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Nestes Termos,
Pede Deferimento.
João Pessoa
Office Center, R. das Trincheiras, nº 183 - Centro,
João Pessoa - PB, 58011-000.
(83) 98617.8505
RAZÕES DO RECURSO
Processo nº 0803297-16.2020.8.15.0251
Recorrente: WANESSA TOMAZ BENEVENUTO PINTO
Recorrido: MUNICÍPIO DE SÃO MAMEDE
I. RAZÕES DO RECURSO
I.1 DO CABIMENTO
I.2 DA TEMPESTIVIDADE
I.3 DO PREPARO
Já devidamente cumprido tal requisito.
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2. SÍNTESE DA LIDE
A parte autora, ora recorrente, ajuizou a presente demanda visando seja condenado
o Município de São Mamede a proceder à implantação da sua remuneração, em específico da
parcela denominada adicional de insalubridade.
Contestada a demanda, o Juízo “a quo” entendeu por bem julgar improcedentes os
pedidos, sob o argumento de que a parte autora não detém direito a insalubridade, porquanto
ausente de lei nesse sentido.
Elevaram-se os autos à instância ad quem por força do reexame necessário e da
interposição de recurso apelatório, nos quais TJ-PB decidiu nos seguintes termos:
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Esgotadas as instâncias ordinárias, o recorrente não vê outra alternativa que
não a de recorrer a este Egrégio Superior Tribunal de Justiça, de modo a que sejam
corrigidos os equívocos perpetrados pelo acórdão impugnado quanto à correta aplicação do
disposto no art. 4º e 5º do decreto-lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942, Arts. 11, 489, §
1ª VI e § 2ª, e 927, V do CPC/2015.
Objetiva, ainda, o especial, seja reconhecida a existência de dissídio jurisprudencial
entre o acórdão recorrido e o acórdão proferido pelos tribunais de Goiás acerca da prescrição do
fundo do direito, decorrente de lei de efeitos concretos que extingue gratificação em percentuais
por tempo de serviço.
3 - DO PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA
Súmula 356/STF
“O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos
embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso
extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.”
Súmula 211/STJ
“Inadmissível recurso especial quanto à questão que, a despeito da
oposição de embargos declaratórios, não foi apreciada pelo
Tribunal a quo.”
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Corte de origem, conquanto não faça menção expressa aos
dispositivos legais tidos por contrariados, tiver se manifestado
acerca da questão jurídica apresentada no recurso especial. (...)
(AgInt no REsp 1695676/SP, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO,
TERCEIRA TURMA, julgado em 05/06/2018, DJe 18/06/2018)
#3001325
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM
DANOS MATERIAIS. PLANO DE SAÚDE. RECUSA DE
TRATAMENTO A DOENÇA COBERTA. ÍNDOLE ABUSIVA.
ASTREINTES. (...).1. Conforme entendimento consolidado
nesta Corte, é possível o reconhecimento de prequestionamento
implícito, para fins de conhecimento do recurso especial,
quando as questões debatidas no recurso especial tenham sido
decididas no acórdão recorrido, ainda que sem a explícita
indicação dos dispositivos de lei que o fundamentaram. (...).
(STJ, AgInt no AREsp 969.764/CE, Rel. Ministro LÁZARO
GUIMARÃES (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TRF 5ª
REGIÃO), QUARTA TURMA, julgado em 15/03/2018, DJe
23/03/2018)
Dessa forma, muito embora a decisão recorrida não tenha feito menção expressa
ao artigo de lei tido por violado, o acórdão aprecia a matéria, devendo ser considerada
prequestionada a questão, afastando-se a incidência da Súmula nº 282/STF. A doutrina, nesse
mesmo sentido, reforça este entendimento:
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Conforme destacado em sua exordial, o acórdão combatido possui nulidade
absoluta, uma vez que, observando as razões de decidir, não existe nenhum fundamento jurídico eu
sem conteúdo, não tendo sido apontada nenhuma legislação, jurisprudência ou doutrina, se
tornando quase impossível a interposição do recurso especial.
Vejamos o que estabelece o art. 11 do CPC:
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b) DA OFENSA DO ACÓRDÃO RECORRIDO A DISPOSITIVOS DA LEGISLAÇÃO
FEDERAL. APLICAÇÃO DO ARTIGO 4º E 5º DO DECRETO-LEI Nº 4.657, DE 4 DE
SETEMBRO DE 1942.
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SERÃO APURADOS EM LIQUIDAÇÃO DE
SENTENÇA. CONDENAÇÃO DA FAZENDA
PÚBLICA. CORREÇÃO MONETÁRIA. IPCA.
SENTENÇA CONFIRMADA. I. A Lei estadual n.º
16.036/2007 assegurou aos servidores o direito à
percepção de diferenças geradas pelo parcelamento do
reajuste concedido, consoante estatui o art. 4º. Ocorre
que, inobstante a existência da referida previsão legal, o
respectivo prazo e a forma ficaram condicionados à
edição de decreto pelo Chefe do Poder Executivo, o que
não se materializou. II. É inconteste que a omissão do
chefe do Poder Executivo em baixar o regulamento
indispensável para a concessão da dita promoção
não tem o condão de negar aos servidores estaduais
o direito ao recebimento das diferenças
remuneratórias, uma vez que não pode a
Administração Pública se esquivar de regulamentar
uma lei expedida pelo Poder Legislativo,
indefinidamente. III. Desse modo, imperativa a
confirmação da sentença que reconheceu o direito dos
servidores obterem a diferença remuneratória prevista
no art. 4º da Lei n.º 16.036/2007.IV. Tratando de
condenação da fazenda, consoante decidido pelo
Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE nº
870.947/SE, com repercussão geral, não se aplica o art.
1º-F da Lei n.º 9.494/97, com redação dada pela Lei n.º
11.960/09, por ser inconstitucional, mas sim o IPCA, a
partir do inadimplemento da obrigação. REEXAME
NECESSÁRIO E APELAÇÃO CONHECIDOS E
DESPROVIDOS.”(TJGO, Apelação / Reexame
Necessário 0169827-73.2013.8.09.0051, Rel. LUIZ
EDUARDO DE SOUSA, 1ª Câmara Cível, julgado
em 26/10/2018, DJe de 26/10/2018).
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exequibilidade da norma. 2. A jurisprudência desta Corte
assentou-se no sentido de que consubstancia ato ilegal a
omissão do Governador do Estado de Goiás em
regulamentar o art. 4º, inciso I, da Lei Estadual nº
16.036/2007. 3. Assim, a ausência de regulamentação da lei,
devido à inércia injustificada do Chefe do Poder Executivo,
não pode impedir o destinatário da norma de receber o
direito a si concedido, o qual, após o
decurso do prazo legalmente definido para a edição do
decreto regulamentador, passou a integrar seu patrimônio
jurídico. 4. A correção monetária e juros de mora aplicados
aos débitos fazendários deverão permanecer sob as balizas
do art. 1º-F da Lei 9.494/97, na redação dada pela Lei nº
11.960/09. 5. Sucumbente o Apelante, impõe-se a majoração
dos honorários sucumbenciais devidos pelo mesmo.
APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E DESPROVIDA.
SENTENÇA MANTIDA.” (TJGO, Apelação (CPC)
5392860-36.2018.8.09.0087, Rel. EUDÉLCIO
MACHADO FAGUNDES, 4ª Câmara Cível, julgado em
13/09/2019, DJe de 13/09/2019).
c) DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL
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adicional de insalubridade aos agentes comunitários de saúde
submetidos ao vínculo jurídico-administrativo, depende de lei
regulamentadora do ente ao qual pertencer.” (Súmula nº. 42 do
TJPB) - A respeito dos direitos dos servidores contratados pela
Administração Pública sem observância ao art. 37, II, da
Constituição Federal, o Supremo Tribunal Federal, após reconhecer
a repercussão geral da matéria, decidiu que tais servidores fazem
jus apenas ao percebimento dos salários referentes aos dias
trabalhados e ao depósito do FGTS, de forma que não procede a
pretensão autoral quanto ao percebimento das férias, acrescidas do
respectivo terço, do décimo terceiro salário, do aviso-prévio, da
multa do art. 477, da Consolidação das Leis do Trabalho, bem
como da multa de 40%. (TJPB; APL 0000199-85.2014.815.0471;
Quarta Câmara Especializada Cível; Rel. Des. Frederico Martinho
da Nóbrega Coutinho; DJPB 24/10/2016; Pág. 19)
VISTOS, relatados e discutidos os autos acima referenciados.
ACORDA a Primeira Câmara Especializada Cível do Egrégio
Tribunal de Justiça da Paraíba, à unanimidade de votos, NEGAR
PROVIMENTO AO RECURSO. (0803297-16.2020.8.15.0251,
Rel. Des. José Ricardo Porto, APELAÇÃO CÍVEL, 1ª Câmara
Cível, juntado em 22/10/2021)
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remuneratórias, uma vez que não pode a
Administração Pública se esquivar de regulamentar
uma lei expedida pelo Poder Legislativo,
indefinidamente. III. Desse modo, imperativa a
confirmação da sentença que reconheceu o direito dos
servidores obterem a diferença remuneratória prevista
no art. 4º da Lei n.º 16.036/2007.IV. Tratando de
condenação da fazenda, consoante decidido pelo
Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE nº
870.947/SE, com repercussão geral, não se aplica o art.
1º-F da Lei n.º 9.494/97, com redação dada pela Lei n.º
11.960/09, por ser inconstitucional, mas sim o IPCA, a
partir do inadimplemento da obrigação. REEXAME
NECESSÁRIO E APELAÇÃO CONHECIDOS E
DESPROVIDOS.”(TJGO, Apelação / Reexame
Necessário 0169827-73.2013.8.09.0051, Rel. LUIZ
EDUARDO DE SOUSA, 1ª Câmara Cível, julgado
em 26/10/2018, DJe de 26/10/2018).
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APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E DESPROVIDA.
SENTENÇA MANTIDA.” (TJGO, Apelação (CPC)
5392860-36.2018.8.09.0087, Rel. EUDÉLCIO
MACHADO FAGUNDES, 4ª Câmara Cível, julgado em
13/09/2019, DJe de 13/09/2019).
4. REQUERIMENTOS
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