Você está na página 1de 4

AO JUÍZO DO V JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DA

CAPITAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.

Processo nº XXXX

VIRGÍNIA LOPEZ, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora do


RG nº xx, CPF nº xxxx, residente e domiciliada na cidade do Rio de
Janeiro/ RJ, vem, por sua Advogada, inconformada com a r. sentença de
fls., nos autos da AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER c/c DANOS
MORAIS, que move contra USURACARD, pessoa jurídica de direito
privado, inscrita no CNPJ sob o nº xx, com sede na cidade de São Paulo,
tempestivamente, com fulcro no art. 41 a 43 da Lei 9.099/95, interpor o
presente RECURSO INOMINADO, conforme razões em anexo.

“Ex positis”, após a sábia e douta apreciação de V.ex.ª, e as formalidades de


praxe, requer o recorrente, seja o presente, com as inclusas razões,
encaminhadas a Turma Recursal para que seja reformada a decisão de 1º
grau, conforme passaremos a expor.

Nestes termos,

Pede Deferimento.

Local e data
RAZÕES DO RECURSO INOMINADO

Recorrente: VIRGÍNIA LOPEZ

Recorrido: USURACARD S.A.

Processo nº: xxxxx

Juízo de Origem: 5º Vara Cível

EGRÉGIA TURMA RECURSAL

COLENDA TURMA

Eméritos julgadores

Inobstante a integridade e inteligência do Magistrado prolator, em que pese


o respeito e admiração ao qual é merecedor, entretanto, data vênia, merece
ser reformada a R. Sentença monocrática, no que tange ao …, conforme
razões que ora oferece.

I. DOS REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE


Destaca-se que o presente recurso foi interposto tempestivamente no prazo
correto, bem como foi realizado o preparo de acordo com os ditames da Lei
nº 9099/95.

II. DOS MOTIVOS

Data venia, a r. sentença apresenta error in judicando devendo portanto ser


reformada eis que está contrariando a jurisprudência pátria e o CDC, na
parte que julgou improcedente os danos morais.

a) DOS FATOS

A recorrente ajuizou perante o juízo a quo, em outubro de 2017, Ação de


Obrigação de Fazer c/c com Dano Moral e Pedido de Tutela Antecipada,
em face da recorrida. Ocasião em que informou que era usuária titular do
cartão de crédito nº 1234.9909.3322.1100, emitido e administrado pela
recorrida. Esta em virtude do atraso recorrente no pagamento das faturas
referentes aos meses de abril e maio de 2017, inseriu o nome daquela nos
Serviços de Proteção ao Crédito.

Acontece que a recorrente quitou as parcelas que estavam em atraso


vencidas e não pagas, em 26 de junho de 2017, conforme comprovante em
anexo, para que pudesse assinar o contrato de financiamento habitacional,
mas até a data da distribuição da demanda a recorrida não havia retirado o
nome da recorrente do SPC, o que levou a perder o contrato para a
aquisição de sua casa própria.

Ao proferir a sentença, o juízo a quo confirmou em definitivo a tutela


antecipada deferida em sede de decisão interlocutória para retirar o nome
da recorrente do SPC, mas julgou improcedente o pedido de dano requerido
pela recorrente.

Pelo exposto, não encontrou a recorrente outra alternativa a não ser interpor
o presente recurso.

b) DOS FUNDAMENTOS

Primeiramente, é importante ressaltar que o juízo a quo agiu de forma


equivocada ao julgar improcedente o pedido de indenização por danos
morais. Isso ocorre porque, no presente caso, se tem uma relação de
consumo, regida pelo CDC, o artigo 6º do referido diploma legal preceitua
que os direitos fundamentais do consumidor incluem a garantia de
prevenção e reparação efetivas dos danos materiais e morais, tanto
individuais quanto coletivos e difusos.

Além disso, o artigo 14 do mencionado diploma legal, prevê que o


fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de
culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos
relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes
ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.

Dessa forma, através de documentos acostados aos autos, nota-se que a


recorrente teve sua honra abalada, além de enormes prejuízos por culpa
exclusiva da recorrida, uma vez que não conseguiu o financiamento
habitacional para adquirir sua casa própria devido à desídia da empresa
recorrida em retirar o nome da recorrente dos cadastros restritivos de
crédito.

III. DOS PEDIDOS

Por todas as razões expostas, espera provimento do presente Recurso para


ser reformada a R. Sentença, condenando o recorrente nas custas
processuais e honorários advocatícios na base de 20% do valor da
condenação.

Nestes termos,

Pede deferimento.

Local e data

Advogado.

Você também pode gostar