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Verônica Pessôa Ohara

OAB/SP 435.226

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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DO TRABALHO DA MM.___ VARA DO TRABALHO
DE SUZANO - SP

DENISE BRITO NEVES, brasileira, atualmente desempregada, portadora da cédula


de identidade RG nº 42690535.0, inscrita no CPF sob o nº 421.045.618-76, CTPS nº 4210456 – Série
1876 – SP, residente e domiciliada na Estrada do Areião, nº1800 - Jardim Maitê – Suzano/SP, CEP:
08616560 , por sua Advogada signatária (mandato em anexo), vem, respeitosamente, à presença de
Vossa Excelência, propor a presente RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, com fundamento no artigo 840, §1º
da CLT e 319 do CPC em face de:

LC ADMINISTRAÇÃO DE RESTAURANTES LTDA, pessoa jurídica inscrita no CNPJ sob


o nº 60.691.250/0001-47, com endereço na Av. Miguel Frias e Vasconcelos, 1205 –Jaguaré – São Paulo
- SP, CEP: 05345-000, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:

PREAMBULARMENTE:

A) DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA

A reclamante não possui condições financeiras de arcar com as custas processuais


e honorários advocatícios, sem prejuízo do sustento próprio e da família; pois está desempregada. Por
estas razões, requer os benefícios da Justiça Gratuita nos termos do artigo 5º, inc. LXXIV da CF c.c. artigo
790, § 3º da CLT, assim como Lei 1.060/50, nos termos ainda da inclusa Declaração de Pobreza.

Desta forma, com fulcro no artigo 790, § 3º da CLT, tendo em vista que a
reclamante percebia salário inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do
Regime Geral de Previdência Social, conforme se denota da inclusa CTPS e atualmente está
desempregada, logo, merece ser concedido, de plano, os benefícios da Justiça Gratuita, dispensando
o recolhimento de custas, honorários periciais e honorários advocatícios à parte contrária, em caso de
sucumbência.

Inobstante, caso este MM. Juízo entenda que a documentação comprobatória da


situação de pobreza da reclamante, ora acostada, seja insuficiente à comprovação do estado de
hipossuficiência alegado, requer, desde já, a aplicação do § 3º do artigo 99 do CPC, com observância ao
princípio protetor e aplicação da norma mais favorável ao empregado, presumindo-se verdadeira a
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declaração firmada pela reclamante, documento este que também instrui a presente peça.

B) APLICAÇÃO ENTENDIMENTO DO STF NA ADI 5766

Em recente decisão na ADI 5766, o STF declarou inconstitucionais as normas que


condenam o beneficiário da gratuidade de justiça ao pagamento de honorários sucumbenciais e custas
processuais.

O Tribunal, por maioria, julgou parcialmente procedente o pedido formulado na


ação direta, para declarar inconstitucionais os artigos 790-B, caput e § 4º, e 791-A, § 4º, da CLT, sendo
assim, fazendo jus aos benefícios da gratuidade da justiça, não serão devidos o pagamento de
honorários aos patronos das reclamadas em caso de parcial procedência ou improcedência da demanda,
é o que, respeitosamente, desde já, se requer.

C) DO PRINCÍPIO DA SUCUMBENCIA MÍNIMA

O processo foi distribuído na vigência da lei 13.467/2017, o que permitiria, em


tese, a condenação recíproca ao pagamento de eventuais honorários sucumbenciais.

Todavia, o parágrafo único do artigo 86 do CPC, de aplicação subsidiária e


supletiva ao processo trabalhista (artigo 769 da CLT), dispõe que:

" Se um litigante sucumbir em parte mínima do pedido, o outro


responderá, por inteiro, pelas despesas e pelos honorários. "

Sendo assim, no caso de deferimento da maioria dos pedidos pleiteados, o que se


espera, requer-se a aplicação do princípio da sucumbência mínima, conforme preceitua o parágrafo
único do artigo 86 do Código de Processo Civil.

A aplicação supletiva de norma geral, se justifica frente a lacuna axiológica


existente, pois, embora haja lei especial sobre o tema, tal regra não pode ser levada a efeito, uma vez
que se mostra incompatível com os princípios basilares do Direito do Trabalho.

No mais, a aplicação do referido artigo do Código do Processo Civil encontra


respaldo no princípio da proteção e seus desdobramentos, no caso em tela, na aplicação do princípio
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da norma mais favorável; defendendo ser cabível o referido princípio quando existe o confronto de duas
normas vigentes e aplicáveis ao mesmo caso concreto, utilizar-se-á aquela que for mais benéfica ao
empregado, razão do presente pedido.

D) DA NÃO LIMITAÇÃO NA CONDENAÇÃO AOS VALORES APONTADOS NA INICIAL

A redação do § 1º do artigo 840 da CLT prevê a obrigatoriedade de "indicação dos


valores dos pedidos" que constarem na petição inicial, sob pena de extinção sem julgamento de mérito.

Em atendimento à previsão legal acima, a autora formulou causas de pedir e


pedidos com suas respectivas indicações de valores, ressalvando que os títulos eventualmente deferidos
em sentença não podem ser limitados aos valores indicados individualmente em cada pedido, uma vez
que tais valores possuem simples caráter informativo, que não podem vincular o julgador, sendo que a
apuração do montante deverá ser realizada em liquidação de sentença.

Com efeito, a exigência contida no artigo 840 da CLT não se refere à liquidez, não
podendo, portanto, inibir a apuração correta do direito reconhecido como devido na condenação, o que
leva à conclusão de que a quantificação dos pedidos da inicial representa apenas uma estimativa
necessária para a definição do valor de alçada do processo, até porque, o valor da condenação é
atribuído, provisoriamente, para efeito de cálculo das custas processuais, conforme o disposto no artigo
789 da CLT.

A própria lei trabalhista ainda contempla a necessidade de liquidação dos títulos


deferidos em sentença, pois no próprio artigo 879, § 2º, CLT, permanece a previsão de que a conta
deverá ser elaborada e tornada líquida, ou seja, se a intenção do legislador fosse que a petição inicial
liquidasse os valores das pretensões, teria revogado a previsão do artigo 879, o que não ocorreu,
concluindo-se, portanto, pela perfeita coexistência e harmonização dos comandos dos artigos 840 e 879
da CLT com a mera indicação dos valores estimados das postulações e a sua posterior liquidação, após
o deferimento das parcelas postuladas.

Assim, deverá prevalecer a exigência de apuração integral dos créditos


trabalhistas devidos, que deverá ser realizada na liquidação em execução de sentença, sem qualquer
vinculação e/ou limitação aos valores atribuídos na peça inicial, uma vez que são meros indicativos
econômicos para fixação de valor da causa e custas processuais.

Ressalvado, portanto, que o direito eventualmente reconhecido em sentença se


refere às parcelas e títulos pleiteados e não aos valores especificados na exordial, a reclamante requer
que o quantum da condenação seja apurado em liquidação de sentença, atentando-se apenas para o
título da verba deferida, nos termos do artigo 879, § 2º, CLT e art. 5º, XXXV, CF.
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E) DA COMPETÊNCIA TERRITORIAL

Por se tratar de matéria preliminar, importante informar, que desde a contratação


da obreira, a prestação de serviços de deu na sede da fábrica Formiline, localizada na Estrada Portão de
Ronda nº 120, no bairro Jardim Revista, nesta cidade.

Sendo assim, a reclamante sempre trabalhou na cidade de Suzano. A competência


territorial, nesta esfera Especializada, é tratada pelo artigo 651 da CLT, que determina o Juízo
competente para o processamento da reclamação trabalhista, como regra geral, da localidade da
prestação de serviços.

Desta forma, a competência territorial para receber, processar e julgar a presente


demanda é atribuída ao fórum trabalhista de Suzano, conforme preceitos contidos na CLT.

DO CONTRATO DE TRABALHO

A reclamada admitiu a reclamante no dia 18/05/2022, para exercer a função de


MEIA OFICIAL DE COZINHA, conforme anotação da CTPS.

No exercício de suas atividades, a obreira sempre preencheu todos os requisitos


previstos no artigo 3°, da Consolidação das Leis do Trabalho, recebendo último salário no valor de R$
1.669,19 (mil, seiscentos e sessenta e nove reais e dezenove centavos).

Sequencialmente, dentre suas atividades, sempre desempenhou suas


incumbências de forma exemplar, tanto, que permaneceu por aproximadamente 10 meses, no cargo,
prestando serviços para ora reclamada.

Informa a reclamante ter sido dispensada sem justa causa no dia 27/03/2023,
recebendo com valor de verbas rescisórias o importe de R$ 3.153,39.

Quanto aos direitos decorrentes do vínculo de emprego, passa agora a


reclamante a discorrer sobre o direito:

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DAS DIFERENÇAS DAS VERBAS RESCISÓRIAS

Excelência, conforme acima mencionado a reclamada efetuou o pagamento a


título de verbas rescisórias no importe de R$ 3.153,39, no entanto, o valor está muito a quem do que
efetivamente seria devido a obreira ao término do contrato de trabalho, para tanto passamos a dispor
a realidade fática do que deveria ser pago a obreira sob fins rescisórios:

• Aviso prévio indenizado (30 dias) ..................................................................................R$ 1.669,19;


• Saldo salarial (27 dias) ....................................................................................................R$ 1.502,27;
• Férias proporcionais 11/12 + 1/3 já considerando a projeção do aviso prévio..............R$ 2.040,12;
• 13º salário proporcional 04/12, já considerando a projeção do aviso prévio...................R$ 556,40;
• FGTS sobre todo o contrato de trabalho ........................................................................R$ 1.468,89;
• Multa de 40% sobre o FGTS do contrato de trabalho .......................................................R$ 587,55.

TOTAL DEVIDO SEM PREJUÍZO DE DEDUÇÕES E DE VERBAS VINCENDAS...................................R$ 7.824,42

Assim sendo, resta claro que o valor pago pela reclamada não condiz com o que
de fato deveria ser pago para a obreira, haja vista que, o valor real a ser pago a reclamante deveria ter
sido R$ 7.824,42, notoriamente gerando assim diferenças a serem ressarcidas a obreira no importe de
R$ 4.671,03.

DO ACÚMULO DE FUNÇÃO

Relata a obreira ter sido contratada pela reclamada para desempenhar a função
de MEIA OFICIAL DE COZINHA, tendo como única atribuição, auxiliar a equipe da cozinha no preparo das
refeições fornecidas pela reclamada aos funcionários da fábrica Formeline.

Todavia, após alguns dias de trabalho, passou a ser obrigada a realizar a limpeza
das cozinhas e equipamentos, salientando que, tal atividade era totalmente distinta da que fora
pactuada no momento de sua contratação.

Contudo, devido à alta demanda e o baixo número de colaboradores a reclamada


deixou claro para obreira que ela seria obrigada a realizar todo e qualquer tipo de função bem como
laborar em horário extraordinário o que no decorrer da exordial será explanado.

Assim sendo, de acordo com o princípio da comutatividade o salário deve guardar


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uma medida de equivalência ao trabalho contratado e executado, determinando tal princípio a revisão,
para maior, da prestação salarial sempre que houver, na execução do serviço, alteração substancial nas
funções do trabalho originalmente contratado.

O acúmulo de funções tem como característica a sobrecarga de trabalho e o


desempenho de atribuição que não sejam precípuas à função para a qual foi contratado, como no caso
em tela, considerando que a reclamante além de executar as tarefas atinentes ao seu contrato,
executava de forma cumulativa a função de auxiliar de limpeza fazendo jus ao recebimento de acréscimo
salarial.

As tarefas que fizerem parte da rotina de trabalho presumem-se inseridas no


contrato e na remuneração originalmente ajustados, sendo devido o acréscimo salarial por acúmulo de
função quando há o desempenho, durante a jornada, de tarefas não compreendidas no ajuste inicial e
que tenha exigido da empregada maior esforço, qualificação e responsabilidade.

Logo, se o empregador impõe ao trabalhador o exercício de tarefas alheias ao


contrato, conforme ocorreu no caso em tela, tarefas essas a serem executadas concomitantemente
àquelas originalmente contratadas, caracteriza-se o acúmulo de função.

Nota-se que em razão do acúmulo, a Reclamante se viu obrigada a assumir


responsabilidades superiores às quais fora contratada, devendo, portanto, ser remunerada por esse
acréscimo, por força da natureza sinalagmática inerente aos contratos de trabalhos e a reclamante teve
que desempenhar a função para qual foi contratada e de forma cumulativa se ativar em função distinta.

Patente, a presença dos pressupostos configuradores do acúmulo de função,


fazendo jus a retribuição remuneratória das funções efetivamente exercidas.

Desse modo, resta comprovado que a obreira deixou de realizar somente as


funções para as quais foi contratada passando a acumular atividades inerentes a outros cargos, a fim de
atender às demandas da Reclamada.

Sendo assim, se o empregador impõe a trabalhadora o exercício de funções


cumulativas, que extrapolam àquelas do contrato de trabalho originário, sem qualquer modificação em
seu padrão de remuneração, tal alteração, além de ferir o princípio da comutatividade se mostra ilícita,
reclamando pela aplicação do artigo 468 da CLT.

E por certo ainda, que o ordenamento jurídico veda enriquecimento ilícito do


empregador e o pagamento de diferenças salariais em razão do acúmulo de funções também encontra
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guarida na disposição do artigo 884 do Código Civil, dispositivo que veda o enriquecimento sem causa
como forma de evitar que o empregador contrate um empregado para um conjunto específico de
atividades e, posteriormente, determine o desempenho cumulativo de funções alheias àquelas,
furtando-se, assim, a uma nova contratação.

Vale destacar, as preleções do juslaboralista Renato Sabino Carvalho Filho,


extraídas de julgado do TRT 17ª Região (Página 1788 da Judiciário do Tribunal Regional do Trabalho da
17ª Região (TRT-17) de 21 de Fevereiro de 2019), tecendo relevantes considerações acerca do tema
destacando que "a onerosidade é o sinalagma que forma a equação econômica do contrato de trabalho,
pois o empregado aceita o emprego a partir do momento em que analisa se o valor oferecido como
salário efetivamente corresponde às suas expectativas de retribuição da força de trabalho a ser
dispensada".

Destaca as ponderações de Rodrigo Garcia Schwarz, ao comentar sobre o


"acúmulo de funções", no sentido de que a "equação econômica" do contrato consubstancia, para o
trabalhador, um direito subjetivo, a expressão de equivalência entre as vantagens e os custos da sua
atividade pessoal, que deve ser respeitada como elemento determinante do contrato de trabalho,
intrínseco à sua liberdade para contratar." Portanto, o acúmulo rompe exatamente com o equilíbrio da
relação, ou seja, da denominada por este doutrinador "equação econômica".

Assim, para Carvalho Filho, a delimitação das funções assinaladas ao empregado


faz parte da base objetiva do contrato de trabalho, seguindo a linha do doutrinador alemão Karl Larenz
que analisou as bases do negócio jurídico sob os aspectos subjetivo e objetivo, sustentando a regulação
separada de ambos.

Conclui, assim, com a citação de Karl Larenz no sentido que "a base objetiva se
caracteriza por circunstâncias que vão além do conteúdo do contrato e influenciam diretamente na
formação do vínculo obrigacional. Trata-se de circunstâncias e estado geral de coisas cuja existência ou
inexistência é objetivamente necessária para a manutenção do contrato, segundo a intenção de ambos.
Como resultado, as circunstâncias que influíram na vontade das partes devem ser consideradas na
interpretação dos contratos.

Dessa forma, rompido o equilíbrio do contrato, pela alteração das circunstâncias


da base objetiva, o equilíbrio entre as prestações deve ser restabelecido, evitando o enriquecimento
sem causa do tomador de serviços e a superexploração do trabalhador.

Assim sendo, sempre que restar claro a ocorrência do acúmulo de função, impõe-
se o reconhecimento de que a ausência de contraprestação salarial equivalente viola os princípios da
valorização social do trabalho, da dignidade do trabalhador, o direito ao meio ambiente saudável de
trabalho, o art. 7º, XXX, da Constituição Federal, os princípios da boa fé, da comutatividade e da
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bilateralidade contratuais e aos artigos. 444 e 468 da CLT, 884 do CC, entre outros tantos, com evidente
fraude aos direitos do trabalhador (artigo 9 da CLT) e desrespeito ao princípio constitucional da isonomia
salarial, além de configurar desmedida técnica de exploração do trabalho.

Requer, ainda, respeitosamente, seja analogicamente aplicado ao caso em


debate, com respaldo no artigo 8º da CLT, a Lei do Radialista – Lei nº 6.615/78 -, mais precisamente seu
artigo 13º, que prevê expressamente sobre o acúmulo de função, com a condenação da reclamada, ao
pagamento do acréscimo de 20% na remuneração da obreira, com fito, ainda, de se evitar o seu
enriquecimento ilícito, nos termos do artigo 884 do Código Civil.

DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E REQUERIMENTO DE REALIZAÇÃO DE PERÍCIA


TÉCNICA

Dispõe a Constituição Federal, no artigo 7º, XXII e XXIII, que os riscos inerentes ao
trabalho devem ser reduzidos e que as atividades penosas, insalubres ou perigosas devem ser
remuneradas com adicional.

O artigo 192 da CLT, estabelece ser devido o adicional de insalubridade a todo


trabalhador que exerce função que possa oferecer riscos sua à saúde.

Vale ressaltar que o trabalho insalubre é uma modalidade de agressão à


integridade física e psicológica do trabalhador. Portanto, baseia-se na sua exposição a agentes que
podem afetar ou causar danos à sua saúde e/ou provocar doenças devido as condições em que o
trabalho é prestado.

Neste sentido, o adicional de insalubridade tem por fim “indenizar” o trabalhador


pelos males causados à sua saúde pelo contato continuado com os respectivos agentes agressivos ao
organismo humano e nocivos à saúde.

Neste diapasão, conforme alhures mencionado a obreira durante todo o pacto


contratual laboral, trabalhou em função diversa da que fora contratada se ativando na limpeza das
cozinhas e equipamentos utilizando produtos químicos como: desengordurantes e cloro, que já lhe
causaram alergias e reações fortes.

Informa a reclamante que, mesmo sofrendo com o uso dos produtos nunca foi
lhe fornecido o devido equipamento de proteção individual, de igual modo jamais recebeu a devida
contraprestação pelo labor insalubre, haja vista a exposição aos referidos produtos químicos.

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Ademais, a reclamante executava suas atividades em cozinha industrial que não


é equipada com ar condicionado e o ambiente era extremamente quente, em especial na época do
verão, nunca recebeu adicional de insalubridade por calor e ainda esteve exposta ao choque térmico,
pois ficava transitando entre o salão onde as refeições são servidas - ambiente com ar condicionado - e
a cozinha – ambiente extremamente quente.

Desta forma, durante todo o pacto laboral, esteve exposta de forma habitual ao
choque térmico, razão pela qual, requer condenação da reclamada ao pagamento do adicional de
insalubridade, durante todo o período laborado.

Não obstante, a reclamante também sofreu queimaduras decorrentes do uso de


um forno que precisou utilizar quando estava cobrindo o colaborador que trabalha no período noturno,
salienta-se que nunca recebeu treinamento para a utilização do equipamento e que ao tentar acende-
lo, houve uma explosão devido ao vazamento de gás, o que lhe causou queimaduras nos dois braços.

Ressalta-se que, a reclamante não se utilizava de adequados EPI’s, pois conforme


já mencionado, sequer havia o fornecimento correto e regular pela empregadora, salientando ainda,
que tais equipamentos devem proteger integralmente o trabalhador, sendo capaz de neutralizar
totalmente os agentes nocivos à sua saúde, tais equipamentos, ainda devem estar em conformidade
com as normas do MTE, devendo constar o número do CA (Certificado de Aprovação), para serem
considerados adequados.

No caso em apreço, no tocante as condições insalubres, reportamo-nos às


seguintes normas regulamentadoras: Anexo 11, da NR 15, da Portaria nº 3.214/78, do MTE, bem como
nos termos do Quadro nº 1, Anexo 3, da NR-15.

Para confirmar as alegações da obreira, necessário se faz a realização de perícia


técnica nas dependências da reclamada, conforme preceitua o artigo 195 da CLT, o que desde já,
respeitosamente, se requer.

Por se tratar de verba que deveria ter sido paga de forma habitual, deve refletir e
integrar o salário da reclamante para todos os efeitos legais, inclusive nas verbas rescisórias como Aviso
Prévio (artigo 487, §5º CLT), Horas extras (conforme Súmula 132 do C.TST e OJ 47 da SDI-I), DSR´S, 13º
Salários (Súmula 45 do TST), Férias + 1/3 e do total surta reflexos sobre FGTS e multa fundiária de 40%
e demais verbas rescisórias, consoante a jurisprudência majoritária, Enunciados 45, 63, 94, 151, 172,
291 e 305 do Egrégio T. S. T, Súmula 139 do TST e §5º do artigo 142 da CLT a serem suportadas pela
reclamada.

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DA JORNADA DE TRABALHO E HORAS EXTRAS 50%

A reclamante alega que embora tenha sido contratada para laborar 44 horas
semanais, não tinha um horário fixo, sofrendo ao longo do vínculo empregatício modificações de
jornadas de trabalho.

Esclarece a inicialmente a obreira que, laborou de segunda a sábado das 12:00


horas as 20:20, entretanto por volta de 5 meses todos os dias estendia a sua jornada até às 22:00 horas,
sem qualquer contraprestação.

Alega ainda que entre os meses de julho a agosto de 2022, devido a uma auditoria
realizada na reclamada, teve seu horário modificado, laborando durante um mês (30 dias) das 7:00
horas da manhã até as 22:00 horas, sem qualquer contraprestação, aduzindo ainda que segundo a
reclamada, tal extensão se deu para que se adequassem aos apontamentos da auditoria.

Frisa-se, na jornada citada acima a obreira foi obrigada a se ativar laboralmente


durante absurdas e exaustivas 15 horas diárias ao longo de um mês!

Informa ainda que, a partir do mês de agosto de 2022 até o término do pactuo
contratual, retornou para a jornada das 12:00 as 20:20, porém, sendo obrigada a estender seu horário
laboral por cerca de duas horas em média de 3 vezes por semana, novamente sem receber qualquer
valor pela extrapolação da jornada de trabalho.

Referidas alegações serão devidamente comprovadas com as provas documentais


e testemunhais a serem oportunamente produzidas.

Neste sentido, tais horários afrontam o disposto no artigo 58 da CLT e artigo 7º,
XIII, da CF/88, os quais deixam claro que a duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer
atividade privada, não excederá de oito horas diárias e quarenta e quatro semanais.

Desta maneira, o artigo 59, parágrafo 1º, da CLT combinado com o artigo 7º, XVI
da CF, estabelece remuneração, no mínimo, 50% superior à hora normal.

Assim sendo, é notório que a reclamante laborou no período contratual horas


extraordinárias a quem das que fora contratada e que não foram pagas, as quais desde já requer o seu
pagamento, e estas, por serem habituais, geram reflexos que deverão incidir nas verbas contratuais (13º
salário, férias + 1/3, DSR’s e FGTS) e rescisórias (aviso prévio, saldo de salário, 13º salário proporcional,
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férias proporcionais + 1/3 e multa de 40% sobre o FGTS) demais verbas, consoante sumulas 45, 63, 172,
291 e 305 do Colendo T. S. T. e nos termos do artigo 457 da CLT.

DO INTERVALO INTRAJORNADA

Conforme mencionado na jornada de trabalho, a obreira foi contratada pela


reclamada para laborar inicialmente das 12 horas as 20:20 com uma hora de intervalo, e durante certo
período das 07:00 as 22:00 com uma hora de intervalo.

Ocorre Excelência que, a Reclamante JAMAIS conseguiu realizar a merecida pausa


para descanso e refeição, apenas lanchava rapidamente, cerca de 20 minutos, sem sequer sair do
ambiente de trabalho, apenas se alimentava e já retomava as atividades, isso devido à grande demanda
de serviços para o número insuficiente de colaboradores, caso parrassem para tirar o horário de almoço
de forma correta não conseguiriam terminar todas as tarefas e só podia ir embora com todo o serviço
finalizado, sob pena de punições, impedindo a obreira assim de gozar de seu horário de almoço.

Esclarece a obreira que, a reclamada sempre teve ciência de que não havia fruição
do horário para refeição e descanso e atribuía tal situação as colaboradoras, dizendo que se fossem mais
eficientes poderiam usufruir do horário para almoço, a mesma justificativa era dada em relação ao
inadimplemento das horas extras realizadas, atrelando o não pagamento devido a ineficiência delas,
todavia a demanda de serviços era muito grande e muitas vezes não era possível finalizar toda a
demanda dentro do horário contratual.

Referidas alegações comprovar-se-ão com as provas testemunhais a serem


produzidas oportunamente.

Nos termos do artigo 71, caput da CLT, é obrigatório a concessão de intervalo para
repouso e alimentação de no mínimo uma hora para todo e qualquer trabalho continuo que exceda de
06 (seis) horas.

Desta maneira, embasado no quanto disposto no artigo 71, § 4º da CLT, requer o


pagamento de horas extras com adicional de 50% (cinquenta por cento) pela supressão do intervalo
intrajornada.

Por tratar-se de horas habituais, estas devem integrar o salário para todos os
efeitos legais e refletir nas verbas rescisórias, DSR´S, 13º Salários, Férias + 1/3, FGTS e 40%, consoantes
Enunciados 45, 63, 172, 291 e 305 do Colendo T. S. T. e nos termos do artigo 457 da CLT. As diferenças
somente poderão ser apuradas em liquidação de sentença, conforme já exposto, requerendo a a
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aplicação supletiva dos artigos 324 (§ 1º, incisos II e III) e do artigo 491, II, do Código de Ritos c/c os
artigos 8º §1º e 879 §2º da CLT.

DO INTERVALO INTERJORNADA

Inicialmente, transcrevemos o entendimento insculpido no artigo 66 da CLT, o


qual estabelece que “Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas
consecutivas para descanso”.

De igual modo o C. TST esclarece os efeitos pela inobservância da concessão do


intervalo mínimo de 11 horas entre uma jornada e outra através da OJ 355 da SDI-1 que passo dispor:

OJ 355 DA SDI-1 – Intervalo Interjornadas. Inobservância. Horas Extras. Período pago


como sobrejornada. Art. 66 da CLT. Aplicação analógica do § 4º do art. 71 da CLT.

O desrespeito ao intervalo mínimo interjornadas previsto no art. 66 da CLT acarreta, por


analogia, os mesmos efeitos previstos no § 4º do art. 71 da CLT e na Súmula 110 do TST,
devendo-se pagar a integralidade das horas que foram subtraídas do intervalo, acrescidas
do respectivo adicional.

Nesta senda, conforme já suscitado anteriormente, a reclamante no período


entre julho a agosto de 2022 laborou a jornada diária de em média 15 (quinze) horas por dia, o que
ocorria cerca de 6 vezes por semana, fato que se deu durante um mês (30 dias), não gozando, portanto,
do legal e indispensável intervalo interjornadas previsto no dispositivo supra.

Deste modo, devem ser contabilizadas as horas não gozadas (2 horas por dia)
como sendo horas extras, fazendo jus o reclamante ao pagamento das horas suprimidas pelo intervalo
interjornadas. E, por se tratarem de horas habituais, requer sejam os reflexos acrescidos nas verbas
contratuais (saldo de salário, 13º salário, férias + 1/3, DSR e FGTS) e rescisórias (aviso prévio, saldo de
salário, 13º proporcional, férias proporcionais + 1/3 e multa de 40% sobre o FGTS), consoantes Enunciados
45, 63, 172, 291 e 305 do Colendo T. S. T. e nos termos do artigo 457 da CLT.

DO ADICIONAL NOTURNO

Relata a obreira ter laborado em período noturno das 22:00 as 06:00 por cerca de
30 dias ao longo do contrato de trabalho, para cobrir a ausência de outro colaborador da reclamada que
era responsável pela ceia, contudo, sem receber o indispensável adicional noturno.

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Sendo assim, referidas horas devem ser acrescidas do adicional noturno de 20%
(vinte por cento), nos termos do artigo 73, caput da CLT, bem como contabilizadas de forma reduzida,
entendendo-se assim a hora cheia a cada 00:52:30, conforme artigo 73, § 1º, do mesmo diploma legal
e que seja observado a prorrogação do horário noturno conforme preconiza a Súmula 60 do TST.

Vale ressaltar, que deve ser observado a extensão do horário noturno, ou seja,
aquele sequenciado após as 05h da manhã, desta forma seguindo o entendimento consubstanciado na
súmula 60 do TST, haja vista que a obreira em tais dias efetivamente iniciava suas atividades laborativas
as 22h.

Neste passo, segue o § 5º do art. 73 da CLT e a Súmula 60, II do TST, que assim
especifico:

Art. 73 da CLT. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinquenal, o trabalho


noturno terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá
um acréscimo de vinte por cento, pelo menos, sobre a hora diurna.

§ 5º As prorrogações do trabalho noturno aplica-se o disposto neste capitulo

Súmula 60, II do TST. - Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada


está, devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º,
da CLT.
(GRIFAMOS)

Desta feita, requer-se a obreia o devido pagamento do adicional noturno nos dias
laborados no período acima mencionado e tendo em vista a habitualidade do caso em tela requer-se a
integração junto ao salário da obreira para todos os efeitos, conforme manda a Súmula 60 do TST, ou
seja, que reflita em todas as verbas contratuais e rescisórias é o que se requer.

DO PPP E DO LTCA

A reclamante pleiteia pelo pagamento do adicional de insalubridade nos termos


do artigo 192 da CLT, sobrevindo condenação neste - sentido, requer-se seja compelida a reclamada a
expedir o formulário denominado “Perfil Profissiográfico Previdenciário” – PPP, bem como o LTCAT –
“Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho”, vez que o § 4º, artigo 58, da Lei 8.213/1991 e o
artigo 178 da Instrução Normativa INSS/DC nº 11 de 20/09/2006 obrigam o empregador a fornecer
referidos documentos ao empregado que trabalha em condições insalubres.

Em tais documentos devem conter todas as informações relativas à reclamante


(atividade exercida, o agente nocivo a que era exposto, a intensidade e a concentração do agente,
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exames médicos clínicos, os dados referentes à empresa referente todo o contrato de trabalho, etc),
visando o direito à revisão da aposentadoria para benefício especial, fixando-se data para tal fim e multa
astreintes não inferior a R$ 500,00, para cada documento, para o caso de descumprimento de cada
obrigação de fazer, devidas até o efetivo cumprimento de cada uma das duas obrigações, a teor dos
artigos 498, 536, 537 e 814 do Código de Processo Civil, a ser revertida em favor do trabalhador, sem a
incidência da limitação do artigo 412 do Código Civil, pois a multa para efetivação da tutela jurisdicional
não deve ser confundida com cláusula penal fixada em contratos bilaterais.

DO DANO MORAL

Todas as irregularidades acima apontadas “per si” já são suficientes para justificar
o pleito em epígrafe, tanto é que, o sofrimento suportado pela Reclamante ultrapassa os limites do
aceitável, uma vez que, a obreira no desempenhar das atividades distintas da que foi contratada, de
forma coibida conforme relato anterior, passou a desempenhar as funções de limpeza, o que lhe causou
graves problemas na coluna/lombar eis que tal serviço era extremamente pesado.

A reclamada mesmo ciente das crises agudas de dores da reclamante, haja vista
os atestados médicos apresentados pela obreira, passou a destinar de forma discriminatória as
atividades de limpeza para que a reclamante executa-se sozinha, nitidamente com a intenção de
pressiona-la a desistir do emprego.

Como não bastasse todo o alegado, relata a obreira que diante as crises extremas
de dores na coluna, passou a ser perseguida, em especial pela Sra. Nataly, que a tratava de forma
agressiva e com tratamentos abusivos, a fazendo executar atividades humilhantes e que não guardavam
relação com as atividades do seu cargo, expondo a reclamante a situações constrangedoras, como por
exemplo ficar agachada limpando o chão justamente nos momentos em que os colaboradores da fábrica
estavam se servindo para almoçar, tal situação ocorria na frente deles e a referida supervisora tirava
fotografias da reclamante nessas ocasiões, o que lhe causava ainda mais constrangimentos. E ao indagar
a supervisora sobre as fotografias sem a sua autorização, ela dizia se tratar de protocolo da empresa e
que tinha que apresentar tais imagens para sua superior.

Frisa-se, a Reclamante sempre foi uma excelente empregada na constância do


contrato de trabalho e sempre cumpridora de suas tarefas com responsabilidade e presteza.

Assim sendo, em razão do descaso e negligência da reclamada, trouxe a


Reclamante vários transtornos de ordem emocional e psicológica.

Destarte, as irregularidades são inúmeras e, não obstante aos absurdos acima


mencionados, a obreira buscou amigavelmente resolver a questão, porém, conforme já exposto, foi
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completamente desprezada pela reclamada, estando veementemente claro que a mesma teve sua
dignidade resumida, direito este tutelado por esta justiça especializada previstos, no artigo 223 – C da
CLT.

Nesta senda, devido à inércia e desprezo da reclamada, não restou alternativa a


reclamante, senão a propositura da presente demanda, uma vez que a reclamada jamais teria intenção
de regularizar tais fatos.

Todavia, a reclamada sequer se esforçou para sanar os vícios e retaliações


causados a obreira, fato que evidencia que jamais houve intenção de regularizar a condição contratual
da reclamante, tampouco em atenuar os danos psicológicos e emocionais que dolosamente lhe causou,
não cumprindo, portanto, o descrito inciso IX do artigo 223 – G da CLT.

Assim, em consonância com o quanto exposto, a fim de coibir referidas práticas,


requer seja arbitrado à condenação a título de dano moral no disposto no artigo 223–G, §1º, inciso II da
CLT, a saber, até 5 (cinco) vezes o último salário contratual do ofendido.

DOS HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS

Requer-se a condenação da reclamada ao pagamento de honorários advocatícios


sucumbenciais de 15% sobre o valor da liquidação de sentença, do proveito econômico ou sobre o valor
atualizado da causa (o que resultar em maior valor), sem a dedução dos encargos fiscais e
previdenciários, nos termos do artigo 791-A, da Lei n. 13.467/17.

DOS JUROS DE MORA

Conforme prevê o artigo 406 do Código Civil Brasileiro: “Art. 406. Quando os juros
moratórios não forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de
determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de
impostos devidos à Fazenda Nacional.”

O artigo 407 do mesmo diploma prevê: “Ainda que se não alegue prejuízo, é
obrigado o devedor aos juros de mora que se contarão assim às dívidas em dinheiro, como às prestações
de outra natureza, uma vez que lhes esteja fixado o valor pecuniário por sentença judicial, arbitramento,
ou acordo entre as partes.”

Aplicáveis tais dispositivos ao direito do trabalho, por força do


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artigo 8 º da CLT.

Devendo os juros de mora serem calculados com base na taxa SELIC ou outra que
a substitua na remuneração dos impostos devidos à Fazenda Nacional. De qualquer forma, faz jus a
autora a juros de mora qualquer que seja o parâmetro adotado, devendo ainda ser observado o artigo
883 da CLT.

DA CORREÇÃO MONETÁRIA

No tocante a correção monetária, requer seja fixado aplicando-se o índice mais


favorável a obreira, com aplicabilidade dos desdobramentos do princípio da proteção e observância da
norma mais favorável a obreira, devendo ser observado a situação de desigualdade existe com aplicação
do artigo 883 da CLT.

Pugnando a reclamante pela correção monetária dos débitos devidos utilizando-


se do índice IPCA-E e não da TRD.

E caso o respeitável julgador se valha do quanto decidido nos autos das ADC’s 58
e 59, aplicando a Selic na fase processual, invoca a obreira pela aplicação do artigo 404 do Código Civil
c/c artigo 8º da CLT, a fim de lhe assegurar a teoria da restituição integral, devendo a reclamada ser
condenada a indenizar a parte suplementar da diferença havida entre o cálculo da SELIC e os juros e
correção monetária, em analogia ao quanto decidido nos autos do processo nº 0011734-
27.2019.5.15.0102:

“(...)

Em 18/12/2020, Plenário do C. STF terminou por deliberar, em definitivo, sobre o tema


da atualização monetária dos créditos trabalhistas, repulsando a lógica subjacente às
decisões anteriormente prolatadas nas ADIs 4.425 e 4.357 e no RE 870.947 (com
repercussão geral). Assim, ao julgar as ADCs 58 e 59 e as ADIs 5.867 e 6.021, o Excelso
Pretório decidiu, por maioria, manter formalmente a declaração de inconstitucionalidade
da Taxa Referencial (TR), mas julgar parcialmente procedentes as ações, conferindo
interpretação conforme à Constituição ao art. 879, § 7º, e ao art. 899, § 4º, da CLT, na
redação dada pela Lei 13.467 de 2017, no sentido de considerar a Selic (art. 406 do
Código Civil) como fator de correção adequado, até que sobrevenha nova solução
legislativa, respeitadas as situações já consolidadas pelo trânsito em julgado. (...)”.

Merece, assim, o feito ser devidamente corrigido de modo a suportar as perdas


inflacionárias, pois os créditos trabalhistas não só devem ser submetidos à correção monetária, como
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essa correção deve ser apta a preservar o bem da vida pretendido pela reclamante.

Isso significa dizer que deve proporcionar a mesma transformação em sua vida
que poderia proporcionar no início do processo; quando da violação do direito. Qualquer índice de
correção utilizado deve ser apto a de fato conservar o poder econômico refletido no crédito.

Tal conclusão decorre, por um lado, do direito de propriedade (artigo 5º, XXII, da
CF), já que a ausência de correção adequada à propriedade do demandante significa sua redução. De
outro, do direito de acesso à Justiça (artigo 5º, XXXV, da CF), uma vez que tal garantia implica o acesso
à ordem jurídica justa.

DA APLICAÇÃO DA O.J. 400 SDI-I DO TST E TEMA 808 DO STF

Ante ao estabelecido pela OJ. 400, da SDI-I do C. TST, uma vez julgada procedente
a presente Reclamação Trabalhista, requer seja excluído da base de cálculo da apuração do Imposto de
Renda, os juros de mora, decorrentes do não pagamento das verbas devidas no decorrer do pacto
laboral e devidas em razão da procedência da ação.

Frise-se, deverá ser observada a OJ 400, da SDI-I, do C. TST, que assim dispõe:

“OJ-SDI1-400.IMPOSTO DE RENDA. BASE DE CÁLCULO. JUROS DE MORA. NÃO


INTEGRAÇÃO. ART. 404 DO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO. (DEJT divulgado em 02, 03 e
04.08.2010)

Ademais, deve prevalecer a decisão exarada em sede de julgamento em


repercussão geral – tema 808 do STF, que estabelece:

“Tema 808 - Incidência de imposto de renda sobre juros de mora


recebidos por pessoa física.

Relator(a):
MIN. DIAS TOFFOLI

Leading Case:
RE 855091

Descrição:
Recurso extraordinário em que se discute, à luz dos arts. 97 e 153, III, da Constituição
Federal, a constitucionalidade dos arts. 3º, § 1º, da Lei 7.713/1988 e 43, II, § 1º, do Código Tributário Nacional,

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de modo a definir a incidência, ou não, de imposto de renda sobre os juros moratórios recebidos por pessoa física.

Tese:
Não incide imposto de renda sobre os juros de mora devidos pelo atraso no pagamento
de remuneração por exercício de emprego, cargo ou função.” Destaques.

(https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=4677992&numeroProcesso=85
5091&classeProcesso=RE&numeroTema=808

DOS PEDIDOS

Assim, requer e aguarda a reclamante, sejam acolhidos os pedidos que ensejam a


presente ação, elencados abaixo:

1) Seja a presente, recebida, processada e julgada a procedência de todos os pedidos;

2) Concessão dos benefícios da gratuidade da justiça, por ser pessoa pobre no conceito jurídico da palavra,
consoante declaração em anexo, nos moldes do § 3 do artigo 790 da CLT e artigo 5º inciso LXXIV da CF, abrangendo
custas, despesas processuais e honorários;

3) Julgamento em consonância com entendimento do STF na ADI 5766;

4) A aplicação do parágrafo único do artigo 86 do Código de Processo Civil;

5) Condenação de diferenças de verbas rescisórias, conforme fundamentação, no importe de R$ 4.671,03

6) Pagamento por acumulo de função conforme fundamentação, no importe de R$ 4.128,48

 Reflexos de acumulo de função em 13º salários, no importe de R$ 344,04


 Reflexos de acumulo de função em férias + 1/3, no importe de R$ 461,01
 Reflexos de acumulo de função em aviso prévio, no importe de R$ 333,84
 Reflexos de acumulo de função em FGTS, no importe de R$ 357,83
 Reflexos de acumulo de função em multa de 40% sobre o FGTS, no importe de R$ 143,09
 Reflexos de acumulo de função em horas extras acima da 44ª e reflexos (DSR’s, 13º salário, férias + 1/3, FGTS
+ 40%), no importe de R$ 2.932,30
 Reflexos de acumulo de função em horas extras intervalo intrajornada e reflexos (DSR’s, 13º salário, férias +
1/3, FGTS + 40%), no importe de R$ 902,74
 Reflexos de acumulo de função em horas extras intervalo interjornada e reflexos (DSR’s, 13º salário, férias +
1/3, FGTS + 40%), no importe de R$ 881,54
 Reflexos de acumulo de função em adicional noturno e reflexos (DSR’s, 13º salário, férias + 1/3, FGTS + 40%),
no importe de R$ 124,46

7) Pagamento adicional de insalubridade em grau máximo 40%, conforme fundamentação no importe de R$


6.067,36
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 Reflexos de adicional de insalubridade em 13º salários, no importe de R$ 505,61


 Reflexos de adicional de insalubridade em férias + 1/3, no importe de R$ 677,52
 Reflexos de adicional de insalubridade em aviso prévio, no importe de R$ 520,80
 Reflexos de adicional de insalubridade em FGTS, no importe de R$ 525,80
 Reflexos de adicional de insalubridade em multa de 40% sobre o FGTS, no importe de R$ 210,29
 Reflexos de adicional de insalubridade em horas extras acima da 44ª e reflexos (DSR’s, 13º salário, férias +
1/3, FGTS + 40%), no importe de R$ 5.054,31
 Reflexos de adicional de insalubridade em horas extras intervalo intrajornada e reflexos (DSR’s, 13º salário,
férias + 1/3, FGTS + 40%), no importe de R$ 1.555,94
 Reflexos de adicional de insalubridade em horas extras intervalo interjornada e reflexos (DSR’s, 13º salário,
férias + 1/3, FGTS + 40%), no importe de R$ 1.519,52
 Reflexos de adicional de insalubridade em adicional noturno e reflexos (DSR’s, 13º salário, férias + 1/3, FGTS
+ 40%), no importe de R$ 214,49

8) Pagamento de horas extras acima da 44ª, conforme fundamentação no importe de R$ 8,683.51

 Reflexos de horas extras em DSR’s, no importe de R$ 1.616,91


 Reflexos de horas extras e DSR’s em 13º salários, no importe de R$ 858,37
 Reflexos de horas extras e DSR’s em férias + 1/3, no importe de R$ 1.150,21
 Reflexos de horas extras e DSR’s em aviso prévio, no importe de R$ 858,37
 Reflexos de horas extras e DSR’s em FGTS, no importe de R$ 1.053,41
 Reflexos de horas extras e DSR’s em multa de 40% sobre o FGTS, no importe de R$ 421,35

9) Pagamento de horas extras intrajornada, conforme fundamentação no importe de R$ 2.652,12

 Reflexos de horas extras intrajornada em DSR’s, no importe de R$ 518,85


 Reflexos de horas extras intrajornada e DSR’s em 13º salários, no importe de R$ 264,24
 Reflexos de horas extras intrajornada e DSR’s em férias + 1/3, no importe de R$ 354,09
 Reflexos de horas extras intrajornada e DSR’s em aviso prévio, no importe de R$ 264,25
 Reflexos de horas extras intrajornada e DSR’s em FGTS, no importe de R$ 324,28
 Reflexos de horas extras intrajornada e DSR’s em multa de 40% sobre o FGTS, no importe de R$ 129,72

10) Pagamento de horas extras interjornada, conforme fundamentação no importe de R$ 2.573,01

 Reflexos de horas extras interjornada em DSR’s, no importe de R$ 523,71


 Reflexos de horas extras interjornada e DSR’s em 13º salários, no importe de R$ 258,06
 Reflexos de horas extras interjornada e DSR’s em férias + 1/3, no importe de R$ 345,80
 Reflexos de horas extras interjornada e DSR’s em aviso prévio, no importe de R$ 258,06
 Reflexos de horas extras interjornada e DSR’s em FGTS, no importe de R$ 316,69
 Reflexos de horas extras interjornada e DSR’s em multa de 40% sobre o FGTS, no importe de R$ 126,68

11) Pagamento de adicional noturno, conforme fundamentação no importe de R$ 364,32

 Reflexos de adicional noturno em DSR’s, no importe de R$ 72,86


 Reflexos de adicional noturno e DSR’s em 13º salários, no importe de R$ 36,43
 Reflexos de adicional noturno e DSR’s em férias + 1/3, no importe de R$ 48,82
 Reflexos de adicional noturno e DSR’s em aviso prévio, no importe de R$ 36,43
 Reflexos de adicional noturno e DSR’s em FGTS, no importe de R$ 44,70
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 Reflexos de adicional noturno e DSR’s em multa de 40% sobre o FGTS, no importe de R$ 17,88

12) Condenação em danos morais, no importe de R$ 8.345,95;

13) Condenação em honorários sucumbenciais, a favor das patronas da reclamante, em 15%, nos termos do artigo
791-A da CLT, no importe de R$ 9.469,73

14) Condenação em juros de mora, nos termos dos artigos 883 da CLT c/c 404 e 407 do CC;

15) Seja fixado índice de correção monetária em fase de liquidação, aplicando-se o índice mais favorável a obreira,
com observância dos desdobramentos do princípio da proteção, devendo ser aplicada a norma mais favorável a
reclamante, correspondente à época do efetivo pagamento, com aplicação do artigo 883 da CLT e artigo 404 do CPC.

16) Aplicação da OJ 400 do TST e do Tema 808 do STF

17) Requer a apuração dos valores em regular liquidação de sentença, observando os termos do art.789 da CLT,
aplicando-se juros e correção nos termos da lei, não configurando limitação de valores aqueles lançados na exordial. É
certo que os valores estimados em alguns pedidos, bem como a alçada para eventuais recursos não representa
limitação aos pedidos veiculados na presente, o reclamante seguir o que determina o §1º do artigo 840 da CLT, quando
determina que a parte deve indicar o valor dos pedidos.

De todo exposto, requer a reclamante, respeitosamente, digne-se Vossa


Excelência, determinar a citação das reclamadas, para que, querendo, contestem a presente
reclamatória, ou sofram os efeitos da revelia, instruindo suas defesas com todos os documentos
necessários ao deslinde da causa, acompanhando o feito até sentença final, quando deverá ser julgada
totalmente PROCEDENTE a Reclamatória, condenando-as nos pedidos supracitados.

Requer-se, outrossim, provar o alegado, por todos os meios de provas em direito


admitidos, especialmente, pela juntada dos documentos que instruem a presente; pelo depoimento
pessoal do representante legal da reclamada; oitiva de testemunhas; perícias e o que mais se fizer
necessário ao deslinde da presente ação, sem exclusão.

Atribui-se à causa o valor de R$ 72.601,29 (setenta e dois mil, seiscentos e um reais


e vinte e nove centavos).

Nestes termos, pede deferimento.

Mogi das Cruzes, 27 de junho de 2023.

p.p.

Verônica Pessôa Ohara

OAB/SP 435.226
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