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CONTESTAÇÃO

pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos:

1. PRELIMINARMENTE
1.1- DA TEMPESTIVIDADE

A Presente Contestaçã o é tempestiva, conforme Lei a


contestaçã o trabalhista de forma escrita será apresentada até a data da audiência.
A contestaçã o ou a reconvençã o e seus respectivos
documentos deverã o ser protocolados no PJe até a realizaçã o da proposta de
conciliaçã o infrutífera, com a utilizaçã o de equipamento pró prio, sendo
automaticamente juntados, facultada a apresentaçã o de defesa oral, na forma do art.
847, da CLT.

1.2- A) INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL – NARRAÇÃO DOS FATOS NÃO


DECORRER LOGICAMENTE A CONCLUSÃO - PEDIDOS INCOMPATÍVEIS
ENTRE SI;

Ab initio, antes de adentrar ao mérito desta açã o, torna-se


imperioso destacar, em sede de preliminar, que a Petiçã o Inicial se apresenta inepta
no que tange a pretensã o de condenaçã o do Reclamado no pagamento de verbas
rescisó rias e reflexos, além das multas dos artigos 467, da CLT.
Neste sentido, ocorre que foi realizado acordo incialmente
com o reclamante e conforme acordo estipulado o mesmo recebeu parte das verbas
rescisó rias, conforme acordo estipulado o restante dos valores referente as verba
rescisó rias seriam repassados ao reclamante logo apó s homologaçã o do acordo.
Logo, em razã o da nã o homologaçã o do acordo, nã o
havendo que se falar em atraso no pagamento das verbas rescisó rias, reflexos e
multas dos artigos 467, 477, CLT, configurando evidente confusã o e
incompatibilidade entre os pedidos formulados na petiçã o inicial.

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Posto isso, em razã o da incompatibilidade de pedidos entre
si, e dos fatos nã o decorrer logicamente a conclusã o, a presente açã o deve ser
extinta, sem resoluçã o de mérito, quanto aos pedidos de condenaçã o do Reclamado
no pagamento de verbas rescisó rias, reflexos e multas dos artigos 467, 477, CLT,
com fundamento nos artigos 330, inc. I, §1º, III, IV, c/c 485, inc. I, ambos do Có digo
de Processo Civil.

2. BREVE SÍNTESE DA INICIAL

Em suma, comparece o Reclamante deduzindo pretensã o


em desfavor do reclamado sustentando ter sido contratado em 01.09.2021, sustenta
que foi contratado para exercer a funçã o Promotor de Vendas e Assistência Técnica,
sustenta ainda que percebia como salá rio mensal o equivalente a dois salá rios
mínimos mais um bô nus referente ao plantio e a colheita da soja e do milho.
Argumenta que no dia 19.04.2022, sendo dispensado sem
justo motivo. Assevera que o contrato de trabalho foi anotado na CTPS do
reclamante como “operador volante da agricultura” no importe de um salá rio
mínimo a época correspondente a R$ 1.100,00 (hum mil e cem reais) no qual foi
registrado sua baixa dia 14.04.2022. (copia carteira de trabalho em anexo)
Relata que no ato de sua contrataçã o também foi firmado
contrato de aluguel do veículo do reclamante no valor de R$ 2.000,00 (dois mil
reais) ao mês, pela reclamada, para uso do reclamante no desempenho de sua
funçã o. No entanto nã o foi disponibilizado uma có pia do contrato assinada ao
reclamante, possuindo apenas uma có pia. (contrato anexo).
Narra que possuía controle de jornada para realizar o
horá rio de trabalho de segunda à sexta das 07h:00m as 11h:30m e das 13h:30 à s
17h:00m.
Atribuiu-se à causa o valor de 95.017,12 (noventa e cinco
mil, dezessete reais e doze centavos). Contudo, ilustre ó rgã o jurisdicional, em que
pese o esforço do Reclamante em tentar fazer valer suas alegaçõ es, melhor sorte nã o

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lhe assiste. Nesta senda, mister se faz a explicitaçã o de aspectos fá ticos outros que
certamente ampliarã o a cogniçã o deste MM. Juízo e permitirã o a correta e adequada
avaliaçã o dessa lide, possibilitando, assim, o seu justo deslinde.

3. DA REALIDADE DOS FATOS/DO CONTRATO DE TRABALHO.

Os fatos narrados na petiçã o inicial estã o em descompasso


com a realidade, razã o pela qual sã o impugnados em sua integralidade.
O reclamante foi admitido pela reclamada em 01/09/2021,
exercendo a funçã o de operador volante da agricultura, diversamente do que afirma a
inicial, o reclamante jamais trabalhou como promotor de vendas, em todo o momento
exerceu a funçã o no qual foi contratado, tal fato é possível comprovar através das
mesmas provas anexadas pelo pró prio reclamante, demonstrando que todas as visitas
foram apenas para verificaçã o de plantio e/ou atividades afins, características de sua
funçã o, em momento algum foi apresentada quaisquer vendas realizadas pelo
reclamante, ou apresenta qualquer negociaçã o, apenas visitaçã o padrã o. Insta
salienta nã o haver essa possibilidade do reclamante ser vendedor até porque essa
seria a funçã o exercida pelo reclamado em sua contrataçã o feita através da empresa
Pionner. Conforme documentos em anexo para comprovar o alegado.
O reclamante faz diversas alegaçõ es inverídicas, tais como
havia comunicado que guardava os sá bados, fato jamais ocorrido, o reclamante nem
mesmo trouxe provas ao processo para comprovar o alegado, assevera que havia uma
jornada de trabalho, no entanto, a funçã o exercida pelo reclamante era
exclusivamente externa, incompatível com a fixaçã o de horá rio de trabalho, no qual é
enquadrado no art. 62, inciso I, da CLT.
Tal fato resta incontestá vel através das diversas provas
anexadas pelo reclamante, onde apresenta a liberdade de horá rios, tais como:
No Id b1bee92, fls 36 da reclamaçã o trabalhista, relata um
diá logo entre o reclamante e a reclamada onde o reclamante afirma que só irá
trabalhar apó s a tarde, nã o é um pedido ao empregador, é uma afirmaçã o.

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No dia 12 de abril de 2022, o reclamante entrou em contato
com o reclamado afirmando que a grade curricular da faculdade nã o seria mais
compatível com a prestaçã o de serviço, deste modo, o empregador, por conhece-lo e
saber que o empregado é casado e possui duas crianças pequenas, para nã o deixar o
empregado pedir demissã o e perder as verbas rescisó rias, bem como o saque do FGTS
e seguro-desemprego, sugeriu que convencionassem um acordo extrajudicial,
buscando as melhores alternativas para que o reclamante nã o fosse prejudicado ao
pedir as contas. Conforme documentos em anexo.
Dito isto, a reclamada passa a contestar articuladamente os
pedidos, conforme segue:

4. DO MÉRITO

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4.1 DA JORNADA DE TRABALHO – AUSÊNCIA DE HORAS EXTRAS E
REFLEXOS NÃO REMUNERADOS:

A) DA JORNADA DE TRABALHO – AUSÊ NCIA DE HORAS


EXTRAS E REFLEXOS NÃ O REMUNERADOS:

A Reclamante alega que cumpriu a jornada de trabalho


exposta no “item 3”, inclusive relatando que fazia habitualmente horas extras, porém
pagas a menor, bem como que o Reclamado nã o concedia o intervalo intrajornada, e
por fim, que os cartõ es pontos nã o retratam a real jornada trabalhada e nã o recebia
os relató rios de cartã o ponto, pleiteando a condenaçã o do Reclamado no pagamento
das diferenças a título de horas extras e reflexos do período contratual, bem como, no
pagamento das dobras dos domingos e feriados de todo o período contratual.

Todavia, como provado pelos controles de jornada e,


também, com supedâ neo nas CCT’s, acordo de prorrogaçã o e compensaçã o de horas
de trabalho, em anexo, excetuando-se as datas e períodos em que nã o se ativou no
Reclamado, a jornada média cumprida pela Reclamante, conforme escalas
previamente acordadas entre as partes, pode- se assim considerar:

Em média, das 06:00 à s 14:20, ou das 12:00 à s 20:20,


sempre com 1h de intervalo intrajornada, de segundas-feiras aos sá bados.
Nos domingos trabalhados, em média, das 06:00 à s 14:20,
com 1h de intervalo intrajornada.

Logo, impugna-se a alegaçã o de que o Reclamado nã o


concedia o intervalo intrajornada, pois, conforme cartõ es pontos em anexo, o
Reclamado concede regularmente o intervalo de 01 (uma) hora. Inclusive a
Reclamante já tomou advertências por nã o cumprir o intervalo intrajornada,
conforme anexo. Neste sentido, impugna-se o pedido de condenaçã o do Reclamado ao
pagamento de intervalo intrajornada e seus reflexos.

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Ainda, inverídica a alegaçã o de que os [...] “cartõ es
ponto/relató rios, nã o retratam a real jornada da obreira, pois sã o batidos conforme
determinaçã o da reclamada, com horá rios fictícios e irreais e ainda era passivo de
advertência” [...], pois, conforme se denota pelos documentos em anexos, estes sã o
claros, concisos e espelham a realidade da jornada efetivamente laborada pela
Reclamante, devidamente conferidos e assinados pela mesma.
No mesmo sentido, inverídica a alegaçã o que o Reclamado
obrigava os empregados a bater ponto com horá rios fictícios e irreais, haja vista que
em nenhuma ocasiã o houve a alegada manipulaçã o, inclusive, a Reclamante tinha
total liberdade para conferência de todos os documentos, conforme cartõ es pontos
em anexo.
A propó sito, na eventualidade de remanescer alguma
DÚ VIda relativamente ao contido nos cartõ es ponto ou nos recibos salariais, a
Reclamante tinha plena liberdade para solicitar esclarecimentos, o que nã o o fez,
pois nã o juntou qualquer documento neste sentido, nã o se desvencilhando dos
supostos fatos constitutivos alegados em Petiçã o Inicial. Desta forma, nã o há que
se falar em invalidade dos controles de pontos.
Repisa-se que as jornadas trabalhadas foram
integralmente anotadas nos controles de jornada acostados (inclusive reduçõ es e
extrapolamentos), ocorrendo o pagamento ou compensaçã o de eventuais horas
extras na integralidade (vide documentos inclusos), sendo
manifestamente inverídicas as alegaçõ es apresentadas em Petiçã o Inicial, as quais
têm o fito Ú NIco de tentar obter vantagem indevida, o que nã o pode prosperar.

Outrossim, conforme cartõ es pontos em anexo, a


compensaçã o levada a efeito estava autorizada pelos instrumentos coletivos
acostados, da qual a Reclamante desfrutou, compensando as horas em dias com
jornada reduzida, ou sem labor, conforme lançado nos controles de ponto sob o título
de “compensado”. Assim, a compensaçã o ocorria dentro do mês, conforme previsto
nos instrumentos coletivos acostados.
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Registre-se, no entanto, que mesmo lançadas na coluna de
“compensaçã o”, as horas nã o compensadas no período de apuraçã o foram quitadas
em favor da Reclamante, tal como se prova pelos controles de ponto e holerites
inclusos, que demonstram o cumprimento pelo empregador de todas as suas
obrigaçõ es legais e contratuais no caso in concreto.

Por outro lado, em observâ ncia à ampla defesa, ad


argumentandum tantum e por mero amor ao debate, caso o ilustre ó rgã o
jurisdicional entenda pela ausência de legalidade da compensaçã o levada a efeito
e aqui informada, o que nã o se espera, requer-se desde logo a aplicaçã o da SÚ MULa nº
85 do C. TST, deferindo-se entã o apenas o adicional de horas extras em relaçã o à s
horas alvo de compensaçã o.

Ademais, impugna-se o pedido de jornada de trabalho a ser


paga na sua totalidade, ante a alegaçã o de que foi pago apenas o parcial. Em verdade,
o ora Reclamado pagou corretamente todas as verbas trabalhistas da Reclamante, de
forma integral, nã o havendo que se falar em complementaçã o, pois este recebeu na
sua totalidade.

Impugna-se o pedido de pagamento do intervalo


intrajornada, horas extras e reflexos, porquanto os cartõ es pontos confirmam e
ratificam que o Reclamante gozava da hora referente ao benefício do repouso,
usufruiu-se das devidas remuneraçõ es, inclusive, quanto as raras horas extras
trabalhadas.

Apenas para esclarecer e ante o princípio da eventualidade


da defesa, caso seja deferido algum valor, o que nã o se espera,

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deverá ter por base a evoluçã o salarial da Reclamante, e nã o
a média salarial percebida pela Reclamante, abatendo-se os valores já quitados, os
quais se encontram discriminados nos inclusos recibos salariais.
Impugna-se, ainda, a alegaçã o de que a Reclamante laborava
aos sá bados, domingos e feriados, sem intervalo intrajornada, pois, conforme cartõ es
pontos em anexo, o Reclamado concede regularmente o intervalo de 01 (uma) hora.
Neste sentido, impugna-se o pedido de condenaçã o ao pagamento de intervalo
intrajornada e seus reflexos.
Ademais, impugna-se que o Reclamado seja condenado ao
pagamento de dobras de domingos, vez que a Reclamante recebera em sua totalidade,
conforme cartõ es pontos e holerites anexos.
Outrossim, apenas para esclarecer e ante o princípio da
eventualidade da defesa, caso seja deferido algum valor, o que nã o se espera, deverá
ter por base a evoluçã o salarial, e nã o a média salarial percebida pela Reclamante,
abatendo-se os valores já quitados, os quais se encontram discriminados nos inclusos
recibos salariais.
Em analogia à SÚ mula nº 12 do C. TST, toda alegaçã o
diversa dos dados anotados deverá ser provada pelo obreiro.

Por fim, se deferida alguma verba à Reclamante, o que se


admite por mero respeito ao princípio da eventualidade e da ampla defesa, nã o
deverá ser considerado os valores opostos na petiçã o inicial, mas sim, deverã o ser
levados em consideraçã o os salá rios efetivamente pagos mês a mês à Reclamante,
estando consignados nos recibos/holerites, em anexo, os quais trazem a evoluçã o
salarial e a realidade do pacto mantido, tendo a Reclamante o seguinte histó rico
salarial:

R$ 913,00 em 12/2016;
R$ 937,00 de 01/2017 a 04/2017;
R$ 970,00 de 05/2017 a 06/2017;

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R$ 1.032,00 de 07/2017 a 03/2018;
R$ 1.058,00 de 04/2018 a 08/2018;
R$ 1.276,00 de 09/2018 a 05/2019;
R$ 1.320,00 de 06/2019 a 02/2020 e demais salá rios base
enquanto perdurar o contrato de trabalho.

5. DO REQUERIMENTO DA RETIFICAÇÃO DA REMUNERAÇÃO, DA


FUNÇÃO E BAIXA ANOTADA NA CTPS.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

6. DAS VERBAS RESCISÓRIAS

Pleiteia o Reclamante a condenaçã o do Reclamado ao


pagamento das verbas rescisó rias, o Reclamante aduziu que:
“O Reclamado nã o pagou ao reclamante as verbas rescisó rias
devidas”.

Ocorre excelência, que o reclamante e o reclamado firmaram


um acordo e ambos assinaram e foi protocolado conforme processo 0000307-
07.2022.5.23.0037, o reclamante recebeu o valor de R$ 3.250,00 apó s firmarem o
acordo, valor referente a 50% do valor total do acordo e a outra parte seria paga no
momento em que houvesse a homologaçã o judicial do acordo, no entanto, o
reclamante compareceu a secretaria da 02ª Vara do Trabalho e agindo de má -fé
alegando inverdades e afirmando que discordava do acordo firmado. Para comprovar
o alegado segue em anexo acordo firmado e comprovante de pagamento.

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7. DAS MULTAS POR ATRASO NAS VERBAS RESCISÓRIAS

Aduz o Reclamante que foi demitida sem justa causa, nã o


sendo anotada a baixa na CTPS corretamente, e sequer pagos a verbas rescisó rias,
pleiteando indenizaçã o a este mister, inclusive a aplicaçã o das multas dos artigos 467,
477, CLT.

Entretanto, conforme exposto nesta defesa técnica, o


reclamante e o reclamado firmaram um acordo e ambos assinaram e foi protocolado,
o reclamante recebeu o valor referente a 50% do valor total do acordo, nã o havendo
que se falar em verbas rescisó rias, reflexos e multas dos artigos 467, 477, CLT,
configurando, inclusive, evidente confusã o e incompatibilidade entre os pedidos
formulados na petiçã o inicial.

Logo, nã o há verbas rescisó rias e reflexos a ser pagos por


nã o se finalizar o acordo firmado, requerendo, portanto, a improcedência destes
pedidos.

Quanto as multas dos artigos 467, 477, CLT, sã o indevidas,


pelos mesmos motivos, porquanto, razã o pela qual requer a improcedência, também,
neste particular.

8. DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

Assevera o reclamante que faz jus ao adicional de


insalubridade conforme segue:
No curso do contrato de trabalho, o reclamante estava em contato
constante sendo exposto a agentes insalutíferos acima dos limites
permitidos, especialmente venenos (agentes nocivos à saú de, com
constâ ncia e intensidade, quase sem EPIs - EQUIPAMENTOS DE
PROTEÇÃ O INDIVIDUAL necessá rios e suficientes --- só usava luva, e
uma calça), além de muita luminosidade, calor e poeira.

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O trabalho se dava em exposiçã o a níveis de agentes químicos
superior ao admitido na Norma Regulamentadora 15, que
regulamenta os limites de tolerâ ncia.
Todavia, a reclamada nunca pagou tal adicional ao reclamante, que
permanecia em contato direto com o veneno como Glifosato "2,4-D",
inseticidas, herbicidas entre outros (aplicava nas plantaçõ es, com
bomba costal --- que fica ajustada ao corpo). (conforme imagens,
conversas do WhatsApp e á udio em anexo).

Entretanto, impugna-se tais alegaçõ es e pedido, requerendo


a improcedência da açã o neste particular, pelos seguintes motivos:
Inicialmente, nota-se que o Reclamante é confuso em suas
alegaçõ es, pois, embora nã o apresente um tó pico quanto a insalubridade em sua
petiçã o, no tó pico ora combatido, menciona insalubridade por a agentes insalutíferos
luminosidade, calor e poeira.
Neste sentido, cumpre esclarecer que, para a caraterizaçã o
de insalubridade, somente pode ser utilizada a Norma Regulamentadora (NR) 15 e
seus anexos, que fixam os parâ metros exatos em que o trabalho pode ser considerado
de risco acentuado, seja pela atividade em si, seja pela forma e pelo local em que a
operaçã o é realizada. Logo, nã o é possível fazer deduçõ es de risco acentuado fora das
hipó teses fixadas na NR 15.
Na atualidade, a fonte normativa primá ria que assegura o
direito ao adicional de insalubridade é o artigo 189 da CLT o qual estabelece as
condiçõ es para exposiçã o do trabalhador a agentes nocivos à SAÚ DE e fixa as
atividades que serã o regulamentadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego,
in verbis:
Art. 189, CLT. Serã o consideradas atividades ou operaçõ es insalubres
aquelas que, por sua natureza, condiçõ es ou métodos de trabalho,
exponham os empregados a agentes nocivos à saú de, acima dos
limites de tolerâ ncia fixados em razã o da natureza e da intensidade
do agente e do tempo de exposiçã o aos seus efeitos. (Redaçã o dada
pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Insta salientar excelência, que a ú nica vez que o reclamante


foi solicitado para realizar a tarefa de realizar a aplicaçã o na á rea teste nã o se
concretizou pelos seguintes fatos, do dono da á rea, realizou o cancelamento devido
seu empregado já ter realizado a aplicaçã o em toda lavoura inclusive na á rea teste.

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Conforme pró pria conversa anexada pelo reclamante verifica-se que o reclamado
solicitou o cancelamento da aplicaçã o para o reclamante.
Esclarece que a atividade laboral desenvolvida pelo
Reclamante, seria para verificar e realizar visitas das á reas teste, para analisar o
crescimento da lavoura do pequeno espaço reservado para empresa como (á rea
teste), sendo que NUNCA teve nenhum contato com qualquer tipo de agente, produto
químico que possa ensejar adicional de insalubridade, devendo ser realizada pericia
para tal comprovaçã o.
Segundo a CLT, é considerada atividade insalubre aquela em
que o trabalhador é exposto a agentes nocivos à saú de acima dos limites tolerados
pelo Ministério do Trabalho e Emprego, assim a pretensã o da Reclamante é
totalmente descabida, eis que nã o utilizava nenhum tipo de produto ou era exposta,
em suas atividades laborais.
Ainda, segundo a CLT nos termos do art. 195, a aferiçã o de
condiçõ es insalubres ou perigosas se dá por meio de perícia técnica.
Aduz o Reclamante ainda:
É imperioso mencionar que quase nã o se tem registros, pois no
momento em que o reclamante passava veneno na lavoura, pois na
maior parte do tempo desempenhava suas funçõ es sozinho, nã o
tendo ninguém para registrar, como era só ele que tomava conta das
á reas de experimentos.

Impugna-se o alegado pelo reclamante, pois o mesmo


desempenhava as operaçõ es sozinhos, “Como que o reclamante anexou um vídeo
realizando a aplicaçã o de adubo na plantaçã o de milho sendo que realizou a gravaçã o
sozinho sem a ajuda de ninguém”?, alegaçõ es totalmente desconexas e confusas.
Outrossim, cumpre salientar que durante toda sua jornada
de trabalho, o Reclamante nã o ficava exposta à agentes nocivos como insalutíferos
luminosidade, calor e poeira, uma vez que nã o tinha contato direto com os mesmos,
quanto o calor insuficiente para causar danos pois eram vistas rá pidas, ú nica poeira
que o reclamante tinha contato seria para realizar o deslocamento que seria estrada
de chã o nã o se trata do ambiente de trabalho fora que as condiçõ es ambientais
apresentam variaçõ es climá ticas. Sendo assim, é evidente que nã o há , fundamentaçã o

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técnica que justifique a afirmaçã o de que o Reclamante ficava exposta, durante suas
atividades laborais, a qualquer agente nocivo prejudicial à saú de.
Portanto, somente serã o consideradas insalubres as
atividades que EXPONHAM OS EMPREGADOS A AGENTES NOCIVOS À SAÚ DE, o que
nã o ocorreu no presente caso.
Portanto, requer a improcedência da açã o quanto ao pedido
referente a insalubridade.

9. DAS HORAS EXTRAORDINÁRIAS E ADICIONAIS

O Reclamante alega que cumpriu a jornada de trabalho


exposta no “item 6”, inclusive relatando que fazia habitualmente horas extras, o
Reclamante aduziu que:

De segunda à sexta – feira das 07h00min à s 11h30min e das


13h30min à s 17h00min, com duas horas de intervalo intrajornada.
Sendo dispensado de trabalhar aos sá bados pois o reclamado
informou guardá -los por motivos religiosos.
O reclamante passou a realizar uma jornada diá ria além do limite
legal da duraçã o de trabalho normal, que sã o de 08 horas diá rias, já
que sua jornada diá ria de labor de segunda a sá bado, iniciava por
volta das 07h00min e terminava por volta das 19h00 min a
20h00min. O que gera, em média, 2hrs00min de horas extras por dia.

Logo, impugna-se a alegaçã o de que o Reclamado que aduz


que laborou em controle de jornada, ocorre que desde do início o empregado foi
contratado para laborar em trabalho externo, trabalho esse que nã o possui a
possibilidade de controle de jornada, o reclamante trouxe conversas via Watsap que
comprovam que o reclamante nã o tinha controle de jornada, muito pelo o contrá rio o
mesmo fazia o horá rio que bem entendia, o horá rio que bem entendia, até mesmo os
dias em que iria trabalhar o mesmo escolhia apenas informava para o reclamante que
nã o iria trabalhar naquele referido dia conforme segue em anexo conversas e á udios.

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9.1- DA SOLICITAÇÃO DE OFÍCIO A IGREJA
COMPROVAÇÃO DA RELIGIÃO INFORMADA
PELO RECLAMANTE.

Assevera o Reclamante alega que cumpriu a jornada de


trabalho exposta no “item 6”, inclusive relatando que fazia habitualmente horas
extras, bem como guardava os sá bados conforme abaixo segue:
“Sendo dispensado de trabalhar aos sá bados pois o reclamado
informou guardá -los por motivos religiosos”.

Impugna-se a alegaçã o de que o Reclamado, o mesmo fez


alegaçõ es que nem mesmo trouxe provas para comprovar o alegado, primeiramente o
reclamante nunca informou que fazia parte de qualquer religiã o ou prá tica de guardar
os sá bados nã o apresentou qualquer documento para comprovar que era membro ou
fazia parte de qualquer religiã o com o há bito guardar os sá bados por motivos
religiosos, até porque as prá ticas do reclamante nã o condizia com uma pessoa que
faça parte de tal religiã o, a religiã o citada seria a regiã o seguida pelas seguintes
igrejas a seguir: Igreja Adventista do sétimo dia que fica localizada na Avenida das
Acá cias nº 550, Jardim Botâ nico, na cidade de Sinop-MT, Igreja Adventista da
Promessa localizada na Rua das Primaveras nº 5818, Jardim das Primaveras, Sinop-
MT e Igreja Adventista da Reforma que foi localizada o endereço da mesma, as
referidas igrejas possuem doutrinas rígidas a serem seguidas como a nã o utilizaçã o
de bebidas alcoó licas como por diversas vezes pediu dinheiro para comprar bebidas
alcoó licas,
Portanto diante da má -fé do reclamante requer seja
oficializada as Igrejas citadas a cima para que passe informaçõ es do reclamante se o
mesmo possui alguma vinculaçã o, carteira de membro, o nome no livro de membros,
participaçã o como membro nos cultos e reuniõ es, se possui algum cargo na igreja, a
comprovaçã o de recolhimento de dízimos.

10. DA REALIDADE DOS FATOS/DO CONTRATO DE TRABALHO.

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A legislaçã o brasileira estabelece que o trabalho externo é a
prestaçã o de serviço realizada fora das dependências da empresa, devido à pró pria
natureza do trabalho.
É o caso de instaladores de antena, eletricistas, leitores de
reló gio de energia, vendedores externos, motoristas profissionais, entre outros.
O trabalho externo nã o pode ser confundido com o
teletrabalho, trabalho remoto ou home office. Este ú ltimo pode ser realizado em casa
ou em outro lugar, de acordo com a opçã o do funcioná rio e do empregador.

11. DO INTERVALO DE INTRAJORNADA

12. DO INTERVALO DE INTERJORNADA

13. DO DESCANSO SEMANAL E TRABALHO EM DOBRO

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14. DOS REFLEXOS E INTEGRAÇÃO DAS VERBAS NA
REMUNERAÇÃO

15. DO DIREITO AO BÔNUS

16. DA LOCAÇÃO DO VEÍCULO

17. DO ÔNUS DA PROVA

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18. DOS DOCUMENTOS JUNTADOS PELO RECLAMADO

Nos termos do artigo 830, da CLT, com a redaçã o dada pela


Lei 11.925/09, os advogados subscritores da presente defesa declaram que os
documentos juntados com a presente petiçã o sã o autênticos.

19. DOS DOCUMENTOS JUNTADOS PELA RECLAMANTE

Impugna-se todos os documentos juntados com a peça


vestibular, vez que nã o comprovam as alegadas doenças ocupacional e nem mal
advindo ou agravado pelo labor, bem como nã o provou por qualquer forma a
existência de nexo de causalidade e nem de efetivo prejuízo.

20. DA LITIGANCIA DE MÁ-FÉ

Tendo em vista os pedidos constantes na exordial, verifica-


se que o reclamante pleiteia valores já recebidos por ele, configurando assim excesso
na cobrança pleiteada, conforme será demonstrado nas linhas a seguir aduzidas.

Pode-se dizer que o reclamante questiona o que é


inquestioná vel, uma vez que cobra da empresa reclamada valor que já recebeu a
título de contrato de trabalho, o que configura dentro do direito brasileiro, pretensã o

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excessiva ao direito de pleitear/reclamar, ou seja, excesso de açã o e ato ilegítimo de
execuçã o, configurando assim, a existência da litigâ ncia de má -fé, inserida nos artigos
80, incisos I, II, e III e artigo 81 do Có digo de Processo Civil Brasileiro, senã o vejamos:

Art. 80. Considera-se litigante de má -fé aquele que:


I – deduzir pretensã o ou defesa contra texto expresso de lei ou
fato incontroverso;
II – alterar a verdade dos fatos;
III – usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
IV – opuser resistência injustificada ao andamento do
processo;
V – proceder de modo temerá rio em qualquer incidente ou ato
do processo;
VI – provocar incidentes manifestamente infundados;
VII – interpuser recurso com intuito manifestamente
protelató rio;

Art. 81. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o


litigante de má -fé a pagar multa, que deverá ser superior a um
por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da
causa, a indenizar a parte contrá ria pelos prejuízos que esta
sofreu e a arcar com os honorá rios advocatícios e com todas as
despesas que efetuou

§ 1º Quando forem 2 (dois) ou mais os litigantes de má -fé, o


juiz condenará cada um na proporçã o de seu respectivo
interesse na causa ou solidariamente aqueles que se coligaram
para lesar a parte contrá ria.
§ 2º Quando o valor da causa for irrisó rio ou inestimá vel, a
multa poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do
salá rio-mínimo.
§ 3º O valor da indenizaçã o será fixado pelo juiz ou, caso nã o
seja possível mensurá -lo, liquidado por arbitramento ou pelo
procedimento comum, nos pró prios autos.

A litigâ ncia de má -fé, está amplamente configurada e


evidente no caso em tela, uma vez que o autor da presente reclamaçã o trabalhista nã o
diz a verdade, ou seja, altera a verdade dos fatos, principalmente quando menciona
em sua peça reclamató ria que a empresa reclamada nã o lhe concedia horá rios de
almoço, horas extraordiná rias, valores do bô nus, inclusã o no processo de um contrato
escrito que jamais ocorreu e verbas rescisó rias indiscutíveis, que foram pagas,
conforme elenca os recibos em anexo.

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O reclamante inclui como prova de aluguel do veículo um
contrato escrito, no entanto, a locaçã o do veículo se deu através de um contrato
verbal e, em momento algum foi elaborado de forma escrita, o reclamante além de
anexar um contrato falsificado, XXXXXXX
O reclamante alega que foi contratado para realizar o
horá rio de trabalho de segunda a sexta, das 07:00 à s 11:30 e das 13:30 à s 17:00, alega
ainda que era dispensado dos sá bados por motivos religiosos.
Ainda assim, convêm ressaltar que trabalhar aos sá bados,
desde que nã o exceda a quantidade de horas regulares, nã o lhes dá o direito a horas
extraordiná rias, entendimento já consolidado pelos tribunais.
O reclamante, falta com a verdade quando requer horas
extras de trabalhos aos sá bados afirmando ser membro da igreja Adventista, sem
momento algum anexar provas do alegado. Aliá s cabe ressaltar que o reclamante
nunca afirmou ser membro da igreja adventista no momento da contrataçã o e nunca
houve objeçõ es quanto aos trabalhos aos sá bados, sendo assim, sempre trabalhou aos
sá bados conforme a sua contrataçã o.
Convém destacar que, mesmo que tais afirmaçõ es fossem
verdadeiras, o que de fato nã o é, nã o lhes daria o direito a horas extras, tal qual
estaria dentro dos realizando trabalhos dentro da jornada de trabalho habitual e em
momento algum e reclamado coagiu o mesmo para que realizasse trabalhos aos
sá bados, tudo ocorreu conforme a legislaçã o trabalhista prescreve.
Resta tã o cristalina a má -fé que, mesmo o reclamante
alegando ser membro da igreja adventista, e que seu dia de descanso seria no sá bado
se fosse o caso, o mesmo ainda requer horas extras de trabalhos aos domingos, ora
excelência, nã o faz sentindo requerer horas extras do domingo trabalhado, se o dia
guardado por motivos religiosos sã o sabá ticos, senã o vejamos:

MOTORISTA DE ÔNIBUS ADVENTISTA DO SÉTIMO


DIA. TRABALHO AOS SÁBADOS. PONDERAÇÃO DE
INTERESSES. RAZOABILIDADE. É razoá vel e, portanto,
legítima a ponderaçã o de interesses que observa o direito
constitucionalmente garantido de liberdade de culto ou
religiosa, determinando que a reclamada nã o escale o
empregado, motorista de ô nibus e adventista do sétimo dia,

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para trabalhar das 18h de sexta-feira à s 18h de sá bado,
enquanto permite a sua escalaçã o em todos os domingos, se
necessá rio for, para o cumprimento total da carga horá ria,
evitando, assim, prejuízos à atividade empresarial. (TRT18, RO
- 0000536-66.2011.5.18.0012, Rel. DANIEL VIANA JÚ NIOR, 2ª
TURMA, 04/07/2012)

Ressaltando que tais alegaçõ es sã o apenas para argumentar,


haja vista que jamais ocorreu consenso entre as partes com relaçã o a guarda do
sá bado tendo em vista que nunca houve essa comunicaçã o, é evidente que o
representante da reclamada, uma pessoa temente a Deus e que respeita e sempre
respeitou o direito dos seus semelhantes, jamais teria quaisquer objeçõ es em permitir
que o reclamante guardasse o sá bado.
De outro modo, cumpre nos assinalar que, a funçã o exercida
pelo reclamante era de Operador Volante da Agricultura, sendo por excelência um
trabalho externo, por ó bvio, impossível a presença da reclamada, por consequência,
impossível o controle da jornada de trabalho, nos termos do Art. 62, I, da CLT.
Nesse sentido:

TRABALHO EXTERNO. ENQUADRAMENTO. ARTIGO 62, I, DA


CLT. PROVA DIVIDIDA. A Consolidaçã o da Leis do Trabalho
prevê que os empregados que exercem atividade externa
incompatível com a fixaçã o de horá rio de trabalho sã o
excluídos do controle de jornada, conforme art. 62, inciso I, da
CLT. Compete ao empregado o ô nus de provar a submissã o a
controle de jornada, mesmo que de forma remota, e a
prestaçã o das alegadas horas extras. Havendo prova dividida,
deve ser aplicada a soluçã o em desfavor de quem teria o ô nus
da prova. PROCESSO DO TRABALHO. Ô NUS DA PROVA.
ARTIGOS 818/CLT E 373/CPC. A prova judiciá ria é a
demonstraçã o da verossimilhança da existência de uma
determinada realidade. Como todo direito sustenta-se em
fatos, aquele que alega possuir um direito deve, antes de mais
nada, demonstrar a existência dos fatos em que tal direito se
alicerça. Desta forma, cada pretensã o resistida deverá ser
apreciada dentro do contexto probató rio, consoante o
princípio da distribuiçã o do ô nus da prova. COMISSÃ O.
DIFERENÇAS. Ô NUS DA PROVA. Demonstrado o regular
pagamento das comissõ es, em conformidade com as normas
internas da empresa, cabe ao empregado demonstrar eventual
irregularidade a ensejar o pagamento das diferenças pleiteadas
(arts. 818/CLT e 373/CPC). "HONORÁ RIOS DE SUCUMBÊ NCIA.
DIREITO INTERTEMPORAL. PEDIDO DEFERIDO
PARCIALMENTE. A parte nã o pode ser surpreendida com ô nus
processual com o qual nã o contava no momento da

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propositura da demanda. Assim, a imposiçã o de honorá rios de
sucumbência nã o assistenciais nas lides decorrentes da relaçã o
de emprego será cabível apenas nas açõ es ajuizadas a partir da
vigência da Lei nº 13.467/2017". (Enunciado 4 do Seminá rio
de Formaçã o Continuada para Magistrados do TRT/10.ª
Regiã o, 2017).

(TRT-10, 0001618-56.2017.5.10.0009, Redator: DORIVAL


BORGES DE SOUZA NETO, Julgado em: 04/11/2020, Publicado
em 11/11/2020)

Desse modo, comprovado está que o reclamante está


litigando de má -fé, portanto, pretende a reclamada seja o reclamante compelido as
penas cabíveis nos termos dos artigos 80 e 81 do Có digo de Processo Civil, cuja
medida legal vem sendo adotada pela Justiça do Trabalho nos tribunais:

TRT-9 - 10262009411909 PR 1026-2009-411-9-0-9 (TRT-


9)

Data de publicação: 19/10/2010

Ementa: TRT-PR-19-10-2010 EMENTA: LITIGÂ NCIA DE MÁ -


FÉ . CONFIGURAÇÃ O. O instituto da litigâ ncia de má -fé tem
aplicaçã o restrita, sendo necessá ria, para sua configuraçã o, a
demonstraçã o do elemento subjetivo, sobretudo em face da
garantia constitucional do direito de açã o e do amplo acesso ao
Poder Judiciá rio. O só fato de a parte ter protestado em razã o
do indeferimento de determinado requerimento, julgado
impertinente pelo Juízo de origem, nã o é indicativo de que agiu
de má -fé. Recurso ordiná rio do reclamante conhecido e
provido.

TRT-9 - 35734200710902 PR 35734-2007-10-9-0-2 (TRT-


9)
Data de publicação: 09/08/2011

Ementa: TRT-PR-09-08-2011 EMENTA: LITIGÂ NCIA DE MÁ -


FÉ . CONFIGURAÇÃ O. Litigante de má -fé é aquele que nega ou
distorce grosseiramente a verdade dos fatos utilizando-se do
processo para obtençã o de vantagem indevida. O instituto da
litigâ ncia de má -fé tem aplicaçã o restrita, sendo necessá ria a
demonstraçã o do elemento subjetivo, sobretudo em face da
garantia constitucional do direito de açã o e do amplo acesso ao

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Poder Judiciá rio. Eventuais equívocos ou exageros de
postulaçã o, sem a demonstraçã o do elemento subjetivo, nã o
sã o suficientes para ensejá -la. Recurso ordiná rio da reclamante
conhecido e parcialmente provido.

TRT-9 - 4388200822901 PR 4388-2008-22-9-0-1 (TRT-9)


Data de publicação: 28/09/2010

Ementa: TRT-PR-28-09-2010 EMENTA: LITIGÂ NCIA DE MÁ -FÉ


- CONFIGURAÇÃ O. Litigante de má -fé é aquele que nega ou
distorce grosseiramente a verdade dos fatos, utilizando-se do
processo para obtençã o de vantagem indevida. O instituto da
litigâ ncia de má -fé tem aplicaçã o restrita, sendo necessá rio
demonstrar o elemento subjetivo, sobretudo em face da
garantia constitucional do direito de açã o e do amplo acesso ao
Poder Judiciá rio. Uma vez que a parte simplesmente nã o
conseguiu provar os fatos alegados, e ausente o elemento
subjetivo, é de se concluir que simplesmente incorreu no
exercício regular do direito de açã o. Recurso ordiná rio da
reclamante conhecido e provido.

TRT-9 - 3092009668900 PR 309-2009-668-9-0-0 (TRT-9)


Data de publicação: 05/10/2010

Ementa: TRT-PR-05-10-2010 EMENTA: LITIGÂ NCIA DE MÁ -FÉ


- CONFIGURAÇÃ O. Reputa-se litigante de má -fé a parte que
nega ou distorce grosseiramente a verdade dos fatos,
utilizando-se do processo para obtençã o de vantagem
indevida. O instituto da litigâ ncia de má -fé tem aplicaçã o
restrita, sendo necessá rio demonstrar o elemento subjetivo,
sobretudo em face da garantia constitucional do direito de
açã o e do amplo acesso ao Poder Judiciá rio. A simples alegaçã o
de motivaçã o política para o rompimento imotivado do
contrato de trabalho nã o implica, isoladamente,
descumprimento daqueles deveres. Ausente o elemento
subjetivo, é de se concluir que a parte simplesmente incorreu
no exercício regular do direito de açã o. Recurso ordiná rio da
reclamada conhecido e nã o provido.

Portanto, considerado o reclamante litigante de ma-fé, deve


ser condenado conforme estipula o artigo 81 do Có digo de Processo Civil, por faltar
com a verdade, na tentativa de se enriquecer, usando para tanto o poder judicial, além
de pleitear, de certo modo, algo, parcialmente ilícito.

O que desde já pleiteia a empresa reclamada, a condenaçã o


do reclamante nos exatos moldes do artigo 81 do CPC, a pagar multa de 1% do valor

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dado a causa, acrescidos dos prejuízos que a reclamada sofreu, computando-se os
honorá rios de advogado e demais despesas efetuadas cumulativamente.

21. PEDIDO DE JUSTIÇA GRATUITA

Pleiteia aqui, a reclamada, nos termos da lei 1060/50 c/c o


artigo 98 do Novo CPC/2015, na sua totalidade, a gratuidade da justiça.

Ora, Excelência, a pessoa jurídica tem direito à concessã o do


benefício da assistência judiciá ria gratuita, desde que comprove a incapacidade de
arcar com as custas sem comprometer a manutençã o da mesma.

Ressalta-se, nesse diapasã o, que a empresa nã o possui


capacidade financeira para arcar com as custas processuais sem comprometer o
pagamento de suas obrigaçõ es, bem como impostos, pagamento de funcioná rio e até
mesmo a pró pria subsistência do responsá vel pela empresa.
E tudo isso se deve as serias dificuldades econô mico-
financeiras enfrentadas no momento, nã o só pelo país, mas também pela empresa
reclamada.

Desse modo, consequentemente, torna-se inviá vel o custeio


das despesas processuais e o pagamento dos honorá rios do perito, pleiteando,
portanto, os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, assegurados pela Lei nº 1060/50 e
consoante o art. 98, caput, do novo CPC/2015, verbis:

Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira,


com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas
processuais e os honorá rios advocatícios tem direito à
gratuidade da justiça, na forma da lei.

Infere-se do excerto acima que qualquer uma das partes no


processo pode usufruir do benefício da justiça gratuita. Logo, a Requerente, ora

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reclamada nestes autos, pessoa jurídica, também faz jus ao benefício, haja vista nã o
ter condiçõ es de arcar com as despesas do processo sem prejuízo de sua manutençã o.

O entendimento jurisprudencial pacificado pelos tribunais


pá trios corrobora a pretensã o argumentada, conforme se vislumbra da aná lise do
precedente declinado:

AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.


AUSÊ NCIA DE ARGUMENTOS CAPAZES DE INFIRMAR OS
FUNDAMENTOS DA DECISÃ O AGRAVADA. ASSISTÊ NCIA
JUDICIÁ RIA GRATUITA. PESSOA JURÍDICA.
HIPOSSUFICIÊ NCIA. COMPROVAÇÃ O. NECESSIDADE.
REEXAME DE PROVAS. SÚ MULA 7. Nã o merece provimento
recurso carente de argumentos capazes de desconstituir a
decisã o agravada. As pessoas jurídicas tem direito à concessã o
do benefício da assistência judiciá ria gratuita desde que
comprovem a incapacidade de arcar com as custas processuais
em detrimento da manutençã o da empresa". (...) (AgRg no Ag
776376 / RJ; Agravo Regimental no Agravo de Instrumento,
2006/0117503-3, Relator, Ministro Humberto Gomes de
Barros, Terceira Turma, DJ 11.09.2006 p. 277.)

Pois bem, in casu, a jurisprudência supramencionada


enquadra-se perfeitamente, posto que ratifica o direito à concessã o do benefício da
justiça gratuita à s pessoas jurídicas.
Mister frisar, ainda, que, em conformidade com o art. 99, §
1º, do novo CPC/2015, o pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado por
petiçã o simples e durante o curso do processo, tendo em vista a possibilidade de se
requerer em qualquer tempo e grau de jurisdiçã o os benefícios da justiça gratuita,
ante a alteraçã o do status econô mico.

Assim, ex positis, pois, preenchidos os requisitos exigidos


para a concessã o do benefício pleiteado, como medida de Justiça e de Direito que se
vislumbra neste momento, requer, o deferimento do pedido a fim de que seja
concedida a JUSTIÇA GRATUITA, consoante os arts. 99 e seguintes do NPCP e a Lei nº
1.060/50.

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22. DOS PEDIDOS

Ex positis, diante dos fatos e fundamentos declinados,


requer-se:

1) A Vossa Excelência que se digne em receber a presente


defesa técnica, manejada na modalidade de contestaçã o, bem assim, a juntada dos
documentos inclusos, para o fim de acolher preliminar de inépcia da petiçã o inicial,
julgando o processo sem resoluçã o do mérito.
2) No mérito, requer a improcedência de todos os pedidos
formulados em Petiçã o Inicial, invertendo-se o ô nus da sucumbência e condenando a
Reclamante nas custas e demais despesas processuais, além de honorá rios
advocatícios a serem arbitrados nos termos da lei, uma vez comprovado fatos
impeditivos, modificativos e extintivos do direito alegado em Exordial.

3) Por derradeiro, requer-se provar o alegado por todos os


meios de provas admitidos em direito, notadamente pela juntada de documentos,
depoimento pessoal da Reclamante, oitiva de testemunhas, realizaçã o de diligências e
provas periciais, dentre outras que se fizerem necessá rias para o adequado e justo
deslinde desta lide.

3 – Requerimentos

a) Isto posto, requer a Vossa Excelência o recebimento da


presente Contestaçã o, bem como sua apreciaçã o para acolher a preliminar e indeferir
a AJG ao Reclamante, bem como julgar Improcedente a presente demanda, com
extinçã o do feito com resoluçã o de mérito, condenando o Reclamante ao pagamento
das custas processuais;

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b) Protesta por todos os meios de prova em direito admitido,
em especial depoimento pessoal do Reclamante e testemunhal;

c) Impugna-se o pedido de Assistência Judiciá ria, eis que o


Reclamante nã o cumpre com os requisitos legais para tal concessã o;

d) No que tange aos honorá rios assistenciais, nota-se que o


procurador do Reclamante nã o cumpre os requisitos legais para tal recebimento
restando que diante do jus postulandi inexiste a figura dos honorá rios de
sucumbência;

e) Postula-se seja aplicado, ao pedido de assistência e


honorá rios assistenciais, o quanto determinado nos artigos 14 e seguintes, da Lei
5584/70, bem como sumulas 219 e 329 do E. TST;

f) Alternativamente, caso seja deferido algum dos pedidos do


Reclamante, postula seja deferida a compensaçã o dos valores pagos.

Requer-se que as intimaçõ es dos atos processuais sejam


feitas exclusivamente em nome do

Nestes termos, pede e espera deferimento.


Sinop/MT, 09 de maio de 2022

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