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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 6ª VARA DO

TRABALHO DE SÃO PAULO – SP.

Processo:.

, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 28.840.421/0001-40, com


endereço na Rua Archote do Peru, nº 618, Parque das Árvores, São Paulo – SP – CEP:
04824-100, por seu advogado infra-assinado, vem, respeitosamente, à honrosa presença
de Vossa Excelência, apresentar CONTESTAÇÃO À RECLAMATÓRIA
TRABALHISTA, que lhe move ANTÔNIO CARLOS PEREIRA DA SILVA, já
qualificado, pelos fatos e fundamentos de direito a seguir expostos:

I - PRELIMINARMENTE:

A- Carência da ação por falta e insuficiência de prova, impugnando todos os


documentos acostados por diversas rasuras, bem como, todas as alegações por
não trazer a realidade fática e pedidos genéricos contrariando o que dispõe o
artigo 840 da CLT.
B- Afastamento da responsabilidade subsidiária;
C- Impugna todos os pontos que lá constam, quais seja, de 12 (doze) aos 18
(dezoito), nos termos da Súmula 425 TST.

D- Da impugnação da convenção acostada e da inépcia da inicial.

II- DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS E DANOS MATERIAS E


EMERGENTES.
a) Aduz o reclamante o direito aos honorários e danos emergentes, refuta-se o
argüido nos termos da Súmula 425 do TST que possibilita a todo cidadão
brasileiro o acesso á Justiça do Trabalho sem o auxilio de advogado, possuindo
capacidade postulatória para reclamar e acompanhar as demandas processuais
até o Tribunal Regional do Trabalho, utilizando assim o jus postulandi. Desta
forma não faz jus ao que foi requerido.

III- SINTESE DOS FATOS:


O Reclamante informa ter sido admitido pela Reclamada em 21/12/2015, para
exercer a função de segurança.
Sendo que em 14/10/2016, desligou-se de suas atividades laborais, percebendo
como ultima remuneração a importância de R$ 2.000,00.
Insurge ainda de que, a Reclamada jamais assinou a CTPS do Reclamante, bem
como não efetuou os depósitos a títulos de FGTS relativo ao período trabalhado.
Em razão disso, a Reclamada pleiteia: Pagamento do aviso prévio pelo período de
30 dias; pagamento do 13º proporcional 11/12, referente ao ano de 2014; férias
proporcionais 1/3; pagamento do FGTS do período não depositado, multa de 40%
sobre o FGTS, pagamento das horas extras alem da oitava; pagamento do vale
refeição, multa do artigo 467 da CLT, liberação das guias para saque do FGTS e a
condenação da Reclamada em honorários advocatícios.
VI-

V- DA ALEGAÇÃO DO VÍNCULO:
O Reclamante alega que exerceu a função até 05/2016, a Reclamada reconhece que
o mesmo prestou serviços para a mesma só que desconhece os requisitos do artigo
3º, tendo em vista que era eventual, além do mais os valores que a Reclamada
pagava ao mesmo era superior ao piso da categoria, ou seja, controlador de acesso.
O Reclamante alega no item 26, que não foi registrado pela Reclamada para exercer
a função de “MANOBRISTA”, já no item 20 alega que foi contrato aos préstimos
da Reclamada para exercer a função de “SEGURANÇA”, desta forma impugna a
Convenção Coletiva acostada pela Reclamante.
O Reclamante prestava serviço eventual como FISCAL DE PISO, contudo o salário
na data de hoje esta em média de R$ 1.265,06, ora nobre julgador, a Reclamada
sempre pagou o valor de R$ 2.000,00, ao Reclamante como forma de compensação
por ser um serviço eventual, não sendo devida nenhuma condenação a Reclamada.

VI- DO VALE REFEIÇÃO ALIMENTAÇÃO:


O Reclamante alega, que a Reclamada deixou de fornecer o Tickt Refeição, bem
como o Vale Alimentação, obrigando o mesmo a custear de seu próprio bolso tais
despesas, impugna a Convenção Coletiva acostada aos autos, uma vez que o próprio
estabelecimento fornecia alimentação aos prestadores de serviço.

VI- DAS HORAS EXTRAS:


Inicialmente o Reclamante não faz jus a hora extra tendo em vista que no período
em que permaneceu prestando serviço eventual jamais excedeu oito horas, como já
mencionado as folhas juntadas pelo Reclamante, jamais poderá ser aceita como
prova, sendo que as estão todas rasuradas com assinaturas incompatíveis entre si,
bem como já questionado o valor pago pela Reclamada fora acordado entre as partes
para suprir os encargos devidos.

VII-DO AVISO PRÉVIO INDENIZADO:


Segundo o alegado o Reclamante não recebeu o aviso prévio, sendo que sua
demissão lhe foi informada no mês de maio, e seu desligamento ocorreu no mesmo
dia, devendo ser impugnada o pedido de condenação no pagamento do aviso prévio,
além dos reflexos e integrações em férias, 1/3 constitucional, 13º salário, R.S.R., e
multa de 40%. Contudo, tal pedido deve ser rejeitado por ser contraditório conforme
item 3/26, o qual o mesmo alega ter saído da Reclamada no mês 05/16, já no item
6/39 o mesmo alega ter saído no mês 06/16, no item 2/22, o mesmo alega que saiu
no mês 10/16, sendo assim, o alegado por si só e contraditório e contraria as regras
do artigo 840 da CLT, não quantificado devendo ser rejeitada liminarmente.

VII- DAS FÉRIAS:


No mesmo argüido anteriormente a alegação do Reclamante por si só é contraditória
ao alegar dez meses de férias, sendo que a Reclamada pagou ao Reclamante
II – SINTESE FÁTICA e do DIREITO:

A Reclamante informa ter sido admitida pela Reclamada


em 03/11/2014, para exercer a função de balconista.

Sendo que em 03/05/2017, desligou-se de suas atividades


laborais, percebendo como última remuneração a importância de R$ 1.256,80.

Insurge ainda de que, em razão de sua despedida sem justa


causa, deixou de receber suas verbas rescisórias pertinentes ao desligamento.

Em razão disso, a Reclamante pleiteia: Ajustes salariais e


respectivas diferenças; verbas rescisórias, diferenças do fundo de garantia por tempo de
serviço, seguro desemprego, multa do artigo 467 e 477 da CLT, dano moral, e a
condenação da Reclamada em honorários advocatícios.

Entretanto, conforme será devidamente demonstrado, em


que pese a Reclamante fazer jus tão somente das verbas rescisórias, sendo os demais
pleitos, totalmente improcedente.

III - DA ALEGAÇÃO DE AUSENCIA DE AJUSTES SALÁRIAIS:

Aduz a Reclamante de que a Reclamada não teria


realizado os reajustes salariais nos percentuais de 9,88% e 9,62%, respectivamente.

No entanto, deixou de observar o ilustre patrono da


Reclamante que a disposição da clausula 2ª da CCT que aduz que: “REAJUSTE
SALARIAL DOS EMPREGADOS ADMITIDOS ENTRE 1ª DE SETEMBRO/2014
ATÉ 31 DE AGOSTO/2015 – o reajuste será proporcional e incidirá sobre o salário de
admissão, conforme tabela abaixo:”

In casu, o reajuste que deveria e de fato foi aplicado foi o


multiplicador de 1,0732, com base no salário inicial da Reclamante de R$ 1.002,78
(Hum mil e dois reais e setenta e oito centavos), conforme o documento juntado pela
Reclamante (ID. 300e6e8).

Improcede, portanto, o pedido dos reajustes salariais


formulados pela Reclamante.

IV - DAS VERBAS RECISÓRIAS:

Em primeiro plano, antes de adentrar a questão a ser


debatida, é importante esclarecer que a Reclamada, assim como milhares de
empresários, microempresários, e, por consequência consumidores sofrem com o atual
cenário econômico do país, tal qual, a crise refletiu na Reclamada a perda significativa
de sua clientela, acarretando no encerramento de suas atividades comerciais.
Diante disso, a Reclamada, ciente da sua importância
social, e preocupada com a Reclamada a procurou espontaneamente no sentido de quitar
suas verbas rescisórias

No entanto, a Reclamante, dizia ser credora de valores que


não faziam parte da rescisão, fazendo com que a situação se arrastasse por 04 (quatro)
meses.

Como se nota, a Reclamante só não recebeu suas verbas


rescisórias, pela dificuldade financeira que a Reclamada enfrenta, e bem como, pela
postura irredutível que a Reclamante passou a tomar.

Em face dessas razões, tão somente neste pleito, a


Reclamada reconhece que a Reclamante faz jus ao recebimento das verbas
rescisórias conforme deduzido no Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho
juntado pela Reclamante, levando em consideração a remuneração de R$ 1256,81
(Hum mil, duzentos e cinquenta e seis reais a oitenta e um centavos).

Conforme o TRCT juntado pela Reclamada a totalidade


das verbas rescisórias soma o valor de R$ 3.245,93 (três mil, duzentos e quarenta e
cinco reais e noventa e três centavos).

V - DO FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO:

A Reclamante em sua peça inaugural, diz fazer jus a


valores depositados de forma incorreta na sua conta do FGTS.

No entanto, deixou a Reclamante de discriminar quais


meses não estão depositados incorretamente, bem como qual valor faz jus.

Ainda, deixou de juntar aos autos o extrato analítico


que comprovasse tal direito, ônus que lhe pertence, tornando seu pedido
puramente inepto.

Improcede, portanto, o pedido de pagamento das


diferenças de FGTS.

VI - DO SEGURO DESEMPREGO:

A Reclamada, em razão da dispensa da Reclamante, irá


emitir a guia de liberação à título do seguro desemprego.

VII - MULTA ARTIGOS 467/477

Improcedentes tais pedidos de pagamentos das multas


elencadas nos artigos 467 e 477 da CLT, vez que não são devidas.

VIII - DO NÃO CABIMENTO DO DANO MORAL:


Para que haja o dever de reparar há que estar presente a
conduta culposa do agente pela prática de um ato ilícito, o dano suportado pela vítima e
o nexo causal.

No caso concreto, inexiste qualquer ato culposo da


Reclamada, haja vista que, a Reclamante só não recebeu os pagamentos à título
rescisório porque esperava que o sindicado da categoria iria intermediar a homologação
o que não ocorreu.

Já com relação ao pagamento do FGTS, a Reclamante não


demonstrou os meses em referência o que faria jus, tornando seu pedido inepto.

Desta forma, descabida pretensão de auferir danos morais,


restando assim, evidente que sua intenção era perquirir enriquecimento ilícito em
detrimento de outrem.

Para ensejar o Dano Moral, imprescindível sua


comprovação, o nexo causal entre o ato ilícito da Reclamada em desfavor do
Reclamante, colacionando neste sentido jurisprudência majoritária em que, inexistindo
um dos fatores referido, descaracterizado resta o Dano Moral, senão vejamos:

Ementa:[...]DANO MORAL. Para averiguação do


danomoral, é preciso observar que deve estar
fundamentado nafirme comprovação de danos aos direitos
relacionados à
intimidade, à vida privada, a honra e a imagem da
obreira, ser irrefutável a relação de causalidade entre o
eventos damni e a conduta do empregador, que agiu de
maneira intencional, ou que, agindo com negligência ou
imprudência, deu causa ao dano suportado pelo
empregado. Assim, descabido o dano moral ante a
insuficiência de comprovação de sua ocorrência, qual seja
demonstrar devidamente o nexo causal e o dano
efetivamente sofrido. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
Não satisfeitos os requisitos das Súmulas 219 e 329 do
TST, é incabível a condenação em honorários
advocatícios. Recurso conhecido e parcialmente provido.
(TRT-16 714200900716001 MA 00714-2009-007-16-00-1,
Relator: JAMES MAGNO ARAÚJO FARIAS, Data de
Julgamento: 18/05/2010, Data de Publicação:
31/05/2010)

Assim, resta demonstrado que a indenização pretendida


não é devida, haja vista Reclamada não ter dado causa a nenhum constrangimento,
humilhação ou aborrecimento que poderiam ensejar a indenização do dano moral.

IX - DA IMPUGNAÇÃO DOS PEDIDOS:

Impugna-se TODOS os pedidos do Reclamante eis que


manifestamente improcedentes não merecendo guarida.
X - COMPENSAÇÃO:

“Ad Cautelam”, caso Vossa Excelência entenda devida


alguma verba ao Reclamante, requer-se seja observada a devida compensação dos
valores efetivamente pagos, a qualquer título, a fim de se evitar o enriquecimento sem
causa da Reclamante.

XI - DOS PEDIDOS:

De todo o exposto, e confiante no elevado descontinho que


norteia as decisões emanadas pelo MM. Juiz, a Reclamada requer a Vossa Excelência,
que JULGUE TOTALMENTE IMPROCEDENTE A AÇÃO, requerendo ainda:

I. O indeferimento da concessão da assistência judiciária


gratuita, ante a ausência de demonstração de
hipossuficiência;

II. Que seja indeferido o pedido de encaminhamento de


ofícios ao DRT, MTE, INSS, SRF, e MPF tendo em
vista, não haver na Reclamada as irregularidades
apontadas pela Reclamante.

III. Caso Vossa Excelência entenda pelo procedimento de


algum dos pedidos, que seja determinada a
compensação dos valores já pagos a Reclamante.

IV. Protesta provar o alegado por todos os meios de prova


em direito admitidos, em especial o depoimento
pessoal da Reclamante, prova testemunhal e
documental.

Nestes termos,
Pede e espera deferimento.

São Paulo, 19 de setembro de 2017

Dra ______________________
OAB ____________

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