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Justiça Federal da 1ª Região

PJe - Processo Judicial Eletrônico

06/04/2023

Número: 1003472-06.2023.4.01.3400
Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
Órgão julgador: 23ª Vara Federal de Juizado Especial Cível da SJDF
Última distribuição : 18/01/2023
Valor da causa: R$ 53.288,41
Assuntos: RMI sem incidência de Teto Limitador
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes Procurador/Terceiro vinculado
ANTONIO CLAUDIO MARQUES (AUTOR) FERNANDA SILVEIRA DOS SANTOS (ADVOGADO)
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS (REU)
Central de Análise de Benefício - Ceab/INSS (TERCEIRO
INTERESSADO)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
15618 04/04/2023 21:43 IMPUG A CONT ANT88 - SET19 Réplica
90351
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR (A) JUIZ(A) DE DIREITO DA VARA FEDERAL

REVISÃO DE BENEFÍCIO. READEQUAÇÃO PELO TETO PREVIDENCIÁRIO


FIXADO PELAS EMENDAS CONSTITUCIONAIS 20/98 E 41/2003.


Salário-de-benefício limitado ao Menor Valor Teto, de modo a justificar


a readequação da renda mensal do benefício quando da majoração do
teto. Benefício limitado ao menor valor teto. Precedentes STF, TRF 2,
TRF 3, TRF 4 e Contadorias do RJ/ES/RGS/PR e SC apontando o
interesse de agir quando limitado ao menor valor teto.

O(A) AUTOR(A), já qualificado(a) nos autos em epígrafe, por sua advogada vem respeitosamente , a presença
de Vossa Excelência , apresentar

IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO

apresentada pelo Instituto Nacional da Seguridade Social - INSS, através de seu representante legal, o
superintendente regional, argüindo para tanto as razões de fato e de direito a seguir expostas.

DA MATÉRIA EM DEBATE

A parte autora ajuíza a presente ação com o intuito de rever os valores os valores de seu benefício
concedido anteriormente a Constituição Federal de 1988.

Objetiva com a presente demanda, a revisão do valor dos seus proventos previdenciários, mediante
recuperação do valor relativo à média dos seus salários-de-contribuição que ultrapassaram o limite máximo
contributivo vigente na época da concessão do benefício, ou seja, a aplicação dos novos valores dos tetos
previdenciários definidos pelas Emendas Constitucionais nos 20/1998 e 41/2003, haja vista a limitação ao teto
ocorrida quando da fixação da renda mensal inicial.

Pelos fatos e fundamentos que se seguem será demonstrado que:

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- o Supremo Tribunal Federal já reconheceu o direito manutenção do salário de benefício quando da
vigência das Ecs 20/98 e 41/03 para os benefícios concedidos anteriormente a CF/88, desde que que
tenham valores desprezados quando do cálculo inicial;

- o interesse de agir está presente quando o salário de benefício foi limitado ao Menor Valor Teto,
conforme conclusões do STF, TRF 3, TRF2, TRF4 e Contadorias do RJ/ES/RGS/PR e SC;

- o artigo 58 da adct não recompôs a limitação inicial posto que adotou a RMI limitada ao Menor Valor
Teto.

DA NECESSIDADE DE AFASTAMENTO DA PRELIMINAR DE DECADÊNCIA

Objetiva a parte autora com a presente demanda, a revisão do beneficio de aposentadoria do seu
instituidor e, por consequência, da pensão por morte, mediante recuperação do valor relativo à média dos seus
salários-de-contribuição que ultrapassaram o limite máximo contributivo vigente na época da concessão do
benefício, ou seja, a aplicação dos novos valores dos tetos previdenciários dos salários de contribuição, incluindo-
se os definidos pelas Emendas Constitucionais nos 20/1998 e 41/2003, haja vista a limitação ao teto ocorrida
quando do cálculo inicial.

Com relação a revisão do benefício, aplicando-se a literalidade do art. 103 da Lei 8.213/1991, o 'dia
primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação' corresponde a 01/05/1997, de forma que o
prazo decenal encerrou em 01/05/2007. Como a ação foi proposta após 01-05-2007, teria caducado o direito de
revisar.

No entanto, a decadência não se aplica a matéria em debate, tendo em vista que a revisão em debate –
recalculo do beneficio através da aplicação do limitador apenas para efeito de reajuste - se trata de elemento
externo ao ato de concessão do benefício previdenciário, não havendo que se falar em decadência do direito do
autor de pleitear a revisão.

Nesse sentido, ‘a respeito da natureza jurídica dos tetos limitadores das EC 20/1998 e 41/2003,
esclareceu o Ministro Gilmar Mendes no RE 564354, que se trata 'de elemento externo à estrutura jurídica do
benefício previdenciário, que não o integra'. A incidência do limitador previdenciário, diz o Ministro, 'pressupõe a
perfectibilização do direito, sendo-lhe, pois, posterior e incidindo como elemento redutor do valor final do
benefício' (RE 564354, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, julgado em 08/09/2010, REPERCUSSÃO
GERAL - MÉRITO DJe-030 DIVULG 14-02-2011 PUBLIC 15-02-2011 EMENT VOL-02464-03 PP-00487).

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Veja-se que a redação da Lei 8213/91 prevê a decadência do direito de revisar a renda mensal inicial, ou
seja, o ato de concessão do beneficio previdenciário, e não reajuste salarial posterior a sua concessão, senão
vejamos:

Art. 103. É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou
beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao
do recebimento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão
indeferitória definitiva no âmbito administrativo. (Redação dada pela Lei nº 10.839, de 2004)

O próprio Supremo Tribunal Federal já afastou a decadência prevista na Lei 8213/91 nesta espécie de
demanda:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DO SALÁRIO DE BENEFÍCIO.


TETO. EMENDAS CONSTITUCIONAIS NºS 20/98 E 41/03. REPERCUSSÃO GERAL
RECONHECIDA. JULGAMENTO DE MÉRITO DO RECURSO PARADIGMA.
1. O Supremo Tribunal Federal, ao julgar o RE nº 564.354, com repercussão geral reconhecida, afirmou ser
possível a aplicação do artigo 14 da EC nº 20/98 aos benefícios previdenciários submetidos ao teto do
regime geral de previdência, estabelecido antes da sua vigência, sem que exista afronta ao texto
constitucional.
2. In casu, o acórdão recorrido assentou: “DECADÊNCIA. VERIFICADA. EMBARGOS CONHECIDOS
E PROVIDOS. JULGAMENTO DA PRETENSÃO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. ARTIGO 14 DA
EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 20/98. INEXISTÊNCIA DO DIREITO. SENTENÇA DE
IMPROCEDÊNCIA MANTIDA, POR OUTRO FUNDAMENTO. RECURSO INONIMADO. RECURSO
INONIMADO E NÃO PROVIDO.”
3. Converto o agravo de instrumento em recurso extraordinário, e desde já dou provimento ao recurso.
(http://www.stf.jus.br/portal/diarioJustica/verDecisao.asp?
numDj=55&dataPublicacao=&incidente=4038724&capitulo=6&codigoMateria=3&numeroMateria=31&te
xto=3936521):)
E assim constou no voto:
DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto por JOÃO NOBRE ALVES, com objetivo de ver
reformada a r. decisão de fl. 148, que inadmitiu seu recurso extraordinário manejado com arrimo na alínea a
do artigo 102 da Constituição Federal, contra acórdão prolatado pela Turma Recursal da Seção Judiciária
do Estado do Rio de Janeiro, ementado nos seguintes termos (fl. 85), verbis:

DECADÊNCIA. VERIFICADA. EMBARGOS CONHECIDOS E PROVIDOS. JULGAMENTO DA


PRETENSÃO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. ARTIGO 14 DA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 20/98.
INEXISTÊNCIA DO DIREITO. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA. MANTIDA, POR OUTRO
FUNDAMENTO. RECURSO INONIMADO. RECURSO INONIMADO E NÃO PROVIDO

Os embargos declaratórios foram acolhidos.


Nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de repercussão geral e, no mérito, sustenta que não pode
a lei retroagir para alcançar o ato de concessão de benefícios que já se encontram em curso, uma vez que a
sua concessão já se perfectibilizou no passado.
O Tribunal a quo negou seguimento ao apelo extremo por entender que o recurso é extemporâneo.
É o Relatório. DECIDO.
Assiste razão ao recorrente.
A decisão recorrida não está em harmonia com a jurisprudência pacífica desta Corte no sentido de que o
novo teto previsto na Emenda Constitucional nº 20/98 pode ser aplicado aos benefícios concedidos antes de
sua vigência sem que isso implique afronta ao texto constitucional. Sobre o tema:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO.


TETO. EC 20/98. 1. O teto previsto no artigo 14 da Emenda Constitucional n. 20/98 é aplicado aos
benefícios concedidos anteriormente à sua vigência. Precedentes. Agravo regimental a que se nega
provimento.” (RE nº 458.891, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 23/05/2008).

“RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Jurisprudência assentada. Ausência de razões novas.


Decisão mantida. Agravo regimental improvido. Nega-se provimento a agravo regimental tendente a

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impugnar, sem razões novas, decisão fundada em jurisprudência assente na Corte. 2. RECURSO. Agravo.
Regimental. Jurisprudência assentada sobre a matéria. Caráter meramente abusivo. Litigância de má-fé.
Imposição de multa. Aplicação do art. 557, § 2º, c.c. arts. 14, II e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a
interposição de agravo, manifestamente inadmissível ou infundado, deve o Tribunal condenar o agravante a
pagar multa ao agravado.” (RE nº 455.466, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe de
09/02/2008).

Ademais, o Supremo Tribunal Federal, nos autos do RE nº 564.354, da relatoria da Ministra Cármen Lúcia,
reconheceu a existência de repercussão geral e, no julgamento do mérito, o Plenário desta Corte ratificou
esse posicionamento. Na oportunidade, o acórdão restou assim ementado:

“DIREITOS CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. ALTERAÇÃO NO


TETO DOS BENEFÍCIOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA. REFLEXOS NOS BENEFÍCIOS
CONCEDIDOS ANTES DA ALTERAÇÃO. EMENDAS CONSTITUCIONAIS N. 20/1998 E 41/2003.
DIREITO INTERTEMPORAL: ATO JURÍDICO PERFEITO. NECESSIDADE DE INTERPRETAÇÃO
DA LEI INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE OFENSA AO PRINCÍPIO DA
IRRETROATIVIDADE DAS LEIS. RECURSO EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
1. Há pelo menos duas situações jurídicas em que a atuação do Supremo Tribunal Federal como guardião da
Constituição da República demanda interpretação da legislação infraconstitucional: a primeira respeita ao
exercício do controle de constitucionalidade das normas, pois não se declara a constitucionalidade ou
inconstitucionalidade de uma lei sem antes entendê-la; a segunda, que se dá na espécie, decorre da garantia
constitucional da proteção ao ato jurídico perfeito contra lei superveniente, pois a solução de controvérsia
sob essa perspectiva pressupõe sejam interpretadas as leis postas em conflito e determinados os seus
alcances para se dizer da existência ou ausência da retroatividade constitucionalmente vedada. 2. Não
ofende o ato jurídico perfeito a aplicação imediata do art. 14 da Emenda Constitucional n. 20/1998 e do art.
5º da Emenda Constitucional n. 41/2003 aos benefícios previdenciários limitados a teto do regime geral de
previdência estabelecido antes da vigência dessas normas, de modo a que passem a observar o novo teto
constitucional. 3. Negado provimento ao recurso extraordinário.”

Ex positis, converto o agravo de instrumento em recurso extraordinário, e desde já dou provimento ao


recurso.
Publique-se.
Brasília, 13 de março de 2012.

Ministro LUIZ FUX


Relator
Diante o exposto, tendo em vista que não se trata de pedido de revisão da renda mensal inicial, mas sim
de direito posterior ao ato concessório, deve ser afastada a decadência.

DO MÉRITO PROPRIAMENTE DITO

Conforme amplamente conhecido por este juízo, deve ser assegurado o direito do segurado a receber
a integralidade do seu salário-de-benefício através da readequação da renda mensal que foi
limitada ao teto, considerando os novos tetos estabelecidos tanto pela Emenda Constitucional nº 20-98, quanto
pela Emenda Constitucional nº 41-03, por ocasião do julgamento do RE 564.354.

Assim sendo, imperiosa é a adequação da sentença ao que restou julgado pelo Supremo Tribunal Federal
haja vista que restou comprovado através dos cálculos inicial que o salário-de-benefício do segurado foi calculado
em valor maior que o teto quando da RMI, bem como da revisão pelo artigo 58 da ADCT, de modo a justificar a
readequação da renda mensal do benefício quando da majoração do teto.

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Com relação aos benefícios concedidos sob a legislação anterior à CF/1988, esta estabelecia as figuras do
menor e maior valor-teto, sendo o cálculo da renda inicial realizado pelo coeficiente relativo à espécie e a
integralidade/proporcionalidade do benefício.

Para os benefícios que atingiam o menor valor-teto, a renda mensal era calculada em duas parcelas,
dividindo-se o salário de benefício em duas partes. A primeira correspondia ao citado menor valor-teto, já a
segunda utilizava o excedente ao menor valor-teto até o máximo de 80%, calculando-se o adicional mediante
multiplicação por 1/30 de cada grupo superior a 12 contribuições.

Logo, a renda mensal do segurado correspondia à soma das duas parcelas (básica e adicional), as quais
não poderiam ultrapassar o maior valor-teto.

Na prática, a forma de cálculo que vigorava à época impossibilitava o aproveitamento dos


salários de benefício em sua integralidade, haja vista que:

- o menor valor teto era limitado a 95%;

- o seu excedente, ou seja, o maior valor teto somente seria aplicado se houveram
contribuições acima de dez salários mínimos na proporção 1/30 avos por ano de contribuição acima
de dez salários mínimos.

Assim, a grande maioria não conseguia comprovar as contribuições no período de 30 anos, o


ocasionava a limitação ao menor valor teto, bem como inviabilizava a percepção do benefício em
valor superior ao maior valor teto.
Portanto, o correto é afastar o artigo 40 do Decreto n° 83.080/79 para fins de apuração da
evolução histórica do salário de benefício, evoluir a renda mensal inicial da aposentadoria, de modo
que sejam aplicados ao salário de benefício o limitador máximo da renda mensal reajustada, após
12-1998, o valor fixado pela EC nº 20/98 (R$ 1.200,00), e após 12-2003, o valor fixado pela EC nº
41/2003 (R$ 2.400,00), devendo, no cálculo dos reajustes subsequentes à concessão, observar a
não submissão da média dos salários de contribuição ao menor valor-teto e ser evoluído de acordo
com as disposições do art. 58 do ADCT.

Somente assim será assegurado o julgado do Supremo Tribunal Federal, ou seja, que salário-benefício é
patrimônio jurídico do segurado, o excesso não aproveitado em razão da restrição poderá ser utilizado sempre
que alterado o teto.

Bem como precedentes do Supremo Tribunal Federal, TRFs 2, 3 e 4.

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Bem como a conclusão das Contadorias da AGU, RJ, MG, RGS, ES, PR e SC
( 5017.63.88.120164-0) ao concluírem que para os benefícios concedidos anteriormente a
Constituição Federal de 1988, o interesse de agir é evidenciando quando o benefício foi limitado ao
menor valor teto. ( autos 5015254-57.2016.404.7100, 2017.51.01.205789-5, 1000172-10.2018.4.01.3821,
5065440-84.2016.4.04.7100, 0019224-03.2017.4.02.5054, 5010479-71.2017.4.04.7000 e 5017.63.88.120164-0,
respectivamente).

Mesmo com a revisão procedida pelo artigo 58 da ADCT não houve a devida recuperação dos
valores excedentes, posto que trouxe a equivalência para salários mínimos da época da concessão a
RMI inicialmente limitada. Em igual sentido os julgados do TRF 4 reconhecendo que a revisão pelo artigo 58
da ADCT não recuperou as perdas no cálculo inicial.

DO DIREITO A REVISÃO PELAS EC 20/98 E 41/03 DOS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS


ANTERIORMENTE A CF/88 – POSIÇÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

A razão do ajuizamento desta revisional tem como fundamento a Repercussão Geral onde restou
assegurado direito do segurado a receber a integralidade do seu salário-de-benefício através da
readequação da renda mensal que foi limitada ao teto, considerando os novos tetos estabelecidos tanto
pela Emenda Constitucional nº 20-98, quanto pela Emenda Constitucional nº 41-03, por ocasião do julgamento
do RE 564.354.

Em relação aos benefícios concedidos anteriormente a Constituição de 1988, o Supremo Tribunal


Federal posicionou-se no sentido de que deve ser afastado o critério de cálculo da renda mensal
inicial em vigor quando da concessão, e levar-se sem consideração os salários de contribuição que
foram utilizados no cálculo inicial, limitando-o apenas por ocasião das Ecs 20/98 e 41/03, senão
vejamos:

(...)Quanto ao mérito da controvérsia, o STF, no julgamento do mérito do RE 564.354, Rela. Mina. Cármen Lúcia,
sob a sistemática da repercussão geral (Tema 76), entendeu ser possível a aplicação imediata do art. 14 da
Emenda Constitucional no 20/1998 e do art. 5o da Emenda Constitucional no 41/2003 àqueles que percebem
seus benefícios com base em limitador anterior, levando-se em conta os salários-de-contribuição que foram
utilizados para os cálculos iniciais.
A jurisprudência formada no STF afirma positivamente pela aplicação imediata dos mencionados tetos, inclusive,
aos benefícios concedidos anteriormente ao advento da Constituição Federal de 1988. Vejam-se, nessa linha, os
seguintes precedentes: RE 959.061-AgR, Rel. Min. Edson Fachin, Primeira Turma; RE 1.054.294-AgR, Rel. Min.
Gilmar Mendes, Segunda Turma; e RE 1.105.261-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma. (...)

Com relação a limitação dos benefícios concedidos anteriormente a CF/88, o E. STF já


manifestou-se no sentido de que o interesse de agir encontra-se presente quando limitado ao Menor
Valor Teto, ao referendar decisão do Tribunal Regional Federal da Quarta Região ( RE 1004657 / PR – PARANÁ -
RECURSO EXTRAORDINÁRIO Relator(a): Min. DIAS TOFFOLIJulgamento: 24/10/2016):

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Instituto Nacional do Seguro Social - INSS interpõe recurso extraordinário, com fundamento na alínea ‘a’ do
permissivo constitucional, contra acórdão da Sexta Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, assim
ementado:

(...) 5. Em duas hipóteses o entendimento consagrado no STF poderá ser aplicado para recompor tais benefícios em
razão de excessos não aproveitados: (1) quando o salário de benefício tenha sofrido limitação mediante a
incidência do menor valor teto e (2) quando, mesmo não tendo havido essa limitação, a média dos salários de
contribuição recomposta através do art. 58/ADCT alcançar, em dezembro de 1991, valor igual ou maior que o teto do
salário de contribuição então vigente, situação em que haverá excesso a ser considerado nos reajustes subsequentes,
pois, em janeiro de 1992, considerando que benefícios e teto do salário de contribuição do mês anterior receberam o
mesmo índice de reajuste, fatalmente terá havido glosa por parte da autarquia previdenciária por ocasião do
pagamento ao segurado/beneficiário, com reflexos que perduram até os dias atuais.
6. O fato de a média dos salários de contribuição não ter sofrido limitação na data da concessão (por ter ficado
abaixo do menor valor-teto) não impede que possa atingir valor superior ao teto do salário de contribuição em
dezembro de 1991, o que geralmente ocorre quando o salário mínimo utilizado como divisor na aplicação do art. 58/
ADCT está defasado (em competências que antecedem mês de reajuste), acarretando uma elevação da média, se
considerada sua expressão em número de salários mínimos.
(...)
Portanto, como se depreende do próprio acórdão objurgado, vê-se que o acórdão recorrido acompanhou o
posicionamento desta Corte.
Ressalte-se, por fim, que a referida orientação não impôs limites temporais à data de início do benefício,
portanto, aplica-se imediatamente, inclusive, a benefícios concedidos antes da vigência das referidas emendas,
desde que hajam sofrido limitação na data da concessão. Nesse sentido, as seguintes decisões monocráticas: RE
nº 946.694/SP, Relator o Ministro Edson Fachin, DJe de 19/7/16, e ARE 953.153/RJ, Relator o Ministro Teori
Zavaski, DJe de 23/5/16, eRE 937.578/SP, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe De 5/5/16.
Ante o exposto, nos termos do artigo 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento
ao recurso. Determino que, a título de honorários recursais, a verba honorária já fixada seja acrescida do valor
equivalente a 10% (dez por cento) do seu total, nos termos do art. 85, § 11, do novo Código de Processo Civil,
obedecidos os limites dos §§ 2º e 3º do citado artigo, observada, ainda, a eventual concessão de justiça gratuita.
Publique-se.
Brasília, 24 de outubro de 2016.
Ministro Dias Toffoli
Relator

POSICÃO TRF 2, 3 E TRF 4

O Tribunal Regional da Segunda Região entendeu que, para os benefícios concedidos anteriormente
a Constituição Federal de 1988, o segurado tem direito a manutenção de seu salário de benefício
desprezado quando do cálculo inicial, de modo a justificar a readequação da renda mensal do benefício
quando da majoração do teto:

APELAÇÃO CÍVEL No 500403610.2018.4.02.5001/ES RELATOR: DESEMBARGADOR FEDERAL


MARCELLO FERREIRA DE SOUZA GRANADO APELANTE: SEBASTIAO VALERIO DA COSTA
(AUTOR)APELADO: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL INSS (RÉU) PROCESSUAL CIVIL.
PREVIDENCIÁRIO. APELAÇÃO. REVISÃO DE RENDA MENSAL INICIAL. ART. 103 DA LEI 8.213/1991.
TETO ESTABELECIDO PELAS EMENDAS CONSTITUCIONAIS 20/98 E 41/2003. BENEFÍCIO CONCEDIDO
ANTES DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988. POSSIBILIDADE. DECADÊNCIA. INOCORRÊNCIA.
PRESCRIÇÃO QUINQUENAL.
I. O prazo decadencial previsto no art. 103 da Lei 8.213/1991 aplicase somente aos casos em que o segurado busca a
revisão do ato de concessão do benefício previdenciário. II. No que toca à interrupção da prescrição pelo
ajuizamento da ação civil pública, o STJ, no julgamento do REsp 1.388.000/PR, sob a sistemática dos recursos
especiais repetitivos, firmou orientação no sentido de que a propositura da referida ação coletiva tem o condão de

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interromper a prescrição para a ação individual. III. Contudo, a propositura de ação coletiva interrompe a prescrição
apenas para a propositura da ação individual. Em relação ao pagamento de parcelas vencidas, a prescrição
quinquenal tem como marco inicial o ajuizamento da ação individual. Precedente. IV. Não ofende o ato jurídico
perfeito a aplicação imediata do art. 14 da Emenda Constitucional no 20/1998 e do art. 5o da Emenda Constitucional
no 41/2003 aos benefícios previdenciários limitados a teto do regime geral de previdência estabelecido antes da
vigência do regramento legal, de modo a que passem a observar o novo teto constitucional. V. O entendimento
firmado pelo STF no RE 564354 é igualmente aplicável aos benefícios concedidos antes da vigência da
Constituição Federal de 1988, porquanto, seja na legislação anterior à CRFB/88 quanto no regramento
posterior, existe distinção entre salário de benefício e valor do benefício, os quais possuem métodos de cálculo
próprios. VI. As condenações impostas à Fazenda Pública de natureza previdenciária devem ser corrigidas, até a
edição da Lei no 11.960/2009, com juros e correção monetária de acordo com o item 4.3 do Manual de Cálculos da
Justiça Federal de 2013 e, após, os atrasados devem ser acrescidos dos índices oficiais de remuneração básica e juros
aplicados à caderneta de poupança, na forma do art. 1oF da Lei no 9.494/97, ressalvada, à época da liquidação da
sentença, a aplicação de lei ou ato normativo superveniente que venha a regulamentar a matéria, assim como a
interpretação, de cunho vinculante, que vier a ser fixada sobre tais normas pelos órgãos competentes do Poder
Judiciário, em virtude dos efeitos suspensivos conferidos aos embargos de declaração no RE no 870.947 e ao recurso
extraordinário no REsp no 1.492.221. VII. Condenação do INSS ao pagamento de honorários advocatícios, a serem
definidos em fase de liquidação do julgado, nos termos do § 11 do artigo 85 do NCPC, ante a inversão da
sucumbência. VIII. Apelação da parte autora parcialmente provida para condenar o INSS à revisão do benefício
previdenciário, mediante a aplicação dos novos valores dos tetos fixados pelas Emendas Constitucionais 20/98 e
41/03, bem como ao pagamento dos atrasados, com juros e correção monetária, observada a prescrição quinquenal, a
contar do ajuizamento desta ação.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, a Egrégia 2a. Turma Especializada do Tribunal
Regional Federal da 2a Região, por unanimidade, decidiu dar parcial provimento à apelação da parte autora para
condenar o INSS à revisão do benefício previdenciário, mediante a aplicação dos novos valores dos tetos fixados
pelas Emendas Constitucionais 20/98 e 41/03, bem como ao pagamento dos atrasados, com juros e correção
monetária, observada a prescrição quinquenal, a contar do ajuizamento desta ação, conforme fundamentação supra,
nos termos do relatório, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.
Rio de Janeiro, 21 de fevereiro de 2019.

O E. Tribunal da Terceira Região já firmou convicção no sentido de que os benefícios concedidos


anteriormente a Constituição Federal de 1988 não tiveram a recomposição pelo artigo 58 da adct, e que fazem jus
a revisão pelas Ecs 20/98 e 41/03 dos valores desprezados por ocasião da RMI, quando o salário de benefício
supera o menor valor teto. Senão vejamos:

TRF3 - APELAÇÃO (198) Nº 5008251-45.2018.4.03.6183 RELATOR: Gab. 28 - DES. FED. DAVID DANTAS
APELANTE: PAULO CESAR CURADO CABRAL Advogado do(a) APELANTE: EMANUELLE SILVEIRA DOS
SANTOSBOSCARDIN - PR32845-A APELADO: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL
PROCURADOR: PROCURADORIA-REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO D E C I S Ã O Trata-se de ação
previdenciária na qual se pleiteia a revisão do benefício de aposentadoria (NB 42/080.111.884-0 - DIB 2/1/1986)
com a aplicação dos novos limitadores estipulados pelas Emendas Constitucionais n. 20/98 e n. 41/2003. (...) Esta
dúvida restou dirimida pela própria Corte Suprema que tem se posicionado no sentido que não existe óbice à
incidência dos novos tetos aos benefícios iniciados antes da Constituição Federal. Nessa toada, entendo ser
procedente o pedido veiculado na inicial, especialmente por se constatar que a RMI do benefício ($ 5.466.000,00) foi
superior ao menor valor teto vigente na data da concessão da aposentadoria ($ 4.556.000,00). As eventuais
diferenças deverão ser apuradas em execução, momento em que as partes terão oportunidade para debater a respeito,
observando-se a prescrição das prestações vencidas antes do quinquênio que precede a propositura da presente ação
(Súmula 85 do C. STJ). Deixo anotado que improcede a tese no sentido de que o marco interruptivo da prescrição se
computa retroativamente a cinco anos da data do ajuizamento da ação civil pública n. 0004911.28.2011.4.03.6183. A
simples propositura de ação civil pública não implica nos efeitos previstos no artigo 202, inciso VI, do Código Civil.
Com relação aos índices de correção monetária e taxas de juros, deve ser observado o julgamento proferido pelo C.
Supremo Tribunal Federal na Repercussão Geral no Recurso Extraordinário nº 870.947. Quanto à verba honorária,

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fixo-a em 10% (dez por cento), considerados a natureza, o valor e as exigências da causa, nos termos do art. 85, §§ 2º
e 8º, do CPC, do CPC, sobre as parcelas vencidas até a data deste decisum . No que tange às despesas processuais,
são elas devidas, à observância do disposto no artigo 11 da Lei n.º 1060/50, combinado com o artigo 91 do Novo
Código de Processo Civil. Porém, a se considerar a hipossuficiência da parte autora e os benefícios que lhe assistem,
em razão da assistência judiciária gratuita, a ausência do efetivo desembolso desonera a condenação da autarquia
federal à respectiva restituição. Por fim, cabe destacar que para o INSS não há custas e despesas processuais em
razão do disposto no artigo 6º da Lei estadual 11.608/2003, que afasta a incidência da Súmula 178 do STJ. Ante o
exposto, DOU PROVIMENTO À APELAÇÃO DA PARTE AUTORA para julgar procedente o pedido. Consectários
na forma indicada. Intimem-se. Publique-se. São Paulo, 31 de agosto de 2018. 



TRF3 - APELAÇÃO (198) Nº 5000228-76.2017.4.03.6141, RELATOR: Gab. 31 - DES. FED. DALDICE
SANTANA, AGOSTO 2018.PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. REEXAME
NECESSÁRIO.ALTERAÇÃO DOS TETOS PELAS ECs Nº 20/98 E 41/03 À LUZ DO RE 564.354 DOSTF.
BENEFÍCIO COM DIB ANTERIOR À DATA DE PROMULGAÇÃO DA CF/88.POSSIBILIDADE. SALÁRIO-
DE-BENEFÍCIO LIMITADO AO MENOR VALOR TETO.EVENTUAL REPERCUSSÃO FINANCEIRA NA
FASE DE EXECUÇÃO.PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. CONSECTÁRIOS. SUCUMBÊNCIA.

- Não se conhece da remessa oficial, como quer o réu, por ter sido proferida a sentença na vigência do NCPC, cujo
artigo 496, § 3º, I, afasta a exigência do duplo grau de jurisdição quando a condenação for inferior a 1.000 (mil)
salários-mínimos.

- Discute-se acerca da incidência dos novos limitadores máximos dos benefícios do Regime Geral da Previdência
Social fixados pelos artigos 14 da Emenda Constitucional n.20/1998 e 5º da Emenda Constitucional n. 41/2003, em
R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais) e R$ 2.400,00 (dois mil e quatrocentos reais).

- A questão não comporta digressões, pois o C. STF, em decisão proferida em sede de Repercussão Geral, com força
vinculante para as instâncias inferiores, entendeu pela possibilidade de aplicação imediata dos artigos em comento
aos benefícios limitados aos tetos anteriormente estipulados. Precedente.Sublinhe-se o fato de que o acórdão da
Suprema Corte (RE 564.354) não impôs restrição temporal à readequação do valor dos benefícios aos novos tetos, de
maneira que não se vislumbra qualquer óbice à aplicação desse entendimento aos benefícios concedidos
anteriormente à CF/88.No caso, o salário-de-benefício apurado para concessão da aposentadoria ao autor, em
15/08/1984, suplantou o menor valor teto vigente à época ($ 826.320,00), de modo de modo a fazer jus à revisão
mediante readequação dos tetos constitucionais previstos nas Emendas n.º 20/1998 e 41/2003; todavia, somente em
sede de execução, aferir-se-á eventual repercussão financeira derivada da condenação. Precedente.Eventuais
diferenças serão devidas, observada a prescrição das prestações vencidas antes do quinquênio que precede a
propositura da ação (Súmula 85 do C. STJ).


TRF3 - APELAÇÃO (198) Nº 5012470-04.2018.4.03.6183, RELATOR: Gab. 31 - DES. FED. MARISA SANTOS,
NOVEMBRO 2018Ação ajuizada por ORLANDO MACHADO DE BARROS, espécie 42, DIB 12/01/1980, contra
o Instituto Nacional da Previdência Social - INSS, tendo por objeto:a) a adequação da renda mensal do benefício aos
novos tetos fixados nas ECs 20/98 e 41/03;b) que a prescrição quinquenal seja contada da data do ajuizamento da
ACP 0004911-28.2011.4.03.6183, em 05/05/2011;c) o pagamento das diferenças a serem apuradas, com correção
monetária, juros de mora e demais verbas de sucumbência.(…)

No caso dos autos, sendo constatado que o salário de benefício foi limitado ao teto por ocasião de sua concessão, o
valor da renda mensal deverá ser readequado aos novos tetos previstos nas ECs 20/98 e 41/03, sendo que eventuais
diferenças devidas deverão ser apuradas em sede de execução de sentença.

DAS VERBAS DE SUCUMBÊNCIAAs parcelas vencidas deverão ser acrescidas de correção monetária a partir dos
respectivos vencimentos e de juros moratórios a partir da citação.DA   CORREÇÃO   MONETÁRIA A correção
monetária será aplicada em conformidade com a Lei n. 6.899/81 e legislação superveniente, de acordo com o Manual
de Orientação de Procedimentos para os Cálculos da Justiça Federal, observados os termos do julgamento final
proferido na Repercussão Geral no RE 870.947, em 20/09/2017, ressalvada a possibilidade de, em fase de execução
do julgado, operar-se a modulação de efeitos, por força de decisão a ser proferida pelo STF.DOS JUROS DE MORA

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Os juros moratórios serão calculados de forma global para as parcelas vencidas antes da citação, e incidirão a partir
dos respectivos vencimentos para as parcelas vencidas após a citação. E serão de 0,5% (meio por cento) ao mês, na
forma dos artigos 1.062 do antigo CC e 219 do CPC/1973, até a vigência do CC/2002, a partir de quando serão de
1% (um por cento) ao mês, na forma dos artigos 406 do CC/2002 e 161, § 1º, do CTN. A partir de julho de 2.009, os
juros moratórios serão de 0,5% (meio por cento) ao mês, devendo ser observado o disposto no artigo 1º-F da Lei n.
9.494/97, alterado pelo artigo 5º da Lei n. 11.960/2009, pela MP n. 567, de 13.05.2012, convertida na Lei n. 12.703,
de 07.08.2012, e legislação superveniente, bem como a Resolução 458/2017 do Conselho da Justiça Federal.
DA VERBA HONORÁRIA Tratando-se de decisão ilíquida, o percentual da verba honorária será fixado somente na
liquidação do julgado, na forma do disposto no art. 85, § 4º, II, e § 11, e no art. 86, ambos do CPC/2015, e incidirá
sobre as parcelas vencidas até a data desta decisão (Súmula 111 do STJ).DOU PARCIAL PROVIMENTO à apelação
da parte autora para determinar a aplicação das ECs 20/98 e 41/03 na readequação do valor da renda mensal do
benefício. Os atrasados, respeitada a prescrição quinquenal, contada do ajuizamento desta ação individual, e
descontados eventuais pagamentos efetuados sob o mesmo título, devem ser corrigidos monetariamente, acrescidos
de juros de mora e verba honorária, nos termos da fundamentação.


APELAÇÃO (198) Nº 5002805-61.2018.4.03.6183 RELATOR: Gab. 32 - DES. FED. ANA PEZARINI
APELANTE: RUBENS CATHARINO Advogado do(a) APELANTE:   EMANUELLE SILVEIRA DOS
SANTOS   BOSCARDIN - SP299126-A APELADO: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL
PROCURADOR: PROCURADORIA-REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO APELAÇÃO (198) Nº
5002805-61.2018.4.03.6183 RELATOR: Gab. 32 - DES. FED. ANA PEZARINI APELANTE: RUBENS
CATHARINO Advogado do(a) APELANTE: EMANUELLE SILVEIRA DOS SANTOS BOSCARDIN - PR32845-
A APELADO: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL PROCURADOR: PROCURADORIA-
REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO E M E N T A PREVIDENCIÁRIO. READEQUAÇÃO DA RMI. EC 20/98
E 41/2003. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL A PARTIR DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA N.
0004911-28.2011.4.03.6183. NÃO CABIMENTO. APLICAÇÃO DA SÚMULA 85 DO STJ. BENEFÍCIO
ANTERIOR À CF/88. RE 564.354/SE. AUSÊNCIA DE RESTRIÇÃO TEMPORAL. - A prescrição há de ser
contabilizada na conformidade da Súmula 85 do STJ, sendo descabida a interrupção parcelar vindicada. - O STF
vem decidindo pela ausência de limitação temporal quanto à readequação pretendida, abarcando, inclusive, os
benefícios concedidos anteriormente à Constituição Federal de 1.988. Precedentes.Parte superior do formulário -
Ressalva do entendimento pessoal, em homenagem à economicidade processual e razoável duração do processo. -
Aplicabilidade imediata dos novos tetos trazidos pelas Emendas Constitucionais 20/98 e 41/2003 aos benefícios
concedidos com base em limitação pretérita. - No caso dos autos, não se descarta tenha a benesse indicada pela
autoria experimentado restrição aos limitadores então vigentes. - Juros e correção monetária em consonância com as
teses fixadas no RE 870.947. - Honorários advocatícios a cargo do INSS em percentual mínimo a ser fixado na fase
de liquidação. - Quanto às custas processuais, delas está isenta a Autarquia Previdenciária, nos termos das Leis
Federais n. 6.032/74, 8.620/93 e 9.289/96, bem como nas Leis Estaduais n. 4.952/85 e 11.608/03 (Estado de São
Paulo). Contudo, tal isenção não exime a Autarquia Previdenciária do pagamento das custas e despesas processuais
em restituição à parte autora, por força da sucumbência, na hipótese de pagamento prévio. - Apelação parcialmente
provida. ACÓRDÃO Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, a Nona Turma, por
unanimidade, decidiu dar parcial provimento à apelação, nos termos do relatório e voto que ficam fazendo parte
integrante do presente julgado.

O E. TRF 4 foi adiante, esclarecendo que, para efeito de apuração do interesse de agir, deve-se
verificar se, quando da revisão promovida pelo artigo 58 da ADCT, o benefício sofreu a limitação ao
teto.

Para tanto determina que deve-se evoluir o salário de beneficio sem a incidência do maior e menor valor
teto, até a recomposição do art. 58/ADCT, e nesse momento, verificar em dezembro/91, o beneficio

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alcançou valor igual ou maior que o teto do salário de contribuição então vigente, onde aí sim
haverá excesso a ser considerado nos reajustes subsequentes. Vejamos:

AUTOS N. 5012675-45.2016.4.04.7001
PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. TETOS. EMENDAS CONSTITUCIONAIS 20/1998 E 41/2003.
1. O prazo extintivo de todo e qualquer direito ou ação previsto no art. 103, caput, da Lei 8.213/91 (com a redação
dada pela MP 1.523-9, de 27-06-1997, convertida na Lei nº 9.528, de 10-12-1997, alterada pela Medida Provisória nº
1.663-15, de 22-10-1998, que por sua vez foi transformada na Lei nº 9.711, de 20-11-1998), somente se aplica à
revisão de ato de concessão do benefício. 2. Fixado pelo Supremo Tribunal Federal o entendimento de que o
limitador (teto do salário de contribuição) é elemento externo à estrutura jurídica dos benefícios previdenciários,
tem-se que o valor apurado para o salário de benefício integra-se ao patrimônio jurídico do segurado, razão pela qual
todo o excesso não aproveitado em razão da restrição poderá ser utilizado sempre que alterado o teto, adequando-se
ao novo limite. Em outras palavras, o salário de benefício, expressão do aporte contributivo do segurado, será sempre
a base de cálculo da renda mensal a ser percebida em cada competência, respeitado o limite máximo do salário de
contribuição então vigente. Isto significa que, elevado o teto do salário de contribuição sem que tenha havido reajuste
das prestações previdenciárias (como no caso das Emendas Constitucionais 20/1998 e 41/2003), ou reajustado em
percentual superior ao concedido àquelas, o benefício recupera o que normalmente receberia se o teto à época fosse
outro, isto é, sempre que alterado o valor do limitador previdenciário, haverá a possibilidade de o segurado adequar o
valor de seu benefício ao novo teto constitucional, recuperando o valor perdido em virtude do limitador anterior, pois
coerente com as contribuições efetivamente pagas. 3. Entendimento que também se aplica aos benefícios concedidos
antes da vigência da Constituição Federal de 1988, época em que a legislação previdenciária também estabelecia
tetos a serem respeitados, no caso o menor e o maior valor teto, aplicáveis ao valor do salário de benefício (arts. 21 e
23 da CLPS/84, arts. 26 e 28 da CLPS/76 e art. 23 da LOPS). 4. O art. 58/ADCT deve ser aplicado utilizando-se a
média dos salários de contribuição, sem a incidência de limitadores, que deverão incidir apenas por ocasião do
pagamento, em cada competência (tetos e coeficiente de cálculo do benefício). 5. Aplicando-se o entendimento
consagrado pelo STF, se o salário de benefício (média dos salários de contribuição, sem limitação pelo menor e
maior valor-teto), recomposto através do art. 58/ADCT, alcançar, em dezembro/91, valor igual ou maior que o
teto do salário de contribuição então vigente, haverá excesso a ser considerado nos reajustes subsequentes,
pois, em janeiro/92, considerando que benefícios e teto do salário de contribuição no mês anterior receberam o
mesmo índice de reajuste, fatalmente terá havido glosa por parte da autarquia previdenciária por ocasião do
pagamento ao segurado, com reflexos que perduram até os dias atuais. 6. In casu, a média dos salários de
contribuição, expressa em número de salários mínimos da data da concessão, atinge, em dezembro/91, valor inferior
ao teto do salário de contribuição naquela competência, razão pela qual não há excesso a ser aproveitado nos
reajustes subsequentes. (TRF4, AC nº 5056285-08.2012.404.7000, Sexta Turma, Relator p/ Acórdão Des. Federal
Celso Kipper, D.E. 22/11/2013) 

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. TETOS DAS EMENDAS


CONSTITUCIONAIS 20/98 E 41/2003. BENEFÍCIO ANTERIOR À CF/88. REDISCUSSÃO DO TÍTULO
JUDICIAL. IMPOSSIBILIDADE.
1.Aos benefícios com data de início anterior à Constituição Federal de 1988 também se aplica o entendimento do
Supremo Tribunal Federal expresso no RE 564.354/SE, no sentido de que é possível aproveitar a diferença
percentual existente entre a média atualizada dos salários-de-contribuição que compõem o período básico de cálculo
e o teto (limite máximo do salário-de-contribuição) para fins de pagamento de benefício. 2. O título executivo
judicial determinou expressamente a desconsideração dos limitadores à apuração da renda mensal inicial, utilizando-
se, apenas, a média dos salários-de-contribuição devidamente atualizados, limitados exclusivamente para fins de
pagamento, com a readequação da renda mensal do benefício quando da alteração do limite máximo do salário-de-
contribuição pelas ECs 20/98 e 41/03 3. Outrossim, não merece guarida a afirmação de que não é possível o
recálculo da renda mensal em face da extinção do menor e o maior valor-teto, pois atualmente o salário-de-benefício
é resultante da média corrigida dos salários-de-contribuição que compõem o PBC, respeitado o teto para pagamento,
aplicando-se o mesmo aos benefícios com DIB anterior à Constituição Federal de 1988, no seguintes termos: a)

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Número do documento: 23040421425723300001547796075
toma-se a média dos salários-de-contribuição, calculada nos termos da legislação vigente à época da concessão (art.
26 do Decreto 77.077/76; art. 21 do Decreto 89.312/84) e, considerando o disposto no art. 58/ADCT, divide-se pelo
valor do salário mínimo de então; b) aplica-se a equivalência salarial até dezembro/91 e, a partir de janeiro de 1992,
o valor equivalente em salários mínimos deve ser atualizado pelos índices de reajustamento dos benefícios
previdenciários até os dias atuais, sendo confrontado com o teto de cada competência e, após a glosa, aplicado o
coeficiente de cálculo do benefício. ( AG 5060506-09.2017.4.04.0000, Rel. Artur César de Souza, j. em 12/12/2017).
( grifo nosso)

Mesmo com a revisão pelo artigo 58 da ADCT não houve a recuperação dos valores
desprezados, posto que trouxe para o valor presente da época a RMI limitada ao menor e maior
valor teto. Em igual sentido os julgados reconhecendo que a revisão pelo artigo 58 da ADCT não recuperou as
perdas no cálculo inicial:

PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. TETOS.


1. Segundo o Supremo Tribunal Federal ao julgar o RE 564.354, o salário de benefício é o resultado da
média corrigida dos salários de contribuição que compõem o período básico de cálculo, apurada nos
termos da lei previdenciária, e o segurado deveria receber a média de suas contribuições, não fosse a
incidência de teto para pagamento do benefício. 2. Esse entendimento, também aplicável aos benefícios
concedidos antes da vigência da Constituição Federal de 1988, conduz à seguinte sistemática de
cálculo para revisão da renda mensal: toma-se a média dos salários de contribuição, calculada nos
termos da legislação vigente à época da concessão (art. 26 do Decreto n. 77.077/76; art. 21 do
Decreto n. 89.312/84) e, considerando o disposto no art. 58/ADCT, divide-se pelo salário mínimo de
então; aplica-se a equivalência salarial até dezembro/91 e, a partir de janeiro de 1992, o valor
equivalente em salários mínimos deve ser atualizado pelos índices de reajustamento dos benefícios
previdenciários até os dias atuais, sendo confrontado com o teto de cada competência e, após a
glosa, aplicado o coeficiente de cálculo do benefício. ( AG 5067035-44.2017.4.04.0000, Rel. Taís
Schilling Ferraz, j. em 04/04/2018.)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. TETOS DAS


EMENDAS CONSTITUCIONAIS 20/98 E 41/2003. BENEFÍCIO ANTERIOR À CF/88.
REDISCUSSÃO DO TÍTULO JUDICIAL. IMPOSSIBILIDADE.
1.Aos benefícios com data de início anterior à Constituição Federal de 1988 também se aplica o
entendimento do Supremo Tribunal Federal expresso no RE 564.354/SE, no sentido de que é possível
aproveitar a diferença percentual existente entre a média atualizada dos salários-de-contribuição que
compõem o período básico de cálculo e o teto (limite máximo do salário-de-contribuição) para fins de
pagamento de benefício. 2. O título executivo judicial determinou expressamente a desconsideração dos
limitadores à apuração da renda mensal inicial, utilizando-se, apenas, a média dos salários-de-contribuição
devidamente atualizados, limitados exclusivamente para fins de pagamento, com a readequação da renda
mensal do benefício quando da alteração do limite máximo do salário-de-contribuição pelas ECs 20/98 e
41/03 3. Outrossim, não merece guarida a afirmação de que não é possível o recálculo da renda
mensal em face da extinção do menor e o maior valor-teto, pois atualmente o salário-de-benefício é
resultante da média corrigida dos salários-de-contribuição que compõem o PBC, respeitado o teto
para pagamento, aplicando-se o mesmo aos benefícios com DIB anterior à Constituição Federal de
1988, no seguintes termos: a) toma-se a média dos salários-de-contribuição, calculada nos termos da
legislação vigente à época da concessão (art. 26 do Decreto 77.077/76; art. 21 do Decreto 89.312/84)
e, considerando o disposto no art. 58/ADCT, divide-se pelo valor do salário mínimo de então; b)
aplica-se a equivalência salarial até dezembro/91 e, a partir de janeiro de 1992, o valor equivalente
em salários mínimos deve ser atualizado pelos índices de reajustamento dos benefícios

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Número do documento: 23040421425723300001547796075
previdenciários até os dias atuais, sendo confrontado com o teto de cada competência e, após a
glosa, aplicado o coeficiente de cálculo do benefício. ( AG 5060506-09.2017.4.04.0000, Rel. Artur César
de Souza, j. em 12/12/2017.)

CONCLUSÕES

Por todo o exposto, evidenciado na petição inicial que:

- o Supremo Tribunal Federal já reconheceu o direito a revisão pelas Ecs 20/98 e 41/03 para os benefícios
concedidos anteriormente a CF/88;

- o interesse de agir está presente quando o salário de benefício foi limitado ao Menor Valor Teto,
conforme conclusões do próprio STF, TRF 3, TRF2, TRF4 e Contadorias do RJ/ES/RGS/PR e SC;

- o artigo 58 da adct não recompôs a limitação inicial posto que adotou a RMI limitada ao Menor Valor
Teto.

Comprovado através dos cálculos inicial que houve desprezado dos valores do salário de benefício,
reitera-se a procedência da ação nos moldes definidos na petição inicial.

Ainda, clama-se pela produção da prova pericial afim de que o Juízo possa confirmar os cálculos iniciais
os quais demonstraram que existem excessos que foram desprezados quando da apuração da RMI, bem como
que quando da revisão do artigo 58 da ADCT foi adotada a recomposição toma-se como base a RMI limitada.

EMANUELLE S. SANTOS BOSCARDIN FERNANDA SILVEIRA DOS SANTOS


OAB/RJ 189.680 OAB/RJ 179.475

OAB/SP 299.126 OAB/SP 303.448-A

OAB/ES 21.656

OAB/MG 144.689

Assinado eletronicamente por: FERNANDA SILVEIRA DOS SANTOS - 04/04/2023 21:43:03 Num. 1561890351 - Pág. 13
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