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Critérios de Competência:
Funcional: Determinação de função (juízes de 1°,2° ou 3° grau);
De Valor: Caráter pecuniário (dinheiro), toda ação possui valor (até 40
salários mínimos no caso de ação estadual e 60 salários mínimos
em ações especiais);
Matéria: Objeto do processo/ação;
Competência Absoluta X Relativa:
Absoluta – Interesse público, art.64 do NCPC;
Tal competência tratará de matérias de ordem pública e menores de
idade (juiz absolutamente competente);
Esse juiz atrairá todas essas matérias para si;
Não preclui (não existe a perda do direto de manifestação);
Apenas este juiz competente deve tomar o processo, sendo qualquer
outro incompetente (havendo nulidade dos atos caso juiz
incompetente ajuíze a ação);
Existem casos nos quais decisões/atos jurídicos realizados por
juízes incompetentes podem ser aproveitados;
Competência absoluta não se altera por vontade das partes, nem por
conexão ou continência;
Relativa – Ordem particular, havendo preclusão (que pode acontecer
no momento específico para alegar a incompetência);
Passado o momento da contestação, não há mais como alegar
(art.65);
Competência relativa não pode ser considerada de ofício;
Modificação por vontade das partes (local de propositura);
Prorrogação modifica competência (pró-judiciado) em favor do juiz,
que passa então a ser competente;
Prescrição: Perda do direito de ajuizar ação devido ao tempo,
prescreveu o direito;
Perempção: Perda do direito de ajuizar a ação pelo fato da mesma ter
sido ajuizada anteriormente 3x e foi extinta sem análise de mérito
(deixou arquivar);
Decadência: Perda do direito material (Ex. fazer horas extras, parar
de realizar, para então cobrar as horas depois de passado a quantidade
máxima de tempo);
Preclusão: Perda do direito de se manifestar no processo, ou seja, a
perda da capacidade de praticar os atos processuais por não os ter
feito na oportunidade devida ou na forma prevista (perda da faculdade
processual);
2°Bimestre:
Modificação de Competência:
Derrogação – Podemos conceituar a Derrogação como o ato de abrir
mão do foro, com uma das partes escolhendo uma nova comarca (tira
a anterior e elege uma nova);
Partes em comum acordo concordam expressamente em levar a ação
para um foro competente (foro de eleição);
Escolha de um novo foro pelas partes;
Se uma das partes não age conforme o novo foro privilegiado, vale o
local de propositura posterior (devido a inércia de quem possuía o
foro anteriormente); nesse caso, volta para a figura da Prorrogação da
competência;
As partes mudam o foro em razão de uma questão de ordem
privada, decidindo assim realizar o processo numa na qual seja
respeitada a privacidade de ambas;
A Prorrogação é uma das consequências da derrogação;
Prorrogação: Competência que advém da inércia de uma das partes
(logo, muda-se o foro);
Ação proposta em juízo relativamente incompetente, o réu não
alega. Logo, tem-se a preclusão;
Juiz que inicialmente era incompetente se torna competente pela
inércia das partes;
Derrogação (expressa) Prorrogação (tácita);
Elementos da Ação:
Pedido Mediato – Objeto propriamente dito (bem de vida); aquilo que
se pode por a mão, tangível (dinheiro, carro, alvará);
Pedido Imediato – É a tutela/provimento jurisdicional pretendido;
Dentre ele, encontram-se a condenação (pedido condenatório),
declaração (pedido declaratório) e constituição (pedido constitutivo);
Provimento:
2) Quanto a formação:
a) Inicial – Já no início do processo constará a pluralidade, já na
distribuição fica identificado;
b) Posterior, Ulterior ou Incidental – o 3° toma interesse no
processo posteriormente. Processo começa com apenas um num
dos polos, depois entrando o 3°interessado;
Incidental no sentido de que surge sem previsão;
C) Da Assistência:
Terceiro ingressa para auxiliar uma das partes;
Pode ocorrer em qualquer tempo, grau de jurisdição e procedimento;
Justificativa – Terceiro pode ter consequências com a sentença;
Voluntária – Interesse de auxiliar, de maneira voluntariosa;
Admitido em qualquer procedimento, tempo (processo já em
andamento e até sentença), grais de recurso;
Deve estar dentro do prazo de recurso pra ter validade;
É admitido o terceiro devido as consequências (positivas ou
negativas) no processo;
Procedimento – Através de petição fundamentando o interesse
jurídico. As partes serão intimadas para se manifestarem sobre a
petição de requerimento do terceiro;
Pode haver indeferimento liminar do requerimento. Juiz pode indeferir
liminarmente OU deixar a critério das partes o aval;
Poderá haver impugnação (petição das partes acerca do pedido de
participação) no prazo de 15 dias. Passado o prazo, defere a
participação;
D) Da Assistência Simples:
Trata-se do terceiro interessado que afirma ser titular de uma
relação jurídica conexa àquela que está sendo discutida,
esclarecendo que mantém vínculo com o assistido;
Na assistência simples, o assistente atuará como legitimado
extraordinário subordinado, ou seja, em nome próprio auxiliará no
direito alheio;
Subordinada no sentido de NÃO SER IMPRESCINDÍVEL a presença
do assistido. O assistente é mero coadjuvante do assistido;
Atuação meramente complementar, NÃO podendo ir de encontro à
opção processual do assistido;
De acordo com o art.121, o assistente simples deve atuar como auxiliar
da parte principal, exercendo os mesmos poderes e sujeitando-se aos
mesmos ônus processuais que os do assistido;
Ex. Caso a parte principal (assistido) venha a requerer julgamento
antecipado, não poderá o assistente requerer perícia e nem
apresentar rol de testemunhas. Tampouco poderá evitar desistência,
renúncia, transação ou reconhecimento de procedência do pedido.
Qualquer ato do assistente simples nesse sentido será ineficaz;
Vale ressaltar, porém, que nos casos que o assistido for revel ou
omisso, poderá o assistente simples se tornar substituto
processual. Neste caso, o substituto processual figurará como sujeito
da relação processual, da qual participará em nome próprio, e NÃO
em nome do substituído. Entretanto, não poderá transigir, renunciar ou
reconhecer juridicamente o pedido, pois o direito não lhe pertence
(substituição não transfere a titularidade do direito);
Recurso interposto exclusivamente por assistente NÃO pode ser
reconhecido, pois o direito em juízo pertence ao assistido;
4°Bimestre:
Atos e Prazos Processuais:
Processo consiste em uma sucessão de ações humanas que se
desencadeiam logicamente e que visam alcançar o provimento
jurisdicional. Art. 188 a 238, CPC;
Art.188 - Princípio da instrumentalidade das formas: Pode ser
peticionado (e atos realizados) de forma que se fique claro ao juiz,
salvo algumas situações nas quais A LEI estipula como deve ser
realizada (requisitos e formalidades). A regra geral é que o
sujeito é livre para peticionar como desejar.
Caso falte formalidade e requisitos, o juiz devolve e aponta o que
deve ser corrigido;
Ato Viciado – Aquele que é praticado em desrespeito às normas
legais, dependendo do art.188 se será ou não nulo.
Art.189 – Publicidade: Atos deverão ser públicos (exceto nos casos
de publicidade reduzida/mitigada, como os segredos de justiça, que
devem transitar em segredo;
Art.190 e 191 – Mudanças no Procedimento: Casos nos quais as
partes plenamente capazes estipulam mudanças no procedimento
processual (desde que a matéria do processo verse sobre direitos
que admitam a autocomposição), ajustando assim dentro das
devidas especificidades do processo, antes ou durante o mesmo.
Quando for o caso, as partes e o juiz, de comum acordo, podem fixar
calendário para as datas dos atos processuais.
Possíveis ajustes quando a matéria tratada for de direito privado
(princípio da autorregulação do processo);
Vontade das partes no que tange a mudança de audiências, datas e
acordos;
Mesmo após sentença tramitada em julgado, poderá a parte aceitar
receber MENOS, ressaltando com isso a possibilidade de acordo
Art.192 – Uso de Vernáculo: Petição em língua portuguesa, na
língua pátria.
Qualquer termo em outra língua necessitará de tradução
juramentada;
Art.194 – Atos Digitais: Qualquer tipo de indisponibilidade do
sistema digital, é possibilitada a prorrogação do prazo .
Classificação dos Atos Processuais:
A) Partes (art.200 a 202) – Autor e Réu;
Ato Unilateral – partirá de só uma das partes, exclusivamente;
Ato Bilateral – partirá de ambas as partes;
Ressalta-se aqui que SEMPRE irão produzir efeitos no processo.
B) Juiz (art.203 ao 205) – Juiz realiza 3 atos, sendo estes:
B1) Sentença – Ato pelo qual o juiz decide uma questão resolvendo
o mérito (pedido). Juiz decide a questão que lhe foi posta;
B2) Despaches – Ato pelo qual o juiz impulsiona o processo, sem
conteúdo de decisão, colocando assim o processo “pra frente”, dando-
lhe andamento.
Vale ressaltar que os atos meramente ordinatórios, tais como a
juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo estes
serem praticados de ofício pelo servidor e então revistos pelo
juiz quando necessário.
B3) Decisões Interlocutórias – Possui conteúdo decisório, porém
não em relação ao objeto central do processo, mas sim em relação
as questões alheias ao mérito (núcleo central do processo). Ex: ação
de indenização (núcleo do processo, seu mérito) e justiça gratuita
(encontra-se nas margens do processo, sendo alheia ao mérito);
C) Escrivães (art.206 a 211) – Mencionará ao juiz a natureza e afins
no processo;