Processo Penal I
Parte de uma bifurcação (atos
Jurisdição
É o poder dever do Estado, enquanto
ente soberano, uno indivisível de dizer
o direito e reconhecer fatos
relacionados a estes direitos,gerando
sucumbência e liberdade a todos,
como consequência do poder de
império (ou de sua força).
É uma garantia da imparcialidade.
Jurisdição é do estado
O Brasil exerce dentro de seu território
Não existe jurisdições diferentes no Brasil
Cada jurisdição tem seu simbolismo, ex:
no Brasil temos as tolgas
O poder dever do Estado não pode ser
negado, pois é uma garantia fundamental
Jurisdição é abstrata e subjetiva
O Juiz deve ser imparcial
Não existe jurisdição sem imparcialidade
Jurisdição não é divisível
É meramente uma decisão de padrões,
não se limita.
OBS: Competência ´é
concreta e divisível como a
divisão de trabalhos.
Princípio do Juiz Natural
“o princípio do juiz natural é um
princípio universal, fundante do
Estado Democrático de Direito”.
Aury Lopes Jr
O acusado no processo penal tem
direito a um julgamento imparcial, não
sendo possível a modificação do órgão
julgador com finalidades escusas.
nulos do juiz
Bifurcação conceitual:
vedação da criação de juízes
ou Tribunais de exceção e
garantia de julgamento pela
autoridade competente.
Exemplo: a hipótese em que, no
plenário do júri, os jurados consideram
que o crime praticado não foi um crime
doloso contra a vida (desclassificam,
por exemplo, de tentativa de homicídio
para lesão corporal).
assegura que ninguém pode ser
privado do julgamento por juiz
independente e imparcial, indicado
pelas normas constitucionais e
legais, proibidos os
juízos/tribunais de exceção (artigo
5º, inciso XXXVII, da CF/1988);
OBS: Não pode instituir juízo ou
tribunal de exceção
O STJ entende que a substituição de
desembargador por juiz convocado
não incorre em violação do princípio
do juiz natural, desde que dentro dos
parâmetros legais e com observância
das disposições estabelecidas na
Constituição Federal.
para o STJ, não viola o princípio do
juiz natural a redistribuição de
processos realizada em função da
instalação de novas varas de igual
competência, no estrito
cumprimento da norma de
regência e com a finalidade de
nivelar por igual o acervo de feitos,
especialmente nos processos que
ainda estão na fase de inquérito.
@vitoriarocha.f
 Princípio da Investidura
Apenas juízes podem
exercer a atividade
jurisdicional, isto é,
aqueles que foram
regularmente investidos na
carreira da Magistratura.
A consequência da
inobservância desse princípio é a
inexistência jurídica do ato realizado.
Exemplo: Um juiz que realiza um ato
decisório em um processo antes de
ser investido no cargo.
Procedimento complexo: aprovação
em concurso de provas e títulos,
nomeação, posse, exercício.
OBS: Exceção do quinto constitucional
A execeção do quinto constitucional
Art. 94. Um quinto dos lugares dos
Tribunais Regionais Federais, dos
Tribunais dos Estados, e do Distrito
Federal e Territórios será composto de
membros, do Ministério Público, com
mais de dez anos de carreira, e de
advogados de notório saber jurídico e de
reputação ilibada, com mais de dez anos
de efetiva atividade profissional,
indicados em lista sêxtupla pelos órgãos
de representação das respectivas
classes.
É um juiz sob
teste, por 2 anos.
Entra como
substituto e após
o tempo
determinado,
toma posse de
Juiz!
Princípio da Inércia
A inércia da jurisdição significa que o
poder somente poderá ser exercido
pelo juiz mediante prévia invocação.
a jurisdição somente se põe em
marcha quando houver uma prévia
invocação – declaração petitória –
feita por parte legítima. No que tange
ao processo penal, a jurisdição
somente pode ser exercida quando
houver o exercício da pretensão
acusatória, através de queixa-crime
(se a iniciativa da ação penal for
privada), ou da denúncia oferecida
pelo Ministério Público, nos termos
do art. 129, I, da Constituição (nos
delitos cuja ação penal é de iniciativa
pública). - Aury Lopes Jr
Imparcialidade (princípio supremo do
processo)
Invocação prévia (pretensão acusatória)
por declaração petitória
Procedimento Judicialiforme - quando é
iniciado pelo juiz
De ofício, a jurisdição pra agir precisa ser
provocada
Invocação prévia é indispensável
Inércia significa que o Poder Judiciário
não pode exercer de ofício uma ação
penal, ou seja, em regra, o Judiciário só
age após provocação da parte, que, no
Direito Processual Penal, será o Ministério
Público ou o querelante.
Exceção: inventário,
previsto no art. 989 do
CPC.
“Art. 989. CPC. O juiz determinará, de ofício,
que se inicie o inventário, se nenhuma das
pessoas mencionadas nos artigos
antecedentes o requerer no prazo legal.”
@vitoriarocha.f
 Princípio da Indeclinabilidade
O juiz natural não pode declinar ou
delegar a outro o exercício da sua
jurisdição, até porque existe uma
exclusividade desse poder, de modo a
excluir a de todos os demais.
Indeclinabilidade da jurisdição e a
chamada justiça negociada. Conduz a
um afastamento do Estado-juiz das
relações sociais, não atuando mais
como interventor necessário, mas
apenas assistindo de camarote ao
conflito. - Aury Lopes Jr
Exceção: São proibidos pela C.F.
(Art.5º, XXXVII) os “juízos” e
“Tribunais de exceção”, a
jurisdição somente pode ser
exercida por pessoa legalmente
investida do poder de julgar.
XXXVII - não haverá juízo ou
tribunal de exceção (Princípio do
Juiz Natural)
O princípio da indeclinabilidade é um
princípio jurídico que se aplica ao
exercício da jurisdição pelos juízes e
tribunais. Esse princípio estabelece que
uma vez que um juiz ou tribunal é
investido de jurisdição para julgar um
determinado caso, ele deve julgá-lo até
o fim, sem poder recusar-se a fazê-lo.
Um exemplo de princípio da
indeclinabilidade é quando um juiz é
designado para julgar um caso, ele
deve conduzir todo o processo, ou
seja, ele não pode recusar-se a julgar o
caso, mesmo que julgue que não tenha
competência para fazê-lo, ou que o
caso não seja de sua responsabilidade.
Ele deve julgar o caso até o fim,
proferindo uma decisão final e
definitiva.
Outro exemplo é quando um juiz é
nomeado para um caso que envolve
um assunto que ele considere
desagradável ou ofensivo. O princípio
da indeclinabilidade exige que ele
julgue o caso imparcialmente, sem
deixar suas emoções ou sentimentos
pessoais interferirem em sua decisão.
Ele deve julgar o caso com base na lei
e nos fatos apresentados,
independentemente de suas próprias
opiniões pessoais.
Em resumo, embora o princípio da
indeclinabilidade da jurisdição seja
fundamental para garantir o acesso à
justiça e a efetividade do sistema jurídico,
há algumas situações em que ele pode
não se aplicar, em virtude de questões
de competência ou da vontade das
partes envolvidas.
Princípio da Improrrogabilidade
O princípio da improrrogabilidade está
relacionado ao prazo de vigência de
uma medida provisória no Brasil.
O princípio da improrrogabilidade está
previsto no artigo 62, §3º da
Constituição Federal brasileira, que
estabelece:
"Medidas provisórias, ressalvado o
disposto nos §§ 11 e 12 perderão
eficácia, desde a edição, se não forem
convertidas em lei no prazo de
sessenta dias, prorrogável, nos termos
do § 7º, uma vez por igual período."
@vitoriarocha.f

Ou seja, o prazo original para a
conversão da medida provisória em
lei é de 60 dias, prorrogável por
mais 60 dias. Após esse prazo total
de 120 dias, a medida provisória
perde a validade, não podendo
mais produzir efeitos jurídicos. O
§11 e §12 mencionados no
dispositivo tratam de situações
excepcionais em que o prazo pode
ser prorrogado por mais 60 dias,
como nos casos de calamidade
pública ou estado de defesa.
O objetivo desse princípio é garantir a
segurança jurídica e a estabilidade das
leis no país, evitando que medidas
provisórias sejam utilizadas de forma
abusiva ou como instrumento de pressão
política, uma vez que elas têm caráter
excepcional e devem ser utilizadas
somente em situações de urgência ou
relevância.
a exceção ao princípio da
improrrogabilidade prevista no §7º do
artigo 62 da Constituição Federal
brasileira é uma possibilidade limitada e
restrita, que busca atender a situações de
extrema urgência e relevância, mas sem
comprometer a segurança jurídica e a
estabilidade das leis no país.
Princípio da Indelegabilidade
as atribuições e competências conferidas
aos órgãos e autoridades judiciárias não
podem ser delegadas a terceiros. Isso
significa que somente os juízes e demais
autoridades previstas em lei têm o poder
de exercer as atividades próprias do
processo penal.
exemplo: Não é permitido que um
promotor de justiça delegue a outro
promotor ou a um advogado particular a
condução de uma audiência ou a
realização de qualquer outra atividade
que seja de sua competência legal. Da
mesma forma, um juiz não pode delegar
a um servidor ou estagiário de seu
gabinete a realização de atos que exijam
a sua presença e decisão.
está previsto em diversos dispositivos
legais, dentre os quais destacam-se:
Art. 2º do Código de Processo Penal
(CPP): "Nenhum juiz prestará a tutela
jurisdicional senão quando a parte ou o
interessado a requerer nos casos e
formas legais". Esse artigo estabelece
que somente o juiz pode exercer a
função jurisdicional, ou seja, julgar as
questões que lhe são apresentadas
pelas partes.
Art. 257 do CPP: "Nenhum delegado de
polícia, bem como seus agentes, poderá
funcionar em inquérito ou instrução que
tenha de correr perante juiz que lhe seja
hierarquicamente superior". Esse artigo
impede que delegados de polícia ou
seus agentes atuem em investigações
ou processos que estejam sob a
responsabilidade de juízes
hierarquicamente superiores a eles.
@vitoriarocha.f
Art. 261 do CPP: "O ofendido, ou seu
representante legal, e o Ministério
Público serão intimados dos atos do
inquérito". Esse artigo estabelece que o
Ministério Público e o ofendido devem
ser notificados de todas as decisões e
atos praticados no inquérito policial,
garantindo assim que eles possam
acompanhar e participar do processo.
Art. 274 do CPP: "O juiz não pode delegar
a outrem o seu poder de decidir". Esse
artigo proíbe que o juiz delegue a
terceiros o seu poder de decidir,
garantindo que todas as decisões sejam
tomadas por ele próprio
Existem algumas exceções em que é
permitida a delegação de determinadas
atividades a terceiros. Algumas dessas
exceções são:
Atos meramente executórios: são
aqueles que não exigem juízo de
valor ou tomada de decisão por
parte da autoridade responsável
pelo processo. Exemplos de atos
meramente executórios são a
expedição de mandados de prisão,
intimações, notificações e outras
diligências que podem ser
realizadas por servidores ou oficiais
de justiça.
Colaboração de peritos e
assistentes técnicos: é permitida a
contratação de peritos e assistentes
técnicos pelas partes para auxiliá-
las na produção de provas. Esses
profissionais são considerados
colaboradores do juízo e podem
atuar no processo, desde que sua
atuação não comprometa a
imparcialidade do julgamento.
Delegação de atos por motivo
justificado: em casos excepcionais,
é possível a delegação de
determinados atos por motivo
justificado, como por exemplo, em
situações de ausência ou
impedimento do juiz ou de outros
membros do órgão jurisdicional
responsável pelo processo.
Curiosidades
Jurisdição é indelegável, só o juiz
pode exercer.
Atos jurisdicionais > Juiz
Dois tipos. Poderes meios e poderes
fim = Julgar. > Decisão do Juiz.
Atos instrutórios - Ato de presidir a
audiência onde serão produzidas as
provas (audiência de instrução)
Atos ordinatórios - Ato de ordem!
função do juiz. São atos desprovidos
de carater decisório.
Os atos ordinatórios são exceção para
o cartório
Competência
É a atribuição legal dada a determinado
órgão do Poder Judiciário para processar
e julgar um determinado caso criminal.
Essa atribuição é definida por critérios
como o lugar em que o crime foi
cometido, a natureza da infração penal, a
condição da pessoa envolvida no crime,
entre outros.
OBS: Só pode ter competência
quem antes tem jurisdição
Promotor/Delegado: Tem
atribuições
Juiz: Competência
Competência é um quadrado
onde o juiz vai exercer seu papel
É uma divisão de trabalho entre
juízes.
@vitoriarocha.f
 Curiosidade
A escolha dos juízes para ficar à frente
de um processo pode variar de acordo
com o país e com a legislação
aplicável. No entanto, de modo geral, a
escolha ocorre da seguinte maneira:
Distribuição do processo: Após o
protocolo do processo, ele é
distribuído aleatoriamente para um
juiz ou para um conjunto de juízes
(no caso de tribunais colegiados),
por meio de um sistema
informatizado de distribuição de
processos ou através de sorteio
realizado em sessão pública.
Prevenção do juiz: Em alguns casos,
a distribuição do processo pode ser
feita com base na prevenção do
juiz, que ocorre quando o processo
é atribuído ao juiz que já estava
responsável por outros processos
relacionados ao mesmo tema ou às
mesmas partes.
Impedimentos e suspeições: Após a
distribuição do processo, o juiz
pode ser impedido ou considerado
suspeito de atuar no caso, caso haja
algum motivo que possa prejudicar
sua imparcialidade, como amizade
ou inimizade com as partes ou
interesse no resultado do processo.
Nesse caso, um novo juiz é
designado para o processo.
Em resumo, a escolha dos juízes
para ficar à frente de um processo é
feita de forma aleatória ou com base
na prevenção, sendo que o juiz pode
ser impedido ou considerado suspeito
e substituído por outro juiz caso haja
algum motivo que comprometa sua
imparcialidade.
Art. 69. Determinará a competência
jurisdicional:
I - o lugar da infração:
II - o domicílio ou residência do réu;
III - a natureza da infração;
IV - a distribuição;
V - a conexão ou continência;
VI - a prevenção;
VII - a prerrogativa de função.
I - Lugar da infração - O lugar do
crime vai dizer quem foi
impactado com a conduta
criminosa, o processo deve
ocorrer onde o crime ocorreu
Exemplo: Se um crime de roubo
ocorreu em Maceió, apenas as
autoridades judiciais de Maceió têm
jurisdição sobre o caso e podem julgá-
lo. Se o julgamento for conduzido por
uma autoridade judicial que não tem
competência territorial, o julgamento
pode ser considerado nulo.
1. Teoria da ação - São os atos
executórios
2. Teoria da consumação - Lugar
do resultado
3. Teoria da ubiquidade - É o
lugar dos atos executórios,
com os do resultado.
4. Teoria do resultado (Art. 70) -
No lugar onde se deu a
consumação do fato.
Código Penal adota a Teoria da
Ubiquidade
Código de Processo Penal adota a
Teoria do Resultado
II - o domicílio ou residência do
réu - Quando não souber onde
ocorreu o fato, o local é o domicílio
Ou critério facultativo - Nas ações
penais de iniciativa da vítima, tem
02 opções:
@vitoriarocha.f
 1. Pode processar o réu, V - a conexão ou continência - Elas
no lugar do resultado não são critérios de fixação de
2. Ou no domicílio do réu competência, mas critérios de
A vítima que decide. modificação.

III - a natureza da infração - A conexão é uma relação entre

Utilizado pra determinar a justiça
no Brasil as competências das
justiças especiais prevalecem
sobre as competências da justiças
comum
Súmula 122 STJ:
Compete à Justiça Federal o
processo e julgamento unificado
dos crimes
conexos de competência federal e
estadual, não se aplicando a regra
do art. 78,
II, a, do Código de Processo Penal.
processos distintos, enquanto a
continência refere-se a uma
mesma ação penal em diferentes
fases do processo. Ambos os
institutos visam à economia
processual, evitando a duplicidade
de julgamentos e a produção
desnecessária de provas.
VI - a prevenção - Crimes
praticados na divisa de duas
comarcas..
O primeiro juiz que proferir o ato
decisório, vai ser o juiz até o final.

VII - a prerrogativa de função -

Em regra, a competência da Justiça
Foro de prerrogativa
Federal prevalece sobre a
competência Estadual - residual

A natureza, fixa, a justiça e o juízo.

A Lei 14. 155/2021 e o critério do
domicílio da vítima (§ 4º do art 71 do
CPP): a) Nos crimes de estelionato
IV - a distribuição - É feito
(art. 171, caput, do CP) "quando
aleatoriamente através de um
praticado mediante depósitos,
sistema de sorteio eletrônico ou
mediante emissão de cheques sem
manual, com o objetivo de garantir
suficiente provisão de fundos em
que os casos sejam atribuídos de
poder de sacado ou com o
forma imparcial e equitativa. A
pagamento frustrado ou mediante
distribuição pode ser feita por
transferência de valores e, em casa
diferentes critérios, dependendo das
de pluralidade de vítimas, a
leis e regulamentos locais, como a
competência firma-se-á pela
competência do juiz, a natureza do
prevenção".
caso, a disponibilidade de recursos
do tribunal e a localização geográfica
(divisão geográfica é o foro). Após a
distribuição, o juiz responsável pelo
caso conduzirá as audiências, tomará
decisões e emitirá sentenças de
acordo com a lei aplicável.

@vitoriarocha.f
 Critérios (nomenclatura)
Principais -
1) Ratione Personae - Competência com
Prerrogativa de função
2) Ratione Materiae - Competência pela
natureza da infração
3) Ratione loci - Competência pelo
território
Secundária -
1) Prevenção -
2) Distribuição e normas de organização
judiciária -
3) Distribuição -
Critérios de modificação de
competências -
1) Conexão ou continência -
2) Modificação de competência criminal -
3) Novatio legis -
Natureza da Competência
Competência no processo penal é um
princípio fundamental que visa garantir a
imparcialidade e a efetividade do julgamento,
assegurando que cada caso seja julgado pelo
órgão jurisdicional adequado de acordo com
critérios pré-determinados.
Absoluta - Em razão da matéria e da
pessoa, pode ser reconhecida a
qualquer tempo.
Gera nulidade absoluta, em tese é fixada
em base de interesse público. A
competência absoluta é aquela que não
pode ser modificada pelas partes ou pelo
próprio juiz, devendo ser respeitada sob
pena de nulidade do processo.
Absoluta - Em razão da matéria e da
competência do foro de prerrogativa
de função.
Funcional - Diz respeito ao juiz
É possível que seja julgado por 2 juízes
Por fase - 1° com o juiz, 2º contra o juiz
Por Objeto - Dois juízes no Jurí (regra)
Relativa - Territorial (prorrogável)
se não alegada tempestivamente.
Gera nulidade relativa, É o prejuízo de
maneira total. A competência relativa
pode ser modificada mediante a
apresentação de exceção de
incompetência pela parte interessada,
desde que essa exceção seja
apresentada no momento processual
adequado.
5 Justiças do Brasil
1. Justiça Federal (justiça comum):
responsável por julgar crimes federais e
questões que envolvem a União, suas
autarquias e empresas públicas;
2. Justiça Estadual (justiça comum):
responsável por julgar casos que não são
de competência da Justiça Federal, como
crimes comuns, questões de família,
questões trabalhistas, entre outros;
3. Justiça Eleitoral (justiça especial):
responsável por fiscalizar e organizar as
eleições e julgar questões relacionadas a
candidaturas e propaganda eleitoral;
4. Justiça Militar (justiça especial):
responsável por julgar militares das Forças
Armadas e outros órgãos de segurança
em questões relacionadas à sua função;
5. Justiça do Trabalho (justiça especial):
responsável por julgar questões
trabalhistas entre empregadores e
empregados.
OBS: Qual a
competência criminal da
justiça do Trabalho?
NENHUMA!
@vitoriarocha.f
 Jurisdição Política
-- Julga crimes militares.
Jurisdição política é o poder e a
Próprios: Praticado por militar
autoridade de um determinado
Impróprio: Praticado por civil
Estado ou governo sobre um
(depende da forma que é
determinado território e sua
praticado.
população. É a capacidade do
Estado de criar e impor leis e
regulamentos, bem como de
aplicá-los por meio do sistema
judiciário.
A jurisdição política é exercida por
meio dos poderes executivo,
legislativo e judiciário de um
Estado. O poder executivo é
responsável por implementar as
leis e políticas governamentais,
enquanto o poder legislativo é
responsável por criar e aprovar leis.
O poder judiciário é responsável
por interpretar e aplicar as leis e
resolver disputas legais.
A jurisdição política também pode
ser exercida internacionalmente,
através de acordos e tratados entre
Estados soberanos. Nesse caso, a
jurisdição é compartilhada entre os
Estados envolvidos e regida pelo
direito internacional.
Crimes Políticos - São aqueles
cometidos por indivíduos que
ocupam cargos públicos ou que de
alguma forma estão envolvidos na
política. Esses crimes podem incluir
corrupção, lavagem de dinheiro,
desvio de verbas públicas, suborno,
tráfico de influência, entre outros.
A legislação brasileira possui diversas leis
que visam combater esses crimes políticos,
como a Lei de Improbidade Administrativa,
a Lei de Lavagem de Dinheiro, a Lei
Anticorrupção e a Lei da Ficha Limpa, que
estabelece critérios para a candidatura de
políticos com ficha suja.
Justiça Militar
Art. 9.º Consideram-se crimes militares,
em tempo de paz:
I - os crimes de que trata este Código,
quando definidos de modo diverso na
lei penal comum, ou nela não previstos,
qualquer que seja o agente, salvo
disposição especial;
II - os crimes previstos neste Código,
embora também o sejam com igual
definição na lei penal comum, quando
praticados:
a) por militar em situação de atividade
ou assemelhado, contra militar na
mesma situação ou assemelhado;
b) por militar em situação de atividade
ou assemelhado, em lugar sujeito à
administração militar, contra militar da
reserva, ou reformado, ou
assemelhado, ou civil;
c) por militar em serviço ou atuando em
razão da função, em comissão de
natureza militar, ou em formatura,
ainda que fora do lugar sujeito à
administração militar contra militar da
reserva, ou reformado, ou civil;
d) por militar durante o período de
manobras ou exercício, contra militar
da reserva, ou reformado, ou
assemelhado, ou civil;
e) por militar em situação de atividade,
ou assemelhado, contra o patrimônio
sob a administração militar, ou a ordem
administrativa militar;
@vitoriarocha.f
 5 Forças Militares
1. Exército: a principal força terrestre,
III - os crimes praticados por militar da responsável por conduzir operações em
reserva, ou reformado, ou por civil, terra, incluindo a ocupação e defesa de
contra as instituições militares, territórios.
considerando-se como tais não só os 2. Marinha: a força naval responsável por
compreendidos no inciso I, como os do operações no mar, incluindo a proteção
inciso II, nos seguintes casos: das rotas marítimas, o controle do
espaço marítimo e o suporte a
a) contra o patrimônio sob a operações terrestres.
administração militar, ou contra a ordem 3. Força Aérea: a força aérea responsável
administrativa militar; por operações aéreas, incluindo suporte
aéreo em operações terrestres, controle
b) em lugar sujeito à administração do espaço aéreo e missões de ataque.
militar contra militar em situação de 4. Polícia Militar: é responsável pelo
atividade ou assemelhado, ou contra policiamento ostensivo, ou seja, pela
funcionário de Ministério militar ou da prevenção e combate ao crime e pela
Justiça Militar, no exercício de função manutenção da ordem pública. Além
inerente ao seu cargo; disso, a PM atua em situações de
emergência e calamidade pública,
c) contra militar em formatura, ou como desastres naturais e acidentes.
durante o período de prontidão, 5. Corpo de Bombeiros: é responsável
vigilância, observação, exploração, pelo combate a incêndios e pela
exercício, acampamento, prevenção e atendimento a
acantonamento ou manobras; emergências, como resgates de
pessoas e animais em situações de
d) ainda que fora do lugar sujeito à risco, salvamentos em áreas de difícil
administração militar, contra militar em acesso, entre outros.
função de natureza militar, ou no
desempenho de serviço de vigilância,
Exceção: A Justiça Militar, em regra, não
garantia e preservação da ordem
julga crimes dolosos contra vida de civil.
pública, administrativa ou judiciária,
Exepcionalmente, julgará os militares da
quando legalmente requisitado para
União quando praticarem crimes dolosos
aquele fim, ou em obediência a
contra vida de civis em três
determinação legal superior.

1) Quando no cumprimento de atribuições

Parágrafo único. Os crimes de que trata
determinadas pelo Presidente da
este artigo, quando dolosos contra a vida
Républica ou pelo Ministro da Defesa
e cometidos contra civil, serão da
competência da justiça comum.
2) Quando em ação de defesa de
instituição militares ou missões militares,
ainda que não sejam

3) GLO - Garantia de Lei e Ordem

@vitoriarocha.f
 Elemento definidor: Ofensa a bens jurídicos
de titularidade das Forças Armadas ou dos
Policiais Militares e Corpo de Bombeiros
Militares
OBS: A Justiça Militar não julga crimes
comuns praticados em conexão. Se referem
a situações em que duas ou mais infrações
penais são cometidas simultaneamente ou
em estreita relação temporal ou espacial. Em
outras palavras, trata-se de um conjunto de
crimes que estão relacionados entre si, seja
por terem sido cometidos em conjunto por
um mesmo grupo de pessoas, ou por terem
sido praticados com o objetivo de alcançar
um mesmo fim.
Por exemplo: se um grupo de pessoas
assalta um banco e durante a fuga cometem
um homicídio, esses crimes são considerados
conexos, pois estão relacionados pelo fato de
terem sido cometidos pelo mesmo grupo de
pessoas em uma mesma ação criminosa.
Além disso, os crimes conexos também
podem ser aqueles que são praticados em
sequência, como um roubo seguido de um
sequestro.
Justiça Militar Federal
Art. 124. À Justiça Militar compete
processar e julgar os crimes
militares definidos em lei.
Parágrafo único. A lei disporá sobre
a organização, o funcionamento e a
competência da Justiça Militar.
Só julga crimes militares
Militares da União
Civis (crime acidentalmente militar e
praticado contra as instituições militares)
Estrutura >
Auditoria Militar (Existem 12 no
Brasil, Alagoas é o 7º)
Conselho de justiça, órgão
colegiado (5 juízes, 4 oficiais e 1
civil)
Justiça Militar dos Estados
Justiça Militar dos Estados no Brasil é um
ramo especializado do Poder Judiciário que
tem como função julgar os crimes militares
e os crimes cometidos por militares das
Forças Armadas brasileiras, sendo
composta por tribunais militares de
primeira instância e pelo Superior Tribunal
Militar.
Supremo Tribunal Militar julga os
generais
O Estado julga os Militares, ações
judiciais contra atos disciplinares
militares.
Estrutura >
Tribunal de Justiça Militar (SP/MG/RS)
Nos outros estados, os recursos são no
Tribunal de Justiça. Câmara Criminal.
Justiça Trabalhista
Falso testemunho contra a administração
da justiça. Juiz trabalhista é Federal. Quem
julga é a Justiça Federal.
Não tem competência criminal
Justiça Eleitoral
Responsável por organizar e fiscalizar as
eleições no Brasil, garantindo a lisura,
transparência e segurança do processo
eleitoral.
A Justiça Eleitoral também é responsável
por registrar os partidos políticos e fiscalizar
a sua atuação, além de julgar processos
relacionados à propaganda eleitoral, contas
de campanha e prestação de contas dos
candidatos.
O principal objetivo da Justiça Eleitoral é
assegurar a democracia e a participação
popular no processo político brasileiro.
@vitoriarocha.f
Ela é composta pelo Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), pelos Tribunais Regionais
Eleitorais (TREs) e pelas Juntas Eleitorais.
Essa competência julga crimes eleitorais,
ou seja, aquele que ofende a liberdade de
votar em quem quiser.
Exemplo do crime: Compra de votos
Composição do TRE
2 desembargadores do Tribunal de
Justiça, escolhidos pelos próprios
desembargadores
2 juízes estudais do Tribunal de Justiça
1 desembargador Federal quando TRE
ficar no TRF
2 advogados escolhidos pelo Tribunal
de Justiça
Composição do TSE
3 ministros do STF, escolhido pelo STF
2 ministros STJ, escolhidos pelo STJ
2 advogados escolhidos pelo STF
É enviada duas listas e o Presidente da
Républica escolhe.
Justiça Federal
Art. 109. Aos juízes federais compete
processar e julgar:
IV — os crimes políticos e as infrações
penais praticadas em detrimento de
bens, serviços ou interesse da União ou
de suas entidades autárquicas ou
empresas públicas, excluídas as
contravenções e ressalvada a
competência da Justiça Militar e da
Justiça Eleitoral;
Em regra, a Justiça Federal só
julga crimes e não contravenções
penais
Exceção: A regra de não julgar
contravenção penal, exceto nos casos
onde o indivíduo que praticou
contravenção tem foro na Justiça Federal,
ou seja, se for funcionário da Justiça
Federal.
Prerrogativa de Função
Ressalva sobre a Justiça Militar e
Justiça Eleitoral, nesse caso a
competência que prevalece é a Justiça
Militar
E a Justiça Federal prevalece sobre a
Justiça Estadual
Crimes Políticos -
Crimes graves
Crimes de responsabilidade, não
são crimes, são infrações
administrativas
Mas, de acordo com a CF é crime,
pois prejudica os poderes, a
democracia e o Estado de direito
Obs: Os crimes cometidos dia 08 de Janeiro
de 2023, em Brasília. Não foi crime político,
foi golpe de estado
Obs2: Fazer manifestação política,
defendendo um crime, NÃO é crime! Mas
se vier a induzir, se torna um crime.
É legítimo a qualquer pessoa, a liberdade
de expressão, somente se praticar o que
está sendo dito, se torna crime.
Recurso ordinário Constitucional - O
recurso ordinário é um meio de
impugnar as decisões denegatórias ou
de não conhecimento
@vitoriarocha.f
 Competência Justiça Federal
Art. 2º O processo e julgamento dos
crimes previstos nesta lei:
III – são da competência da Justiça
Federal:
a) quando praticados contra o sistema
financeiro e a ordem
econômicofinanceira, ou em detrimento
de bens, serviços ou interesses da
União,
ou de suas entidades autárquicas ou
empresas públicas;
b) quando a infração penal antecedente
for de competência da Justiça
Federal.
A União é compreendida
para o crime fora do país, ela
que vai representar o Brasil,
pois a União representa a
república.
União
Estado
Município
Autarquias Federais - Pessoas
jurídicas de Direito Público
OBS: A OAB não é autarquia. É
um conselho privado. A lei
atribui funções diferenciadas,
como opção de fiscalização
Art. 173. Ressalvados os casos
previstos nesta Constituição, a
exploração direta de atividade
econômica pelo Estado só será
permitida quando necessária aos
imperativos da segurança
nacional ou a relevante interesse
coletivo, conforme definidos em
lei.
É vedado ao Estado explorar
diretamente a atividade
econômica, salvo em 2
situações:
1. Segurança Nacional
2. Relevante interesse coletivo
Exemplo de autarquia: INSS, BACEN,
DNER, Universidades Federais
Exemplo de empresa pública: CEF,
EBCT, BNDES, CORREIOS
Exemplo de sociedade de economia
mista: Petrobras, Eletrobras, Banco do
Brasil, RFFSA.
Diferença entre empresa pública e
sociedade mista -
empresa pública: O capital social é 100%,
e podem ser constituidos em qualquer
modalidade.
sociedade mistra: Parte pública e parte
privada, A maior parte do capital social é
pública, sendo assim, ele que manda. Só
pode ser constituido em uma
modalidade, empresarial
S.A (SOCIEDADE ANÔNIMA)
Sociedade Mista é
Competência Estadual
Empresa Pública é
Competência Federal
OBS: As Fundações Públicas,
quando tem crimes
cometidos, a competência é
da Justiça Federal porque são
bens federais. São conjuntos
de bens destinados a uma
finalidade social.
OBS: As lotéricas são
empresas privadas,
Competência Estadual.
@vitoriarocha.f
 Realização de serviços -
Cometido por servidor
Federal ou contra servidor
Federal, desde que no
exercício da função

Exemplo: crime de recptação Falsificação de documentos

clandestina de TV. (Lei
8.777/95. Art 35)
ex: TV BOX > é um ilícito penal
Mas, não diz no artigo qual a
pena
públicos e o Crime de Estelionato
CNH - Federal / OAB - Emitida pelo
Banco Central do Brasil e tem
competência Federal

Exemplos de Competência Particular se passa por servidor

FEDERAL e ESTADUAL
1) Carlos sem plano de saúde, vai para
um hospital particular que tem
convênio com o SUS, e o médico do
hospital cobra 2 mil ao paciente.
Naquele momento, o médico exercia
função pública, > Nesse caso a
competência é ESTADUAL. Pois, não
foi o SUS que se prejudicou ao fim, e
sim o hospital particular, por cobrar
algo indevido.
2) No interior de Lençois, localizado na
Bahia. Foi registrado nos autos do
hospital em um só dia, diversos casos
de problema cardíaco, após o SUS
perceber esse grande número de
doenças cardíacas, foi investigar no
interior, pergutando para os pacientes
daquele dia, e nenhum dos afirmou o
tal problema registrado. Foi
descoberto, que a médica do hospital
registrou esses problemas, pois era um
tratamento mais caro e com isso o SUS
iria disponibilizar mais verbas, ou seja,
a profissional estava desviando. >
Neste caso a competência é
FEDERAL. Pois quem foi prejudicado
foi o SUS, que é Federal.
federal para cometer crimes contra
o particular
Crime de incêndio praticado contra
bens tombados pelo IPHAN
Competência da Execução Penal
Interesse da União
O interesse da Justiça Federal, quando
não se tratar de bens ou serviços mas se
tratar de um interesse direto e específico
da união.
Atividade fiscalizatória exercida
pela autarquia federal não é
suficiente, por si só, para atrair a
competência federal, sendo
possível cogitar da competência
federal apenas quando evidenciado
interesse direto e específico do
ente federal no crime sob apuração.

@vitoriarocha.f

Art 23 Constituição Federal -
Competências Comuns
Crimes contra o meio ambiente >
Justiça Estadual
Por ser de interesse comum
Flora (planta)
> Comum - ESTADUAL
> Específica - FEDERAL
Fauna (animais)
> Comum - ESTADUAL
> Específico - FEDERAL
(ibama/animais em extinção)
Fenômeno da Temporalidade - No
momento que é praticado
ex: João, proprietário de uma
fazenda, um dia decide praticar o
crime de desmatamento, mas nesse
momento aquele bem era
ESTADUAL, e se tornou FEDERAL
após dois anos do fato. Então em
determinado dia, chegou a
condenação do ato praticado por
João,
Por serem terras particulares, e pelo
fenômeno da temporalidade. A
COMPETÊNCIA É ESTADUAL
Fundamenos Normativos - Os crimes
previstos em tratado, ou convenções
internacionais, quando, iniciado a
execução no país, o resultado deveria
ocorrer no estrangeiro ou
reciprocamente.
Triplo requisitos:
a) Previsão do crime no Brasil e no
estrangeiro
b) Brasil seja signatório de convenção
ou tratado internacional por meio do
qual assuma o compromisso de
repressão criminal
c) A conduta tenha ao menos se
iniciado no Brasil e o resultado tenha
ocorrido, ou devesse ter ocorrido no
exterior.
Principais Pactos Internacionais
Criminais (para competência)
1. Convenção Contra o tráfico ilícito de
entorpecentes e substâncias
psicotrópicas
2. Convenção das Nações Unidas
contra o Crime Organizado
3. Convenção internacional sobre a
eliminação de todas as formas de
discriminação racial
4. Convenção das Nações Unidas
contra o Crime Organizado
Transnacional Relativo à prevenção,
repressão e punição do tráfico de
pessoas, em especial, mulheres e
crianças
5. Convenção sobre Direitos da Criança
@vitoriarocha.f
 Competência em Razão da
LEI Nº 1.521/51 - (Súmula 498 do
Matéria
STF) - É a lei dos crimes contra
economia particular, como não é
A competência em razão da matéria
especificado em lei a competência,
no processo penal é a determinação
se trata da Estadual. Obs: O STF
legal que estabelece qual é o órgão
também alega ser do estado.
judicial competente para processar e
LEI Nº 8.137/90 - É a lei dos crimes
julgar um determinado tipo de
contra a ordem tributária,
infração penal. Em outras palavras, a
competência da natureza de
competência em razão da matéria é o
tributo, ou seja, se o tributo for
critério que determina qual é o juízo
federal, a competência será
criminal responsável pelo julgamento
federal, se for estudal, será
de um determinado crime.
competência estadual. Irá
depender da natureza.
No sistema jurídico brasileiro, a
(o crime de formação de Cartel) - Esse
competência em razão da matéria no
crime não é tributário, mas está como
processo penal é definida pela
se fosse. A competência vai depender
Constituição Federal, pelo Código de
da magnitude da atuação do grupo
Processo Penal e por outras leis
econômico.
específicas. Dessa forma, a
LEI Nº 8.176/91 - Trata de crimes
Constituição Federal estabelece que
contra ordem econômia sobre
compete à Justiça Federal processar
combustível. ex: crime de venda de
e julgar crimes cometidos contra a
combustível adulterado. É
segurança nacional, a ordem política e
competência Estadual, pois não
social, além daqueles que envolvam
especificado em lei.
questões internacionais.
LEI Nº 9.613/98 - É a mais
importante!! Crime de lavagem ou
ocultação de bens, direitos e
valores, são crimes que em regra,
Art. 109. Aos juízes federais compete
são julgados pela justiça estadual
processar e julgar: [...] VI — os crimes
contra a organização do trabalho e, nos
casos determinados por lei, contra o
sistema financeiro e a ordem
econômico-financeira; Crimes contra o sistema financeiro e
a ordem econômica financeira, nos
LEI Nº 7.492/86 (ART 26) - É casos que serão Competência
competência Federal Federal -
LEI Nº 4.595/64 - É competência do
sistema financeiro, não possui Quando praticados contra o sistema
dispositivo de competência, ou seja, financeiro a ordem econômica financeira
quando não é especificado em lei, ou em detrimento de bens e serviços de
automaticamente se trata de interesse da união de suas entidades
Justiça Estadual. autárquicas ou empresas públicas

@vitoriarocha.f
Quando a infração penal antecedente for Conceito de Navio - A
de competência da Justiça Federal. O Jurisprudêncida traz isso, alega que
crime de lavagem de capitais, quando é o porte do navio, embarcação
oculta ou dissimula a natureza da capaz de se deslocar por águas
propriedade de bens. internacionais. Quando for de
grande porte
Conceito de Aeronave - Só será
Art. 109. Aos juízes federais compete
sujeito o crime praticado a bordo de
processar e julgar: [...] VII — os habeas
aeronave de grande porte, na
corpus, em matéria criminal de sua
legislação diz que aeronave é todo
competência ou quando o
aparelho manobrável em voou que
constrangimento provier de
possa sustentar-se e circular em
autoridade cujos atos não estejam
espaço aéreo, mediante reações
diretamente sujeitos a outra
aerodinâmica e que tenham aptidão
jurisdição;
a transportar pessoas ou coisas.
Passagem Inocente - É o instituto
Habeas Corpus é Competência
do direito internacional marítimo.
Federal
Depende de quem é a autoridade
Art. 109. Aos juízes federais compete
coautora. ex: Delegado Estadual é
processar e julgar: [...] X — os crimes de
Competência Estadual, se for
ingresso ou permanência irregular de
Delegado Federal, é Competência
estrangeiro, a execução de carta
Federal. Vai depender de quem
rogatória, após o exequatur, e de
proferiu o ato.
sentença estrangeira, após a
E do constrangimento (parte em
homologação, as causas referentes à
negrito) ex: Quando o
nacionalidade, inclusive a respectiva
constrangimento for provocado
opção, e à naturalização;
pelo TRE, recebe uma denúncia
atribuindo ao prefeito municipal que
Os crimes de ingresso ou
tem prerrogativa de foro, um crime
permanência irregular de
eleitoral, que já tinha prescrito.
estrangeiro são os que importam
Art. 109. Aos juízes federais compete para a Justiça Federal
processar e julgar: [...] IX — os crimes Isso não configura crime como
cometidos a bordo de navios ou infração administrativa
aeronaves, ressalvada a competência Quando estiver diante dos crimes
da Justiça Militar; do artigo 309 e 338
Competência da Justiça Militar,
Sempre Federal, salvo quando se Art. 109. Aos juízes federais compete
tratar da Justiça Militar processar e julgar: [...] XI — a disputa
sobre direitos indígenas.
Elementos da Competência
"A bordo de navio ou aeronave" - É A disputa sobre direitos inidígenas
preciso que o crime tenha sido (súmula 140 STJ) Compete a Justiça
cometido dentro da aeronave ou do Comum Estadual, processar e julgar
navio. Ao local, as condutas o crime que o indígena seja autor ou
praticadas. Competência Federal, vítima, se caracteriza como
quando se tratar de navio ou Competência da Justiça Federal.
aeronave.
@vitoriarocha.f
 Prerrogativa de Função e
Territorial
Prerrogativa de função no processo
penal se refere a um conjunto de
privilégios concedidos a
determinados ocupantes de cargos
públicos em relação ao processo
penal, visando garantir a
independência, a imparcialidade e a
eficiência do exercício de suas
funções. Esses ocupantes de cargos
públicos são geralmente autoridades
do Poder Executivo, Legislativo ou
Judiciário, como presidentes,
governadores, parlamentares,
ministros, juízes, entre outros.
As prerrogativas de função no
processo penal podem incluir, por
exemplo, o direito de ser julgado por
um foro especial, que pode ser o
Supremo Tribunal Federal (STF), o
Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou
outro tribunal superior, em vez de ser
julgado pela justiça comum; o direito
de não ser preso preventivamente, a
menos que haja flagrante delito; e o
direito de ser ouvido apenas depois
de apresentadas as provas e as
testemunhas de acusação.
1º regra - Ela só alcança os crimes
praticados no exercício do cargo
relativo a função
2º função - A prerrogativa de foro só diz
respeito aos crimes que tenham relação
com as funções relativas ao cargo,
crimes procter oficio
Requisitos
1º - O crime deve ser praticado
durante o mandato;
2º - E se, o crime for relacionado a
função do mesmo.
OBS: outra regra pelo STF - Fim da
prerrogativa de função. Antes era ao fim
do mandato, hoje, se a instrução já tiver
sido concluída, mesmo que o
parlamentar perca o mandato, o
julgamento segue pelo STF. Até se for
renunciado, segue sendo o STF.
Se encaixa a todos que detém
mandato eletivo, exceto vereadores!
Juízes também tem prerrogativa de
foro, promotores, as autoridades
que integram o olimpo
Os foros dos crimes de prerrogativa
de função, se aplicam apenas aos
crimes cometidos durante o
exercício do cargo e que sejam
relacionados a funções
desempenhadas.
Após o final da instrução processual,
com a publicação dos despachos e
intimação para apresentação das
alegações finais a competência,
continua mesmo que o agente
público venha a ocupar outro cargo
ou deixar o cargo que ocupava. Isso
é aplicado a todos os processos. Só
se aplica aos cargos que exercem
mandato eletivo.
@vitoriarocha.f
Competência ATIONE LOCI : É fixada
levando em consideração o local onde foi
praticada ou consumada a infração ou,
então, em determinados casos, no local de
residência
Art. 69. Determinará a competência
jurisdicional:
I - o lugar da infração:
II - o domicílio ou residência do réu;
.........
Art. 70. A competência será, de regra,
determinada pelo lugar em que se
consumar a infração, ou, no caso de
tentativa, pelo lugar em que for praticado
o último ato de execução.
§ 1º Se, iniciada a execução no território
nacional, a infração se consumar fora
dele, a competência será determinada
pelo lugar em que tiver sido praticado, no
Brasil, o último ato de execução.
§ 2º Quando o último ato de execução for
praticado fora do território nacional, será
competente o juiz do lugar em que o
crime, embora parcialmente, tenha
produzido ou devia produzir seu
resultado.
§ 3º Quando incerto o limite territorial
entre duas ou mais jurisdições, ou quando
incerta a jurisdição por ter sido a infração
consumada ou tentada nas divisas de
duas ou mais jurisdições, a competência
firmar-se-á pela prevenção.
Na Competência Territorial, é sobre o local
do crime. O resultado do crime vai
determinar a competência. Assim como o
domicílio também pode ser definido como
a competência, domicílio da vítima e na
pluralidade de vítimas, é na prevenção.
Conexão
Art. 69. Determinará a competência
jurisdicional:
V - a conexão ou continência;
São hipóteses de modificação de
competência
Incidem sobre hipóteses de
competência relativa
Inobservância da conexão e da
continência gera tão somente
nulidade relativa
Efeitos
a) Simultâneos Processos - ex: Crime de
furto de carro em Maceió e de receptação
dele em Arapiraca, existe o vínculo que
ligam os dois fatos, então são julgados
juntamente. União dos processos e união
de julgamentos.
b) Um juízo exercerá força atrativa em
relação a outro - conjunto de regras do
art 78 CPP da força da atração
1º regra - Quando estiver diante de
juridições de categorias diferentes, a
regra é que a jurisdição exercida pela
maior hierarquia irá prevalecer as outras.
E quando tiver conflito de justiça comum
e especial, prevalece a especial, dentro
da mesma justiça, a de maior hierarquia
também prevalece sobre a de menor
hierarquia.
2º regra - Órgão de mesma hierarquia, o
Júri prevalece entre toda e qualquer
jurisdição, ou o local onde aconteceu a
pena mais grave.
Ex: do furto que foi citado acima,
@vitoriarocha.f
 Continência
Até quando o processo pode ser atraído
Pode se dar por duas formas
(enunciado nº 235 Súmula STJ)
Cumulação Subjetiva - Ocorre quando
Até quando não houver sentença
duas ou mais pessoas são acusadas da
definitiva, de 1º grau. Não é necessário o
prática do mesmo crime. Tem um crime
trânsito em julgado
só, sendo praticado por várias pessoas.
ex: João, José e Marcos, mataram
Conexão Intersubjetiva - Conexão onde
Matheus.
o vínculo se da entre sujeitos, entre
pessoas. ex: É preciso que existam várias
Cumulação objetiva - Ocorre em três
pessoas e vários crimes.
situações:

Modalidades
Concurso Formal
Erro na execução
Simultaneamente - Quando dois ou mais
Resultado diverso do pretendido
delitos são praticados ao mesmo tempo,
por diversas pessoas, ocasionalmente
Art 70. - Quando o agente, mediante
reunidas.
uma só ação ou omissão, pratica dois ou
mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-
Por Concurso - Quando duas ou mais
lhe a mais grave das penas cabíveis ou,
infrações são cometidas por várias
se iguais, somente uma delas, mas
pessoas em concruso, ainda que o tempo
aumentada, em qualquer caso, de um
e o local sejam diferentes. ex: Quadrilhas.
sexto até metade.
O intuito comum de se associar a crimes
Artigo73. - Quando, por acidente ou erro
Reciprocidade - Quando duas ou mais
no uso dos meios de execução, o
infrações são cometidas por várias
agente, ao invés de atingir a pessoa que
pessoas umas contra as outras, quando o
pretendia ofender, atinge pessoa
indivíduo é agente e vítima. ex: Crime de
diversa, responde como se tivesse
lesão corporal entre torcidas rivais.
praticado o crime contra aquela,
atendendo-se ao disposto no § 3º do CP,
Conexão Objetiva - O vínculo se dá entre
art. 20 deste Código.
fatos, de natureza lógica ou material.
Entre crimes, quando uma infração penal
74 do CP, na aberratio criminis, o agente,
é praticada para ocultar em relação a
por acidente ou erro na execução,
outra. ex: Eu queria matar Gustavo, mato
pretendendo lesionar um determinado
ele e vejo que Lídia viu, mato ela também,
bem jurídico, acaba por lesionar outro,
para manter a impunidade
de espécie diversa, ou a ambos.
ex: Queimar arquivos

Conexão Instrumental - O vínculo se da

entre provas. Quando a prova de uma
infração influencia na prova de outra.
Furto e receptação. A prova do crime é o
próprio furto.

@vitoriarocha.f