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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DO(A) 3ª RELATORIA DA 1ª TURMA

RECURSAL DA SJAM E DA SJRR

NÚMERO: 1008115-03.2021.4.01.4200
EMBARGANTE(S): UNIÃO
EMBARGADO(S): RAIMUNDA SILVA

O(S) EMBARGADO(S), oportunamente qualificado(a)(s) nos autos em


epígrafe, que move(m) contra o O(A) EMBARGANTE, também qualificado(s),
comparece(m) à presença de Vossa Excelência, por seu procurador que a presente
subscreve, com amparo nas prescrições do artigo 48 e ss., da Lei n.º 9.099/95 c/c
art. 1º, da Lei n.º 10.259/01 e art. 1.022, NCPC, apresentar IMPUGNAÇÃO AOS
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, pelas razões e pelos fundamentos de fato e de
direito a seguir expostas:

DA IMPUGNAÇÃO AOS EMBARGOS

Não há qualquer omissão/contradição/obscuridade na sentença/acórdão


embargado.
O abono de permanência é devido ao servidor que, tendo completado as
exigências para a aposentadoria voluntária, opte por permanecer em atividade até
que complete as exigências para a aposentadoria compulsória.
Isto porque, diante da natureza remuneratória do abono de permanência, o
que já é pacificado para inclusão da base de cálculo da conversão em pecúnia das
licenças-prêmio não gozadas, não há também porque excluí-lo da base de cálculo
de outras vantagens como a gratificação natalina e o adicional de férias,
impondo-se, pois, a correção desta ilegalidade.
Como se vê, não restam dúvidas acerca da natureza permanente e do
caráter remuneratório de que se reveste o abono de permanência, razão pela qual
mostra-se inequívoco que o seu valor deve ser considerado na base de cálculo da
gratificação natalina e do terço constitucional de férias.
Tendo em vista que a requerida, na prática, não inclui o abono de
permanência no conceito de remuneração, gerando um pagamento anual a menor à
parte autora – enquanto em atividade - quando do percebimento da gratificação
natalina e terço constitucional de férias, merece prosperar a presente pretensão.
A respeito do assunto, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça
(REsp n° 1192556/PE) posiciona-se no sentido de que o abono de permanência é
de natureza remuneratória, por acrescer ao patrimônio e configurar fato gerador do
imposto de renda, independentemente de não incidir contribuição previdenciária, de
modo que é justificável que tal verba componha a base de cálculo do terço de férias
e do 13° salário.
O que pretende a ré é a rediscussão da matéria decidida, situação esse que
deve ser realizada via peça recursal própria.
Pugna-se pelo conhecimento e desprovimento dos embargos.

DOS PEDIDOS

Ex positis, impugna-se os Embargos de Declaração opostos, inclusive para


fins de prequestionamento da matéria.

Termos em que,
Pede deferimento.

Nesta cidade, 7 de dezembro de 2023.

EVANDRO JOSE LAGO


OAB/RR 0634-A

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