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Informa que deixa de juntar a guia de custas de preparo do recurso, uma vez
que está requerendo a apreciação do pedido de justiça gratuita em preliminar de
recurso, nos termos do artigo 99, §7º, do CPC/2015.
Nesses termos,
Pede deferimento.
OAB/SP 214.055
DAS RAZÕES DO RECURSO
DA PRESCRIÇÃO/DECADÊNCIA
Não se trata de ação de revisão de beneficio previdenciário, mas de ação de
cobrança dos atrasados referente a revisão já realizada pela autarquia ré
administrativamente, de forma que se discute, tão somente, a possibilidade de
pagamento imediato do valor anteriormente apurado e já reconhecido como devido
pelo próprio INSS.
A revisão dos benefícios na forma do acordo celebrado naquela ACP foi feita
de acordo com a Resolução do Presidente do Instituto Nacional do Seguro Social-
INSS - nº 268, de 24.01.2013, que assim dispõe:
Não há que se falar em decadência, nos termos do disposto no art. 103 da Lei
nº 8.213/91, uma vez que, de fato, a parte autora pretende o desfazimento do ato de
concessão do benefício de aposentadoria e não a sua revisão.
DO MÉRITO
Ocorre, Exa., que o cálculo da renda mensal do benefício concedido à parte foi
efetuado de forma equivocada pelo INSS, conforme comprovam os documentos
acostados nos autos, pois não foi observado pelo INSS o inciso II, do artigo 29 da Lei
8.213/91, (com a redação dada pela Lei 9.876/99) já que considerado todo o período
contributivo, quando deveria se excluir do plano básico de cálculo os 20% (vinte por
cento) menores salários de contribuição, causando, prejuízo.
Na citada Ação Cívil Publica, o INSS tornou publico mais uma vez que faria as
revisões administrativas de acordo com calendário estabelecido no citado acordo e a
partir de março de 2013 passou a revisar os benefícios que possuíam direito, porém,
diante de tantas idas e vindas, não há garantias concretas de que o INSS realmente
vai cumprir o ajustado, mais uma vez.
Ora, isso não é aceitável e nem razoável; Pois o recorrente está sendo
prejudicado em seus direitos desde a concessão do benefício e não se pode obrigá-
lo a aguardar tão longos anos para receber o que é seu por direito. Exa., o próprio
recorrido poderá vir a falecer antes de receber tais valores, dada a elasticidade dos
prazos fixados pelo INSS.
Com efeito, não há litispendência entre ações coletivas versando sobre direitos
individuais homogêneos patrimoniais/ disponíveis e ações individuais, pelo fato de os
pedidos daquelas, como categorizações amplas e genéricas de pretensões individuais,
não necessariamente abrangerem todos os tipos de pretensões possíveis, nem
servirem, em se tratando, como no caso, de direitos disponíveis, ao cerceamento do
auto-regramento da vontade privada.
Não por outra razão o art. 104 do CDC, ao disciplinar a inter-relação processual
entre ações coletivas e ações individuais, afastou a litispendência, pois a substituição
processual nas hipóteses de tutela coletiva de direitos disponíveis não pode
validamente suprimir o livre exercício do direito de ação, nem tampouco a
autodeterminação individual quanto à defesa de interesses pessoais, como
expressão da dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, III) .
Já se decidiu:
Estando o direito da parte reconhecido pelo INSS, com a revisão pela aplicação
do Inc. II do artigo 29, da Lei 8213/91, resta apenas discutir os valores devidos pelo
INSS, com o pagamento via RPV, conforme determina a Lei no que se refere a débitos
da Fazenda Pública devidos em ação judicial.
Por isso, pretende reaver os valores devidos e não pagos na presente ação de
forma imediata.
DOS PEDIDOS
OAB/SP 214.055