O(S) EMBARGADO(S), oportunamente qualificado(a)(s) nos autos em
epígrafe, que move(m) contra o O(A) EMBARGANTE, também qualificado(s), comparece(m) à presença de Vossa Excelência, por seu procurador que a presente subscreve, com amparo nas prescrições do artigo 48 e ss., da Lei n.º 9.099/95 c/c art. 1º, da Lei n.º 10.259/01 e art. 1.022, NCPC, apresentar IMPUGNAÇÃO AOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, pelas razões e pelos fundamentos de fato e de direito a seguir expostas:
DA IMPUGNAÇÃO AOS EMBARGOS
Não há qualquer omissão/contradição/obscuridade na sentença/acórdão
embargado. O abono de permanência é devido ao servidor que, tendo completado as exigências para a aposentadoria voluntária, opte por permanecer em atividade até que complete as exigências para a aposentadoria compulsória. Isto porque, diante da natureza remuneratória do abono de permanência, o que já é pacificado para inclusão da base de cálculo da conversão em pecúnia das licenças-prêmio não gozadas, não há também porque excluí-lo da base de cálculo de outras vantagens como a gratificação natalina e o adicional de férias, impondo-se, pois, a correção desta ilegalidade. Como se vê, não restam dúvidas acerca da natureza permanente e do caráter remuneratório de que se reveste o abono de permanência, razão pela qual mostra-se inequívoco que o seu valor deve ser considerado na base de cálculo da gratificação natalina e do terço constitucional de férias. Tendo em vista que a requerida, na prática, não inclui o abono de permanência no conceito de remuneração, gerando um pagamento anual a menor à parte autora – enquanto em atividade - quando do percebimento da gratificação natalina e terço constitucional de férias, merece prosperar a presente pretensão. A respeito do assunto, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (REsp n° 1192556/PE) posiciona-se no sentido de que o abono de permanência é de natureza remuneratória, por acrescer ao patrimônio e configurar fato gerador do imposto de renda, independentemente de não incidir contribuição previdenciária, de modo que é justificável que tal verba componha a base de cálculo do terço de férias e do 13° salário. O que pretende a ré é a rediscussão da matéria decidida, situação esse que deve ser realizada via peça recursal própria. Pugna-se pelo conhecimento e desprovimento dos embargos.
DOS PEDIDOS
Ex positis, impugna-se os Embargos de Declaração opostos, inclusive para