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FACULDADE DO GUARUJÁ

HÉLIO DE ALMEIDA JUNIOR

ESTUDO DIRIGIDO DE PROCESSO DO TRABALHO

Guarujá

2020
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FACULDADE DO GUARUJÁ

HÉLIO DE ALMEIDA JUNIOR

ESTUDO DIRIGIDO DE PROCESSO DO TRABALHO

O rito ordinário do processo do trabalho

E suas mudanças e sobre a reposta do réu

Á luz do novo CPC/2017

Guarujá

2020
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ALTERAÇÕES NO RITO ORDINÁRIO DO PROCESSO DO TRABALHO


APÓS A REFORMA TRABALHISTA DE 2017.

A Lei n˚ 13.467/2017 (Reforma Trabalhista), ocasionou várias alterações na


CLT, tanto no que diz respeito ao Direito Material quanto ao Direito Processual do
Trabalho.

No que se refere ao Direito Processual do Trabalho, a reforma trabalhista trouxe


algumas alterações no rito ordinário também chamado de rito comum.

O rito ordinário é usado quando o valor da causa for acima de quarenta salários
mínimos.

Sendo utilizado para questões de maior complexidade esse procedimento


permite um conhecimento mais pormenorizado do caso concreto.

No rito ordinário a citação poderá ser feita através de edital, há ainda a


possibilidade de demandar contra os entes da Administração Pública Direta.

1- O PEDIDO DEVE SER LIQUIDADO NA EXORDIAL

Entre as mudanças, o artigo 840 e seguintes da CLT é um dos exemplos que


diga-se de passagem trouxe bastante polêmica nos tribunais, ao pedir a
indicação de valores dos pedidos pleiteados na inicial.

Vale inicialmente vermos o referido artigo na sua íntegra, in verbis, após


redação dada pela reforma trabalhista ( lei 13.467/2017 )

Art. 840 – A reclamação poderá ser escrita ou verbal.

§ 1º Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a


qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o
pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a
assinatura do reclamante ou de seu representante.
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§2º Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em duas vias datadas e


assinadas pelo escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no § 1o
deste artigo.

§ 3º Os pedidos que não atendam ao disposto no § 1º deste artigo serão


julgados extintos sem resolução do mérito.

Nesse sentido, a necessidade do pedido ser certo e determinado antes


presente no rito sumaríssimo do processo do trabalho, agora passou a ser exigido
também no rito ordinário, permitindo ao magistrado caso não esteja a exordial
devidamente liquidada, a extinção do processo sem resolução do mérito.

Segundo esse entendimento, o juiz do Trabalho Daniel Ferreira Brito, em


atuação na 1ª vara de Leopoldo/MG, julgou extinto sem resolução de mérito um
processo em que trabalhador pretendia receber direitos supostamente descumpridos
por uma empresa de mineração.

Ao analisar a petição inicial o juiz verificou a ausência do requisito da liquidação


do pedido ao demandar sobre o pagamento de horas extras decorrentes da supressão
do intervalo intrajornada, portanto, violado o art. 840 parágrafo I da CLT conforme
vemos:

"A breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá
ser certo, determinado e com indicação de seu valor, sob pena de extinção sem
resolução do mérito."

Dessa forma nos termos do artigo 485 parágrafo IV do CPC, julgou o


magistrado extinto o processo sem a resolução do mérito.

Aos que desejarem ver na íntegra o processo segue seu numero para consulta
na rede mundial de. computadores: Processo: 0010041-08.2018.5.03.0092.

Entretanto esse entendimento não é unânime nos tribunais.

Há os que defendem que a imediata extinção do processo diferentemente do


que se vê no art. 321 do CPC/2015 que, em observância ao princípio da primazia do
exame do mérito, prescreve que ao verificar que a petição inicial não preenche os
requisitos ou que apresenta defeitos capazes de dificultar o julgamento de mérito,
deve conceder prazo para emenda, indicando com precisão o que deve ser corrigido
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ou completado, torna oneroso á reclamante o seu direito de pleitear o seu direito ao


exigir desta um conhecimento técnico que na maioria das vezes exige a atuação de
um profissional qualificado para o exercício dos cálculos.

2- CONTAGEM DOS PRAZOS EM DIAS ÚTEIS

Na redação anterior tínhamos:

“ Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título serão contam-se com exclusão
do dia do começo e inclusão do dia do vencimento, e são contínuos e irreleváveis,
podendo, entretanto, ser prorrogados pelo tempo estritamente necessário pelo juiz ou
tribunal, ou em virtude de força maior, devidamente comprovada. (Redação dada pelo
Decreto-lei n. 8.737, de 19.1.1946)

Parágrafo único. Os prazos que se vencerem em sábado, domingo ou dia


feriado, terminarão no primeiro dia útil seguinte. ( Redação dada pelo Decreto-lei
8.737, de 19.1.1946)”

Na redação da Lei 13.467/2017 temos :

“ Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em dias úteis,
com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento. (Redação dada pelo
Decreto-lei n. 13.467, de 2017)

§ 1. Os prazos podem ser prorrogados, pelo tempo estritamente necessário,


nas seguintes hipóteses: ( incluído dada pela Lei n. 13.467, de 2017).

I – quando o juízo entender necessário; (incluído dada pela Lei 13.467, de


2017)

II – em virtude de força maior, devidamente comprovada. ( incluído dada pela


Lei n 13.467, de 2017)

§2. Ao juízo incumbe dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de


produção dos meios de prova, adequando-os ás necessidades do conflito de modo a
conferir maior efetividade à tutela do direito. (Incluído dada Lei n. 13.467, de 2017)”

No afã de uniformizar a esfera processual trabalhista e a processual civil,


importou o processo do trabalho a regra da contagem dos prazos em dias úteis do
Código de Processo Civil de 2015.
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Entretanto quando o magistrado julgar necessário para que seja efetivada a


tutela do direito, é possível a dilação dos prazos, e nesse mesmo entendimento
também é possível a inversão da ordem na produção de provas.

3- DAS CUSTAS PROCESSUAIS

Antes da reforma o artigo 789 da CLT estabelecia um valor mínimo ás custas


processuais de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos), porém após a
reforma foi estipulado também um valor máximo de até quatro vezes o maior benefício
do Regime Geral de Previdência Social (art. 789, CLT).

No que tange ao depósito recursal também houve mudanças significativas.

A partir da Reforma as empresas em processo de recuperação judicial bem


como as entidades filantrópicas estão dispensadas do recolhimento do depósito
recursal.

Outrossim, conforme o art. 899, § § 9º e 10º, o valor a ser recolhido pelas


entidades sem fins lucrativos, empregadores domésticos, microempreendedores
individuais, microempresas e empresas de pequeno porte, foi reduzido pela metade e
também conforme o §11 do art. 899 o depósito poderá ser realizado mediante fiança
bancária ou seguro garantia judicial.

Além disso, o beneficiário da justiça gratuita terá que arcar com o pagamento
das custas processuais na hipótese de ausência à audiência inaugural, conforme
redação conferida ao §2º ao art. 844 da CLT. No entanto não será devido o
pagamento, caso comprovado, no prazo de até quinze dias, que a ausência se deu
por razões que podem ser legalmente justificáveis.

Dentro do assunto, houve também mudanças no instituto da justiça gratuita.

Antes da reforma bastava ao reclamante para que fizesse jus à gratuidade da


justiça, independente de qual fosse seu salário, mera declaração de hipossuficiência
onde o mesmo afirmava não ter condições de arcar com as custas judiciais sem
prejuízo do seu próprio sustento e de sua família.

Com o advento da Reforma essa declaração precisa ser comprovada, conforme


reza o artigo 790 § 4 da CLT.. No entanto não será sempre necessária tal
comprovação.
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A exceção para a comprovação de acordo com art. 790 §3 da CLT se dará


quando o reclamante perceber um salário inferior a quarenta por cento do RGPS
(Regime Geral da Previdência Social). Unicamente nessa hipótese não necessitará o
reclamante comprovar sua situação de miserabilidade.

Absteve-se o legislador de normatizar a maneira como deverá ser feita essa


declaração. Isso fará com que a doutrina se pronuncie com mais acuidade sobre o
assunto.

Alguns já se manifestaram no sentido de que se há omissão por parte do


legislador no que concerne à forma, deverá ser aplicado subsidiariamente o CPC cujo
artigo 99 prevê que o próprio advogado pode fazer a declaração de hipossuficiência
da parte a qual está patrocinando.

No que se refere aos honorários periciais o legislador previu expressamente no


art. 790 b § 4 da CLT, o reclamante sucumbente na perícia apenas não pagará os
honorários periciais se não tiver dinheiro para receber nesse processo ou em outro,
ocasião em que as custas serão custeadas pela União.

Ainda sobre honorários periciais, na Reforma Trabalhista o legislador previu a


possibilidade de se fazer o parcelamento dos honorários periciais que será definido
pelo magistrado.

Há ainda que se acrescentar que não poderá mais o juiz determinar a


antecipação do pagamento de honorários periciais.

Como é sabido que a Reforma trouxe a novidade dos honorários


sucumbenciais no processo trabalhista, o que não existia antes. Nesse contexto se
agora o reclamante perder a ação ,terá que pagar à outra parte os honorários
sucumbenciais. Entretanto, se porventura ele não tiver créditos a receber naquele
processo, a exigibilidade desse crédito poderá ficar suspenda por dois anos.

Se decorrido esses dois anos não for comprovado pelo advogado que a
situação financeira do reclamante foi alterada, perderá então a parte o direito de exigir
esse crédito, ou seja, o advogado agora terá dois anos para demonstrar que o
reclamante agora tem condições de pagar os seus honorários
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LITIGANCIA DE MÁ FÉ

A Lei n. 13.467 de 2017 ( Reforma Trabalhista) inaugurou na CLT, através dos


artigos 793 A e seguintes o instituto da litigância de má fé.

Na prática o instituto já existia no processo do trabalho, onde os juízes se


utilizavam dos artigos 77 e segs. do CPC, porém eram muito duvidosos os limites de
sua aplicação no processo trabalhista. Não havia uma unanimidade de entendimento
por parte dos magistrados quanto ao tema onde alguns aplicavam e outros não.

No entanto agora a CLT por intermédio da Reforma regulamentou o assunto.

Além de trazer para dentro do processo do trabalho a litigância de má fé, a


reforma também estabelece que as partes podem ser condenadas por litigância de
má fé. A lei ao fazer menção as “ partes” refere-se a autor, réu e interveniente.

Outrossim, a Reforma traz uma novidade que pelo menos de forma expressa
não se faz menção no CPC, é a possibilidade de a testemunha também ser condenada
por litigância de má fé.

Nesse caso ao colher o depoimento da testemunha o juiz também poderá


alertá-la a eventualmente o pagamento uma multa pecuniária na hipótese do
cometimento de falso testemunho. O juiz poderá arbitrar o pagamento da multa de
ofício ou a requerimento da parte.

Isso de algum modo abre um precedente a que o advogado possa se sentir


tentado a pedir a condenação da outra parte por litigância de má fé, uma vez que nas
ações trabalhistas muitas vezes as relações entre empregador e empregado são
complexas demais para se afirmar que um é totalmente inocente ou totalmente
culpado. No entanto ao pedir a condenação da outra parte por litigância de má fé, o
juiz tende a analisar a questão da litigância de má fé de ambas as partes.
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Nesse entendimento se o juiz perceber que não é de fato a parte reclamada


quem está litigando com má fé mas a parte reclamante, as chances de aplicação de
uma multa são muito maiores do que se não se tivesse adentrado na questão.

No que tange à responsabilização do advogado por litigância de má fé no


processo do trabalho, o entendimento é bastante divergente.

Uns admitem a exclusão do advogado pelo simples fato de não se fazer


menção a ele quando a lei expressamente diz que a litigância de má fé poderá se dar
pelas “ partes” que são autor, réu e intervenientes. Outros no entanto invocam sobre
a questão, o CPC.

DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA


REGULAMENTADA NA CLT
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O art. 855 A inaugura na CLT inaugura na CLT o incidente de desconsideração


da personalidade jurídica (art. 133 a 137, CPC/15), senão vejamos:

Art. 855-A. Aplica-se ao processo do trabalho o incidente de desconsideração


da personalidade jurídica previsto nos arts. 133 a 137 da Lei n. 13.105, de 16 de março
de 2015 – Código de Processo Civil. (incluído pela Lei n. 13.467, de 2017)

Como se vê a Reforma Trabalhista importa do CPC o instituto de


desconsideração da personalidade jurídica que prevê a responsabilização dos sócios
com seus patrimônios pessoais pelos débitos trabalhistas.

O instituto já é prática recorrente no direito civil, do consumidor e também


falimentar.

Vale a título de melhor entendimento a transcrição do dispositivo no nosso


Código Civil sobre o assunto:

“ Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica , caracterizadopelo


desvio de finalidade , ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento
da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os
efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens
particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.”

O instituto de Desconsideração da Personalidade Jurídica no Processo do


Trabalho é cabível na fase cognitiva e executiva, perante juízo ou tribunal.
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RESPOSTA DO RÉU Á LUZ DO NOVO CPC/2015 CONFORME A REFORMA


TRABALHISTA/ 2017

Na Reforma Trabalhista ( Lei 13.467 de julho de 2017) a Contestação que é


uma das formas de resposta do réu, deverá ser recebida eletronicamente até o
momento da audiência.

Na verdade por conta do processo eletrônico isso já acontecia na prática, no


entanto, a CLT com a Reforma Trabalhista normatizou essa regra dentro do bojo do
art. 847 da CLT.

Como então é apresentada a contestação ?

Ela é apresentada de forma verbal em 20m na audiência.

Entretanto agora como regra essa contestação também deve ser apresentada
de forma escrita, o que não constava na CLT antes da reforma .

Na prática isso acontecia de forma usual mas não como regra.

Necessário se faz reforçar o entendimento de que agora após a Reforma


Trabalhista e até por conta do processo eletrônico , a contestação se for escrita deve
ser entregue ou apresentada até o dia da audiência de forma eletrônica.

Uma outra nova regra inaugurada na Reforma Trabalhista é que apresentada


a contestação de forma escrita e eletrônica , o reclamante não poderá desistir da
reclamação trabalhista.

Nesse entendimento, embora não expresso na nova lei, temos que o


reclamante só poderá emendar, aditar ou mesmo desistir da reclamação trabalhista
antes da reclamada entregar de forma eletrônica a sua contestação.

Para reforçar o entendimento , abaixo a transcrição dos dispositivos legais:

Art. 841 da CLT- “ Oferecida a contestação, ainda que eletronicamente, o


reclamante não poderá sem o consentimento do reclamado, desistir da ação.

Parágrafo Único: “ A parte poderá. apresentar defesa escrita pelo sistema de


processo judicial eletrônico até a audiência .
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Vale acrescentar conforme apresentado no art. 841 que em havendo a


anuência da reclamada poderá então a reclamante desistir da ação.

Já no parágrafo único pode-se inferir que a expressão “ até a audiência” faz


menção ao prazo limite, o que não obsta que a defesa possa ser protocolada antes
da audiência.

No que tange à reconvenção que é uma outra modalidade de resposta do réu,


onde este tem a oportunidade de trazer fatos novos ao processo, quedou-se silente o
legislador.

Na Justiça do Trabalho a reconvenção é possível, entretanto vai seguir as


regras do Código de Processo Civil de 2015. A título de exemplo imaginemos um
empregado que se desliga de uma empresa, no entanto antes desse desligamento
trouxe um prejuízo á empresa ao quebrar uma máquina.

Foi constatado que esse empregado agiu com dolo; o mesmo tinha a intenção
de trazer prejuízo á empresa.

Nesse caso poderá o empregador no momento de pagar as suas verbas,


descontar o prejuízo que sofreu, no momento da reconvenção.

Vale ressaltar que a reconvenção não se dará em autos apartados, mas seguirá
a regra do CPC.

Portanto foi importado do CPC o regramento que regerá no processo do


trabalho o momento da reconvenção.

Sendo assim, no próprio bojo da contestação trabalhista, abrir-se-á um tópico


para a reconvenção onde serão narrados os fatos, bem como a fundamentação e o
(s)

Pedido (s), como seria o pedido contraposto no CPC.A regra será a mesma.

Entretanto, mesmo inerte o legislador quanto ao instituto da reconvenção no


processo trabalhista houve por parte deste uma única menção que é em relação aos
honorários que, nos termos do art. 791-A §5 “ São devidos honorários de sucumbência
na reconvenção.
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COMPETÊNCIA DAS VARAS DE TRABALHO PARA HOMOLOGAÇÃO DE


ACORDOS EXTRAJUDICIAIS.

Foi acrescida a alínea “f” ao art. 652 da CLT.

...f) decidir quanto a homologação de acordo extrajudicial em matéria de


competência da justiça do trabalho. (incluído pela lei n. 13.467 de 2017)

Vale salientar que antes de essa alínea ser incluída, a homologação de acordos
só era possível nos processos que já estavam em tramite na esfera trabalhista.

Por analisar o mérito da causa no que tange à quitação dos pedidos discutidos
na exordial, esse procedimento era, por essa mesma razão, mais benéfico.

Contudo, a mudança faz com que a homologação desses acordos dê plena


quitação ao contrato de trabalho sem que se analise o mérito, sendo assim não poderá
mais o empregado opor quaisquer reclamações.

Espera-se que com a mudança os advogados conclamem as partes para um


entendimento mútuo que vise satisfazer ambas as partes, podendo então estes
solicitar homologação judicial trazendo, portanto, maior segurança jurídica ao ato.

É necessário dizer que para que esse acordo extrajudicial seja homologado
pela Justiça do Trabalho, é imprescindível a presença de um advogado que não seja
comum entre as partes. Sem a presença do advogado tal homologação não será
possível.

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