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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO

Processo nº 5001310-65.2023.4.03.6131

Agravante: FERNANDO RYU IHOTUSI


Agravado: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA e GERÊNCIA DE
RECURSOS DA SUPERINTENDÊNCIA ESTADUAL DO IBGE EM SÃO PAULO
FERNANDO RYU IHOTUSI, brasileiro, solteiro, desempregado, inscrito em CPF sob o n.
458.305.958-26 , RG 52.813.753-0 SSP/SP, residente na rua Manoel Fernandes Cardoso nº
717, bairro Vila Nogueira, cep:18.602-070, em Botucatu/SP, por sua procuradora infra-
assinada, mandato anexo, com escritório profissional situado na Rua Gentil
Paulossi, 168 , vida nova Botucatu, cep: 18.618-418, Botucatu-SP e-mail
vanessa_baroli@hotmail.com , com fulcro nos artigos 994, II e 1.015 e seguintes
do CPC, interpor o presente recurso de
AGRAVO DE INSTRUMENTO COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
RECURSAL
Contra a decisão interlocutória que indeferiu o pedido liminar, nos autos de origem
de nº 5001310-65.2023.4.03.6131, movido em face da INSTITUTO BRASILEIRO DE
GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA e GERÊNCIA DE RECURSOS DA SUPERINTENDÊNCIA
ESTADUAL DO IBGE EM SÃO PAULO, já qualificados nos sequencias xxx, pelas
razões de fato e de direito a seguir expostas.
I - Do Preparo
O agravante está litigando sob o manto da Assistência Judiciá ria Gratuita motivo pelo
qual deixa de efetuar o preparo.
II – Da tempestividade e do cabimento
O presente agravo de instrumento foi protocolado dentro do prazo de 15 dias
úteis, nos moldes do art. 1.003, § 5º e art. 1.017, I, ambos do CPC, assim, é
tempestivo o recurso.
Ainda, é previsto no art. 1.015, I do CPC, o cabimento de interposição de
recurso de agravo de instrumento contra decisão interlocutória que versem sobre
tutelas provisórias.
III - Nome e endereço dos procuradores das partes (art. 1.016, IV do CPC)
Advogado da agravante: Vanessa Barbosa de Oliveira, OAB/PA nº 21.876 e com
escritório profissional situado na Rua Gentil Paulossi, 168 , vida nova Botucatu,
cep: 18.618-418, Botucatu-SP e-mail vanessa_baroli@hotmail.com;
Advogado do agravado: Não houve citação do douto procurador federal.
IV – Da juntada das peças necessárias (art. 1.017 do CPC)
O Agravante, na forma do §5º do artigo 1.017 do CPC/2015, deixa de juntar aos autos
as peças referidas nos incisos I e II do caput do mesmo artigo, visto que os autos
serem eletrô nicos.
Feitas estas consideraçõ es, requer que seja o presente recurso recebido e processado
a fim de que seja concedida de imediato a tutela de urgência desejada a fim de que o
Agravante seja imediatamente reintegrado ao processo seletivo de edital 04/2023 e
realizado sua devida contrataçã o ao cargo que passou com muito êxito.

Botucatu- SP, 19 de dezembro de 2023.

Vanessa Barbosa de Oliveira


21.876 OAB/PA

RAZÕES RECURSAIS
Processo nº 5001310-65.2023.4.03.6131

Agravante: FERNANDO RYU IHOTUSI


Agravado: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA e GERÊNCIA DE
RECURSOS DA SUPERINTENDÊNCIA ESTADUAL DO IBGE EM SÃO PAULO

Origem: VARA FEDERAL DA SUBSEÇÃO DE BOTUCATU – ESTADO DE SÃO


PAULO.

Eméritos Julgadores
Colenda Câmara
DAS RAZÕES DO AGRAVO DE INSTRUMENTO
“Ab initio”, a patrona do Agravante declara que a documentação anexa, que instrui
o presente Agravo, é autêntica, pois os documentos foram digitalizados dos
originais do processo.
A respeitável decisão interlocutória do juízo a quo, merece ser reformada, uma vez
que a decisão é contrária aos pedidos do Agravante, em virtude de que as
solicitações iniciais são de suma importância para reprimir mais danos decorrentes
dos atos da ré na possível contratação do segundo colocado no certame.
O agravante, inconformado com a decisão interlocutória que indeferiu o pedido
de Antecipação da Tutela formulado na peça inaugural, vem perante esse
Tribunal, suplicar pela reforma da decisão que negou tal requerimento, para fins
que se faça valer o Direito do Agravante, primando pelo seu não perecimento,
pelas razões de fato e de Direito que passa a expor e ao final a requerer:

I - RESUMO DOS FATOS


Nos autos de origem foi protocolada inicial de Mandado de Segurança, que teve
como pretensã o a obtençã o de ordem mandamental a fim de determinar a Autoridade
coatora com o reingresso do agravante no processo seletivo onde ficou em 1º lugar, e
a efetivaçã o de sua imediata contrataçã o.
Posto isso, os autos principais tiveram como precípuo intuito, refrear a ação
equivocada dos Agravados, sendo assim, foi requerido liminarmente a
reintegração do Agravante no certame e sua contratação pela agravada.
Contudo, foi indeferido o pedido liminar do Agravante, com fundamentação na
ausência de comprovação prévia da existência de vinculação comprovada entre a
função exercida e a almejada, bem como, por divergência de nomenclatura entre a
CTPS e o informativo de rescisão com a Agravada motivo pelo qual interpõe o
presente recurso.

II –DAS RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA


Assim, em cumprimento ao princípio da Legalidade, moralidade, impessoalidade e
do duplo grau de jurisdição e os alicerces necessários juntados, reitera-se a
reforma à decisão do juízo a quo para acolhimento dos pedidos da Agravante.
III - DA TUTELA ANTECIPADA
No caso exposto, o Agravante pugna pela concessão de tutela antecipada em
sede recursal para reintegrar o agravante ao processo seletivo ao qual debutou
em primeiro lugar e sua imediata contratação pela agravada.
Ademais, antevê o art. 1.019, I do CPC o seguinte:
Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído
imediatamente, se não for o caso de aplicação do art. 932, incisos III e IV , o
relator, no prazo de 5 (cinco) dias:
I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de
tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua
decisão;
É sabido que não há matéria do presente recurso relacionado aos incisos III e IV
do art. 932, do CPC. Assim, é cabível a aplicação do inciso I do artigo citado, a
fim de aplicar a antecipação de tutela.
Neste contexto, o art. 300 do CPC prevê o preenchimento de dois requisitos para
o deferimento da tutela, tais como a evidência da probabilidade do direito e o
perigo do dano.
Os requisitos dos artigos 300, parágrafo 2, e 311 incisos II e IV, ambos do Novo
CPC, estão atendidos, tendo em vista a real existência de perigo de dano à
agravante ou risco ao resultado útil do processo, eis que as NOMEAÇÕES
para o cargo do cargo em questão estão na iminência de ocorrer.
E, quanto maior a demora em se conceder a tutela jurisdicional, a agravante
corre o risco iminente de ver o seu direito perecer, tendo em vista a TEORIA
DO FATO CONSUMADO. Assim, é de ENORME relevância e urgência a
necessidade de nomeação do candidato!!
Aliás, verifica-se a real necessidade de se conceder a Tutela Antecipada ao
agravante, haja vista o grave dano que se causará ao autor caso a demanda
pretendida somente venha a valer ao final, no julgamento da Ação, pois os
candidatos aprovados e que forem NOMEADOS para ao cargo pleiteado pelo
agravante antes da decisão final da presente lide, não poderão mais ser
destituídos dos cargos por força da Teoria do Fato Consumado!

Posto isso, é evidente que as ações e negligências das partes requeridas não
estão de acordo com a legalidade, considerando a totalidade de danos causados
ao meio ambiente, bem como aos familiares dos associados, atestando assim a
fumus boni iuris, do qual é facilmente comprovado considerando ser fato notório
na cidade de Devastação.
Ainda, está presente o periculum in mora, considerando que enquanto não for
suspensa as atividades da empresa ré, continuará a contaminar os rios e não
oportunizará tempo aos moradores para se reconstituírem, por conta dos dejetos
de lama que virão, assim, presente o risco de irreversibilidade dos danos.
No mais, o pedido não se trata de natureza irreversível, já que em caso de
procedência pode ser facilmente revertido para novamente funcionar a empresa
ou cessar os pagamentos mensais, conforme exposto pelo art. 300, § 3º do
CPC.
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de
dano ou o risco ao resultado útil do processo.

§ 1 o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode,


conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para
ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a
caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente
não puder oferecê-la.
§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após
justificação prévia.
§ 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será
concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da
decisão.

IV - DO DIREITO

Essa norma tem por finalidade vedar a renovação de contrato para o mesmo
cargo, a fim de impedir que a contratação temporária, medida excepcional (CF,
art. 37, inciso IX), se prolongue, tornando-se efetiva, violando, por consequência, a
regra do concurso público, conforme entendimento dos Tribunais Federais.
Ou seja, o impedimento contido no inciso III, do art. 9º, da Lei nº 8.745/93 não
deve ser aplicado quando for o caso de um novo contrato para cargo distinto e/ou
instituição diferente do contrato anteriormente firmado, por não se tratar de
renovação contratual, sendo esse entendimento firmado pelo Superior Tribunal de
Justiça. Segundo o STJ:

O art. 9.º, inciso III, da Lei 8.745/1993 proíbe a realização de novo contrato
temporário antes de decorridos 24 (vinte e quatro) meses do encerramento
do anterior. Contudo, a vedação legal não incide na hipótese em que a
nova contratação se dá em cargo distinto, correspondente a entidade
diversa da anterior, por não se constatar a renovação da contratação.

Dessa forma, aquele que teve o contratado temporário finalizado ou mesmo que
ainda esteja em vigência, e tem interesse em uma nova contratação, mas não
cumpriu o intervalo de 24 meses entre os contratos, deverá cumprir pelo menos
um dos critérios:
a. Os cargos devem ser diferentes. Ou seja, o cargo do primeiro contrato não deve
ser o mesmo do próximo contrato temporário. Ou
b. As instituições devem ser diferentes.

É sabido que a porta de entrada para a maioria das pessoas que


pretendem ingressar na Administração Pública é o concurso público conforme o
art. 37, II da Constituição Federal de 1988:

Art. 37, II- a investidura em cargo ou emprego público depende de


aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de
acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma
prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração;

Pelo concurso público, você pode assumir um cargo público estatutário ou


um emprego público. No cargo público estatutário, o vínculo do servidor público
com a Administração Pública é o estatuto dos servidores públicos civis, no caso
dos servidores federais, a Lei nº 8.112/90.
Já no emprego público, o vínculo do agente público com a Administração Pública
é a CLT.
O concurso público não é a única porta de entrada para aqueles que
pretendem ingressar no serviço público. Há outros vínculos que poderei tratar em
artigos posteriores.
Mas hoje, tratarei com vocês sobre os agentes públicos contratados pela
Administração Pública para atender a necessidade temporária de excepcional
interesse público por prazo determinado.

Quem são afinal os agentes públicos temporários ?

Agentes públicos contratados para atender a necessidade temporária


de excepcional interesse público.
Conforme o art. 37, IX da Constituição Federal:

Art. 37, IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo


determinado para atender a necessidade temporária de excepcional
interesse público;

Nesse sentido, os agentes públicos contratados nestas circunstâncias não


são nomeados para cargos públicos ou empregos públicos.
Na verdade, são agentes públicos contratados para o exercício de funções
temporárias para a satisfação do excepcional interesse público.
Requisitos para a contratação de agentes públicos de contrato temporário
Como temos visto, essa modalidade de contratação de pessoas para trabalharem
no serviço público é uma exceção à regra do concurso público.
Sendo assim, é preciso que haja obediência aos requisitos para a adequada
contratação dos agentes públicos de contrato temporário.

Quais são estes requisitos?

a) Lei que regulamenta a contratação temporária. Cada ente da federação deve


editar a lei dos contratos temporários por necessidade de excepcional interesse
público. No âmbito federal, a Lei nº 8.745/93 regulamenta a contratação
temporária para a Administração Federal. Os municípios e os estados devem
regulamentar suas próprias leis sobre os contratos temporários.

b) Os contratos devem ter prazo determinado. A legislação que regulamenta as


contratações temporárias deve prever os prazos para os contratos tendo em vista
que a regra é o concurso público que garante o direito de permanência dos
servidores efetivos.

c) Necessidade temporária. As contratações dos agentes públicos devem suprir as


necessidades temporárias de excepcional interesse público como no caso de
calamidade pública provocada pela covid19. Assim, os contratados não podem
suprir as necessidades ordinárias da Administração Pública em prejuízo ao
concurso público para a ocupação de cargos e empregos públicos.

d) Excepcional interesse público. O excepcional interesse público deve constar na


motivação das contratações temporárias para impedir que estas contratações
fragilizem os concursos públicos.

A contratação pelo processo seletivo simplificado

As pessoas que desejam trabalhar para a Administração Público pelo contrato por
tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional
interesse público devem prestar o processo seletivo simplificado, salvo exceções
constantes na Lei nº 8.745/93. este tem a finalidade de selecionar aprovados para
a ocupação de cargos e empregos públicos efetivos.

A questão do prazo de 24 meses entre um contrato temporário e outro

Um problema que tem sido discutido no Poder Judiciário consiste na possibilidade


ou não da pessoa que finalizou um contrato temporário com a Administração
Pública ser contratada antes do prazo de 24 meses para um novo contrato
temporário.
Isto porque o art. 9º, III da Lei nº 8.745/93 dispõe o seguinte:
Art. 9º O pessoal contratado nos termos desta Lei não poderá:
III - ser novamente contratado, com fundamento nesta Lei, antes de
decorridos 24 (vinte e quatro) meses do encerramento de seu contrato
anterior, salvo nas hipóteses dos incisos I e IX do art. 2º desta Lei,
mediante prévia autorização, conforme determina o art. 5o desta Lei.

Pela leitura fria da lei, se entende que uma vez contratado pela
Administração Pública Federal, um novo contrato temporário só poderia ser
assinado após o prazo de 24 meses entre o fim do antigo contrato e o início do
novo.
Inclusive, infelizmente, esse é entendimento que a maioria das instituições
públicas federais têm dado ao dispositivo da lei e impedido muitos aprovados dos
processos seletivos simplificados de assumirem novos contratos antes desse
prazo de “quarentena”.
O objetivo desse dispositivo legal é impedir que as contratações
temporárias fossem feitas, ininterruptamente, em ofensa ao concurso público.
Mas vale destacar que o entendimento da jurisprudência brasileira diverge,
frontalmente, da interpretação dessas instituições públicas federais.
Temos visto, regulamente, candidatos eliminados dos processos seletivos
simplificados terem seu direito de contratação resguardado pelo Poder Judiciário
quando se apresentam pelo menos um dos critérios:

a) O cargo do primeiro contrato temporário é distinto do segundo contrato


temporário;
b) A instituição do primeiro contrato temporário é diferente da instituição do
segundo contrato temporário.
Segundo o STJ – Superior Tribunal de Justiça:

O art. 9.º, inciso III, da Lei 8.745/1993 proíbe a realização de novo contrato
temporário antes de decorridos 24 (vinte e quatro) meses do encerramento
do anterior. Contudo, a vedação legal não incide na hipótese em que a
nova contratação se dá em cargo distinto, correspondente a entidade
diversa da anterior, por não se constatar a renovação da contratação.

O Tribunal Regional Federal da 1º Região também julgou no mesmo sentido:

A regra do art. 9º, III, da Lei nº 8.745/93 tem por escopo impedir que a
contratação temporária, medida excepcional (CF, art. 37, IX), seja
prolongada no tempo, tornando-se efetiva, violando, via de consequência, a
regra do concurso público (CF, art. 37, II). Dessa forma é que a
jurisprudência deste Tribunal entende que não incide a vedação legal
quando a nova contratação ocorre em cargo diverso ou em órgão distinto,
por não caracterizar renovação da contratação anterior.
Portanto, a jurisprudência brasileira reconhece o direito de contratação
imediata do aprovado em processo seletivo simplificado para contrato
temporário quando o cargo é distinto do primeiro contrato ou a instituição é
diferente.
Para tanto, em sede de informação já acostada no mandado de segurança
ora impetrado, pela nomenclatura do 1º cargo exercido pelo impetrante foi
AGENTE CENSITÁRIO MUNICIPAL sob a sigla ACM.
O 2º cargo do qual foi negado a sua investidura foi SUPERVISOR DE
COLETA E QUALIDADE sob a sigla SCQ.

Vale informar ao respeitável julgador que estas siglas fazem parte da


nomenclatura do órgão pagador / selecionador que em sua grade
enquadram-se uma série de cargos em sua similaridade do E-social e para
título de desconto do INSS, como veremos a seguir :

a)
Fonte: https://www.reclameaqui.com.br/ibge/divergencia-de-informacao-na-ctps_-
yzDabMVxMLcinXH/

A Questão que coloca-se é que o agravante sofreu mais um duro golpe pela
informação equivocada onde a empresa IBGE / pagadora/ contratada colocou em
um mesmo bloco os cargos relacionados e dentre os quais , o cargo do agravante
encontra-se mencionado em linhas no E-social como 420105 - SUPERVISOR DE
CAIXAS E BILHETEIROS (EXCETO CAIXA DE BANCO) o que nada tem a ver
com a função realmente exercida pelo agravante, conforme documento em anexo
assinado pela própria Gerente de recursos humanos do IBGE.

Além do mais, para quê prova mais corroborada que o próprio informativo do IBGE
e seu contracheque informando de fato o cargo exercido pelo agravante, não
fazendo sentido o alegado pelo magistrado a quo em sua decisão proferida em
fls ( 15).
A Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de San José da
Costa Rica), aprovada na ordem interna e promulgada pelo Decreto
Legislativo n. 678/92, reconhece que os direitos essenciais do homem tem
como fundamento os atributos da pessoa humana, orientação adotada
pela Constituição da Republica de 1988, ao adotar como fundamento do
Estado a dignidade da pessoa humana, como também os valores sociais do
trabalho (art. 1º, III e IV), representando àquela uma cláusula geral de
proteção à personalidade, e aos direitos que o asseguram, e esse um
primado da ordem econômica (art. 170, caput).
O trabalho constitui, ainda, direito social fundamental (art. 6º,
caput, CRFB/88), assegurando-se seu livre exercício, atendidas as
qualificações profissionais que a lei estabelecer (art. 5º, XIII, CRFB/88).

Excelências! O Agravante trouxe aos autos documentos suficientes para embasar


o seu direito. Os argumentos acima expostos estão devidamente embasados em
provas inequivocas quanto a divergencia de cargos.
O direito líquido e certo do agravante deve ser garantido, não podendo ser
prejudicado com a exclusão do processo seltivo por uma confussão quanto
ao cargo pleiteado, tendo em vista ser cargo divergente ao que o agravante
ocupava.

Diante dos fatos narrados e do cumprimento dos requisitos AO NOVO


ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL DOS TRIBUNAIS FEDERAIS E
SUPEIORES, merece acolhimento em sua integralidade o pedido liminar, para que
seja reformada a decisão interlocutória do juízo de origem, possibilitando assim, a
CONTRATAÇÃO do agravante ao cargo em quem prestou processo seletivo e
configurando sua colocação em primeiro lugar, sob pena de total injustiça e lesão
financeira sofrida pelo mesmo.
.
IV – DOS PEDIDOS
a) A concessão pelo relator, na forma do art. 1.109, inciso I, do CPC, de
antecipação dos efeitos da tutela recursal, considerando a presença do periculum
in mora e o fumus boni iuris, para que a empresa mineradora seja imediatamente
obrigada a depositar o valor mensal em juízo e a cessão dos danos, sob pena de
aplicação de multa diária;
b) Intimação da Agravada para, querendo, apresentar resposta em 15 dias (seq.
art. 1.019, II do CPC);
c) O conhecimento do presente recurso e acolhimento dos pedidos, com
consequência reforma da decisão agravada, tendo em vista que é contrária aos
princípios norteadores do acesso ao cargo público e ao previstos
constitucionalmente;
Termos em que, pede deferimento.

Botucatu- SP, 19 de dezembro de 2023.

Vanessa Barbosa de Oliveira


21.876 OAB/PA

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