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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO


DO JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE
BAURU-SP

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LAURA GOMES CABELLO E CANHAS, protocolado em 29/09/2018 às 09:41 , sob o número 10214451420188260071.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1021445-14.2018.8.26.0071 e código 3D40FDF.
AÇÃO ORDINÁRIA
PEDIDO DE CONCESSÃO E INCORPORAÇÃO DO
PERCENTUAL DE 40% DO ADICIONAL INSALUBRIDADE
E REFLEXOS LEGAIS C/C INDENIZATÓRIA
DAS PARCELAS EM ATRASO

HELOISA HELENA SOARES DE


SOUZA, brasileira, divorciada, servente de limpeza, portadora da carteira
de identidade RG sob o n°22.877.090-7-SSP-SP, inscrita no CPF/MF sob
o nº 200.727.818.190, residente e domiciliada na Rua Moacir Teixeira, 04-
35, Bauru/SP, CEP 17052-520, através de seus advogados e
procuradores que se subscrevem (mandato incluso – doc. fls. 01), com
escritório na Avenida Rodrigues Alves nº 2-26, Centro, CEP 17015-000,
através de seus advogados e procuradores que se subscrevem
(mandato incluso – doc. fls. 01), com escritório na Avenida Rodrigues
Alves nº 2-26, Centro, CEP 17015-000, na cidade de Bauru/SP, onde
receberão as intimações, com fundamento nos arts. 497, 287, 396, 85,
372 do Código de Processo Civil e nas Leis Municipais nº 3373/1991 e
3786/1994; e demais normas legais aplicáveis à espécie, vem mui
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO ORDINÁRIA - PEDIDO DE


CONCESSÃO E INCORPORAÇÃO DO PERCENTUAL DE 40% DO
ADICIONAL INSALUBRIDADE E REFLEXOS LEGAIS C/C
INDENIZATÓRIA DAS PARCELAS EM ATRASO, em face de

MUNICÍPIO DE BAURU, pessoa


jurídica de direito publico, inscrita no CNPJ nº 46.137.410/0001-80,
situada na Praça das Cerejeiras n° 1-59, Vila Noemi, CEP 17014-900, na
cidade de Bauru/SP, pelos fundamentos de fato e de direito a seguir.
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DOS FATOS

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LAURA GOMES CABELLO E CANHAS, protocolado em 29/09/2018 às 09:41 , sob o número 10214451420188260071.
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1) A Requerente se trata de servidora
pública do Município de Bauru, no cargo de SERVENTE DE LIMPEZA
lotada no PRONTO SOCORRO MUNICIPAL CENTRAL DE BAURU,
voltado para atendimentos de urgência/emergência e de alta
complexidade da população de Bauru e Região, inclusive pacientes
provenientes de presídios.

2) Em face das atividades da


Requerente desenvolvidas no PRONTO SOCORRO MUNICIPAL
CENTRAL DE BAURU, a obreira se encontra exposta aos mais
diversos agentes biológicos contaminantes pelo labor em ambiente
de atendimento/tratamento de pacientes portadores de doenças
infectocontagiosas.

3) Embora evidente o risco a que está


exposta diariamente a Requerente, a mesma não é remunerada
corretamente no que tange ao adicional de insalubridade, que,
atualmente, como demonstrado pelo holerite anexo, é pago no importe
de grau médio, ou seja, no percentual de 20% (vinte por cento) tão
somente.

4) Destarte, como a Requerente se


encontra exposta de forma habitual e permanente a todo o tipo de
agentes infectocontagiosos do Pronto Socorro Municipal Central de
Bauru, faz jus ao ADICIONAL DE INSALUBRIDADE em seu grau
máximo, ou seja, no percentual de 40% (quarenta por cento), razão
pela qual bate às portas do Poder Judiciário.
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DO DIREITO AO RECEBIMENTO DO
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE EM

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GRAU MÁXIMO 40%

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5) O recebimento do ADICIONAL DE
INSALUBRIDADE para os servidores da área da saúde do Município de
Bauru/SP encontra fundamento no artigo 31, 32 e seguintes do estatuto
da categoria, baseando-se o percentual de acordo com o que é
estabelecido pela NR-15 e NR-16 do Ministério do Trabalho.

6) Nesse sentido, confira-se o


que dispõe a Lei Municipal nº 3.373/91:

Artigo 32 - Aos servidores que exerçam tarefas


consideradas insalubres ou perigosas, nos termos
das Normas Regulamentadoras NR-15 e NR-16 do
Ministério do Trabalho, são pagos os seguintes
adicionais:
I de insalubridade, de 10, 20 e 40% (dez, vinte e
quarenta por cento) da referência 01, da tabela para
jornada de oito (8) horas.
/.../

7) Já o Decreto Municipal nº
11.396/10 dispõe:

Art. 2º Serão consideradas atividades e operações


insalubres aquelas que, por sua própria natureza,
condições ou métodos de trabalho exponham os
Servidores Públicos Municipais a agentes nocivos à
saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão
da natureza e da intensidade do agente e do tempo de
exposição aos seus efeitos.
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Art. 4º O adicional de insalubridade será concedido aos


Servidores Públicos Municipais que no exercício de suas

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funções ou atividades estiverem comprovadamente
expostos às condições previstas no artigo 2º desse

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Decreto.

Art. 6º O exercício de trabalhos em condições insalubres,


acima dos limites de tolerância estabelecidos pela Norma
Regulamentadora 15 e todos os seus anexos do
Ministério do Trabalho, assegura ao Servidor Municipal a
percepção de adicional de insalubridade, segundo os
seguintes graus percentuais:
I Grau Máximo: 40% (quarenta por cento);
II Grau Médio: 20% (vinte por cento);
III Grau Mínimo: 10% (dez por cento).
Parágrafo único. Entende-se por Limite de Tolerância,
para fins de concessão do adicional de insalubridade
previsto no caput deste artigo, a concentração ou
intensidade máxima ou mínima, relacionada com a
natureza e o tempo de exposição ao agente, que não
causará dano à saúde do trabalhador durante sua vida
laboral.

Art. 9º Até 31 (trinta e um) de dezembro de 2.010, o


adicional de insalubridade será calculado sobre o padrão
de vencimento 01-A da tabela de vencimentos instituída
pela Lei Municipal 3.373, de 29 de julho de 1.991.
Parágrafo único. A partir de 01 (primeiro) de janeiro de
2.011, o adicional mencionado no “caput” deste artigo
será calculado sobre 75% (setenta e cinco por cento) da
referência C1 dos auxiliares, nos termos indicados pelo
inciso I do artigo 32 da Lei Municipal nº 3.373, de 29 de
julho de 1.991, alterada pelo artigo 54 da Lei Municipal nº
5.975, de 01 de outubro de 2.010.
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Art. 11 A comprovação da condição insalubre ou


perigosa será feita através de Laudo Técnico firmado por
Engenheiro de Segurança do Trabalho ou Médico do

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Trabalho do Serviço de Segurança e Medicina do

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Trabalho SESMT da Secretaria Municipal da
Administração ou profissional habilitado.
§ 1º O Laudo Técnico referido no caput deverá ser
elaborado dentro dos parâmetros indicados pelo Serviço
de Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT,
indicando, dentre outras determinações, se cabível ou
não o pagamento do adicional pleiteado.
§ 2º Em caso de constatação de exposição do Servidor
Público Municipal às condições insalubres, o Laudo
Técnico deverá indicar, dentre outras informações
necessárias, o grau percentual pertinente, o agente
agressivo atuante, bem como o seu enquadramento nos
anexos da Norma Regulamentadora 15 do Ministério do
Trabalho.

8) Como comprovado pelos holerites


anexos, o Município remunera a Requerente no importe de 20%, ou
seja, no grau médio de insalubridade, tendo como fundamento a NR-
15, no seguinte enquadramento:

NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES


ANEXO N.º 14 (Aprovado pela Portaria SSST n.º 12, de
12 de novembro de 1979). AGENTES BIOLÓGICOS
Relação das atividades que envolvem agentes
biológicos, cuja insalubridade é caracterizada pela
avaliação qualitativa.
Insalubridade de grau médio
Trabalhos e operações em contato permanente com
pacientes, animais ou com material infecto- contagiante,
em:
- hospitais, serviços de emergência, enfermarias,
ambulatórios, postos de vacinação e outros
estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde
humana (aplica-se unicamente ao pessoal que tenha
contato com os pacientes, bem como aos que
manuseiam objetos de uso desses pacientes, não
previamente esterilizados);
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9) Todavia, a Requerente está


exposta a condições de trabalho extremas, pois, as mais graves

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ocorrências da cidade e região são encaminhadas para cuidados
médicos no PRONTO SOCORRO MUNICIPAL CENTRAL DE BAURU.

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10) A Requerente, bem como todos os
profissionais que ali se efetivam, realiza o primeiro contato com os
pacientes, muitas vezes, sem o prévio diagnóstico ou conhecimento da
enfermidade a que paciente e profissional estão expostos.

11) Ou seja, o trabalho cotidiano da


Requerente expõe a profissional ao permanente contato com agentes
contaminantes, fazendo jus ao grau máximo do adicional de
insalubridade, constante previsto na NR-15.

NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES
INSALUBRES ANEXO N.º 14
(Aprovado pela Portaria SSST n.º 12, de 12 de
novembro de 1979)
AGENTES BIOLÓGICOS
Relação das atividades que envolvem agentes
biológicos, cuja insalubridade é caracterizada pela
avaliação qualitativa.
Insalubridade de grau máximo
Trabalho ou operações, em contato permanente
com:
- pacientes em isolamento por doenças
infecto-contagiosas, bem como objetos de seu
uso, não previamente esterilizados;
/.../

12) A toda evidência que a


Requerente, exercendo a função que exerce, assim como os demais
funcionários que mantém contato permanente com pacientes e o
ambiente, merecem ter seu adicional de insalubridade rubricado em
percentual máximo.
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13) Na realidade, TODO O


AMBIENTE DA LOCALIDADE É CONTAMINADO.

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14) Ora, ao receber inúmeros
pacientes portadores de doenças infectocontagiosas, resta
categoricamente impossível à esterilização do ambiente de forma
completa a aniquilar todos os agentes biológicos capazes de transmitir
tantas doenças.

15) Ou seja, para àqueles que


laboram nas dependências do Pronto Socorro Municipal Central de
Bauru, há que ser deferido o pagamento de adicional de insalubridade
em grau máximo.

16) Importante destacar que, os


fatos aqui narrados correspondem exatamente àqueles dispostos no
Processo nº 1015718-79.2015.8.26.0071, em relação ao qual a 5ª
Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo
decidiu condenar a requerida a proceder a inclusão do valor relativo
ao adicional de insalubridade de grau máximo nos vencimentos da
autora, bem como ao pagamento das parcelas vencidas, desde a
data do início do exercício nas funções consideradas insalubres
(levando-se em consideração que ela já percebia adicional no
importe de 20%), seus reflexos. Confira-se a ementa do julgado:

SERVIDORA PÚBLICA MUNICIPAL DE BAURU.


ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. Lei Municipal
n.3.373/91 e Decreto Municipal n. 11.396/10. Auxiliar de
enfermagem. Pretensão ao percebimento de Adicional de
Insalubridade. Admissibilidade. A alteração promovida
pela EC n. 19/98 não resulta na vedação do pagamento
da vantagem aos servidores públicos. Autonomia do
Município para legislar sobre a carreira e remuneração
de seus servidores. Exercício das funções em
condições insalubres em grau máximo comprovado
por perícia. Legislação municipal que prevê a base de
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cálculo do benefício. Recurso voluntário não provido e


reexame necessário, considerado suscitado, provido em

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parte, com observação.
(Tribunal de Justiça de São Paulo TJ-SP:

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10157187920158260071 SP 1015718-
79.2015.8.26.0071) (destaques não constam do original)

17) Note-se que, a decisão do V.


Acórdão de deferimento de Adicional de Insalubridade em grau máximo
está alicerçada em perícia ambiental, que indicou o grau percentual da
insalubridade, o agente agressivo e o enquadramento nos anexos da
NR-15 do Ministério do Trabalho e Emprego. Confira-se o que conclui o
Expert:

O PSM Central não possui leitos suficientes para atender


toda a demanda da cidade e por conta disto, muitos
pacientes, entre eles inúmeros com doenças
infectocontagiosas são atendidos em qualquer uma das
salas das instalações do PSM e até mesmo nos
corredores, sem que haja qualquer isolamento de tais.
Por conta disto, o ambiente em si do PSM é insalubre,
pois não existe uma esterilização funcional o
suficiente para neutralizar os agentes, bem como
EPIs para tanto, com a circulação de pacientes e
funcionários a vontade. Existe nas instalações uma
única sala de isolamento que comporta o tratamento de
apenas um único paciente e sem a tecnologia adequada
para que de fato seja considerada como um isolamento,
os demais são tratados e instalados nas salas e
corredores. A insalubridade em grau máximo se dá,
ainda, devido ao grande fluxo de pacientes, relatado
documentalmente pelos livros de registros
analisados.
(Prova emprestada Tribunal de Justiça de São Paulo TJ-
SP: 10157187920158260071 SP 1015718-
79.2015.8.26.0071). (destaques não constam do original)
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18) Da leitura do laudo, conclui-

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se que, a ausência de uma área de isolamento não torna o Pronto
Socorro Municipal Central de Bauru insalubre em grau médio, mas

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sim todo ele insalubre em grau máximo, visto que todos os pacientes,
inclusive os acometidos por doenças infectocontagiosas, são atendidos
em todas as áreas do pronto-socorro.

19) Ora, a perícia realizada e as


provas apresentadas no processo nº 10157187920158260071,
confirmam os fatos aqui narrados, destacando que, as provas
emprestadas têm como objetivo não só confirmar os fatos alegados,
mas também contribuir para a celeridade e economicidade processual
tão almejada.

20) No mesmo sentido, o Egrégio


Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo manteve a condenação do
Município Réu em diversos casos de servidores lotados no Pronto
Socorro Municipal Central: 1015718-79.2015.8.26.0071; 1018733-
56.2015.8.26.0071; 1015337-71.2015.8.26.0071; 1015713-57.2015.8.26.0071;
1015720-49.2015.8.26.0071; 1015712-72.2015.8.26.0071 (docs. anexos).

21) O Município Réu tem ciência


de que o adicional de insalubridade devido aos servidores do Pronto
Socorro Municipal Central de Bauru é em grau máximo, mas, como
forma de atenuar as despesas da folha de pagamento, realiza
verdadeira “maquiagem” no laudo e enquadra a Requerente e tantos
outros funcionários em grau diverso daquele que realmente é devido.

22) Destarte, a Autora requer a


condenação do Município Réu ao pagamento de adicional de
insalubridade em grau máximo, percentual de 40%, bem como o
pagamento das diferenças de adicional de insalubridade desde o
ingresso no serviço público, e seus reflexos legais.

23) Aliás, esse é o entendimento


consolidado pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo:
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Ementa: RECURSOS DE APELAÇÃO E EX OFFICIO

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EM AÇÃO ORDINÁRIA. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR
PÚBLICO. POLICIAL CIVIL. INSALUBRIDADE.

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ADICIONAL DEVIDO A PARTIR DO EFETIVO
EXERCÍCIO DO CARGO. 1. Servidor público estadual,
escrivão de polícia, que somente passou a receber o
adicional de insalubridade após a homologação do laudo
pericial, nos termos da Lei Complementar Estadual n°
432/85. Incontroversa a insalubridade do cargo, sendo o
adicional de insalubridade devido desde o exercício
efetivo do cargo. Homologação de laudo pericial que
possui natureza declaratória, o que não afasta o direito
ao recebimento do adicional desde o início da atividade
insalubre. (1008871-18.2014.8.26.0032 Apelação /
Reexame Necessário / Adicional de Insalubridade
Relator(a): Marcelo Berthe Comarca: Araçatuba. Órgão
julgador: 5ª Câmara de Direito Público Data do
julgamento: 27/07/2015 Data de registro: 05/08/2015)

Ementa: SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL - Adicional


de Insalubridade - Pretensão ao recebimento desde a
admissão - Admissibilidade - Laudo que tem efeito
meramente declaratório e seus efeitos retroagem à
data em que a atividade insalubre começou a ser
exercida – Precedentes desta C. 4ª C. de Direito Público
– Não incidência da Lei n. 11.960/09 – Ação, na origem,
julgada procedente – Sentença mantida - Recurso oficial
que se considera interposto – Recursos desprovidos.
(0045721-64.2010.8.26.0053 Apelação / Reajustes de
Remuneração, Proventos ou Pensão Relator(a): Ana
Liarte Comarca: São Paulo Órgão julgador: 4ª Câmara
de Direito Público Data do julgamento: 27/07/2015 Data
de registro: 04/08/2015).
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Ementa: POLICIAL MILITAR – ADICIONAL DE


INSALUBRIDADE – Pretensão de recebimento a partir
do ingresso na carreira – Sentença de procedência da

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demanda – Vantagem devida desde o advento do

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trabalho insalubre – Laudo de constatação da
insalubridade que possui natureza declaratória e não
constitutiva – Precedentes – Sentença mantida –
Apelação não provida.
(1000040-12.2015.8.26.0269 Apelação / Reexame
Necessário / Gratificações e Adicionais Relator(a):
Manoel Ribeiro Comarca: ItapetiningaÓrgão julgador: 8ª
Câmara de Direito Público Data do julgamento:
22/07/2015 Data de registro: 23/07/2015)

DA OBRIGAÇÃO DE FAZER

24) Para que a Requerente seja


remunerada da forma correta no que concerne à exposição permanente
à agentes biológicos infectocontagiosos, se faz necessária a
declaração do direito da Autor ao percentual de 40% a título de
adicional de insalubridade e a condenação do Município Réu à
alteração dos atuais 20% para 40%.

25) O pleito é plenamente viável


na medida do que determina o art. 497 do Código de Processo Civil.

Art. 497. Na ação que tenha por objeto a prestação de


fazer ou de não fazer, o juiz, se procedente o pedido,
concederá a tutela específica ou determinará
providências que assegurem a obtenção de tutela pelo
resultado prático equivalente.
Parágrafo único. Para a concessão da tutela
específica destinada a inibir a prática, a reiteração ou
a continuação de um ilícito, ou a sua remoção, é
irrelevante a demonstração da ocorrência de dano ou
da existência de culpa ou dolo.
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26) Assim, em sede de


provimento final, há que se constar na decisão terminativa a

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determinação para que o Requerido realize a alteração do percentual
pago a título de adicional de insalubridade, sob pena de incorrer em

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multa no caso de descumprimento como determina o Artigo 287 do
Código de Processo Civil:

Art. 287. Se o autor pedir que seja imposta ao réu a


abstenção da prática de algum ato, tolerar alguma
atividade, prestar ato ou entregar coisa, poderá requerer
cominação de pena pecuniária para o caso de
descumprimento da sentença ou da decisão
antecipatória de tutela (arts. 461, § 4o, e 461-A).

DOS PEDIDOS

Diante do exposto, é a presente para


requerer a Vossa Excelência:

A- A citação do Requerido nos


moldes do art. 246 do Código de Processo Civil, para, querendo,
apresente defesa no prazo legal, sob pena de revelia.

B- A TOTAL PROCEDÊNCIA do
pedido para que seja declarado o direito da Requerente à percepção
do adicional de insalubridade em grau máximo no percentual de
40% e o Requerido seja condenado na obrigação de fazer, a teor do
art. 497 do Código de Processo Civil, consistente em para condenar a
requerida a proceder a inclusão do valor relativo ao adicional de
insalubridade de grau máximo nos vencimentos da autora, bem como
ao pagamento das parcelas vencidas apostilar o percentual de 40% a
título de adicional de insalubridade, sob pena de aplicação de multa
a ser fixada pelo MM. Juízo, em valor significativo e crescente, não
substitutivo da obrigação principal, sem prejuízo do crime de
desobediência; bem como em realizar o pagamento das diferenças
de adicional de insalubridade desde o ingresso no cargo e dos
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reflexos legais, quais sejam férias, décimo terceiro, terço constitucional,


quinquênio, sexta parte e demais consectários legais, tomando-se

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como base de cálculo os vencimentos integrais, direitos e vantagens
pessoais constantes em holerites da Requerente, tudo com a devida

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correção monetária, e ainda, juros de mora, bem como, ao término,
seja condenada nas custas e despesas processuais, e nos honorários
de sucumbência, estes arbitrados por Vossa Excelência em patamar
máximo, a teor dos preceitos contidos no art. 85 do Código de
Processo Civil;

C- Deferimento da produção de
PROVA EMPRESTADA conforme o art. 372 do Código de Processo
Civil com relação ao processo nº 1015718-79.2015.8.26.0071, autora:
Marina de Fátima Sardinha Leite e réu: Município de Bauru, em tramite
a MM. 1ª Vara da Fazenda Pública de Bauru.

REQUER-SE, AINDA:

Por derradeiro, a Autora requer os


benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, sendo que para esse fim
DECLARA, nos termos da Lei 1060/50, que não se encontra em
condições de pagar as custas do processo e os honorários de
advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família, consoante faz prova
a anexa DECLARAÇÃO DE POBREZA (doc. fls. 02), firmada sob as
penas da Lei.

Protesta provar o alegado por todos


os meios permitidos em direito, notadamente através do depoimento
pessoal do representante legal do Instituto Réu, ou quem suas vezes
fizer, testemunhas, documentos, perícia, e outras que se evidenciarem
necessárias no decorrer da lide.
OAB/SP Nº 178.777
EURÍPEDES FRANCO BUENO

OAB/SP Nº 161.148
Nestes Termos,
P. E. Deferimento.

LAURA GOMES CABELLO E CANHAS


OAB/SP Nº 74.357
Bauru, 25 de setembro de 2018.

LUIZ FERNANDO BOBRI RIBAS


para fins de alçada e custas, o valor de R$ 13.000,00 (treze mil reais).
Atribui-se à presente, tão-somente
fls. 14

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LAURA GOMES CABELLO E CANHAS, protocolado em 29/09/2018 às 09:41 , sob o número 10214451420188260071.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1021445-14.2018.8.26.0071 e código 3D40FDF.

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