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Direito Processual Civil

Thiago Camargo Comelli

 Processo Civil – Ramo do Direito Público, composto por normas e


princípios, visando assim evitar a autotutela do indivíduo;
 Estado substitui a resolução do conflito.
 Relação jurídica que se desenvolverá por parte do agente político (juiz);
 O Estado possui função jurisdicional de solucionar o conflito de ordem
particular que é levado ao judiciário.
 O Processo é um mecanismo substitutivo à autotutela. Trata-se de uma
pretensão que é levada para o Estado (representado pela figura do juiz),
este então visando a pacificação social e evitar a autotutela.
 Objetivo da Matéria – Atuação/aplicação do processo civil, aliando
assim conhecimento à pratica;
 Conhecer/interpretar a doutrina civilista, teorias processuais, elementos,
etc.

 História do Processo Civil Brasileiro – Evolução processual do


Brasil imperial;
 Brasil Colônia: Leis portuguesas vigoravam (conforme as mesmas, se
estabelecia o CPC da época).
 Proclamação da Independência: Vigoravam as “Ordenações Filipinas”,
um misto entre o Direito Romano e o Direito Canônico. Permanecem
valendo as leis portuguesas.
 Nesse ponto da história, podemos destacar as leis portuguesas
extravagantes conflitando com a soberania brasileira recém conquistada.
Se aplicavam então as leis portuguesas, contanto que não
contrariassem a nova soberania brasileira.
 Marco Inicial do Processo Civil Brasileiro: Código Comercial e o
Regulamento 737; respectivamente, podemos traçar uma ligação entre
o Código Comercial com o apogeu do café. Logo, se tem a necessidade
de uma legislação comercial para disciplinar as relações de comércio
internacionais;
 Quanto ao Regulamento 737, tinha a função de disciplinar o processo
das causas comerciais (regramento processual). De início, era aplicável
somente às relações comerciais.
 Proclamação da República: Com a mesma, temos a Constituição de
1891. Nesse ponto, tem-se a cisão entre a Justiça Estadual com a
Federal, determinando assim quem poderia editar normas e legislar
sobre processos;
 Criam-se então códigos Estaduais e da União de processo, sendo o
primeiro o código da Bahia.
 Constituição de 1934: Processo Unitário (excluem assim os códigos
estaduais anteriormente vigentes). Da CF de 1934, advém o CPC de
1939 (fusão de novas ideias processuais, porém cheio de entraves e
com excessiva formalidade).
 1973: É então reformado o CPC de 39, que só em 2015 é alterado
novamente, tendo então uma mudança total, sistemática e estrutural.
 Sistema Gradual de Reformas: Até 2015, o CPC sofreu uma
verdadeira colcha de retalhos (várias mudanças graduais até o novo e
vigente CPC);
 Neste, temos uma maior influencia por parte de peritos/auxiliares de
justiça.
 Objetivo das Reformas: Facilitação do acesso à justiça
(acessibilidade ao judiciário) e Duração Razoável do Processo (a
demora/morosidade traz ônus gravosos àquele que ingressa em juízo).
 Duração Razoável do Processo: A demora/morosidade traz ônus
gravosos àquele que ingressa em juízo;
 Redução do dano marginal do processo (dano este que está nas
margens do processo, daquele que sofre com a tramitação do
processo);
 O processo não pode transcorrer tão rápido nem lento demais, não
existindo um prazo especificado (viso que cada processo difere do
outro);
 Instrumentalidade: O processo é um instrumento adequado e efetivo
para fazer valer o direito material;
 Flexibilidade: O rigor da forma não pode prejudicar a obtenção do
direito. Com a flexibilidade, temos um princípio que visa facilitar a
obtenção do direito ao indivíduo, sem abandonar as normas, porém
buscando uma maior simplificação e menor formalidade exacerbada;
 Universalização: Assegurar a todos a proteção e aplicação da
legislação;
 Constitucionalização: Interpretação do CPC pelas regras da CF
(óptica constitucional);
 Efetividade Processual: Instrumento eficaz da solução do conflito,
com uma finalidade de resultado esperada do ponto de vista ético,
político e social;
 Conclusão: As inúmeras alterações pontuais realizadas no CPC
passado enfraqueceram a coesão normativa;
 CPC (mesmo com inovações) não se amoldava aos desígnios
constitucionais da efetividade processual;
 Necessidade de acolhimento de novos métodos na resolução de
conflitos;
 NCPC – Novo Código de Processo Civil, promulgado em 2015;

 Princípios Fundamentais do Novo CPC:

 Princípio da Ação e do Impulso Oficial – Mesmo havido dano, caso a


parte não se digne a levar o caso ao judiciário, não haverá o
processo;
 É necessário provocar o judiciário, pois o mesmo se encontra inerte;
 De Ofício: por lei, oficialmente, em virtude do cargo ocupado;

 Princípio da Inafastabilidade ou Indeclinabilidade e da


Autorregulação da vontade das partes – Quando o juiz é provocado,
ele não pode se eximir de julgar, não pode declinar;
 Já a Autorregulação pode ser definida no ato das partes entrarem
num consenso, não precisando necessariamente levar ao judiciário;

 Princípio da Duração Razoável do Processo e Primazia da Decisão


de Mérito – O Juiz deve fazer de tudo para analisar o mérito (pedido
ao judiciário); O processo deve transcorrer numa duração razoável,
nem muito rápido (deixando assim de analisar méritos vitais) nem
muito devagar (morosidade excessiva);

 Princípio da Boa Fé Processual – Todos os envolvidos no processo


devem agir conforme a boa vontade, agindo de maneira justa;

 Princípio da Cooperação – Primazia da decisão de mérito, todas as


partes trabalham em prol da justiça, sem má fé ou atitude protelatória,
podendo o advogado receber multa;

 Princípio da Igualdade – Direitos iguais para todas as partes, mesmas


condições de trabalho processual;

 Princípio do Contraditório – Princípio do contradizer, possibilidade


de rebater uma argumentação jogada contra uma das partes;

 Princípio da Função Social – Equilíbrio social, visando o não


ferimento da ética para com a sociedade;
 Princípio da Proporcionalidade – Razoabilidade e consonância com
o pedido processual;
 Princípio da Dignidade Humana – Decisões que protejam o mínimo
das necessidades básicas humanas;
 Publicidade – Todos os atos serão públicos, fora os tramitados em
segredo (casos de família, divórcio);
 Eficiência – Decisões que devam atingir de forma justa o mínimo
rendimento com o menor recurso financeiro;
 Razoabilidade X Proporcionalidade – Quanto a razoabilidade, visa
atender a prudência, sensatez e coerência (em sua discricionariedade
o magistrado acata a finalidade da lei); quanto a proporcionalidade,
trata-se da compatibilidade entre o caso sob judicie e a
aplicabilidade da lei (ponderação da sanção diante das peculiaridades
dos casos concretos;
 Motivação – O Juiz tem a liberdade de julgamento, porém deve
esclarecer suas motivações para a decisão (foco/motivo para a
decisão); duplo grau de jurisdição (justificar as causas da perda do
processo e explicações a respeito);
 Todos aqueles que perdem possuem direito a uma segunda opinião
no processo;
 Cronologia – Princípio que atenderá preferencialmente os processos
que estão para trás, seguindo uma devida ordem e visando o
cumprimento daquilo que já foi julgado;
 Congruência – Consonância com o pedido, dentro do limite, nunca
extra, citra ou infra;
 Extra – Julgar mais que o pedido;
 Citra – Julgar fora do pedido;
 Infra – Julgar menos (quantidade de pedidos, não valor), falta de análise
quanto ao pedido;
 Instrumentalidade – Não se pode tornar o processo demasiadamente
rebuscado, facilitando assim a tramitação e evitando excessos;

 Jurisdição: É a função atribuída a terceiro (sem envolvimento com


as partes) imparcial de realizar o direito de modo imperativo e criativo
(aplicação reconstrutiva da norma jurídica) reconhecendo, efetivando e
protegendo situações jurídicas concretamente deduzidas em decisão
insuscetível de controle externo e com aptidão para tornar-se
indiscutível;
 Terceiro Imparcial – Sem interesse com a causa, função que
representa o Estado (função do juiz);
 Imperativo – Impõe, obriga as partes em relação ao seu teor
(cumprimento de seu conteúdo);
 Criativo e Reconstrutivo – Recria a intenção do legislador; torna a lei
abstrata numa lei concreta para o quadrado concreto do caso em
questão;
 Só exerce a jurisdição em caso concreto/real ao judiciário;
 Não sofre confronto externo (de um prefeito confrontar lei de juiz, por
exemplo);
 Indiscutível – Uma vez que aferida a jurisdição, a mesma pode até ser
revista por órgão superior, porém chegará um momento no qual (devido
prazo decorrido ou fim de recursos) tal decisão se tornará imutável,
devido ao instituto da coisa julgada;

 Equivalentes Jurisdicionais: Configuram-se com as técnicas de


solução de conflito que não são jurisdicionais, se equivalendo à
jurisdição por servirem para a resolução de conflitos;

 Arbitragem – Método na qual as partes decidem levar seu conflito


para um árbitro (pessoa capaz e física com poder de decisão) ao invés
de recorrer diretamente à prestação jurisdicional estatal;
 A arbitragem só poderá ser instituída para conflitos que envolvam
direitos disponíveis e partes capazes;
 Cláusula Compromissória - acordo estabelecido pelas partes
conflitantes antes de haver um conflito. Caso haja o problema, o mesmo
será levado para uma câmara de arbitragem;
 As partes decidem prévia e abstratamente que suas divergências
oriundas de um certo negócio jurídico serão resolvidas por meio da
arbitragem;
 Compromisso Arbitral – Trata-se do acordo de vontades para
submeter uma controvérsia já existente ao juízo arbitral (neste caso, já
existe o conflito propriamente dito, enquanto na cláusula, é apenas
abstrato);
 Na arbitragem, podem ser escolhidas as normas que serão
aplicadas (logo, o árbitro deve conhecer as normas com as quais irá
trabalhar);
 Árbitro deve ser plenamente capaz e ter conhecimento da matéria em
questão;
 Não há recurso na arbitragem, logo, não há homologação (ratificação
ou confirmação judicial); A arbitragem é uma cultura diferenciada, não
podendo ser revista judicialmente;
 Cai no âmbito da coisa julgada, sem espaço recursal (salvo erro/dolo);
 Decide-se apenas quem tem razão, possuindo força de sentença;
 Caso uma das partes não cumpra sua parte (em casos de dinheiro
declarado não pago, por exemplo) o conflito terá de ser levado ao
judiciário;
 Mediação – Técnica utilizada quando os sujeitos em conflito têm
histórico de vínculo anterior e o canal de comunicação foi
interrompido, comumente casos em que o conflito é incrementado por
situações de cunho pessoal (raiva, vingança, intolerância). Logo, a
função do mediador é auxiliar os interessados a compreender o
panorama que se encontram e estimular um reestabelecimento do
canal de comunicação, de modo que os mesmos encontrem por si
mesmos soluções consensuais;
 Similar a arbitragem, porém com um processo já em andamento;
 Vale ressaltar que o mediador não decide com a mesma força do
árbitro;
 Visa juntar as partes no sentido de chegarem a um meio termo;
 Alheio a causa, mas não à matéria;
 Mesmo que o mediador tenha a solução para o conflito, o mesmo deve
apenas influenciar e auxiliar para que as partes cheguem a um
consenso por si;
 Na mediação não há a figura de um juiz (mas sim a determinação do
mesmo para que aconteça a mediação);
 O mediador equivale ao juiz, dentro das devidas proporções/limites,
até ser homologada a decisão pelo juiz;
 Na mediação existe a petição inicial;
 Equivale a jurisdição (não pode haver a decisão);
 Acordo é uma mera consequência, podendo haver mais de uma
sessão de mediação.
 Embora a sessão seja opcional, caso as partes (qualquer uma delas,
mesmo a autora) se comprometa a ir e falte com o compromisso, terá de
pagar multa (as partes possuem 10 dias para informarem uma
desistência, ficando livre assim da multa);

 Conciliação: Não possui como objeto o debate, tal como o a


Mediação, sendo o foco desse equivalente jurisdicional o acordo;
 Possui um conciliador, com técnica de resolução conflitual;
 Mais célere, com fulcro na satisfação do processo;
 Pode acontecer em qualquer fase do processo;
 Sem debates (ao contrário da mediação, que gira entorno do debate,
diminuir a litigiosidade);
 Pode conciliar em qualquer fase do processo (mediação por outro lado
não tem importância após dada a sentença);
 Pode acontecer até mesmo depois do trânsito em julgado do
processo (podemos citar as ações trabalhistas como exemplo);
 Competência: Nada mais é do que a fixação das atribuições de cada
um dos órgãos jurisdicionais, isto é, a demarcação dos limites dentro
dos quais juizes podem exercer a jurisdição;

 Sorteia-se o juiz (dentre as varas) após a petição inicial;


 Num novo litígio entre as partes, cai no mesmo juiz (atração judicial). O
Juiz será considerado competente para posteriores conflitos entre
as partes em questão;
 Art.43 do NCPC estipula que a competência é ajuizada na petição
inicial (aconteceu em Assis, deverá ser julgado em Assis,
independentemente se algumas das partes não morarem mais no
munícipio);
 As partes mudarem de munícipio é irrelevante ao processo;
 Caso hajam supressões ou criação de novas varas, acontece a
mudança de juiz competente;
 Regulação da Competência (Art.44 do NCPC): É feita por legislação
constitucional, federal, estadual e num segundo momento, por
normas administrativas de organização judiciária;
 Existem leis da própria União que regulam assuntos (de seu âmbito);
 Regra de Inexistência de “Vácuo” de Competência: Sempre
existirá um juízo previamente competente para processar e julgar
determinada demanda;
 Nunca existirá demanda sem juiz capaz;
 Não pode haver tribunal de exceção;
 Perpetuação da Competência (art.43 e 284 CPC): Distribuiu a ação,
será perpetuamente o mesmo juiz inicial (pelo conhecimento prévio
do mesmo das partes envolvidas);
 Incompetência Superveniente (final do art.43): É a alteração de
órgão jurisdicional e/ou competência em razão da matéria ou
hierarquia, sendo que a causa será redistribuída e a competência
será perpetuada novamente;
 Não é ordem pessoal das partes (deve ser algo maior que coloque em
risco a competência do juiz);
 Causa que aconteceu depois tornou o juiz incompetente;

 Critérios de Competência:
 Funcional: Determinação de função (juízes de 1°,2° ou 3° grau);
 De Valor: Caráter pecuniário (dinheiro), toda ação possui valor (até 40
salários mínimos no caso de ação estadual e 60 salários mínimos
em ações especiais);
 Matéria: Objeto do processo/ação;
 Competência Absoluta X Relativa:
 Absoluta – Interesse público, art.64 do NCPC;
 Tal competência tratará de matérias de ordem pública e menores de
idade (juiz absolutamente competente);
 Esse juiz atrairá todas essas matérias para si;
 Não preclui (não existe a perda do direto de manifestação);
 Apenas este juiz competente deve tomar o processo, sendo qualquer
outro incompetente (havendo nulidade dos atos caso juiz
incompetente ajuíze a ação);
 Existem casos nos quais decisões/atos jurídicos realizados por
juízes incompetentes podem ser aproveitados;
 Competência absoluta não se altera por vontade das partes, nem por
conexão ou continência;
 Relativa – Ordem particular, havendo preclusão (que pode acontecer
no momento específico para alegar a incompetência);
 Passado o momento da contestação, não há mais como alegar
(art.65);
 Competência relativa não pode ser considerada de ofício;
 Modificação por vontade das partes (local de propositura);
 Prorrogação modifica competência (pró-judiciado) em favor do juiz,
que passa então a ser competente;
 Prescrição: Perda do direito de ajuizar ação devido ao tempo,
prescreveu o direito;
 Perempção: Perda do direito de ajuizar a ação pelo fato da mesma ter
sido ajuizada anteriormente 3x e foi extinta sem análise de mérito
(deixou arquivar);
 Decadência: Perda do direito material (Ex. fazer horas extras, parar
de realizar, para então cobrar as horas depois de passado a quantidade
máxima de tempo);
 Preclusão: Perda do direito de se manifestar no processo, ou seja, a
perda da capacidade de praticar os atos processuais por não os ter
feito na oportunidade devida ou na forma prevista (perda da faculdade
processual);

 2°Bimestre:

 Modificação de Competência:
 Derrogação – Podemos conceituar a Derrogação como o ato de abrir
mão do foro, com uma das partes escolhendo uma nova comarca (tira
a anterior e elege uma nova);
 Partes em comum acordo concordam expressamente em levar a ação
para um foro competente (foro de eleição);
 Escolha de um novo foro pelas partes;
 Se uma das partes não age conforme o novo foro privilegiado, vale o
local de propositura posterior (devido a inércia de quem possuía o
foro anteriormente); nesse caso, volta para a figura da Prorrogação da
competência;
 As partes mudam o foro em razão de uma questão de ordem
privada, decidindo assim realizar o processo numa na qual seja
respeitada a privacidade de ambas;
 A Prorrogação é uma das consequências da derrogação;
 Prorrogação: Competência que advém da inércia de uma das partes
(logo, muda-se o foro);
 Ação proposta em juízo relativamente incompetente, o réu não
alega. Logo, tem-se a preclusão;
 Juiz que inicialmente era incompetente se torna competente pela
inércia das partes;
 Derrogação (expressa) Prorrogação (tácita);

 Conexão: Reunião de processos (dois ou mais que serão reunidos);


 Pedido (objeto da ação proposta) ou causa de pedir (história, o
motivo que levou ao judiciário);
 Reunidas as causas evitando decisões que venham a ser
conflitantes;
 Pela conexão, processos iguais/comuns;
 A parte deve motivar sua ação;

 Continência: Reunião de uma ou mais ações quando houver


identidade de partes, causa de pedir, porém o pedido de uma das
partes é maior, englobando assim a outra causa menor;
 Abrange o pedido menor, podendo ou beneficiar OU prejudicar o
processo todo;
 Não é quantidade, mas sim a extensão que dirá a continência;

 Litispendência: Conexão e Continência são espécies de


litispendência, dois ou mais processos com litígios pendendo, criando
assim uma reunião de ações;

 Direito de Ação: Direito Material (relação entre requerente e


requerido) e Direito Processual (requerente/requerido E JUIZ);
 Direito Material e Processual se complementam;
 É o direito público, subjetivo, abstrato, de natureza constitucional,
regulado pelo CPC, inclusive no que diz respeito as condições da ação
no código previstas, de pedir algo ao Estado/Juiz o exercício da
atividade jurisdicional no sentido de solucionar determinada lide;

 Elementos da Ação:
 Pedido Mediato – Objeto propriamente dito (bem de vida); aquilo que
se pode por a mão, tangível (dinheiro, carro, alvará);
 Pedido Imediato – É a tutela/provimento jurisdicional pretendido;
 Dentre ele, encontram-se a condenação (pedido condenatório),
declaração (pedido declaratório) e constituição (pedido constitutivo);

 Elementos Identificadores da Ação:


 Partes – Autor e Réu;
 Juiz não é parte no processo, sendo considerado como sujeito;
 Pedido (objeto/mérito) – Mediato (bem da vida) e imediato
(tutela/provimento judicial);
 Causa de Pedir – Próxima (o fundamento legal, a lei) ou remota
(fundamento fático, o fato gerador do direito);
 Vale ressaltar aqui que o juiz já conhece a lei, o fundamento legal
(lei), sendo necessário a ele sejam elucidados os fatos geradores;

 Provimento:

 Condenatório – É aquele que se afirma a titularidade de um direito a


uma prestação do devedor com a condenação do requerido à
cumprimento de uma ordem judicial;
 Constitutivo – Existe uma alteração, criação ou extinção de relação
jurídica, ressaltando que em regra neste provimento o requerido
nada deve;
 Declaratório – É aquele provimento que tem por objetivo certificar a
existência, inexistência ou o modo de ser de uma relação jurídica;

 Teoria da Substanciação – Ao propor uma ação é necessário


além dos fundamentos jurídicos elencar também a descrição dos
fatos sobre os quais incide a causa de pedir próxima;

 Pressupostos Processuais – Existência, Validade e


Admissibilidade;
 São elementos condicionadores que possibilitam o surgimento de uma
relação válida e seu desenvolvimento imune a vícios que possam
nulifica-las no todo ou em parte;
 Capacidade de ser parte – capacidade conferida (autor ou a réu) para
pessoas naturais ou jurídicas com aptidão para contrair direitos e
obrigações;
 Objetivo – Demanda;
 Desenvolvimento Válido do Processo – Validade
 Imparcialidade – Juiz não pode ter interesse no processo se não o
de cumprir a justiça;
 Postulatório – Requerer em juízo perante o juiz (advogado,
promotor);
 Intrínseco – Formalismo processual, deve estar dentro do processo;
 Todo processo tem uma formalidade natural decorrente da boa
técnica processual exigida pelo CPC;
 Mínimo de informações possíveis para identificar a pessoa;
 Extrínseco – Litispendência (2 ou mais processos que estão pendentes,
com objeto e causa de pedir iguais);
 Existe o Intrínseco, porém o Extrínseco é anulado no processo (não
pode existir);
 Coisa Julgada – Aquela matéria já apreciada pelo judiciário sobre a
qual não se cabe mais recurso ou rediscussão pelo escoamento do
tempo ou das peças recursais, tornando, portanto, essa matéria
imutável;
 Perempção – Perda do direito de propor a ação pelo fato de
anteriormente essa ação já ter sido ajuizada 3 vezes e foi extinta
sem análise de mérito;
 Arbitragem – Decisão fora do juízo;
 Admissibilidade – Processo pode ser válido, porém não
necessariamente é admitido;
 Deve possuir interesse e admissibilidade;
 Sem o judiciário, não se atinge o objetivo (provimento jurisdicional).
Sem ele, não se atinge o direito;
 Adequação – O caminho processual escolhido para a defesa do direito
tem que ser o mais adequado e o mais célere possível para atingir e
pleitear o direito pretendido;
 Via Eleita – Via mais célere para conseguir o direito pleiteado;
 Legitimidade – É legítimo para responder uma ação aquele que se
encontra na titularidade do sujeito por própria natureza ou por
legitimidade extraordinária, que se apresenta pela modalidade,
representação (por curador ou responsável em casos de incapazes) ou
substituição processual;
 Litisconsórcio: Pluralidade de pessoas (art.113 a 118, CPC);
 Trata-se de um fenômeno que ocorre quando duas ou mais pessoas
se encontram no mesmo polo do processo como autores, réus ou
réus E autores;
 Justificativa – Visa economia processual (de tempo e direito) e a
harmonização, padronizando o julgamento com o mesmo juiz e
oferecendo assim segurança jurídica;
 Quanto ao Cabimento – Litisconsórcio caberá em qualquer
procedimento/juízo;
 1) Classificação quanto às pessoas:
 a) Ativo – 1 ou mais autores contra 1 requerido;
 b) Passivo – Vários requeridos contra um 1 autor;
 c) Misto – Vários requeridos e autores no processo;

 2) Quanto a formação:
 a) Inicial – Já no início do processo constará a pluralidade, já na
distribuição fica identificado;
 b) Posterior, Ulterior ou Incidental – o 3° toma interesse no
processo posteriormente. Processo começa com apenas um num
dos polos, depois entrando o 3°interessado;
 Incidental no sentido de que surge sem previsão;

 3) Quanto ao Objeto (ou sentença):


 a) Unitário – Quando o provimento de mérito (decisão/sentença) tem
que regular de modo uniforme a situação jurídica de todos os
litisconsortes. Atinge assim de modo uniforme as partes, implicando
sentença igual para todos;
 b) Simples – A decisão judicial pode ser diferente para os
litisconsortes, podendo haver provimento de mérito distintos. Ressalta-
se aqui que só pode classificar o litisconsórcio quanto ao objeto após a
decisão do juiz;

 4) Quanto à sua obrigatoriedade:


 a) Necessário – É aquele que tem sua formação obrigatória por lei,
pois existe uma legitimidade ad causam conjunta. A lei impõe que deve
haver a formação de múltiplos nos polos ativos, passivo ou misto;
 b) Facultativo – Litisconsórcio pode OU não ser formado, não
havendo a necessidade de participação de todos os litisconsortes na lei.
Fica às partes o critério de entrarem ou não no processo;
 Litisconsórcio Multitudinário (art.113§1°CPC):
 Litisconsórcio no qual o juiz pode limitar o litisconsórcio facultativo
quanto ao número de litigantes na fase de conhecimento quando o
excesso de pessoas comprometer a rápida resolução do litígio;
 APENAS NO FACULTATIVO;
 Motivo – O excesso de pessoas num dos polos vem a atrapalhar o
bom andamento do processo. Não há a exclusão, mas sim a divisão
em blocos de pessoas em novos processos;
 Divide-se, mas permanece o mesmo juiz, mesma audiência e mesma
decisão judicial;
 Pode acontecer por ofício ou a requerimento do réu;
 Não há limite de pessoas, dependendo apenas se a quantidade em
questão está atrapalhando ou não;
 Pode acontecer por ofício (requerimento do juiz, sendo possível em
qualquer momento do processo) ou por meio de procedimento
(petição do réu, que interrompe o prazo para que o juiz analise o mérito,
se efetivamente será preciso ou não a divisão em blocos).
Requerimento do réu pode acontecer APENAS no momento da
contestação, enquanto o do juiz pode acontecer em qualquer
momento processual.
 O requerimento por parte do réu deve ser pedido ANTES da entrega
da defesa (dentro do prazo de 15 dias). Passado os 15 dias, preclui o
pedido;
 Caso o juiz aceite o pedido, entram mais 15 dias para a
apresentação da defesa;
 Defesa apresentada antes do litisconsórcio multitudinário NÃO PODE
ser apresentada novamente;
 Cada litisconsorte possui a autonomia para apresentar sua
respectiva defesa, podendo haver UM OU MAIS ADVOGADOS;
 Questões prejudicais alegadas por um ou algum dos colitigantes não
atingirá o outro. A confissão de um não atinge o/os outros;
 Ausência de defesa, porém, gera revelia (reputaram-se verdadeiras
as acusações);
 No que houver de ponto comum e beneficiar, valerá e atingirá os
colitigantes. APENAS PONTO COMUM;
 Revelia não afeta a todos no processo;

 Da Competência de Terceiro (art.119 a 138, CPC):


 Conceito – Terceiras pessoas podem, em razão do interesse que
tenham na causa entre duas ou mais pessoas, nelas intervir. Estes
terceiros não estavam na relação jurídica inicial;
 Formas de Incidência:
 A) Provocada ou Coacta – Partes originárias, que de forma provocada
trazem terceiro no processo. Terceiro é instigado a entrar para o
processo;
 B) Voluntária ou Espontânea – O Terceiro toma ciência da ação e
entra de forma voluntária no processo. Neste caso, o terceiro possui
interesse jurídico;
 Modalidades:
 A) Assistência (119 a 120, CPC):
 B) Assistência Simples (121 a 123, CPC);
 C) Assistência Litisconsorcial (124, CPC);

 A) Denunciação da Lide (125 a 129, CPC) – Consiste em uma ação


regressiva (que pode ser proposta tanto pelo autor quanto pelo réu)
sendo citada como denunciada aquela pessoa (terceiro) contra quem o
denunciante terá uma pretensão indenizatória, de reembolso, caso
ele, denunciante, venha a sucumbir na ação principal;
 Trata-se de uma ação de regresso antecipada para a eventual
sucumbência do denunciante, que visa economia processual;
 Enxerta no processo principal uma nova lide, envolvendo denunciante
e denunciado e a garantia de regresso que um pretende exercer
contra o outro;
 Demanda incidente num processo já em curso, acarretando uma
ampliação do processo. Passa então o processo a ter DUAS
DEMANDAS, a principal (autor e réu) e incidental (denunciante e
denunciado);
 Se o Denunciante perde a ação principal, o juiz passa para o
julgamento da lide. Caso vença, não terá seu pedido analisado.
 Ressalta-se aqui que a denunciação só terá seu mérito analisado
caso o denunciante venha a PERDER a ação a principal (decidida de
forma contrária aos interesses do denunciante);
 Perdendo a ação principal, o juiz analisa o mérito do pedido de denúncia
do denunciante, julgando-a procedente ou improcedente;
 B) Chamamento ao Processo (130 a 132) – O chamamento ao
processo, objetivamente, seria o ato da inclusão do devedor principal
ou dos coobrigados pela dívida para integrarem o polo passivo da
relação já existente, a fim de que o juiz declare, na mesma sentença,
a responsabilidade de cada um;
 Gera um litisconsórcio ulterior, passivo e facultativo. Será unitário
ou simples nos casos de indivisibilidade da dívida solidária;
 O credor da dívida solidária poderá exigi-la, integralmente, de qualquer
um dos devedores.
 A finalidade do chamamento é de abreviar o acertamento do direito
de cada um dos coobrigados, evitando assim o ajuizamento de outras
demandas.

 C) Da Assistência:
 Terceiro ingressa para auxiliar uma das partes;
 Pode ocorrer em qualquer tempo, grau de jurisdição e procedimento;
 Justificativa – Terceiro pode ter consequências com a sentença;
 Voluntária – Interesse de auxiliar, de maneira voluntariosa;
 Admitido em qualquer procedimento, tempo (processo já em
andamento e até sentença), grais de recurso;
 Deve estar dentro do prazo de recurso pra ter validade;
 É admitido o terceiro devido as consequências (positivas ou
negativas) no processo;
 Procedimento – Através de petição fundamentando o interesse
jurídico. As partes serão intimadas para se manifestarem sobre a
petição de requerimento do terceiro;
 Pode haver indeferimento liminar do requerimento. Juiz pode indeferir
liminarmente OU deixar a critério das partes o aval;
 Poderá haver impugnação (petição das partes acerca do pedido de
participação) no prazo de 15 dias. Passado o prazo, defere a
participação;

 D) Da Assistência Simples:
 Trata-se do terceiro interessado que afirma ser titular de uma
relação jurídica conexa àquela que está sendo discutida,
esclarecendo que mantém vínculo com o assistido;
 Na assistência simples, o assistente atuará como legitimado
extraordinário subordinado, ou seja, em nome próprio auxiliará no
direito alheio;
 Subordinada no sentido de NÃO SER IMPRESCINDÍVEL a presença
do assistido. O assistente é mero coadjuvante do assistido;
 Atuação meramente complementar, NÃO podendo ir de encontro à
opção processual do assistido;
 De acordo com o art.121, o assistente simples deve atuar como auxiliar
da parte principal, exercendo os mesmos poderes e sujeitando-se aos
mesmos ônus processuais que os do assistido;
 Ex. Caso a parte principal (assistido) venha a requerer julgamento
antecipado, não poderá o assistente requerer perícia e nem
apresentar rol de testemunhas. Tampouco poderá evitar desistência,
renúncia, transação ou reconhecimento de procedência do pedido.
Qualquer ato do assistente simples nesse sentido será ineficaz;
 Vale ressaltar, porém, que nos casos que o assistido for revel ou
omisso, poderá o assistente simples se tornar substituto
processual. Neste caso, o substituto processual figurará como sujeito
da relação processual, da qual participará em nome próprio, e NÃO
em nome do substituído. Entretanto, não poderá transigir, renunciar ou
reconhecer juridicamente o pedido, pois o direito não lhe pertence
(substituição não transfere a titularidade do direito);
 Recurso interposto exclusivamente por assistente NÃO pode ser
reconhecido, pois o direito em juízo pertence ao assistido;

 E) Da Assistência Litisconsorcial (qualificada):


 Por possuir interesse direto na demanda, o assistente é considerado
litigante diverso do assistido, pelo que não fica sujeito a atuação
deste. O assistente litisconsorcial poderá praticar os atos processuais
sem subordinar-se aos atos praticados pelo assistido;
 Goza de poderes para requerer julgamento antecipado da lide, recorrer,
impugnar ou executar a sentença independentemente dos atos do
assistido, AINDA QUE DE SENTIDO CONTRÁRIO;
 Na assistência litisconsorcial, o terceiro é DONO do direito material
discutido, no todo ou em parte, ou ainda um co-legitimado.
 Ex. Condômino que entra no processo para ajudar o outro em defesa de
uma coisa comum;

 F) Amicus Curiae (amigo da corte):


 Oferece ao tribunal melhores condições de solucionar controvérsias
e interpretar a Carta Constitucional da maneira que melhor atenda aos
interesses da sociedade, chamando um “Perito” no assunto tratado no
processo;
 Considerando a relevância, especificidade ou repercussão da matéria
tratada, pode o juiz (por ofício) ou as partes (por requerimento)
admitir a manifestação de pessoa natural ou jurídica, com a devida
representatividade acerca do assunto tratado;
 Terceiro que oferece subsídios instrutórios à solução de causas
revestidas de relevância ou complexidade, porém não se titula
posições relativas as partes;
 AUXILIA A CORTE, trazendo mais elementos para as decisões;
 NÃO É PARTE;
 Não visa auxiliar as partes, apenas oferece subsídios para a decisão;
 admissível em todas as formas processuais e tipos de
procedimento

 4°Bimestre:
 Atos e Prazos Processuais:
 Processo consiste em uma sucessão de ações humanas que se
desencadeiam logicamente e que visam alcançar o provimento
jurisdicional. Art. 188 a 238, CPC;
 Art.188 - Princípio da instrumentalidade das formas: Pode ser
peticionado (e atos realizados) de forma que se fique claro ao juiz,
salvo algumas situações nas quais A LEI estipula como deve ser
realizada (requisitos e formalidades). A regra geral é que o
sujeito é livre para peticionar como desejar.
 Caso falte formalidade e requisitos, o juiz devolve e aponta o que
deve ser corrigido;
 Ato Viciado – Aquele que é praticado em desrespeito às normas
legais, dependendo do art.188 se será ou não nulo.
 Art.189 – Publicidade: Atos deverão ser públicos (exceto nos casos
de publicidade reduzida/mitigada, como os segredos de justiça, que
devem transitar em segredo;
 Art.190 e 191 – Mudanças no Procedimento: Casos nos quais as
partes plenamente capazes estipulam mudanças no procedimento
processual (desde que a matéria do processo verse sobre direitos
que admitam a autocomposição), ajustando assim dentro das
devidas especificidades do processo, antes ou durante o mesmo.
 Quando for o caso, as partes e o juiz, de comum acordo, podem fixar
calendário para as datas dos atos processuais.
 Possíveis ajustes quando a matéria tratada for de direito privado
(princípio da autorregulação do processo);
 Vontade das partes no que tange a mudança de audiências, datas e
acordos;
 Mesmo após sentença tramitada em julgado, poderá a parte aceitar
receber MENOS, ressaltando com isso a possibilidade de acordo
 Art.192 – Uso de Vernáculo: Petição em língua portuguesa, na
língua pátria.
 Qualquer termo em outra língua necessitará de tradução
juramentada;
 Art.194 – Atos Digitais: Qualquer tipo de indisponibilidade do
sistema digital, é possibilitada a prorrogação do prazo .
 Classificação dos Atos Processuais:
 A) Partes (art.200 a 202) – Autor e Réu;
 Ato Unilateral – partirá de só uma das partes, exclusivamente;
 Ato Bilateral – partirá de ambas as partes;
 Ressalta-se aqui que SEMPRE irão produzir efeitos no processo.
 B) Juiz (art.203 ao 205) – Juiz realiza 3 atos, sendo estes:
 B1) Sentença – Ato pelo qual o juiz decide uma questão resolvendo
o mérito (pedido). Juiz decide a questão que lhe foi posta;
 B2) Despaches – Ato pelo qual o juiz impulsiona o processo, sem
conteúdo de decisão, colocando assim o processo “pra frente”, dando-
lhe andamento.
 Vale ressaltar que os atos meramente ordinatórios, tais como a
juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo estes
serem praticados de ofício pelo servidor e então revistos pelo
juiz quando necessário.
 B3) Decisões Interlocutórias – Possui conteúdo decisório, porém
não em relação ao objeto central do processo, mas sim em relação
as questões alheias ao mérito (núcleo central do processo). Ex: ação
de indenização (núcleo do processo, seu mérito) e justiça gratuita
(encontra-se nas margens do processo, sendo alheia ao mérito);
 C) Escrivães (art.206 a 211) – Mencionará ao juiz a natureza e afins
no processo;

 Comunicação dos Atos Processuais:


 A) Citação (art.238) – Ato pelo qual são convocados o réu, o
executado ou o interessado para integrar a relação jurídica;
 B) Intimação (art.269) – Ato pelo qual se dá ciência a alguém dos
fatos e termos do processo em questão.

 Do Tempo e do Lugar dos Atos:


 Art.203, Prazos dos atos do Juiz:
 A) Prazo para decisão ou sentença – 30 dias
 B) Prazo para despacho – 5 dias
 C) Prazo para decisões interlocutórias – 10 dias
 Art.212 a 217 – Serão realizados os atos processuais em DIAS
ÚTEIS, das 6 às 20 horas;
 Após as 20 horas, só serão concluídos os atos iniciados antes
quando prejudicar a diligência ou causar dano grave
(feriados, sábados e domingos também entram nessa exceção);
 Art.213 – Quanto a prática eletrônica do ato processual poderá
ocorrer em qualquer horário até as 24 horas (23h:59);
 PRAZO PARA ADVOGADOS;
 Quando a petição for enviada para atender prazo processual, serão
consideradas dentro do tempo as transmitidas até as 24hrs (23h:59) de
seu último dia;
 Consideram-se realizados os atos processuais digitais no dia e
hora de seu envio ao sistema do Poder Judiciário, do que se deverá
ser fornecido protocolo eletrônico.
 Prorrogação/Delação dos Prazos – Prazos podem ser dilatórios
(prazos fixados em normas dispositivas, que podem ser ampliados ou
reduzidos pela convenção das partes, ainda que exista um prazo
estabelecido pela lei) ou peremptórios (Não podem ser aumentados
nem reduzidos, devido sua imperatividade;
 “dias a quo” – início do prazo processual;
 “dias ad quem” – último dia do prazo processual;
 Quanto a Origem:
 A) Prazos Legais – prazos que estão na letra da lei;
 B) Prazos Judiciais – prazos conferidos pelo juiz quando houver
omissão legal, visando assim atender as especificidades do caso;
 Art.220 – Será suspenso o curso dos prazos processuais nos dias
compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro.
 Com as férias forenses, verifica-se a suspensão dos prazos processuais,
logo, não se praticará ato processual nesse período. Porém, vale
destacar que os prazos iniciados antes das férias continuarão a
serem contados pelo tempo que faltar do prazo quando retornar do
recesso. RECOMEÇA PELO QUE FALTA;
 Art.224 - Com a citação, o início do prazo será contado da juntada
aos autos do mandado de citação (realizados pelo oficial de justiça)
devidamente cumprido OU da juntada do aviso de recebimento do
correio.
 Na citação, é excluso o dia da juntada. Começa a contagem do prazo
no dia seguinte. Ressalta-se que o importante é o depois da juntada
dos autos, não o antes.
 Concluindo, SE EXCLUI O DIA DO COMEÇO E INCLUI A DATA DO
VENCIMENTO.
 A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da
publicação;

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