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CIRCUNSCRIÇÃO.
SUMÁRIO
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1. JURISDIÇÃO ................................................................................................ 3
1.1. Conceito ................................................................................................... 3
1.2. Características da Jurisdição .................................................................... 4
1.2.1. Inércia .................................................................................................... 4
1.2.2. Caráter substitutivo .................................................................................. 5
1.2.3. Definitividade........................................................................................... 5
1.3. Princípios da Jurisdição ............................................................................ 5
1.3.1. Investidura .............................................................................................. 5
1.3.2. Indelegabilidade ....................................................................................... 6
1.3.3. Inevitabilidade da jurisdição....................................................................... 6
1.3.4. Inafastabilidade da jurisdição (ou indeclinabilidade) ...................................... 6
1.3.5. Princípio do Juiz natural ............................................................................ 7
1.3.6. Territorialidade (Aderência ou improrrogabilidade) ........................................ 7
1.4. Espécies de Jurisdição .............................................................................. 7
2. DA COMPETÊNCIA ....................................................................................... 8
2.1. Competência em razão da matéria (ratione materiae) ou competência de
Jurisdição ou competência de Justiça. ............................................................... 9
2.2. Competência em razão da pessoa (ratione personae) ............................ 12
2.2.1. Conflito aparente entre a competência de foro por prerrogativa de função e a
competência do Tribunal do Júri ........................................................................... 15
2.3. Competência Territorial (ratione loci) .................................................... 16
2.3.1. Em razão do local da infração................................................................... 16
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3. RESUMO .................................................................................................... 36
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4. EXERCÍCIOS DA AULA ............................................................................... 46
5. QUESTÕES COMENTADAS .......................................................................... 60
6. GABARITO ................................................................................................. 86
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Bons estudos!
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1.! JURISDIÇÃO !
1.1.! Conceito
O Estado, enquanto poder soberano, exerce três grandes funções:
Administrativa, legislativa e jurisdicional. A primeira é exercida pelo
Executivo, a segunda pelo Legislativo e a terceira pelo Judiciário. Nas aulas
de Direito Constitucional vocês verão que, na verdade, cada um dos
Poderes da República exerce primordialmente uma função, e não
exclusivamente. Entretanto, para o nosso estudo, basta que vocês
saibam isso.
Dentre estas funções, como eu disse acima, ao Judiciário cabe a função
jurisdicional. Mas em que consiste a função jurisdicional? Para
entendermos, vamos à etimologia da palavra.
Jurisdição deriva do latim, iuris dictio, que significa DIZER O
DIREITO. Partindo desta premissa, podemos conceituar a Jurisdição
como:
A atuação do Estado consistente na aplicação do Direito vigente a
um caso concreto, resolvendo-o de maneira definitiva, cujo objetivo
é sanar uma crise jurídica e trazer a paz social.
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aplicação prática do Direito, fazendo com que a população se torne cada !
vez mais consciente daquelas condutas que são penalmente tuteladas
(parte da Doutrina entende como sendo integrante do escopo
social).
1.2.1.! Inércia
O Princípio da inércia da jurisdição significa que o Estado-Juiz só se
movimenta, só presta a tutela jurisdicional se for provocado, se a
parte que alega ter o direito lesado ou ameaçado acioná-lo, requerendo
que exerça seu Poder jurisdicional.
Entretanto, existem exceções. Vocês não precisam saber todas. O que
vocês precisam saber é que há exceções, e isso basta. Uma delas é a
possibilidade que o Juiz tem de, ex officio (sem provocação), conceder a
ordem de Habeas Corpus, sempre que a pessoa estiver presa mediante
abuso de poder ou ilegalidade. Nos termos do art. 654, § 2° do CPP:
§ 2o Os juízes e os tribunais têm competência para expedir de ofício ordem de
habeas corpus, quando no curso de processo verificarem que alguém sofre ou
está na iminência de sofrer coação ilegal.
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1
Um Juiz não pode dar início a um processo sem que haja provocação, nem julgar um pedido que
não foi feito, porque isso seria uma burla ao princípio da inércia. Suponhamos que Pedro tenha sido
denunciado pela prática de um crime de homicídio. Não pode o Juiz, valendo-se da denúncia
oferecida, condená-lo, ainda, por um roubo cometido em outro momento, e que não fora objeto da
denúncia, SIMPLESMENTE PORQUE ISSO NÃO FOI OBJETO DA AÇÃO. Isso é o que se chama
de princípio da adstrição, ou congruência, que é um dos corolários da inércia da jurisdição.
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Fato é que, embora a parte deva, em alguns casos, colaborar para o !
trâmite do processo, após a movimentação do Estado-Juiz, a parte
SEMPRE TERÁ UMA SENTENÇA. Entretanto, a simples provocação do
Estado-Juiz não garante ao autor uma SENTENÇA DE MÉRITO (Mais à
frente estudaremos as diferenças entre ambas).
1.2.3.! Definitividade
Como o próprio nome indica, meus caros alunos, a jurisdição é dotada
de definitividade, ou seja, em um dado momento, a decisão prestada
pelo Estado-Juiz será definitiva, imodificável.
Claro que essa definitividade só ocorrerá se a demanda for apreciada
no mérito. Se estivermos diante de uma sentença meramente terminativa
(que não aprecia o mérito da demanda), esta não fará coisa julgada
material, logo, a tutela jurisdicional prestada não será definitiva. POR
ISSO SE DIZ QUE AS SENTENÇAS DE MÉRITO SÃO DEFINITIVAS.
Entretanto, alguns doutrinadores entendem que no caso de não haver
sentença de mérito, NÃO HÁ JURISDIÇÃO!
1.3.1.! Investidura
Para se exercer a Jurisdição, deve-se estar investido do Poder
jurisdicional. Como esse Poder pertence ao Estado, ele é quem delega
esse Poder aos seus agentes. Essa delegação do Poder jurisdicional se
dá através da posse no cargo de magistrado, que, no Brasil, pode ser por
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concurso público (art. 93, I da CF/88), ou pelo quinto constitucional !
(art. 94 da CF/88).
1.3.2.! Indelegabilidade
Aqueles que foram investidos do Poder jurisdicional não podem
delegá-lo a terceiros. Possui duas vertentes: Externa e Interna.
Na sua vertente externa, significa que não pode o Poder Judiciário (a
quem a CF/88 conferiu a função jurisdicional) delegá-la a outros órgãos ou
a outro Poder.
Na vertente interna, significa que, após fixadas as regras de
competência para julgamento de um processo, não pode um órgão do
Judiciário delegar sua função para outro órgão jurisdicional.
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Quando nos referimos ao acesso à ordem jurídica justa, !
especificamente no processo penal, estamos falando em acesso à
tutela jurisdicional adequada, que se materializa através:
!! Do acesso ao processo – Minimizando-se os obstáculos à
propositura da demanda (principalmente quando estivermos
tratando de ação penal privada).
!! Defesa Satisfatória dos hipossuficientes no processo –
Notadamente com a ampliação e fortalecimento da Defensoria
Pública.
!! Eficácia da tutela – Com o desenvolvimento das medidas
cautelares assecuratórias, a razoável duração do processo e
fortalecimento dos poderes do magistrado para fazer valer a
decisão.
Juiz de São Paulo tem jurisdição em todo o território nacional, o que ele
não tem é competência fora de sua base territorial.
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SUPERIOR, a depender da demanda, pois existem demandas !
cuja competência originária para processo e julgamento é dos
Tribunais, como no caso de pessoas com prerrogativa de
foro.
!! Jurisdição comum e especial – A jurisdição especial, no
processo penal, é formada pelas 02 “Justiças especiais”
estabelecidas na Constituição, em razão da matéria: Justiça
Eleitoral (art. 118 a 121 da CF/88) e Militar (122 a 125). Já a
jurisdição comum é exercida residualmente. Tudo que não
for jurisdição especial será jurisdição comum, que se divide em
estadual e federal. OBS: A Justiça do trabalho não possui
competência criminal.
2.! DA COMPETÊNCIA
Conforme estudamos, a Jurisdição é o Poder conferido ao Estado, para
através dos órgãos Jurisdicionais, dizer, no caso concreto, quem tem o
Direito.
A Competência, por sua vez, é a medida da Jurisdição, ou, para
outros, o limite da Jurisdição.
Trocando em miúdos, a Competência é o conjunto de regras que
estabelecem os limites em que cada Juiz pode exercer, de maneira
válida, o seu Poder Jurisdicional.2
A Competência pode ser de três ordens:
•! Competência em razão da matéria (ratione materiae) – É
aquela definida com base no fato a ser julgado.
•! Competência em razão da pessoa (ratione personae) – É
definida tendo por base determinadas condições relativas às
pessoas que se encontram no polo passivo do processo criminal
(os acusados).
•! Competência territorial (ratione loci) – Considera o local
onde ocorreu a infração (ou outros critérios territoriais) para que
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2
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execução penal. 12.º edição. Ed. Forense.
Rio de Janeiro, 2015, p. 205
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V - a conexão ou continência; !
VI - a prevenção;
VII - a prerrogativa de função.
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JUSTIÇA JUSTIÇA
COMUM ESPECIAL
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Federal e Estadual. Já a Justiça Especial se divide em Eleitoral e !
Militar.
Desta maneira, o primeiro passo na fixação da competência é definir
à qual “Justiça” cabe julgar o fato.
A Justiça Especial (Eleitoral e Militar) julga somente os crimes que
sejam eleitorais e militares. Todos os outros crimes são de competência da
Justiça Comum. Dizemos, assim, que a Justiça comum possui
competência residual.
Mas como saber quando um crime será julgado pela Justiça
Comum Federal e quando será julgado pela Justiça Comum
Estadual? Nesses casos, somente será competente a Justiça Comum
Federal se estivermos diante de uma das hipóteses previstas no art.
109 da Constituição:
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
(...)
IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens,
serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas
públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça
Militar e da Justiça Eleitoral;
V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando,
iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no
estrangeiro, ou reciprocamente;
V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste
artigo;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por
lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira;
VII - os "habeas-corpus", em matéria criminal de sua competência ou quando
o constrangimento provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente
sujeitos a outra jurisdição;
VIII - os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato de autoridade
federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais;
IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a
competência da Justiça Militar;
X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução
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Todas as causas que não se enquadrem na competência da Justiça !
Comum Federal, serão de competência da Justiça Comum Estadual. Assim,
a Justiça comum estadual possui competência duplamente
residual: 1) primeiro, é residual porque a Justiça Comum é residual em
relação à Justiça Especial; 2) é residual em relação à Justiça Comum
Federal.
Analisando mais especificamente o CPP, verificamos que ele “passa
batido” pela definição da competência em razão da matéria (que ele chama
de “natureza da infração”), limitando-se a dizer que esta será definida
conforme as Leis de Organização Judiciária. Por “Leis de Organização
Judiciária” entenda-se, atualmente, “Constituição Federal”, pois quando do
advento do CPP (1941), a definição destas normas era mera questão de
organização judiciária, e não uma questão de índole constitucional como
hoje.
No entanto, o CPP trata de uma hipótese de competência em razão da
natureza da infração: A competência do Tribunal do Júri. Nos termos
do art. 74 do CPP:
Art. 74. A competência pela natureza da infração será regulada pelas leis de
organização judiciária, salvo a competência privativa do Tribunal do Júri.
§ 1º Compete ao Tribunal do Júri o julgamento dos crimes previstos nos arts.
121, §§ 1o e 2o, 122, parágrafo único, 123, 124, 125, 126 e 127 do Código
Penal, consumados ou tentados. (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
§ 2o Se, iniciado o processo perante um juiz, houver desclassificação para
infração da competência de outro, a este será remetido o processo, salvo se
mais graduada for a jurisdição do primeiro, que, em tal caso, terá sua
competência prorrogada.
§ 3o Se o juiz da pronúncia desclassificar a infração para outra atribuída à
competência de juiz singular, observar-se-á o disposto no art. 410; mas, se a
desclassificação for feita pelo próprio Tribunal do Júri, a seu presidente caberá
proferir a sentença (art. 492, § 2o).
lei, assegurados:
(...)
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
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modificada pelo constituinte derivado. Assim, a Doutrina entende que as !
hipóteses de competência do Tribunal do Júri podem ser ampliadas, mas
nunca reduzidas!
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Mesmo em se tratando de CRIME FEDERAL, cabe ao TJ o julgamento, e não ao TRF. A ressalva
constitucional é apenas em relação à Justiça ELEITORAL. Ver, por todos, NUCCI, Guilherme de
Souza. Op. Cit., p. 214/215
5
Nos crimes de responsabilidade PRÓPRIOS a competência para julgar o prefeito municipal é da
CÂMARA DE VEREADORES. (STF, RE 192.527/PR, bem como HC 71.991-1/MG).
6
Em relação aos magistrados e membros do MPF, o TRF a que estão vinculados será competente,
mesmo em se tratando de crime que seria de competência da Justiça Estadual. Ver, por todos,
PACELLI, Eugênio. Op. cit., p. 214
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a competência.8
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7
(...) Manifestando-se a prerrogativa de foro após a sentença proferida pelo juízo de
primeiro grau e pendente de julgamento a apelação, passa a causa à jurisdição do STF,
para aqui ter seu prosseguimento a partir do estado em que se encontra, legítimos os atos
anteriormente nela praticados. 3. Nesses casos, o julgamento da apelação pelo Supremo
Tribunal Federal deve observar, inclusive quanto às sustentações orais (ordem de apresentação e
tempo de duração), o regime próprio dos recursos (e não o das ações penais originárias). (...) (AP
563, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Segunda Turma, julgado em 21/10/2014, DJe-234
DIVULG 27-11-2014 PUBLIC 28-11-2014 EMENT VOL-02760-01 PP-00001)
8
(...) Proferido o primeiro voto em julgamento de apelação criminal por Tribunal de
Justiça, o exercício superveniente de mandato parlamentar pelo réu, antes da conclusão
do julgamento, não tem o condão de deslocar a competência para o Supremo Tribunal
Federal. (...)
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Mas, e se ao invés de o acusado passar a ter foro privilegiado,
ele DEIXAR de ter foro privilegiado? Neste caso, o STF entende que:
! REGRA - A competência também se desloca, ou seja, o Tribunal
deixa de ser competente e o processo vai para a primeira
instância.
! Exceção – Se o julgamento já se iniciou, o Tribunal continua
competente.
! Exceção MASTER – Se, embora não tendo se iniciado o
julgamento (mas após a instrução processual), o acusado
RENUNCIA ao cargo para “fugir” do julgamento pelo Tribunal, o
Tribunal continua competente, pois adotar entendimento
contrário seria privilegiar a fraude processual.9
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
(AP 634 QO, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em 06/02/2014,
ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-213 DIVULG 29-10-2014 PUBLIC 30-10-2014)
9
(...) A Turma, por maioria de votos, já decidiu que a renúncia de parlamentar, após o
final da instrução, não acarreta a perda de competência do Supremo Tribunal Federal.
Precedente: AP 606-QO, Rel. Min. Luís Roberto Barroso (Sessão de 07.10.2014). (...) (AP 568,
Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Primeira Turma, julgado em 14/04/2015, ACÓRDÃO
ELETRÔNICO DJe-091 DIVULG 15-05-2015 PUBLIC 18-05-2015)
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de foro por prerrogativa de função, eis que esta prerrogativa de foro está !
prevista na Constituição Federal.
EXEMPLO 2: Júlio é Secretario Estadual de Fazenda em determinado
estado XYZ, e pratica um homicídio doloso. No estado XYZ os Secretários
possuem foro por prerrogativa de função perante o TJ (só está previsto isso
na Constituição ESTADUAL, não na Federal). Neste caso, no aparente
conflito entre a competência do TJ para processar e julgar Júlio (foro por
prerrogativa de função NÃO PREVISTO NA CF/88), e a competência do
Tribunal do Júri (crime doloso contra a vida), prevalece a competência de
do Tribunal do Júri, eis que a competência do Júri está prevista na CF/88 e
a competência por prerrogativa de função (neste caso) não.
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10
consuma . A exceção são os crimes plurilocais dolosos contra a !
vida, onde se aplica a teoria da atividade.11
Existem ainda alguns regramentos específicos, como nos crimes
de competência dos Juizados Especiais e nos atos infracionais, em que se
aplica a teoria da atividade, e nos crimes falimentares, em que se considera
lugar do crime o local em que foi decretada a falência. Assim:
Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração,
ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.
§ 1o Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a competência
será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução.
§ 2o Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será competente o
juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado.
§ 3o Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a jurisdição
por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdições, a competência
firmar-se-á pela prevenção.
Art. 71. Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais
jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção.
11
Trata-se de entendimento jurisprudencial consolidado, para facilitar a produção probatória, na
busca pela verdade real. Ver, por todos, NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 209
12
Art. 88. No processo por crimes praticados fora do território brasileiro, será competente o juízo
da Capital do Estado onde houver por último residido o acusado. Se este nunca tiver residido no
Brasil, será competente o juízo da Capital da República.
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!
! No caso de o crime não se consumar, sendo, portanto, um
crime tentado (art. 14, II do CP) - Nessa hipótese, aplica-se
o disposto art. 70, segunda parte, do CPP, considerando-se
como lugar do crime o local onde ocorreu o último ato de
execução.
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!
2.3.2.! Em razão do domicílio do réu
Existem casos em que a competência territorial poderá ser fixada
levando-se em conta o domicílio do réu. Vejamos13:
! Não sendo conhecido o lugar da infração – Será regulada
pelo lugar do domicílio ou residência do réu.
! Se o réu tiver mais de uma residência – Prevenção.
! Se o réu não tiver residência ou for ignorado seu
paradeiro - juiz que primeiro tomar conhecimento do fato.
! Se for hipótese de crime de ação exclusivamente privada
– Poderá o querelante escolher ajuizar a queixa no lugar do
domicílio ou residência do réu, ainda que conhecido o lugar
da infração.
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
13
Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo domicílio ou
residência do réu.
§ 1o Se o réu tiver mais de uma residência, a competência firmar-se-á pela prevenção.
§ 2o Se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu paradeiro, será competente o juiz que
primeiro tomar conhecimento do fato.
Art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou da
residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração.
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II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar
!
as outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer
delas;
III - quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias
elementares influir na prova de outra infração.
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
14
NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 241/243
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II - no caso de infração cometida nas condições previstas nos arts. 51, § 1o,!
53, segunda parte, e 54 do Código Penal.
HIPÓTESES DE
MODIFICAÇÃO DA
COMPETÊNCIA
CONEXÃO CONTINÊNCIA
INSTRUMENTAL EM RAZÃO DE
CUMULAÇÃO
INTERSUBJETIVA OBJETIVA OU PROBATÓRIA CONCURSO FORMAL
SUBJETIVA DE CRIMES
!
SIMULTANEIDADE
TELEOLÓGICA
OCASIONAL 01406544108
CONCURSO CONSEQUENCIAL
RECIPROCIDADE
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
15
NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 244
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O CPP prevê algumas regras que devem ser observadas quando da !
consolidação da competência pela conexão ou continência. Nos termos do
seu art. 78:
Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão
observadas as seguintes regras: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
I - no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição
comum, prevalecerá a competência do júri; (Redação dada pela Lei nº 263, de
23.2.1948)
Il - no concurso de jurisdições da mesma categoria: (Redação dada pela Lei nº
263, de 23.2.1948)
a) preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada a pena mais grave;
(Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações,
se as respectivas penas forem de igual gravidade; (Redação dada pela Lei nº
263, de 23.2.1948)
c) firmar-se-á a competência pela prevenção, nos outros casos; (Redação dada
pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
III - no concurso de jurisdições de diversas categorias, predominará a de maior
graduação; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
IV - no concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá esta.
(Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
Assim, em resumo:
1. Havendo conexão ou continência entre um crime de competência
do Tribunal do Júri e outro crime, de competência do Juiz singular, a
competência deverá ser fixada naquele.
2. No caso de Jurisdições da mesma categoria, primeiro se utiliza o
critério de fixação da competência territorial com base na local em que
ocorreu o crime que possuir pena mais grave. Se as penas forem
idênticas, utiliza-se o critério do lugar onde ocorreu o maior número
de infrações penais. Caso as penas sejam idênticas e tenha sido cometido
o mesmo número de infrações penais, ou, ainda, em qualquer outro caso,
aplica-se a fixação da competência pela prevenção (Lembram-se da
prevenção, não é?) 01406544108
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NÃO VIOLA AS GARANTIAS DO JUIZ NATURAL, DA AMPLA DEFESA E DO DEVIDO!
PROCESSO LEGAL A ATRAÇÃO POR CONTINÊNCIA OU CONEXÃO DO PROCESSO DO CO-
RÉU AO FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO DE UM DOS DENUNCIADOS.
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•! Impossibilidade de formação do conselho de sentença no !
Tribunal do Júri – Embora o § 2° do art. 79 mencione o “art.
461”, com as alterações promovidas pela Lei 11.689/08, vocês
devem entender como “art. 469, § 1° do CPP”. Este artigo trata
da impossibilidade de, no julgamento pelo Tribunal do Júri,
formar-se o conselho de sentença (mínimo de sete jurados), em
razão das recusas legalmente permitidas realizadas pelos
advogados dos acusados. Assim, se houver, no Tribunal do Júri,
dois ou mais réus, e sendo diferentes os advogados, as recusas
aos Jurados (Direito de recusar algum jurado) impossibilitarem
a formação do conselho de sentença, o processo deverá ser
desmembrado.
•! Separação facultativa quando os fatos criminosos tenham
sido praticados em circunstâncias de tempo e lugar
diferentes, ou o Juiz entender que a reunião de processos
pode ser prejudicial ao Julgamento da causa ou puder
implicar em retardamento do processo (art. 80 do CPP) –
O importante é saber que, nestas hipóteses, a separação dos
processos é discricionária, ou seja, o Juiz pode, ou não, a seu
critério, decidir pela separação dos processos.
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Art. 81. Verificada a reunião dos processos por conexão ou continência, ainda !
que no processo da sua competência própria venha o juiz ou tribunal a proferir
sentença absolutória ou que desclassifique a infração para outra que não se
inclua na sua competência, continuará competente em relação aos demais
processos.
Parágrafo único. Reconhecida inicialmente ao júri a competência por conexão
ou continência, o juiz, se vier a desclassificar a infração ou impronunciar ou
absolver o acusado, de maneira que exclua a competência do júri, remeterá o
processo ao juízo competente.
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
16
Isso não ocorrerá se a desclassificação ocorrer apenas no momento da quesitação formulada aos
jurados (art. 492, §1º do CPP).
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2.7.1.! Da competência criminal do STF !
Nos termos da Constituição Federal, compete ao STF julgar:
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
(...)
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente,
os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-
Geral da República;
c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros
de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica,
ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os
do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter
permanente; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
d) o "habeas-corpus", sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas
alíneas anteriores; o mandado de segurança e o "habeas-data" contra atos do
Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e
do próprio Supremo Tribunal Federal;
(...)
i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator
ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos
diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime
sujeito à mesma jurisdição em uma única instância; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 22, de 1999)
j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados;
l) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da
autoridade de suas decisões;
m) a execução de sentença nas causas de sua competência originária,
facultada a delegação de atribuições para a prática de atos processuais;
(...)
II - julgar, em recurso ordinário:
a) o "habeas-corpus", o mandado de segurança, o "habeas-data" e o mandado
de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se
denegatória a decisão;
01406544108
b) o crime político;
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou
última instância, quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição;
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta
Constituição.
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. (Incluída pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
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A competência originária está prevista no inciso I do art. 102, e !
engloba as seguintes situações:
•! Nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o
Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus
próprios Ministros e o Procurador-Geral da República.
•! Nas infrações penais comuns e nos crimes de
responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da
Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no
art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal
de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter
permanente.
•! O "habeas-corpus", sendo paciente qualquer das pessoas
referidas nas alíneas anteriores (Presidente, Vice, Membros
do Congresso, Ministros do STF, dos Tribunais Superiores, PGR,
ministros do TCU, Ministros de Estado, Comandantes das Forças
Armadas e chefes de missão diplomática de caráter
permanente).
•! O habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou
quando o coator ou o paciente for autoridade ou
funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à
jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de
crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância.
•! A revisão criminal de seus próprios julgados;
•! A execução de sentença nas causas de sua competência
originária, facultada a delegação de atribuições para a prática
de atos processuais.
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"! Membro do Congresso Nacional !
"! Ministros do STF
"! Procurador-Geral da República
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Primeiramente, devemos ter em mente que o HC não é um recurso, !
mas uma ação autônoma, ou seja, um processo autônomo.
Existem três figuras específicas no HC. São elas:
ΒΧ?∆!?ΕΑΦ!ΕΓΗΙ?≅ϑΓ!
;<=>?≅Α? <!Κ>ΓΛ<ΜΝΓ!
ΟΛ>Π?Ιϑ<ϑ?
ΒΧ?∆!?ΕΑΦ!
=Γ<ΑΓΙ ;Ι<Α>=<≅ϑΓ!<!
>Λ?Θ<Λ>ϑ<ϑ?
ΒΧ?∆!<ΡΧΣΤ<!Γ!
>∆;?ΑΙ<≅Α?
Υ=
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#! Chefes de Missão !
diplomática de caráter
permanente
Além da competência originária, o STF possui uma competência
criminal recursal, que está prevista no inciso II do art. 102, trazendo as
seguintes hipóteses, nas quais o STF julgará o Recurso Ordinário
interposto:
"! Crime político
"! Habeas Corpus, quando o decidido em ÚNICA INSTÂNCIA
pelos TRIBUNAIS SUPERIORES
Vejam, portanto, que são apenas duas as hipóteses de competência
criminal mediante Recurso Ordinário.
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
17
CUIDADO: O STF vem rechaçando a utilização do HC como substitutivo de recurso, autorizando
apenas em casos excepcionais.
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b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de !
Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do
próprio Tribunal;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas
mencionadas na alínea "a", ou quando o coator for tribunal sujeito à sua
jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da
Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto
no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e
entre juízes vinculados a tribunais diversos;
e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados;
f) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da
autoridade de suas decisões;
(...)
II - julgar, em recurso ordinário:
a) os "habeas-corpus" decididos em única ou última instância pelos Tribunais
Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e
Territórios, quando a decisão for denegatória;
(...)
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última
instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados,
do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;(Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro
tribunal.
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HABEAS CORPUS NO STJ - ORIGINÁRIA !
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No caso do inciso IV, temos duas hipóteses:
a) Crimes políticos – Praticados com motivação política (art. 2° da
Lei 7.170/83 – NÃO PRECISA LER A LEI!).
b) Crimes praticados contra bens, interesses e serviços da
União, suas autarquias e empresas públicas – Nesse caso, serão
julgadas pela Justiça Federal (Juízes de primeiro grau) as condutas
delituosas que ofendam a União, suas autarquias ou empresas públicas.
Imaginem um roubo a uma repartição federal, ou um homicídio praticado
contra um agente da Polícia Federal em serviço. Por ofenderem bens
jurídicos da União, serão julgados pela Justiça Federal.
Temos, ainda, as seguintes hipóteses de julgamento de ações penais,
previstas nos incisos V, VI, IX e X:
"! Crimes previstos em tratado ou convenção internacional,
quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse
ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente
"! Crimes contra a organização do trabalho e, nos casos
determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem
econômico-financeira
"! Crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada
a competência da Justiça Militar
"! Crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro;
"! Crimes envolvendo disputas sobre direitos indígenas
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O TRF possui, assim como o STF e o STJ, tanto competência originária !
quanto recursal.
A competência criminal originária dos TRFs se dará em apenas duas
hipóteses.
No caso de Crimes comuns e de responsabilidade, o TRF terá
competência originária para processar e julgar:
#! Juízes federais, Juízes do Trabalho e da Justiça Militar Federalizada
#! Membros do Ministério Público da União.
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
18
RHC 30946 / MG
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definir se houve grave violação aos direitos humanos e PREJUÍZO À !
IMAGEM EXTERNA DO PAÍS.19
Por fim, a competência criminal dos Juizados Especiais Federais
está explicitada no art. 2° da Lei 10.259/01:
Art. 2o Compete ao Juizado Especial Federal Criminal processar e julgar os
feitos de competência da Justiça Federal relativos às infrações de menor
potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexão e continência. (Redação
dada pela Lei nº 11.313, de 2006)
Agora, vejamos quais são os requisitos para que uma infração penal
possa ser considerada uma IMPO (Infração de Menor Potencial Ofensivo),
nos termos do art. 61 da Lei 9.099/95:
Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os
efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena
máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. (Redação
dada pela Lei nº 11.313, de 2006)
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
19
PACELLI, Eugênio. Op. cit., p. 241/242
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Esta, portanto, é a regra de fixação da competência dos Juizados !
Especiais Criminais Federais.
3.! RESUMO
JURISDIÇÃO
Conceito - A atuação do Estado consistente na aplicação do Direito vigente
a um caso concreto, resolvendo-o de maneira definitiva, cujo objetivo é
sanar uma crise jurídica e trazer a paz social.
Finalidades
•! Social – Trazer a paz social.
•! Jurídica - Resolver o imbróglio jurídico que perdura, dizer quem tem
o direito no caso concreto, segundo o sistema jurídico vigente.
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•! Política - fortalecer a imagem do Estado como entidade soberana, !
que tem o poder de dizer quem está certo e fazer valer essa decisão.
•! Educacional (ou pedagógica) - Transmitir à população a aplicação
prática do Direito, fazendo com que a população se torne cada vez
mais consciente daquelas condutas que são penalmente tuteladas
Características
#! Inércia - O Princípio da inércia da jurisdição significa que o Estado-
Juiz só se movimenta, só presta a tutela jurisdicional se for
provocado, se a parte que alega ter o direito lesado ou ameaçado
acioná-lo, requerendo que exerça seu Poder jurisdicional. Proteção
da imparcialidade do Juiz. Há exceções (Ex.: habeas corpus de ofício).
#! Substitutividade - A vontade do Estado (vontade da lei) substitui a
vontade das partes.
#! Definitividade - Em um dado momento, a decisão prestada pelo
Estado-Juiz será definitiva, imodificável. EXCEÇÃO: Revisão criminal
(se surgir prova nova), pois pode ser ajuizada a qualquer tempo, de
forma a alterar a sentença condenatória.
Princípios
#! Investidura - Para se exercer a Jurisdição, deve-se estar investido
do Poder jurisdicional. Como esse Poder pertence ao Estado, ele é
quem delega esse Poder aos seus agentes.
#! Indelegabilidade - Aqueles que foram investidos do Poder
jurisdicional não podem delegá-lo a terceiros.
#! Inevitabilidade - Vinculação obrigatória ao processo, e o outro é a
vinculação obrigatória aos efeitos da jurisdição (ou estado de
sujeição).
#! Inafastabilidade – Duas vertentes: (1) possibilidade que todo
cidadão tem, de levar à apreciação do Poder Judiciário uma demanda
(cumprindo os requisitos e pressupostos legais) e de ter a prestação
de uma tutela jurisdicional; (2) o processo deve garantir o acesso do
cidadão à ordem jurídica justa.
#! Juiz natural – Estabelecimento de regras prévias e abstratas de
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(art. 118 a 121 da CF/88) e Militar (122 a 125). Já a jurisdição !
comum é exercida residualmente. Tudo que não for jurisdição
especial será jurisdição comum, que se divide em estadual e
federal. OBS: A Justiça do trabalho não possui competência
criminal.
COMPETÊNCIA
CONCEITO – Conjunto de regras que estabelecem, previamente, os limites
em que cada Juiz pode exercer, de maneira válida, o seu Poder
Jurisdicional.20
COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MATÉRIA
Esta espécie leva em consideração a natureza do fato criminoso para definir
qual a “Justiça” competente (Justiça Eleitoral, Comum, Militar, etc.).
Assim:
COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MATÉRIA
JUSTIÇA COMUM JUSTIÇA ESPECIAL
FEDERAL ESTADUAL ELEITORAL MILITAR
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Ε>∆
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Ι<ΤΝΓ!ϑ<! ?Λ?>ΑΓΙ<Λ
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∆<ΑΩΙ>< Ε>∆ Η?ϑ?Ι<Λ
Ω!=Ι>∆?!
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≅ΝΓ ?ΕΑ<ϑΧ<Λ
01406544108
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
∗+
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de processo penal e execução penal. 12.º edição.
Ed. Forense. Rio de Janeiro, 2015, p. 205!
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economia mista. Ressalva-se a competência da justiça !
eleitoral e justiça militar.
#! Crimes previstos em tratado ou convenção internacional,
quando, iniciada a execução no País, o resultado tenha ou devesse
ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente.
#! Crimes em que haja grave violação de direitos humanos – Só se
o PGR suscitar ao STJ o deslocamento de competência.
#! Crimes contra a organização do trabalho e, nos casos
determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem
econômico-financeira.
#! HABEAS CORPUS e MANDADO DE SEGURANÇA em matéria criminal
de sua competência ou quando o constrangimento provier de
autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra
jurisdição.
#! Crimes políticos
#! Crimes relacionados à disputa sobre direitos indígenas
#! Crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves – Ressalva-
se apenas a competência da Justiça Militar.
#! Crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro
#! Execução de carta rogatória (após o "exequatur" pelo STJ)
#! Execução de sentença estrangeira (após a homologação pelo STJ)
OBS.: Justiça Federal não tem competência para julgar contravenções
penais!
COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA PESSOA
Em regra, os processos criminais são julgados pelos órgãos jurisdicionais
mais baixos, inferiores, quais sejam, os Juízes de primeiro grau. No
entanto, pode ocorrer de, em determinados casos, considerando a presença
de determinadas autoridades no polo passivo (acusados), que essa
competência pertença originariamente aos Tribunais. Essa é a chamada
prerrogativa de função (vulgarmente conhecida como “foro privilegiado”).
PRINCIPAIS HIPÓTESES DE FORO PRIVILEGIADO
PRESIDENTE DA Crime comum – STF
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Crime de responsabilidade – Poder !
Legislativo Estadual (ou distrital)
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Perda do cargo (reflexos processuais): !
! REGRA - A competência também se desloca.
! Exceção – Se o julgamento já se iniciou, o Tribunal continua
competente.
! Exceção MASTER – Se, embora não tendo se iniciado o
julgamento (mas após a instrução processual), o acusado
RENUNCIA ao cargo para “fugir” do julgamento pelo Tribunal, o
Tribunal continua competente (evitar fraude processual).
COMPETÊNCIA TERRITORIAL
REGRA – Teoria do resultado (competente o foro do lugar em que se
consumar a infração). No caso de tentativa, o foro do lugar em foi praticado
o último ato de execução.
Principais regramentos:
COMPETÊNCIA TERRITORIAL
Crimes plurilocais comuns Teoria do resultado
falência
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!
Fixação da competência territorial com base no domicílio do réu
! Não sendo conhecido o lugar da infração – Será regulada
pelo lugar do domicílio ou residência do réu.
! Se o réu tiver mais de uma residência – Prevenção.
! Se o réu não tiver residência ou for ignorado seu
paradeiro - juiz que primeiro tomar conhecimento do fato.
! Se for hipótese de crime de ação exclusivamente privada
– Poderá o querelante escolher ajuizar a queixa no lugar do
domicílio ou residência do réu, ainda que conhecido o lugar
da infração.
Conexão
•! Intersubjetiva por simultaneidade ocasional – pessoas
diversas cometem infrações diversas no mesmo local, na mesma
época, mas desde que não estejam ligadas por nenhum vínculo
subjetivo.
•! Intersubjetiva por concurso – Na hipótese de concurso de
pessoas.
•! Intersubjetiva por reciprocidade – Infrações praticadas no
mesmo tempo e no mesmo lugar, mas os agentes praticaram as
infrações uns contra os outros.
•! Conexão objetiva teleológica – Uma infração deve ter sido
praticada para “facilitar” a outra.
•! Conexão objetiva consequencial – Nesta hipótese uma
infração é cometida para ocultar a outra, ou, ainda para garantir
a impunidade do infrator ou garantir a vantagem da outra
infração.
•! Conexão instrumental – A prova da ocorrência de uma
infração e de sua autoria influencie na caracterização da outra
01406544108
infração.
Continência
•! Continência por cumulação subjetiva – É o caso no qual duas
ou mais pessoas são acusadas pela mesma infração (concurso
de pessoas).
•! Continência por concurso formal – Mediante uma só conduta
o agente pratica dois ou mais crimes.
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#! Um crime de competência do Tribunal do Júri e outro crime, !
de competência do Juízo comum – Competência do Júri para
ambos.
#! Crimes de competência de Juízos de mesma categoria -
Primeiro se utiliza o critério de fixação da competência territorial com
base na local em que ocorreu o crime que possuir pena mais grave.
Se as penas forem idênticas, utiliza-se o critério do lugar onde
ocorreu o maior número de infrações penais. Caso as penas
sejam idênticas e tenha sido cometido o mesmo número de infrações
penais, ou, ainda, em qualquer outro caso, aplica-se a fixação da
competência pela prevenção.
#! Crimes de competência de Juízos de graus diferentes - A
competência será fixada no órgão de Jurisdição superior (Ex.: Um
Tribunal Superior e um Juiz singular).
#! Um crime de competência da Justiça Comum e outro da Justiça
Especial – Competência será fixada na Justiça Especial (Ex.: crime
eleitoral conexo com crime comum).
OBS.: “NÃO VIOLA AS GARANTIAS DO JUIZ NATURAL, DA AMPLA DEFESA
E DO DEVIDO PROCESSO LEGAL A ATRAÇÃO POR CONTINÊNCIA OU
CONEXÃO DO PROCESSO DO CO-RÉU AO FORO POR PRERROGATIVA DE
FUNÇÃO DE UM DOS DENUNCIADOS.” – SÚMULA 704 do STF
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júri para julgar o corréu que NÃO tem foro privilegiado não pode !
ser afastada por regras infraconstitucionais (de conexão e
continência).
Forças Armadas
#! Chefes de Missão
diplomática de caráter
permanente
Recursal
#! Crime político
#! Habeas Corpus, quando o decidido em ÚNICA INSTÂNCIA pelos
TRIBUNAIS SUPERIORES
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Originária !
#! Crimes comuns - Praticados por Governadores de estados ou
do DF
#! Crimes comuns e de responsabilidade - Praticados por (1)
Desembargadores dos TJs, TRFs, TRTs e TREs; (2) Membros dos
Tribunais de Contas dos Estados e dos Tribunais e Conselhos de
Contas dos Municípios; (3) Membros do MPU que oficiem perante
Tribunais.
#! Revisão Criminal dos seus próprios julgados – Se o STJ
proferir condenação definitiva em processo de sua competência
originária (Ex.: crime comum praticado por Governador),
eventual revisão criminal (caso surja prova nova) deverá ser
ajuizada perante o próprio STJ.
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Julgamento dos recursos interpostos contra as decisões proferidas por !
Juízes Federais de primeira instância.
Bons estudos!
Prof. Renan Araujo
b) pelo juiz singular, visto que este é competente para julgar os crimes de
latrocínio.
c) pelo Tribunal do Júri apenas pelo crime de homicídio, sendo que o crime
de furto será julgado pelo juizado especial criminal.
d) apenas por homicídio e, se condenado, terá a pena aumentada de um
terço em razão do furto.
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c) houver corréu em local incerto ou não sabido ou foragido que não possa !
ser julgado à revelia, ainda que representado por defensor constituído e
regularmente citado.
d) concorrerem jurisdição comum e do juízo falimentar.
e) em relação a algum corréu, por superveniência de doença mental, nos
termos do artigo 152 do Código de Processo Penal, ainda que indispensável
a suspensão do processo para instauração de incidente de insanidade
mental.
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b) pelo domicílio do acusado. !
c) pela prevenção.
d) pelo lugar onde deveria ter se consumado a infração.
e) pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.
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13.! (VUNESP – 2009 – TJ-SP – JUIZ) !
No caso de roubo praticado na cidade de São Paulo contra agência bancária
da Caixa Econômica Federal, em que tenha havido a subtração de dinheiro
do caixa, a competência para a ação penal é da
a) Justiça Federal.
b) Justiça Estadual.
c) Justiça Federal ou da Justiça Estadual, observada a regra da prevenção.
d) Justiça Federal ou da Justiça Estadual, conforme o inquérito tenha sido
conduzido pela Polícia Federal ou pela Polícia Estadual.
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Se o Prefeito Municipal de uma cidade do Estado de São Paulo comete um !
crime de homicídio na cidade de Recife, Estado de Pernambuco, é
competente para o julgamento da causa o;
a) Tribunal do Júri do Foro da Comarca de Recife, Estado de Pernambuco
b) Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco
c) Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
d) Tribunal do Júri do Foro da Comarca da cidade, onde o autor do referido
crime figura como Prefeito Municipal
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c) será do juízo da comarca de Boa Vista, onde o funcionário público !
praticou o primeiro ato criminoso
d) firmar-se á pela prevenção, uma vez que todos os juízos das comarcas
de Boa Vista, Rorainópolis, Alto Alegre e Caracaí, onde o réu praticou atos
criminosos, são competentes para julgamento da ação penal.
e) será do juízo da comarca de Caracaí, onde o funcionário público praticou
o último ato criminoso.
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a) juiz de primeiro grau da respectiva seção judiciária onde teria ocorrido !
o delito.
b) Supremo Tribunal Federal.
c) Superior Tribunal de Justiça.
d) Tribunal Regional Federal do local onde teria ocorrido o delito.
e) Tribunal de Justiça do Estado onde teria ocorrido o delito.
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B) Procurador-Geral da República, poderá suscitar, perante o Superior !
Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente
de deslocamento de competência para a Justiça Federal.
C) Presidente do Superior Tribunal de Justiça, poderá suscitar, perante o
Tribunal Regional Federal, em qualquer fase do inquérito ou processo,
incidente de deslocamento de competência para o Supremo Tribunal
Federal.
D) Advogado-Geral da União, poderá suscitar, perante o Supremo Tribunal
Federal, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de
deslocamento de competência para o Tribunal Regional Federal.
E) Presidente do Tribunal Regional Federal, poderá suscitar, perante o
Tribunal de Justiça Estadual, em qualquer fase do inquérito ou processo,
incidente de deslocamento de competência para o próprio Tribunal Regional
Federal.
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I. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se!
consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for
praticado o último ato de execução.
II. Quando o último ato de execução for praticado fora do território
nacional, será competente o juiz do lugar em que o crime, embora
parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado.
III. A competência será determinada pela continência quando a prova de
uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na
prova de outra infração.
Está correto o que se afirma SOMENTE em
A) I e II.
B) I e III.
C) II e III.
D) I.
E) III.
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A competência será determinada pela continência quando !
A) a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias
elementares influir na prova de outra infração.
B) duas ou mais infrações houverem sido umas praticadas para facilitar ou
ocultar as outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação
a qualquer delas.
C) duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração.
D) duas ou mais infrações houverem sido praticadas, ao mesmo tempo,
por várias pessoas, umas contra as outras.
E) duas ou mais infrações houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por
várias pessoas reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora
diverso o tempo e o lugar.
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!
34.! (FCC - 2010 - METRÔ-SP - ADVOGADO)
A respeito da competência, considere:
I. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á
pelo domicílio ou residência da vítima.
II. Nos casos de exclusiva ação penal privada, o querelante só poderá
ajuizar a ação no foro do domicílio ou residência do réu.
III. Na competência por conexão ou continência, no concurso de
jurisdições da mesma categoria, preponderará a do lugar da infração à
qual for cominada pena mais grave.
Está correto o que consta SOMENTE em
A) I e II.
B) III.
C) I e III.
D) II e III.
E) I.
maior graduação.
V. No concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição
comum, prevalecerá a competência deste último.
Está correto o que consta SOMENTE em
A) I e IV.
B) I, II e V.
C) II, III e V.
D) III e IV.
E) IV e V.
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A competência fixada pela circunstância de duas ou mais pessoas serem!
acusadas pela mesma infração é determinada
A) pela prevenção.
B) por conexão.
C) pela natureza da infração.
D) pela continência.
E) por distribuição.
01406544108
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d) Na Lei Maria da Penha, compete ao Colégio Recursal o julgamento do !
recurso contra as decisões adotadas pelo Juizado de Violência Doméstica e
Familiar contra a Mulher.
e) Na sessão plenária do procedimento do júri popular, quando
desclassificado o delito pelo conselho de sentença para outro de
competência do juiz singular, é o próprio juiz presidente do tribunal do júri
aquele que deverá proferir a sentença.
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Compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar, nas infrações !
penais comuns, os
a) chefes de missão diplomática de caráter permanente.
b) membros dos Tribunais Regionais do Trabalho.
c) Ministros de Estado.
d) membros do Congresso Nacional.
e) os juízes federais, da Justiça Militar e do Trabalho.
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como é o caso do furto citado no enunciado, nos termos do art. 78, I do !
CPP.
Não se trata de latrocínio, hipótese na qual seria competente o Juiz
singular. Não houve latrocínio porque a questão não dá elementos nesse
sentido, afirmando apenas que houve um homicídio e, após sua realização,
um furto. Assim, se a intenção de subtrair a coisa só surgiu após a morte,
não há que se falar em latrocínio.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.
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c) competΖncia em razão da pessoa, competΖncia em razão da !
matéria e competeΨncia territorial.
d) competeΨncia em razão da pessoa e a competΖncia em razão da
matéria.
COMENTÁRIOS: Segundo a Doutrina, são hipóteses de competência
absoluta a competência em razão da matéria e a competência em razão da
pessoa, eis que sua inobservância implica nulidade insanável. A
competência territorial é considerada relativa, e deve ser alegada no
momento oportuno, sob pena de preclusão.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.
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d) concorrerem jurisdição comum e do juízo falimentar. !
e) em relação a algum corréu, por superveniência de doença
mental, nos termos do artigo 152 do Código de Processo Penal,
ainda que indispensável a suspensão do processo para instauração
de incidente de insanidade mental.
COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 80 do CPP, no caso de crimes
conexos, será facultativa a separação quando “as infrações tiverem sido
praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes, ou, quando
pelo excessivo número de acusados e para não lhes prolongar a prisão
provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz reputar conveniente a
separação”.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.
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c) desconhecido o domicílio do réu, será estabelecida pela !
prevenção.
d) se trate de ação privada, ficará a cargo do querelante, que pode
escolher entre o local da infração e o da sua própria residência.
e) se trate de crime tentado, será fixada no lugar onde deveria ter
se consumado a infração.
COMENTÁRIOS: A competência, caso desconhecido o lugar da INFRAÇÃO
(que é a regra), será fixada tendo em conta o local do domicílio ou
residência do réu, nos termos do art. 72 do CPP. No caso de ação
exclusivamente privada o querelante poderá escolher entre o local da
infração ou o local do domicílio do RÉU, nos termos do art. 73 do CPP.
Por fim, em se tratando de crime tentado a competência, em regra, será
do Juízo do lugar em que for praticado o último ato de execução, nos termos
do art. 70 do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.
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processar e julgar o delito de tráfico de drogas quando se tratar de remessa !
da droga para o exterior:
SÚMULA 522
Salvo ocorrência de tráfico para o Exterior, quando, então, a competência será
da Justiça Federal, compete à Justiça dos Estados o processo e julgamento dos
crimes relativos a entorpecentes.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.
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PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D. !
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Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em !
território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á
pelo(a)
a) prevenção.
b) lugar da infração.
c) conexão ou continência.
d) distribuição.
COMENTÁRIOS: Neste caso a competência se firmará pela prevenção, por
força do art. 71 do CPP:
Art. 71. Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em
território de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela
prevenção.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.
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COMENTÁRIOS: No caso em tela o agente possui foro por prerrogativa de !
função para ser julgado, nos crimes comuns, pelo STJ. Vejamos:
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I - processar e julgar, originariamente:
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e,
nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça
dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos
Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos
Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou
Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que
oficiem perante tribunais;
Além disso, a competência de foro por prerrogativa de função irá prevalecer
em relação à competência do Júri, pois se trata de prerrogativa de foro
prevista na própria Constituição FEDERAL.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.
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Após a condenação em primeira instância por um crime de !
competência federal, o réu de uma ação penal é diplomado como
deputado federal. Posteriormente, quanto ao julgamento de sua
apelação, interposta antes da diplomação, deverá ser julgada:
a) pelo Tribunal Regional Federal, se já estiver devidamente
instruída com razões e contrarrazões.
b) normalmente pelo juiz federal da causa, em respeito ao princípio
do juiz natural.
c) pelo Supremo Tribunal Federal.
d) pelo Superior Tribunal de Justiça.
e) normalmente pelo Tribunal Regional Federal.
COMENTÁRIOS: Considerando-se a superveniência da diplomação do
acusado, que passou a ocupar o cargo de deputado federal, a competência
se desloca para o STF, que passa a ser o órgão jurisdicional competente
para processar e julgar a demanda. A competência só permaneceria no TRF
se já tivesse se iniciado o julgamento do recurso.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.
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III - no concurso de jurisdições de diversas categorias, predominará a de !
maior graduação; (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
IV - no concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá esta.
(Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
A Justiça Federal é especial em relação à Justiça Estadual, prevalecendo
sobre esta.
Vejam que o fato de a infração da Justiça Federal possuir pena menos
grave, neste caso, é irrelevante.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.
263, de 23.2.1948)
(...)
b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações,
se as respectivas penas forem de igual gravidade; (Redação dada pela Lei nº
263, de 23.2.1948)
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.
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(B) os membros do Congresso Nacional, nos crimes de !
responsabilidade.
(C) seus próprios Ministros, nas infrações penais comuns.
(D) os membros do Tribunal de Contas da União, apenas nas
infrações penais comuns.
(E) o Procurador-Geral da República, nos crimes de
responsabilidade.
COMENTÁRIOS: A competência criminal originária do STF está prevista no
art. 102 da Constituição:
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
(...)
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente,
os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-
Geral da República;
c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros
de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica,
ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os
do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter
permanente;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
Vemos, assim, que o STF tem competência originária para julgar, nos
crimes comuns, os seus Ministros, por força do art. 102, I, b da CRFB/88.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.
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D) Advogado-Geral da União, poderá suscitar, perante o Supremo !
Tribunal Federal, em qualquer fase do inquérito ou processo,
incidente de deslocamento de competência para o Tribunal
Regional Federal.
E) Presidente do Tribunal Regional Federal, poderá suscitar,
perante o Tribunal de Justiça Estadual, em qualquer fase do
inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência
para o próprio Tribunal Regional Federal.
COMENTÁRIOS: No caso de grave violação dos direitos humanos, poderá
o PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA suscitar, perante o STJ, O
DESLOCAMENTO DA COMPETÊNCIA para a Justiça Federal, a qualquer
momento do Inquérito ou Processo. Nos termos do §5° do art. 108 da
Constituição:
§ 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral
da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações
decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil
seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em
qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de
competência para a Justiça Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
45, de 2004)
ASSIM, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.
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Nos crimes comuns, compete aos Tribunais Regionais Federais, !
processar e julgar, originariamente os
A) ministros de Estado.
B) membros do Ministério Público dos Estados.
C) desembargadores do Distrito Federal.
D) juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça
Militar e da Justiça do Trabalho.
E) governadores dos Estados e do Distrito Federal.
COMENTÁRIOS: A competência criminal dos TRFs, nos crimes comuns,
está definida no art. 108, I da Constituição. Vejamos:
Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais:
I - processar e julgar, originariamente:
a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e
da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os
membros do Ministério Público da União, ressalvada a competência da Justiça
Eleitoral;
Assim, a letra D é aquela que traz a hipótese constitucionalmente prevista
de competência do Tribunal Regional Federal, pois trata do julgamento dos
Juízes Federais, do Trabalho e Juízes Militares, que atuem na sua área de
Jurisdição.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.
competência.
II. Quando o último ato de execução for praticado fora do território
nacional, será competente o juiz do lugar em que o crime, embora
parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado.
CORRETA: Esta é a redação do § 2° do art. 70 do CP, que trata da
hipótese de fixação da competência nos casos em que a conduta se inicia
no Brasil mas só se encerra fora do país.
III. A competência será determinada pela continência quando a
prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias
elementares influir na prova de outra infração.
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ERRADA: Neste caso teremos uma hipótese de conexão, e não de!
continência. Trata-se da hipótese de conexão instrumental ou probatória,
nos termos do art. 76, III do CPP.
Está correto o que se afirma SOMENTE em
A) I e II.
B) I e III.
C) II e III.
D) I.
E) III.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.
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32.! (FCC - 2011 - TRE-TO - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA !
JUDICIÁRIA)
Na hipótese de crime cuja execução tenha sido iniciada no
território nacional, mas a consumação tenha ocorrido fora dele, a
competência será determinada
A) pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de
execução.
B) pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o primeiro ato
de execução.
C) pela prevenção.
D) pela residência ou domicílio do réu.
E) pelo lugar onde ocorreu a consumação.
COMENTÁRIOS: Tendo a prática do crime se iniciado no Brasil, mas
terminado fora do nosso território, nos termos do art. 70, § 1° do CPP, a
competência para julgamento será a do local em que ocorreu, no Brasil, o
último ato de execução:
§ 1o Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora
dele, a competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado,
no Brasil, o último ato de execução.
ASSIM, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.
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Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se !
consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado
o último ato de execução.
D) nos casos de ação privada exclusiva, o querelante pode preferir
o foro de domicílio ou da residência do réu, mesmo que conhecido
o lugar da infração.
CORRETA: O art. 73 permite que o querelante, somente na hipótese de
crime de ação penal exclusivamente privada, ofereça a queixa no foro de
domicílio do réu, ainda que conhecido o lugar da infração. No entanto, o
art. 73 fala em “casos de exclusiva ação privada”. Assim, no caso de
ação penal privada subsidiária da pública, não pode o querelante
optar pela comarca do domicílio do réu em detrimento da comarca
do local da infração, caso este local seja conhecido, pois esta ação não é
exclusivamente privada, mas, na verdade, é pública.
E) não sendo conhecido o lugar da infração e tendo o réu apenas
um domicílio, a competência será determinada pela prevenção.
ERRADA: Não sendo conhecido o lugar da infração e possuindo o réu
apenas um domicílio, será competente o Juízo do local onde o réu possua
domicílio, não havendo que se falar em prevenção, nos termos do art. 72
do CPP.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.
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A) I e II. !
B) III.
C) I e III.
D) II e III.
E) I.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.
CORRETA: Esta é a previsão contida no art. 78, III do CPP, que determina
a preponderância da Jurisdição de maior graduação (ex: Um Tribunal e
um Juiz singular);
V. No concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da
jurisdição comum, prevalecerá a competência deste último.
ERRADA: Concorrendo o Tribunal do Júri com qualquer outro órgão da
Jurisdição comum, prevalecerá a competência do Tribunal do Júri, nos
termos do art. 78, I do CPP.
Está correto o que consta SOMENTE em
A) I e IV.
B) I, II e V.
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C) II, III e V. !
D) III e IV.
E) IV e V.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.
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III. Foro subsidiário é aquele fixado na hipótese em que não for
conhecido o lugar da infração, passando o foro a ser o do domicílio
ou residência do réu.
CORRETA: Via de regra, o foro é determinado pelo local onde ocorre a
infração. No entanto, não sendo conhecido este local, será considerado
como competente o foro do local onde o réu possui domicílio ou residência,
nos termos do art. 72 do CPP:
Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á
pelo domicílio ou residência do réu.
IV. Em regra a competência deve ser fixada pelo lugar onde se
consumou o delito ou, no caso de tentativa, onde foi praticado o
último ato executório.
CORRETA: Nos termos do art. 70 do CPP, no caso de tentativa, a
competência será a do local onde ocorreu o último ato executório:
rt. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se
consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado
o último ato de execução.
A) Está correto o que se afirma apenas em II, III e IV.
B) Está correto o que se afirma apenas em I e II.
C) Está correto o que se afirma apenas em II e III.
D) Está correto o que se afirma apenas em III e IV
E) Está correto o que se afirma apenas em I, II e III.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.
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competência do juiz singular, é o próprio juiz presidente do tribunal !
do júri aquele que deverá proferir a sentença.
COMENTÁRIOS:
A) ERRADA: Embora a competência do Júri possua uma vis atractiva sobre
as demais competências, o STF entende que a competência do júri não
prevalece sobre a competência por prerrogativa de função quando esta é
estabelecida na Constituição FEDERAL (AP 333, Relator(a): Min. JOAQUIM
BARBOSA, Tribunal Pleno, julgado em 05/12/2007, DJe-065 DIVULG 10-
04-2008 PUBLIC 11-04-2008 EMENT VOL-02314-01 PP-00011);
B) ERRADA: Nos termos do entendimento sumulado do STF (verbete nº
611), após o trânsito em julgado da sentença condenatória, a aplicação da
lei nova mais benéfica cabe ao Juízo da execução penal:
SÚMULA Nº 611
TRANSITADA EM JULGADO A SENTENÇA CONDENATÓRIA, COMPETE AO JUÍZO
DAS EXECUÇÕES A APLICAÇÃO DE LEI MAIS BENIGNA.
C) ERRADA: Não se consumando o delito a competência será determinada
pelo local onde ocorreu o último ato de execução, nos termos do art. 70 do
CPP.
D) ERRADA: No caso de decisão proferida em Juizado de Violência
Doméstica, a competência recursal cabe ao Tribunal de Justiça, e não à
Turma Recursal, conforme entendimento do STJ (CC 111.905/RJ, Rel.
Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em
23/6/2010, DJe 2/8/2010).
E) CORRETA: De fato, esta é a previsão contida no art.492, §1º do CPP:
Art. 492 (...)
§ 1o Se houver desclassificação da infração para outra, de competência do juiz
singular, ao presidente do Tribunal do Júri caberá proferir sentença em seguida,
aplicando-se, quando o delito resultante da nova tipificação for considerado
pela lei como infração penal de menor potencial ofensivo, o disposto nos arts.
69 e seguintes da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995. (Redação dada
pela Lei nº 11.689, de 2008)
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.
01406544108
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flexibilização por oportunidade da aplicação de norma !
constitucional.
c) A expedição de mandado de busca e apreensão não configura ato
de prevenção do juízo, tendo em vista a ausência de conteúdo
decisório deste ato judicial.
d) A competência inicialmente atribuída à Justiça Federal para o
julgamento dos crimes de competência da Justiça Estadual em
razão de conexão de natureza objetiva é cessada caso haja
absolvição em relação ao único crime conexo de competência da
Justiça Federal, devendo o juiz federal encaminhar o processo
remanescente para a Justiça Estadual competente.
e) Viola as garantias fundamentais do juiz natural e do devido
processo legal a atração por continência ou conexão do processo
do corréu ao foro por prerrogativa de função de um dos
denunciados, por tratar-se de regra de prorrogação de competência
de natureza infraconstitucional.
COMENTÁRIOS:
A) ERRADA: Havendo conexão entre crimes dolosos contra a vida e outros
delitos, estes também serão julgados pelo Tribunal do Júri, em razão da
força atrativa de sua competência, nos termos do art. 78, I do CPP.
B) CORRETA: A competência definida em razão da pessoa e em razão da
matéria, de fato, configuram hipóteses de competência absoluta, não sendo
possível seu afastamento por vontade das partes.
C) ERRADA: A simples expedição de mandado de busca e apreensão gera
a prevenção do Juízo que a determinou, nos termos do art. 83 do CPP.
D) ERRADA: Nesse caso, mesmo tendo sido absolvido o réu pelo crime de
competência da Justiça Federal, permanece o crime estadual na
competência da Justiça Federal. Vejamos:
(...) 1. As alegações de cerceamento de defesa, em razão de acolhimento de
preliminar de incompetência levantada pelo MPF, restam prejudicadas.
2. De acordo com a regra do art. 81 do Código de Processo Penal, tendo havido
absolvição apenas em relação ao delito que conduziu, via conexão, ao
01406544108
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acusados, em face dos princípios de conexão e continência e tendo em vista !a
jurisdição de maior graduação (art. 77, I, 78, III, do Código de Processo Penal),
reconhecendo-se àquela Corte por força do art. 96, III da Constituição Federal,
dada a presença, entre os acusados, de um Juiz de Direito.
IV. Ordem denegada.
(HC 154.513/SP, Rel. Ministro GILSON DIPP, QUINTA TURMA, julgado em
01/03/2011, DJe 14/03/2011)
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.
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a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e,!
nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça
dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos
Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos
Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou
Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que
oficiem perante tribunais;
Assim, dentre as alternativas elencadas, a que se enquadra no art. 105, I,
a da CRFB/88 é a letra B, que trata dos membros dos TRTs.
PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.
6.! GABARITO
!
1.! ALTERNATIVA C
2.! ALTERNATIVA A
3.! ALTERNATIVA C
4.! ALTERNATIVA D
5.! ALTERNATIVA B
6.! ALTERNATIVA A
7.! ALTERNATIVA C
8.! ALTERNATIVA B
9.! ALTERNATIVA E
10.! ALTERNATIVA A
11.! ALTERNATIVA D
12.! ALTERNATIVA A
13.! ALTERNATIVA A
14.! ALTERNATIVA A 01406544108
15.! ALTERNATIVA B
16.! ALTERNATIVA D
17.! ALTERNATIVA C
18.! ALTERNATIVA C
19.! ALTERNATIVA D
20.! ALTERNATIVA B
21.! ALTERNATIVA B
22.! ALTERNATIVA D
23.! ALTERNATIVA C
24.! ALTERNATIVA C
25.! ALTERNATIVA B
26.! ALTERNATIVA B
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27.! ALTERNATIVA D
(;:ΦΓ∋#9Χ=Χ∋,;=ΗΙ:∋/∋,Ηϑ=∋4Κ!
!
28.! ALTERNATIVA A
29.! ALTERNATIVA E
30.! ALTERNATIVA D
31.! ALTERNATIVA C
32.! ALTERNATIVA A
33.! ALTERNATIVA D
34.! ALTERNATIVA B
35.! ALTERNATIVA A
36.! ALTERNATIVA D
37.! ALTERNATIVA A
38.! ALTERNATIVA E
39.! ALTERNATIVA B
40.! ALTERNATIVA D
41.! ALTERNATIVA B
!
!
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01406544108
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