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PROCESSO
1. Introdução
1.1. Homem > ente social > sociedade > regras de convívio > direito > ordem
jurídica > harmonizar relações sociais intersubjetivas > não evita conflito de
interesses > muitos interesses poucos os bens disponíveis > autotutela > Estado
> jurisdição (esquema).
2.2. Espécies:
2.2.2.4. Conciliação (art. 165,§2º): visa a induzir as partes a ditar a solução para
sua pendência. É a colaboração de um 3º imparcial na tentativa da obtenção da
autocomposição do litígio. Esse 3º possui papel ativo na autocomposição,
podendo sugerir soluções para o conflito. O conciliador procura obter a transação,
desistência ou submissão.
2.2.2.5. Mediação (art. 165,§3º e Lei n. 13.140/15): terceiro atua no intuito de
levar os litigantes a uma solução embasada na identificação e eliminação das
causas que geraram o conflito. Os litigantes chegam por si próprios à solução
mais acertada para a sua desavença, em comum acordo. A mediação presta-se
mais a prevenção da conflituosidade latente, que se torna recorrente por causa
de vínculos entre as partes (como em casos de família e vizinhança). A
conciliação visa à superação pontual do conflito estabelecido por vínculo
específico, como em relações obrigacionais. A finalidade de um e outro instituto
é levar à transação.
3.1. Direito material: conjunto de regras elaboradas pelo Estado que disciplinam
as relações jurídicas entre as pessoas na sociedade e em relação aos bens da vida
3.2. Direito processual: conjunto de regras, também elaboradas pelo Estado, que
disciplinam o exercício da jurisdição pelo Estado, da ação pelo demandante e da
defesa pelo demandado.
3.3. Importante:
4.1. Devido processo legal (ou constitucional) (CR, art. 5º, LIV)
4.2. Isonomia (CR, art. 5º e I)
4.3. Juiz natural (CR, art. 5º, LIII)
4.4. Inafastabilidade da jurisdição (CR, art. 5º, XXXV)
4.5. Contraditório (CR, art. 5º, LV)
4.6. Motivação das decisões judiciais (CR, art. 93, IX e X)
4.7. Duração razoável do processo (CR, art. 5º, LXXVIII).
5. Normas fundamentais que implementam os princípios constitucionais acima
(CPC, arts. 1º a 12):
5.2. Duração razoável do processo (CPC, art. 4º e CR, art. 5º, LXXVIII): não basta
obter-se a sentença em tempo razoável, devendo ser tempestiva a entrega do
resultado de eventual atividade executiva.
5.5. Contraditório efetivo, prévio e dinâmico (arts. 7º, 9º e 10 e CR, art. 5º, LV):
participação com influência na formação do resultado e a não surpresa.
5.6. Isonomia (CR, art. 5º, caput e inciso I e CPC, art. 7º).
5.7. Cooperação (art. 6º): processo comparticipativo, policêntrico: todos
igualmente importantes na construção do resultado da atividade processual.
5.8. Dignidade da pessoa humana (CR, art. 1º, III e CPC, art. 8º)
5.12. Eficiência (CPC, art. 8º e CR, art. 37): ou da economia processual: quanto
menos onerosos os meios empregados para a produção do resultado, mais
eficiente terá sito o processo.
5.13. Fundamentação das decisões judiciais (CR, art. 93, IX e CPC, art. 11)
3. Norma jurídica.
6.4. Aplicação subsidiária do CPC às demais leis processuais (art. 15): o CPC
veicula a lei processual comum, a ser aplicada como regra geral a todos os
processos judiciais ou administrativos em curso no Brasil, ressalvada apenas a
existência de lei específica (CPP, CLT, Lei de Proc. Administrativos Federais), ou,
no caso de omissão da lei específica, de incompatibilidade entre esta e a lei geral.
INSTITUTOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO PROCESSUAL
1. JURISDIÇÃO
Dizer direito; resolver litígios intersubjetivos; função precípua do PJ. É a
função estatal de solucionar as causas que são submetidas ao Estado,
por meio do processo, aplicando a solução juridicamente correta.
1.2. Escopos:
a) Jurídico: atuação concreta do direito
b) Político: preservar o ordenamento jurídico
c) Social: pacificação com justiça em cada caso concreto
1.3. Espécies:
1.3.2.3. Características:
2.1.1. Hipóteses:
a) Competência internacional concorrente (arts. 21 e 22): perante o
judiciário brasileiro ou o estrangeiro
2.1. Espécies:
a) Auxílio direto (arts. 28 a 34): É técnica de cooperação internacional.
Dirigido diretamente à autoridade Central Brasileira designada no
tratado. Dispensa homologação ou juízo de delibação. Cabe quando a
medida não decorrer diretamente de decisão de autoridade
jurisdicional estrangeira a ser submetida a juízo de delibação
(homologação de decisão estrangeira ou concessão de exequatur a
carta rogatória) no Brasil. Nesses casos, então, o que há é um ato não
jurisdicional do Estado requerente destinado a postular um ato
jurisdicional do Estado requerido.
COMPETÊNCIA INTERNA
6.2.2.1.1. Domicílio do réu para ações de direito pessoal ou real sobre bem
móvel (art. 46):
- vale para as pessoas naturais e as jurídicas.
- ações pessoais: tendem à tutela de um direito pessoal, ou mais,
precisamente, o cumprimento de uma obrigação (relação entre pessoas).
Ex. aquelas que derivam de um contrato.
- ações reais: visam à tutela de um direito real (relação entre pessoa e a
coisa). Ex. ação reivindicatória.
- conceito de domicílio: arts. 70 a 76 do CC.
6.2.2.1.2. Foro do local da coisa para ação de direito real imobiliário (art.
47): local onde estiver situado o imóvel.
- Regra de caráter absoluto, com exceções de natureza relativa (§§ art. 47):
a) ações fundadas em direito real sobre imóveis. Opção do autor (§1º). Exs.
direito real de superfície; locação; comodato.
b) demandas possessórias relativas a bens imóveis (§2º)
6.2.2.1.2. Regras específicas quanto à competência territorial:
9. MODIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIA
só da competência relativa
9.1. Causas de prorrogação da competência:
- ex. contrato celebrado por duas pessoas. Uma delas ajuíza ação de
anulação do contrato e a outra de anulação de uma cláusula daquele
contrato, ambas as demandas como o mesmo fundamento, o de ter
havido a participação de um relativamente incapaz na avença.
9.2. Casos de prorrogação voluntária:
9.2.1. convenção de eleição de foro (CPC, art. 63, §§): voluntária expressa.
Consiste na escolha de um foro que será o competente para a propositura
de futuras ações. Requisitos: art. 63,§1º.
- verificação, de ofício, da validade da cláusula por abusiva e prejudicar o
direito de defesa: §§3º e 4º. Ex. contrato de adesão.
9.2.2. não arguição da incompetência na contestação: voluntária tácita
(CPC, art. 65)
10. PREVENÇÃO.
- CPC, arts. 58, 59, 60: não é fator de determinação nem de modificação da
competência.
- o registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo
- regras as serem observadas quando há necessidade de fixação de
competência de um entre vários juízos, todos igualmente competentes
para determinada causa.
11. CONFLITO DE COMPETÊNCIA.
- art. 66 CPC: ocorre quando dois ou mais juízes dão-se por competentes (positivo
– art. 66, I) ou consideram-se incompetentes para uma determinada demanda
(negativo – art. 66, II) ou quando entre dois ou mais juízos, houver controvérsia
acerca da reunião ou separação de processo (art. 66, III).
13.2. Formas:
a) auxilio direto (art. 69, I): pedido a um órgão jurisdicional para que pratique um
ato não jurisdicional. Ex. pedir informações acerca do teor e vigência de lei
municipal de outra comarca
b) reunião ou apensamento de processos (art. 69, II): casos de modificação da
competência por conexão ou continência.
c) prestação de informações (art. 69, III): solicitação de um órgão jurisdicional a
outro de algum dado para poder exercer suas funções. Ex. relator pede
informação para ajudar julgamento recurso.
d) atos concertados (previamente ajustados) entre os juízes cooperantes (art. 69,
IV): os atos estão previstos no §2º do art. 69, exemplificativamente.
AÇÃO
1. Conceito de ação (o caráter instrumental).
- Conclusão:
3. Natureza jurídica:
- direito ou poder
- Dinamarco: poder: capacidade de produzir efeitos sobre a esfera
jurídica alheia
- tem natureza Constitucional (CR art. 5º, XXXV)
- garantia constitucional da ação tem como objeto o direito ao processo,
com todas as suas garantias (CR, art. 5º, LIV: devido processo legal).
- Direito público subjetivo, abstrato e instrumental de provocar o Poder
Judiciário para pleitear uma tutela jurisdicional.
4. Características da ação:
4.1. é um direito subjetivo: de cada um
- as condições da ação devem ser examinadas não apenas pelo que consta
da petição inicial, mas por tudo aquilo que foi trazido aos autos pelas partes.
4. CONDIÇÕES DA AÇÃO: ARTIGO 17 DO CPC
4.1. Legitimidade de parte (ou legitimidade ad causam):
- autor: aquele que afirma ser titular de determinado direito que precisa da
tutela jurisdicional (titular da pretensão ou do direito subjetivo material)
Ou ainda:
c) Sentença
5.2. Objetivos:
5.2.1 objeto: pedido do autor
- pretensão do autor
- Duas vertentes:
a) pedido imediato (vertente de natureza processual): espécie de provimento
jurisdicional (declaratória, constitutiva, etc).
b) pedido mediato (vertente de natureza material): bem da vida pretendido.
- O que constitui a causa petendi é apenas a exposição dos fatos, não a sua
qualificação jurídica. Por isso é que, se a qualificação jurídica estiver errada,
mas mesmo assim o pedido formulado tiver relação com os fatos narrados,
o juiz não negará o provimento jurisdicional.
4. Outras classificações.
- objeção: defesa que pode ser conhecida de ofício. Ex. incompetência
absoluta, coisa julgada e pagamento.
- contestação: no processo civil: toda e qualquer defesa de rito ou de mérito.
PROCESSO, PROCEDIMENTO E PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
Conceito: conjunto de atos coordenados destinados à composição da lide.
Caracteriza-se por sua finalidade de exercício do poder jurisdicional.
- O processo não pode mais ser compreendido como um mecanismo a ser
conduzido pelo juiz como seu sujeito mais importante. É preciso ter do
processo uma visão participativa, policêntrica, por força da qual juiz e
partes constroem, juntos, seu resultado final. Não existe uma relação
processual entre Estado-Juiz e partes, com o Estado em posição de
superioridade. O que existe é um procedimento em contraditório destinado
à construção dos provimentos estatais, em que todos os sujeitos
interessados participam, em igualdade de condições, na produção do
resultado. Este procedimento comparticipativo, policêntrico, que se
desenvolve em contraditório é, precisamente, o processo.
- procedimento: é o meio extrínseco pelo qual se instaura, desenvolve-se e
termina o processo. É o meio pelo qual a lei estampa os atos e fórmulas da
ordem legal do processo.
É comum a confusão entre processo, procedimento e autos:
a) procedimento é o mero aspecto formal do processo. (Ex. fases do
procedimento e não do processo)
b) Autos são a materialidade dos documentos em que se corporificam os
atos do procedimento. (Ex. consultar os autos e não o processo)
a) litispendência
b) coisa julgada
1. Sujeitos principais:
- demandante que formula uma pretensão em juízo (autor)
- demandado aquele em face de quem se formula tal pretensão (réu)
2. Das partes:
- pessoas que pedem ou em relação às quais se pede a tutela jurisdicional.
- demandante e demandado (processo conhecimento: autor e réu;
execução: exequente e executado, etc.)
- Liebman: os sujeitos do contraditório instituído perante o juiz ou sujeito
do processo diversos do juiz, para os quais este deve proferir o seu
provimento
Dois conceitos:
- Obrigações processuais:
- DEVERES DAS PARTES (arts. 5º, 77 e 78): todos devem colaborar com a
administração da justiça, agindo com boa-fé, ter respeito pelos padrões
éticos e não podem desviar de uma decisão justa.
6. Outros poderes-deveres:
1. Conceito: Órgão do Estado que exerce, junto ao Poder Judiciário (não faz
parte deste, nem está ligado a nenhum poder da república), a tutela dos
interesses sociais e individuais indisponíveis (arts. 127 a 130 da CF) .
7. Atividade:
a) processo penal: órgão que formula a acusação nos crimes de ação pública e
acompanha toda ação penal, em qualquer caso, fiscalizando a reta aplicação da
lei, e, inclusive, as garantias do acusado.
a) como autor (art. 177), na defesa de interesses públicos (de ordem pública,
isto é, concernente aos interesses básicos e fundamentais da sociedade), nas
causas em que esteja legitimado para agir ou para contestar. Só tem
legitimidade quando expressamente autorizado em lei (direito material – Lei de
alimentos, CPC, arts. 720, 616, VII e 951; ação de nulidade de casamento (art.
1549 CC), ação rescisória (art. 967, III, CPC); ação direta de
inconstitucionalidade (art. 129, IV, CF)).
b) como fiscal da lei (“custos legis”) (art. 178): como representante da lei ou
fiscal da lei, com imparcialidade, nos casos de interesse público ou social;
interesse de incapaz e litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana. Exs.
MS (art. 12 da Lei 12.016/09), alimentos (art. 9º da Lei 5.478/68); art. 721.
1. Função no processo:
a) não é parte (representante da parte)
b) presença obrigatória (indispensável à administração da justiça – art. 133 CF):
c) capacidade postulatória (pressuposto processual) (exceção JEC)
d) conhecimento técnico (exercício do contraditório)
3. Procuração:
a) “ad judicia”: para fins judiciais. Instrumento público ou particular, sem
reconhecimento de firma, salvo poderes especiais (art. 105 CPC)
b) prazo: urgência; 15 dias (art. 104) e ausência: ato ineficaz (art. 104,§2º)
4. Responsabilidade: art. 32 do EOAB: dolo e culpa (censura, suspensão, multa,
exclusão)
1. Conceito: é toda conduta dos sujeitos do processo que tenha por efeito a
criação, modificação ou extinção de situações jurídicas processuais. Os atos de
criação são aqueles ligados à instauração da relação jurídica processual (petição
inicial, citação e contestação), enquanto os de modificação movimentam o
procedimento para o ato de extinção (sentença).
2. Características:
b) são públicos, em regra (art. 189). Exceções segredo de justiça: art. 189, I a III,
§§1º e 2º.
c) praticados pela forma escrita ou oral, desde que reduzidos a termo nos autos
3.1. Subjetivos: atos dos órgãos judiciários (juiz e auxiliares) e atos das partes.
a) correr: flui a partir do seu início (termo inicial: data em que foi intimada). Ex.
foi intimada da sentença hoje.
3.5. Penalidades aos servidores, procuradores, MP e Juiz: CPC, arts. 233 a 235.
3.6. Preclusão:
b) convenção das partes (inciso II): prazo seis meses (art. 313, §4º) – observar
art. 313, §5º
d) admissão IRDR (inciso IV) (art. 982, I): prazo uma ano (art. 980, §único)
- Espécies:
f) motivo de força maior (inciso VI): situação imprevisível, alheia à vontade das
partes e do juiz, que torne impossível a realização de determinado ato
processual. Exs. Causas naturais (enchentes, tempestades) e ações humanas
(ameaça de bomba). Sem prazo legal.
g) Questão decorrente de acidentes e fatos da navegação de competência do
Tribunal Marítimo (inciso VII): prejudicialidade externa: sem prazo legal.
h) Outras hipóteses legais (inciso VIII): art. 76, 134, §3º, 678, 919,§1º e 955.
3. Efeitos:
h) desistência (inciso VIII) – observar §§ 4 e 5º; art. 335,§2º, e art. 200, §único
(não alcança o direito material)
2.1. Hipóteses: