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CONTESTAÇÃO
pelos fatos e fundamentos adiante aduzidos:
DOS FATOS
A Reclamante alega ter sido contratada em 04/10/2021, com o propósito de
cuidar do filho do Reclamado, de três anos de idade, duas vezes na semana
em sua residência, alegando ainda, que foi dispensada em 16/03/2022.
Menciona que o pagamento de diária era a importância de R$150,00 (cento e
Cinquenta Reais) e que sua função era de baba.
Aduz, ainda, que diversas normas trabalhistas foram desrespeitadas pela
Reclamada, motivo pelo qual requer a condenação desta aos pedidos
declinados em exordial.
DO FGTS
A Reclamante alega diferenças de depósito de FGTS e requer que a
Reclamada proceda com a comprovação deste depósitos do período da
contratualidade. Entretanto, a comprovação do referido depósito cabe a
Reclamante e não à Reclamada, como assim postula, se não vejamos:
Aqui, mais uma vez demonstra a imprecisão quanto ao pedido de FGTS, eis
que deveria ter sido apontado especificadamente pelo Reclamante o que
entende não ter sido depositado de FGTS.
5. DA COMPENSAÇÃO
No caso de eventual condenação, todavia, o que se admite apenas para
argumentar, requer a Reclamada a compensação ou dedução de todos os
valores já pagos como contraprestação aos serviços do reclamante. O
artigo 767 da Consolidação das Leis do Trabalho fundamenta tal
requerimento, pois, caso por absurdo seja condenada a Reclamada, esta
requer a compensação de todos os valores recebidos pelo reclamante, bem
como seja limitada a eventual condenação aos efetivos períodos de trabalho
constantes dessa contestação.
Quanto aos juros, deve ser observado o disposto na Lei 8.177, de 01/03/91
(1% ao mês, de forma simples).
No que se refere à correção monetária, é de se destacar que o índice a ser
adotado deve respeitar o mês subsequente, e não o da competência, na
medida em que devem ser observados os ditames do art. 459 da CLT e o que
dispõe a Lei 8.177/91.
Para Rui Stoco [3]a má-fé: “Decorre do conhecimento do mal, que se encerra
no ato executado, ou do vício contido na coisa, que se quer passar como
perfeita, sabendo-se que não o é”.
Neste sentido, corroborando com o requerido pela Reclamada, é o
jurisprudencial do TST, conforme ementa que segue:
8. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Cediço que, com a nova redação da CLT, em razão da Reforma Trabalhista,
passou-se a prever a possibilidade de honorários advocatícios em favor dos
advogados de ambas as partes.
Vejamos:
Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos
honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e
o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação
da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-
lo, sobre o valor atualizado da causa. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 1o Os honorários são devidos também nas ações contra a Fazenda Pública
e nas ações em que a parte estiver assistida ou substituída pelo sindicato de
sua categoria. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 2o Ao fixar os honorários, o juízo observará: (Incluído pela Lei nº 13.467, de
2017)
I - o grau de zelo do profissional; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
II - o lugar de prestação do serviço; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
III - a natureza e a importância da causa; (Incluído pela Lei nº 13.467, de
2017)
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 3o Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará honorários de
sucumbência recíproca, vedada a compensação entre os honorários. (Incluído
pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 4o Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido
em juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a
despesa, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob
condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se,
nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as
certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de
insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade,
extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário. (Incluído
pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 5o São devidos honorários de sucumbência na reconvenção. (Incluído pela
Lei nº 13.467, de 2017)
Assim, em razão do trabalho do procurador da parte Autor, necessário que,
diante os aspectos do presente caso, sejam fixados apenas 5% sobre o valor
que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não
sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, pois o grau de
zelo foi pequeno, em virtude as falhas apontadas em preliminar, bem como
pelo valor da causa não ser de grande monta, entre outras hipóteses à serem
avaliadas por Vossa Excelência.
10. DA CONCLUSÃO
Diante o exposto, requer à Vossa Excelência:
A Reclamada, por cautela, requer caso seja deferida quaisquer verbas fiscais
e previdenciárias, que as mesmas tenham autorização de descontos cabíveis
consonância com o enunciado da Súmula nº 368 do TST.
Advogado OAB