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OAB/MG 183.180
AO EGRÉGIO SUPREMO TRIBNAL FEDERAL
ÍNCLITOS MINISTROS
Data vênia, merece ser mantido o Acórdão prolatado, que não deu provimento
ao recurso interposto pela parte Recorrida, encontrando guarida na ordem
jurídica nacional, vez que a Recorrente violou a Constituição Federal, conforme
se demonstrará.
DOS FATOS
Ocorre que, com o devido respeito à decisão do Egrégia Turma, que não deu
provimento ao Recurso Inominado interposto mostra-se em concordância com
o nosso ordenamento jurídico
DA INADMISSÃO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO:
Salienta-se que o Acórdão ora atacado, além de não conter ofensa direta à
Constituição Federal, retificou ato do governo (não pagamento de FGTS) que
ofendia a Carta Magna ensejando assim o não enquadramento tanto na alínea
“a” quanto na alínea “c”.
Art. 4º As contratações de que trata esta Lei serão feitas com a observância
dos seguintes prazos máximos:
(...)
IV - três anos, no caso do inciso V do caput do art. 2º, nas áreas de
segurança pública, defesa social, vigilância e meio ambiente.
(...)
III - no caso do inciso V do caput do art. 2º, por até um ano nas áreas de
saúde e educação e por até três anos nas áreas de segurança pública,
defesa social, vigilância e meio ambiente; e IV - no caso do inciso VI do caput
do art. 2º, desde que o prazo total não exceda três anos.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa
causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização
compensatória, dentre outros direitos;
Os contratos temporários, por sua vez, são autorizados pelo art.37, inciso IX da
CF que determina:
...
Ressalta-se que a declaração de nulidade da contratação não faz com que ela
se torne nada jurídico, ela gera consequências. Neste contexto, assevera-se
que o trabalhador (força de trabalho) é parte hipossuficiente da relação,
facilmente perceptível pela simples análise da própria Constituição que o
valoriza em diversos artigos.
Assim, a nulidade da contratação não pode beneficiar a Administração Pública,
privilegiando-a em detrimento do trabalhador, hipossuficiente na relação.
Visando impedir a proliferação da ilegalidade administrativa o art. 19-A da Lei
8.036/90 concede a estes trabalhadores o direito à percepção do FGTS,
conforme reafirmado no RE 596.478-RR.
Elucida-se que, ainda que seja cogitada uma possível distinção da natureza
jurídica da relação existente entre as partes que integram o presente processo
e as partes que figuraram no paradigma RE 596.478-RR, o direito requerido na
inicial é oriundo da aplicabilidade da própria Lei e que o paradigma constitui
apenas um suporte jurídico da abrangência da norma Art. 19-A da Lei
8.036/90.
8 - DO PEDIDO
Nestes Temos,
Espera Deferimento.
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