de organização funcional, a
competência de cada um é delimitada de várias formas.
Espécies
#! Jurisdição superior e inferior – A inferior é exercida pelo órgão
que atua no processo desde o início. Já a superior é exercida em
grau recursal.
#! Jurisdição comum e especial – A jurisdição especial, no processo
penal, é formada pelas 02 “Justiças especiais”: Justiça Eleitoral

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(art. 118 a 121 da CF/88) e Militar (122 a 125). Já a jurisdição !
comum é exercida residualmente. Tudo que não for jurisdição
especial será jurisdição comum, que se divide em estadual e
federal. OBS: A Justiça do trabalho não possui competência
criminal.

COMPETÊNCIA
CONCEITO – Conjunto de regras que estabelecem, previamente, os limites
em que cada Juiz pode exercer, de maneira válida, o seu Poder
Jurisdicional.20
COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MATÉRIA
Esta espécie leva em consideração a natureza do fato criminoso para definir
qual a “Justiça” competente (Justiça Eleitoral, Comum, Militar, etc.).
Assim:
COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MATÉRIA
JUSTIÇA COMUM JUSTIÇA ESPECIAL
FEDERAL ESTADUAL ELEITORAL MILITAR

OBS.: Justiça do Trabalho não possui competência criminal.

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01406544108

OBS.: Eventual existência de foro por prerrogativa de função pode, a


depender do caso, afastar estas regras (Ex.: Juiz Estadual comete crime
federal – será julgado pela Justiça Estadual, pelo TJ).
OBS.: Competência do tribunal do Júri – crimes dolosos contra a vida.

Competência criminal da Justiça Federal – Várias hipóteses


#! Crimes que afetam bens, serviços ou interesses da União, suas
autarquias e empresas públicas – Não abrange as sociedades de

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
∗+
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execução penal. 12.º edição.
Ed. Forense. Rio de Janeiro, 2015, p. 205!

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economia mista. Ressalva-se a competência da justiça !
eleitoral e justiça militar.
#! Crimes previstos em tratado ou convenção internacional,
quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse
ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente.
#! Crimes em que haja grave violação de direitos humanos – Só se
o PGR suscitar ao STJ o deslocamento de competência.
#! Crimes contra a organização do trabalho e, nos casos
determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem
econômico-financeira.
#! HABEAS CORPUS e MANDADO DE SEGURANÇA em matéria criminal
de sua competência ou quando o constrangimento provier de
autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra
jurisdição.
#! Crimes políticos
#! Crimes relacionados à disputa sobre direitos indígenas
#! Crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves – Ressalva-
se apenas a competência da Justiça Militar.
#! Crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro
#! Execução de carta rogatória (após o "exequatur" pelo STJ)
#! Execução de sentença estrangeira (após a homologação pelo STJ)
OBS.: Justiça Federal não tem competência para julgar contravenções
penais!
COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA PESSOA
Em regra, os processos criminais são julgados pelos órgãos jurisdicionais
mais baixos, inferiores, quais sejam, os Juízes de primeiro grau. No
entanto, pode ocorrer de, em determinados casos, considerando a presença
de determinadas autoridades no polo passivo (acusados), que essa
competência pertença originariamente aos Tribunais. Essa é a chamada
prerrogativa de função (vulgarmente conhecida como “foro privilegiado”).
PRINCIPAIS HIPÓTESES DE FORO PRIVILEGIADO
PRESIDENTE DA Crime comum – STF
01406544108

REPÚBLICA E VICE- Crime de responsabilidade - SENADO


PRESIDENTE
MEMBROS DO Crime comum – STF
CONGRESSO Crime de responsabilidade – Não há
(DEPUTADOS E previsão
SENADORES)
MEMBROS DOS Crimes comuns e de responsabilidade -
TRIBUNAIS SUPERIORES STF
E DO TCU
GOVERNADORES Crime comum – STJ

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Crime de responsabilidade – Poder !
Legislativo Estadual (ou distrital)

DESEBARGADORES DOS: Crimes comuns e de responsabilidade -


TJs, TRFs, TREs e TRTs STJ

Membros do (s): Crimes comuns e de responsabilidade -


TCEs STJ
TCMs
MPU que oficiem perante
Tribunais
PREFEEITOS Crime comum – TJ
Crime comum federal – TRF
Crime eleitoral – TRE
Crime de responsabilidade próprio –
Câmara de vereadores.
JUÍZES FEDERAIS Crimes comuns e EXCEÇÃO: Crimes
JUÍZES DO TRABALHO de eleitorais. Neste caso
responsabilidade cabe ao TRE da área
JUÍZES DA JUSTIÇA
– TRF de sua de jurisdição da
MILITAR FEDERALIZADA
área de autoridade.
jurisdição.
Membros do MPU Crimes comuns e EXCEÇÃO: Crimes
de eleitorais. Neste caso
responsabilidade cabe ao TRE da área
– TRF de sua de jurisdição da
área de autoridade.
jurisdição.
Juízes estaduais e do DF
Crimes comuns e EXCEÇÃO: Crimes
Membros do MP estadual de eleitorais. Neste caso
01406544108

e do DF responsabilidade cabe ao TRE da área


– TJ de sua área de jurisdição da
de jurisdição. autoridade.

Posse no cargo com processo já em curso - A competência, nesse


caso, se desloca para o órgão jurisdicional competente em razão do foro
por prerrogativa de função, ainda que o processo já esteja em fase recursal
(STF).
OBS.: Se já foi iniciado o julgamento da apelação, eventual superveniência
do foro por prerrogativa de função não desloca a competência.

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Perda do cargo (reflexos processuais): !
! REGRA - A competência também se desloca.
! Exceção – Se o julgamento já se iniciou, o Tribunal continua
competente.
! Exceção MASTER – Se, embora não tendo se iniciado o
julgamento (mas após a instrução processual), o acusado
RENUNCIA ao cargo para “fugir” do julgamento pelo Tribunal, o
Tribunal continua competente (evitar fraude processual).

Conflito entre competência de foro por prerrogativa de função e


competência do Tribunal do Júri
#! Prerrogativa de função prevista na CF/88 x Competência do
Júri – Prevalece a competência de foro por prerrogativa de função
#! Prerrogativa de função NÃO prevista na CF/88 x Competência
do Júri – Prevalece a competência do Tribunal do Júri (súmula
vinculante nº 45).
OBS.: Caso dos deputados estaduais: pelo princípio da simetria, entende-
se que a competência de foro destas autoridades está prevista na CF/88.

COMPETÊNCIA TERRITORIAL
REGRA – Teoria do resultado (competente o foro do lugar em que se
consumar a infração). No caso de tentativa, o foro do lugar em foi praticado
o último ato de execução.
Principais regramentos:
COMPETÊNCIA TERRITORIAL
Crimes plurilocais comuns Teoria do resultado

Crimes plurilocais dolosos contra a vida Teoria da atividade

Juizados Especiais Teoria da atividade

Crimes falimentares Local onde foi decretada a


01406544108

falência

Atos infracionais Teoria da atividade

! Crime praticado no exterior e consumado no exterior - Na


capital do estado em que o réu (acusado), no Brasil, tenha fixado
seu último domicílio, ou, caso nunca tenha sido domiciliado no
Brasil, na capital federal.
! Crime praticado a bordo de aeronaves ou embarcações,
mas, por determinação da Lei Penal, estejam sujeitos à
Lei Brasileira - No local em que primeiro aportar ou pousar a
embarcação ou aeronave, ou, ainda, no último local em que
tenha aportado ou pousado.

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!
Fixação da competência territorial com base no domicílio do réu
! Não sendo conhecido o lugar da infração – Será regulada
pelo lugar do domicílio ou residência do réu.
! Se o réu tiver mais de uma residência – Prevenção.
! Se o réu não tiver residência ou for ignorado seu
paradeiro - juiz que primeiro tomar conhecimento do fato.
! Se for hipótese de crime de ação exclusivamente privada
– Poderá o querelante escolher ajuizar a queixa no lugar do
domicílio ou residência do réu, ainda que conhecido o lugar
da infração.

Conexão
•! Intersubjetiva por simultaneidade ocasional – pessoas
diversas cometem infrações diversas no mesmo local, na mesma
época, mas desde que não estejam ligadas por nenhum vínculo
subjetivo.
•! Intersubjetiva por concurso – Na hipótese de concurso de
pessoas.
•! Intersubjetiva por reciprocidade – Infrações praticadas no
mesmo tempo e no mesmo lugar, mas os agentes praticaram as
infrações uns contra os outros.
•! Conexão objetiva teleológica – Uma infração deve ter sido
praticada para “facilitar” a outra.
•! Conexão objetiva consequencial – Nesta hipótese uma
infração é cometida para ocultar a outra, ou, ainda para garantir
a impunidade do infrator ou garantir a vantagem da outra
infração.
•! Conexão instrumental – A prova da ocorrência de uma
infração e de sua autoria influencie na caracterização da outra
01406544108

infração.

Continência
•! Continência por cumulação subjetiva – É o caso no qual duas
ou mais pessoas são acusadas pela mesma infração (concurso
de pessoas).
•! Continência por concurso formal – Mediante uma só conduta
o agente pratica dois ou mais crimes.

Regras aplicáveis nos casos de determinação da competência pela


conexão ou continência

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#! Um crime de competência do Tribunal do Júri e outro crime, !
de competência do Juízo comum – Competência do Júri para
ambos.
#! Crimes de competência de Juízos de mesma categoria -
Primeiro se utiliza o critério de fixação da competência territorial com
base na local em que ocorreu o crime que possuir pena mais grave.
Se as penas forem idênticas, utiliza-se o critério do lugar onde
ocorreu o maior número de infrações penais. Caso as penas
sejam idênticas e tenha sido cometido o mesmo número de infrações
penais, ou, ainda, em qualquer outro caso, aplica-se a fixação da
competência pela prevenção.
#! Crimes de competência de Juízos de graus diferentes - A
competência será fixada no órgão de Jurisdição superior (Ex.: Um
Tribunal Superior e um Juiz singular).
#! Um crime de competência da Justiça Comum e outro da Justiça
Especial – Competência será fixada na Justiça Especial (Ex.: crime
eleitoral conexo com crime comum).
OBS.: “NÃO VIOLA AS GARANTIAS DO JUIZ NATURAL, DA AMPLA DEFESA
E DO DEVIDO PROCESSO LEGAL A ATRAÇÃO POR CONTINÊNCIA OU
CONEXÃO DO PROCESSO DO CO-RÉU AO FORO POR PRERROGATIVA DE
FUNÇÃO DE UM DOS DENUNCIADOS.” – SÚMULA 704 do STF

Separação dos processos nos casos de conexão ou continência


A reunião dos processos, nestes casos, é a regra. Contudo, existem
exceções, hipóteses nas quais haverá o desmembramento dos processos:
•! Concurso entre a Jurisdição comum e militar
•! Concurso entre crime e infração de competência do
Juizado da Infância e da Juventude
•! Insanidade mental de um dos corréus – Os processos devem
ser separados, pois o processo, em relação ao correu declarado
mentalmente insano, será suspenso. Só se aplica no caso de
insanidade posterior ao fato criminoso.
01406544108

•! Impossibilidade de formação do conselho de sentença no


Tribunal do Júri – Se houver, no Tribunal do Júri, dois ou mais
réus, e sendo diferentes os advogados, as recusas aos Jurados
(Direito de recusar algum jurado) impossibilitarem a formação
do conselho de sentença, o processo deverá ser desmembrado.
•! Separação facultativa quando os fatos criminosos tenham sido
praticados em circunstâncias de tempo e lugar diferentes, ou o
Juiz entender que a reunião de processos pode ser
prejudicial ao Julgamento da causa ou puder implicar em
retardamento do processo
•! Crime doloso contra a vida praticado em concurso de
agentes quando um dos acusados possui foro por
prerrogativa de função fixado na CF/88 – A competência do

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júri para julgar o corréu que NÃO tem foro privilegiado não pode !
ser afastada por regras infraconstitucionais (de conexão e
continência).

COMPETÊNCIA CRIMINAL DO STF


Originária
•! Nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o
Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus
próprios Ministros e o Procurador-Geral da República.
•! Nas infrações penais comuns e nos crimes de
responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da
Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no
art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal
de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter
permanente.
•! A revisão criminal de seus próprios julgados.
•! A execução de sentença nas causas de sua competência
originária, facultada a delegação de atribuições para a prática
de atos processuais.
Originária em HC
HABEAS CORPUS NO STF - ORIGINÁRIA
PACIENTE COATOR COATOR OU PACIENTE

#! Presidente Tribunal #! Autoridade ou funcionário


#! Vice-presidente Superior cujos atos estejam sujeitos
#! Membros do Congresso diretamente à jurisdição do
#! Ministros do TCU Supremo Tribunal Federal
#! Ministros dos Tribunais #! Crime sujeito à mesma
Superiores jurisdição em uma única
#! Ministros de Estado instância
#! PGR
#! Comandantes das 01406544108

Forças Armadas
#! Chefes de Missão
diplomática de caráter
permanente

Recursal
#! Crime político
#! Habeas Corpus, quando o decidido em ÚNICA INSTÂNCIA pelos
TRIBUNAIS SUPERIORES

COMPETÊNCIA CRIMINAL DO STJ

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Originária !
#! Crimes comuns - Praticados por Governadores de estados ou
do DF
#! Crimes comuns e de responsabilidade - Praticados por (1)
Desembargadores dos TJs, TRFs, TRTs e TREs; (2) Membros dos
Tribunais de Contas dos Estados e dos Tribunais e Conselhos de
Contas dos Municípios; (3) Membros do MPU que oficiem perante
Tribunais.
#! Revisão Criminal dos seus próprios julgados – Se o STJ
proferir condenação definitiva em processo de sua competência
originária (Ex.: crime comum praticado por Governador),
eventual revisão criminal (caso surja prova nova) deverá ser
ajuizada perante o próprio STJ.

Originária em Habeas Corpus


HABEAS CORPUS NO STJ - ORIGINÁRIA
COATOR COATOR OU PACIENTE

#! Tribunal sujeito à jurisdição do STJ Qualquer das autoridades que o STJ


(TJ e TRFs) julga originariamente:
#! Ministro de Estado ou Comandante #! Nos crimes comuns (Ex.:
das Forças Armadas OBS.: Governador)
Ressalvada a competência da #! Nos crimes comuns e nos de
Justiça Eleitoral responsabilidade (Ex.:
Desembargador de TJ)

Competência criminal recursal do STJ - Recurso Ordinário em Habeas


Corpus - Decisão for proferida em ÚNICA OU ÚLTIMA INSTÂNCIA por
Tribunal de Justiça ou TRF (quando for denegatória a decisão).

COMPETÊNCIA CRIMINAL DOS TRFs


Originária
01406544108

#! Crimes comuns e de responsabilidade – (1) Juízes federais,


Juízes do Trabalho e da Justiça Militar Federalizada (2) e membros
do Ministério Público da União. OBS.: ressalvada a competência da
Justiça Eleitoral.
#! Revisão Criminal – O TRF será competente para apreciar as
revisões criminais interpostas contra os seus próprios julgados e
contra os julgados dos Juízes Federais que a ele estiverem
vinculados.
#! Habeas Corpus - quando a autoridade coatora for JUIZ FEDERAL a
ele vinculado ou TURMA RECURSAL a ele vinculada.
Recursal

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Julgamento dos recursos interpostos contra as decisões proferidas por !
Juízes Federais de primeira instância.

COMPETÊNCIA CRIMINAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS


FEDERAIS
Infrações de menor potencial ofensivo – Crimes FEDERAIS cuja
pena máxima não seja superior a dois anos. OBS.: As contravenções
penais são infrações penais de menor potencial ofensivo, mas a Justiça
Federal não tem competência para julgar contravenções penais.

Bons estudos!
Prof. Renan Araujo

4.! EXERCÍCIOS DA AULA

01.! (UEG – 2013 – PC/GO – ESCRIVÃO DE POLÍCIA)


Compete ao juízo criminal singular processar e julgar os crimes:
a) contra a organização do trabalho.
b) políticos.
c) praticados em detrimento de bens de sociedades de economia mista.
d) dolosos contra a vida.

02.! (UEG – 2005 – PM/GO – OFICIAL)


Heráclito cometeu, em ato contínuo, os crimes de homicídio e de furto de
objeto de pequeno valor contra a mesma vítima. Assim, é CORRETO afirmar
que Heráclito será julgado
a) perante o Tribunal do Júri por ambos os crimes.
01406544108

b) pelo juiz singular, visto que este é competente para julgar os crimes de
latrocínio.
c) pelo Tribunal do Júri apenas pelo crime de homicídio, sendo que o crime
de furto será julgado pelo juizado especial criminal.
d) apenas por homicídio e, se condenado, terá a pena aumentada de um
terço em razão do furto.

03.! (PM-MG – 2015 – PM-MG – OFICIAL DA PM)


Sobre o tema compete,ncia no processo penal comum, marque a alternativa
CORRETA:
a) A compete,ncia será fixada, em regra, pelo domicílio do réu.
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b) Se o réu não tiver reside,ncia certa, a compet−ncia se fixará pela natureza !
da infra.ão.
c) Nas ac/ões penais exclusivamente privadas, o querelante pode optar pelo
foro do domicílio do réu.
d) A compete,ncia será determinada pela conexão quando duas ou mais
pessoas foram acusadas da mesma infra.ão

04.! (PM-MG – 2013 – PM-MG – OFICIAL DA PM)


Marque a alternativa CORRETA.
São compete,ncias de natureza absoluta:
a) compete,ncia territorial e a compet−ncia em razão da pessoa.
b) compet−ncia em razão da matéria e a compet−ncia territorial.
c) compet−ncia em razão da pessoa, compet−ncia em razão da matéria e
compete,ncia territorial.
d) compete,ncia em razão da pessoa e a compet−ncia em razão da matéria.

05.! (PM-MG – 2007 – PM-MG – SARGENTO)


O Juizado Especial Criminal tem compete,ncia para a concilia.ão, o
julgamento e a execu.ão das infra.ões penais de menor potencial ofensivo.
Para os efeitos da Lei no 9.099, de 26/11/1995, consideram-se infra.ões
penais de menor potencial ofensivo:
a) as contravenc/ões penais e os crimes a que a Lei comine pena máxima
não superior a 1 (um) ano, cumulada ou não com multa.
b) as contravenc/ões penais e os crimes a que a lei comine pena máxima
não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa.
c) as contravenc/ões penais.
d) os crimes a que a Lei comine pena máxima não superior a 1 (um) ano,
cumulada ou não com multa.
01406544108

06.! (VUNESP – 2015 – TJ-MS – JUIZ)


De acordo com o artigo 80, do Código de Processo Penal, nos processos
conexos, será facultativa a separação quando
a) as infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou lugar
diferentes, ou, quando pelo excessivo número de acusados e para não lhes
prolongar a prisão provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz reputar
conveniente a separação.
b) venha o juiz ou tribunal a proferir sentença absolutória ou que
desclassifique a infração para outra que não se inclua na sua competência.

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c) houver corréu em local incerto ou não sabido ou foragido que não possa !
ser julgado à revelia, ainda que representado por defensor constituído e
regularmente citado.
d) concorrerem jurisdição comum e do juízo falimentar.
e) em relação a algum corréu, por superveniência de doença mental, nos
termos do artigo 152 do Código de Processo Penal, ainda que indispensável
a suspensão do processo para instauração de incidente de insanidade
mental.

07.! (VUNESP – 2015 – MPE-SP – ANALISTA DE PROMOTORIA)


Para delimitação de competência, entende-se por foro supletivo ou foro
subsidiário, previsto no artigo 72, caput, do Código de Processo Penal,
a) o do juízo prevento, na infração continuada ou permanente, praticada
em território de duas ou mais jurisdições.
b) o do lugar da infração à qual cominada pena mais grave.
c) o de domicílio ou residência do réu, porque desconhecido o lugar da
infração penal.
d) o da residência da vítima, porque desconhecidos o paradeiro do réu, o
local da consumação do delito e, na tentativa, o lugar em que praticado o
último ato de execução.
e) o do juízo da distribuição, porque desconhecidos o paradeiro do réu, o
local da consumação do delito e, na tentativa, o lugar em que praticado o
último ato de execução.

08.! (VUNESP – 2015 – PC-CE – DELEGADO)


A competência para a ação penal, caso
a) desconhecido o domicílio do ofendido, será estabelecida pelo local da
infração.
b) desconhecido o local da infração, será estabelecida pela residência ou
domicílio do réu. 01406544108

c) desconhecido o domicílio do réu, será estabelecida pela prevenção.


d) se trate de ação privada, ficará a cargo do querelante, que pode escolher
entre o local da infração e o da sua própria residência.
e) se trate de crime tentado, será fixada no lugar onde deveria ter se
consumado a infração.

09.! (VUNESP – 2014 – TJ-PA – ANALISTA JUDICIÁRIO)


Determina o caput do art. 70 do CPP que nos crimes consumados, como
regra, a competência para julgamento será determinada pelo lugar em que
se consumar a infração. No caso de tentativa,
a) pelo domicílio do ofendido.

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b) pelo domicílio do acusado. !
c) pela prevenção.
d) pelo lugar onde deveria ter se consumado a infração.
e) pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.

10.! (VUNESP – 2014 – TJ-RJ – JUIZ)


De acordo com entendimento sumulado pelo STF, é de competência da
Justiça Federal processar e julgar crimes de tráfico de drogas, desde que
haja remessa do entorpecente para o
a) exterior.
b) exterior, ou entre Estados dentro do país.
c) exterior, ou entre Estados dentro do país, ou entre Municípios.
d) exterior, e desde que seja praticado por associação transnacional.

11.! (VUNESP – 2012 – DPE-MS – DEFENSOR PÚBLICO)


A competência processual penal é definida, em regra, pelo lugar em que se
consumar a infração. Contudo, nos termos do Código de Processo Penal, é
correto afirmar que
a) se tratando de infração continuada ou permanente, praticada em
território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pelo lugar
em que for praticado o último ato de execução.
b) a competência será determinada pela conexão quando duas ou mais
pessoas forem acusadas pela mesma infração ou se, ocorrendo duas ou
mais infrações praticadas ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas,
ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar, ou
por várias pessoas, umas contra as outras.
c) ao Supremo Tribunal Federal competirá, privativamente, processar e
julgar os seus ministros nos crimes de responsabilidade.
d) não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á
pelo domicílio ou residência do réu.
01406544108

12.! (VUNESP – 2009 – TJ-SP – JUIZ)


Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna da frase: A
inobservância da competência penal por prevenção___________________
.
a) constitui nulidade relativa
b) constitui nulidade absoluta
c) não constitui nulidade
d) pode constituir nulidade absoluta em circunstâncias especiais

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13.! (VUNESP – 2009 – TJ-SP – JUIZ) !
No caso de roubo praticado na cidade de São Paulo contra agência bancária
da Caixa Econômica Federal, em que tenha havido a subtração de dinheiro
do caixa, a competência para a ação penal é da
a) Justiça Federal.
b) Justiça Estadual.
c) Justiça Federal ou da Justiça Estadual, observada a regra da prevenção.
d) Justiça Federal ou da Justiça Estadual, conforme o inquérito tenha sido
conduzido pela Polícia Federal ou pela Polícia Estadual.

14.! (VUNESP – 2013 – TJ-SP – JUIZ)


Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território
de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pelo(a)
a) prevenção.
b) lugar da infração.
c) conexão ou continência.
d) distribuição.

15.! (VUNESP – 2013 – TJ-SP – JUIZ)


A exceção de incompetência constitui meio processual assecuratório da
observância do princípio do(a)
a) oficialidade.
b) juiz natural.
c) publicidade.
d) persuasão racional.

16.! (VUNESP – 2014 – TJ-PA – JUIZ)


Imagine que magistrado integrante do Tribunal Regional Eleitoral, durante
01406544108

sessão de julgamento e em razão de controvérsia relativa a votos


divergentes, atente dolosamente contra a vida de seu colega. A
competência para julgamento é do:
a) Tribunal do Júri.
b) Tribunal de Justiça.
c) Tribunal Regional Eleitoral.
d) Superior Tribunal de Justiça.
e) Tribunal Superior Eleitoral.

17.! (VUNESP – 2014 – TJ-SP – TITULAR NOTARIAL)

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Se o Prefeito Municipal de uma cidade do Estado de São Paulo comete um !
crime de homicídio na cidade de Recife, Estado de Pernambuco, é
competente para o julgamento da causa o;
a) Tribunal do Júri do Foro da Comarca de Recife, Estado de Pernambuco
b) Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco
c) Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
d) Tribunal do Júri do Foro da Comarca da cidade, onde o autor do referido
crime figura como Prefeito Municipal

18.! (FCC – 2015 – TJ-SC – JUIZ)


Após a condenação em primeira instância por um crime de competência
federal, o réu de uma ação penal é diplomado como deputado federal.
Posteriormente, quanto ao julgamento de sua apelação, interposta antes
da diplomação, deverá ser julgada:
a) pelo Tribunal Regional Federal, se já estiver devidamente instruída com
razões e contrarrazões.
b) normalmente pelo juiz federal da causa, em respeito ao princípio do juiz
natural.
c) pelo Supremo Tribunal Federal.
d) pelo Superior Tribunal de Justiça.
e) normalmente pelo Tribunal Regional Federal.

19.! (FCC – 2015 – TRE-RR – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA


JUDICIÁRIA)
Analise a seguinte situação hipotética: Agapito é funcionário público do
Estado de Roraima, exercendo suas atividades na Secretaria da Saúde, com
sede na cidade de Boa Vista. No exercício do seu cargo, Agapito, agindo
em manifesta continuidade delitiva, com o mesmo modos operandi,
durante aproximadamente seis meses e nas cidades de Boa Vista,
Rorainópolis, Alto Alegre e Caracaí, todas do Estado de Roraima, desvia em
01406544108

proveitopróprio e de sua esposa, diversos bens de que tinha a posse em


razão do cargo que ocupa. Agapito iniciou sua prática criminosa na cidade
de Boa Vista e praticou o último ato na cidade de Caracaí. No mesmo dia,
pouco tempo depois da prática do último ato criminoso, Agapito foi preso
em flagrante por crime de peculato, quando retornava para a cidade de Boa
Vista, em uma Rodovia, na cidade de Mucajaí. No caso proposto, a
competência para julgamento da ação penal
a) regular-se-á pelo domicílio do réu, uma vez que ele praticou o crime em
diversas comarcas do Estado de Roraima.
b) será do juízo da comarca de Mucajaí, local da prisão em flagrante do
réu.

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c) será do juízo da comarca de Boa Vista, onde o funcionário público !
praticou o primeiro ato criminoso
d) firmar-se á pela prevenção, uma vez que todos os juízos das comarcas
de Boa Vista, Rorainópolis, Alto Alegre e Caracaí, onde o réu praticou atos
criminosos, são competentes para julgamento da ação penal.
e) será do juízo da comarca de Caracaí, onde o funcionário público praticou
o último ato criminoso.

20.! (FCC – 2013 – TJ-PE – TITULAR NOTARIAL)


O Código de Processo Penal brasileiro, ao tratar da competência
jurisdicional por conexão ou continência, determina a observância da
seguinte regra:
a) no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição
comum, prevalecerá esta última.
b) no concurso de jurisdições da mesma categoria, preponderará a do lugar
da infração à qual for cominada a pena mais grave, exceto no caso de
crimes conexos de competência federal e estadual, em que a competência
será sempre da Justiça Federal.
c) no concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá aquela.
d) a conexão e continência importam unidade de processo e julgamento,
sem exceção.
e) é obrigatória a separação dos processos quando as infrações tiverem
sido praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes.

21.! (FCC – 2012 – TJ-RJ – ANALISTA JUDICIÁRIO)


A competência será determinada pela continência
a) se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao
mesmo tempo, por várias pessoas reunidas.
b) quando duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração.
c) se os crimes forem praticados por várias pessoas, umas contra as outras.
01406544108

d) quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias


elementares influir na prova de outra infração.
e) se os crimes foram praticados para facilitar ou ocultar outros.

22.! (FCC – 2014 – TRF 3 – TÉCNICO JUDICIÁRIO)


Antonio é prefeito municipal que exerce mandato desde 2013. Ante a
notícia de que teria, em 2011, praticado delito de apropriação indébita
previdenciária, previsto no artigo 168-A, do Código Penal, enquanto sócio
gerente de uma metalúrgica, a competência para processá-lo e julgá-lo
agora por tal crime é do:

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a) juiz de primeiro grau da respectiva seção judiciária onde teria ocorrido !
o delito.
b) Supremo Tribunal Federal.
c) Superior Tribunal de Justiça.
d) Tribunal Regional Federal do local onde teria ocorrido o delito.
e) Tribunal de Justiça do Estado onde teria ocorrido o delito.

23.! (FCC – 2014 – TRF4 – OFICIAL DE JUSTIÇA)


Pedro foi denunciado porque guarda, na cidade A, moeda falsa e porque,
na cidade B, ao ser flagrado na importação da moeda falsa, desacatou e
desobedeceu a ordem policial. O foro competente para processar e julgar
Pedro por tais fatos é
(A) tanto da cidade A como da B, facultativamente, porque o crime de
moeda falsa, mais grave, ocorreu em ambas as localidades.
(B) o da cidade A, porque é onde se iniciou a execução.
(C) o da cidade B, porque lá ocorreu o maior número de infrações.
(D) o do foro da residência de Pedro.
(E) o da cidade B, porque onde foi praticado o último ato de execução.

24.! (FCC – 2014 – TRF4 – TÉCNICO JUDICIÁRIO)


O Supremo Tribunal Federal é competente para processar e julgar,
originariamente,
(A) os membros dos Tribunais Superiores, apenas nos crimes de
responsabilidade.
(B) os membros do Congresso Nacional, nos crimes de responsabilidade.
(C) seus próprios Ministros, nas infrações penais comuns.
(D) os membros do Tribunal de Contas da União, apenas nas infrações
penais comuns.
(E) o Procurador-Geral da República, nos crimes de responsabilidade.
01406544108

25.! (FCC – 2006 – TR1 – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA


ADMINISTRATIVA)
Conforme alteração trazida pela Emenda Constitucional n° 45, nas
hipóteses de grave violação de direitos humanos, com a finalidade de
assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados
internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, o
A) Presidente do Supremo Tribunal Federal, poderá suscitar, perante o
Tribunal de Justiça Estadual, em qualquer fase do inquérito ou processo,
incidente de deslocamento de competência para o Superior Tribunal de
Justiça.

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B) Procurador-Geral da República, poderá suscitar, perante o Superior !
Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente
de deslocamento de competência para a Justiça Federal.
C) Presidente do Superior Tribunal de Justiça, poderá suscitar, perante o
Tribunal Regional Federal, em qualquer fase do inquérito ou processo,
incidente de deslocamento de competência para o Supremo Tribunal
Federal.
D) Advogado-Geral da União, poderá suscitar, perante o Supremo Tribunal
Federal, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de
deslocamento de competência para o Tribunal Regional Federal.
E) Presidente do Tribunal Regional Federal, poderá suscitar, perante o
Tribunal de Justiça Estadual, em qualquer fase do inquérito ou processo,
incidente de deslocamento de competência para o próprio Tribunal Regional
Federal.

26.! (FCC – 2010 – TRF4 – TÉCNICO JUDICIÁRIO)


Compete aos Tribunais Regionais Federais processar e julgar,
originariamente, nos crimes comuns, os
A) membros dos Tribunais de Contas do Estado e do Distrito Federal.
B) Juízes do Trabalho da área de sua jurisdição.
C) Governadores dos Estados.
D) Desembargadores dos Tribunais de Justiça.
E) membros dos Tribunais de Contas do Município.

27.! (FCC – 2001 – TRF1 – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA


JUDICIÁRIA)
Nos crimes comuns, compete aos Tribunais Regionais Federais, processar
e julgar, originariamente os
A) ministros de Estado.
B) membros do Ministério Público dos Estados. 01406544108

C) desembargadores do Distrito Federal.


D) juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar
e da Justiça do Trabalho.
E) governadores dos Estados e do Distrito Federal.

28.! (FCC - 2011 - TRE-AP - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


JUDICIÁRIA)
Analise as seguintes assertivas sobre a competência, de acordo com o
Código de Processo Penal:

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I. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se!
consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for
praticado o último ato de execução.
II. Quando o último ato de execução for praticado fora do território
nacional, será competente o juiz do lugar em que o crime, embora
parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado.
III. A competência será determinada pela continência quando a prova de
uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na
prova de outra infração.
Está correto o que se afirma SOMENTE em
A) I e II.
B) I e III.
C) II e III.
D) I.
E) III.

29.! (FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - TÉCNICO JUDICIÁRIO -


SEGURANÇA)
Nos casos de ação penal privada exclusiva, o querelante, conhecido o lugar
da infração,
A) poderá preferir o foro de seu próprio domicílio.
B) poderá ajuizar a ação em qualquer foro.
C) poderá preferir o foro da sua própria residência.
D) só poderá ajuizar a ação no foro do lugar da infração.
E) poderá preferir o foro do domicílio ou residência do réu.

30.! (FCC - 2011 - TJ-AP - TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE


REGISTROS)
Tratando-se de infração permanente, praticada em território de duas ou
01406544108

mais jurisdições, a competência


A) será determinada pelo local em que foi praticado o último ato de
execução antes da prisão do agente.
B) será determinada pelo local em que tiver sido praticado o maior número
de atos de execução.
C) será determinada pelo local em que ocorreu a consumação.
D) firmar-se-á pela prevenção.
E) será determinada pelo local do domicílio ou residência da vítima.

31.! (FCC - 2011 - NOSSA CAIXA DESENVOLVIMENTO -


ADVOGADO)

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A competência será determinada pela continência quando !
A) a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias
elementares influir na prova de outra infração.
B) duas ou mais infrações houverem sido umas praticadas para facilitar ou
ocultar as outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação
a qualquer delas.
C) duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração.
D) duas ou mais infrações houverem sido praticadas, ao mesmo tempo,
por várias pessoas, umas contra as outras.
E) duas ou mais infrações houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por
várias pessoas reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora
diverso o tempo e o lugar.

32.! (FCC - 2011 - TRE-TO - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


JUDICIÁRIA)
Na hipótese de crime cuja execução tenha sido iniciada no território
nacional, mas a consumação tenha ocorrido fora dele, a competência será
determinada
A) pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de
execução.
B) pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o primeiro ato de
execução.
C) pela prevenção.
D) pela residência ou domicílio do réu.
E) pelo lugar onde ocorreu a consumação.

33.! (FCC - 2009 - TJ-AP - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


JUDICIÁRIA)
Considerando as regras sobre a competência estabelecidas no Código de
Processo Penal, é correto afirmar que 01406544108

A) nos crimes a distância, cuja execução foi iniciada no Brasil e o resultado


ocorreu em outro país, a competência será da Capital Federal Brasileira.
B) se tratando de infração permanente, praticada em território de duas ou
mais jurisdições, a competência será do lugar no qual teve início a infração.
C) nos casos de tentativa, a competência será determinada pelo lugar em
que foi praticado o primeiro ato de execução.
D) nos casos de ação privada exclusiva, o querelante pode preferir o foro
de domicílio ou da residência do réu, mesmo que conhecido o lugar da
infração.
E) não sendo conhecido o lugar da infração e tendo o réu apenas um
domicílio, a competência será determinada pela prevenção.

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34.! (FCC - 2010 - METRÔ-SP - ADVOGADO)
A respeito da competência, considere:
I. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á
pelo domicílio ou residência da vítima.
II. Nos casos de exclusiva ação penal privada, o querelante só poderá
ajuizar a ação no foro do domicílio ou residência do réu.
III. Na competência por conexão ou continência, no concurso de
jurisdições da mesma categoria, preponderará a do lugar da infração à
qual for cominada pena mais grave.
Está correto o que consta SOMENTE em
A) I e II.
B) III.
C) I e III.
D) II e III.
E) I.

35.! (FCC - 2010 - TRE-RS - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


JUDICIÁRIA)
A respeito da determinação da competência por conexão ou continência,
considere as alternativas abaixo:
I. No concurso de jurisdições da mesma categoria, prevalecerá a do lugar
em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as respectivas
penas forem de igual gravidade.
II. No concurso de jurisdições da mesma categoria, preponderará a do
lugar da infração à qual for cominada a pena menos grave.
III. No concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá a
comum.
IV. No concurso de jurisdições de diversas categorias, predominará a de
01406544108

maior graduação.
V. No concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição
comum, prevalecerá a competência deste último.
Está correto o que consta SOMENTE em
A) I e IV.
B) I, II e V.
C) II, III e V.
D) III e IV.
E) IV e V.

36.! (FCC - 2009 - DPE-MA - DEFENSOR PÚBLICO)

(;:ΦΓ#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!73!()!23!
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(;:ΦΓ∋#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋/∋,Ηϑ=∋4Κ!
A competência fixada pela circunstância de duas ou mais pessoas serem!
acusadas pela mesma infração é determinada
A) pela prevenção.
B) por conexão.
C) pela natureza da infração.
D) pela continência.
E) por distribuição.

37.! (FCC - 2006 - TRE-AP - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


JUDICIÁRIA)
Em relação à competência no processo penal, considere as assertivas
abaixo.
I. Conexão instrumental é aquela que decorre da pluralidade de sujeitos
do crime e de uma única conduta, com vários resultados.
II. Ocorre a prevenção, quando anteriormente à propositura da ação ou
no concurso dela, um juiz, dentre diversos outros da mesma forma
competentes, pratica algum ato processual.
III. Foro subsidiário é aquele fixado na hipótese em que não for conhecido
o lugar da infração, passando o foro a ser o do domicílio ou residência do
réu.
IV. Em regra a competência deve ser fixada pelo lugar onde se consumou
o delito ou, no caso de tentativa, onde foi praticado o último ato
executório.
A) Está correto o que se afirma apenas em II, III e IV.
B) Está correto o que se afirma apenas em I e II.
C) Está correto o que se afirma apenas em II e III.
D) Está correto o que se afirma apenas em III e IV
E) Está correto o que se afirma apenas em I, II e III.

01406544108

38.! (FCC – 2010 – DPE-SP – DEFENSOR PÚBLICO)


Atenção: Para responder à questão assinale a alternativa correta em
relação ao assunto indicado.
Competência no processo penal.
a) A competência do tribunal do júri atrai os processos conexos e prevalece
inclusive sobre o foro por prerrogativa de função.
b) Quando transitada em julgado a sentença penal condenatória, após
recurso julgado pelo Tribunal de Justiça do Estado, a aplicação da lei penal
nova mais benéfica ao condenado deverá se dar em revisão criminal, de
competência do Grupo de Câmaras do Tribunal.
c) Não se consumando o delito, a competência será determinada pelo lugar
em que foi praticado o seu primeiro ato de execução.

(;:ΦΓ#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!72!()!23!
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(;:ΦΓ∋#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋/∋,Ηϑ=∋4Κ!
d) Na Lei Maria da Penha, compete ao Colégio Recursal o julgamento do !
recurso contra as decisões adotadas pelo Juizado de Violência Doméstica e
Familiar contra a Mulher.
e) Na sessão plenária do procedimento do júri popular, quando
desclassificado o delito pelo conselho de sentença para outro de
competência do juiz singular, é o próprio juiz presidente do tribunal do júri
aquele que deverá proferir a sentença.

39.! (FCC – 2012 – DPE-SP – DEFENSOR PÚBLICO)


Atenção: Para responder à questão assinale a alternativa correta em
relação ao assunto indicado.
Competência.
a) Não se aplicam as regras de conexão de natureza objetiva ao tribunal
do júri, em razão de expressa previsão constitucional de sua competência
para o julgamento de crimes dolosos contra a vida.
b) O princípio do juiz natural, instituído ratione personae e ratione
materiae, configura hipótese de competência absoluta, inafastável por
vontade das partes processuais, somente se admitindo a sua flexibilização
por oportunidade da aplicação de norma constitucional.
c) A expedição de mandado de busca e apreensão não configura ato de
prevenção do juízo, tendo em vista a ausência de conteúdo decisório deste
ato judicial.
d) A competência inicialmente atribuída à Justiça Federal para o julgamento
dos crimes de competência da Justiça Estadual em razão de conexão de
natureza objetiva é cessada caso haja absolvição em relação ao único crime
conexo de competência da Justiça Federal, devendo o juiz federal
encaminhar o processo remanescente para a Justiça Estadual competente.
e) Viola as garantias fundamentais do juiz natural e do devido processo
legal a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro
por prerrogativa de função de um dos denunciados, por tratar-se de regra
de prorrogação de competência de natureza infraconstitucional.
01406544108

40.! (FCC – 2011 – TRF 1 – TÉCNICO JUDICIÁRIO)


O processo e o julgamento das infrações penais comuns atribuídas aos
membros dos Tribunais Regionais Eleitorais competem
a) ao Tribunal Superior Eleitoral.
b) ao Supremo Tribunal Federal.
c) aos Tribunais Regionais Federais.
d) ao Superior Tribunal de Justiça.
e) aos Juízes Federais da respectiva área de jurisdição.

41.! (FCC – 2011 – TRF 1 – TÉCNICO JUDICIÁRIO)

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Compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar, nas infrações !
penais comuns, os
a) chefes de missão diplomática de caráter permanente.
b) membros dos Tribunais Regionais do Trabalho.
c) Ministros de Estado.
d) membros do Congresso Nacional.
e) os juízes federais, da Justiça Militar e do Trabalho.

5.! QUESTÕES COMENTADAS

01.! (UEG – 2013 – PC/GO – ESCRIVÃO DE POLÍCIA)


Compete ao juízo criminal singular processar e julgar os crimes:
a) contra a organização do trabalho.
b) políticos.
c) praticados em detrimento de bens de sociedades de economia
mista.
d) dolosos contra a vida.
COMENTÁRIOS: Dentre as alternativas apresentadas, apenas a letra C
corresponde a um crime da competência da Justiça Comum estadual de
primeira instância. Os crimes dolosos contra a vida (letra D) são de
competência do Tribunal do Júri. Os crimes contra a organização do
trabalho e os crimes políticos são de competência da Justiça Federal, nos
termos do art. 109, IV e VI da CF/88.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

02.! (UEG – 2005 – PM/GO – OFICIAL)


Heráclito cometeu, em ato contínuo, os crimes de homicídio e de
furto de objeto de pequeno valor contra a mesma vítima. Assim, é
CORRETO afirmar que Heráclito será julgado 01406544108

a) perante o Tribunal do Júri por ambos os crimes.


b) pelo juiz singular, visto que este é competente para julgar os
crimes de latrocínio.
c) pelo Tribunal do Júri apenas pelo crime de homicídio, sendo que
o crime de furto será julgado pelo juizado especial criminal.
d) apenas por homicídio e, se condenado, terá a pena aumentada
de um terço em razão do furto.
COMENTÁRIOS: Ambos os delitos serão processados e julgados pelo
Tribunal do Júri, eis que o Júri tem competência para o julgamento dos
crimes dolosos contra a vida (homicídio doloso), atraindo, por conexão, a
competência para o processo e julgamento das infrações penais conexas,

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como é o caso do furto citado no enunciado, nos termos do art. 78, I do !
CPP.
Não se trata de latrocínio, hipótese na qual seria competente o Juiz
singular. Não houve latrocínio porque a questão não dá elementos nesse
sentido, afirmando apenas que houve um homicídio e, após sua realização,
um furto. Assim, se a intenção de subtrair a coisa só surgiu após a morte,
não há que se falar em latrocínio.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

03.! (PM-MG – 2015 – PM-MG – OFICIAL DA PM)


Sobre o tema competeΨncia no processo penal comum, marque a
alternativa CORRETA:
a) A competeΨncia será fixada, em regra, pelo domicílio do réu.
b) Se o réu não tiver resideΨncia certa, a competΖncia se fixará pela
natureza da infra[ão.
c) Nas ac∴ões penais exclusivamente privadas, o querelante pode
optar pelo foro do domicílio do réu.
d) A competeΨncia será determinada pela conexão quando duas ou
mais pessoas foram acusadas da mesma infra[ão.
COMENTÁRIOS:
a) ERRADA: Item errado, pois a competência, como regra, será fixada de
acordo com o local em que se consumar a infração, nos termos do art. 70
do CPP.
b) ERRADA: Não sendo conhecido o local da infração, a competência será
regulada de acordo com o domicílio ou residência do réu. Contudo, caso o
réu não tenha residência certa, ou seja ignorado o seu paradeiro, será
competente o juiz que primeiro tomar conhecimento do fato, nos termos
do art. 72, §2º do CPP.
c) CORRETA: Item correto, pois, nos casos de ação penal exclusivamente
privada, o querelante pode escolher ajuizar a ação no foro de domicílio ou
01406544108

residência do réu, ainda que seja conhecido o lugar da infração, conforme


art. 73 do CPP.
d) ERRADA: Item errado, pois neste caso teremos continência, nos termos
do art. 77, I do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

04.! (PM-MG – 2013 – PM-MG – OFICIAL DA PM)


Marque a alternativa CORRETA.
São competeΨncias de natureza absoluta:
a) competeΨncia territorial e a competΖncia em razão da pessoa.
b) competΖncia em razão da matéria e a competΖncia territorial.

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c) competΖncia em razão da pessoa, competΖncia em razão da !
matéria e competeΨncia territorial.
d) competeΨncia em razão da pessoa e a competΖncia em razão da
matéria.
COMENTÁRIOS: Segundo a Doutrina, são hipóteses de competência
absoluta a competência em razão da matéria e a competência em razão da
pessoa, eis que sua inobservância implica nulidade insanável. A
competência territorial é considerada relativa, e deve ser alegada no
momento oportuno, sob pena de preclusão.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

05.! (PM-MG – 2007 – PM-MG – SARGENTO)


O Juizado Especial Criminal tem competeΨncia para a concilia[ão, o
julgamento e a execu[ão das infra[ões penais de menor potencial
ofensivo. Para os efeitos da Lei no 9.099, de 26/11/1995,
consideram-se infra[ões penais de menor potencial ofensivo:
a) as contravenc∴ões penais e os crimes a que a Lei comine pena
máxima não superior a 1 (um) ano, cumulada ou não com multa.
b) as contravenc∴ões penais e os crimes a que a lei comine pena
máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa.
c) as contravenc∴ões penais.
d) os crimes a que a Lei comine pena máxima não superior a 1 (um)
ano, cumulada ou não com multa.
COMENTÁRIOS: Consideram-se infrações de menor potencial ofensivo os
crimes aos quais a lei comine pena máxima não superior a dois anos
(cumulada ou não com multa) e as contravenções penais (todas), nos
termos do art. 61 da Lei 9.099/95.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

06.! (VUNESP – 2015 – TJ-MS – JUIZ) 01406544108

De acordo com o artigo 80, do Código de Processo Penal, nos


processos conexos, será facultativa a separação quando
a) as infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo
ou lugar diferentes, ou, quando pelo excessivo número de acusados
e para não lhes prolongar a prisão provisória, ou por outro motivo
relevante, o juiz reputar conveniente a separação.
b) venha o juiz ou tribunal a proferir sentença absolutória ou que
desclassifique a infração para outra que não se inclua na sua
competência.
c) houver corréu em local incerto ou não sabido ou foragido que
não possa ser julgado à revelia, ainda que representado por
defensor constituído e regularmente citado.

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d) concorrerem jurisdição comum e do juízo falimentar. !
e) em relação a algum corréu, por superveniência de doença
mental, nos termos do artigo 152 do Código de Processo Penal,
ainda que indispensável a suspensão do processo para instauração
de incidente de insanidade mental.
COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 80 do CPP, no caso de crimes
conexos, será facultativa a separação quando “as infrações tiverem sido
praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes, ou, quando
pelo excessivo número de acusados e para não lhes prolongar a prisão
provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz reputar conveniente a
separação”.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

07.! (VUNESP – 2015 – MPE-SP – ANALISTA DE PROMOTORIA)


Para delimitação de competência, entende-se por foro supletivo ou
foro subsidiário, previsto no artigo 72, caput, do Código de
Processo Penal,
a) o do juízo prevento, na infração continuada ou permanente,
praticada em território de duas ou mais jurisdições.
b) o do lugar da infração à qual cominada pena mais grave.
c) o de domicílio ou residência do réu, porque desconhecido o lugar
da infração penal.
d) o da residência da vítima, porque desconhecidos o paradeiro do
réu, o local da consumação do delito e, na tentativa, o lugar em que
praticado o último ato de execução.
e) o do juízo da distribuição, porque desconhecidos o paradeiro do
réu, o local da consumação do delito e, na tentativa, o lugar em que
praticado o último ato de execução.
COMENTÁRIOS: Nos termos do art. 72 do CPP, o foro subsidiário (ou
supletivo) será o foro do domicílio ou residência do réu, quando
desconhecido o lugar da infração: 01406544108

Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á


pelo domicílio ou residência do réu.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

08.! (VUNESP – 2015 – PC-CE – DELEGADO)


A competência para a ação penal, caso
a) desconhecido o domicílio do ofendido, será estabelecida pelo
local da infração.
b) desconhecido o local da infração, será estabelecida pela
residência ou domicílio do réu.

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c) desconhecido o domicílio do réu, será estabelecida pela !
prevenção.
d) se trate de ação privada, ficará a cargo do querelante, que pode
escolher entre o local da infração e o da sua própria residência.
e) se trate de crime tentado, será fixada no lugar onde deveria ter
se consumado a infração.
COMENTÁRIOS: A competência, caso desconhecido o lugar da INFRAÇÃO
(que é a regra), será fixada tendo em conta o local do domicílio ou
residência do réu, nos termos do art. 72 do CPP. No caso de ação
exclusivamente privada o querelante poderá escolher entre o local da
infração ou o local do domicílio do RÉU, nos termos do art. 73 do CPP.
Por fim, em se tratando de crime tentado a competência, em regra, será
do Juízo do lugar em que for praticado o último ato de execução, nos termos
do art. 70 do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

09.! (VUNESP – 2014 – TJ-PA – ANALISTA JUDICIÁRIO)


Determina o caput do art. 70 do CPP que nos crimes consumados,
como regra, a competência para julgamento será determinada pelo
lugar em que se consumar a infração. No caso de tentativa,
a) pelo domicílio do ofendido.
b) pelo domicílio do acusado.
c) pela prevenção.
d) pelo lugar onde deveria ter se consumado a infração.
e) pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.
COMENTÁRIOS: Em se tratando de crime tentado a competência, em
regra, será do Juízo do lugar em que for praticado o último ato de execução,
nos termos do art. 70 do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.
01406544108

10.! (VUNESP – 2014 – TJ-RJ – JUIZ)


De acordo com entendimento sumulado pelo STF, é de competência
da Justiça Federal processar e julgar crimes de tráfico de drogas,
desde que haja remessa do entorpecente para o
a) exterior.
b) exterior, ou entre Estados dentro do país.
c) exterior, ou entre Estados dentro do país, ou entre Municípios.
d) exterior, e desde que seja praticado por associação
transnacional.
COMENTÁRIOS: Nos termos do enunciado nº 522 da súmula de
jurisprudência do STF, haverá competência da Justiça Federal para

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processar e julgar o delito de tráfico de drogas quando se tratar de remessa !
da droga para o exterior:
SÚMULA 522
Salvo ocorrência de tráfico para o Exterior, quando, então, a competência será
da Justiça Federal, compete à Justiça dos Estados o processo e julgamento dos
crimes relativos a entorpecentes.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

11.! (VUNESP – 2012 – DPE-MS – DEFENSOR PÚBLICO)


A competência processual penal é definida, em regra, pelo lugar em
que se consumar a infração. Contudo, nos termos do Código de
Processo Penal, é correto afirmar que
a) se tratando de infração continuada ou permanente, praticada
em território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-
á pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.
b) a competência será determinada pela conexão quando duas ou
mais pessoas forem acusadas pela mesma infração ou se,
ocorrendo duas ou mais infrações praticadas ao mesmo tempo, por
várias pessoas reunidas, ou por várias pessoas em concurso,
embora diverso o tempo e o lugar, ou por várias pessoas, umas
contra as outras.
c) ao Supremo Tribunal Federal competirá, privativamente,
processar e julgar os seus ministros nos crimes de
responsabilidade.
d) não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-
se-á pelo domicílio ou residência do réu.
COMENTÁRIOS:
A) ERRADA: Nesse caso a competência se firmará pela prevenção,
conforme art. 71 do CPP:
Art. 71. Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em
território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela
prevenção. 01406544108

B) ERRADA: No caso de duas ou mais pessoas serem acusadas pela mesma


infração teremos continência, e não conexão, nos termos do art. 77, I do
CPP:
Art. 77. A competência será determinada pela continência quando:
I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração;
C) ERRADA: Item errado, pois os Ministros do STF são processados e
julgados, nos crimes de responsabilidade, pelo SENADO FEDERAL, nos
termos do art. 52, II da Constituição Federal.
D) CORRETA: Item correto, pois se trata da previsão de fixação da
competência contida no art. 72 do CPP:
Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á
pelo domicílio ou residência do réu.

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PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D. !

12.! (VUNESP – 2009 – TJ-SP – JUIZ)


Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna da frase:
A inobservância da competência penal por
prevenção___________________ .
a) constitui nulidade relativa
b) constitui nulidade absoluta
c) não constitui nulidade
d) pode constituir nulidade absoluta em circunstâncias especiais
COMENTÁRIOS: A inobservância da competência em razão da prevenção
é causa de nulidade relativa, conforme entendimento do STF, sumulado
através do verbete de nº 706:
Ver súmula 706 do STF
É relativa a nulidade decorrente da inobservância da competência penal por
prevenção.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

13.! (VUNESP – 2009 – TJ-SP – JUIZ)


No caso de roubo praticado na cidade de São Paulo contra agência
bancária da Caixa Econômica Federal, em que tenha havido a
subtração de dinheiro do caixa, a competência para a ação penal é
da
a) Justiça Federal.
b) Justiça Estadual.
c) Justiça Federal ou da Justiça Estadual, observada a regra da
prevenção.
d) Justiça Federal ou da Justiça Estadual, conforme o inquérito
tenha sido conduzido pela Polícia Federal ou pela Polícia Estadual.
01406544108

COMENTÁRIOS: Neste caso, como a Caixa Econômica Federal é uma


empresa pública federal, a competência será da Justiça Federal, por força
do art. 109, IV da Constituição:
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
(...)
IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens,
serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas
públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça
Militar e da Justiça Eleitoral;
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

14.! (VUNESP – 2013 – TJ-SP – JUIZ)

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Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em !
território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á
pelo(a)
a) prevenção.
b) lugar da infração.
c) conexão ou continência.
d) distribuição.
COMENTÁRIOS: Neste caso a competência se firmará pela prevenção, por
força do art. 71 do CPP:
Art. 71. Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em
território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela
prevenção.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

15.! (VUNESP – 2013 – TJ-SP – JUIZ)


A exceção de incompetência constitui meio processual
assecuratório da observância do princípio do(a)
a) oficialidade.
b) juiz natural.
c) publicidade.
d) persuasão racional.
COMENTÁRIOS: A exceção de incompetência é uma forma de defesa que
visa à garantia da observância do princípio do Juiz Natural, pois tem como
objetivo o reconhecimento da incompetência do Juízo e a remessa dos
autos ao Juízo competente, ou seja, a remessa dos autos ao Juiz Natural
da causa. Tal princípio está previsto no art. 5º, LIII da Constituição:
Art. 5º (...)
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade
competente;
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B. 01406544108

16.! (VUNESP – 2014 – TJ-PA – JUIZ)


Imagine que magistrado integrante do Tribunal Regional Eleitoral,
durante sessão de julgamento e em razão de controvérsia relativa
a votos divergentes, atente dolosamente contra a vida de seu
colega. A competência para julgamento é do:
a) Tribunal do Júri.
b) Tribunal de Justiça.
c) Tribunal Regional Eleitoral.
d) Superior Tribunal de Justiça.
e) Tribunal Superior Eleitoral.

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COMENTÁRIOS: No caso em tela o agente possui foro por prerrogativa de !
função para ser julgado, nos crimes comuns, pelo STJ. Vejamos:
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I - processar e julgar, originariamente:
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e,
nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça
dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos
Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos
Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou
Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que
oficiem perante tribunais;
Além disso, a competência de foro por prerrogativa de função irá prevalecer
em relação à competência do Júri, pois se trata de prerrogativa de foro
prevista na própria Constituição FEDERAL.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

17.! (VUNESP – 2014 – TJ-SP – TITULAR NOTARIAL)


Se o Prefeito Municipal de uma cidade do Estado de São Paulo
comete um crime de homicídio na cidade de Recife, Estado de
Pernambuco, é competente para o julgamento da causa o;
a) Tribunal do Júri do Foro da Comarca de Recife, Estado de
Pernambuco
b) Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco
c) Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
d) Tribunal do Júri do Foro da Comarca da cidade, onde o autor do
referido crime figura como Prefeito Municipal
COMENTÁRIOS: No caso em tela será competente o TJ do estado de São
Paulo. Isto porque os prefeitos possuem a prerrogativa CONSTITUCIONAL
(prevista na Constituição FEDERAL) de serem processados e julgados, nos
crimes comuns, pelo TJ local:
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o
interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da
01406544108

Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos


nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes
preceitos:
(...)
X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça; (Renumerado do
inciso VIII, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992)
No caso, o TJ competente é o da Unidade da Federação em que está situado
o município a que pertence o Prefeito, e não o TJ do local do fato. Assim,
competente será o TJ-SP (CC 120848/PE, Rel. Ministra LAURITA VAZ,
TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 14/03/2012, DJe 27/03/2012).
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

18.! (FCC – 2015 – TJ-SC – JUIZ)

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Após a condenação em primeira instância por um crime de !
competência federal, o réu de uma ação penal é diplomado como
deputado federal. Posteriormente, quanto ao julgamento de sua
apelação, interposta antes da diplomação, deverá ser julgada:
a) pelo Tribunal Regional Federal, se já estiver devidamente
instruída com razões e contrarrazões.
b) normalmente pelo juiz federal da causa, em respeito ao princípio
do juiz natural.
c) pelo Supremo Tribunal Federal.
d) pelo Superior Tribunal de Justiça.
e) normalmente pelo Tribunal Regional Federal.
COMENTÁRIOS: Considerando-se a superveniência da diplomação do
acusado, que passou a ocupar o cargo de deputado federal, a competência
se desloca para o STF, que passa a ser o órgão jurisdicional competente
para processar e julgar a demanda. A competência só permaneceria no TRF
se já tivesse se iniciado o julgamento do recurso.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

19.! (FCC – 2015 – TRE-RR – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA


JUDICIÁRIA)
Analise a seguinte situação hipotética: Agapito é funcionário
público do Estado de Roraima, exercendo suas atividades na
Secretaria da Saúde, com sede na cidade de Boa Vista. No exercício
do seu cargo, Agapito, agindo em manifesta continuidade delitiva,
com o mesmo modos operandi, durante aproximadamente seis
meses e nas cidades de Boa Vista, Rorainópolis, Alto Alegre e
Caracaí, todas do Estado de Roraima, desvia em proveito próprio e
de sua esposa, diversos bens de que tinha a posse em razão do
cargo que ocupa. Agapito iniciou sua prática criminosa na cidade de
Boa Vista e praticou o último ato na cidade de Caracaí. No mesmo
dia, pouco tempo depois da prática do último ato criminoso, Agapito
foi preso em flagrante por crime de peculato, quando retornava
01406544108

para a cidade de Boa Vista, em uma Rodovia, na cidade de Mucajaí.


No caso proposto, a competência para julgamento da ação penal
a) regular-se-á pelo domicílio do réu, uma vez que ele praticou o
crime em diversas comarcas do Estado de Roraima.
b) será do juízo da comarca de Mucajaí, local da prisão em flagrante
do réu.
c) será do juízo da comarca de Boa Vista, onde o funcionário público
praticou o primeiro ato criminoso
d) firmar-se á pela prevenção, uma vez que todos os juízos das
comarcas de Boa Vista, Rorainópolis, Alto Alegre e Caracaí, onde o
réu praticou atos criminosos, são competentes para julgamento da
ação penal.
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e) será do juízo da comarca de Caracaí, onde o funcionário público !
praticou o último ato criminoso.
COMENTÁRIOS: Neste caso, nós temos diversos crimes de peculato
praticados em continuidade delitiva. Assim, por uma ficção jurídica, serão
considerados como crime único. Desta forma, em se tratando de crime
continuado praticado no território de duas ou mais jurisdições, e
considerando que não há uma infração penal mais grave que as demais, a
competência será do Juízo criminal de qualquer uma das comarcas, e
firmar-se-á pela prevenção, nos termos do art. 71 do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

20.! (FCC – 2013 – TJ-PE – TITULAR NOTARIAL)


O Código de Processo Penal brasileiro, ao tratar da competência
jurisdicional por conexão ou continência, determina a observância
da seguinte regra:
a) no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da
jurisdição comum, prevalecerá esta última.
b) no concurso de jurisdições da mesma categoria, preponderará a
do lugar da infração à qual for cominada a pena mais grave, exceto
no caso de crimes conexos de competência federal e estadual, em
que a competência será sempre da Justiça Federal.
c) no concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá
aquela.
d) a conexão e continência importam unidade de processo e
julgamento, sem exceção.
e) é obrigatória a separação dos processos quando as infrações
tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar
diferentes.
COMENTÁRIOS: No que tange à conexão, aplica-se, em regra, a reunião
dos processos, mas há exceções. No caso de haver reunião, prevalece a
competência da jurisdição especial em relação à comum. Vejamos:
01406544108

!! Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão


observadas as seguintes regras: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
I - no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição
comum, prevalecerá a competência do júri; (Redação dada pela Lei nº 263, de
23.2.1948)
Il - no concurso de jurisdições da mesma categoria: (Redação dada pela
Lei nº 263, de 23.2.1948)
a) preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada a pena mais
grave; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de
infrações, se as respectivas penas forem de igual gravidade; (Redação dada
pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
c) firmar-se-á a competência pela prevenção, nos outros casos; (Redação
dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)

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III - no concurso de jurisdições de diversas categorias, predominará a de !
maior graduação; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
IV - no concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá esta.
(Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
A Justiça Federal é especial em relação à Justiça Estadual, prevalecendo
sobre esta.
Vejam que o fato de a infração da Justiça Federal possuir pena menos
grave, neste caso, é irrelevante.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

21.! (FCC – 2012 – TJ-RJ – ANALISTA JUDICIÁRIO)


A competência será determinada pela continência
a) se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas,
ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas.
b) quando duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma
infração.
c) se os crimes forem praticados por várias pessoas, umas contra
as outras.
d) quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas
circunstâncias elementares influir na prova de outra infração.
e) se os crimes foram praticados para facilitar ou ocultar outros.
COMENTÁRIOS: A competência será determinada pela continência
quando duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração, nos
termos do art. 77, I do CPP:
Art. 77. A competência será determinada pela continência quando:
I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração;
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

22.! (FCC – 2014 – TRF 3 – TÉCNICO JUDICIÁRIO)


Antonio é prefeito municipal que exerce mandato desde 2013. Ante
01406544108

a notícia de que teria, em 2011, praticado delito de apropriação


indébita previdenciária, previsto no artigo 168-A, do Código Penal,
enquanto sócio gerente de uma metalúrgica, a competência para
processá-lo e julgá-lo agora por tal crime é do:
a) juiz de primeiro grau da respectiva seção judiciária onde teria
ocorrido o delito.
b) Supremo Tribunal Federal.
c) Superior Tribunal de Justiça.
d) Tribunal Regional Federal do local onde teria ocorrido o delito.
e) Tribunal de Justiça do Estado onde teria ocorrido o delito.
COMENTÁRIOS: Os prefeitos possuem foro por prerrogativa de função, de
forma que são julgados pelo Tribunal de Justiça local. Contudo, em se
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tratando de crime de competência da Justiça Federal, o competente será o !
respectivo TRF, e não o TJ, que não tem competência para processar e
julgar crimes federais, como é de apropriação indébita previdenciária, eis
que praticado em detrimento do patrimônio de autarquia federal (INSS).
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

23.! (FCC – 2014 – TRF4 – OFICIAL DE JUSTIÇA)


Pedro foi denunciado porque guarda, na cidade A, moeda falsa e
porque, na cidade B, ao ser flagrado na importação da moeda falsa,
desacatou e desobedeceu a ordem policial. O foro competente para
processar e julgar Pedro por tais fatos é
(A) tanto da cidade A como da B, facultativamente, porque o crime
de moeda falsa, mais grave, ocorreu em ambas as localidades.
(B) o da cidade A, porque é onde se iniciou a execução.
(C) o da cidade B, porque lá ocorreu o maior número de infrações.
(D) o do foro da residência de Pedro.
(E) o da cidade B, porque onde foi praticado o último ato de
execução.
COMENTÁRIOS: Neste caso temos uma hipótese de continência, por
concurso MATERIAL. vejamos:
Art. 77. A competência será determinada pela continência quando:
(...)
II - no caso de infração cometida nas condições previstas nos arts. 51, § 1o,
53, segunda parte, e 54 do Código Penal.
Neste caso, em se tratando de jurisdições da mesma categoria, e como as
penas são idênticas em relação ao crime de maior pena (moeda falsa),
aplica-se a regra do maior número de infrações:
Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão
observadas as seguintes regras: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
(...)
Il - no concurso de jurisdições da mesma categoria: (Redação dada pela Lei nº
01406544108

263, de 23.2.1948)
(...)
b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações,
se as respectivas penas forem de igual gravidade; (Redação dada pela Lei nº
263, de 23.2.1948)
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

24.! (FCC – 2014 – TRF4 – TÉCNICO JUDICIÁRIO)


O Supremo Tribunal Federal é competente para processar e julgar,
originariamente,
(A) os membros dos Tribunais Superiores, apenas nos crimes de
responsabilidade.

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(B) os membros do Congresso Nacional, nos crimes de !
responsabilidade.
(C) seus próprios Ministros, nas infrações penais comuns.
(D) os membros do Tribunal de Contas da União, apenas nas
infrações penais comuns.
(E) o Procurador-Geral da República, nos crimes de
responsabilidade.
COMENTÁRIOS: A competência criminal originária do STF está prevista no
art. 102 da Constituição:
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
(...)
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente,
os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-
Geral da República;
c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros
de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica,
ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os
do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter
permanente;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
Vemos, assim, que o STF tem competência originária para julgar, nos
crimes comuns, os seus Ministros, por força do art. 102, I, b da CRFB/88.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

25.! (FCC – 2006 – TR1 – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA


ADMINISTRATIVA)
Conforme alteração trazida pela Emenda Constitucional n° 45, nas
hipóteses de grave violação de direitos humanos, com a finalidade
de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados
internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, o
A) Presidente do Supremo Tribunal Federal, poderá suscitar,
01406544108

perante o Tribunal de Justiça Estadual, em qualquer fase do


inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência
para o Superior Tribunal de Justiça.
B) Procurador-Geral da República, poderá suscitar, perante o
Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou
processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça
Federal.
C) Presidente do Superior Tribunal de Justiça, poderá suscitar,
perante o Tribunal Regional Federal, em qualquer fase do inquérito
ou processo, incidente de deslocamento de competência para o
Supremo Tribunal Federal.

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D) Advogado-Geral da União, poderá suscitar, perante o Supremo !
Tribunal Federal, em qualquer fase do inquérito ou processo,
incidente de deslocamento de competência para o Tribunal
Regional Federal.
E) Presidente do Tribunal Regional Federal, poderá suscitar,
perante o Tribunal de Justiça Estadual, em qualquer fase do
inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência
para o próprio Tribunal Regional Federal.
COMENTÁRIOS: No caso de grave violação dos direitos humanos, poderá
o PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA suscitar, perante o STJ, O
DESLOCAMENTO DA COMPETÊNCIA para a Justiça Federal, a qualquer
momento do Inquérito ou Processo. Nos termos do §5° do art. 108 da
Constituição:
§ 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral
da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações
decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil
seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em
qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de
competência para a Justiça Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
45, de 2004)
ASSIM, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

26.! (FCC – 2010 – TRF4 – TÉCNICO JUDICIÁRIO)


Compete aos Tribunais Regionais Federais processar e julgar,
originariamente, nos crimes comuns, os
A) membros dos Tribunais de Contas do Estado e do Distrito
Federal.
B) Juízes do Trabalho da área de sua jurisdição.
C) Governadores dos Estados.
D) Desembargadores dos Tribunais de Justiça.
E) membros dos Tribunais de Contas do Município.
COMENTÁRIOS: A competência criminal dos TRFs, nos crimes comuns,
01406544108

está definida no art. 108, I da Constituição. Vejamos:


Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais:
I - processar e julgar, originariamente:
a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e
da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os
membros do Ministério Público da União, ressalvada a competência da Justiça
Eleitoral;
PORTANTO, FICA CLARO QUE A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA
B.

27.! (FCC – 2001 – TRF1 – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA


JUDICIÁRIA)

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Nos crimes comuns, compete aos Tribunais Regionais Federais, !
processar e julgar, originariamente os
A) ministros de Estado.
B) membros do Ministério Público dos Estados.
C) desembargadores do Distrito Federal.
D) juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça
Militar e da Justiça do Trabalho.
E) governadores dos Estados e do Distrito Federal.
COMENTÁRIOS: A competência criminal dos TRFs, nos crimes comuns,
está definida no art. 108, I da Constituição. Vejamos:
Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais:
I - processar e julgar, originariamente:
a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e
da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os
membros do Ministério Público da União, ressalvada a competência da Justiça
Eleitoral;
Assim, a letra D é aquela que traz a hipótese constitucionalmente prevista
de competência do Tribunal Regional Federal, pois trata do julgamento dos
Juízes Federais, do Trabalho e Juízes Militares, que atuem na sua área de
Jurisdição.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

28.! (FCC - 2011 - TRE-AP - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


JUDICIÁRIA)
Analise as seguintes assertivas sobre a competência, de acordo
com o Código de Processo Penal:
I. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se
consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que
for praticado o último ato de execução.
CORRETA: Esta é a redação literal do art. 70 do CPP, que adotou a teoria
do resultado para definir o local do crime para fins de definição da
01406544108

competência.
II. Quando o último ato de execução for praticado fora do território
nacional, será competente o juiz do lugar em que o crime, embora
parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado.
CORRETA: Esta é a redação do § 2° do art. 70 do CP, que trata da
hipótese de fixação da competência nos casos em que a conduta se inicia
no Brasil mas só se encerra fora do país.
III. A competência será determinada pela continência quando a
prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias
elementares influir na prova de outra infração.

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ERRADA: Neste caso teremos uma hipótese de conexão, e não de!
continência. Trata-se da hipótese de conexão instrumental ou probatória,
nos termos do art. 76, III do CPP.
Está correto o que se afirma SOMENTE em
A) I e II.
B) I e III.
C) II e III.
D) I.
E) III.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

29.! (FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - TÉCNICO JUDICIÁRIO -


SEGURANÇA)
Nos casos de ação penal privada exclusiva, o querelante,
conhecido o lugar da infração,
A) poderá preferir o foro de seu próprio domicílio.
B) poderá ajuizar a ação em qualquer foro.
C) poderá preferir o foro da sua própria residência.
D) só poderá ajuizar a ação no foro do lugar da infração.
E) poderá preferir o foro do domicílio ou residência do réu.
COMENTÁRIOS: O art. 73 permite que o querelante, somente na
hipótese de crime de ação penal exclusivamente privada, ofereça a queixa
no foro de domicílio do réu, ainda que conhecido o lugar da infração. No
entanto, o art. 73 fala em “casos de exclusiva ação privada”. Assim,
no caso de ação penal privada subsidiária da pública, não pode o
querelante optar pela comarca do domicílio do réu em detrimento
da comarca do local da infração, caso este local seja conhecido, pois
esta ação não é exclusivamente privada, mas, na verdade, é pública.
ASSIM, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.
01406544108

30.! (FCC - 2011 - TJ-AP - TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE


REGISTROS)
Tratando-se de infração permanente, praticada em território de
duas ou mais jurisdições, a competência
A) será determinada pelo local em que foi praticado o último ato de
execução antes da prisão do agente.
B) será determinada pelo local em que tiver sido praticado o maior
número de atos de execução.
C) será determinada pelo local em que ocorreu a consumação.
D) firmar-se-á pela prevenção.
E) será determinada pelo local do domicílio ou residência da vítima.
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COMENTÁRIOS: O CPP determina que, a infração continuada ou !
permanente praticada em duas ou mais bases territoriais, poderá ser
julgada em qualquer delas, firmando-se (consolidando-se) a competência
com base no critério da prevenção.
Quando dois ou mais órgãos jurisdicionais são competentes para apreciar
determinada demanda, a competência será fixada naquele que primeiro
atuar no caso. Assim, a competência será fixada naquele Juízo que
primeiro praticar algum ato no processo ou algum ato pré-
processual (prisão pré-processual, por exemplo), relativo ao
processo. Essa é a definição de competência fixada por prevenção.
Nos termos do art. 83 do CPP:
Art. 83. Verificar-se-á a competência por prevenção toda vez que, concorrendo
dois ou mais juízes igualmente competentes ou com jurisdição cumulativa, um
deles tiver antecedido aos outros na prática de algum ato do processo ou de
medida a este relativa, ainda que anterior ao oferecimento da denúncia ou da
queixa (arts. 70, § 3o, 71, 72, § 2o, e 78, II, c).
ASSIM, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

31.! (FCC - 2011 - NOSSA CAIXA DESENVOLVIMENTO -


ADVOGADO)
A competência será determinada pela continência quando
A) a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias
elementares influir na prova de outra infração.
B) duas ou mais infrações houverem sido umas praticadas para
facilitar ou ocultar as outras, ou para conseguir impunidade ou
vantagem em relação a qualquer delas.
C) duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração.
D) duas ou mais infrações houverem sido praticadas, ao mesmo
tempo, por várias pessoas, umas contra as outras.
E) duas ou mais infrações houverem sido praticadas, ao mesmo
tempo, por várias pessoas reunidas, ou por várias pessoas em
concurso, embora diverso o tempo e o lugar. 01406544108

COMENTÁRIOS: A alternativa A traz uma hipótese de conexão, não


de continência. Trata-se, nesse caso, de conexão instrumental ou
probatória, prevista no art. 76, III do CPP. Já a alternativa B, traz outra
hipótese de conexão, desta vez, conexão objetiva teleológica e
consequencial, nos termos do art. 76, II do CPP. A alternativa C, esta sim,
está correta, pois traz a hipótese de continência por cumulação subjetiva,
ou seja, a que ocorre no caso de concurso de agentes. A alternativa D traz
a conexão intersubjetiva recíproca e a alternativa E traz a hipótese de
conexão intersubjetiva por concurso de pessoas.
ASSIM, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

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32.! (FCC - 2011 - TRE-TO - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA !
JUDICIÁRIA)
Na hipótese de crime cuja execução tenha sido iniciada no
território nacional, mas a consumação tenha ocorrido fora dele, a
competência será determinada
A) pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de
execução.
B) pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o primeiro ato
de execução.
C) pela prevenção.
D) pela residência ou domicílio do réu.
E) pelo lugar onde ocorreu a consumação.
COMENTÁRIOS: Tendo a prática do crime se iniciado no Brasil, mas
terminado fora do nosso território, nos termos do art. 70, § 1° do CPP, a
competência para julgamento será a do local em que ocorreu, no Brasil, o
último ato de execução:
§ 1o Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora
dele, a competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado,
no Brasil, o último ato de execução.
ASSIM, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

33.! (FCC - 2009 - TJ-AP - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


JUDICIÁRIA)
Considerando as regras sobre a competência estabelecidas no
Código de Processo Penal, é correto afirmar que
A) nos crimes a distância, cuja execução foi iniciada no Brasil e o
resultado ocorreu em outro país, a competência será da Capital
Federal Brasileira.
ERRADA: Nestes casos, nos termos do art. 70, § 1° do CPP, a competência
será a do local onde ocorreu o último ato de execução no Brasil.
B) se tratando de infração permanente, praticada em território de
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duas ou mais jurisdições, a competência será do lugar no qual teve


início a infração.
ERRADA: Nesta hipótese, a competência é de ambas as localidades, sendo
consolidada através do critério da prevenção, nos termos do art. 71 do CPP:
Art. 71. Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em
território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela
prevenção.
C) nos casos de tentativa, a competência será determinada pelo
lugar em que foi praticado o primeiro ato de execução.
ERRADA: Nos termos do art. 70 do CPP, no caso de tentativa, a
competência será a do local onde ocorreu o último ato executório:

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Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se !
consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado
o último ato de execução.
D) nos casos de ação privada exclusiva, o querelante pode preferir
o foro de domicílio ou da residência do réu, mesmo que conhecido
o lugar da infração.
CORRETA: O art. 73 permite que o querelante, somente na hipótese de
crime de ação penal exclusivamente privada, ofereça a queixa no foro de
domicílio do réu, ainda que conhecido o lugar da infração. No entanto, o
art. 73 fala em “casos de exclusiva ação privada”. Assim, no caso de
ação penal privada subsidiária da pública, não pode o querelante
optar pela comarca do domicílio do réu em detrimento da comarca
do local da infração, caso este local seja conhecido, pois esta ação não é
exclusivamente privada, mas, na verdade, é pública.
E) não sendo conhecido o lugar da infração e tendo o réu apenas
um domicílio, a competência será determinada pela prevenção.
ERRADA: Não sendo conhecido o lugar da infração e possuindo o réu
apenas um domicílio, será competente o Juízo do local onde o réu possua
domicílio, não havendo que se falar em prevenção, nos termos do art. 72
do CPP.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

34.! (FCC - 2010 - METRÔ-SP - ADVOGADO)


A respeito da competência, considere:
I. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-
se-á pelo domicílio ou residência da vítima.
ERRADA: Nos termos do art. 72 do CPP, não sendo conhecido o lugar da
infração, a competência será determinada com base no local do domicílio
do réu, não do ofendido:
Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á
pelo domicílio ou residência do réu.
II. Nos casos de exclusiva ação penal privada, o querelante só
01406544108

poderá ajuizar a ação no foro do domicílio ou residência do réu.


ERRADA: O art. 73 permite ao querelante, mas não o obriga a fazer isto,
ajuizar a ação penal no foro de domicílio ou residência do réu, ainda que
conhecido o local da infração.
III. Na competência por conexão ou continência, no concurso de
jurisdições da mesma categoria, preponderará a do lugar da
infração à qual for cominada pena mais grave.
CORRETA: Quando concorrerem na competência dois Juízos por conexão
ou continência, será considerado preponderante o Juízo do local onde for
cometida a infração cuja pena é mais grave, nos termos do art. 78, II, a
do CPP;
Está correto o que consta SOMENTE em

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A) I e II. !
B) III.
C) I e III.
D) II e III.
E) I.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

35.! (FCC - 2010 - TRE-RS - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


JUDICIÁRIA)
A respeito da determinação da competência por conexão ou
continência, considere as alternativas abaixo:
I. No concurso de jurisdições da mesma categoria, prevalecerá a
do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações, se
as respectivas penas forem de igual gravidade.
CORRETA: O primeiro critério, no caso de Jurisdições de mesma
categoria, é o da localidade em que houver sido praticada a infração penal
cuja pena é mais grave. Caso as penas sejam idênticas, o critério passa a
ser o do local onde ocorreu o maior número de infrações, nos termos do
art. 78, II, b, do CPPP;
II. No concurso de jurisdições da mesma categoria, preponderará
a do lugar da infração à qual for cominada a pena menos grave.
ERRADA: Nos termos do art. 78, II, a, quando concorrerem Jurisdições
de mesma categoria, o primeiro critério para delimitação da
preponderância da competência é o do local onde ocorreu a infração mais
grave, e não a menos grave. Cuidado com a pegadinha, povo!
III. No concurso entre a jurisdição comum e a especial,
prevalecerá a comum.
ERRADA: No concurso entre Jurisdição comum e especial, prevalecerá
sempre a Jurisdição especial, nos termos do art. 78, IV, do CPP;
IV. No concurso de jurisdições de diversas categorias,
predominará a de maior graduação.
01406544108

CORRETA: Esta é a previsão contida no art. 78, III do CPP, que determina
a preponderância da Jurisdição de maior graduação (ex: Um Tribunal e
um Juiz singular);
V. No concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da
jurisdição comum, prevalecerá a competência deste último.
ERRADA: Concorrendo o Tribunal do Júri com qualquer outro órgão da
Jurisdição comum, prevalecerá a competência do Tribunal do Júri, nos
termos do art. 78, I do CPP.
Está correto o que consta SOMENTE em
A) I e IV.
B) I, II e V.

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C) II, III e V. !
D) III e IV.
E) IV e V.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

36.! (FCC - 2009 - DPE-MA - DEFENSOR PÚBLICO)


A competência fixada pela circunstância de duas ou mais pessoas
serem acusadas pela mesma infração é determinada
A) pela prevenção.
B) por conexão.
C) pela natureza da infração.
D) pela continência.
E) por distribuição.
COMENTÁRIOS: A competência, neste caso, é a chamada competência
por continência em razão da cumulação subjetiva (concurso de agentes),
e está prevista no art. 77, I do CPP:
Art. 77. A competência será determinada pela continência quando: I - duas ou
mais pessoas forem acusadas pela mesma infração;
ASSIM, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

37.! (FCC - 2006 - TRE-AP - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


JUDICIÁRIA)
Em relação à competência no processo penal, considere as
assertivas abaixo.
I. Conexão instrumental é aquela que decorre da pluralidade de
sujeitos do crime e de uma única conduta, com vários resultados.
ERRADA: Nesse caso não há conexão instrumental, mas hipótese de
continência por cumulação subjetiva, nos termos do art. 77, I do CP.
II. Ocorre a prevenção, quando anteriormente à propositura da
01406544108

ação ou no concurso dela, um juiz, dentre diversos outros da


mesma forma competentes, pratica algum ato processual.
CORRETA: Quando dois ou mais órgãos jurisdicionais são competentes
para apreciar determinada demanda, a competência será fixada naquele
que primeiro atuar no caso. Assim, a competência será fixada naquele
Juízo que primeiro praticar algum ato no processo ou algum ato
pré-processual (prisão pré-processual, por exemplo), relativo ao
processo. Essa é a definição de competência fixada por prevenção.
Nos termos do art. 83 do CPP:
Art. 83. Verificar-se-á a competência por prevenção toda vez que, concorrendo
dois ou mais juízes igualmente competentes ou com jurisdição cumulativa, um
deles tiver antecedido aos outros na prática de algum ato do processo ou de
medida a este relativa, ainda que anterior ao oferecimento da denúncia ou da
queixa (arts. 70, § 3o, 71, 72, § 2o, e 78, II, c).

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III. Foro subsidiário é aquele fixado na hipótese em que não for
conhecido o lugar da infração, passando o foro a ser o do domicílio
ou residência do réu.
CORRETA: Via de regra, o foro é determinado pelo local onde ocorre a
infração. No entanto, não sendo conhecido este local, será considerado
como competente o foro do local onde o réu possui domicílio ou residência,
nos termos do art. 72 do CPP:
Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á
pelo domicílio ou residência do réu.
IV. Em regra a competência deve ser fixada pelo lugar onde se
consumou o delito ou, no caso de tentativa, onde foi praticado o
último ato executório.
CORRETA: Nos termos do art. 70 do CPP, no caso de tentativa, a
competência será a do local onde ocorreu o último ato executório:
rt. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se
consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado
o último ato de execução.
A) Está correto o que se afirma apenas em II, III e IV.
B) Está correto o que se afirma apenas em I e II.
C) Está correto o que se afirma apenas em II e III.
D) Está correto o que se afirma apenas em III e IV
E) Está correto o que se afirma apenas em I, II e III.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.

38.! (FCC – 2010 – DPE-SP – DEFENSOR PÚBLICO)


Atenção: Para responder à questão assinale a alternativa correta
em relação ao assunto indicado.
Competência no processo penal.
a) A competência do tribunal do júri atrai os processos conexos e
prevalece inclusive sobre o foro por prerrogativa de função.
01406544108

b) Quando transitada em julgado a sentença penal condenatória,


após recurso julgado pelo Tribunal de Justiça do Estado, a aplicação
da lei penal nova mais benéfica ao condenado deverá se dar em
revisão criminal, de competência do Grupo de Câmaras do Tribunal.
c) Não se consumando o delito, a competência será determinada
pelo lugar em que foi praticado o seu primeiro ato de execução.
d) Na Lei Maria da Penha, compete ao Colégio Recursal o
julgamento do recurso contra as decisões adotadas pelo Juizado de
Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.
e) Na sessão plenária do procedimento do júri popular, quando
desclassificado o delito pelo conselho de sentença para outro de

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competência do juiz singular, é o próprio juiz presidente do tribunal !
do júri aquele que deverá proferir a sentença.
COMENTÁRIOS:
A) ERRADA: Embora a competência do Júri possua uma vis atractiva sobre
as demais competências, o STF entende que a competência do júri não
prevalece sobre a competência por prerrogativa de função quando esta é
estabelecida na Constituição FEDERAL (AP 333, Relator(a): Min. JOAQUIM
BARBOSA, Tribunal Pleno, julgado em 05/12/2007, DJe-065 DIVULG 10-
04-2008 PUBLIC 11-04-2008 EMENT VOL-02314-01 PP-00011);
B) ERRADA: Nos termos do entendimento sumulado do STF (verbete nº
611), após o trânsito em julgado da sentença condenatória, a aplicação da
lei nova mais benéfica cabe ao Juízo da execução penal:
SÚMULA Nº 611
TRANSITADA EM JULGADO A SENTENÇA CONDENATÓRIA, COMPETE AO JUÍZO
DAS EXECUÇÕES A APLICAÇÃO DE LEI MAIS BENIGNA.
C) ERRADA: Não se consumando o delito a competência será determinada
pelo local onde ocorreu o último ato de execução, nos termos do art. 70 do
CPP.
D) ERRADA: No caso de decisão proferida em Juizado de Violência
Doméstica, a competência recursal cabe ao Tribunal de Justiça, e não à
Turma Recursal, conforme entendimento do STJ (CC 111.905/RJ, Rel.
Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em
23/6/2010, DJe 2/8/2010).
E) CORRETA: De fato, esta é a previsão contida no art.492, §1º do CPP:
Art. 492 (...)
§ 1o Se houver desclassificação da infração para outra, de competência do juiz
singular, ao presidente do Tribunal do Júri caberá proferir sentença em seguida,
aplicando-se, quando o delito resultante da nova tipificação for considerado
pela lei como infração penal de menor potencial ofensivo, o disposto nos arts.
69 e seguintes da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995. (Redação dada
pela Lei nº 11.689, de 2008)
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.
01406544108

39.! (FCC – 2012 – DPE-SP – DEFENSOR PÚBLICO)


Atenção: Para responder à questão assinale a alternativa correta
em relação ao assunto indicado.
Competência.
a) Não se aplicam as regras de conexão de natureza objetiva ao
tribunal do júri, em razão de expressa previsão constitucional de
sua competência para o julgamento de crimes dolosos contra a
vida.
b) O princípio do juiz natural, instituído ratione personae e ratione
materiae, configura hipótese de competência absoluta, inafastável
por vontade das partes processuais, somente se admitindo a sua

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flexibilização por oportunidade da aplicação de norma !
constitucional.
c) A expedição de mandado de busca e apreensão não configura ato
de prevenção do juízo, tendo em vista a ausência de conteúdo
decisório deste ato judicial.
d) A competência inicialmente atribuída à Justiça Federal para o
julgamento dos crimes de competência da Justiça Estadual em
razão de conexão de natureza objetiva é cessada caso haja
absolvição em relação ao único crime conexo de competência da
Justiça Federal, devendo o juiz federal encaminhar o processo
remanescente para a Justiça Estadual competente.
e) Viola as garantias fundamentais do juiz natural e do devido
processo legal a atração por continência ou conexão do processo
do corréu ao foro por prerrogativa de função de um dos
denunciados, por tratar-se de regra de prorrogação de competência
de natureza infraconstitucional.
COMENTÁRIOS:
A) ERRADA: Havendo conexão entre crimes dolosos contra a vida e outros
delitos, estes também serão julgados pelo Tribunal do Júri, em razão da
força atrativa de sua competência, nos termos do art. 78, I do CPP.
B) CORRETA: A competência definida em razão da pessoa e em razão da
matéria, de fato, configuram hipóteses de competência absoluta, não sendo
possível seu afastamento por vontade das partes.
C) ERRADA: A simples expedição de mandado de busca e apreensão gera
a prevenção do Juízo que a determinou, nos termos do art. 83 do CPP.
D) ERRADA: Nesse caso, mesmo tendo sido absolvido o réu pelo crime de
competência da Justiça Federal, permanece o crime estadual na
competência da Justiça Federal. Vejamos:
(...) 1. As alegações de cerceamento de defesa, em razão de acolhimento de
preliminar de incompetência levantada pelo MPF, restam prejudicadas.
2. De acordo com a regra do art. 81 do Código de Processo Penal, tendo havido
absolvição apenas em relação ao delito que conduziu, via conexão, ao
01406544108

reconhecimento da competência da Justiça Federal, não se tem o deslocamento


da apreciação do feito para a Justiça Estadual.
2. Ordem prejudicada, acolhida preliminar ministerial e concedido habeas
corpus de ofício para declarar a nulidade do julgamento da apelação efetuado
pelo Tribunal de Justiça do Mato Grosso Sul, determinando o envio dos autos
para o Tribunal Regional Federal da 3.ª Região para que julgue o mencionado
recurso.
(HC 90.014/MS, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA
TURMA, julgado em 20/04/2010, DJe 10/05/2010)
E) ERRADA: O STJ entende que não há qualquer violação neste caso,
devendo o corréu não detentor de prerrogativa de foro ser julgado
juntamente com o corréu que a possui, em razão da conexão. Vejamos:
(...) III. O reconhecimento da prerrogativa de função de um dos corréus, impõe
que a denúncia seja oferecida perante o Tribunal de Justiça, contra todos os

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acusados, em face dos princípios de conexão e continência e tendo em vista !a
jurisdição de maior graduação (art. 77, I, 78, III, do Código de Processo Penal),
reconhecendo-se àquela Corte por força do art. 96, III da Constituição Federal,
dada a presença, entre os acusados, de um Juiz de Direito.
IV. Ordem denegada.
(HC 154.513/SP, Rel. Ministro GILSON DIPP, QUINTA TURMA, julgado em
01/03/2011, DJe 14/03/2011)
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

40.! (FCC – 2011 – TRF 1 – TÉCNICO JUDICIÁRIO)


O processo e o julgamento das infrações penais comuns atribuídas
aos membros dos Tribunais Regionais Eleitorais competem
a) ao Tribunal Superior Eleitoral.
b) ao Supremo Tribunal Federal.
c) aos Tribunais Regionais Federais.
d) ao Superior Tribunal de Justiça.
e) aos Juízes Federais da respectiva área de jurisdição.
COMENTÁRIOS: Nos termos do art. 105, I, a da Constituição, a
competência para o processo e julgamento dos crimes praticados por
membros dos TREs é do STJ. Vejamos:
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I - processar e julgar, originariamente:
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e,
nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça
dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos
Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos
Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou
Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que
oficiem perante tribunais;
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.

41.! (FCC – 2011 – TRF 1 – TÉCNICO JUDICIÁRIO) 01406544108

Compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar, nas


infrações penais comuns, os
a) chefes de missão diplomática de caráter permanente.
b) membros dos Tribunais Regionais do Trabalho.
c) Ministros de Estado.
d) membros do Congresso Nacional.
e) os juízes federais, da Justiça Militar e do Trabalho.
COMENTÁRIOS: Nos termos do art. 105, I da Constituição, cabe ao STJ
processar e julgar, nos crimes comuns:
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I - processar e julgar, originariamente:

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a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e,!
nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça
dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos
Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos
Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou
Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que
oficiem perante tribunais;
Assim, dentre as alternativas elencadas, a que se enquadra no art. 105, I,
a da CRFB/88 é a letra B, que trata dos membros dos TRTs.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

6.! GABARITO

!
1.! ALTERNATIVA C
2.! ALTERNATIVA A
3.! ALTERNATIVA C
4.! ALTERNATIVA D
5.! ALTERNATIVA B
6.! ALTERNATIVA A
7.! ALTERNATIVA C
8.! ALTERNATIVA B
9.! ALTERNATIVA E
10.! ALTERNATIVA A
11.! ALTERNATIVA D
12.! ALTERNATIVA A
13.! ALTERNATIVA A
14.! ALTERNATIVA A 01406544108

15.! ALTERNATIVA B
16.! ALTERNATIVA D
17.! ALTERNATIVA C
18.! ALTERNATIVA C
19.! ALTERNATIVA D
20.! ALTERNATIVA B
21.! ALTERNATIVA B
22.! ALTERNATIVA D
23.! ALTERNATIVA C
24.! ALTERNATIVA C
25.! ALTERNATIVA B
26.! ALTERNATIVA B

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27.! ALTERNATIVA D
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!
28.! ALTERNATIVA A
29.! ALTERNATIVA E
30.! ALTERNATIVA D
31.! ALTERNATIVA C
32.! ALTERNATIVA A
33.! ALTERNATIVA D
34.! ALTERNATIVA B
35.! ALTERNATIVA A
36.! ALTERNATIVA D
37.! ALTERNATIVA A
38.! ALTERNATIVA E
39.! ALTERNATIVA B
40.! ALTERNATIVA D
41.! ALTERNATIVA B

!
!
!

01406544108

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