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– Prejudicial de mérito
Art. 1º. As dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem
assim todo e qualquer direito ou ação contra a Fazenda federal, estadual ou
municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em (cinco) anos, contados
da data do ato ou fato do qual se originarem.
[...]
Art. 3º. Quando o pagamento se dividir por dias, meses ou anos, a prescrição
atingirá progressivamente as prestações, à medida que completarem os prazos
estabelecidos pelo presente decreto.
Entretanto, sobre os créditos porventura atingidos por aquele prazo, mas que
foram objeto do acordo de evento 1 – ANEXO9, 17 e 18 recai certa
especificidade que os permitem serem exigidos em juízo, consoante
fundamentação a seguir.
Ao se depurar na situação fática, aprioristicamente considerar-se-iam prescritos
os créditos referentes aos meses e anos anteriores a 5 anos prévios ao
ajuizamento da ação, consoante fundamentação alhures declinada. Entretanto,
observa-se que o Estado do Tocantins expressamente reconheceu o seu dever
de adimplir com aqueles valores objetos do acordo (evento 1 –ANEXO9, 17 e
18), afigurando-se verdadeira renúncia tácita à prescrição relativa àqueles
créditos, por exegese teleológico-sistemática do art. 1911, do Código Civil.
Veja-se que algumas das cobranças objeto dos autos refere-se a uma dívida já
reconhecida administrativamente, portanto, a demonstração do interesse da
Administração em efetuar o pagamento da dívida – assumindo-a – implica na
ocorrência do instituto da renúncia tácita da prescrição, conforme inteligência
do art. 191, do Código Civil.
Ressalte-se, ainda, que o Ente Público não ficou silente quanto aos alegados
débitos, mas expressamente os assumiu. Nesse sentido:
Portanto, aos valores que não estão abarcados pelo acordo de evento 1 –
ANEXO9,17 e 18 e que versem sobre parcelas anteriores a 5 anos prévios ao
ajuizamento da ação estão prescritos, cuja discriminação poderá se dar em
sede de cumprimento de sentença.
Diante disso, tendo em vista que o Estado do Tocantins não está se negando a
efetuar o pagamento, apenas está tomando providências para que efetue o
pagamento de forma igualitária e que não haja prejuízo ao orçamento público,
a ação deve ser julgada improcedente.
Nesse ponto a autora faz prova da sua alegação no sentido de que existem
parcelas a receber objeto do adicional de insalubridade, o que se vê em
documento juntado nos autos (Evento 1, ANEXO9, 17 e 18).
Em verdade o Estado do Tocantins, expressamente reconheceu a existência
de saldo remanescente, especificando a quantidade de parcelas acordada e as
remanescentes, o que conduz o pedido do autor à procedência para o
recebimento dos valores objetos daquele parcelamento ainda inadimplentes.
§2º A comissão de que trata o §1o deste artigo é designada em ato conjunto dos
Secretários de Estado da Saúde e da Administração.
§3º O valor da indenização por insalubridade, exceto para os médicos, tem por
base o menor vencimento constante da tabela de vencimentos correspondente,
assim definido:
III - 40% para o grau máximo. §4º O valor da indenização por insalubridade
para os médicos tem por base o vencimento inicial na carreira, assim definido:
Considerando o disposto nos artigos 19-A, 19-B, 19-C, 19-D e 19-E da Lei
1.588 de 30 de junho de 2005, que trata do Plano de Cargos, Carreiras e
Subsídios dos Servidores da Saúde;
RESOLVE:
[...]
– Retroativo de Progressão
[...]
- DA INDISPONIBILIDADE FINANCEIRO-ORÇAMENTÁRIA
– Data base
- DISPOSITIVO
Sem custas e sem honorários nos termos dos arts. 54 e 55 da Lei nº 9.099/95,
aplicado subsidiariamente aos feitos do Juizado da Fazenda Pública (art. 27,
da Lei 12.153/2009).
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EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. REMESSA NECESSÁRIA. AÇÃO DE COBRANÇA. PROGRESSÃO PROFESSOR. MUNICÍPIO DE PALMAS. VALORES RETROATIVOS DEVIDOS. NÃO
COMPROVAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA. ÍNDICES DE JUROS DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA APLICÁVEIS. PRECEDENTE STJ. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. SENTENÇA ILÍQUIDA. FIXAÇÃO NA LIQUIDAÇÃO DO JULGADO. 1. Resta incontroverso o direito à progressão vertical da autora para o Nível III, a qual foi
implementada pelo Município de Palmas, sendo certo que os valores decorrentes de sua progressão funcional são devidos desde a data do implemento das condições legais.
2. O Art. 54, da Lei Municipal n.º 1.445/2006 não impede os efeitos retroativos da progressão do servidor público, mas apenas determina que o pagamento fica condicionado
à previsão orçamentária. Contudo, o Município de Palmas não traz aos autos qualquer prova acerca da inexistência de previsão orçamentária destinada aos pagamentos
decorrentes das progressões concedidas aos seus servidores, no ano de 2008 e nos anos subsequentes, cujo ônus lhe incumbe. 3. Segundo estabelecido no REsp repetitivo
1.495.146/MG, deve incidir correção monetária pelo IPCA-E, desde o vencimento de cada parcela e juros de mora remuneração oficial da caderneta de poupança (Art. 1º-F da
Lei 9.494/97,com redação dada pela Lei 11.960/2009), a contar da citação. 4. Considerando que se trata se sentença ilíquida, com condenação em face da Fazenda Pública
Municipal, a definição do percentual dos honorários advocatícios de sucumbência apenas deve ocorrer quando liquidado o julgado, nos termos do Art. 85, §4º, inciso II, do
Código de Processo Civil. 5. Recurso de Apelação desprovido. Remessa Necessária parcialmente provida.
Desnecessária a intimação do Ministério Público, a teor da cota contida nos
autos.
Intime-se. Cumpra-se.