Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PROCESSUAL
CIVIL
Profª Ms Mirella Freitas
NORMAS FUNDAMENTAIS
Constitucionalização do direito processual
Evolução histórica do direito processual – fases:
1. Praxismo ou sincretismo: não havia distinção entre o processo e o direito
material
2. Processualismo: são traçadas as fronteiras entre o direito processual e o material
3. Instrumentalismo: nova aproximação do direito processual ao direito material (o
processo não é um fim em si próprio, mas um meio de se concretizar o direito
material.
4. Neoprocessualismo (classificação de Didier): destaca a importância dos valores
constitucionalmente protegidos no âmbito dos direitos fundamentais na esfera
processual.
NORMAS FUNDAMENTAIS
Processo: é o instrumento da jurisdição. É nele que o juiz se vale para aplicar a lei ao
caso concreto.
Obs: o processo, embora tenha autonomia em relação ao direito material, deste
não se dissocia totalmente.
Art. 3o, § 2o O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos
Art.3o, § 3o A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser
estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do
processo judicial.
Art.
6o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão
de mérito justa e efetiva.
Aboa-fé gera para os sujeitos da relação obrigacional deveres de cooperação. Todos os sujeitos processuais
devem agir de modo a alcançar uma solução (de mérito) tão justa e rápida quanto possível, inclusive o juiz.
Art. 14. A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos
processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações
jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada.
Teoria do isolamento dos atos processuais
Pode ser analisada sob três aspectos distintos: PODER, FUNÇÃO e ATIVIDADE
Sujeito Partes
Objeto Pedido
Obs: a parte do processo pode não ser a parte do conflito (ex. substituição
processual)
Quem tem autorização para estar em juízo discutindo determinada situação jurídica?
Obs.: tais requisitos também são exigíveis no pedido de reconvenção (art. 324, §2º, do
NCPC).
AÇÃO
Exceção: PEDIDOS GENÉRICOS:
Art. 327. É LÍCITA a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos,
ainda que entre eles não haja conexão.
AÇÃO
CUMULAÇÃO PRÓPRIA (vários pedidos e CUMULAÇÃO IMPRÓPRIA (vários
o juiz pode conceder todos) pedidos, mas o juiz não pode conceder
todos)
SIMPLES SUCESSIVA EVENTUAL OU ALTERNATIVA
SUBSIDIÁRIA
Pedidos Relação de O juiz só pode Não se estabelece
independentes entre si. dependência – o analisar o segundo preferencia, mas só
Ex: condenação em pedido posterior pedido se antes um deles pode ser
dano moral e dano depende do anterior. analisar o primeiro. concedido.
material Ex.: reconhecimento Ex: pedido de
de paternidade e cumprimento
pedido de alimentos contratual, caso não
seja possível
indenização (art. 326,
CPC)
AÇÃO
Art. 327, § 1º São requisitos de admissibilidade da cumulação que:
I - os pedidos sejam compatíveis entre si;
II - seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;
III - seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.
§ 2º Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será
admitida a cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do
emprego das técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a
que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as
disposições sobre o procedimento comum.
§ 3º O inciso I do § 1º não se aplica às cumulações de pedidos de que trata o art. 326.
AÇÃO
Causa de pedir:
Teorias sobre a causa de pedir:
Teoria da individuação: a causa de pedir é construída somente pela relação
jurídica afirmada pelo autor.
Teoria da substanciação: afirma que a causa de pedir é constituída somente pelos
fatos jurídicos narrados. (teoria adotada no Brasil)
Art. 319. A petição inicial indicará: III - o fato e os fundamentos jurídicos do
pedido;
Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo
quando autorizado pelo ordenamento jurídico.
Parágrafo único. Havendo substituição processual, o substituído poderá
intervir como assistente litisconsorcial.
AÇÃO
Espécies de legitimidade:
Legitimidade exclusiva (regra): há apenas um legitimado para discutir determinada
causa em juízo. Só o titular do direito pode discuti-lo em juízo.
Legitimidade concorrente: mais de uma pessoa pode discutir o direito em juízo. Ex.
legitimação para ADI e ADC, para as ações coletivas, credores solidários.
Legitimidade ordinária: ocorre quando o sujeito está em juízo, em nome próprio,
defendendo os próprios interesses. Há uma coincidência entre o legitimado e o
sujeito da relação discutida.
Legitimidade extraordinária: o sujeito está em juízo, em nome próprio,
defendendo interesse ALHEIO. NÃO há coincidência entre o sujeito da relação
discutida e o legitimado. Ex. legitimidade para as ações coletivas. É sempre com
base no ordenamento jurídico.
Obs.: havendo substituição processual, o substituído poderá intervir como assistente litisconsorcial
AÇÃO