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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 1ª VARA DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO/RJ.

Processo nº 0001

TE LEVO MAS NÃO TRAGO LTDA., qualificação e endereço completos, por intermédio
de seu advogado que está subscreve (procuração anexa), endereço completo, vem,
respeitosamente, a presença de Vossa Excelência, com fulcro no art. 847 da CLT, oferecer:

CONTESTAÇÃO

nos autos da Reclamação Trabalhista em que lhe move MÉVIO, já qualificado, pelos fatos e
fundamentos a seguir expostos:

I – BREVE SÍNTESE DA DEMANDA


O Reclamante foi admitido para exercer a função de motorista na empresa no dia
01/04/2015 e demitido no dia 06/03/2021. Foi requerida a condenação ao pagamento de suas
verbas rescisórias, alegando que não houve o pagamento por parte da Reclamada.

II- DA VERDADE DOS FATOS


O Reclamante foi admitido no dia 01/04/2015 para trabalhar como motorista com o
salário mensal no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) e demitido em 06/03/2021. Todavia, as
demais alegações da inicial não devem ser acolhidas, pelos fundamentos a seguir.
Cumpre informar que o salário do reclamante foi pago corretamente durante todo o
ciclo de trabalho, sendo depositado na conta cadastrada pelo mesmo em sede de contratação.
É importante ressaltar que todas as verbas rescisórias devidas foram depositadas na
conta habitualmente usada para os depósitos de salários, conforme documentos em anexo.
Ocorre que a ex-mulher do Reclamante sacou todo o valor depositado e, agindo de má fé, o
mesmo alegou não ter recebido o valor e solicitou um novo depósito, o que foi negado pela
empresa.
Ademais, apesar de notificado por telegrama duas vezes, o requerente se recusou a
assinar a TRCT e não compareceu para pegar as guias de seguro-desemprego.

III – DOS FUNDAMENTOS


1. DAS VERBAS RECISÓRIAS REQUERIDAS
O Reclamante alega não ter recebido os valores a título de verbas rescisórias. No
entanto, todos os valores devidos foram pagos no decêndio, de acordo com o art. 477, §6º da
CLT, tendo o comprovante de depósito juntado aos autos. Não há procedência no pedido para
efetuar novo depósito dos valores, tendo em vista que foi a ex-mulher do requerente que
sacou todo o valor depositado da conta.

2. DA DISPENSA
Alega o Reclamante não ter recebido as verbas rescisórias devidas pela dispensa sem
justa causa, sendo estas aviso prévio, férias proporcionais com o terço constitucional, 13º
salário de 2020, FGTS e multa fundiária de 40%.
Entretanto, o autor não comprova nenhuma de suas alegações. De acordo com o que
foi mencionado no tópico acima, todos os valores foram depositados na conta que
habitualmente o Requerente recebia o seu salário.
Além disso, ressalta-se que Reclamante ficou de licença (auxílio-doença) durante todo
o ano de 2020, tendo o pagamento pago pelo INSS, conforme documento em anexo. Sendo
assim, houve a ausência de cômputo mínimo para a percepção do direito ao 13º do ano de
2020, eis que não satisfeitas as exigências do art. 1º, §§ 1º e 2º, da Lei 4090/62.
À luz do exposto, infere-se que os requerimentos feitos pelo Reclamante foram feitos
com alegações inverídicas e tendenciosas a inverter uma situação fática que se demostrou ser
outra.
IV- DOS REQUERIMENTOS
Por todo o exposto, requer a improcedência de todas as pretensões postuladas pelo
Reclamante, bem como a condenação do Reclamante ao pagamento dos honorários de
sucumbência.
Além disso, protesta por todos os meios de provas, de acordo com o art. 369 do CPC
e requer a aplicação de multa por litigância de má-fé, devido as alegações inverídicas a fim de
causar dano processual.

Nestes termos,
Pede deferimento.

Local e data.

Advogado
OAB nº...

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