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JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃO
4ª Câmara
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
Em 01/02/2022, a 4ª Câmara (Segunda Turma) do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região julgou o presente processo em
sessão virtual, conforme disposto na Portaria Conjunta GP-VPA-VPJ-CR nº 03/2020 deste E. TRT, e no art. 6º, da Resolução
13/2020, do CNJ.
Presidiu o julgamento a Exma. Sra. Desembargadora do Trabalho LARISSA CAROTTA MARTINS DA SILVA SCARABELIM
Tomaram parte no julgamento os Exmos. Srs. Magistrados
Relator: Desembargador do Trabalho DAGOBERTO NISHINA DE AZEVEDO
Juiz do Trabalho CARLOS EDUARDO OLIVEIRA DIAS
Desembargadora do Trabalho LARISSA CAROTTA MARTINS DA SILVA SCARABELIM
Em férias, o Exmo. Sr. Desembargador Manoel Carlos Toledo Filho, substituído pelo Exmo. Sr. Juiz Carlos Eduardo Oliveira Dias.
Votação por maioria, vencido o Exmo. Sr. Desembargador Dagoberto Nishina de Azevedo que provia o recurso interposto por
COMPANHIA DE PROCESSAMENTO DE DADOS DO ESTADO DE SÃO PAULO - PRODESP para absolvê-la da
responsabilidade subsidiária que lhes foi atribuída e, contra si, julgar improcedente a ação, pelos seguintes fundamentos:
"O entendimento dominante tendente a reconhecer a responsabilidade subsidiária do órgão da administração pública terceirizante, em
conformidade com o enunciado da Súmula 331/TST, baliza-se na ausência de fiscalização das obrigações da contratada, conforme Tese
de Repercussão Geral nº 246:
'O inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere automaticamente ao Poder Público contratante
a responsabilidade pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93'.
O caso sub examine não permite a conclusão de omissão do tomador de serviços em relação à empresa terceirizada, inexistindo prova
inequívoca da culpa in vigilando, verifica-se que a condenação primígena circunscreveu-se basicamente a direitos rescisórios, ou seja,
afetas ao momento da rescisão contratual ou reconhecidas em momento posterior ao término do contrato de trabalho, não podendo ser
configurada ausência sistemática de fiscalização, condição precípua para o decreto da responsabilidade, como assenta a Subseção I
Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1), o órgão revisor das decisões das Turmas e unificador da jurisprudência do Tribunal
Superior do Trabalho."