Laila Layana está sendo processada por sonegação fiscal, mas ainda há um recurso administrativo pendente. O documento pede que o processo penal seja trancado até a conclusão do recurso administrativo, alegando ausência de justa causa para o processo penal devido à pendência do recurso administrativo.
Laila Layana está sendo processada por sonegação fiscal, mas ainda há um recurso administrativo pendente. O documento pede que o processo penal seja trancado até a conclusão do recurso administrativo, alegando ausência de justa causa para o processo penal devido à pendência do recurso administrativo.
Laila Layana está sendo processada por sonegação fiscal, mas ainda há um recurso administrativo pendente. O documento pede que o processo penal seja trancado até a conclusão do recurso administrativo, alegando ausência de justa causa para o processo penal devido à pendência do recurso administrativo.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, identidade..., CPF..., residente e domiciliado na xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, vem perante Vossa Excelência com fulcro nos artigos 5º, LXVIII da Constituição Federal de 1988 - CF/88 c/c 647 e 648 Inciso I do Código de Processo Penal - CPP, impetrar
HABEAS CORPUS COM PEDIDO DE LIMINAR
Em favor de Laila Layana, brasileira, casada, empresária,
identidade..., CPF..., residente e domiciliado..., endereço eletrônico..., em face de ato ilegal e arbitrário perpetrado pelo Juízo da Primeira Vara Criminal, ora denominada autoridade coatora, visto os fatos e fundamentos jurídicos abaixo expostos:
I - SÍNTESE DA DEMANDA
Trata-se de denúncia oferecida pelo Ministério Público em face de Laila
Layana pelo suposto crime tributário tipificado no art. 1º, I, da Lei 8.137/91. A Secretaria de Estado de Fazenda no ano de 2009, por intermédio de um fiscal fazendário realizou visita ao estabelecimento empresarial Compre mais, de propriedade da acusada, sendo constatado que houve omissão em alguns registros nos livros de entrada e saída de mercadorias, que ensejou a lavratura de um auto de infração por sonegação de ICMS. A denunciada no prazo legal ofereceu impugnação ao auto de infração, sendo esse julgado improcedente e confirmado sua lavratura. Tempestivamente, a acusada apresentou recurso administrativo objetivando a reforma da decisão que implicou na autuação. O Ministério Público, por entender que a autuação tinha sido lavrada nos conformes da Lei, ofereceu denúncia em face de Laila em 19 de janeiro de 2021, destacando que o crime efetivamente tinha sido cometido quando da constatação da omissão em 20 de janeiro de 2015. A denúncia foi recebida pelo Juízo da Primeira Vara Criminal em 23 de janeiro de 2021, dando início ao processo criminal. Importante destacar que não houve a constituição definitiva do crime tributário, tendo em vista que a questão ainda é discutida na esfera administrativa.
II - DO DIREITO
II.1 – DA LEGALIDADE
Diante dos fatos supramencionados, temos que a denúncia como
ofertada não deve prosseguir para a iniciação penal em face da paciente, ao que passaremos a expor a seguir.
II.1.1. Da inépcia da denúncia
O artigo 41 do Código de Processo Penal estabelece que a descrição do fato criminoso deve conter todos os seus elementos e suas circunstâncias, promovendo assim a possibilidade do exercício direito de defesa do acusado. Ausente a resposta administrativa interposta pela paciente junto a Secretaria de Estado de Fazenda, torna-se evidente que a denúncia interfere no contraditório e na ampla defesa, pois não tendo todos os elementos para que a paciente utilize o seu direito de defesa de forma plena. a denúncia pode ser declarada como inepta. Nesta esteira, com a continuidade da denúncia no Poder Judiciário sem o suporte dos elementos de ainda não examinados em sede administrativa, enseja em declarar a presente denúncia como inepta eis que ausentes todas as circunstâncias do fato hora apontado como criminoso, conforme apregoa o art. 41 do CPP impossibilitando o direito a ampla defesa da paciente.
II.1.2. DA COAÇÃO ILEGAL POR AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA
Conforme exposto, o Ministério Público ofereceu denúncia à paciente por suposto crime contra a ordem tributária, sem se atentar para o deslinde do processo administrativo interposto junto com objetivo de reformar a ação que ensejou na lavratura de um auto de infração por sonegação de ICMS . Conduto, há precedentes nas Supremas Cortes Judiciárias que sinaliza pela necessidade de exaurimento da instância administrativa para posterior submissão às instâncias judiciais. Assim foi o entendimento do Supremo Tribunal Federal ao prolatar a Súmula Vinculante n° 24: "Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1°, incisos I a IV, da Lei n° 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo." (grifo nosso). Desse modo, se está pendente o processo administrativo que discute o débito tributário, ainda não existe obrigação tributária exigível e consequentemente a tipificação penal insculpida no art. 1° Lei 8.137/90) se concretizará após a exigibilidade definitiva do tributo.
III - DO PEDIDO DE LIMINAR
Enquanto houver a presunção de legitimidade no ato administrativo sob o ponto de vista fiscal, haverá a ausência do fumus boni juris para a instauração da ação penal com o recebimento da denúncia. Ressalte-se que a peça inicial da acusação teria que atacar o julgamento administrativo para quebrar a presunção de legitimidade, não fazendo não se evidencia inefetiva justa causa para seu prosseguimento. Por outro lado o “fumus bonus iuris” apresenta-se na relevância dos fundamentos e está amplamente caracterizado diante de toda a argumentação trazida pela paciente onde demonstra o flagrante desrespeito a legislação processual penal na ação penal atacada. Além do mais, tendo sido a denúncia ofertada em 20/01/20201 de modo extemporâneo e prematuro, tendo em vista a não conclusão do processo administrativo para elucidar de forma definitiva do crédito tributário. Resta evidente que inexiste justa causa para a persecução criminal instaurada, configurada a coação ilegal nos termos do art. 648, inciso I do CPP, sendo de rigor a concessão do habeas corpus, o que por certo será declarado por este E Tribunal. O “periculum in mora” é evidente diante do iminente risco de dano irreparável ao direito do paciente, visto que com a audiência de instrução e julgamento vindoura, onde será encerrada a fase de instrução e o feito já poderá ser sentenciado certamente implicará em imensurável prejuízo ao paciente. Portanto à luz do entendimento vinculado, a concessão da ordem para o trancamento da ação penal ajuizada é necessária
IV. DOS PEDIDOS
Diante do exposto e tudo mais que dos autos consta, requer
a) a concessão de liminar, initio litis e inaudita altera parte, ao presente writ, para determinar o trancamento da ação penal n° ..., que tramita perante no Juízo da Primeira Vara Criminal na Circunscrição Judiciária de Samambaia/DF, ou, se este não for o entendimento deste Magistrado, requerer alternativamente a suspensão do trâmite da referida ação penal até julgamento final do presente Habeas Corpus; b) ao final, seja confirmada e liminar e concedida a ordem definitiva para trancamento da ação penal n° .........., que tramita perante a Juízo da Primeira Vara Criminal na Circunscrição Judiciária de Samambaia/DF, vez que ausente justa causa, sendo certo que ao assim proceder, estar-se- á aplicando a mais pura JUSTIÇA.