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CONTEMPORÂNEO
Professor Valdeci Ataíde Capua
Missão do Direito:
- Organizar a sociedade e impedir possíveis conflitos;
- Serve de modelo e guia evitando o surgimento dos conflitos –
lides (ordena a vida em sociedade);
- Estado-juiz – decisões/ solucionar desajustes (resistência à
satisfação voluntária da pretensão de outrem);
- Função imediata (aplicação do direito ao caso concreto)/mediata
do Direito Processual Civil (almeja a pacificação social);
Obs. Da realização do direito é que decorre a pacificação social.
O que de essencial há no direito processual é a aplicação do direito.
- Autonomia do Direito Processual .
- Obs: AUTONOMIA NÃO SIGNIFICA ISOLAMENTO – intercâmbio
com demais ramos do direito.
CONCEITO:
Resumidamente, pode-se conceituar o Direito Processual Civil como um
ramo do Direito Público Interno que se estrutura como um sistema de
princípios e normas legais regulamentadoras do exercício da função
jurisdicional, sendo que esta é função soberana do Estado, pela qual ele
tem o dever de administrar a Justiça.
O direito processual divide-se em dois grandes ramos : o do processo
civil e do processo penal.
- Processo civil e suas subdivisões: processo civil comum; processo
civil do trabalho e processo civil eleitoral.
- Processo penal e suas subdivisões: processo penal comum; processo
penal militar e processo penal eleitoral.
Todos estes tipos de processo fazem parte de um mesmo tronco: A DA
TEORIA GERAL DO PROCESSO.
Impende salientar que o processo administrativo, embora se trate de
processo não judicial, também há de receber os influxos da teoria geral
do processo.
Relação com demais ramos/disciplinas do direito:
- Direito constitucional: nela se estabelecem os princípios básicos do
processo que veremos adiante;
- Direito administrativo: estabelece relação com o processo administrativo e
principalmente com o capítulo da organização judiciária.
- Direito civil, direito do consumidor, direito ambiental, direito empresarial,
direito do trabalho, direito tributário, direito penal e direito eleitoral e
outros setores do direito material, compondo o pano de fundo da atividade
processual.
direito material
Juiz
A.....................................B
Assim, os modos de solução de conflitos devem ser classificados de acordo com a
titularidade do poder de decidi-los.
. Se o titular do poder de decidir são as partes, isolada ou conjuntamente, tem-se
a autocomposição (ou autonomia).
. Se o titular desse poder é terceiro, tem-se a heterocomposição ou heteronomia).
1. Autotutela: uso da força;
bilateral: negociação
facilitada conciliação
mediação
3. Heterocomposição: arbitragem
jurisdição consensual
voluntária
Princípio da primazia do julgamento de mérito (artigo 4º CPC/2015) – privilegia a decisão
meritória e impede a “jurisprudência defensiva”(postura do P. Judiciário de criar expedientes
que impeçam a efetiva prestação jurisdicional. Ex. valorização de formalidades excessivas).
Art. 4 - As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito,
incluída a atividade satisfativa.
CPC/2015 CF/88
Fontes do direito processual:
- Fontes primárias: Constituição Federal, as leis os Tratados e Convenções internacionais de
direito – de modo que os Códigos atendam ao princípio do devido processo legal.
-Fontes secundárias: jurisprudência; costumes; princípios gerais do direito.
•FUNÇÕES DO DIREITO:
A grande função do direito é de direção de condutas. Estabelece normas que determinam
pautas de comportamentos tidos como socialmente desejáveis (ex.: o pagamento de IPVA pelo
contribuinte proprietário de automóvel, a troca de produtos avariados pelo seu fornecedor
etc).
Mas nem sempre tais normas são simplesmente cumpridas.
Destarte, cumpre ao Estado determinar os órgãos que vão exercê-la, os procedimentos que
irão seguir, os poderes, deveres, direitos, faculdades e ônus dos diferentes sujeitos processuais
(sobretudo, partes e juiz). E esta tarefa é cumprida com a produção de normas processuais.
processo
QUESTÕES
A LEI PROCESSUAL ( ARTIGO 24, XI DA CF-88).
Como exceção, também são aplicadas normas dispositivas, tendo as partes certa
margem de liberdade na sua aplicação. Ex. artigo 63 do CPC (escolha do foro para
julgamento do feito, autorizando que as partes criem normas procedimentais, desde
que preenchidos alguns requisitos.
LEI PROCESSUAL NO TEMPO. SISTEMA DE ISOLAMENTO DOS ATOS
PROCESSUAIS:
Coisa Julgada: deve-se entender quando há uma decisão no processo da qual não
caiba mais recurso. Sobre o assunto, atenção à possibilidade de relativização de coisa
julgada em caso de exame de DNA.
FONTES DO DIREITO
Fontes do Direito: São os meios pelos quais as regras jurídicas se tornam
obrigatórias.
Dividem-se em formais e materiais:
- Formais:
A) Primárias: Leis.
B) Secundárias: Analogia, costumes e princípios gerais do direito.
JURISDIÇÃO
PRINCÍPIOS
TUTELA PROCESSO
FUNDAMENTAIS
AÇÃO/DEFESA
O CPC vigente traz os princípios de forma esparsa, enquanto o NCPC tem um capítulo que
condensa os princípios, do artigo 1º ao artigo 12, tendo em vista o reconhecimento da carga
normativa dos mesmos.
OS PRINCÍPIOS E AS GARANTIAS PROCESSUAIS NO NOVO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
GABARITO: D
3. Marque a alternativa incorreta:
a) O direito processual, como ramo do direito público, tem suas
linhas fundamentais traçadas pelo direito constitucional.
b) Daniel Mitidieiro assinala que as relações entre o processo
civil e a Constituição são relações dialógicas, de recíproca
implicação.
c) Acerca da trilogia estruturante do direito processual, podemos
consignar 03 institutos, como a jurisdição, a ação e o
procedimento.
d) A função imediata do direito processual civil é a aplicação do
direito ao caso concreto, a fim de restabelecer a ordem jurídica
ditada pelo Estado de Direito.
GABARITO: C
4. Marque a alternativa incorreta:
( ) Verdadeiro.
( ) Falso.
GABARITO: Verdadeiro – LINDB, art. 6º, §2º, CPC.
10. Um recurso alternativo utilizado em situações de litígio para
solucionar ou prevenir a disputa judicial é a chamada mediação.
A mediação tem por objetivo:
a) o solucionamento rápido do litígio, encaminhando o processo civil
diretamente para a decisão do juiz.
b) evitar a revitimização de crianças vítimas de violência, colhendo um
único depoimento com intermediação do psicólogo
c) solucionar litígios, com fulcro na adversidade.
d) a amenização de conflitos entre curador e curatelado, trabalhando
com o interdito a sua condição de incapacidade civil.
e) a restauração do diálogo entre as partes, restabelecendo o
relacionamento amistoso em busca de uma solução consensual
GABARITO: LETRA E.
. Princípio da Ampla Defesa
A ampla defesa faz parte do contraditório, estando disposta no artigo 5º, LV
da CRFB, sendo este último mais amplo. A ampla defesa é possibilidade de
efetiva reação.
A segunda implicação seria a necessidade de todos terem acesso à justiça, não só pessoas
físicas, como também as jurídicas, incluindo aí entidades associativas ou representativas. ( vide
artigo 5, XXI da CF/88).
A terceira implicação é a gratuidade da justiça, prevista no artigo art.5º, LXXIV, CRFB e artigo 98
do CPC/2015..
A quarta implicação é o amplo e incondicionado exercício ao direito de ação. Assim, têm-se
alguns exemplos:
. Princípio da boa-fé processual – art. 5º
Inicialmente cabe apontar as diferenças entre boa-fé objetiva e boa-fé
subjetiva. A primeira constitui regra de conduta, relacionada aos padrões
sociais ou legais de lisura e honestidade. A segunda expressa um estado
psicológico do sujeito, que pode variar conforme a sua interpretação,
percepção e conhecimento. Em termos simples, o exame da boa-fé objetiva é
externo e tem por objeto a conduta das partes (contratantes, litigantes). O
exame da boa-fé subjetiva, por outro lado, é internalizado, porque busca a
intenção do sujeito.
A boa-fé processual está intimamente ligada à boa-fé objetiva.
A boa-fé processual também deve orientar a atuação jurisdicional.
. Princípio
da imparcialidade.
A imparcialidade não se confunde com neutralidade ou passividade.
JURISDIÇÃO
Quando ouvimos a palavra “jurisdição” pensamos em Montesquieu, da teoria da
tripartição de poderes, do sistema de freios e contrapesos.
(2) a ideia da atuação da vontade concreta da Lei. Quando e Lei está no ordenamento
tem uma vontade abstrata. Para fazer atuar essa vontade concreta, só a jurisdição tem
esse poder. Só a jurisdição tem o poder de fazer atuar a vontade concreta da Lei.
Então, sempre que constar a expressão “vontade concreta da Lei”, é preciso lembrar do
Chiovenda.
Já o Carnelutti trabalhava com a ideia de justa composição da lide. Então, a lide como
sendo um elemento importante da jurisdição e a ideia do Poder Judiciário como sendo
o terceiro que resolve a lide da maneira mais justa possível.
Já o Calamandrei valorizava outra ideia. Ele dizia que o que caracteriza a jurisdição é a
imutabilidade dos seus atos. Então, somente um juiz pode dar uma decisão e obter
com ela a chamada coisa julgada material. Nada mais tem o poder de gerar coisa
julgada material e ser indiscutível, além da decisão judicial. Assim, o que caracterizaria
a atividade jurisdicional seria a formação da coisa julgada através da idéia de
imutabilidade.
- Controle Externo: o Poder Judiciário produz a última palavra sobre o caso que lhe é posto.
TEORIA GERAL DO PROCESSO
PROCESSO
AÇÃO JURISDIÇÃO
TRILOGIA FUNDANTE
PRINCÍPIOS DA JURISDIÇÃO
SUBSTITUTIVIDADE (O ESTADO SUBSTITUI A VONTADE DAS PARTES)
INVESTIDURA (DESEMBARGADOR APOSENTADO???)
ADERÊNCIA AO TERRITÓRIO (SOBERANIA- EXCEÇÃO CP EM COMARCAS CONTÍGUAS)
IMPESSOALIDADE (NÃO É IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ – VIDE ARTS. 144/145)
INDELEGABILIDADE DA JURISDIÇÃO (NÃO CABE DELEGAÇÃO)
INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO (ACESSO A JUSTIÇA)
INEVITABILIDADE DA JURISDIÇÃO (VC NÃO PODE ESCOLHER SE QUER OU NÃO SE SUBMETER
A JURISDIÇÃO)
DEFINITIVIDADE DA JURISDIÇÃO (COISA JULGADA)
INÉRCIA DA JURISDIÇÃO (DEVE SER PROVOCADO – EXCEÇÃO JUIZ CONVERTER O PROCESSO
DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL EM FALÊNCIA).
JUIZ NATURAL : O inciso XXXVII do artigo 5º da Constituição Federal brasileira é um dos
componentes do Princípio do Juiz Natural, que garante um julgamento justo aos cidadãos por órgãos
independentes e imparciais. Este inciso impede a criação de novos juízos ou tribunais para julgar
fatos ocorrido antes de sua criação. Por isso, este inciso tem relação direta com o Princípio do Juiz
Natural, que é de extrema relevância para o Direito.
Exceções:
Primeiro - Uma exceção clássica que não existe no código novo, mas que está no código atual,
é a instauração de oficio de processo de inventario ou partilha. É o artigo 989 do código atual,
que não tem correspondente no novo CPC.
Todavia, no novo CPC há alguns casos em que o juiz pode iniciar o processo de oficio. E a
maioria são casos de jurisdição voluntaria. Por exemplo, na arrecadação de bens do ausente,
o juiz pode iniciar de oficio a arrecadação de bens do ausente, a arrecadação de bens da
herança vacante ou jacente, etc. Esses são todos exemplos de jurisdição voluntaria.
O CPC novo tem um artigo só sobre isso – art. 139, inciso IV, que chamamos de cláusula geral
executiva - Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código,
incumbindo-lhe: (...) IV – determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais
ou subrogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas
ações que tenham por objeto prestação pecuniária;”.
Características da jurisdição:
• Substitutividade/ Secundária;
• Imparcialidade;
• Lide;
• Monopólio do Estado;
• Unidade;
• Aptidão para a produção de coisa julgada material: (definitividade).
Espécies de jurisdição:
- Contenciosa: jurisdição contenciosa presença de lide
- Voluntária: jurisdição voluntária ausência de lide
JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA (Art.719 e seguintes):
A jurisdição voluntária costuma ser necessária. O que significa isso? Significa que nos
casos em que há jurisdição voluntária, não há opção da parte.
Natureza da Jurisdição Voluntária:
a)A jurisdição voluntária não é jurisdição.
b)A jurisdição voluntária é jurisdição:
Quais as principais peculiaridades?
1-Mitigação do princípio da inércia e atuação mais inquisitiva do juiz - A principal
peculiaridade é, de fato, a redução do princípio da inércia e a atuação do juiz de modo
mais inquisitivo.
2-Juiz mais ativo, com maior liberdade para produção de provas - O juiz é muito mais
ativo na jurisdição voluntaria do que na jurisdição contenciosa. Ele pode dar inicio a várias
demandas, ele tem mais liberdade para produzir provas.
3-Possibilidade de decidir de modo contrário à vontade das partes - Outra característica
é que o juiz pode, na jurisdição voluntária, decidir de modo contrario à vontade de ambas
as partes. Por exemplo, o pai quer vender o bem que o filho recebeu por doação do avô
que já morreu e o filho também queira vender o bem, mas o juiz entenda que não deve
vender o bem por proteção ao menor. Isso é possível apenas na jurisdição voluntária.
4-Inexistência de coisa julgada - Outra característica que se costuma colocar, com a qual
não concordo, é que não haveria coisa julgada na jurisdição voluntaria. Se cair isso em
prova, podem marcar como correto: não há coisa julgada na jurisdição voluntária.
Jurisdição contenciosa Jurisdição voluntária
visa a integração do Estado para dar validade
visa a composição de litígios
ao negócio jurídico
Existe lide Inexiste lide, existe negócio jurídico
A R
Objetivo: Crédito Objetivo: Jurisdição
BÜLOW foi um autor alemão:
1) Sujeito
2) Objetivo
3) Pressupostos processuais (Requisitos necessários para o processo)
4) Processo = relação processual.
PROCESSO PROCEDIMENTO
PROCESSO PROCEDIMENTO
DEMANDANTE PARCIAL
DEMANDADO PARCIAL
ESTADO-JUIZ IMPARCIAL
- Cumpre consignar que o entendimento que a relação processual é
triangular, sendo inegável a existência de posições jurídicas diretas entre
demandante e demandado.
- Capacidade de ser parte (é a aptidão para ser sujeito na relação processual – todos
aqueles que tenham personalidade material – pessoas físicas e jurídicas).
Obs.: a incapacidade originária do autor configura inexistência do processo – ex. ação
proposta por autor que falece após assinar procuração. A incapacidade superveniente
do autor conduz a inexistência dos atos a ela subsequentes – fazendo desaparecer a
relação processual – ex. autor falece no curso do processo e não é sucedido .
- incapacidade originária do autor: configura inexistência do processo
– ex. autor falece após assinar procuração;
-incapacidade superveniente do autor: conduz a inexistência dos atos
subsequentes – ex. autor falece no curso do processo e não é
devidamente sucedido.
-Investidura na jurisdição.
- É o pressuposto de existência do processo que ela seja instaurado e
conduzido por órgão investido na jurisdição, onde sua ausência pode
configurar inexistência de todo o processo ou de um só ato processual.
VIDE ARTIGO 64, PG. 4 DO CPC/15.
- Subjetivos:
Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo,
desde a concepção, os direitos do nascituro. ... A capacidade dos índios será regulada por
legislação especial.
Vemos, portanto, que existem alguns sujeitos que não têm personalidade jurídica (civil), mas
que podem ser parte. Nesse caso, dizemos que gozam de PERSONALIDADE JUDICIÁRIA.
Exemplos: Ministério Público, Defensoria Pública, Tribunais de Justiça, Tribunais de Contas,
Procon, Assembleias Legislativas, Câmaras Municipais, nascituro, massa falida, comunidade
indígena.
- CAPACIDADE PROCESSUAL:
Capacidade processual é a aptidão para as práticas dos atos processuais independentemente de
assistência ou representação (exemplo: pais, curadores, tutores, etc).
• bNo mesmo sentido, o STJ considera a concessão do prazo para
. Imparcialidade:
Não basta que haja um órgão investido na jurisdição (investidura), exercendo-a
dentro dos limites de sua competência. É necessário que o julgador que o integre
seja imparcial.
- Objetivos:
O reconhecimento deve ser feito pelo O reconhecimento deve ser feito pelo
próprio juiz da causa substituto legal do juiz.
1º) Perempção: é a perda do exercício do direito de ação que ocorre quando o autor
abandona a causa por TRÊS vezes. (artigo 485, V CPC e 60 CPP).
OBS: ABANDONO DO AUTOR – deixa o processo parado por mais de
30 dias, sem promover os atos ou diligências que competia (Ex: O
autor recolher alguma importância), o juiz irá dar 48 horas para o
autor se manifestar, inclusive a intimação do autor será
pessoalmente. Caso não se manifeste nas 48 horas, o processo é
extinto sem resolução do mérito. Isso é chamado de ABANDONO DA
CAUSA PELO AUTOR.
AÇÃO
INTRODUÇÃO
Os grandes autores processualistas, especialmente Cândido
Dinamarco, listam alguns institutos como sendo fundamentais para
a compreensão do Direito Processual Civil. São eles:
Direito material
Direito
processual
2ª) Teoria Autonomista (fase científica ou conceitual) (Windsheid e Muther)
(Bulow - 1868):
5ª) Teoria eclética ou mista: é do autor LIEBMAN. A ação é um direito a uma sentença
de mérito. Para que exista esse direito, a parte deve preencher alguns requisitos,
chamados de CONDIÇÕES DA AÇÃO. Essa teoria criou o chamado de CARÊNCIA DE
AÇÃO (Artigo 301, X CPC/73 – artigo. 337, XI CPC/15). Esta teoria foi adotada pelo
CPC. Há autores que criticam e há autores que aceitam, com algumas observações.
Art. 301 CPC/1973. Compete-lhe, porém, antes de discutir o mérito, alegar:
(...)
X - carência de ação;
DO CHAMAMENTO AO PROCESSO
b) Pedido:
É a conclusão da exposição dos fatos e fundamentos jurídicos constantes na
petição inicial; é o resultado da valoração do fato pela norma jurídica –, a
qual constitui a pretensão material formulada ao Estado-juízo. Divide-se em:
- Imediato – em regra é a sentença;
- Mediato – é o bem material ou da vida que só conseguirei obter com o
provimento jurisdicional imeditato.
Desdobra-se o pedido em imediato, que é a providência ou o “tipo de
tutela” jurisdicional solicitada pelo autor, e pedido mediato, que
constitui o bem jurídico pretendido.
Destaca-se que o art. 324, § 1º, admite pedido genérico, quer dizer,
certo quanto à existência e gênero, mas ainda não individualizado no
que respeita a quantidade, naquelas hipóteses elencadas nos
respectivos incisos.
Artigo 324 CPC/2015:
É lícito, porém, formular pedido genérico
§ 1º É lícito, porém, formular pedido genérico:
I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados;
II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato;
III - quando a determinação do valor da condenação depender de ato que deva ser
praticado pelo réu.
Pedido Mediato:
É o exercício da pretensão material.
O que nos mundos dos fatos, no mundo da vida, é o que
você quer: quero R$ 500,00; quero carro; quero a casa;
quero divisão do patrimônio; quero pensão, etc. Em última
análise, trata-se do bem da vida.
c) Causa de Pedir:
- Próxima;
- Remota.
CAUSA DE PEDIR PRÓXIMA CAUSA DE PEDIR REMOTA
– Condições genéricas: São aquelas exigidas para todas as ações. Eram três:
- CAPACIDADE PROCESSUAL:
É a aptidão para as práticas dos atos processuais independentemente de
assistência ou representação (exemplo: pais, curadores, tutores, etc).