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PRISCILA CORREA

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ DE DIREITO


DA 5ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE OSASCO – SP.

 Processo nº 1008903-87.2022.8.26.0405

PRISCILA CORREA, brasileira, solteira,


advogada, inscrita na Ordem dos Advogados nº 214.946, inscrita no RG nº
30.083.793-8 SSP/SP e inscrito(a) no CPF/MF sob n.º:284.498.388-00,
residente e domiciliado(a) na Rua Antônio Bracarena, 129 – Vl Jaguara –
São Paulo - SP – CEP: 05118-060, com endereço eletrônico:
priscilafortuna2017@gmail.com, advogando em causa própria, Se digne
Vossa Excelência em receber o presente

RECURSO DE APELAÇÃO c.c pedido de concessão de EFEITO


SUSPENSIVO ATIVO.

à r. sentença de Embargos de terceiro, proferida nos autos do processo


1008903-87.2022.8.26.0405, mantendo-se a liminar originalmente
concedida, para que se impeça atos expropriatórios ou possessórios em
relação ao imóvel objeto da lide, até julgamento do apelo interposto.

Outrossim, requer a juntada do preparo do presente Recurso, para os


devidos fins de direito. E ainda, informa que o processo é digital.

Nestes termos, pede deferimento

São Paulo, 4 de outubro de 2022.


Priscila Correa

Priscilafortuna2017@gmail.com
PRISCILA CORREA
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OAB.SP 214.946

Recorrente: Priscila Correa – advogando em causa própria

Recorrido: Flavio Salozano Neto - advogando em causa própria

Processo original : 1006974-19.2022.8.26.0405 – 5ª Vara Cível de Osasco

Embargos de terceiros: 1008903-87.2022.8.26.0405 – 5ª Vara Cível de


Osasco

RECURSO DE APELAÇÃO

E. TRIBUNAL DE JUSTIÇA

COLENDA CÂMARA

INCLÍTO DES. RELATOR

I – DO CABIMENTO DO PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO


ATIVO

Trata-se de pedido amparado no artigo 1.012, § 3º, inciso I, e §


4º do Código de Processo Civil, cujo efeito suspensivo ativo ao recurso de
apelação se pleiteia, diante da probabilidade do direito invocado pela
Apelante e o patente perigo de dano caso a r. sentença não seja suspensa.

Como já dito, os Embargos de Terceiro foram julgados


improcedentes, conforme sentença (doc anexo), “Diante do exposto,

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JULGO EXTINTO os presentes embargos, nos termos doartigo 485, VI


do CPC.Certifique-se o resultado nos autos em apenso para
prosseguimento.” (sentença anexa).”

Nobre Julgador, o processo principal de nº 1006974-


19.2022.8.26.0405, versa sobre a imissão de posse do imóvel Lote 11
Gleba G, da Rua Rosa Cotine, Osasco – SP, entre Flávio Solazano
Neto em face da empresa JR Diesel, cuja alegação foi a compra do
imóvel na Caixa Econômica Federal.

Na ocasião, a Apelante Priscila Correa, ingressou com os


Embargos de Terceiro nº 1008903-87.2022.8.26.0405, uma vez que, havia
arrematado em leilão judicial e público, o mesmo lote 11 da Gleba G, e
por ele inclusive pago o preço.

Ato contínuo, nos autos dos presentes Embargos de Terceiro,


houve a concessão da Tutela de Urgência a fim de evitar prejuízos
desnecessários aos interessados, nos termos do Artigo 678, do C.P.C.:

“DEFIRO O PEDIDO LIMINAR e determino a suspensão


da ordem de imissão de posse concedida, bem como o
andamento do processo nº 1006974-19.2022, cujo mandado
observoque ainda não expedido, até decisão final dos
presentes embargos “

No entanto, a juiza “ a quo”, logrou por bem em julgar o


processo antecipadamente, sem ao menos dar o direiro de uma audiência

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de conciliação, ou mesmo a oitiva de testemunha,caracterizando assim, o


cerceamento de defesa da Apelante, extinguindo o feito sem julgamento
do mérito, conforme sentença (doc anexo), “Diante do exposto, JULGO
EXTINTO os presentes embargos, nos termos do artigo 485, VI do
CPC.Certifique-se o resultado nos autos em apenso para
prosseguimento.” (sentença anexa).”

Destaque-se que o objeto do presente pedido de efeito


suspensivo/ativo refere-se à suspensão de atos de imissão de posse do
imóvel lote 11 Gleba G, da Rosa Cotine – Osasco, em face do Apelado,
até o julgamento do presente processo.

O apelo interposto contra a sentença de improcedência


dos embargos de terceiro não possui, em regra, efeito suspensivo sobre a
execução principal, o que se extrai pela leitura conjunta dos artigos 678 e

1.012, § 1º, III do CPC, segundo jurisprudência pacífica do STJ:

Ressalva é feita, segundo os mesmos artigos do CPC, "se o


apelante demonstrar a probabilidade de provimento do recurso ou se,
sendo relevante a fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil
reparação" .
Ora, Nobres Julgadores, conforme depreende-se dos autos e
comprovado através de documentos; a Apelante arrematou o imóvel
através de leilão judicial, e surpreendeu-se com o processo judicial do
Apelado para a imissão de posse do mesmo imóvel. Sendo que a Apelante
documentalmente possui todo o direito a posse do imóvel.

Portanto, o pleito atende aos requisitos formais do


art. 1.012 do Código de Processo Civil, vez que se trata de pedido
de atribuição de efeito suspensivo a recurso de apelação regularmente
interposto contra sentença que determinou a imissão da parte autora na
posse do imóvel, objeto da ação de embargos de terceiro.

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Também restam configuradas, na hipótese, as condições


insertas no § 4º do referido dispositivo legal, quais sejam, a relevância da
fundamentação e a existência de risco de dano grave ou de difícil
reparação.

Embora não se possa afirmar, em análise perfunctória, que


exista a probabilidade de provimento do recurso, há, sem dúvida,
relevância na fundamentação apresentada, bem como o risco de dano
grave ou de difícil reparação, se caso o imediato cumprimento da
sentença, na parte em que extinguiu os embargos de terceiros, portanto,
prevalecendo a imissão de posse da parte apelada, prejudicando deveras a
parte Apelante.

De outro lado, resta patente a configuração do risco de


ocorrência de dano de díficil reparação a apelante, caso não seja
concedido o efeito suspensivo ao Recurso, pois, as conseguências,
serão a imediata imissão na posse pelo Apelado no imóvel objeto da
ação.

Consignando Excelência que o referido imóvel pertencia


anteriroemente a empresa JRUFINUS DIESEL, hoje em recuperação
judicial, sendo que diante do fato dessa empresa estar com sua sede dentro
da área adquirida, a ora Apelante firmou com a mesma (CONTRATO DE
LOCAÇÃO COMERCIAL) a fim de preservar a continuidade da empresa
e seu regular andamento, reprisando por estar em RECUPERAÇÃO
JUDICIAL, conforme processo nº 10229.49.91.2016.826.0405e, me
trâmite perante a 7 ª Vara Cível da Comarca de Osasco. .

Permancendo ate a prsente data o imóvel em locaç~çao

Já a verossimilhança do direito alegado reside,


principalmente, nos documentos comprobatórios DE ARREMATAÇÃO
EM LEILÃO PÚBLICO DA CAIXA ECONÔMICA, O
PAGAMENTO DO PREÇO E O ENVIO DE DOCUMENTAÇÕES
PARA A CAIXA ECONOMICA FEDERAL E A CONFIRMAÇÃO
PELA CAIXA DA ARREMATAÇÃO E COMPRA PELA
APELANTE, e ainda, houve o DEFERIMENTO DA LIMINAR
emitida de igual forma, junto ao processo interposto perante a 2ª
Vara da Justiça Federal de Osasco, processo nº Nº 5000017-
97.2022.4.03.6130, Ação declaratório de Reconhecimento de
Arrematação, em que houve o deferimento da tutela de urgência a
favor da ora Apelante foi deferida nos termos:

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“Posto isso, DEFIRO o pedido de tutela de urgência para


que a ré abstenha-se de alienar o bem imóvel, localizado
na RUA ROSA COTINE, N. 228,LOTE 11 Q 24 GLEBA G –
OSASCO – SP - matrícula 5708, à terceiro, bem como, obstar
qualquer registro público da suposta venda, até ulterior
deliberação deste Juízo.
Oficie-se ao 2º Cartório de Registro de Imóveis de Osasco,
junto à matrícula 5.708, para constar a presente ação a fim de
dar publicidade à terceiros.”

Ou seja, se faz ABSOLUTAMENTE IMPRESCENDÍVEL O


DEFERIMENTO DO EFEITO SUSPENSIVO ATIVO AO PRESENTE
RECURSO, para obstar qualquer imissão da posse no imóvel pelo
APELADO, até o julgamento do Recurso.

A jurisprudência assevera:

“REQUERIMENTO AUTÔNOMO DE ATRIBUIÇÃO DE


EFEITO SUSPENSIVO À APELAÇÃO - AÇÃO DE COBRANÇA
- FASE DE EXECUÇÃO - EMBARGOS DE TERCEIRO -
RELEVÂNCIA DA FUNDAMENTAÇÃO - DEFERIMENTO -
Requerimento de efeito suspensivo à apelação interposta em
embargos de terceiro. Relevante fundamentação apresentada pelo
requerente. Extinção prematura dos embargos, sem observância do
contraditório em relação a apuração do valor da dívida. Risco de
prejuízo a terceiro arrematante de boa-fé. Deferimento do pedido.

(TJ-RJ - ES: 00324130320198190000, Relator: Des(a). EDSON


AGUIAR DE VASCONCELOS, Data de Julgamento: 24/07/2019,
DÉCIMA SÉTIMA CÂMARA CÍVEL)”

“PETIÇÃO. POSSE (BENS IMÓVEIS). AÇÃO DE IMISSÃO NA


POSSE. PEDIDO DE ATRIBUIÇÃO DE EFEITO SUSPENSIVO
AO RECURSO DE APELAÇÃO. DEFERIMENTO.
SATISFEITOS OS REQUISITOS DO ART. 1.012 DO NCPC,
POSSÍVEL O ACOLHIMENTO DO PEDIDO. HIPÓTESE EM

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QUE RELEVANTE A FUNDAMENTAÇÃO APRESENTADA E


DEMONSTRADO O RISCO DE OCORRÊNCIA E DANO DE
DIFÍCIL REPARAÇÃO. PEDIDO DEFERIDO. ( Petição Nº
70081792152, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do
RS, Relator: Pedro Celso Dal Pra, Julgado em 06/06/2019).”

Neste quadro, cabível a atribuição de efeito suspensivo ao


recurso de apelação, a fim de que se mantenha a situação fática hoje
existente, até o julgamento do recurso de apelação pelo Colegiado.

II- DA EXTINÇÃO DOS EMBARGOS SEM JULGAMENTO DO


MÉRITO

Do interesse de agir da parte Apelante

A Ilustre juiza “ a quo”, julgou os embargos de terceiros,


extinto sem julgamento do mérito conforme art. 485 do CPC:

Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:

VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse


processual;

Primeiro, com todo o acatamento a decisão “ a quo”, não há


como a apelante concordar com a extinção do processo, uma vez que a
mesma tem total interesse processual e legitimidade, uma vez que adquiriu
o imóvel em leilão público e pagou o preço; sendo que até a data da
arrematação do leilão pela Apelante, a dita “venda” do imóvel efetuado
pelo Apelado, não era público, e ainda, não houvera a transcrição da venda
na matricula do imóvel; ou seja, não houve publicidade ao ato, tanto que a
própria Caixa Ecômica Federal, levou o imóvel a leilão.

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Portanto, a aquisição é legítima e foi concretizada, é de direito


legítimo da apelante a continuidade na posse do referido imóvel, uma vez
que adquiriu o referido bem, obedecendo todos os ditames legais, o que
efetivamente assim não procedeu o apelado, que até então, ou seja, até o
leilão, era oculto e não constava qualquer restrição contra aquisição do
imóvel em leilão. Assim, desmostrado suficientemente o total interesse de
agir da apelante, o que se comprova com os documentos elencados nos
embargos, colaborando para esclarecer eventuais dúvidas no tocante a
transação concretizada.

Outra situação, é o fato de que embora na sentença seja


atribuida sem julgamento de mérito; ao contrário, houve sim o julgamento
do mérito, senão vejamos:

A Nobre Juíza afirma na sentença:

“(...) A parte autora não possui sobre esse imóvel qualquer direito.

É dos autos que em data posterior à aquisição do imóvel pelo


embargado, emnovembro de 2021, a parte embargante teria
apresentado proposta pra aquisição em leilão doimóvel localizado
na Rua Rosa Cotine, 228, lote 11, quadra 24, gleba G (fls. 49

Como se vê, a descrição do imóvel adquirido pela parte embargante


nãocorrespondente ao bem objeto dos autos em apenso, adquirido
pelo embargado (há nítidadivergência de numeração do imóvel: 166
e 228)

Não bastasse a diferença de numeração, observo que, conforme


descreve a própria inicial, a própria alienante, Caixa Econômica
Federal, comunicou à embargante sobre o erro na descrição do

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imóvel no edital, via correspondência eletrônica, razão pela qual a


compra nãopoderia se concretizar.

A parte autora, portanto, nenhum direito adquiriu sobre o imóvel


objeto deimissão de posse nos autos em apenso, não podendo ser
considerada como "terceiro" ameaçadode sofrer constrição em seus
bens.

Merítíssimo, não assiste razão a respeitavel decisão da


juíza “ a quo”, quando declara que a parte apelante não possui nenhum
direito, pois, está implícito o julgamento do mérito.

De igual pleito a forma para o reconhecimento do


direito da parte Apelante, e a manutenção da liminar concedida, para a
suspensão da imissão da posse pelo Apelado, ate o julgamento do presente
processo.

III. Dos Fatos que Ensejaram o Ajuizamento da Demanda

O Apelado promoveu contra a empresa J.RUFINU´S


DIESEL LTDA, ação de Imissão de Posse c.c pedido liminar e taxa de
possse; em sua exordial, informou que adquiriu através da Caixa
Economica Federal, o lote nº 11, da Rua Rosa Cotine, 166, Gleba G -
Osasco -SP, matricula nº 5708.

Alega que não conseguiu obter a posse do lote, e requereu


pedido liminar,o que fora concedida “inaudita altera pars” , a fim de se
emitir na posse do imóvel.O que foi concedido pelo juiz “ a quo”.

A Apelante ingressou com embargos de terceiro, sendo


concedida a liminar para suspensão da imissão de posse do Apelando.

Antes de refutar a sentença aqui debatida, cabe aqui


informar uma situação importântíssima, que foi totalmente ignorada
pelo juízo “a quo”, qual seja, o Processo Judicial Federal em trâmite.

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IV- Do processo em trâmite perante a Justiça Federal – DA CONCEDIDA


TUTELA DE URGÊNCIA naqueles autos PARA OBSTAR
QUALQUER ALIENAÇÃO DO IMÓVEL E REGISTRO

Conforme se comprovou a Apelante em 01/11/2021 arrematou


o imóvel localizado na RUA ROSA COTINE, N. 228, LOTE 11 Q 24
GLEBA G, matrícula 5708, em hasta pública, através de leilão virtual
efetuado pela Caixa Econômica Federal, direto do site https://venda-
imoveis.caixa.gov.br; pelo preço à vista de R$ 180.100,00 (cento e oitenta
mil e cem reais).

Pois bem, a Apelante venceu a disputa do imóvel no leilão


público, e arrematou o bem, conforme comprova a farta documentação que
ora se anexa:
 Email da Caixa informando à autora que sua
proposta havia sido classificada e já
informando referente o boleto para pgto.
(doc.01).
 Proposta de compra enviado pela Caixa
(doc.02)
 Pagamento à vista do preço do imóvel através
do Boleto enviado pela Caixa pela
autora(doc.03)
 Email enviado pela Caixa à autora, ratificando
a arrematação, o pagamento do preço à vista e
parabenizando a autora por ter adquirido o
imóvel.(doc.04)
 Pagamento do ITBI do imóvel – (doc.05)
 Print do site da Caixa, comprovando a
evolução da contratação da autora em 100%
concluído, apenas no aguardo da assinatura da
escritura.(doc.06)

A escritura estava sendo efetuado através da agência


Santana, com acompanhamento do corretor/Imobiliária da Caixa MLP
Boni.

Porém, em 03/01/2021, a parte Apelante recebeu um


email da Caixa Econômica Federal, informando a ocorrência de um erro, e
que não poderia ser lavrado a escritura do imóvel.

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Prezado Senhor,
 C/C AG SANTANA/SP
1             Esclarecemos que infelizmente houve erro no
cadastramento do bem nº 10004175 em que constou o endereço
“RUA ROSA COTINE, N. 228, LOTE 11 Q 24 GLEBA G, matrícula
5708” quando o correto era que houvesse constado o endereço
“LOTE 20, GLEBA G, QUADRA 24” conforme matrícula nº 24.238
que anexamos para vossa consulta.
2             O bem de matrícula 5708, foi cadastrado sob o
nº 10004157 e recebeu proposta de compra por parte de FLAVIO
SALOZANO NETO em 28/09/2021 estando em fase de registro(...).”
3             Dessa forma, os editais de venda foram publicados
erroneamente, pelo que não há como dar continuidade à
contratação.”

Ato contínuo, a Apelante totalmente aflita com a


situação, enviou email no mesmo dia à Caixa Econômica Federal, porém,
não obteve retorno.
Ante a ausência de resposta da Caixa, e qualquer
registro público até aquela data, e tendo sido pago o preço à vista do imóvel
R$ 180.000,00 (cento e oitenta mil reais), como de igual forma, pago o
ITBI em 17/12/2021, já em vias de assinatura de escritura no Cartório; a
Embargante em 05/01/2022 ingressou com Ação Declaratória de Validade
de Arrematação de Imóvel em Hasta Pública c.c Tutela de Urgência,
processo nº 5000017.97.2022.403.6.130 em face da Caixa Econômica
Federal, a fim de ratificar judicialmente sua compra.

Em 11/01/2022 a Apelante anexou Matrícula


Atualizada do imóvel, onde não constava absolutamente nenhum registro
de venda em hasta pública. (anexa cópia da matrícula juntada naqueles
autos).

A juíza da 2ªVara Federal de Osasco, em 20/01/2022


Dra. Adriana Freisleben De Zanetti, concedeu a Tutela de urgência à
Embargante, a fim de obstar registro de venda na matricula do imóvel até
deliberação, (cópia do despacho em anexo), aqui se transcreve:

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“Decido:
O artigo 300 do CPC/2015 prevê que a tutela de urgência
será concedida quando houver elementos que evidenciem a
probabilidade do direito (fumus boni iuris) e o perigo de dano ou o
risco ao resultado útil do processo (periculum in mora).Consta dos
autos que a autora em 03/01/2022 recebeu um email da CEF
informando que a propriedade em litígio, qual seja, RUA ROSA
COTINE, N. 228, LOTE 11 Q 24 GLEBA G – OSASCO – SP -
matrícula 5708, tem uma “proposta de compra” por parte de
FLAVIO SALOZANO NETO em 28/09/2021, e que por esse
motivo não poderia ter ido a leilão.Verifica-se que a autora
consagrou-se vencedora, arrematando o imóvel localizado na RUA
ROSA COTINE, N. 228,LOTE 11 Q 24 GLEBA G – OSASCO –
SP - matrícula 5708, em hasta pública ocorrida em 01/11/2021,
através de leilão virtual efetuado pela CEF ora Ré, direto do
site https://venda-imoveis.caixa.gov.br; pelo preço à vista de R$
180.100,00, conforme documento de Id 238913052.
A autora comprova o pagamento do preço do imóvel à
vista, bem como o recolhimento do ITBI do imóvel, conforme Id’s
238913056/238913062.A CEF, ora requerida, sequer comprovou
que, de fato, houve uma “proposta de compra” por parte de
FLAVIO SALOZANO NETO.Ademais, a parte autora, juntou aos
autos matrícula atualizado do imóvel em que consta na última
averbação a consolidação da propriedade em favor da CEF, av 12
de 04 de outubro de 2016 (Id 239679052).Dessa forma, diante dos
elementos constantes dos autos, por si só, demonstra boa-fé e pleno
interesse da autora no imóvel.
Demais disso, Código de Processo Civil de 2015, pauta-
se, dentre outros princípios, pela conciliação.Portanto, em juízo de
cognição sumária, vislumbro os requisitos para o deferimento da
medida.
Posto isso, DEFIRO o pedido de tutela de urgência para
que a ré abstenha-se de alienar o bem imóvel, localizado na RUA
ROSA COTINE, N. 228,LOTE 11 Q 24 GLEBA G – OSASCO –
SP - matrícula 5708, à terceiro, bem como, obstar qualquer
registro público da suposta venda, até ulterior deliberação deste
Juízo.Oficie-se ao 2º Cartório de Registro de Imóveis de Osasco,
junto à matrícula 5.708, para constar a presente ação a fim de dar
publicidade à terceiros.Cite-se a ré que deverá manifestar eventual
desinteresse na autocomposição.”(grifos nossos).

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Ou seja, Nobres Julgadores, a Apelante não ingressou


apenas com os Embargos de Terceiro, Apelante ante a informação da Caixa
Ecôno mica Federal obstando o Registro da Escritura do Imóvel, ingresso
com Ação Declaratório de Reconhecimento de Arrematação, perante a
Justiça Federal, o que foi liminarmente concedida a Tutela de Urgência
para obstar qualquer alienação do bem, conseguente a posse do bem, até o
término daquele processo.

Nota-se que a Apelante ingressou com procesos na


Justiça Federal referente ao imóvel, anteriormente ao processo de imissão
de posse do Apelado, sendo que a medida de urgência pleiteada na ocasião
pela Apelante, fora concedida ANTERIORMENTE a liminar concedida da
favor do Apelado na Imissão de Posse.

PORTANTO, NOBRE JULGADOR, O PROCESSO


FEDERAL QUE AINDA ESTÁ EM TRÂMITE CUJO O OBJETO É
EXATAMENTE A LEGITIMIDADE DA ARREMATAÇÃO
EFETUADA PELA PARTE APELANTE, NÃO PODE SER IGNORADO;
SENDO QUE A MEDIDA PROTETIVA A FAVOR DA APELANTE e
DA EMPRESA JR RUFINUS DIESEL (recuperação judicial), deve ser
DEFERIDA CONTRA A IMINENCIA DE UMA EVENTUAL IMISSÃO
DE POSSE E ALIENAÇÃO DO BEM; QUE FOI DE FATO ANTERIOR
AO PROCESSO PRINCIPAL DE IMISSÃO DE POSSE DO APELADO,
ORIGINANDO POSTERIOR OS PRESENTES EMBARGOS DE
TERCEIROS.

IV-DO MÉRITO DA SENTENÇA

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A juiza “ aquo”, afirmou em sua sentença:

“Falta à embargante legitimidade para manejar embargos de terceiro no


casoconcreto visto não possuir sobre o imóvel em questão qualquer
direito.

O embargado comprovou a aquisição regular do imóvel situado na Rua


RosaCotine, 166, lote 11, gleba G, quadra 24 através de leilão, em
setembro de 2021, registrando escritura junto à matrícula do imóvel em
04.01.2022 (matrícula do imóvel número 5708)”grifei

Como já refutado anteriormente Excelência,reprisando a


Apelante tem total legitimidade e interesse nos Embargos de Terceiro, por
ser efetivamente compradora de boa fé do imóvel em questão, anotando
que, a referida TRANSCRIÇÃO DA MATRÍCULA SÓ FOI
EFETUDADA, em 04/01/2022, ou seja, posterior a arrematação do bem
pela apelante.

E ao contrário do que a r. Sentença declara, o


embargado(apelado) diferente da Apelante não comprovou em nenhum
momento a aquisição regular do imóvel, tanto que em seu processo de
imissão de posse, o mesmo não anexou qualquer documento comprobatório
da referida compra e venda do imóvel, objeto do presente recurso.

Ao contrário do exposto, a Apelante comprovou habil e


documentalmente o regular aquisição no LEILÃO PÚBLICO DA
CAIXA, do lote em questão.

A juiza afirmou na sentença:

“Como se vê, a descrição do imóvel adquirido pela parte Apelante não


correspondente ao bem objeto dos autos em apenso, adquirido pelo
embargado (há nítidadivergência de numeração do imóvel: 166 e 228”

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Nobre Julgador, se houve confusão referente ao


número do imóvel isso não constou e nem foi público no leilão, ao
contrário, em toda documentação fornecida pela Caixa, comprova-se que
realmente foi o lote 11 da Gleba G que foi a leilão, cuja arrematação se
procedeu pela Apelante. Consigne-se Douto Julgador, que a publicação
em edital consta candidamente que o leilão se refere ao lote 11 da gleba
G, da Rua Rosa Cotine, e não de lote diverso.

É certo que a tramitação e regularização do lote


adquiido foi procedida rigorosamnte com ditames legais, obedecendo
todas as exigências da ora vendedora Caixa Economica; portanto, Data
Máxima Vênia, NÃO FOI CARACTREIZADO QUALQUER ERRO
NA AQUISIÇÃO DO BEM, CONFORME QUER FAZER CRER O R.
DECISÓRIO.

HOUVE EVENTUAL ERRO ALGUM NA


AQUISIÇÃO DO BEM IMÓVEL, sendo reconhecido pela própria
Caixa, nos autos da Ação Declaratória de Reconhecimento de Validade
de Arrematação.

Conforme exaustivamente exposto acima, debalde


foram comprovados através de documentos a alegalidade e autenticidade da
ora arrematação do bem em hasta publica, que ocorreu 01/11/2021, ou seja,
04 meses da matricula do imóvel no cartorio pelo Apelado.
O Apelado, por outro lado, embora afirme que
adquiriu o bem pela venda direta em 28/09/2021, pelo valor de R$
145.140,00 (cento e quarenta e cinco mil cento e quarenta reais),
somente recolheu o ITBI em 24 de dezembro de 2021. Ocorre Nobre
Julgadores, que a regularização do bem pelo apelado, foi tardia,
posterior a aquisição da apelante, uma vez que a venda não foi através
de leilão e sim venda direta.
Não foi dado publicidade ao ato, nem mesmo pelo
própria credora Caixa Ecônimica, não houve emissão da Carta de
Sentença; não houve comunicação de aquisição junto ao Cartório de
Registro de Imóveis, não houve qualquer restrição na matrícula
anterior a arrematação pela Apelante.

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Houve apenas uma proposta extrajudicial à Caixa


Economica.

Corroborando com o aicma exposto, colacionamos o


voto da relatora Ministra Nancy Andrighi no Recurso Especial (REsp)
1.724.716, colacionamos :

“a propriedade do bem imóvel só é transferida com o


respectivo registro do título no cartório imobiliário
competente”

Na ocasião, a Terceira Turma do STJ decidiu que os


arrematantes de imóvel em hasta pública têm direito à propriedade,
apesar da existência de contrato anterior de compra e venda do bem
que não foi registrada. Isso porque, até o seu regular registro em órgão
competente, “o ajuste particular gera obrigação apenas entre as partes
envolvidas”.

Segundo a relatora, ministra Nancy Andrighi, a


obrigação perante terceiros (erga omnes) só ocorre com o registro
imobiliário do título, o que no presente caso, não foi feito pelo suposto
comprador e nem pela requerida. “Sob esse enfoque, ausente a
formalidade considerada essencial pela lei ao negócio realizado, não se
pode admitir que o título seja oponível ao terceiro de boa-fé que arremata
judicialmente o imóvel e promove, nos estritos termos da lei, o registro da
carta de arrematação.”

Portanto, Excelência, o STJ já decidiu em caso


análogo, que mesmo tendo contrato particular de compra e venda, o que
não é o caso, mas que não tenha ocorrido o registro, antes do leição, e
posteriormente tendo o imóvel sido arrematado em leilão público, valido é
o direito do arrematante e de sua boa fé.

IV-DO RECONHECIMENTO PELA CAIXA, DA VENDA DO LOTE


11, PARA A APELANTE

Nos autos da ação interposta pela Apelante perante a 2ª Vara


Federal da Subseção de Osasco, processo em trâmite perante o nº
5000017.97.2022.403.6130, a Caixa Econômica, apresentou
contestação, no seguintes termos: (cópia da contestação em anexo).

Priscilafortuna2017@gmail.com
PRISCILA CORREA
_____________________________________________________________________________

“(....) Falta de interesse de agir :

No caso dos autos, a CEF verificou que o BEM imóvel


Comercial nº 10004175, foi vendido em 24/11/2021 a Priscila
Corrêa, CPF: 284.498.388-00, conforme proposta anexa, ou
seja, a própria Autora do caso em questão, sendo certo que
ocorreu a clara perda do objeto em questão, sendo certo que,
a questão já estava resolvida na esfera administrativa.”

Desta forma, o pedido da parte Autora carece de legalidade,


pois se, atendimento violará o ato jurídico perfeito e acabado,
consoante disposto na Constituição Federal, razão pela qual o
processo deverá ser extinto.”

Excelência, e na mesma contestação, a Caixa


Econômica, informa:

“(....) O Imóvel foi incluído no 1º leilão público em


0023/2020 e no 2º leilão público 0024/2020, não acudindo
interesse nos leilões.

Em seguida foi vendido pela modalidade Venda Direta On


line, em 28/09/2021, conforme informado em tópico
preliminar.(...).”

Nobre Julgador, vê-se que na contestação da Caixa,


naqueles autos, a mesma, confirma a venda do imóvel para essa Apelante,
mesmo após ter mencionado de forma confusa, a venda direta on line em
28/09/2021. (Processo em fase de réplica).

Portanto, houve a arrematação do bem pela Apelante em


hasta pública, LEGALMENTE realizado pela Caixa Economica que
ratificou o ato jurídico perfeito.

Diz-se assim, porquanto dos singelos, particulares e


inoponíveis documentos apresentados pelo apelado; que pouco comprova
referente a legitimidade da aquisição do imóvel.

Priscilafortuna2017@gmail.com
PRISCILA CORREA
_____________________________________________________________________________

Portanto, requer a deferimento do EFEITO SUSPENSIVO


ao presente RECURSO DE APELAÇÃO, a fim de se manter a
medida liminar deferida nos autos dos Embargos de Terceiro, a fim
de obstar a imissão de posse pelo Apelado, bem como, que ao final seja,
julgado PROCEDENTE A PRESENTE APELAÇÃO, a fim de reformar
a sentença para o reconhecimento da legitimidade da parte Apelante aos
direitos do imóvel sob judice, nos termos acima, por medida de Justiça !

Osasco, 04 de Outubro de 2022


Nestes Termos
Pede Deferimento.
Priscila Correa
OAB.SP 214.946

Priscilafortuna2017@gmail.com

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