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EGRÉGIA ...

ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS DO


ESTADO...

A PARTE AUTORA, já devidamente qualificada nos autos do presente processo,


vem respeitosamente perante Vossas Excelências, através de seu procurador,
abaixo firmado, apresentar

CONTRARRAZÕES

ao Recurso Inominado de Sentença interposto pelo INSS, pelos seguintes


substratos fáticos e jurídicos que ora passa a expor:
EMÉRITOS JULGADORES

A sentença proferida no Juízo a quo deve ser mantida no que concerne a


existência de interesse de agir da parte Autora em receber os valores atrasados
decorrentes da revisão do seu benefício previdenciário, pois a matéria foi
examinada em sintonia com as provas constantes dos autos e fundamentada
com as normas legais aplicáveis, inadmitindo, data máxima vênia, qualquer
espécie de modificação, sob pena de atentar contra o melhor Direito.

DO RECURSO

Apesar do visível esforço despendido na peça Recursal, o Recorrente não


logrou êxito em descaracterizar os argumentos trazidos na inicial, que, diga-se
de passagem, foram confirmados na sentença, que resultaram no julgamento
da demanda com parcial procedência, determinando que o INSS pague
imediatamente as diferenças não prescritas geradas pela revisão do benefício
de..., através da aplicação da redação atual do art. 29, II, da Lei 8.213/91.

Alega o INSS que parte Autora, ora Recorrida, não possui interesse de
agir, porquanto o INSS já efetuou administrativamente revisão do benefício
NB ..., e os valores atrasados serão pagos conforme cronograma aprovado no
acordo homologado nos autos da ação civil pública nº 0002320-
59.2012.4.03.6183/SP, de forma que os interesses da Recorrida já estão
assegurados pela ação civil pública referida.

Entretanto, os argumentos do INSS não podem subsistir. Em primeiro


lugar ressalta-se que a parte Autora não postula a revisão do benefício de
auxílio doença NB ..., posto que esta já foi efetuada corretamente na esfera
administrativa, como ficou bem esclarecido na peça inicial.
O que parte Autora postula no presente processo é unicamente o
pagamento imediato das diferenças atrasadas geradas pela revisão de seu
benefício.

Nessa esteira, fica evidente que existe interesse de agir, posto que a
Recorrida quer receber imediatamente os valores que lhe são devidos em razão
da revisão de seu benefício, enquanto o INSS quer postergar o pagamento
dos valores atrasados para ..., conforme cronograma elaborado através de
acordo judicial em ação civil pública da qual a Recorrido não participou.

Nessa esteira, ressalta-se que é absurdo exigir que o segurado se


sujeite a tantos anos de espera para receber os valores a que possui
direito. Sobretudo, tendo em vista que os valores atrasados possuem
caráter alimentar, eis que decorrem de diferenças devidas em relação o
benefício por incapacidade que recebeu.

Ressalta-se que, devido à demora no pagamento das diferenças, a


Recorrida corre o risco de sequer receber os valores em vida.

Nessa mesma toada, decidindo que há interesse de agir quanto ao


recebimento de valores atrasados decorrentes de revisão realizada através de
ação civil pública destaca-se a seguinte jurisprudência do TRF4:

PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. AUXÍLIO-DOENÇA E


APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. RENDA MENSAL INICIAL. ARTIGO 29, II,
DA LEI Nº 8.213/91. CARÊNCIA DE AÇÃO. INOCORRÊNCIA. PRESCRIÇÃO.
JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA. 1. A revisão administrativa do benefício
em momento posterior à DIB, amparada em decisão provisória proferida em
ACP, não retira o interesse de agir da segurada de ingressar com ação
individual para buscar a consolidação do seu direito e o pagamento das
parcelas atrasadas, cabendo assegurar-se, entretanto, o direito à dedução,
pelo INSS, das parcelas porventura recebidas administrativamente. 2. O
Memorando-Circular Conjunto nº 21/DIRBEN/PFEINSS, de 15.04.2010,
constitui marco interruptivo do prazo prescricional para a revisão dos benefícios
com base no artigo 29, II, da Lei 8.213/91. Essa interrupção garante o
recebimento das parcelas anteriores a cinco anos da publicação do normativo
para pedidos que ingressarem administrativa ou judicialmente em até cinco
anos após a mesma data, uma vez que houve reconhecimento administrativo do
direito. 3. Para os benefícios por incapacidade concedidos após a vigência da Lei
nº 9.876/99 o salário-de-benefício consistirá na média dos maiores salários de
contribuição correspondentes a oitenta por cento do período contributivo. 4. As
prestações em atraso serão corrigidas pelos índices oficiais, desde o vencimento
de cada parcela, ressalvada a prescrição quinquenal, e, segundo sinalizam as
mais recentes decisões do STF, a partir de 30/06/2009, deve-se aplicar o
critério de atualização estabelecido no art. 1º-F da Lei 9.494/97, na redação da
lei 11.960/2009. 5. Este entendimento não obsta a que o juízo de execução
observe, quando da liquidação e atualização das condenações impostas ao INSS,
o que vier a ser decidido pelo STF em regime de repercussão geral (RE 870.947),
bem como eventual regramento de transição que sobrevenha em sede de
modulação de efeitos. 6. Os juros de mora são devidos a contar da citação, à
razão de 1% ao mês (Súmula nº 204 do STJ e Súmula 75 desta Corte) e, desde
01/07/2009 (Lei nº 11.960/2009), passam a ser calculados com base na taxa de
juros aplicáveis à caderneta de poupança (RESP 1.270.439), sem capitalização.
(TRF4, AC 0016370-56.2015.404.9999, Sexta Turma, Relatora Vânia Hack de
Almeida, D.E. 21/01/2016, sem grifo no original)

Ademais, sob o prisma processual, ressalta-se que a Recorrida não é


obrigada a se sujeitar aos termos do acordo realizado nos autos da ação civil
pública, pois, quando se trata de direito individual homogêneo, a decisão
da ação civil pública não impede a interposição de ação individual por
beneficiário que não tenha participado da ação coletiva.

Nessa esteira, destaca-se da jurisprudência pátria:

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO


AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. AÇÃO CIVIL
PÚBLICA E DEMANDA INDIVIDUAL. INOCORRÊNCIA DE
LITISPENDÊNCIA.
1. A existência de ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público
não impede o ajuizamento da ação individual com idêntico objeto.
Desta forma, no caso não há ocorrência do fenômeno processual da
litispendência, visto que a referida ação coletiva não induz litispendência
quanto às ações individuais. Precedentes: REsp 1056439/RS, Relator
Ministro Carlos Fernando Mathias (Juiz Federal convocado do TRF 1ª
Região), Segunda Turma, DJ de 1º de setembro de 2008; REsp
141.053/SC, Relator Ministro Francisco Peçanha Martins, Segunda
Turma, DJ de 13 de maio de 2002; e REsp 192.322/SP, Relator Ministro
Garcia Vieira, Primeira Turma, DJ de 29 de março de 1999.
2. Agravo regimental não provido.
(AgRg no Ag 1400928/RS, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES,
PRIMEIRA TURMA, julgado em 06/12/2011, DJe 13/12/2011- grifos
acrescidos)

PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE APOSENTADORIA POR TEMPO DE


SERVIÇO/CONTRIBUIÇÃO. TEMPO DE SERVIÇO RURAL. REGIME DE
ECONOMIA FAMILIAR. MANUTENÇÃO DOS PERÍODOS RURAIS
RECONHECIDOS POR FORÇA DE AÇÃO CIVIL PÚBLICA. AUSENTE
LITISPENDÊNCIA. PRESCRIÇÃO. INTERRUPÇÃO. 1. Comprovado o
labor rural em regime de economia familiar, mediante a produção de
início de prova material, corroborada por prova testemunhal idônea, o
segurado faz jus ao cômputo do respectivo tempo de serviço. 2.
Documentos em nome de terceiros podem ser aceitos para comprovar a
atividade de labor rural, em regime de economia familiar. 3. Mantido o
período de labor rural, exercido em regime de economia familiar,
reconhecido administrativamente por força de Ação Civil Pública. 4.
Inexiste litispendência entre as demandas coletiva e individual,
podendo a parte autora, antecipar seu direito por meio de ação
própria, não sendo necessário aguardar o trânsito em julgado da
ação civil pública. 5. A citação do INSS em Ação Civil Pública
interrompe a prescrição na demanda individual, desde o ajuizamento
daquela (art. 219, caput e § 1º do CPC). 6. Confirmado o tempo de serviço
rural, e já tendo sido implantada a aposentadoria por força de ação civil
pública, cabível o pagamento das parcelas vencidas entre a data do
requerimento administrativo (DER) e a da implantação efetiva do
benefício (DIP). (TRF4, APELREEX 5003966-13.2010.404.7201, Quinta
Turma, Relatora p/ Acórdão Taís Schilling Ferraz, juntado aos autos em
21/03/2014, sem grifo no original)

Ainda, no que tange a ausência de óbice ao ingresso de ação individual


buscando o recebimento de valores atrasados decorrentes de revisão
processada em decorrência de decisão em ação civil pública, destaca-se o
seguinte trecho do voto do Relator João Batista Pinto Silveira, ao julgar a
Apelação/Reexame Necessário nº 2007.71.00.037447-6:

Quando a parte autora fez valer seu direito através da presente ação, o
INSS arguiu a preliminar de falta de interesse de agir por já ter sido
revisado todos os benefícios por força da Ação Civil Pública. Ora, não
pode pretender a Autarquia que os segurados não busquem o Ju
diciário após informação do não pagamento integral das diferenças,
assim como ante a possibilidade de que a revisão processada poderá ser
revertida, já que ainda não transitada em julgado.
De outra parte, como na Ação Civil Pública o autor da ação é o Ministério
Público, a ausência de identidade das partes retira um dos três requisitos
caracterizadores da litispendência (art. 301, §§ 1º e 2º, do CPC).
Ademais, o art. 5º, XXXV, da Constituição Federal, consagra o
direito de ação contra lesão ou ameaça a direito do titular,
sobrepondo-se às demandas veiculadas em ações coletivas, quando
se tratar de direitos individuais homogêneos, de modo a afastar a
tese da litispendência. Em outras palavras, não há litispendência entre
ação individual e ação civil pública, pela diversidade de partes e pela
natureza da sentença perseguida.
Em razão disso, a existência de Ação Civil Pública com o mesmo
objeto não retira do apelado o interesse de agir, direito
constitucionalmente a ele assegurado, estando, assim, presente o
interesse de invocar a tutela jurisdicional.(grifos acrescidos)

Ademais, ressalta-se que, diferentemente do que alega o INSS,


inegavelmente o direito à revisão de benefício previdenciário, pela
aplicação da redação atual do art. 29, II, da Lei 8.213/91, e ao
recebimento de valores atrasados decorrentes dessa revisão possuem
natureza de direito individual homogêneo, eis que existe uma pluralidade de
sujeitos com direito às revisão de seu benefício previdenciário por uma mesma
causa comum, porém é possível a identificação de cada um dos sujeitos
titulares do direito e a realização de cálculos do montante dos valores atrasados
em relação a cada um desses titulares.

Portanto, impedir que a Recorrida ingresse em juízo postulando o


pagamento imediato das diferenças geradas pela revisão de seu benefício em
razão da existência de ação civil pública sobre a mesma matéria, acarretaria em
ofensa ao o art. 5º, XXXV, da Constituição Federal, que assegura o direito de
ação contra lesão ou ameaça a direito do titular.

Além disso, a ação civil pública só pode produzir coisa julgada “erga
omnes” quando procedente, nos termos do art. 16 da Lei 7.347/85:

Art. 16. A sentença civil fará coisa julgada erga omnes, nos limites da
competência territorial do órgão prolator, exceto se o pedido for julgado
improcedente por insuficiência de provas, hipótese em que qualquer
legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-
se de nova prova. (sem grifo no original)

Assim, a decisão da ação civil pública n°


0002320.59.2012.4.03.6183/SP somente pode produzir os efeitos
preclusivos da coisa julgada no que se refere à procedência do pedido de
revisão. Ou seja, os efeitos negativos da decisão, como a fixação de prazo
demasiadamente longo para o recebimento dos valores atrasados, não pode
ser estendido ao cidadão que não participou da ação civil pública.

Não bastasse, é imperioso ressaltar que o art. 472 do CPC prevê que “A
sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não beneficiando,
nem prejudicando terceiros”. Portanto, a cláusula prejudicial do acordo judicial
não possui eficácia de coisa julgada frente à Recorrida, eis que esta não
participou da ação civil pública n° 0002320.59.2012.4.03.6183/SP.
No que concerne à aplicação do referido dispositivo à ação civil pública,
destaca-se a elucidativa lição de Teori Albino Zavaski1:

No que se refere ao âmbito de eficácia, a imutabilidade da sentença na


ação civil pública, segundo o art. 16 da Lei 7.347/85, é ‘erga omnes, nos
limites da competência territorial do órgão prolator’. A extensão subjetiva
universal (erga omnes) é 7onsequência natural da transindividualidade e
da indivisibilidade do direito tutelado na demanda. Se o que se tutela são
direitos indivisíveis e pertencentes à coletividade, a sujeitos
indeterminados, não há como estabelecer limites subjetivos à
imutabilidade da sentença. Ou ela é imutável, e, portanto, o será para
todos, ou ela não é imutável, e, portanto, não faz coisa julgada. Por
outro lado, a cláusula erga omnes certamente não vai a ponto de
comprometer a situação jurídica de terceiros. Aplica-se também à
coisa julgada nas ações civis públicas a limitação, constante do art.
472 do CPC: os terceiros, embora possam ser beneficiados, jamais
poderão ser atingidos negativamente pela sentença proferida em
processo em que não tenham sido partes. (grifos nossos).

Com o mesmo entendimento acerca da impossibilidade de estender a


coisa julgada da ação civil pública quando prejudicial a terceiros que não
participaram ativamente desta, destaca-se a jurisprudência do TRF4:

APELAÇÃO CÍVEL. POUPANÇA. AÇÃO DE COBRANÇA DE EXPURGOS. PLANOS


BRESSER E VERÃO. EXTINÇÃO DO FEITO EM RELAÇÃO AOS PLANOS
BRESSER E VERÃO. ACP DA APADECO. FALTA DE INTERESSE
PROCESSUAL. POSSIBILIDADE DE AJUIZAMENTO DE AÇÕES
ORDINÁRIAS EM RELAÇÃO AOS JUROS REMUNERATÓRIOS.
INEXISTÊNCIA DE EFICÁCIA PRECLUSIVA DA COISA JULGADA IN
CASU. PRESCRIÇÃO VINTENÁRIA. “Sendo as condições da ação (art.
267, inciso VI, do CPC) matéria de ordem pública, a ausência de
interesse processual deve ser conhecido de ofício (301, §4º, do CPC) e em
qualquer tempo e grau de jurisdição, não havendo que se falar em
preclusão quanto a sua alegação, podendo, portanto, o Tribunal de
origem, de ofício, decretar a carência da ação e, consequentemente, a
extinção do processo sem resolução do mérito.” (Resp nº 920.403/RS.
STJ, 2ª Turma, unânime, Rel. Minº. Mauro Campbell Marques, Dje
15.10.2009) Lançando mão do art. 543-C, do CPC, a colenda Segunda
Seção do Egrégio Superior Tribunal de Justiça, ao examinar o Resp nº
1.110.549/RS, representativo da controvérsia, concluiu pela
inviabilidade de ações individuais de poupadores face à existência de
ação coletiva sobre a matéria. Tendo em vista já restar examinado o
mérito dos expurgos dos Planos Bresser e Verão, em relação aos
poupadores paranaenses, em sede da ACP nº 98.00.16021-3/PR
(APADECO), embora não se deva falar em litispendência, tampouco em
suspensão do feito individual (mesmo porque no caso concreto já baixada
1
ZAVASCKI, Teori Albino. Processo Coletivo - Tutela de Direitos Coletivos e Tutela Coletiva de Direitos, 2ª ed, revista e
atualizada. São Paulo, Ed. Revista dos Tribunais, 2007, p. 80-81
a ação coletiva), é de se reconhecer, de fato, a falta de interesse
processual em buscar nova tutela cognitiva acerca da matéria, havendo
ensejo, isto sim, a que os titulares dos direitos individuais homogêneos
reconhecidos na Ação Civil Pública promovam o cumprimento do título
executivo judicial obtido (e nos limites do então decidido). Certo ou
errado, transitou em julgado o entendimento de que o título executivo
proferido na ACP nº 98.0016021-3/PR não abrangia juros
remuneratórios a cada mês, mas apenas nos meses de jun/87 e jan/89,
por que tal pedido não teria sido formulado na inicial da ação, não tendo
sido montante buscado naquela lide. Não manifestou o STJ, por outro
lado, que seriam eles indevidos, mesmo porque, como já restou dito,
entendeu que a matéria não foi objeto de discussão. É entendimento
remansoso no âmbito deste Tribunal, que os poupadores, de forma geral,
tem direito à incidência capitalizada dos juros remuneratórios até o
efetivo pagamento. Não está o objeto da presente lide, ao menos em
relação aos juros remuneratórios, prejudicado pela eficácia
preclusiva da coisa julgada, tampouco pela eficácia erga omnes
atribuída pelo art. 16, da Lei nº 7.347/85, que estende os efeitos da
coisa julgada além das partes do processo, relativizando a primeira parte
do art. 472, do CPC, mas sem tornar letra morta a segunda parte deste
dispositivo, pois os terceiros (no caso os poupadores paranaenses)
“jamais poderão ser atingidos negativamente pela sentença proferida
em processo em que não tenham sido partes”, isto é, a coisa julgada
só se estende a terceiros ‘in utilibus’. No caso das cadernetas de
poupança os juros não são advindos do não cumprimento de obrigações,
mas estipulados contratualmente para remuneração do capital,
constituindo-se, ao lado da correção monetária, em obrigação principal, e
não acessória. Nesse contexto, sendo o direito às diferenças de correção
monetária e de juros contratuais de cadernetas de poupança de natureza
pessoal, o prazo prescricional é o vintenário, consoante o art. 177 do
Código Civil de 1916, então vigente. (TRF4, AC 2007.70.16.001099-5,
Quarta Turma, Relator Valdemar Capeletti, D.E. 25/01/2010)

Ante o exposto, resta demonstrado não só o interesse de agir, mas


também o direito da Recorrida receber imediatamente os valores atrasados
decorrentes da revisão efetuada em seu benefício, eis que a Recorrida não
foi parte na ACP n° 0002320.59.2012.4.03.6183/SP, e, portanto, não pode ser
prejudicado pelo cronograma previsto no acordo firmado pelo INSS e pelo
Ministério Público Federal.

Nos outros itens levantados pelo Recorrente, para evitar a tautologia,


ratifica-se o disposto na sentença, eis que a mesma se mantém integralmente
pelos seus próprios fundamentos.
FACE AO EXPOSTO, requer seja desprovido o recurso interposto pelo Réu
e, assim confirmando a sentença de primeiro grau, adequando a matéria
concernente ao aos juros e correção monetária ao julgamento das ADI’s 4.357 e
4.425 pelo STF, bem como, condenar o Recorrente ao pagamento dos
honorários advocatícios, no valor a ser arbitrado por Vossas Excelências, eis
que cabíveis em segundo grau de jurisdição, com fulcro no art. 55 da lei
9.099/95 c/c o art. 1º da Lei 10.259/01.

Termos em que, pede deferimento.

Data do protocolo, Cidade/Estado

Nome do(a) Advogado(a)


OAB/UF XXXXXXX

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