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Teoria Geral do Processo

Prof. Élcio Nacur Rezende

Direito Processual

Trilogia básica do Direito Processual.

a. Ação = um direito público subjetivo de se requerer a tutela jurisdicional.


a. Direito de ação: direito de exigir do Estado. – Direito subjetivo (do sujeito) e
público.
b. Processo = conjunto de atos coordenados que visam a composição da lide (a briga posta
perante o poder judiciário, disputa/ discordância). -> ferramenta.
c. Jurisdição = o dizer do direito – atividade do magistrado, juiz - aplicação do direito no
caso concreto.

▪ Advogado – falar para alguém – profissional habilitado para se dirigir a um juiz.


▪ Princípio da inafastabilidade. – prova.
▪ Sentença = documento, materialização da jurisdição dada pelo juiz. Pode ser de
procedência/ improcedência e parcial procedência.

As relações sociais e os conflitos de interesse e as funções do Estado Moderno – Estado Social


(administrativa, legislativa e judiciária). O processo surgiu para tirar o poder do mais forte.
Resolve os conflitos através da lei, a vontade do povo em um Estado democrático de direito.

a. Direito material ou substantivo. -> d. civil/ penal/ ambiental


b. Direito instrumental, judicial, adjetivo -> processual /p. penal/ p. civil/ tributário.

▪ Error in judicando – desrespeito a norma material/ substantiva.


▪ Error in procedendo – desrespeito a norma judicial/instrumental.
▪ Ubi societas ibi jus (não há sociedade sem Direito)

Da autotutela (autodefesa – fazer justiça com as próprias mãos) à jurisdição.

Há várias hipóteses que é permitido a autotutela (poder ao mais forte), como exemplo disso,
o guarda em um trânsito e a legítima defesa.

A Lei das XII Tábuas (ano 450 a.c.)

A Litiscontestatio (o pretor delegando ao árbitro a função judicante) – senhor feudal escolhia


seus pretores (ministros) – distribuía a jurisdição.

O Período Formulário -> fases:

1. autotutela;
2. arbitragem facultativa; - se quiser pedir socorro ao Estado
3. arbitragem obrigatória – meios alternativos de pacificação social (sistema multiportas)
-> função social pacificadora (jurisdição).

▪ Autotutela como crime (345 – cp)


▪ Mediação – procura-se um conciliador para tentativa de se ter paz, auxilia, menos invasivo
▪ Arbitragem – julga, legitimado pela assinatura de um contrato preestabelecido, julga como
juiz, tem força de sentença judicial
▪ Conciliação – busca pelo acordo através do conciliador, ele é mais invasivo, sugere.

Para recorrer de uma decisão de arbitragem é necessário que esteja preestabelecido antes,
se não, não é possível recorrer.

Autocomposição (transação/ submissão e desistência).

▪ Esforço continente – legítima defesa da posse.


▪ Não existe crime sem lei anterior que o defina – não existe arbitragem no direito pena

Princípio da inafastabilidade art 5 -35 cf-> o poder judiciário não pode se afastar.

Jus postulandi – o acesso do não advogado ao poder judiciário, traduz a possibilidade de as


partes (empregado e empregador) postularem pessoalmente na Justiça do Trabalho e
acompanharem as suas reclamações até o final, sem necessidade de advogado. Prova

Sistema acusatório x sistema inquisitório: (prova): o Sistema Acusatório caracteriza-se por


destinar os poderes de acusar, defender e julgar a três órgãos distintos. Já o Sistema
Inquisitório reúne na mesma pessoa as funções supracitadas (mencionadas/ citado
anteriormente), tornando o réu mero objeto da persecução penal.

1. Princípio da persuasão racional: Significa que o juiz forma o seu convencimento de


maneira livre, embora tenha que fundamentar suas decisões no processo.
2. Princípio da verdade formal: “o que não está nos autos não está no mundo” – prova.
Princípio civil moderno – vigorou até 2015
3. Princípio da verdade real: o juiz busca a informação e julga e traz a pacificação social –
antônimo da verdade formal – proporcionar a imparcialidade. No processo penal sempre
vigorou o princípio da verdade real.

Jurisdição.

Conceito: manifestação do poder judiciário: imperatividade e inevitabilidade

1. Obrigatoriedade do cumprimento das decisões judiciais;


2. Suscetibilidade de controle externo;
3. Obrigatoriedade do cumprimento das decisões judiciais;
4. Inevitável o acesso ao poder judiciário.

Atividade criativa – afasta as vontade (da parte e do reu) de aplicar o direito ao caso concreto

Coisa Julgada: decisão transitada em julgada, é a decisão irrecorrível (não cabe recurso), tem
que se cumprir. (prova).

1. Formal: decisão judicial irrecorrível que não inviabiliza uma nova tentativa. 485cpc
2. Material: decisão judicial irrecorrível que põe um fim na história. 487cpc

Princípio do devido processo legal - determina que o juiz ao dirigir o processo deve seguir alei
processual. A inobservância gera error in procedendo.

Caráter substitutivo – a sentença substitui a vontade alheia.

Características da jurisdição:

a. Lide (briga judicial).


b. Princípio da inafastabilidade art.3°cpc c/c art 5°, XXXV da cf. caput a lei não excluirá da
apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
c. Direitos indisponíveis: obrigatoriedade e a indisponibilidade.

Direitos indisponíveis: São os direitos dos quais a pessoa não pode abrir mão, como o direito
à vida, à liberdade, à saúde e à dignidade

Princípio da Inércia x Princípio do Impulso Oficial

Princípio da Inércia Processual: para se instaurar um processo é necessário ter autor, o juiz
consegue a jurisdição mediante provocação, não se inicia nenhum requerimento sem a parte
interessada.

Início do processo: CPC.Art. 2º O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por
impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.

Princípio do Impulso oficial: permite ao juiz julgar o processo a despeito da inércia


superveniente das partes, conforme CPC/1973, art. 262.

A petição inicial é primeiro ato para a formação do processo judicial. Trata-se de um pedido
por escrito, onde a pessoa apresenta sua causa perante a Justiça, levando ao juiz as
informações necessárias para análise do direito.

ex officio = Por obrigação do ofício; oficialmente. Ato que se executa por dever do ofício.

As exceções à inércia no cpc:


a. Suscitar conflito de competência (art. 951)
O conflito de competência ocorre quando dois ou mais juízes se declaram
competentes ou incompetentes para julgar um processo ou quando juízes discordam
quanto à reunião ou separação de processos.

Art. 951. O conflito de competência pode ser suscitado por qualquer das partes, pelo Ministério
Público ou pelo juiz.

b. Instaurar incidente de resolução de demandas repetitivas (art. 978)


c. Restauração de autos (art. 712 cpc)
d. Arrecadação de bens na herança jacente (art. 738 cpc).

Imutabilidade da sentença: a coisa julgada e a importância do recurso (502 cpc).

Princípio da congruência/ adstrição ou correlação em que o juiz deve se ater aos limites do
que foi pedido.

Uma coisa soberanamente julgada (prova).

É proibido no Brasil uma decisão:


extra petita: juiz concedeu ao autor algo que não pediu, fora do que foi pedido
citra petita: deixa de apreciar um ou mais pedidos feitos pelo autor feitos na petição inicial.
ultra petita: mais do que foi pedido

Princípios inerentes à jurisdição:


1. Investidura – Art. 93, I da CF
Ato administrativo que concede a uma pessoa o pode de uma jurisdição – concurso
público para se tornar juiz ou o quinto constitucional.
2. Aderência ao território/Territorialidade – art. 69, par. 1º CPC e 01º e 353 CPP
Circunscrição – espaço geográfico onde se exerce o poder.
Carta precatória – quando o juiz tem que pedir outro para atuar em outra
circunscrição.
Carta de ordem
Cartas – superior para inferior.
3. Indelegabilidade
Só o juiz que exerce sua função, a decisão é só do magistrado, a responsabilidade é
inteiramente do juiz, não se transfere a atividade jurisdicional.
4. Inevitabilidade
5. Inafastabilidade – art. 3º CPC c/c art. 5º, XXXV da C.F
6. Juiz Natural – art. 5º XXXVII
7. Inércia (art. 2º c/c 262 CPC) – Impulso Oficial

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