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EXCELENTÍSSIMO (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA _______ VARA DO

TRABALHO DA COMARCA DE ARACAJU, ESTADO DE SERGIPE

JOÃO VITOR SOUZA SANTOS, brasileiro, Tecnico de rede, solteiro,

documento de identidade RG sob n° 3.987.735-3 SSP/SE e CPF sob nº

097.929.605-62, PIS sob nº 161.95915.71-9 residente na Rua H, nº155, Lot Jaluzi,

Piabeta, Nossa Senhora do Socorro/SE, CEP: 49.160-000, vem por intermédio de

suas advogadas infra-assinadas, mediante instrumento de mandato incluso,

com endereço para intimações no rodapé, propor a presente;

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, PELO RITO SUMARISSÍMO

Em face de ULTRAFIBRA COMERCIO E SERVIÇO LTDA, pessoa jurídica

de direito privado, inscrita no CNPJ nº 11.425.289/0001-07, Domiciliada em

R Ver João Menezes Oliveira, Nº91, Industrial, Aracaju/SE, Cep: 49400-000, que

faz de acordo com os fundamentos fáticos e jurídicos a seguir expostos:

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Email: robertamendonca_advocacia@hotmail.com
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DA JUSTIÇA GRATUITA

O artigo 98 do Código de Processo Civil, disposto na Lei 7.115/83, e

inciso LXXIV do art. 5º da Constituição Federal assegura a assistência judiciária

gratuita, compreendendo custas processuais e honorárias advocatícias, a todos

aqueles que não têm condições de arcar com as despesas do processo sem

prejuízo do sustento próprio ou de sua família, bastando para tanto que afirme

em Juízo esta condição, sob pena de pagamento até o décuplo das custas

judiciais.

Destarte, o autor afirma, não possuir, no momento, meios para custear as

despesas processuais sem prejuízo do seu sustento próprio e de seus familiares,

ciente, inclusive, das sanções impostas pelo art. 299 do Código Penal, conforme

declaração em anexo.

Portanto, requer a concessão dos benefícios da justiça gratuita na forma

parágrafo 3º do artigo 790 da CLT.

I – DA INVIABILIDADE DE PERMANECER TRABALHANDO ATÉ A SENTENÇA

Tendo em consideração o motivo da presente reclamatória trabalhista, é fácil

supor que o ambiente de trabalho já não é saudável, psicologicamente falando.

Acrescentando a propositura da presente ação, torna-se inviável a permanência do

Reclamante nas atividades laborais até o fim do processo.

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II - DOS FATOS

O Reclamante foi admitido pela Reclamada em 01/07/2021, para exercer o cargo

de Téc de rede. Como benefícios de seu contrato de trabalho, o Reclamante recebe

(deveria receber): Seu salário, adicional de periculosidade bem como todas as verbas

trabalhistas comuns e previstas em lei, bem como o recolhimento do INSS. Faz bem

informar que o último salário base recebido pelo Reclamante foi no valor de R$ 1.392,23

(um mil, trezentos e noventa e dois reais e vinte e três centavos).

Os préstimos laborais exercidos pelo Reclamante eram, diariamente de pegar

ordem de serviços, deslocar até a casa do cliente com o carro da empresa realizar

instalação, e manutenção. Ocorre que excelência o reclamante nunca recebeu adicional

de periculosidade o qual faz juz e nunca teve acesso ao seu demonstrativo de

pagamento.

Ademais, a Reclamada só efetuou o deposito de seu FGTS do mês de julho e

agosto de 2021(conforme extrato FGTS anexo). E não concedeu férias ao reclamante

referente ao período aquisitivo de 01/07/21 a 01/07/2022.

Sendo assim, propor a presente reclamação trabalhista é o meio necessário para

o reclamante pleitear o que é de direito.

2.2 DA FALTA DE DEPÓSITOS NA CONTA VINCULADA DO FGTS

Ocorre que a Reclamada não vem cumprindo as obrigações do contrato, pois

vem deixando de realizar os depósitos do FGTS do Reclamante desde setembro de 2021.

Totalizando a quantia de R$ 1.948,28 (um mil novecentos e quarenta e oito reais

e vinte e oito centavos).

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2.3 DA TENTATIVA DE ACORDO

Apesar de saber sobre todos os direitos que lhe são assegurados, o Reclamante

tentou acordo com a Reclamada, buscando evitar os estresses que uma ação judicial

proporciona, mas não obteve êxito, visto que foi informado que se quisesse receber suas

verbas trabalhistas deveria recorrer à justiça ou pedir demissão e, consequentemente,

não ter acesso a seus direitos.

Nesse sentido, e sentindo que não é mais possível seguir com uma relação de

trabalho harmoniosa, o Reclamante decidiu prosseguir com a presente reclamatória

trabalhista com pedido de rescisão indireta.

III – DO DIREITO

3.1 DA CARACTERIZAÇÃO DA RESCISÃO INDIRETA

O Reclamante mira sua pretensão com base no previsto no art. 483 da CLT, que

determina:

Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o

contrato e pleitear a devida indenização quando:

b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores

hierárquicos com rigor excessivo;

d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato;

No caso em questão, estão presentes diversas circunstâncias que se enquadram

nas alíneas acima mencionadas. Primeiramente, o rigor excessivo ficou caracterizado na

proposta de acordo de demissão, a Reclamada nem se deu ao trabalho de analisar a

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proposta, já dizendo que se o Reclamante desejasse receber seus direitos trabalhistas

deveria recorrer a ação judicial, ou pedir demissão.

Em relação ao não cumprimento das obrigações do contrato, restou

caracterizado quando os depósitos do FGTS e INSS deixaram de ser realizados, além

do adicional de periculosidade que nunca foi pago.

Nesse sentido, analisemos as seguintes jurisprudências:

TST – RR: 10009201820185020301, Relator: Alberto Luiz

Bresciani de Fontan Pereira, Data de julgamento: 16/08/2020,

3a Turma, Data de Publicação: 28/08/2020

RECURSO DE REVISTA. RESCISÃO INDIRETA DO

CONTRATO DE TRABALHO. AUSÊNCIA DE

RECOLHIMENTO DO FGTS. A retenção indevida de

parcelas relativas ao FGTS é motivo suficiente para o

reconhecimento da rescisão indireta, representando prática de

falta grave do empregador. Recurso de revista conhecido e

provido.

AIRR 15679720135030003, Relatora Ministra: Maria Helena

Mallmann, Data de julgamento: 14/12/2015, 4a Turma, Data de

publicação: DEJT 18/12/2015.

AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA

INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI o 13.015/2014.

RESCISÃO INDIRETA. PAGAMENTO DE SALÁRIOS.

ATRASO. RECOLHIMENTO DO FGTS.

IRREGULARIDADE. Delimitado o atraso recorrente no

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pagamento dos salários, bem assim a irregularidade no

recolhimento do FGTS, resulta inafastável o reconhecimento

da rescisão indireta do contrato de trabalho, na forma do art.

483, d, da CLT. Precedentes. Agravo de instrumento a que se

nega provimento.

Cabe destacar que o Reclamante sempre cumpriu suas funções de forma

profissional, dedicada e pontual, e o que recebe em troca é a recusa do cumprimento de

direitos básicos inerentes ao contrato de trabalho e a dignidade humana.

Nesse sentido, nota-se a impossibilidade de manutenção do contrato de

trabalho ante a caracterização da rescisão indireta de acordo com o art. 483, alíneas b e

d, da CLT.

E já que resta a configuração da rescisão indireta, que seja a Reclamada

obrigada a dar baixa na CTPS do Reclamante, fazendo as devidas anotações e pagando

todas as verbas trabalhistas bem como o adicional de periculosidade e o recolhimento

do INSS.

3.3 Do adicional de Periculosidade (CLT, art. 193)

Durante todo o período contratual o Reclamante laborou com energia elétrica.

Todavia, nada foi pago nesse sentido.

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A atividade desenvolvida pelo Reclamante voltou-se, exclusivamente, á

instalação e manuteção dos cabos e fios da fibra a qual o reclamante trabalhava. Nesse

azo, o Reclamante estava frequentemente exposto a energia elétrica.

De acordo com Art.193, da CLT;

Art. 193. São consideradas atividades ou operações

perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo

Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua

natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco

acentuado em virtude de exposição permanente do

trabalhador a: (Redação dada pela Lei nº 12.740, de 2012)

I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; (Incluído

pela Lei nº 12.740, de 2012)

II - roubos ou outras espécies de violência física nas

atividades profissionais de segurança pessoal ou

patrimonial. (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012)

§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura

ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento)

sobre o salário sem os acréscimos resultantes de

gratificações, prêmios ou participações nos lucros da

empresa. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de

insalubridade que porventura lhe seja devido. (Incluído

pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

§ 3º Serão descontados ou compensados do adicional

outros da mesma natureza eventualmente já concedidos

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ao vigilante por meio de acordo coletivo. (Incluído pela

Lei nº 12.740, de 2012)

§ 4o São também consideradas perigosas as atividades de

trabalhador em motocicleta. (Incluído pela Lei nº 12.997,

de 2014)

Desta forma requer a condenação da reclamada a integração ao salário e

pagamento do adicional de periculosidade no percentual de 30%, de todo o período de

labor do reclamante. Totalizando a quantia de R$6.750,00 (seis mil setecentos e

cinquenta reais).

3.4 REFLEXOS DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE

Ante o que fora exposto, impõe-se a conclusão de que o Reclamante laborou,

em verdade, em ambiente perigoso (CLT, art. 193)

É consabido que o adicional de periculosidade, por ser de natureza salarial,

deve incidir nas demais verbas trabalhistas. É o que se destaca, a propósito, do verbete

contido na Súmula 139 do Egrégio TST.

Com esse enfoque, é altamente ilustrativo transcrever as lições de José

Aparecido dos Santos:

“Atualmente predomina maciçamente o entendimento de

que, enquanto seja recebido, o adicional de insalubridade

integra o salário do empregado para todos os efeitos legais”.

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Desta forma requer a indenização do adicional de periculosidade e seus reflexos

a todas as verbas no percentual de 30%.

3.5 DA OBRIGAÇÃO DE DEPÓSITO DO FGTS E DAS GUIAS DE LIBERAÇÃO

Conforme descrito na narração fática, a Reclamada, até a presente data, só

efetuou o deposito de julho e agosto de 2021 na conta vinculada do FGTS do

Reclamante, conforme podemos constatar na cópia do extrato do FGTS anexado à

presente.

Ou seja, o comportamento adotado pela Reclamada é completamente contrário

ao que é ordenado pela CLT. O FGTS serve para proteger o trabalhador, é uma certeza

de amparo quando da rescisão do contrato de trabalho, e sua importância vai além de

simples obrigação legal, pois reflete a dignidade do trabalhador.

Determina a CLT:

Art. 477. Na extinção do contrato de trabalho, o empregador

deverá proceder à anotação na Carteira de Trabalho e

Previdência Social, comunicar a dispensa aos órgãos

competentes e realizar o pagamento das verbas rescisórias no

prazo e na forma estabelecidos neste artigo.

§ 6º - A entrega ao empregado de documentos que comprovem

a comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes

bem como o pagamento dos valores constantes do

instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverão ser

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efetuados até dez dias contados a partir do término do

contrato.

§ 8º - A inobservância do disposto no § 6º deste artigo

sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, bem

assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor

equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo índice

de variação do BTN, salvo quando, comprovadamente, o

trabalhador der causa à mora.

§ 10. A anotação da extinção do contrato na Carteira de

Trabalho e Previdência Social é documento hábil para

requerer o benefício do seguro-desemprego e a movimentação

da conta vinculada no Fundo de Garantia do Tempo de

Serviço, nas hipóteses legais, desde que a comunicação

prevista no caput deste artigo tenha sido realizada.

Por se tratar de um direito constitucional (art. 7o, III, CF/1988), deve o

empregador efetuar o correto e tempestivo depósito do FGTS, qual seja 8% (oito por

cento) do salário que o trabalhador recebe.

Tendo em consideração que o último salário base recebido pelo Reclamante foi

no valor de R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais), 8% desse valor é R$ 120,00 (cento e

vinte reais), que multiplicado pelos números de depósitos não realizados (13), torna o

montante devido no valor de R$1.560 (um mil quinhentos e sessenta reais). A ser

corrigido monetariamente e acrescido dos valores de futuras novas irregularidades nos

valores de depósitos.

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Cabe ainda ressaltar que o valor acima mencionado, após corrigido, deverá

servir como base para cálculo da multa de 40% do FGTS.

Nesse sentido, requer o Reclamante o cumprimento dos depósitos devidos, ou

pagamento de indenização substitutiva, sem prejuízo da cobrança de juros e correção

monetária, no prazo de 10 dias contando do término do contrato (determinados pelo §

6º), sob pena de multa no valor de R$ 1.212,00 (determinada pelo § 8º), e a consequente

guia de liberação de movimentação do FGTS e do seguro-desemprego.

3.8 DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

Segundo a declaração acostada aos autos, constata-se que o Reclamante é

hipossuficiente financeiramente, de modo que não possui condições de arcar com as

custas processuais, e menos ainda com a remuneração dos serviços prestados por sua

patrona em defesa de seus direitos.

Nesse sentido, requer a condenação da Reclamada em honorários

sucumbenciais no percentual de 20% sobre o valor bruto total resultante desta

demanda, como medida apta a custear o trabalho advocatício.

3.9 DAS VERBAS RESCISÓRIAS

Ante a caracterização da rescisão indireta, requer o consequente pagamento das

verbas rescisórias devidas, quais sejam:

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[Saldo de salário, aviso prévio, férias, décimo terceiro, vale alimentação,

adicional de periculosidade, pagamento do FGTS + multa de 40%, pagamento do INSS

e liberação das guias do seguro desemprego].

Ocorre ainda que as verbas rescisórias pleiteadas são incontroversas, razão pela

qual devem sem pagas na primeira audiência, sob pena de serem acrescidas de 50%,

conforme determina o art. 467 da CLT.

a) DO SALDO DE SALÁRIO

O Reclamante trabalhou até dia 26 de Outubro, data a qual protocola a ação


com pedido de rescisão indireta.

De acordo com o art. 4º da CLT, considera-se como tempo de serviço o tempo


efetivamente trabalhado pelo empregado, integrando-se os dias trabalhados antes de
sua dispensa injusta a seu patrimônio jurídico, consubstanciando-se direito adquirido
de acordo com o inciso IV do art. 7º e inciso XXXVI do art. 5º, ambos da CF/88, de modo
que faz o reclamante jus ao saldo de salário na importância de R$ 1.300,00.

b) AVISO PRÉVIO INDENIZADO

Tendo em vista a inexistência de justa causa para a rescisão do contrato de


trabalho, surge para o Reclamante o direito ao Aviso Prévio indenizado de 33 dias,
uma vez que o § 1º do art. 487, da CLT, estabelece que a não concessão de aviso prévio
pelo empregador dá direito ao pagamento dos salários do respectivo período,
integrando-se ao seu tempo de serviço para todos os fins legais.

Sobre o horário de trabalho durante o prazo de aviso a legislação é clara, senão


vejamos:

Art. 488 - O horário normal de trabalho do empregado,


durante o prazo do aviso, e se a rescisão tiver sido

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promovida pelo empregador, será reduzido de 2 (duas)
horas diárias, sem prejuízo do salário integral.

Parágrafo único - É facultado ao empregado trabalhar


sem a redução das 2 (duas) horas diárias previstas neste
artigo, caso em que poderá faltar ao serviço, sem prejuízo
do salário integral, por 1 (um) dia, na hipótese do inciso
l, e por 7 (sete) dias corridos, na hipótese do inciso lI do
art. 487 desta Consolidação. (Incluído pela Lei nº 7.093,
de 25.4.1983).

Dessa forma o Reclamante faz jus, portanto, ao recebimento do Aviso Prévio


indenizado na importância de R$ 1.650,00

c) DAS FÉRIAS VENCIDA + 1/3

O reclamante tem direito a receber o período COMPLETO de férias, acrescido


do terço constitucional, em conformidade com o art. 146, parágrafo único da CLT e art.
7º, XVII da CF/88.

O parágrafo único do art. 146 da CLT, prevê o direito do empregado ao período


de férias na proporção de 1/12 por mês trabalhado ou fração superior a 14 dias.

Sendo assim, tendo o contrato iniciado no mês julho de 2021 e terminado no


mês de outubro de 2022, o reclamante faz jus as férias, acrescidas do terço constitucional
na importância de R$ 2.000,00.

d) DAS FÉRIAS PROPORCIONAIS + 1/3

O reclamante tem direito a receber o período incompleto de férias, acrescido do


terço constitucional, em conformidade com o art. 146, parágrafo único da CLT e art. 7º,
XVII da CF/88.

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O parágrafo único do art. 146 da CLT, prevê o direito do empregado ao período
de férias na proporção de 1/12 por mês trabalhado ou fração superior a 14 dias.

Sendo assim, tendo o contrato iniciado no mês novembro de 2021 e terminado


no mês de OUTUBRO de 2022, o reclamante faz jus as férias proporcionais de 5/12 avos
acrescidas do terço constitucional na importância de R$ 833,34

a) DO 13º SALÁRIO PROPORCIONAL

As leis 4090/62 e 4749/65 preceituam que o décimo terceiro salário será pago até
o dia 20 de dezembro de cada ano, sendo ainda certo que a fração igual ou superior a 15
dias de trabalho será havida como mês integral para efeitos do cálculo do 13% salário.

Assim, tendo o contrato iniciado no mês de julho de 2021 e terminado no mês


de outubro de 2022, o reclamante faz jus a décimo terceiro proporcional 11/12 avos na
importância de R$ 1.375,00.

b) FGTS + MULTA DE 40%

Diz o art. 15 da lei 8036/90 que todo empregador deverá depositar até o dia 7 de
cada mês na conta vinculada do empregado a importância correspondente a 8% de sua
remuneração devida no mês anterior.

Sendo assim, Vossa Excelência é decerto condenar a Reclamada a efetuar os


depósitos não realizados no período do contrato de experiência do Reclamante bem
como os valores reajustados conforme os proventos reais do Reclamante incidindo as
horas extras e o adicional de insalubridade.

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Além disso, por conta da rescisão indireta do contrato de trabalho, deverá ser
paga uma multa de 40% sobre o valor total a ser depositado a título de FGTS, de acordo
com § 1º do art. 18 da lei 8036/90 c/c art. 7º, I, CF/88.

Diante do exposto requer a condenação da reclamada na importância de


R$2.020.00 com a multa de 40%.

c) MULTAS: ART. 467 E 477 DA CLT


No mais, a restar incontroverso, já na primeira audiência, que não houve
pagamento de nenhuma verba rescisória, haverá a necessária incidência da multa
prevista no art. 467, da CLT, que assim dispõe:

Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia


sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao
trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa
dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de cinqüenta por cento.

Dessa forma, protesta o Reclamante pelo pagamento de todas as parcelas


incontroversas na primeira audiência.

d) DO PAGAMENTO E DA INTEGRAÇÃO DO ADCICIONAL DE


PERICULOSIDADE NO PERCENTUAL DE 30%

Durante todo o período contratual o Reclamante laborou em condições


perigosa. Todavia, nada foi pago nesse sentido, desta forma requer a indenização do
adicional de periculosidade no percentual de 30% referente a todo o período do
contrato de trabalho de 01/07/2021 a 26/11/2022 e sua integração ao salário, na
importância de R$ 6.750,00.

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VI- DOS PEDIDOS

Ante o exposto requer:

1) O recebimento da presente Reclamação Trabalhista.

2) A concessão do benefício da justiça gratuita, visto que o Reclamante é pobre na forma

da lei.

3) A citação da Reclamada para apresentar contestação, sob pena de revelia e confissão

dos fatos aqui expostos.

4) O reconhecimento e a declaração da rescisão indireta, de culpa exclusiva da

Reclamada, com a devida condenação para:

a) Fazer constar na CTPS a rescisão indireta;

b) Pagamentos das verbas rescisórias quais sejam: Saldo de salário de 26 dias, na

importância de R$1.300,00, Aviso prévio indenizado de 33 dias, na importância de R$

1.650,00, Décimo terceiro de 11/12 avos, na importância de R$1.375,00, Férias vencida +

terço constitucional na importância de R$2.000,00 proporcional + terço constitucional de

11/12 avos, na importância de R$833,34, com as respectivas multas, acrescidas de juros e

correção monetária;

c) Depósito dos valores irregulares do FGTS ou indenização substitutiva,


acrescido de juros e correção monetária na importância de R$ R$2.020,00;

d) Pagamento, na primeira audiência, dos débitos acima listados, sob pena de acréscimo

de 50% do valor, conforme determina o art. 467 da CLT;

e) Liberação das guias de movimentação do FGTS e seguro-desemprego.

f) Que o pagamento ocorra em até 5 dias úteis, sob pena de ser acrescido multa de 10%

(dez por cento), conforme estabelece o CPC.

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g) Condenação da Reclamada ao pagamento das custas processuais e honorários

sucumbenciais no percentual de 20% do valor total da ação na importância de

R$3.185,66.

h) Condenação da reclamada ao pagamento e integração do adicional de periculosidade

no percentual de 30% de todo o tempo de contrato que nunca foi pago na importância

de R$6.750,00.

i) Requer o pagamento das contribuições previdenciárias devidas em face de todo

labor, desde de 01/07/2021 á 26/11/2022, visto que caso tiverem sido pagas na época

oportuna, não acarretariam a incidência da contribuição previdenciária.

Protesta por todos os meios de prova admitidos em Direito, em especial documental e

testemunhal.

Dá-se à causa o valor de R$ 19.114,00 (dezenove mil cento e quatorze reais).

Pede deferimento.

Barra dos Coqueiros/SE, 26 de Outubro de 2022.

KETLEN TAINARA DOS SANTOS ROBERTA BEZERRAMENDONCA

OAB/SE 11.452 OAB/SE 13.706

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