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Aula I

 Candido Rangel Dinamarco  Instituições de direito processual civil;


 Primeira prova : 27/09;

 Art. 2º O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso


oficial, salvo as exceções previstas em lei.
o Nenhum processo pode começar por iniciativa do juiz. Não tem o juiz a
competência de iniciar o processo, nem no caso penal(vide a atuação do mp);
o Portanto, deve o juiz ser inerte;
o Ao longo do processo, cabe o juiz dar um impulso ao processo. O sistema fará
com que apareça para o juiz os “autos conclusos [para despacho]”, isto é, cabe o
juiz fazer algo naquele momento processual.  e.g. Cite-se o réu.
o Inicia-se por força das partes, mas é impulsionado pelo sistema, caminha como
uma engrenagem que tende a não voltar.
 Art. 3º Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito. 
inafastabilidade do controle jurisdicional;
 Art. 4º As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito,
incluída a atividade satisfativa. (Art.5, inciso 78, CR); Prazo razoável no processo
(penal tb???)
 Art. 6º Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em
tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.
o Cooperar tem a acepção de colaborar com a justiça, com o juízo, posto que há
um litígio que opõe as partes.
o Não há princípio efetivo da colaboração.
o Não há em modelo algum um princípio colaborativo. Historicamente,
 Modelo inquisitivo (público) tudo é público e as partes possuem um
exíguo espaço de atuação. Confunde figura de julgador e acusador;
 Modelo Adversarial(privado, respeitando a ordem pública)  As partes
travam o duelo que quiserem; há uma limitação de ordem pública, mas
respeita-se a autonomia da vontade dos litigantes;
 No caso americano há uma exacerbação deste modelo, em que
o juiz é um mero observador;
 No nosso caso, há um modelo temperado de modelo
adversarial, posto que inicia-se respeitando a autonomia das
partes, mas admite a atuação do magistrado para impulsionar o
curso do processo.
 Com o que o mundo convive hoje
 Modelos inquisitoriais e adversariais atenuados
o EM um modelo colaborativo não haveria propriamente um processo, mas uma
comunidade de trabalho, em que o juiz abriria mão de sua autoridade e
conversaria com as partes de igual para igual.
 Neste modelo, todos seriam reponsáveis pelo resultado do processo,
posto que a gestão não seria do juiz ou das partes, mas, sim, de todos.
Portanto deixando o juiz de ser o responsável pelo processo.
 Portanto, a colaboração prevista no artigo 6 não é pleno;
o A colaboração prevista pelo artigo 6 é a colaboração com a ordem.
o Estamos em um modelo adversarial temperado.
o Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em
fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se
manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. 
Principio constitucional do contraditório. ( o código ampliou o contraditório
no processo)
 A garantia constitucional de influir na motivação da decisão;
 “a cada giro que o processo der, e houver fases relevantes, o juiz deve
permitir que as partes se manifestem sobre a fase corrente”
 Em matéria de ordem pública pode o juiz conhecer de oficio a
qualquer tempo e grau de jurisdição.
 Condição da ação é matéria de ordem pública, não depende da
motivação das partes. Contudo, antes de reconhecer a ilegitimidade de
uma das partes, este deve permitir que as partes se manifestem (as
partes devem ter condições de influenciar a decisão do juiz).
 Decisões de atos contrariáveis devem ser precedidos pela
manifestação das partes.
 Desentranhar retirar do processo
 O contraditório também se impõe em matéria de ordem pública
 Prescrição e decadência  perda do direito de ação, ambas
partem de inércia.
 Prescrição  Todos os demais prazos;
o São ligados a direito patrimonial de ordem financeira.
Com importância um pouco menor, portanto
permitindo a interrupção ou suspensão
 Uma vez interrompido volta contar do zero
 Decadência São reservados para Direitos Constitutivos ou
desconstitutivos  a lei trata de forma mais rigorosa.
o O prazo decadencial não se suspende, nem se
interrompe.
Pelo sistema atual, o juiz pode conhecer prescrição ou decadência mesmo que ninguém
alegue

Aula II
 Direito Processual  ambiente público, regido por normas cogentes, sustentado pela
ordem pública... portando, devendo suportar as mazelas e virtudes do campo público.
 Impulso oficial é o mecanismo público para que as partes se manifestem no bojo do
processo.
 O juiz ora decide por impulso próprio, ora realiza por impulso das partes.
o Compete a ele realizar a definição do direito em observância a alegação das
partes;
 Os artigos 9 e 10 do cpc prestigiam o contraditório, não devendo o juiz julgar sem abrir
para o contraditório entre ambas as partes.

Iura Novit Curia


o “O juiz conhece o direito”, com base no direito alegado o juiz pode decidir”;
o Ao fim e ao cabo, pode o juiz invocar outros fundamentos de direito desde que
apresente a sua tese de direito para as partes.
o Direito  sim; Fatosnão;

Exceções da Aplicação do contraditório


Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.

Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:

I - à tutela provisória de urgência;

II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III ;

III - à decisão prevista no art. 701 .

 O réu poderá sem privado do conhecimento do processo com vistas a manter o bem jurídico que
está sendo tutelado.
 Contraditório diferido  aquele que foi deixado para uma posterior avaliação
o Esse contraditório deve ocorrer quando o prévio conhecimento da existência do
processo possa agravar/colocar em risco a existência do direito.
 O juiz não pode dar liminares de ofício  cada um deve tutelar seu direito, ainda que seja
patente o erro
o Raríssimas são as situações em que isso acontece. A lei não permite que o juiz faça
isso; as partes ainda que incapazes estão tuteladas, e quando há essa espécie de
sujeito o mp estará à frente do processo.
 Art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade.
 Parágrafo único. Nos casos de segredo de justiça, pode ser autorizada a
presença somente das partes, de seus advogados, de defensores públicos ou do
Ministério Público.
o Garantia da publicidade; E da fundamentação das decisões ( 93, inciso
9º,CR; 489, parágrafo 1º)
o Processos que veiculam informações sensíveis não podem ser
publicados.
 Direito de família, quando viola a intimidade das partes,
incapazes
o “As decisões judiciais são cada vez menos fundamentadas”
o No caso das arbitragens sigilosas, quando da execução deverá perder seu
caráter sigiloso para que seja executada.
o “ O poder judiciário não aceita a ideia de confidencialidade no processo
de arbitragem quando diz respeito a execução pelo poder público”
 Art.12  visava estabelecer uma sequência de julgamento para os juízes
visando quebrar um costume marcado pelo abandono dos processos antigos para
poder julgar os mais novos (ou mais interessantes).
 A lei processual não retroage, contudo é aplicável imediatamente nos processos
em curso/pendentes. (art.14)
o “O que interessa é saber se o ato pode ser praticado antes da incidência
da nova lei”
Aula III –
 Lei posterior incide em processos pendentes
 Direitos adquiridos processuais não são afetados pela lei nova.
 E.g. para as hipóteses que a lei ainda não começou a correr, a lei nova incidirá. O prazo
que já começou a correr, o direito já foi adquirido  Teoria do isolamento dos atos
processuais
 Art. 15. Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou
administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e
subsidiariamente.  Aplica-se o cpc subsidiariamente.
 Entre juízes e tribunais não existe hierarquia.
 Art. 18 O titular de um direito é o único que pode pleiteá-lo em juízo.
o Habeas Corpus é a exceção a essa regra.
o Lei 7347  processo coletivo.
 A lei elege determinadas pessoas para agir no nome de determinadas
pessoas, mas pleiteando em nome próprio.
 E.g. Tutela do meio ambiente no nome das pessoas afetadas pelo meio
ambiente lesado.
 Sindicatos são entes que podem agir no nome de seus associados.
o Entes intermediários  sindicatos, associações... podem pleitear em nome
próprio direito alheio.
 Competência (nacional e internacional)
o Há alguns processos que podem ter começado no exterior e produzirão efeitos
nacionalmente (o contrário também é verdade). A lei define quais atos
competirão ao judiciário brasileiro.

o Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as


ações em que:
o I - O réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no
Brasil;
o II - No Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;
o III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil.
 Artigo 23  exclusividade da jurisdição nacional
o I - Conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;
o II - Em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de
testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no
Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou
tenha domicílio fora do território nacional;
o III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável,
proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de
nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional.
 Art. 26+67
o Cooperação internacional  e.g. citação de réu que está em outro
Estado. Pede-se que o judiciário internacional realize o procedimento
necessário.
o Esses pedidos se dão por meio da carta rogatória (auxilio direto)
o Auxilio nacional
 Entre tribunais diferentes (e.g. entre TJ’s)
 Isso ocorre por meio da Carta precatória  ocorre entre órgãos
jurisdicionais de mesmo nível.
o Há hipóteses em que o tribunal está mandando, determinando, que
determinado ato/prova seja realizado em outra comarca pois está no seu
campo de jurisdição.
 É feita por uma Carta de Ordem  determina que seja feito
algo (ocorre no âmbito administrativo, por esta razão tem um
imperativo hierárquico)
 Competência é a medida da jurisdição, nessa perspectiva, a jurisdição é uma
caixa d’agua, e a competência é as torneiras, portanto a competência é a
delimitação do exercício da jurisdição. Todos os juízes exercer a mesma
jurisdição. (a divisão é feita pelo imperativo da especialização)
o O exercício da jurisdição é feito em competências.
 Estrutura do Judiciário
o Dentro da circunscrição de determinada cidade quem exerce a jurisdição
é o juiz.  1º grau de jurisdição (Analisam fatos e direitos)
o Em cada estado da Federação há um Tribunal de Justiça.
 Estes julgam as decisões proferidas em 1ºgrau de jurisdição em
grau de recurso.
 Julga os recursos interpostos contra as decisões de primeiros
graus  2ºgrau de jurisdição (Julgam fatos e direito)
o Aqui os tribunais ainda podem ser convencidos quanto aos fatos, isto é,
ainda analisarão provas para formar o convencimento. Analisarão a
realidade dos fatos, e do direito deles decorrente.
o O STJ e STF (cortes superiores) só podem julgar o direito. Ali se discute
a aplicação do direito já aduzido.
 Só julgam recursos de estrito direito. Não estão ligados nem a
justiça federal, nem a justiça estadual, estes tribunais acolhem
demandas de todos os campos do judiciário.
 STJ  Recurso Especial
 STF  Recurso Extraordinário;
o Justiça Federal  lida apenas com os litígios em que a união, suas
autarquias, suas empresas públicas.
o Justiça Estadual  competência residual.
o Juiz Natural é aquele previamente escolhido pela lei e anterior ao fato.
 Evita a destinação de um juiz para o fato.
 Quando o fato ocorre já se sabe qual o juiz competente para o
caso.
o Há uma perspectiva doutrinária que divide a jurisdição em 3 perspectivas
diferentes
 Segundo a pessoa
 O direcionamento leva em consideração a qualidade
funcional da pessoa.
o E.g. o governador será julgado diretamente pelo
TJ.
 Caso se destine a petição para o juízo incompetente, quem
recebeu deve destinar para o juízo competente.
 Segundo a Matéria
 E.g. civil, trabalhista, criminal...
o Civil pode ter subdivisões (família e sucessões,
comercial...)
 Segundo o local onde os fatos ocorreram

Aula IV – Competência
 Como descobrir qual o juízo competente para julgar o caso.
o Enquanto réu, faz sentido não se manifestar caso o litígio tenha sido remetido
para um juízo incompetente.
 Na fase contestação compete ao réu arguir a incompetência do juízo.
o Há determinados tipos de competência que estão submetidas ao prazo de
contestação, em outros casos há uma competência de ordem pública. Essas
podem ser arguidas a qualquer tempo no processo.
 Para a doutrina (Giuseppe Chiovenda)
o As competências em razão da pessoa e da matéria são de ordem pública
 Isso significa que se litígio, caso correm na justiça incompetente, será
remetido ao juízo competente a qualquer momento, independentemente
da manifestação das partes. (Ordem pública)
 Caso não tenha feito na contestação, poderá a qualquer
momento o fazer.
 A competência em relação a pessoa no processo também é absolta.
 Mandado de segurança é de rito especial.
o Aquele que se impõe contra o governador será julgado
pelos desembargadores do TJ;
o Aquele que se impõe contra o presidente da república
será julgado pelo STJ.
 Não se sujeita a prazos de arguição.

Competência Em Razão do Local


 Os fatos devem ser remetidos para onde os fatos ocorreram.
 A razão para essa destinação está ligada a produção de provas.
o E.g. O processo do rompimento das barragens de mariana.  a prioridade está
no local próximo para produção de provas
 Cláusula de Eleição de Foro  faculdade de escolher onde será julgado o processo. As
partes podem escolher de comum acordo onde será julgado o processo. Isso é feito por
meio de uma cláusula no contrato.  são de interesse das partes, não do sistema.
 “Quando se tratar de contratos de adesão que contenha uma cláusula de eleição de foro,
o consumidor terá o direito de escolher o foro competente”
 Caso o réu, apesar da eleição de foro em outra comarca, não conteste o foro
incompetente, o foro em que a ação foi ajuizada torna-se competente, posto que a
cláusula de eleição de foro foi tacitamente revogada.
 Problemas da Competência em razão do lugar
o Depende das partes e suas vontades.
o Está totalmente ligada as pessoas envolvidas.
o A competência pode ser transferida apenas pelo comportamento das partes.

Competência Originária. (Aspecto Doutrinário)


 A lei confere a competência a determinados tribunais para julgar determinados juízos.
o Ação rescisória  Competência Originária é no TJ.
 Pode ser no STJ se o último julgamento de mérito foi feito naquele
tribunal.
o Para processos que discutem imóveis  a competência é dada ao juízo da
comarca onde está localizado o imóvel.
o Competência Funcional  decorre da função exercida pelo juiz em um
determinado processo.
 E.g. o juiz que proferiu a sentença é o juiz competente para executar
essa sentença.

Competência. (Aspecto Legal)


 Art. 42.  Caso as partes tenham escolhido um juízo arbitral, então o juiz da comarca
passa a ser incompetente;
 Art. 43. Perpetuação da Jurisdição ( “Perpetuatio Jurisdicione”)
Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro
ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as
modificações do estado de fato ou de direito ocorridas
o posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou
 A exceção ocorre quando a cidade deixa de ter a qualidade de cidade , e.g, portanto
perdendo sua comarca. Neste momento o processo será redistribuído.
o “Alçada”
 Art. 46. Foro do Domicílio do Réu.
o Só haverá nulidade caso o réu consiga demonstrar prejuízo. Neste caso, o réu
não poderia alegar um prejuízo posto que o processo correm em seu domicílio..
o
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre
bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu.
 Art. 47.  a discussão de bens imóveis é onde se localiza a coisa
o
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre
imóveis é competente o foro de situação da coisa.

Aula V
¥ Competência em razão da pessoa, matéria, lugar.
o Litigio no âmbito trabalhista  CLT; Litígios civis  código civil ...
o Competências em razão da pessoa e da matéria são absolutas porque são de
ordem pública, posto que interessam mais ao sistema do que a vontade das
parte;
 Pode ser arguida a qualquer tempo no processo, 966, inciso II ou III
o Nos casos em que a competência é relativa, as partes terão um momento certo
para arguir a incompetência, isso porque o local é do interesse das partes. Logo,
caso as partes não aleguem a incompetência do juízo, aquele juízo que antes era
incompetente passa a se tornar competente. (Cláusula de eleição de foro é uma
cláusula dispositiva, afastada por preclusão);
 Precluso  perda de uma determinada faculdade de direito processual:
 Pode ter 3 modalidades:
o Temporal  perda de prazo;
o Consumativa  realiza-se pela consumação do ato
processual;
o Lógica  ocorre quando a parte a quem detém o
direito adota uma postura incompatível com a prática
do ato.
 A prova pericial precede a prova testemunhal.
Caso o juiz pergunte quais são as provas que as
partes desejam produzir, e a parte desejar
produzir uma prova testemunhal de pronto,
entende-se que ele rejeitou a produção de
provas periciais.
¥ Ação fundada de natureza pessoal é realizada no domicílio do réu;
¥ Ação de natureza real é realizada no lugar da coisa;
¥ Art.53.
o Alimentos. É competente o foro de quem está pedindo alimentos. Isso se
justifica posto que o alimentando é a parte fragilizada nessa relação.
o Inciso V  competente concorrente e disjuntiva.
 Ou é o foro do domicilio do autor ou do local do fato.
 Duas ações propostas em comarcas/foros diferentes e que ambos os
locais são competentes para julgar.
 Neste caso é interessante que se julgue no local do fato, posto
que será mais conveniente para produção de provas.
 Mais rápido para escutar testemunhas, colher evidências ...
 Resposta  prevento  primeiro inicial.
Art. 58. A reunião das ações propostas em
separado far-se-á no juízo prevento, onde serão
decididas simultaneamente.

Art. 59. O registro ou a distribuição da petição


inicial torna prevento o juízo.

 Isso não é mera recomendação, torna-se inafastável.
¥ Art. 54. A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência,
observado o disposto nesta Seção.  relativa é quanto ao lugar.
¥ Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido
ou a causa de pedir.
o Quais os elementos identificadores de um processo
 Partes  as pessoas que estão no processo.
 Pedido  o que se requer
 Causa de pedir
 Remota – tempo fato
 Próxima – direito
o A conexão opera um fenômeno de modificação da competência.
¥ Litispendência  processos pendentes (aparece um alerta para o juiz: “há
litispendência”)
§ 3º Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de
prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo
sem conexão entre eles.
¥
o Há um senso no sistema de que nós procuraremos não gerar decisões
conflitantes, essa tentativa vem no bojo da adoção de um sistema de
precedentes. Nosso judiciário não segue os próprios precedentes.
o Mesmo que não existe conexão entre as ações, devemos reuni-las para
julgamentos conjuntos, podendo, por isso, reunir pessoas diferentes.
o O medo do sistema de gerar decisões conflitantes;
o É possível que múltiplos processos sejam juntados em uma mesma comarca
para não gerar sentenças contraditórias
o Art. 1036  possibilidade dos tribunais superiores de brasilia pegar os recursos
repetitivos, julgar uma quantidade e repetir esse julgamento por todo o poder
judiciário.

Art. 1.036. Sempre que houver multiplicidade de recursos extraordinários ou
especiais com fundamento em idêntica questão de direito, haverá afetação para
julgamento de acordo com as disposições desta Subseção, observado o disposto no
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal e no do Superior Tribunal de
Justiça.

¥ Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando houver identidade
quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo,
abrange o das demais.  observe o art.55, §3. Ainda que as partes não sejam as
mesmas pessoas, as ações deverão ser reunidas para evitar o julgamento diverso quanto
ao mesmo fato. Ou seja, em um caso é um critério de adequação e outro de dever
imposto por lei.
o CONTINÊNCIA  Dois pedidos em parte idênticos, ainda que não seja
prevento, aquele que tiver um pedido maior atrairá os demais.
¥ O fato é o mesmo, então as provas serão compartilhados nesses processos.

Aula VI—Pressupostos processuais e Condições da ação


¥ Duas barreiras que os autores de um determinado processo precisam superar para obter
uma decisão de mérito, ou seja, uma decisão que resolve o litígio.
¥ Mérito é sinônimo de pedido, portanto uma decisão de mérito é uma decisão quanto ao
pedido. Logo, não julgar o mérito é o mesmo que não julgar o pedido.
¥ Os fatos que ocorrem antes do processo é o que entendemos como litígio, esse é o
objeto de estudo do processo.
o Todo litígio tem um conflito de interesses em seu eixo.
o A primeira pergunta visa reconhecer a dimensão do litígio;
o A segunda se destina a reconhecer a pretensão da parte;
o A terceira pergunta será feita para reconhecer se há uma resistência a essa
pretensão.  Todo processo é o resultado de uma pretensão resistida.
¥ Essa pretensão é transportada para o processo por meio da petição inicial, que conterá o
capítulo do Pedido em que será verbalizada a pretensão.
o Se no futuro, esse autor não conseguir ultrapassar a barreira dos pressupostos
processuais, logo o pedido não será resolvido. Do contrário, haverá uma decisão
de mérito que decidirá se o pedido será acolhido ou não.
¥ Há duas hipóteses quando se ingressa com uma ação:
o O mérito não é julgado,
o O mérito é julgado ( ainda que nem sempre seja favorável);
 Uma vez julgado o pedido, o conflito é solucionado;
¥ Todo processo apresenta um conflito e para sua solução apresenta um pedido como
forma de satisfação deste conflito.
¥ Direito de ação é incondicionado, mas para não ficar totalmente aberto, o sistema
coloca algumas travas “ todos ter direito ao acesso a justiça”, mas quando se entra com
a ação, pergunta-se se os pressuposto processuais e as condições da ação estão
presentes.
¥ Todo processo tem um litígio[ conflito de interesses qualificado por uma pretensão
resistida, constitui uma fase pré-processual] dentro deste litígio também contém a
forma de solucioná-lo (o pedido feito pela parte).
¥ Pressupostos processuais  requisitos de existência e validade do próprio processo
o No modelo atual há duas teorias:
 Teoria Pura: OSCAR VON . Uma, muito restritiva, quase filosófica: “
para que um processo exista, é preciso que estejam presentes 3
requisitos:
 Partes
 Que essas partes formule um pedido ( as vezes só uma delas)
 Esse pedido deve ser feito perante um órgão jurisdicional.
 Retirando um destes elementos, não há processo.
 Teoria dos pressupostos ampliativa
 Possui ao menos 3 divisões na doutrina.
 Traça uma diferença entre pressupostos processuais de
validade, existência ou continuidade do processo.
o Validade  competência do juízo.
 Não faz muito sentido posto que basta a
redistribuição
o Existência  a partir da citação do réu, e.g.
 Não faz muito sentido posto que o réu pode
conhecer do processo antes da citação.
 É um tipo de raciocínio muito dogmático que se distancia da
prática. O Processo existe a partir do momento em que ele é
proposto.
¥ Constituição e Desenvolvimento válido de um processo
o Para ter um processo, em condições de regular andamento, é preciso que as
partes possuam capacidade de estar na justiça, o que não se confunde com
legitimidade.
 Capacidade das partes dentro do contexto dos pressupostos processuais.
 Para estar em condições de regular andamento, as partes devem ter
tríplice capacidade:
 Tríplice capacidade
o Capacidade para os atos da vida em geral. ditada
pelo código civil.  ser maior de idade e estar no
pleno gozo de suas faculdades mentais.
o Capacidade de estar no processo. É algo restrito as
hipóteses em que a pessoa precisa de autorização para
litigar.
 E.g. Direito Real. Esse ramo do direito impõe a
publicidade, o que enseja a atração do sujeito
relativo ao direito real.
 Venda de imóvel. Na escritura estará
identificado a situação conjugal, assim,
impondo a manifestação do cônjuge.
o Capacidade de Litigar. É conferida apenas aos
advogados. Ou o advogado está advogando em causa
própria ou está representando alguém. Do contrário,
não há a possibilidade de ingressar com uma ação.
 Caso o advogado saia do processo e a parte
não constitua outro, este será considerado
revel daquele momento em diante.
 Faltando uma dessas capacidades, o processo será extinto sem
julgamento de mérito.  art.485, inciso IV.
o O juiz não resolverá o mérito quando verificar a
ausência de pressupostos de constituição e de
desenvolvimento válido e regular do processo;
 Se for insolúvel o juiz não julgará o mérito  é uma sentença
puramente processual.
¥ Observe que o sistema está preocupado com o processo, nascer e se desenvolver
adequadamente.
¥ Artigos 9º e 10º constituem o polo metodológico, uma vez que modelam a estrutura de
resolução dos processos.
o É preciso que o juiz conceda as partes a oportunidade das partes solucionar o
problema antes da extinção do processo. Somente na hipótese de inércia das
partes que o juiz estará autorizado a extinguir o processo sem julgamento de
mérito.
o Ainda que exista um problema nos pressupostos processuais, o juiz deve
conceder a oportunidade das partes corrigirem a inconsistência existente nesta
matéria.
o Ainda que o juiz possa agir de ofício em matéria de ordem pública, ele deve
conceder as partes a possibilidade de realizar o contraditório.
¥ Outras questões menores envolvendo pressupostos processuais.
o Custas. Sem o recolhimento de custas o processo será extinto sem o julgamento
de mérito.
o Deficiência de citação. Citação inválida. Citação feita com a pessoa errada.
Citação feita na portaria do prédio do réu.  se verdadeiramente válidas,
invalidam o processo ainda que tenha ocorrido o transito em julgado
¥ O que o sistema não conseguir jogar nas condições da ação, ele jogará nos pressupostos
processuais

Aula VII—Condições da Ação e Pressupostos processuais P.II


¥ Os pressupostos processuais precisam ser observados pela óptica de sua
instrumentalidade. Por essa razão, ele não deve ser extinto sem dar a oportunidade de se
manifestar para as partes para que elas possam resolver o problema existente antes da
extinção do processo. (art. 9 e 10 do CPC).
o A instrumentalidade do processo ligada garantia constitucional ao contraditório
impõe a escuta constante das partes antes de cada decisão.
o “De vista para esse autor para que regularize sua situação...”  “a
regularização visaria ratificar os atos já praticados”
 Sob a perspectiva da instrumentalidade do processo a forma incorreta
não invalida os atos até então praticados.
¥ Pressupostos processuais podem ser conhecidos de ofício, mas demanda a abertura para
o contraditório. É preciso abrir o diálogo, ouvir as partes para depois decidir quando a
sua manutenção ou extinção.
¥ Se o autor, uma vez iniciado o processo, deixar o processo parado por mais de 3 anos 
prescrição Intercorrente.
¥ Após o trânsito em julgado, caso o autor não execute a sentença em X anos 
prescrição da Execução.
¥ Condições da Ação
o Constituem filtros para impedir que processos manifestamente inviáveis
prossigam.
o Legitimidade para agir e Interesse processual
o Ambas decorrem da análise do direito material, no seu o posto está os
pressupostos processuais que estão ligados ao direito processual;
o Legitimidade para agir  deve analisar se o sujeito está inscrito em uma
relação jurídica de direito material que admite o processo.
 Quem integra essa relação jurídica? (polo ativo e passivo)
¥ O artigo 485 dá a possibilidade ao juiz de não julgar o processo. (extinção sem
julgamento de mérito  prolata uma sentença meramente processual)
¥ Olhar para o direito material, qual o tipo de litígio está na mesa, e extrair o pedido.
o Interesse de Agir
 Necessidade de obter uma decisão judicial. Não há interesse de agir
nos casos em que o autor já tem o que está demandando judicialmente.
 E.g. Caso da ação de despejo. No caso de pedidos cumulados, o
juiz poderá observar que um deles não possui o interesse de
agir, mas o outro é possível;
 Adequação do pedido ao meio processual de alcança-lo.
 E.g. Caso da reintegração de posse por meio de um pedido de
despejo.
 Possibilidade Jurídica do pedido  diz respeito à licitude do pedido 
poderá conhecer de ofício.
o Como não se trata de uma decisão de mérito essa sentença não transitará em
julgado, ou seja, é uma decisão meramente processual
¥ A falha da Teoria da Asserção:
o As condições da ação e os pressupostos processuais poderão ser conhecidos
pelo juízo a qualquer tempo e grau de jurisdição enquanto não ocorreu trânsito
em julgado. Art. 485, §3
o Essa possibilidade gera insegurança jurídica, posto que há a possibilidade de
extinguir o processo em fase recursal (ou seja, depois de um grande período de
tempo).
¥ A ideia de instrumentalidade significa dizer que o direito material tem mais valor que o
processo, mas o judiciário é renitente em aceitar essa ideia, impondo um formalismo
que desvirtua o sentido de justiça.

Aula VIII — Petição Inicial: Como um processo começa


Litígios  pretensão resistida pedido
§ “conflito litígio deste litígio surge a pretensão da pretensão se extrai a petição
inicial”
§ Entender o litígio, extrair a pretensão emanada pelo interessado, dai formular a petição
inicial.
§ Petição Inicial, o ato introdutório do processo:
o Encontra-se detalhada nos artigos 319-321 do CPC;
o “Imagine-se na posição de quem vai contar uma história ao juiz, e essa história
vai ser fundada no que o cliente lhe narrou. Você apenas levará ao juiz o
contexto, a causa de pedir remota, são os aspectos de fato da querela que já
ocorreram”
o Causa de pedir próxima  são os aspectos jurídicos que se amoldam aos fatos
 O fundamento jurídico para o pedido, não o pedido em si.
o O pedido em si deve ser determinado pelo interessado ( e.g. no caso do
inquilino que destrói a causa ... e o interessado não quer despejá-lo, então o
pedido a ser feito deve contornar essa questão[natural])
o “ o autor vai fixar os contornos do litígio que será discutido no campo
jurídico”
 “ele precisa captar o que é importante para o processo, mas também
filtrar as possíveis repercussões no processo. Por isso é preciso que o
se seja suscinto, uma vez que quanto menos se fala mais difícil é para
que se rebata os argumentos”
§
Art. 319. A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida;  questão de competência
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de
inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço
eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;  Causa do Pedido;
IV - o pedido com as suas especificações; 
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
§ 1º Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial,
requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
§ 2º A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a que se refere o
inciso II, for possível a citação do réu.
§ 3º A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo
se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.

§ Art.319, IV  Compete ao juiz julgar o pedido formulado, o processo não pode ser
extinto sem ter seu pedido julgado;
o O pedido corresponde a uma proteção das partes contra uma arbitrariedade do
juiz, uma vez que ele estará adstrito ao pedido, não podendo adicionar outras
pretensões que não aquelas manifestadas pelo autor do processo;
o É o pedido que resolve o litígio, da maneira que a parte quer que seja resolvido;
o O pedido  espécies de tutela  condenatória, constitutiva, declaratória;
(essas formas correspondem a pretensão, respeitam a autonomia da vontade das
partes);
§ “O que vai dar efetividade na vida das pessoas é a sentença de mérito”

Aula VII – Valor da Causa (art.291.ss)


§ Toda causa precisa apresentar um valor, ainda que não tenha um valor inerente ao que
se está se pedindo.
§ Isso ocorre por força de lei por força das rações tributárias. O valor da causa é utilizado
para fixar o valor das custas do processo. Para entrar no processo, há o pagamento de
custas adiantadamente, e caso o réu seja derrotado elas serão devolvidas por ele.
§ As causas que possuem conteúdo econômico  O valor da causa corresponde ao
proveito econômico que se pretende obter. O valor das despesas iniciais
§ Nas causas quem envolvem prestações sucessivas  a soma das parcelas que estão em
discussão.
§ Caso se esqueça de atribuir o valor da causa, ou de recolher custas  o cartório
realizará essa aferição e exigirá ou restituirá o valor correto.
¶ Se não recolher as custas ou atribuir o valor da causa em momento posterior, o
processo será extinto sem julgamento de mérito.
§ As custas são pressupostos processuais inicio e desenvolvimento processual
§ As provas com as quais o autor pretende demonstrar o direito (Art. 319, VI) VI - as
provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
¶ “Protesto provar o alegado com todos os meios em direito admitido”
¶ “no momento oportuno, você apresentará as provas com as quais você
demonstrará o direito”
¶ É possível que se apresente quais as provas serão arroladas logo de entrada, mas
você dará uma margem de preparação para outra parte.
¶ É possível que se apresente as testemunhas que serão ouvidas na inicial
¶ Haverá o momento no processo que o juiz dirá : “digam as partes sobre as
provas que pretendem produzir”
¶ Demonstrar a verdade dos fatos admitidos
 O processo é o lugar para discutir a verdade? ( sob a perspectiva do
professor, o mais adequado seria a utilização do termo “realidade”)
§ Art. 319, VII. a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de
mediação.  se não for dito que não se pretende realizar a mediação prevista no 334,
então o sistema entende que você pretende realizar, portanto é preciso que se diga
explicitamente que “não pretendo realizar a audiência de mediação presente no artigo
334”
¶ Alguns autores jogam o procedimento para as audiências de mediação e
conciliação para ganhar tempo;
¶ Esse elemento fará diferença em termos procedimentais, por isso é preciso que
se diga que não deseja a audiência do artigo 334, uma vez que já houve a
tentativa de realizar a conciliação fora do judiciário, assim o prazo para defesa e
o rito ordinário ocorrerá.
¶ Caso não se saiba quem é o réu é preciso que se peça que o juízo se identifique.
§ § 3º A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II
deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou excessivamente
oneroso o acesso à justiça.
¶ Ou seja, é indispensável que se apresente os documentos referentes ao direito
que se está sendo discutido. (e.g. caso se esteja pedindo alimentos, então é
necessário que se apresente a comprovação da relação familiar; Discutir uma
ação que envolve direitos reais, apresentar a documentação referente ao direito)
¶ Polo metodológico  Sempre que há a possibilidade de sanar o vício, o juiz
deve dar a oportunidade de saná-lo. sempre que se é detectado um problema
sanável no curso do processo, o Juiz deve dar a oportunidade de sanar o
problema sanável. Então nesse caso, deve-se abrir a oportunidade do autor
adicionar os documentos essenciais.
¶ Caso a parte não apresente os documentos necessários  a sentença será
uma sentença processual, sem julgamento de mérito com base no 485, por falta
de pressupostos ( condições de recebimento e continuidade da ação)
§ Quais são as hipótese de indeferimento de uma petição inicial ( art.330)

Art. 330. A petição inicial será indeferida quando:
I - for inepta; II - a parte for manifestamente ilegítima;
III - o autor carecer de interesse processual; IV - não atendidas as prescrições dos arts.
106 e 321 .
§ 1º Considera-se inepta a petição inicial quando:
I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;
II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o
pedido genérico;
III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.
§ 2º Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo,
de financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia,
discriminar na petição inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende
controverter, além de quantificar o valor incontroverso do débito.
§ 3º Na hipótese do § 2º, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no tempo e
modo contratados.
¶ Quando chegou nesse ponto é porque o juiz já deu à parte a oportunidade de
corrigir os pressupostos necessários para o início e prosseguimento do processo.
¶ “Indeferir o processo é o mesmo que extingui-lo, e contra a extinção, o recurso
cabível é a apelação, isto é, ao fim do processo em primeiro grau”
 “ a apelação só pode ser feita quando há a extinção do processo em
primeiro grau. Esta apelação é feita em face do juiz que primeiro grau
que remeterá a segunda instância que julgará a apelação”
¶ Decisões que não extinguem o processo 1015;
¶ “todo embargo de declaração faz com que o processo seja interrompido e faça
recomeçar o prazo para os demais recursos uma vez que impede a interposição
dos demais recursos seja impedida”
¶ “Decisões interlocutórias”  Agravo , “despacho de mero expediente”,
“sentença” apelação;
§
Art. 331. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco)
dias, retratar-se.
§ 1º Se não houver retratação, o juiz mandará citar o réu para responder ao recurso.  juízo de
retratação  é o momento que o juiz tem para evitar que o recurso suba para o segundo grau.
Esse é o único momento que o juiz pode redecidir, uma vez que quando o juiz decide ele não pode
realizar outra sentença revogando a anterior
§ 2º Sendo a sentença reformada pelo tribunal, o prazo para a contestação começará a correr da
intimação do retorno dos autos, observado o disposto no art. 334 .
§ 3º Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença.

§ Citação do Réu
¶ “Cite-se o réu”  pressupõe que as condições e pressupostos da ação estão
presentes e o processo pode continuar;
¶ Caso tenha falte a causa de pedir, e o réu já se defendeu  “ainda que tenha
faltado uma causa de pedir no processo, o réu soube se defender diante das
alegações feitas, então o processo deve continuar pois sem prejuízo não há
nulidade pas de nulitté san grief ”  flexibilidade do processo
 “regras processuais não são um fim em si mesma, se o fim é atingido a
despeito da violação da forma, então ele não deve ser anulado por
uma mera formalidade”
 “e.g Ausência de citação. Caso o réu não tenha sido citado, mas se
defendeu mesmo assim, então o vício da não citação não pode ser
causa para anular o processo”;
 “Há uma ideia de que as formas não são fins em si mesmas, portanto
não podem ser a razão para invalidação do feito. Uma vez identificado
que os fins foram alcançados, as formas podem ser menoscabadas”
¶ “Se hipótese de indeferimento aparecer depois? Se der para concertar,
concerte; se não há prejuízo que o processo prossiga, do contrário, que seja
extinto”

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