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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) JUIZ (A) DA VARA DA FAZENDA

PÚBLICA DA CIDADE DE NOVA LIMA - MG

CLEICIANO VALADARES DO CARMO, brasileiro, casado, portador da


cédula de identidade nº MG-5.954.961, inscrito no CPF nº 050.087.346-10,
domiciliado na Travessa Horácio Barbosa, 2575 CA E, Pastor da Balança, Nova
Lima/MG, CEP 3401260, vem, respeitosamente perante V. Exa., por meio de seu
procurador ao final assinado, propor a presente

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS em face de

ESTADO DE MINAS GERAIS, CNPJ Nº 18.715.615/0001-60, com endereço na Rod


João Paulo II, 4001, Bairro Serra Verde, Belo Horizonte/MG, CEP: 31.630-901, pelos
fatos e fundamentos abaixo aduzidos:

DOS FATOS

A reclamante foi contratada no dia 09 de junho de 2010, para a função de


‘servente', sendo este o seu cargo atual.

A obreira percebeu como último salário o valor de R$ 1.352,49 (mil, trezentos e


cinquenta e dois reais e quarenta e nove centavos) mensais, e laborava das 07h00min
às 17h00min entre segunda e quinta feira e na sexta laborava das 07h00min às
16h00min., com uma hora de intervalo para refeição e descanso.
2 - DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

A reclamante durante todo o pacto laboral realiza serviços de varredura de


chão, recolhimento de lixo e a limpeza de banheiros em diversos locais com intensa
circulação de pessoas. Sendo que na maior parte do contrato realiza esses serviços na
GERMA (gerencia regional de manutenção) LESTE POMPEIA, situada à Rua Coronel
Otávio Diniz, 113 - Pompéia,, Belo Horizonte - MG, 30270-000, onde circulam
centenas de pessoas por dia.

A súmula 448 do TST, garante aos trabalhadores que realizam a limpeza de


sanitários de grande circulação o direito à percepção do adicional de insalubridade
em grau máximo.

Nesse sentido, se manifesta a jurisprudência consubstanciada na Súmula 448


Inciso II do TST:

II - A higienização de instalações sanitárias de uso público ou


coletivo de grande circulação, e a respectiva coleta de lixo, por
não se equiparar à limpeza em residências e escritórios, enseja
o pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo,
incidindo o disposto no Anexo 14 NR 15 da portaria do TEM,
N. 3214/78 quanto a coleta e industrialização de lixo urbano.

Desta forma, a obreira faz jus à insalubridade em grau máximo durante todo o
pacto laboral, bem como seus reflexos em RSR, férias +1/3, 13º Salário e FGTS.

3. HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS

Tendo em vista a nova legislação que versa acerca dos honorários


sucumbenciais e que, ao tempo da tramitação do presente feito já estará em vigência,
e por se tratar de norma processual que não prejudica ato processual já formalizado,
aplica-se de forma imediata.
Requer seja condenada a empresa reclamada ao pagamento dos honorários de
sucumbência ao teor do artigo Art. 791-A da CLT (reformada) a ser arbitrado por
esse juízo.

4. DOS PEDIDOS E DOS REQUERIMENTOS

Pelo exposto, pleiteia a reclamante:

A) Pagamento do adicional de insalubridade em grau máximo durante todo o


pacto laboral (ÚLTIMOS 5 ANOS) ........................................................................R$
29.088,00

B) Pagamento dos reflexos do adicional de insalubridade em grau máximo


durante todo o pacto laboral em RSR, férias + 1/3, 13º Salário,
FGTS .................................................................................................R$ 10.006,27

C) Pagamento dos honorários sucumbenciais de 10%.................R$ 3.909,43

D) a inclusão do adicional de insalubridade na folha de pagamento da


Reclamante

Para tanto, requer:

Requer os benefícios da Justiça Gratuita, por ser a Reclamante


pobre no sentido legal, não tendo condições de arcar com as despesas processuais
sem prejuízo de seu sustento e de sua família.

Ressalva, a incidência de juros e correção monetária, nos termos da


legislação trabalhista específica, a incidir sobre todas as parcelas ora pleiteadas.
Reconhecido o direito da obreira, requer a inclusão do adicional de
insalubridade em sua folha de pagamento.

Ante o exposto, requer a Reclamante que V. Exa. digne-se a


determinar a notificação da Reclamada, no endereço indicado, na pessoa de seu
representante legal para, querendo, responder a todos os termos e atos da presente,
sob pena de revelia e confissão, acompanhando, se lhe for do seu interesse, até
decisão final que julgará totalmente procedentes os pedidos do presente feito,
condenando a Reclamada no pagamento das parcelas ora pleiteadas, bem como
custas e demais despesas processuais.

Requer provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em Direito,


mormente documental, testemunhal, pericial e depoimento pessoal do
representante legal da Reclamada, sob pena de confissão.

Dá-se à causa o valor de R$ 43.003,70 (quarenta e três mil, três reais e setenta
centavos).

Nestes termos,

Pede deferimento.

Belo Horizonte, 30 de maio de 2022.

P.p Juliano Pereira Nepomuceno


OAB/MG 73.683

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